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oai0ari2 Revista do Centre de Educagia Cadernos :: edicgéo: 2004 - N° 23 > Ecitorial > indice > Resumo > Artigo Odi ito 4 diferenga nas escolas - questées sobre a inclusdo escolar de pessoas com e sem deficiéncias Maria Teresa Eglér Mantoan A proposta de se incluir todos os alunos em uma tinica modalidade educacional, o ensino regular, tem se chocado com uma cultura assistencialista/terapéutica da educacéo especial e com 0 conservadorisro de nossas politicas publicas na drea. Mas, a Constituicao de 1988 é suficientemente avancada para contrapor-se a estas politicas, @ nossa lei educacional e a outros documentos que dela derivam, pois nao permite a ciferenciacdo pela deficiéncia. Este artigo focaliza essas posicdes nos Ambitos juridico e educacional. Palavras-chave: incluso, educagao especial, ensino regular, legislagéo. Uma breve introducao Sendo relacional ¢ dialégico e a0 mesmo tempo singular, 0 ser humano se constréi no encontro como outro e nos embates comas diferencas, Diante dessa perspectiva personalista e relacional da constituicao da identidade e das inovacdes propostas pela inclusdo escolar, a ética que subjaz ao atendimento oferecido pelas instituigées ‘educacionais corre 0 risco de nos fazer cair nas armadilhas da diferengas. (PIERUCCI, 1999) Conviver com 0 outro, reconhecendo e valorizando as diferencas & uma experiéncia essencial & nossa existéncia, mas é preciso definir a natureza dessa experiéncia, para néo se confundir o estar com © outro com o estar junto ao outro. Estar junto ao outro tema ver como que 0 outro é - um ser que néo é como eu sou, que nao sou eu. Essa relaco forja uma identidade, imposta e rotulada pelo outro. Estar com 0 outro tema ver com quem é 0 outro, esse desconhecido, esse enigma, que tenho de decifrar, para saber quem ele é e que vai sendo desvelado, reconhecido na medida em que se constréi entre nés uma relacdo, um vinculo responsavel por nossa constituigao como seres que néo se repetem e pela construcio de identidades mévels, voléteis, ndo fixadas, nem de fora e nem de dentro de nés mesmos. Nao podemos negar que 0 nosso tempo é 0 tempo das diferencas e que a globalizacao tem sido, mais do que uniformizadora, pluralizante, contestando as antigas identidades essencializadas, como nos destaca Pierucci (1999). Temos 0 direito de ser, sendo diferentes e, se jd reconhecemos que somos diferentes de fato, a novidade esta em queremos ser também diferentes de direlto. Trés pontos so fundamentais na articulagdéo do tema que nos propuserros a discutir: a experiéncia da incluso, a valorizacao das diferencas e a ética que sustenta os propésitos de incluséo escolar. Mais do que a discussio em tomo das diferencas e da igualdade, hd que se considerar a experiéncie da incluso, Essa experiéncia ¢ ainda incipiente e muito recente nas escolas e demais instituicdes, para que possamos entendé-la com maior rigor e preciso. A incluséo remete 8 consideragdo da diferenga, como um valor universal, que é disponivel a todos = desde os elementos de um dado grupo étnico, religioso, de género, & humanidade como um todo. A valorizagao das diferencas, no entanto, nos leva a perguntar: a igualdade teria perdido o seu valor? Essa igualdade pela qual sempre lutamos, que exige o mesmo tratemento legal politico para todos, estaria sendo desvalorizada, em favor do culto a diferenca? Viver a incluso e entender as diferencas ~ eis um desafio que ndo é dos mais féceis a enfrentar, ‘embora cada vez mais, desce a metade dos anos setenta, a nossa consciéncia esteja se abrindo para essa mudanga, ou seja, para o fato de somws diferentes - haja vista a celebraco da Consciéncia Negra, ‘em 20/11/2001 e outras manifestacées similares a que temos assistido, ultimamente. Conquanto tenhamos © proclamemos nossas “conviccées éticas” ¢ nossos “procedimentos éticos” pretendamos distinguir uma aco ética de uma ou antiética, o fato é que desconhecemos, na maior parte das vezes, os fundamentos que esto subjacentes aos nossos comportamentos, julgamentos e corabcufsm brirevee/caesp/2004/01/a2.him us oai0ari2 Revista do Centre de Educagia posicionamentos diante de uma causa. Agimos, segundo pressupostos filoséficos e valores, mas nem sempre somos cénsclos do que esté por detrds desse agir Onde estaria, ento, 2 origem dos valores e exigéncias éticas, que regulam nosso comportamento social? Descobri-los implica em identificar os paradigmas que os sustentam. As leis naturais e as positivas tém sido um caminho para quem busca essa identificacao, Em sua verso religiosa, a lel natural emana de um Crador ¢ fundamenta-se na natureza. Na versio secular, seus principios de base so os direitos fundamentals dos seres humanos, dos quais a educacdo é um deles. As leis posttivas so urra reaco & lel natural e surgem a partir do relativismo cultural; questionam a concretude das leis naturais, por serem as mesmas para todas as culturas e épocas da nossa histéria Sejamas lels naturals ou positivas, ao discutimos a incluso escolar, a questdo esté em saber se seriam elas suficientes para nos esclarecer: - que valores éticos ilurrinam as nossas agdes, na direcao da incluso escolar, ou melhor, 0 que nos leva a lutar em favor de uma escola para todos? ~ propostas e politicas educacionals que proclamam a incluso esto realmente considerando as diferengas na escola, ou seja, alunos com deficiéncias e todas os demais excluidos e que séo as sementes da sua transformacao? - essas propostas reconhecem e valorizam as diferengas, como condic8o que possibilita avanco, mudangas, desenvolvimento ¢ aperfeigoamento da educacao escolar? Etica e inclusao A anélise de grande parte das propostas de aco educacional visando & incluséo, revela, habitualmente, dimensées éticas conservadoras, baseadas na lei natural e/ou em leis escritas & promulgadas. Essas politicas, no geral, expressam-se pela tolerancia e pelo respeito ao outro, que sao sentmentos que precisamos avaliar com cautela, para entender 0 que podem esconder em suas entranhas... A tolerancia, um sentimento aparentemente generoso, pode marcar uma certa superioridade de quem tolera. O respeito pode implicar um certo essencialismo, uma generalizac30, vinda da compreensso de que as diferencas so fixas, definitivamente estabelecidas, de tal modo que sé nos resta respeité-las. As propostas polttico-educacionals entendem que as deficiéncias esto fixadas no individuo, como se fossem marcas indeléveis, a partir das quais sé nos resta aceitd-las, passivamente, Essas pessoas esto fadadas 4 predi¢ao de que pouco ou nada evoluiréo, além do que esté previsto no quadro geral das especificacdes estéticas de seus niveis de comprometimento, categorias educacionais, quocientes de inteligéncia, predisposicdes para o trabalho e de outras tantas mais. Consoante a esses pressupostos é que criamos as instituigdes especializadas © os espacos educacionais protegidos ¢ 8 parte, restritos a determinadas ‘pessoas, a quem denominamos, euferisticamente, Portadoras de Necessidade Educacionais Especiais ~ PNEE. Nessas instituigées, a diferenga est4 sempre no outro, que é separado de nés para ser protegido ‘ou para nos protegermns dele! Nestes dois casos, somms impedidos de realizar e de conhecer a riqueza da experiéncia da ciferenga e da inclusdo.Estares junto deles, mas no estamos com eles. Os perigos que antevemos do uso de pressupostos juridicos positivistas ¢ de leis naturais vindas de Deus n2 constituicgo e no corportamento das instituicdes que atendem a pessoas com deficiéncia se evidenciam, quando essas instituigées apelam para os sentimentos, para a caridade publica, a fim de manter seus assistidos.Os professores que atuam nessas institui¢ées so reconhecides como seres abnegados, santificados em vida, servidores do bem, que se dedicam aos menos dotados e aos que precisam de compreensdo e de espacos especiais para sobreviverem. A mesma distincao ¢ atribuida aos seus pais e a todos os que se colocam a servico dessas pessoas especiais. A ética em sua dimensdo critica e transformadora referenda as iniciativas em favor da inclus3o escolar. Esta posi¢go é oposta & anterior e entende que as ciferencas estéo sendo constantemente feitas e refeitas, pois "As diferencas vao diferindo”, como nos lembra Francois Jacob. ‘As acdes educativas inclusivas, nessa perspectiva ética, tam como eixos: 0 convivio com as diferengas ¢ a aprendizagem como experiéncia relacional, participativa, que produz sentido para o aluno, pois contempla a sua subjetividade, embora construida no coletivo das salas de aulas. corabcufsm brirevee/caesp/2004/01/a2.him 2s oai0ari2 Revista do Centre de Educagia Relagdes de poder continuam presidindo a producao das diferencas na escola, mas agora, a partir de uma légica que ndo mais se baseia na igualdade, como categoria assegurada por principios liberais, inventada_e decretada a priori, Renegamrse esas concepgées, que sustentam a ilusdo da homogeneidade, promovem e justificam a fragmentagao do ensino escolar em disciplinas, modalidades seriacées, classificagées, hierarquias de conhecimentos. A incluso € um conceito que emerge da complexidade, da idéia de trama, de tecido, que nos propée Morin (2001).Implica o entrelacamento entre as diferencas humanas, o contato e o compartilhamento dessas singularidades. A complexidade, assim entendida, esbarra na necessidade de reforma do pensamento e da escola e atinge a formagao dos professores, de modo que possam ser capazes de ministrar uma educacio plural, democratica e transgressora, Esse movimento provoca uma crise de identidade institucional, que, por sua vez, abala a identidade dos professores ¢ faz com que seja ressignificada a identidade do aluno. A dimensao ética critica e transformadora da incluséo faz desse aluno um outro sujeito liverado dos modelos ideals, permanentes, essenciais em que a légica conservadora da escola o aprisiona 0 direito a diferenca nas escolas © direlto a diferenga nas escolas, portanto, desconstréi o sistema de significagao excludente, normativo, elitista da escola atual, com suas medidas e mecanismos de producao da identidade e da diferenga. Se a igualdade é referéncia, podemos inventar 0 que quisermos para agrupar e rotular os alunos como PNEE, como deficientes, Se a diferenca é tomada como parémetro, ndo tomamos mais a igualdade como norma e fazemos cair toda uma hierarquia das igualdades e diferengas que a sustentam. Por meio dos processes de normalizago as escolas ¢ instituicées especializadas proclamam 0 seu poder propdem sutilmente, com base em caracteristicas devidamente selecionadas como positivas, a eleicdo arbitréria de uma identidade “normal,” que regula as suas praticas educativas ¢ a avaliacdes de seus alunos. Contrariar a perspectiva de uma escola que se pauta por esses padrées conceptuais ¢ organizacionais fazer a diferenca, reconhecé-la e valoriza-la Somos diferentes de fato e queremos ser, agora, diferentes de direito, na escola e fora dela. Pautamo-nos pelo direito de ser, sendo diferente. Mas isto s6 nao basta e é entdo que nos valemos da ressalva de Souza Santos (1995) que prediz o direito de sermos iguais, quando a diferenga nos inferioriza e de sermos diferentes, quando a igualéade nos descaracteriza. Diferenclar pela deficiéncla Aescola tem resistide a mudangas que envolvem o estar com o outro, porque as situagdes que promovem esse desafio e mobllizam os educadores 2 mudar suas priticas e a entender as novas possibilidades educativas trazidas pela inclusdo esto sendo constantemente neutralizadas por pollticas educacionais, diretrizes, curriculos, programas compensatérios (reforgo, aceleragdo entre outros). Essas iniciativas fazem a escola escapar pela tangente e a livram do enfrentamento necessdrio com sua ‘organizacao pecagégica excludente e ultrapassada Temos de estar sempre atentos, porque, mesmo sob a garantia do direito a diferenca, na igualdade de direitos, é possivel se lancar 0 conceito de diferenga na vala dos preconceitos, de discriminacao, da ‘excluso, como acontece com maiori de nossas propostas educacionais. As politicas persistem em desconsiderar o potencial da incluso para mudar 0 ensino escolar, para que as préticas pedagégicas se atualizem e atendam as especificidades de todo e qualquer aluno ¢ ndo, exclusivamente, aqueles que tém ume deficiéncia, E, ainda mais, com relago 8 educagao escolar de pessoas com deficiéncia, uma interpretag3o legal equivocada do cardter substitutivo da educa¢ao especializada continua reafirmando a possibilidade de a escola comum e seus professores se desobrigarem de rever o ensino tradicionalmente praticado ns escolas comuns. ‘As propostas educacionais defendem e recomendam a incluso, mas continuam a diferenciar os alunos pela deficiéncia, 0 que esta previsto como desconsideracdo aos preceitos da Convencao da Guatemala2 , assimilada pela nossa Constituico/88, em 2001. Essa Convencio deixa clara a impossibiidade de diferenciagéo com base na diferenca, definindo a discriminagéo como toda diferenciaco, exclusdo ou restricdo baseada em deficiéncia.[...] que tenha o efeito ou propésito de impedir ou anular 0 reconhecimento, gozo ou exercicio por parte de pessoas com deficiéncia de seus corabcufsm brirevee/caesp/2004/01/a2.htm ais oai0ari2 Revista do Centre de Educagia direitos humanos e suas liberdades fundamentais ( art.I, n° 2, “a’). De acordo com o principio da nao discriminagéo, trazido pela Convencéo da Guatemala, espera-se que na adoco da maxima “tratar igualmente os iguais © desigualmente os desiguais” admitamrse as diferenciagées com base na deficiéncia apenas com o propésito de permitir 0 acesso ao direito e ndo para se negar o exercicio dele! Nao tem sido essa, no entanto, a interpretago que as instituigdes escolares especializadas tém dado a esse principio. Continuam a entender o estar com seus pares, mas em uma classe especial ou em uma escole especial. Assim & que se tem, distorcido, o direito de ser, sendo diferente, na escola. ‘A Constituigéo de 88 celebrou o direito de todas as pessoas com deficiéncia 8 educagéo acrescentou as pessoas com deficiéncia o direito ao atendimento educacional especializado, Em nosso Ordenamento Juridico, esse atendimento existe para complementar e no para substituir 0 ensino escolar comum e para que os alunos com deficiéncia tenham acesso e freqUéncia & escolaridade, em escoles comuns. A diferenciaco pela deficiéncia, neste caso, nao é discriminante, pois o atendimento educacional especializado visa 4 remoc&o de obstdculos que impedem esses alunos de acompanhar, na medida de 502s possiblidades, as aulas, quando Incluidos nas turmas comuns. O ensino da Lingua Portuguesa, como segunda lingua para os surdos, as nocgées de mobilidade e de locomecdo para cegos e outros conhecimentos especificos so exemplos desse diferenciac3o. Em ume palavra, no. atendimento educacional especializado nao se ensina 0 que é préprio das escolas comuns. Adaptar o ensino? Grande parte dos profissionais da Area clinica, dos professores especializados e das escolas comuns desconhecem 0 que os alunos com deficiéncia séo capazes de transpor para prosseguirem seus estudos em abientes escolares inclusivos e ainda acreditam no ensino escolar individualizado e adaptado, como o ideal e o mals adequado pare suas necessidades, principalmente no caso de ‘educandos com deficiéncia mental. Ocorre que toda adaptacao predefinida pelo professor ensina o aluno a ser dependente, limtado, reativo, negando-Ihe a oportunidade de construir conhecimentos, segundo as suas capacidades. E ainda uma maneira de manter a velha formula de decidir pelo outro, de impor-the um padrao de normalidade, estabelecido por relacées de poder/saber hegeménicas, que controlam de fora 0 que o aluno deve ou no deve ser, aprender e conhecer. E, entdio, 0 que fazer? Adaptar 0 ensino ou deixar 0 aluno & deriva, sé, abandonado e tentando descobrir a resposta certa? Adaptar o ensino, assim como outros aparatos pedagégicos ndo conduzem a incluséo, Esta Inova¢ao implica em uma mudanca de paradigme educacional, que gera uma reorganizacao geral das praticas escolares: planejamentos, formacéo de turmas, curriculo, avaliacéo, gestéo do proceso ‘educativo em seu todo, Baseada no estar junto nos propésitos e procedimentos de ensino, que decider o que falta 20 aluno e ao de que ele necesita para cursar a escola comum, a adaptacdo funciona como um processo regulador extemno da aprendizagem. Em outras palavras, quando adaptamos curriculos, selecionamos atividades e formulames provas diferentes, simplificamos objetivos educacionais para alunos com dificuldade de aprender e assim continuamos a perpetuar a discriminacio, a diferenciacgo pela deficiéncia ensino segregado. Na sua verséo inclusiva, a adaptacéo é consequéncia da auto-regulagdo do proceso de aprendizagem, pols é 0 aluno quem se adapta ao conhecimento, de acordo com suas possibilidades de assimilar 0 novo ao que jé conhece. Entender esse sentido da adaptacdo ¢ importante, pois podemos confund-le com 0 que & exigido dos alunos, na modalidade de inser¢éo conhecida como “integracso escolar", na qual os alunos com e sem deficiéncias precisam se adaptar ao que a escola exige para néo serem excluidos e/ou encaminhados @ servicos de educacionais segregados, até estarem “prontos” para cursar a escola comum! Nunca é demais lembrar que aprender ¢ uma acéo humana criativa, individual heterogénea ¢ regulada pelo sujeito da aprendizagem, independentemente de sua condi¢do intelectual ser mais ou ser menos privilegiada. & a diversidade das adaptacdes que enriquece os nossos saberes na escola e que clareia 0 nosso entendimento - essa diversidade que deriva das formas singulares de nos adaptarmos Cognitivamente a um dado contetido, a ume situacao problema, a um novo terra de estudo. Ensinar, por sua vez, ¢ um ato coletive e homogéneo, que o professor realiza, disponibilizando a todos um mesmo conhecimento Ao invés de se dedicarem a pseudo-necessidade de adaptar e individualizar/diferenciar o ensino corabcufsm brirevee/caesp/2004/01/a2.him ais oai0ari2 Revista do Centro de Eeucagaa para alguns, os professores deveriam recriar suas préticas e valorizar a capacidade de seus alunos de se adaptarem ao ensino ministrado, Os alunos come sem deficiéncias, deveriam estar vivendo a liberdade de aprender, tendo o reconhecimento de seus mestres pelo que conseguem construir no dorrinio intelectual, seja qual for o seu nivel de entendimento atingido. Assegurar o direito & diferenga na escola é ensinar a incluir e, se a escola ndo tomar para si esta tarefa, a sociedade continuara perpetuando a exclusdo nas suas formas mais sutis e mais selvagens. Referéncias bibliogréfices MORIN, Edgard.A cabeca bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. SANTOS, Boaventura de Souza. Entrevista com Prof. Boaventura de Souza Santos. (On line). Disponivel: hetp://www.dhi.uem.br/jurandir/jurandir- boavent.htm, 1995. PIERUCCI, Antonio. Fldvio.As ciladas da diferenga.Sdo Paulo: Editora 34, 1999. Notas 2 Referimo-nos 8 Convengdo Interamericana para Eliminacdo de Todas as Formas de Discriminacao Contra as Pessoas Portadoras de Deficiéncie, celebrada na Guatemala, 0 Brasil é signatério desse documento, que foi aprovade pelo Congreso Nacional por meio do Decreto Legislativo n° 198, de 13 de junho de 2001 e promulgado pelo Decreto n° 3,956 de 08 de outubro de 2001, da Presidéncia ¢a Republica. A Convengao referida tem valor tanto de lei ordindria como norma constitucional, porque se refere a direltos garantlas fundamentals da pessoa humana: Correspondéncia Maria Teresa Eglér Mantoan - Meu endereco é : Rua Barreto Leme, n®°1845 - 3° andar - CEP 13025 085 - Campinas/SP. Faculdade de Educagao - UNICAMP/SP- E-mail:trantoan@unicamp.br Recebido em 06 de abril de 2004 Edigho anterior Pagina inicial Proxima edigao Cadernos :: edicao: 2004 - N° 23 > editorial > indice > Resume > Ar corabcufsm brirevee/caesp/2004/01/a2.him ss

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