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3e 32L COMPENDIO DE HISTORIA DA IGREJA POR FREI DAGOBERTO ROMAG, 0. F. M. LENTE GERAL DE HISTORIA RCLESLASTICA VOLUME II A IDADE MEDIA PREFACIO A 1° EDICAO © ° | seu cam neiro volume da Histéria da Igreja ho pelo Brasil, E teve aceitagao mais ousava esperar. De diversas partes Viadas cartas de felicitagées. Agradego a Deus pelo bem que se dignou de fazer por meu inteemédi. ate os animadores elogios fcgko de nfo pi Peofusdio beptout, Bo Hie, RE NGiA Gitta, RISPO DE ERE hoforie) VE LAURO OSTERMANN OG, Pinfipouiss 20 eset indice alfabético ao a diversos pe- dar a cada e, Pelo. mesmo ‘2 este volume um elenco dos papas, dos fos da idade medi sim Lortz nos apresen historia das idéias, Eu sou es da historia. Estes fatos, & ver- grande restrigdo, mas ia do material é de~ Respondo com 10 Preffcio & 2 edigdo de um estudo mec&nico e que, no entanto, o estudante da toologia deve estar nas condigdes de fazer uma idéia certa € justa da histéria, s6 pela leitura do manual. Este, natu- icagdo do lente. © lente tem de dar vida a letra, concede-se-the, portanto, grande liberdade nas suas pre- egies. Além disso, 0 compendio & destinado também para ou- tros leitores e no pode, portanto, contentar-se com alguns poueos fatos, nem com a ‘a nocessarin base de fatos, Espero ter conser dois extremos, Tume aos estudanies de teologia e a0 benéw perando contcibuir a honra de Deus, & Igreja ¢ a0 bem espiritual da grande ¢ catélica pitria bra- leira, que catélica b& de ser sempre, se quiser ficar pre- servada dos cataclismas horrendos que, nestes dias tempes- ‘tuosos, agitam a velha Europa Curitiba, Festa do Doutor Serdfico S. Boaventura, 14 Julho de 1940, PREFACIO A 2° EDICAO '$ Passaram por uma transformagao, que es~ cas recentes tomaram necessarias. Nao foi possivel aceitar certas insinuagbes, despojadas de critica SG que de nada serviriam a verdade. Mas, respeftamos 2 moderagao € 0 carinho, com que outros escrevem a sua his~ toria e expem os seus argumentos. Modificamos também, de ver em quando, a citagio das fontes, omitindo umas, porque mio as temos mais A mio, ¢ indicando outras, por- que so mais faceis a consultar. Servir a verdade e promover 2 gléria de Deus ¢ da santa Igreja & nosso inico desejo. Petrdpolis, Festa de S. Antnio, 1949, ABREVIACOES MAIS FREQUENTES AASS — Acta Sanctorum, ed. Bollandus et socii AF ~~ Anatecta Franciseana AFH — Archiv um Historie universal da Igreja, trad, por J. Anal. Bol. — Ai lecta Bolandiana Baron, Antal, — Baroni, Annales Ecclesastis, Anturpiae BR ed. Taurinensis icbberger (LTH) —~ Buchberger, Lexikon fuer Theologie und Kirche " Teer Theolog co le, Con Deer. Grat, Deere — 15" (Umberg) — Franiskanisehe Stud Punk, AU und U FB — Binimeyer, buches von Fu — Historia Eclesi Karrer — Karrer, Textgeschichte der Mystik Lortz — Lortz, Geschichte der Kirche LP — Liber Ponti ed, Duchesne LThK — Buchberger, Lexikon Abeeviagoes mais frequentes Maurois — Mauris, ingues, Rio de Janeiro fenta Germanica (EE — Epistulae; SS — Papsttums und Tubingen 1934. dem Ausgang MQ — Mirbt, Qu des roemischen Kathol Pastor — Pastor, Gesch des Mittelalters PG — Migne, Patrologiae cursus completus, ses Orca PL — Migne, Patrologiae cursus completus, Series Latina fn Contimatio C. Bae VIL, of. Jaffe istoriae ecclesiasticae medi Romae 1930. men yon Maria Laach A IDADE MEDIA PRIMEIRA POCA A IDADE MEDIA PRIMITIVA DESDE A MIGRACAO DOS POVOS ATE’ GREGORIO vil. — A IGREJA MESTRA DO. OCIDENTE Vista Geral versos hhavia sido 0 oriente 08 paises do Mev jo dos povos, » maometani germanicos aparecem historia, destroe principal da atividade da Igreja 2, Esta atividade, por sua vez, também & o antiguidade, a Igreja, pequeno grao de mostarda, teve que rentar uma cultura elevada, ou antes trés culturas per- feitamente desenvolvidas, a cultura judaica, grega e romana, A Igreja nascente coube a ¢ issio de purilicd-las dos elementos que nfo eram de Deus, transformando a sociedade segundo os principios crisidos, Na idade média, a Igreja florescente encontra os novos povos germénicos e estavos que, seb desprovidos de toda cultura, tinham-na, fentanto, muito inferior Emibora o nivel cultural da Igreja tivesse descido um tanto da sua altura primitiva, pelo fim da antiguidade, to- “4 1 epoca: A Made Média Primitiva cram suficientes para reas 10 colhera toda a cultura de fazer dela, como de davia, as suas forgas espiritu: ar a sua missao, Santo Agos a, e a Fgreja ndo tinha sen: fato 0 fez, a base da povos medievais por meio daquela heranga, formar © orga~ nizar os Estados, que logo se sevestiram de carater cristo, ccriar entre eles nova cultura, eis a missio da Igreja me- prolongado e inrte de ter (078-1016), una segunda ivasao dos dinamangueres Canuto Magno, chefe dex ine com apenas 23 anvo de = Tiostouse to. piedoso Fa ua coroa'e a suspend acina Wo altar-vor ae tedral de Winchester, para mostrar que Deus ico re taral de Winchester, para mostrar ue Des € 9 Ws as 8 imimeros ico da Igroja das da vida mor homens culo representante mais insigne & 8. Beda, 735), mestre de toda a idade média, . © Meno e os Alpes. Zulpique (496), © su i8 que os frencos propria Igreja franca s parece, na segunda 1 31, Maiores progressos fez a conversio do pov: lo Penetraram no pais os monges estrangeitos, principale mente 0s irlandeses. $. Fridotina (¢ 530?) € consideredo a 1 época: A Wdade Média Primitiva fundador do mosteiro de Saeckingen. No entanto a sua Vite é lendéria para merecer f€. 5) que, pelo ano de 590, campo de sua missio as margens do lago de Zurique e Constanga (610-12). A familia ducal tio era cristi, Um paroco, de nome monges Sobre a cela de 8. Truiberto dedicado em 2 ss.) fundow outro ‘a deixar 0 pals por ‘nio dos francos, retirou-se ‘ado, onde fundow osteiros da regra de 8. Bento. 6432) foi funda faurou outros 32, Pirmino j4 aparece mais como organizador da Igreja do que como missionirio, De fato, a Lex Alemannorum no contribufram muito os mon= ‘eodoro fundaram, nos meados 1s de Fuessen ¢ Kempten. A de 33.4. Os bavaros, descendentes dos marcomanos da Botmia, tinham ocupado, pelo ano de 500, as regides situa das entre o Lech eo Inn, entre os Alpes e 0 Dani seja o Noricum e a Récia. Vieram a conhever o cristi por terem sido cristianizadas as regiGes no tempo dos ro- ‘manos, como também pelo contacto com os francos, cujo de, tiveram que reconhecer. A tamil ingios, desde a si ina do duque Garibaldi, que vei ina dos longobardos, tornou-se a grande apéstola deste povo. . Diversos missionarios aprofundaram a vida catélica na Baviera, principalmente pela fundagto de numeroscs mos- ‘eiros, como Chiemsee, Tegernsee, Mondsee, Kremsmiister © outros. Eustasi pregou ali no principio do século VII. Seguiu-thes, mais tarde, 0 bispo Ruperto de Vormécia (7 722; MOSS rer, Mer. 6, 140 ss), da familia real dos merovingios, cha- mado o “apdstolo da Baviera”. Foi chamado pelo duque ‘Téodo Il, € fundou, nas ruinas do cas bburgo, 0 mosteiro de S. Pedro, O corepi mdou 9 mosteiro de. Ratisbon também o nome. Morteu assassinaco pelo fitho do duque (715). Sua vida foi escrita por Aribo, bispo de Frisinga (764-84; Anal, Bol. 8, 211 ss). Aribo esctevew igualmente a vida de 8. Cork 10 (} 725; AASS 3, 281), pri. i20u, nos’ anos Salzburgo ¢ po, dos elementos relaxados. A Baviera toroucse, desta partida para a missio entre os povos dh 34. A Turingia ou Franconia Ori , Harz, Tauber e Dai egagao do bispo seus companheiros, 0 sacerdote man. O duque Gosberto, que re- sidia em Vuerzbat maior parte do povo renunci 9 culto dos idotos, Tendo, porém, Quiliano re dugue por causa do sen desir quase a jerarqia do pas, sagrando conte de Vuerzburgo a 8. Bureand (rat Howl, Kucengeshicie Devan, 4 yo! 24 et, Lip 1900 ana MGSS vet ers, Igy / alae ler, Kloterieben 2 Mieaiter nach’ tetfenoeaiechen Aufreichnungen, " " 0 1 época: A Made Méia Primitiva § 67, Vilibrordo € Bonifacio 35, A conversio entre os diversos povos germanicos hhavia feilo bons progressos até ao século VIN. Mas carecia ainda de uniformidade e organizacao. Os monges irlandeses eram mais ascetas do que pastores de almas, © pouca porlancia ligavam & centralizagao jerarquica. Supriram esta organizador € universalista, unindo-se intimamente ao centro da Igreja, © papado. Os’ mais insignes entre eles so os dois santos aquele apéstolo dos frisdes, este apéstolo da Alemanha. 36, Os frisSes habitavam as costes do Mar-Nordico, entre 0 Veser ¢ 0 Esealda, Grande resistencia opuser pregacio do cristianismo, porque odiavam os f gos nacionais, ¢ porque receavam por sua in cia, Pelos meados do século Amando (+ 675), apéstolo Dagoberto | (626-39) ¢ mai eS. Cunibe ourives de (660), Também vencido por Mosa e Es- le rgio 1 (686-701) concedeu-the, na primeira via- gem a Roma, as necessirias fa ‘a segunda Viagem, sagrou-o bispo de Utrect fundow ide se Depois da morte de Vilibrordo (739), $. Bonitacio, S. Vilehardo, primeiro bispo de Bremen, §. Ludgero, primeiro bispo de’ Mu tinuaram a'sua obra, Carlos Magno extirpou completamente © paganisino (785). 37 a. Grande parte das tribos germAnicas, pois, abra- ianismo, Outras continuavam, no entanto, pagis, © mesmo nas regibes cristis nfo desapareceram de todo as superstig6es © os costumes do paganismo, Para remediar a falta e para organizar a Igreja em todo o reino dos francos, § 61. Vilibrordo © Boniticio 3 fora destinado, pela Providéncia divina, Vintredo, chamado, mais tarde, Bonifacio. Nasceu ele de familia fidalga de Kirton no reino de Wessex (675). Nos mosteiros beneditinos de Exe- ter e Nutscela obteve uma educagio esmerada. Dirigi de la, Em 716, empreer gem para 0 relno dos frisées, Mas, nao podendo far a suia miss4o, por causa da guerra entre Carlos Martelo e Radbodo, voltou a Inglaterra b. Elefto abade do a esta dignidade e, em 718, fez reino dos frisées, e esta ver et ais nada, ao papa Gregério Il (715-31) para Ihe pedir faculdade para a sua obra (PL 89, 495). Por esta © nome de Bor Sabendo da , comegou a sua atividade entre os Jado de Vilibrorde, que projetava fax Nao aceitando a proposta, ret do Reno, que o papa the havia des- lares de pagdos receberam o batis iaviam recaido nos erros do paganismo, e muitos, que vam ao seio da Igreja. Em Amenaburgo levantou-se & sucessos, chamou-o este a Roma e sage de toda a Germania tra casio, um juramento espi tamente & Sé apostélica (Jatfé, Bibl. rer. Germ. 3, 78), Com uma colegio dos canones e cartas de Carlos Mattelo, aos bispos, 8 nobreza e ao povo volton para a sua missio, Provido dum ivo-conduto de Carlos Martelo, di , em 724, cortou o carvalbo sagrat perto de Geismar, mostrando a impoténcia dos gos, Da madeira do can uma capela et honra de S. Pedro, para comemorar este acontecimento de maxima importancia storia da Igreja germanica, D giu-se, em seguida, para a Turingia, onde o cristianismo se achava num deploravel estado. Pre elo espaca de lez anos, quebrando, finalmente, a resisténcia que o povo antigo clero Ihe fizeram © fundando 0 mosteiro de Obraruf perto de Gotha, por esta 2 1 epoca: A Wade Média Primitive . A sua patria o apoiou generosamente, enviando-the rnumerosos cooperadores, monges de ambos os sex0s, como também clérigos seculares, Outros discipulos se Ihe asso- ciaram na Germania, como o franco Gregério, da casa real ‘dos merovingios, e 0 bavaro Estirmio, Com o auxilio dos ‘mesmos tratou de consolidar a obra, Fundou diversos outros. mosteiros, como de Fi S. Vigherto, 0 de Tauberbischotshe! dessa sua ‘parenta Lioba, o de Ochsenfurt, i Tecla, os dois mosteiros de Heidenticim, chefiados por isso, era at a jerarquia eclesiistica. Ao fe ocasiio da sua a nifficio esta necessidade, ¢ em resposta em pilio arquiepiscopal (732), incumbindo-o de sagrar bispos para o extenso campo da misso (Ep. 28). Com este fato comega a sua ati pois de uma terc leo, organizou a Igreja ‘da Baviera ispados de Buraburyo na Hassia, ido com Paderborn, o de Erfurt e de VOrz 1 € 0 de Eichstaett, cujo primeiro bispo Durgo na foi S. 40 a. Tendo organizado a Igreja nas diversas partes da Germania transreninia, incumbiu-o o papa Zacarias (741-52) de velar também’ pelo reino ociden necessiria uma reforma radical, Carlos Mar cultura ocidental pela vit6ria sobre os Arabes perto tiers (732), mas bem pouco se importava dos di da diseiplina da Igreja, servindo-se dela ainleamente para obter os seus fins politicos Seus filhos, 0s dois mordomos Carlomano ¢ Pepino, educados no mosteiro de S. Diniz, mostraram maior inte resse pela Igreja, Celebraram-se por Bonifacio, em 742, 0 primeiro Co para a Austrdsia, em 744, 0 sinodo de Soissons para a Neus- e-em 745, um sinodo nacional para ambos os reinos, vem lugar desconhecido, As suas disposigdes salutares, pu- § 67. Villbrordo e Boniticio 2 blicadas como leis eclesiasticas ¢ civis (capitulétia), visavam particularmente a reforma do clero, ao qual se pi arm , caa, traje secular © concubinato. Todo o subordinado a0s bispos, © aos monges se preser veu a rogra eS. Ba umes Pogson redigiu-se uma férmula de abjuracio, presereveram-se sic fodos anuais, organizou-se a con ordenou-se a’ restiqigao b. Fortes wereges Ad Ou eujo Mogtincia foi elevada fora deposte, Em 751 ole da Alemania central atincia, e embarcow ando e organizando a Igreja do reino Dew a ambos Roma, langando ages germanicas, Eginhardi Abbatis Annales, PL 104, 367 a8. — Alcuini Vita S. ed, Jatt, Bi 4 1 época: A Idade Média Primitiva § 68. A conversio dos saxdes e dos povos escandindvicos 42, Os saxbes tinham a sua sede no norte da Ger ¢ 0 Elba e 0 Saale, de um lado, e o Reno, do ou- nos, anglos, ostfa nordalbingios. No sul e oeste confinavam com os taringios, hhassos ¢ francos. Pelas relagSes que tinham com seus Zinhos tiveram logo alguma noticia do cristianismo. Mas (0 crist’ prolongada resist®ncia, que s0 se lavam a0s francos ¢ pelo desprezo pregava um Deus crucificado xbes, Evaldo o Branco ¢ Evaldo o Negro, ram 'senfio a coroa do martirio (Beda, HE, 5, 10). porém, os saxdes fizessem repet lamente © seu proprio reino, & da conversio, porque sem ela a con= perigo nfo podia prescind quista no seria duradoura 44 a, Em 772, iciou-se a guerra, Logo se rendeu 2 e fo ram-se, de novo, 782. Os saxdes| ela de Paderbo) dade. E, néo obstante, insur ‘tando guerreiros ¢ missionérios. O sabio Atcuino aconselhou a Carlos que em- pregasse meios mals brandos e convertesse 0 povo. “mais pela persuasto do que pela forga”. Mas Carlos, julgan- dlo-se chamado para rompeu com violencia, Verden sobre o Aller. Tal cena sanguinotenta exacerbou os saxdes ¢ esforgaram-se por recuperar a liberdade, Na bata- Iba de Detmold (783) foram, porém, derrotados. Carlos Magno mostrou-se entio em toda a sua gran- deza moral. Enviou a Vidukind um legado, convidando-o & § 58 A conversio dos saxtes e dos povos escandindvicas 35 reconeiliagao. Viduki vite; e com plena igualmente grande, aceitou o con rborn (785) foi 0. 0 ano di storia da Ak mo cristia~ nd (786) & um marco ‘mundo medieval. 0 povo saxo foi destinado a colocar-se a frente dum novo império cristao, ido, produzi em 804 estava decidida a sorte do paganismo com a cont= pleta submissio dos saxdes. b. Erigir gernaford) © Ost born, Bremen ¢ Verden para os desheim para 0s ostfalianos, O mosteiro de Cérbia sobre 0 Veser e outros tornaram-se centros da misao e da cul cristi. Apesar de ser feita a conversio pela vi cristianismo calou profundam: ister_(Mimi- iden, Pader~ edigida entre fa ma Germania, de~ foi 6 depois da sua efeito real. O papa Pascoal I (81 Ebbo de Reims legado apostilico dos paises né 0 rei Haraido da Dinamarca, expulso do seu rel raese na corte de Luis 0 Bonachto (814-40) © consentia em receber o batismo em Ingelheim (826). Voltando 2 Pitria, levou consigo 9 monge Ansgério © enérgico como Bonitécio, e chamado “apd: A missio teve um inicio esperangoso. Mas, « expulso mais uma vez € Ansgério dirigiu entao os seus passos para a Suécia, No entanto, em 831, fundow Lufs 0 Bonacho, autorizado pelo papa Gregorio IV (827-48), 0 ispado de Hamburgo para ser base de operasdes dos ftios. Ansgério foi nomeado arcebispo e vigario apos~ ico do norte % 1 gpoca: A Idade Mesa: Prinitiva 46, Infelizmente, ndo teve a seu lado tio numerosos santos cooperadores como Bonifacio, ¢ no meio das pertur- ages que agitavam aquelas regides, os resultados da sua isso foram insignificantes. Os normandos invadiram ¢ de- , em 845, Hamburgo, ficando a missio completa ida. Para que mio ficasse abandonada a obra, o papa Nicolau I € 0 rei Luis, 0 TeutOnico, uniram © bispado de Bremen com 0 de Hamburgo (849), poden- do assim Ansgério recomecar a sua pregacao. Em meio dos penosos traballios morrew © zeloso missionério, em 865. nberto (869-88) con- 47. Seu discipulo ¢ biégrafo as condi we Te Ot%o 1 ispados, Sch Ripen ¢ Aarhus, no tornasse a levantar-se pelo fim do sé te, o rei Canuto Magno evou a cabo ac ransformar a $ conseguin, porém, devido & rd (1103) © se metrépole da Igreja di provincia de Bremen, 48, Na Suécia, o cri 10 fez progressos muito len- io do século XI, 0 rei Ola- co IX, 0 Santo ( foi erigido o bispado de Upsala, elevado por Alexandre Ul a arcebispado (1164). Erico IX fez também uma ciuzada para a ia e fundou ali © bispado de Abo. 49, Na Noruega, a conversio comegou com a sul ao trono de Hacon, 0 Bom (838-61), que havia sido edu- cado na Inglaterra, Nao obst ticuldades, ‘motivadas pelo apego do povo 4 antiga religido, triuniou 1 cristianismo no reinado de Olavo 1 Trygwason (995-1000). © elo do rei pela converséo estendeu-se até as ithas Fa~ oer, Hébridas, Islandia e Groenlandia, descoberta ja antes ali no se conservou te que dizimou a populacdo ¢ pela hostilidade dos esquimais, no século XIV. A Noruega mesma pode ser rada, desde Olavo Haraldson, 0 Santo (1014-30), coma pais cristéo, sendo desde 1152 Drontheim a metrépote. 50. Entre os normandos, que i fadiram as diversas cos~ mn que, depois ongos anos, 0 terror da Franea, abracou 0 2), tomando 0 nome de Roberto. O rei Car~ tos, o Simples, Ihe concedeu, com am Ja,'a parte do seu reino que ‘mania, Com Roberto se convert seu povo. a0 Ural, © desde 0 Adi As origens da sua hist se prineipalmente pela extensio Os missiona foram enviados pelos patriarcas de Constat dade da missio deixou os seus ves queles povos até aos nossos dias, a 3 1 poca: A dade Médle Primitive sso ocidental comega no sudeste, onde’ os ano de 600, ocuparam a Carintia, a Carniola ianismo no século VIII por missionarios, enviados pelos bispos de Salzburgo © Passau. Os eroatas, ‘que se estabeleceram na Dalmacia (640), fo- ram catequizados, sob o duque Porga (c. 680), por sacer- s de Roma. Os avaros, descendentes dos hunos, smo, quando Carlos Magno (796) jugou. Mas desapareceram, no século seguinte, pela fu- sfo com 08 povos vizinhos. 53. Os mordvios, tributarios de Carlos Magno, foram Saleburgo e Pas- ni-se a Cons- jopla e pediu os missionarios Cirilo © Metédio (863). inventow a escritura eslava, Empregando, na proga- do ¢ na liturgia I gua eslava, os missiond~ ios conseguir: quinagdes de algun por Nicolau I, a Roma (8 veio a falecer. Metédio, porém, defendeu-se bi fo, por Adriano If, nomeado arcebispo e legado apo ico da Panéuia e da Moravia, N Wa visita a Ro- reino em conseq 08 filhos de Svatopluc (+ 894) e da i ros (905). Quando torna a aparceer na jew foi o primeiro duque a conver- (895). Mas, em breve, sobrevierain ‘urbuléncias tristes a jovem Igreja, Ludmila, mie de Spi- tigniew e primeira santa da Botmia, foi assassinada por § 60, A conversto dos eslavos € hingaros 39 Drahomira, sua nora (927), € S. Vencesia, tigniew ¢ Drahomira, caiu_‘vitimado por seu iemio Boles- tau 1 (029-67), 0 Cru 10) © ace Boleslau Ii (967-99) completou a obra da conversio pela criagio do bispado de Praga (873). O papa Joio XIII dew sew consentimento com a condigao, porém, fosse adotado 0 rito latino (Ep. ad Boleslaum). Pri- meiro bispo foi o saxdo Ditmar, e sucessor dele, 8. Adal- entanto, teve de lutar Adalberto para me- Ele mesmo viu-se obriga czyslau_ (960-82) casou-se com Dubravea, lau 1 (963) ¢ fez-se batizar, no ano seguinie. “O povo, exisemo dedicado a0 principe, despedagou por sua 08 idato nissiondrios botmios e alemé sna (968). No ano 1000, Otz0 to a0 seprilero de S, Adalberto, 0 arcebispado de Gnese Forartine subordinades os bispados de Colberg na Pome- nna Silésia e Crac robry (992-1025) au 8 e cingia a coroa real (1024). moveu-se wma forte reag tabeleceu, com o auxilio dos alemaes, 0 cristianismo ea a (1040). Desde et lamente no coragi0 do po tendo assassinado, a0 pé do de Craedvia, que Ihe censurara os crimes (1071), foi obrigado a fugir diante da indignagao dos seus vassalos morreu na miséria”. 56, Os vendos, nome coletivo de diversos povos esla~ vos, fixaram aS suas sedes entre o Elba e o Oder, Uma ” parte penetrou até as margens do Alto Meno, ¢ estes se con- Yerteram pelo fim do séeulo VIN; Henrique’ I fundou para eles o bispado de Bamberga (1007). Os demais foram sub- maetidos igui 20 domi tia saxOnica. Ao_mesmo Grande 4 que 1 (219-96), pregou entre eles 0 bispo Adalvardo de Verden, Oto 1,“ 4 o seu dover. Havelberg, Brandenburgo, 0 lo XI, Go- le parte spo Adalberto de Bremen, ‘Mas, em 1066, 0 duque foi assassinado com icas e extinpado quase compl 57. Os hingaros ocuparam, pelo tim do sbeulo IX, 0 hos, alé que a vi margens do Lech (955), pds termo aos seus r0 Pouco a pouco, se converteram ao cist Em 972, prego entre eles 0 monge Vo 10 de Ratishor jgiosos enviados pelo mente se fer batizar 0 que Geisa (972-97), cujo ¥7-1038), casado com Gisela, irma do impe- cingiu real que, como dizem, the fora enviada pelo papa S' com 0 titulo de rei apos~ ico (1001). Na capital Gran foi erigido um arcebispado. Como a Poldnla, assim também a Hungria tornow-se um baluarte da cultura ocidental contra o cisma do oriente, 58, No entanto, a maior parle dos povos eslavos foram conquistados para o cristianismo pela Igreja oriental. De- pendentes, mais ou menos, de Consiantinopla, cairam, mais tarde, com esta metrépole, no cisma § 09, A conversiio dos eslavos € Iningaros 4 Os sérvios estabeleceram-se, no tempo do imperador Herdclio (610-41), ao sueste dos croatas. O imperador os obrigou a aceitar o batismo, Mas, separando-se do império (827), de novo, a0 im peri (867-86). 2 fé catélica, aceitando no batismo o nome de Miguel (864) Obrigou também o povo a professar a ro papa, Nicola. Hebres Responsa ad cons Ihe esere= ido wma \dotara-se eslava na fiturgia 60. Os russos deve a fundagao do seu Estado a Ru nando escandinavico da tribo de Rus, que pelo ano 1, Os patriarcas de Constantinopla Focio © Ind~ esforcaram-se por converter 0 povo. Mas a crist fe, até que a pricesa O (987) se fizeram ado pelo povo, que aos milhares recebeu 0 batismo. Jaroslan (1015-54) organizou a Igreja russa, con ‘épole em Kiew, Infelizmente, foi artastada, mais tar- oriental, Eginbardi Abbatis Annales, P Aizog, Wistria universal da" Igreja 2 1 época: A dade Média Prinitiva CAPITULO PAPADO E IMPERIO ATE MEADOS DO SECULO XI '§ 70. Origens do Estado poatiticio 61, Desde a mudanca da capital do império romano 2 sua dignidade espir possuia a Sé apostolic 1s do tempo © por motivos religiosos, lies haviam si oferecides. No segundo periodo estenderam-se sobre ais independente em representantes, os exarcas dle Ravena. Gregorio Il (718-31) © Gregirio soberanos, 62. Poi precisamente proceder violento ccausou uma agit ¢ a corrupeao dos of is da corte de Constai arse arrancar cidade por cidade ao dor ‘até a ameacar a cidade eterna. Em lio de Bizancio. Desampara iveram os olhos para o papa como chee 1, 0 ocidente se teria se- nnopla, desta aversio para parado sem conservado sincera fidelidade a’ seus soberanos pi uma paz de vinte seguin o papa Zacarias (741-52) concl 8 © 0 reino dos francos, que para a cio € a evolugdo de toda a hist6ria ocidental havi ser de sumo alcance, Martelo (f 741) dividiu o reino entre seus thos. domo da Austrasia, entregou, em 747, 0 governo a seu irmao Pepino o Breve, mordomo da Néustria, para en iro de Montecassino. Pepino n de 10 a0 estado des- natural em or de fato governava e outro 0 que indevid coroa teal, Procurou conseguir para tal projeto o consenti= mento do papa, — 80 grande ja parecia aos olhos de to- dos 0 soberano poder do chete da Igreja. — Uma legagio hetiada pelo bispo Burcardo de Vuerzburgo e pelo abade Fulrado de S. Diniz apresentou o projeto 30 papa que, de fato, deu 0 seu consentimento, preenchendo por sita supre- ma autoridade moral a falta de legitimidade. Em seguida, pela assembléia dos principes, & do & elevago ao trono um cardter iamavam-se_os_soberanos Chiléerico 105, ultimo 0 (751) contra os longobardos. igreja de S. Diniz, perto de Pari ima vez, 0 rei, juntamente com seus fi “4 1 época: A ldade Média Pr § TO. Origens €o Estado pontiicio 45 dando-Ihes 0 titulo de Patricio Romano, que até er fo se reservara ao exarca de Ravena e ao duque de Roma, mente em parte a sua promessa, ¢ a Sé apostélica nao es- ‘eve, por enquanto, nas condigdes de fazer valer os seus direitos, do chegou até nbs, 0 ei nao de dete fr a Igteia 69, Pois, com a morte de P: 2 ao 2 Sé apos. Roma uma confusio de iperiais conquistados pelos tongo- Se artogava 0 direito da rdos, sobretudo di exarcado de Ravena. Em duas campa~ has de 754-58, Pepino venceu a Aistulfo ¢ obrigou-o a ceder © exarcado e a pentipolis ao papa, Aos legados do nperador Constantino Copronimo, que compareceram em © reclamaram o exarcado, oferecenda preciosos do- s, © monge Filipe, few t epino ‘Os francos derramaram o seu mas por S. Pedro e pela salvagao 10, que era leigo. J srotado, depois de treze meses, com 0 bardos, ¢ estes colocaram na ciitedra de S. P mente perseguidos, faltar a dloasio, 70. Para que lo a0 povo tinicamente a Esta determinago, porém, ainda nao Pepino, © Breve, ss andavai conti bo iderata, filha de Desideri le poder trang conquista, Mas Carlos sepai iano motred, e Estévio IIL se fas Por du 7 seeulo XV, veto ser i is antigos pl dou de face a po derata. Ca n bre leas do gover- © Adriano I subiu 20 trono fob ique de Toscana. rival, pediu o auxitio dos romanos, prometendo ceder a parte do exarcado de Ravena que ainda ficara em poder dos ongobardos. Mas, uma ver seguro do trono, cumpriy sd= wado a0 trono barbariche ‘a veneer 0 sen Sisto Kirchengeschichte 11 25 48, chiese, 6 1 poca: A Mdade Média Primita § 71, Carlos Magno © a Igreja 71, Carlos Magno (768-814) tornou-se para o reino dos francos franceses e alemies, e para todo 0 ociden saberano de secular de guerreiro e governador, criow um império que compreendia as e a maior parle dos dor mndo, desta maneira, a0 wuros uma terceira gi baseando-se nos funda wos langados por Bon nacionais dos povos germ’: 0 tigo império, formando assim o poderoso império cristi. que 0 nor e da respon- der espiri teoeritico de Pepino, o rei De- sssas feitas a0 pa- a, procurou novamente conquistar também os bens que a § 71. Carlos Magna ea lgreja a Igreja possuia no exarcado de Ravena. O papa Adriano 1 (772-93), por © auxilio dos francos. Carlos ‘Magno passou os Alpes, desharatou os longobardos, pren- dew o seu rei e cingiu mesmo a coroa férrea, tomando o ti Imola, Ferrara e 10s dar f€ aos capitulos 41-43 da Vita p. CCXXXVI), ainda de outras par- Desde ento desaparecem todos 0s vestigios Em tudo se apresenta 0 papa como soberano do Estado da Igreja. 75. Todavia, nao era soberano de todo independente. mo antes os 108, assim C: ia 2 coroa fSrrea e usava off Romano, procurou ter mai tificio. Os seus desejos se Leto I (795-816). influéncia no Estado pon- vam no pontificads de logo depois da da ie, ao mesmo tempo, que Fizesse le prestasse 0 juramento de tid in. 796). Nao f as de lade de Roma, ‘que © povo Vendlo-se, em seguida, por ocasiio da procissio de S. Marcos de'799, atacado 'e maltratado pelos sobrinhos de antece: apa se dirigiu a Pader auxilio de Carlos. Este o fex recondt a Roma. E, quando ele mesmo, no ano segu para decidir, de vez, a questo pendente tidos, absteve-se a fol a Roma ‘08 dois par- por nin= ao se justiticon das wwiam feito, sendo, finalmente, 7). O proprio graves calinias, que the desterrados os seus advers4 77. Dois dias depots, Natal de 800, teve lugar aquela cena que € uma das mais memordveis de toda a histéria 48 | época: A Idade Média Primitiva o"pova exclamava: ‘A Carlos, plissimo Augusto por Deus coroado, magno ¢ pacifico imperador, vida e vit6ria” (LP Ml 7). 0 pi Papa Ihe prestou, sepu ume bizani nagens de “adoracio". E é esta a origem d Romano, c chamado desde 0 século tando-se 79. Fossem quais fossem os papa eo sentimentos do imperador antes da coroaeao (cfr. Eginh., jersal, Carlos nko abteve, i, mas uma E com a nova (© dever de Deus. 80, Dest paveis as gundo as quais 0 papa, como chefe secular, deviam, em bem eterno ¢ terrestre dal familia ui Emibora este ideal s6 raras vezes se realizasse e nia faltas- sem graves conilitas entre os dois poderes, império ¢ sacer= décio foram, todavia, nos séculos seguintes, os verdadelros fatores da evolueio da historia medieval 81. As relagdes reciprocas entre as duas autoridades foram mais exatamente determinadas pela Constituiedo Ro- mana de Lotério I, redigida em Novembro de 824 (MQ do império carovingio 49 protetor da Igreja ro- reservando-se 20 pa~ o Estado da Igreja, 0 exercicio tivo, O imperador obteve, via sep sagrado 86 depois de iperador 9 juramento’ de fidelidade. De nperador § 72, Os papas do século IX e a decadéncia do império carlovingio 52, Mal s Mag dade. Luis J, 0 Bonachio (814-40), bondoso e profunda- mente religioso, mas fraco, nfo soube conservar a hera que o pai lhe Iegara. As longas contendas entre cle © seus tos Lotario, co-imperador desde 817, Pepino e Luis, 0 iro matrimonio, e Ce , como também os confi rio © a0. povo, no tratado de Verdun (843). A Est 10 de Luis, o TeutOnieo (843-76), Carlos, ), seceben 0 reino da. Oestfran ‘a Lorena fol a heranga de (840-55), que conservou também a tratado de Meersen sobre a Mosa (870) vidiram entre si o reino central de L belecendo-se, deste modo, a separagio defi nagbes, a Alemanha e a Franca. 83, Por causa das inlimas relagées entre a Igreja e © Estado, também a Igreja sentiu as consequéncias dos dis- (809), esta- iva das duas » 1 apoca: A Idade Média Pri trirbios que agitavam o império. E” conseguiu m og fran- cos. Mas, pelo enfraque perdeu também a protecdo que the era ia na dofesa contra os senhores territoriais da Italia que, mais ¢ ter influéncia na eleig ja e no governo da Igrej Agravaram-se os males com as invasdes dos 1 dos sarracenos, pelo fim do século VII ¢ no pricl século 1X. verdade que o papado 84. Letlo II entregars-se com inteira cor ‘Magno. E quanto devia a sua protegao, mostrou a suble- vaso que estalou contra ele, loga depois da morte do grs de imperador. Também Estévo IV (816-17) © Pascoal 1 (817-24) mantiveram boas relagGes com o imperador. A eleigio de Eugenio Il (824-27) causou, como 2 de seus su- cessores, acres contlitos entre os partidos. Por isso, Loté- rio I foi chamado a Roma, e foi redigida entio a Consti eo Romana acima mencionada (§ 71) Depois do pontificado, de u sucedet W (827-44) nga a Carlos 3 apenas, de Valen: mado por Lota tim al, Mas ‘sua_predisposicao a favor de Lotario, parte pelas maqui- ages mentirosas do mesmo. Luis, 0 Bonachio, foi preso no "Campo da mentira”, deposto e obrigado a uma peni- Depois de dois anos Ihe foi restituide © yue Carlos Magno dera a autoridade apagara-se para sempre. mort Ita entre os irmaos Lotirio, Luls e Carlos. Foi parti mente Lotério, que se mostrou muito cioso de manter os seus direitos de imperador e protetor da Igreja. Como na el io de Sérgio I (844-47), por motivo de novos distil fossem observadas as determinagdes da Constituigdo seut filho Luis Il, & frente jado, Mas em Vao esperava o papa contra as invasdes dos sarracenos, que fi- zeram correrias até Roma e profanaram os sepuleros de S. Pedro e de S. Paulo (846). Para prevenis, no futuro, se IV (847-55) cercou de um muro o Vaticano, sim a Cidade Leonina, e vencen, numa segunda invaslo, os sarracenos, na batalha’ maritima de Ostia (849). Com o perador teve o grande papa as mais amigaveis relacbes, e Seu também a-coroa imper Luis Il (850). De- pois da morte de Lefo IV, 0 partlo procurou ele Ditero papa } 86. A lenda faz subir A citedra de S. Pedro, depois da tmoga de nome Joana, Orivnda de Mo- laterra, teria estudado, distarcada como teria governado como papa, pelo espago 0 VIII, A frau dade de uma pro- cissio, sendo Joana acometida pelas dores do parto, fale- seguida ou da jem, em Atel anas e sele ula e abusada por gente tra a Igreja 0 més de ji 10 do Liber Pondificatis irselutaveis, Existe um ipl ‘em que faleceu Leao, nada por outras que o imperad ‘Aim wiou a Roma um legad da morte de Leia IV; e cheg novo papa Benedito. aparecimento da t= ca, SO tres Cronica Univer 0. P., pelo ano je Metz, compilada por Joao de M de 1250, © depois em diversas créni XIV. Espathou-se de Troppau ou Pol 2 1 época: A Kage Média. Primitiva Pontificalis, de Mariano Scoto, etc,, nem vest papisa. Nem Martinho Polono teve 2 fabula 80 da sua ernica. Seg feita entre 1278 ¢ 1312. Em da foi geralmente aceita como até ao século XVI. Também os centurides de Magdeburgo fe, em seguida, outros protestantes aceitaram-na como faio historco. ficagao. © pri Enéias Silvio Picolomini Jogo reformado David. Blond ta terminantemente © te= (1649), Hoje em dia, si 87, A Benedito I” sucedeu (856-67), eleito € sagrado Lis Tl, aplaudido ¢ amado p: fre Greg6 nente do que ele e zelosos, mas severo ¢ in priam os sous deveres. Ch tro dos principes e dos p Mage ‘A sua principal preacupagao foi Igteja e maior autoridade da Se que esta dignidade era antes um peso de que uma hon- Ie papa tem de dar contas severas a Deus, E como pensava, assim tambi Segundo 0 ex fzar 9 poder tolica, 88 a, Esta sua concep, volveu necessiriamente em graves cont Igreja. Na Ilia teve de lutar contra a da autoridade papal 0 en- ios dentro e fora da ia insubmis- § 12. Os papas do séc. IX e a decadéncia do pétio enstovingio rio (859) teve de sustentar com Fécio, ($78) 89 a, Depois d papado perdeu ficado de Nicolau I, 0 jor que o grande papa assemelava na bondade, nio voniade. Joao io conseguiut realizar manter e firmar a segue (872-82), igu a sua princip. do Estado sal preoc nperial. Mas ia escotha, No dia de Natal de 875, corooit fo de Luis, 0 Teuté- no foi feliz na fos II, 0 Calvo, apesar de o di ser ciara a0 pei que a Cons légio da supremacia sobre Roma ¢ a0s di igdo Romana de 842 concedia ao imperador. a J paca: A Idade Média Primitiva No entanto, as esperancas, que o papa depositara no nove “protetor da Igreja”, nfo se realizaram. b, Sendo Carlos, em breve, surpreendido pela morte (877), 0 papa viu-se novamente na posicio de esco- ther entze os muitos competidores da coroa. Deu-a finalmente a Carlos III, 0 Gordo (881-87), filho mais novo de Teutdnico, Pelas mortes sucessivas de seus © novo imperador, desde 885, quase todo o Jos Magno nas suas mos. Mas mostrou-se to incapaz, aquém © além dos Alpes, que, apesar do seu grande po nfo s6 no conseguin proteger o papa contra os sarracenos as dinastias romanas, mas teve também de comprar a paz com 0§ nlormandos a grandes concessdes. Os prine papado o periodo mais triste da sua historia, Ror tes, nem depois, viv j jempo to desolad sucederam Marino 1 (882-84), Ad Estévao V (885-91). Disputavam ento imperial. © papa Formoso (891 seu filho Lamberto (892-98) 1 io dos espoletanos f que Formoso chamou Arnolfo de Carintia, rei da Alema- tha, para receber a coroa imperial (896). doenga im= pediu, porém, 0 valoroso Arnolfo de prosseguir a sua vi E depois da sua morte prematura (899), nao se ‘esperar 96) teve to insuportivel § 73 Papado e inipério até meados do stewlo XI 55 nas, Estevio Vi (896-97), criatura dos espoletanos, dei- xowse levar a0 crime abomindvel de profanar 0 corpo de Formoso, ¢, fundando- ordenava nio ser permi para outra, declaror as suas ordenagdes. Mas Est com uma mort 93. Foi eleito Romano, o, depois de quatro meses in- completos, Teodoro If (897), que teve a coragem de dar uma sepultura Honesta ao papa Formoso e de reslabelecer as suas ordenasies. Depois de um pontificado de vinte dias apenas morreu Teodoro provavelmente assassinado por tt seu parente. O ambicioso Sérgio, que j4 conspirara contra Formoso, procuron entdo assegurar-se da citedsa de S. dro, Mas a sua tumultuosa eleigZo ndo fot reconhecida pelo imperador Lamberto, que apoiow a eleigto de Jouo IX (898- 900), beneditino eminente e piedoso. O novo papa renovou, ‘num 'sinodo de Roma (898), as determinages da Con iuigdo Lotarlana 0 tocante & eleigd0 poniificia, declarou los os atos de Estévdo VI e procurou, segundo as suas , remediar os abusos e males de seu tempo tao agitado (ST T 504-06), fio teve que pagar o sen crime ignominiosa na prisfo (PL 129, 823 ss.) LP ed, Duch, 1, Paris 1892. — Cartas e decrelos de Nicolau 1, PL 119, 7160 se — Regino Prumensis, | PL 1, 15.58 Ingestiva in Romam, PL. 120,82) ss. —Auxilas, Deo § 73. Papado e império até meados do século XI ie agitavam, pelo fim do século le, aumentaram ainda no is que comeca o ano do Redentor de 900... e ‘© qual, por sua aspereza e pela es na ser chamat plimbeo, e pela falta de eseritores, 0 assim esereve nfo injustamente BarOnio nos seus Anais (ad an. 900, 1). Este século, embora nao fosse tio 6 1 épeca: A Made Média Pris iva § 73 Papado © impétio até meados do sewlo XI 57 fam, demonstra Depais dos breves pontificadi (911-13) @ de Lando, Foi elevado ao 86 de Anasticio IL de Joao X foi eficaz e bem suced Otio |, salvou também 0 papado de su iss0 desperiou o ddio de Guido da Tisc sto, de Marézia, que 0 langou na prisio, of seguits a0 sepul a0 VIL 86 go rz ¢ Patricia 95. O pontiticado de Joxo agitado para poderem execu romano de 898. Seg que logo se vi anos. MarOzia, "va com poder quase no mesmo dia das bodas, uma sul vay 0 @, C01 de “Senador e Principe de todos os romanos”, apoderou-se do Estado pontificio, Joao XI foi re- ca dependéncia. E também aos seus quatro sucessores imediztos Leo VII (936-39), Estevao VIIT (930 41), Marino I (942-46) ¢ Agapito Il (46-55) somente fir cou 0 exereicio das fungdes espi berico manejou 0 ccetro com energia, e, Papas, vardes dignos, procuraram reformar a Igreja. Int da morte, fez jurar os romanos lo. Desde entdo, tr¢s mulheres ganharam ho sumo ica, Teodora, esposa ambiciosa do senador e « depois da morte de Agapi n seguila, do proprio margrave, Adal- ambos os poderes, apesar de ter apenas 18 . @ Teodora Il. E” preci Tomou 0 nome de Jodo XII (955-64), e foi esta a primeira rém, notar aqui que a narrativa de Li vvez que um papa mudou 0 seu nome. Com ele s € muito tendenciosa e mais indignos papas & cétedra de S. Pedro (LP Il 245; PL. P fectnios do 133, 1011 ss). (PL de Misia © 0 se 58 1 época; A Wade Mécia Primitive 99. Entretanto, se estava_preparando uma completa mudanca na politica da Italia, O imptrio alemao, depois de tum periodo de decadéncia, recobrou nova forga. Henrique T (019-36) © seu filo Oto T Magno (936-73) fundamentos do novo Estado alemio, cent deres © assegurando 0 tron0 com 0 apoio do des, elevados a di ‘em diante foram eles um baluarte firme para a trono contra larismo dos dugues € principes seculares. Muitos ispos foram varde: no Bruno de Col6~ 5), inmao de O1 Lorena, Ulrico de Au 997), Viligis de Mogi primeiros Otées, Bernvardo (+ 1022) e Godehardo (+ 1038) outros mais, , Oto Magno estava nas condigées de estabelecer também @ ordem em Roma e na Italia superior. jo se the oferecen pela mon io (2 50), rei da I 19 de Hugo, O margrave Berengario Iwréia apoderou-se da con ra assegurar o Sel tr procurow casar set filho Adalberto com Adelaide, jovem © santa viava de Lotirio (PL 62, 961 ss) ‘opts, ¢, do cércere em que Berengario a ir para junto do ‘Alemanha, Otio Magno passo is Alpes, fez-se coroar rei dos longobardos em Pavia ¢ des- posou Adelaide (951). Berengario recebeu a I causa da sua infide! rio, durante a segunda expedig XII que enviou uma legagio de Deus e dos apos S, Pedro e S. Paul seu auxilio contra as pre- tensées de Berengéri opusera, quando pro- curara restabelecer o Estado da Igreja, e chegara a amea- far até Roma, Oto Magno aceitou 0 convite dos romans, Satisfazendo assim 08 seus prOprios desejos. Antes de en~ trar nia cidade eterna, jurou ao papa que cxal com todas as suas forcas, a Igreja romana e o8 seus pastores, prometeurlhe seguranca e protegao e the assegurou qui mais lavraria sentenga nem promulgaria decreto que ressasse a0 papa oll a0S romanos, sem permissio pk § 7% Papado e império até meados do séeulo Xt 59 ¢ prometeusihe ainda restituir 4 Igreja tudo quanto do Pax ‘riménio de S. Pedro haveria de cair nas suas maos (MQ 130; Deer. Grat,, P. I, dist. 63, ¢, 33) Em 2 de Fevereiro de 962, Oto foi coroado imperador, 0 papa, coma também os romanos Ihe juraram fidelidade. Desde, entdo, a coroa imperial ficou unida & coroa alema. Aos 13 de Fevereiro, o imperador lavrou um documento a favor da Igreja romana, o Pactum Ottonianum, pelo qual rmou © aumentou as doacdes de Pepino e de Carlos 10, restabelecendo, ao mesmo tempo, a Constituiedio Lo- tariana de 824 (Mans 102. Mas a boa harmonia entre o papa eo imparndor reve, pertuirbada, Tendo-se retirado Otio, 0 papa, violando 0 seu juramento, aliou-se aos inimigos do impe- rador, Berengario e Adalberto. Otfo voltou, por a e, num sinodo por ele conv XVIII 468; Baron., 963, 1 $0, 2 . > Pro papa, pe tério. Foi eleito como papa Ledo VIII (963-65), dia recebeu wém, no estava de direito vigente, © por fato, apenas deixou Otdo a cidade de Roma, quando Joao 1 regressou, Num clegeram a Be por isso, seu papa, concedide ao imper foi desterrado para Hamburgo, onde faleceu em 966. Um ano antes falecera também Leio VI °0 1 época: A Kade Média Peimitiva papa Joo XM (965-72 1 , que, pela se- veridade com gue fez ¥ fe que passa pois da sua clei Mas Oto, vindo 1 com férrea energi denados A morte governar pac sa por esposa de . Pouco depois faleceu 105. Na presenga dos Iegados impe (972-74), Mas, em Maio de 9) levantou, de nova, a of iro para Constan Benedito VII (974-83), protegido por Otio, teve am pon- © bispo Pedro (983-84). Boni 20 0 papa Joko XV (985-96), pro~ mente sob a proteckio do patricio Crescéncio If, que re~ de seu pai o poder temporal, sem se sill & soberania imperial. O papa acomodou-se, a principio, as § 13, Papado e império até meados do sé circunstancias. Mas, por fim, ndo se pode evitar 0 rompi mento das relasbes, Oto IH (983-1002), cham: pelo papa, teve qu antes da chegada de apenas 24 anos de prema a ne de Gregério V Placéncia com © nome de Jodo XVI (997-98). Mas Cres etacio pagou a stia audieia com a morte € Joo foi m Jado © encarcerado (Mi 199). 108 a. Gregério V inspirou grandes esperancas a 8 a Igeeja, Era parente e amigo intimo do es relagies com a Fr lefesa das lei 13 transgressores cra representante sobre a terra. Mas balhos surpreendeu- morte prematura, b. Depois da morte de Gregorio V, 0 imperador de- c, que tomou 0 nome de Silves- ices (PL 139, 89 855 Ihera por mestre de seu fi que venceu, por seu va todos os contempordneos, @ de tal modo se distingulu por seus conhecimentos 6 1 gpoca: A Made Média Primitiva soficos, matematicos e astrondmicos, que jé em vida teve a fama de nigromante (cfr. LP I 253). c. Em 982, acompanhara Otdo II a Itilia © foi ins tuido abade de’ Bobbio. Tendo renunciado, foi eleito bispo de Reims. Mas © papa Joo XV nio aprovou esta elevacto. Gerberio retirou-se, por Isso, a ara ser mes- tre de Otto (998), fe-lo arcebispo de fal teve as rei da Franga, e, particularmen iperador, Este estabeleceu as sando a restauragdo do i i, € com Roma (Wattenbac obrigou o imperador a deixar a cidade eterna, © uma mor te pre ott outras ilusbes. No ano seguinte, 109 a. Joao XVH (1003), Jodo XVIII (1003-09) ¢ Sér- gio TV (1009-12) viram-se reduzidos & administragao.pu- Famente espiritual todo © poder temporal se achava 0 Teo- 24). Como se the da familia dos Cres rigiram ao rei da Alemanha, to, que, depois da morte de , fora elevado #0 trono e com @ Snimo de um san- n a energia de um guerreito manejava 0 cetro, Hen= rique e, juntamente com sua esposa Cunegundes, recebeu dele a coroa imperial na basilica de 8, Pedro (1014) b. Embora de carater mundano e prescupada demasia- damente com os cuidados politicos, Benedito nfo se esque- Henrique I (1002-24), 0 S: Ot § 73. Papado e império até meados do século XI 63. nbaiew com éxito os se haviam estabele- ceu dos seus deveres eclesi sarracenos que, no principio do sécul ido nas costae da Sardenka, de onde inquietavam a Tos- também zeloso’pelas leis da Igreja. Num si- nade de 1018, du decretos contra os incontinentes tas, decretos estes que Henrique promulgou como Estado. Em 1020, visiton a Henrique em Bamberga celebrou com ele umm sinodo de reforma em Pavia (1022) acordo planejaram, finalmente, reunir um con ara paz € para reformar a ‘reve, faleceram ambos, o papa, em Feve= erador em Julho de 1024 0. A Benedito sucedeu se com 0 nome de Joko XIX (1024-32), Tai eve boas relagBes com a Alemanka e coroo Conrado Ml (1024-39), 10 imperador da dinasta franconiana ou sex império pela coroa da Borgonba. Mas, infelizmente cou indiferente no tacante 4s coisas da Igreja e, particular~ mente, aos acontecimen Roma, 1. Depois da morte de Jodo XIX, foi elevado & dig- Je pontificia, por maquinagGes da familia tusculana, sett 10 Teofilato, que tomou o nome de Benedito IX (1032-44). Apesar de ser menino de 12 anos (?), excedeu em perversidade ao proprio Joao XII, Sua conduta provocou, em breve, a indignagto dos romanos, que em 1036 e, mais uma vez, em 1044 moveram contra ele uma sublevagdo geral (Annales Romani, ed, Duch, I 331-50). Mas o antipapa ivestze IM teve que ceder-Ihe o campo, depois de sete se- nas. Nao ot Benedito se viu obrigado, na primavera ceder a citedra pontiticia ao arcepresbitero Joao que se chamou Gregério VI (1045-45). Para I vrata Igreja de um papa criminoso, pagou-lhe este uma enorme, © que tinha certa aparéneta de simonia, ape- sar de Gregérlo se ter deixado mover iinicamente pelas mais puras intengSes, Benedito arrependeu-se logo de ter renune ciado, ¢, apoiado por sua familia, pretendeu cingir, nova- mente, a tiara, Tres papas disputavam, entre sia citedra de S. Pedro, Todos os olhos se volveram a0 im- perador, do qual se esperava a salvacio do papado. sobri on I época: A Made Média Primitive 112, Henrique If (1039-56), um dos mais capazes potierosos imperadores da Al entio se cessores levars CIENCIAS E CONTROVERSIAS TEOLOGICAS, HERESIAS E CISMAS § 74, As ciéncias eclesiésticas no ocidente 113. Coube a Igreja e, particularmente, aos mosteiros ‘a missio de educar os povos da idade média_primitiva Assim & que o ensino tert um cardter essencialmente ecte- siasticn. O clericalismo domina em quase toda a idade média. 114, © método do ensino nao se diferengava essen: mente do da baixa antiguidade, Depois das ciéncias elemen- fares, ensinavam-se as artes liberais, tendo 0 primeiro lugar § TH As cidnciss eclesisticas no ocidente 65 © trivio, que compreendia a gramatica, a retérica e a dia~ letica. Seguia-o 0 vio, que abrangia a aritmélica, a geometria, a astronomia ea miisiea, Com a gram igava a leilura de obras classicas e patristicas. O ensino teo~ Tbgico tina por fim principal 0 conhect da Sagrada Eseritura ea aquisigfo dos conhecimentos mais necessarios a0 clero para os exercicios da cago, Inglaterra que primeiro se fez notar um fo pelos estudos, E foram os missionarios e, prin- Teodoro de Tarso, arcehispo de Cantudria (659- (9 abade romano Adriano, que de- jogo se fundaram escolas dis- e York. Outras se to das catedrais ‘am nos numerosos mosteiros. ‘séetlo VII, salientaram-se no cultivo de Malmsbury (f 709), pai da te, Beds, 0 Veneravel (c. 673: wveis_abrangem todos 08 prazer do que aprender, en- la Histéria eclesidstica do povo ia inglesa, Na segunda de piedade. sua vida, perte 116, As deva: conquisias dos dina ma profunda (871-901), 1m 05 esta decadéncia das cigncias. fundador da monarquia inglesa, re dos, restabeleceu igrejas © mo Ins € ‘ocupou-se_ pessoal em traduzir escritos de Boécio, Gregorio I, Beda, o Venerdvel, e outros para o 15 com Carlos Magno. Ele form: especie de academia das cigncias, reunindo em redor de si fos mais notiveis cientistas do sew tempo. quitira ele 0 gosto pelas cincias e pelas artes. E de la cha- fou 0 gramatico Pedro Pisano (} 799) e 0 longobardo Paulo Didcono (+ 799), monge de Montecassino e historié- comptntio 8 6 1 Gpoca: A Idade Média Pri grafo do seu povo. Da Inglaterra the foi enviado Alewino, ‘entre todos © mais distinto, Carlos o fez reitor da escola ¢ abade do mosteiro de Tours. Foi o principal consetheiro do soberano, © poeta godo Teodulfo veio da Espanta, e rece- bu, mais tarde, a sede episcopal de Orleans. O ‘istoriador © arquiteto Eginardo (; 840) escreveu a vida de Carlos. Mais tarde, fol nomeado abade de Sel 118. © grande soberano teve, sobretudo, um vivo in- teresse de elevar 0 lo seu reino, Por isso ord xno primeiso capitular de 769, que sacer= tes ignorantes fossem suspensos, “por ndo poder anunciar (ST £340) potiia ser admitido as ordenagées, sem ter me. Também o povo devia participar dos a. E, t idassem escolas, sstruissem e formassem ado. A escola palat centros principais da a carlovingt tas outras escolas, como as de Fulda, Rei Cérbia-Antiga © COrbia-Nova e ouicas mais. E {oi Iéncio destas escolas mondsticas que se desenvolveu uma grande at i nelas que “se prepararam, para 08 trabalhos da es- (Alzog 1 70). 19, Fora dos ja mencionados dowtos tomaram parte teratio Claudio de 10 de Aq Ratberto, Ratramno e muitos outros. Um Rabano Mauro (+ 856), abade de Fulda e, mais tarde, ar- cebispo de ia. Pelos trés livros De institutione cleri- corum tornou-se mestre por ia das escolas da EstfrancOnia. Seu discipulo Valtredo abade de Reichenau, foi poeta, hagidgrafo e exegeta, Haimio de Hak berstadt escreveu uma Histérla ectestistica muito apreciada © alguns tratados exegéticos. Anastacio Bibliotecrio (+ ¢ 879), antipapa em 855, mas reconcifiado com Nicolau I ¢ seu secretério, distinguiu-se por seu vasto saber, por suas tradugées de obras gregas © por hagiografias, doutos do século IX foi o falecido depois de 877. Formado na escola august dos gregos, foi o primeiro no ocidente e 0 tinico durante los, que crfou um sistema completo de fi teologia, mo qual professa 0 néo-plat das tendéncias pan rr08 fal ivamente 0 fizeram-se j4 as primeiras tentativas de intro~ duzir também as linguas vulgares. O Heliand, epopéia evan- © Bonachiio, e 0 Livra dos Evan- Igreja. O primei gar compete a Sao Gal Notquero Balbue jo (+ 912), poeta e compon clas, -Eque- ardo | (#973) e Equeardo Hl (+ 990), Notquero o Fisica gu Meaieo (875), Notqueo Labeu ou Teatnico ¢t 1022)- ele © primeiro. igua_alem para trabalhos ci que empregou a Regino de P: 1a Eifel (f 915), foi dtimo cronista Saxdnia brithou a poetisa Rosuita (} 1002), monja de Gan- dersheim, Widukind de Corbia-Nova escreveu, na segunda metade do século X, as Res gestae saxonicae. Na Franca teve origem, neste tempo, 0 mosteiro de Cluni (910), fonte © centro de nova vida religiosa e cientl- 6 floresceu o insigne historiador Flodoardo. 68 1 épova: A Made Média Primi veiro de nara teatro das Iutas E assim aconteceu que na peninsula pouco se euitivava, nesla época, a citncia. Todai tempo que se fez (¢ ¢, 970). 122. No século XI, di ngs, por sia escola, part din Eeahe 0 fama ao abade Lanitney (1080) se também a esol Ge Chore, que ia a0 dould Fabra, diefpulo de Gerba ae “Aine Meret ser mension nda os ons (000-1040, ¢ Lamberto ae Herta gu atin brimiiva fo, em ger, um tempo ce maior inprtanca v extent evi, 0 ocidente. E verdade gle radente see 2 contiovesias se ea rminaram eatvameate Agpressa. Sip Particslanmente as controverias sobre Fils ate, sobre 0) adopcianismo, sabre a predestinayao. © sobre 2 Buca § 75, Conlrovérsiae teoligicas no ocidente oo 124. 0 termo Filiogue exprime a doutrina di Espirito Santo procede do Ps simboloniceno-constantinopol pessoas divinas e acen- fuar contra as pri fa perfcita divin- dade das mesmas. N Orleans de escrever uma resposta, qui obra De Spiritu Sancio. Ao me: sravado, em latim e grego, Filioque (Baron, 809, 54 ss). Mas ide, Pelo contrario, a pro- Pelo mesmo tempo, se agitava outra controvérsia ‘ria, © adopeianismo, igualmente primeiro na Espaatia (CG 3, 600 ss), Um tal Migécia explicara, pela ano de 780, em sentido sabeliano, o mistério da santissima Trindade. Movido talvez pela intengko de fazer 0 mistério da Encar- ago mais acessivel & razao dos maometanos, Deus se manifestou por uma triplice revelacao, conto Pai, em Cristo como Filho, em S. Paulo como Esp/ rito Santo, io surgi o arcebispo Elipando de n Cristo uma pessoa divina e uma sentido nestoriano, no unindo, mas 10 de Deus segundo 2 natureza, & humana, separando. O Logos, 70 F época: A lade Média. Pris verdadeira pessoa, dis Maria, pessoa humas de Deus. O bispo Fel adoton esta doutrina, Mas 0 abade Beato de Libana ¢ 0 bispo Etério de ‘Osma combateram a heresia justamente como outra forma do nestorianismo, e encontraram apoio no I, que a condenou panha (DB 299; 309-10). Como o bispado de Urgel per- fencesse a0 reino dos francos, 0 proprio Carlos Magno se senti © fez com que a questio fos- se tratada nos sinodos de Ratisbona (792) © de Franciort (794). Ali foi comdenado o adopeianismo, e a sentenga fo comunicada aos bispos da Espanha por tima epistola si nédica (DB 31 la escreveram diversos ted- logos contra a heresi wente Alewine, Leo It igualmente a ci Roma (798). Te ita do Pal. O Cristo, primogenito de 86 pode ser chamado fitho adat na Marca da Espa he seguiram 0 exem- com ele a heresia a da predestinacio Como no periodo cerlanca fora des mosteico de Fulda, Mais ‘ao sett abade Ri no princ (clr. § 61) paterna devoti Problema da predestinagao, acabow por ensinar um tigoroso august A vo zia, & puramente partic , por conseguiate, uma’ dit- pla predestinagao, uma para a’ vida, outra para a morte § 75. Controvérsiae teoldgieas no ocldente eterna, © fundamento da predestinagio & a presciéncia de Deus. Exclui-se, portanto, a predestinagao ao pecado. Por isso, Godescalco nao pode ser chamado herege no sentido proprio da palavza. Como, porém, no distinguisse bastan- te claramente entre as duas predestinagdes e procurasse im- prudentemente espaihar uma doutrina que © povo no com- preendia, nao deixou de causar indignacdo e escandalo, Ra~ bano Mauro, ent&o arcebispo de Mogtincia, condenou a doutrina e, num sinado de Mogincia (848), decidiu que Godescaico fosse entregue a seu metropolita, Hinemar de Reims. Este reuni outro sinodo em Quierzy (849), onde Godescalco foi condenado a ser agoitado ¢ recluso no mos- rs. Depois de vinte anos, morreu, no es sem se ter retratad 128. As idéias de Godescaleo, porém, ndo desapareceram com ele. Em breve, surgi por piedade ¢ erudi¢ao. 0 modo, com que Hinemar, elo Ad reclusos et simplices, cor motivo de defendé-la. Em seguida, também o abade Servato Lupo, os bispos Prudén ‘outros se declararam em favor de Godescal tirou, pretextando a sua idade avancada. rndo recuou, e feve a seu lado 0 douto Scoto Eridgi ‘que, por certo, nfo resultow em seu favor. Em 853, rei ‘um sinodo em Quierzy, onde foram estabelecidos os quatro Capitula Carisiaca (DB 316-19), lo pecado de Adio, uma massa perdi ahs 3 condenacso dos “4 Jens Cristo vam todos, porque nao t 129, Os adversarios de Hincmar, por sua vez, se te- tuniram nos sinodos de Valéncia (855) e de Langres (859), tornando-se cada vez mais acre a controvérsia, No concil n F época: A lade Média Pr de Savonitrs (859), as doutrinas ameagaram pro- duzir uma verdadeira ciso entre os espiritos. Por proposta de Remigio de Lido, foi transferida a discussio, E no sino- do de Toucy (860) chegou-se, nao sen usio pacifica, A opiniso de cial, reconhecida, ¢, na resolugao foram admitidas a vontade sal universalidade da redengdo, no se fazendo mengio da pre~ destinagao & morte. 130, Finalmente, agitava os troversia eucaristica, cuja evolugao percorr Na primeira se tratava pi mente da for de Cristo mo sacramento do Altar, ado ainda da pi prescuga, Alma da controvérsia foi éntaa Pascdsio Ratberto, monge de Cérbia-Antiga e, mais tarde, abade do mesmo mosteiro, Em 831 escreveu ele um tratado De corpore et sanguine Domini, e, depois de 0 ter corrigido, publicou-o (844), dedic obra que deu origem & conteovérsia. O sébio monge no sentido real de S. Ambrésio, que na Eu caristia esté, debaixo das aparéncias de pio e vinko, inteira- mente a yerdadeira carne ¢ 0 verdadeiro sangue de Cristo histérico: “Non alia plane (caro), quam quae nata est de Maria et passa in cruce et surrexit de seputera’ a afirmagao estava em harmonia ci da Igreja. Mas, acentuando talvez demasiadamente dade do corpo eucaristico com o corpo de Cristo 2 doutsina podia ser interpretada falsamente’ De fa quem dissesse que a Eucaristia softe a ag forma que os outros alimentos, opinio esta que fi iada pelo nome de estercoranismo. Rat precisamente o contrério. Mas ja se vé que nao foram de todo infundados os protestos, que se levantaram contra as a da presenca 131. Rabano Ma ico de Cristo sao cos s6no seu ser natural, segundo a substincia, ndo porém segundo a forma da sua’ presenga, sb naturaliter, no spe- cialiter. Esta diferenga foi ainda mais acentuadamente expli- § 75, Controvérsas teoldgicas no ocidente ige_de Cérbia-Antiga. 9 Calvo, para dar o sew parecer, tratado De corpore et sanguine Do~ cada_por Ratramno, de uma figura 0, ¢ de Tato foi tomado, as vezes, Ratramno nto mos no sa ipresenga real. Recebe~ a Cristo subst leu explicar a Eu ia veri corporis et sanguinis 0, 08 56 XI € que se origino Berengério de Tours, ; Chartres, foi o seu autor. Seg de Eritigena, nava um puro simbolisim Cristo, assim , est presente na Ec mias. sd escolastico to de Pulberto de de Liége, manteve Beren~ .gou até a combater 05 set adversarios, espei © abadle Lanfranco de Bec, © ‘assim em lta violemta o que, até entio, nfo passara de uma polémica cientifica. Por isso foi cer nodos de Roma e de Vercelli (1050). O (151) ameagou até com a pena de morte, a ele e a seus 40 se importou das i a pregar a sua doutrina, A sua causa foi tratada, no sinodo de Tours (1054), presidido pelo .gado pontificio Hildebrando, Este content a de- claracko de Berengirio de que 0 pio e 0 consagrados no allar, eram 0 corpo e o sangue de Cristo. No sinodo lateranense de 1059, foi obrigado também a as~ ™ 1 época: A Wade Média Primiiva nar a férmula: “Verum corpus et sai ‘non solum in sacramento, sed etiam in veritate ridade, A cura Cah fu fiou entrepue, exclusivamente, aos, monges. Centro da ris da Tturgia 134, Todavia, a [greja oriental mostrou ainda certa vitalidade pelas missdes entre os esiavos, E também no cam- po das ciéncias teoldgicas e da literatura eclesiistica fize- Fam-se notar alguns vardes ilustres e doutos. 135 a, O maior tedlogo grego deste periodo diivida, 8. Joao Damasceno (+ 749), la, dizendo que a admitira s6 por me de morte, e acusando gravemente o sinodo, 0 cardeal Hum- berto de Silva Candida, autor da formula, e os proprios pa- pas Lefo IX e Nico 0 condenaram. A indi geral contra tal perfidia’agravou-se ainda, quando Beren- Bitio escreveu 0 livro De Coena Domini (1073), no qual expos a sua dontrina de um modo ainda acent 8 Mas Hildebrando, j4 entéo papa Gregorio Vil, o chamo corte de jose, porem, da vida p de novo, a Roma, e conseguiu, com modos brandos, que, abragou a vida le S. Sabas, perto de no sinodo quaresm profissio de Te, que c Jerusalém (730) ¢ efesa da 6, sobretudo, de 1079, se retratasse © aceitasse uma inha 2 doutrina de Lanfranco, pri- meio a empregar a palavra franssubstontiatio (Mansi XX 524; DB 385). De volta a sua patria, e curvado pelos anos e pela aflicao, retirou-se Berengirio pata a solida a az com a Igreja, aos 6 iro de 1088. Mas 0 seu erro ainda perdurou }os0$ merecem ser ‘0s dogmaticos polémicos. A sua obra principal € a Fons scientiae (ayy) yidaews), que abrange uma propedéutica filoséiica, uma historia das_hner ma exposicai iodoxa, baseada na d tos Padres ¢ ra & 0 dogmatica entre os eciag iis. O seu Handi —Hergonroether-Kirsch, hengeschichte, 6 ed. I tando, cada vez mais, da ral, 0’ estado, que, nos séct cante ao dogma, 4 constituisgo, 20 cul mo teve mais, de entio mento, A idade média d. vem a ser senio uma continuacao da antiguidade, Enq que a Igreja do ocidente, durante a idade ciaimente universal e sobrenaci n garéter nacional. O césaropapismo privou-a, no raras. Vezes, da sua independéncia eda ‘sua dic em ge- mara, no to- escritor em todas os outros campo © vida religiosa, icas, entre as quais os Sacra Parattela tem 0 pri Sao um florilegio de pas- a Sagrada Escritura e dos Santos Padres, terrado que de- noclasmo 0 pat 6 1 época: A Idade Média Primitiva fendew corajosamente a Igreja contra 0 cesaropapismo bi- zantino. 10 entanto, o ambi~ cioso patriarca Fécio de Constantinopla (fc. 897). Brix raordindia © por nportantissima para ah ou extratos co do cisma qu 138. O mais wente, espalharam-se, neste ps errineas no oriente, que por parte a pecial que tributavam a S. Paulo. Eles vam de “cristios" ou de "Igreja caidlica”, enquanto que sO seu fundador fot um que, pelos meados ju os restos de antigas seitas gnésticas facao. A sua doutrina € um ace smo. O principio bom & 0 criador criador do mundo terrestre. Negam-se todo o Antigo Tes- arte do Novo, como tambés jo tardaram em perder-se nas aberr jstas. Os imperadores bizantinos procederam, diversas vezes, contra a seita, especialmente Leao V (813- i aparentemente para salvar os liomens, tirando a S: ss de voltar 20 Pai, fez reside terminada a s. Mas apesar das. perseg! grande pottncia na B aulicianos, que os catatos da Tt nal reduzem a sua origel w 1 época: A dade Média Primitiva § 77, © ieomoelasmo © 0 7 con io ecuménico (787) 79 § 77. © iconoctasmo e 0 7 concilio ecuménico (787) mesmo temp: tirania imperi a defesa da liberdade eclesids a contra a tinha terminado, n0 orient iegou a agilar a nenos veemente do que as latas dogmaticas do periodo anterior. As causas foram, por pat te, de natureza dogmatica, O Antigo Testamento proibia (0 uso das imagens (Ex 20, 4), e a muitos parecia 0 seu io uma espécie cle idolatria, Muit isso, no primeiro periado da historia eck Sree ligiosas. Nao faltaram, porém, completamente, J& no Anti- go Testamento houve excecdes. E as catacumbas, Tertulis- no (De pud. ¢. 7) € 0 sinodo de Elvira (c, 36) provi sua existéncia fe, © procedi- pova e’do clero, © 0 preferi deereta. iconoclasta, que logo se mostrou servi entao publicou 0 novo edito (730), ordenando a desteui¢ao de todas as imagens re! com fate | Scone tasty no ica, a que revogasse os se \gou © andtema contra os ico sua elevacdo. a icado. T Joio Damasceno surgiu om defesa das i jira apologia lo edito, fez se~ Gregério May (Reg. Greg. Gregorio o culto das imagens, fixan sidsticas, ‘a 08 iconoclastas, e, depois do se; guir ainda duas outras (PG 94). sabia e log ¢ ganhar os patriarcas do todoxia. © imperador, extremamente i ante, © grande te6logo te para a causa da or ériamente a Igreja tle @ aversio que j4 existia entre 142. A luta teve inicio, em 726, com o decreto do im- perador Leo TI Isturi gue orden: movidas as imagens religiosas, Nao se conhecem bem os levaram 0 imperador a tal medida, E” provivel que 0 te jenciado certos abusos super ciosos, como também o respeito aos sarracenos ¢ paul onoclastas. Mas 0 moti ido, com também a Igreja. E por isso, a defesa das imagens foi, a0 , e subordinando estas regides, como tam- rica, a0 patriareado de Constantinopla. motivos principais que tevaram a alianga entre o papado ¢ fos francos, e, por conseguinte, a extincao paulatina do do- minio bizantino na peninsula (LP, I 396 ss) 30 1 gpoca: A dade Média Primiiva § 77. O iconoclasmo © o 7 conclio ecuménico (787) Bt © apoio do excelente patriarca Tardsio de Cons- papa Adriano eaviou dois legados. Como o partido militar se opus dissolvesse a primeira sess20, convocou Irene os prelados para Nictia, 01 aberto, em Setem! pai. O povo, insurgi quis, por isso, elevar a0 trono ides do. imentos b inaram que se deve uma piedosa veneracio (ryt & santa cruz e as imagens de Cristo, da Vir dos anjos e dos santos. Pols, esta veneracao 6 rel iz respeito & pessoa apresentada, Uma verdadeira adorac3o Jaroeia), sta Deus (DB 302 vigor também durante os rei- ) ede Miguel f (811-13). V enviow jase da Iuta no orlente XIII 208-356), na bruteza. Todos os bispos monges ainda tiveram coragent seguir que as decisbes do 7 de opor-se. Por isso foram persegu brutal feroct dade. Nao. pow igearam para o 0 era defeituosa ¢ iguia claramente, contun= dia até os termos essen iio e adoragio, Além disso, erat grandes as reino’ dos francos € os gregos, ¢ 50 era Carlos ior da Igreja do seu reino para ia resolugdo sinodal, em cuja for dos seus teélogos. Por isso, fez passar as alas do cor rigorosa de seus teblogos p lumoso redigido 148, Ledo IV Chazaro (775-80) mostrou-se mais tole- Carolini (PL 98, 990 ss). Condena: 7. No entanto, tino V nao consegi © papa Estevao (769), 2 ass gragas influéncia da imperatriz Irene, Mas as leis noclasta de 754, como o concitio ecuménico de 787, iconoclastas ficaram em vigor. SO quando, depois da morte por ter declarado i s dos santos, este, p de Ledo, Irene (780-90) tomou as rédeas do governo, reali- fer reconhecido, c venerasao © adoragio, E zou-se audanga decisiva. A fim de restabelecer a paz ensinaram que s6 Deus deve ser adorado e que a veneraclo eclesistica, projetou reunir um concilio ecuménico, e teve compete, segundo a tradigao eclesiastica, somente aos santos, 2 1 época: A Idade Mécia Primitiva fs sus rligus, A cur de Cis, a8 Sagradas Eertuas ae a ears Ay images no devem er was a tags ¢ emo Tenbranga Ge a Bes stm gx 8 sino de Fanon (TDA) reponou is propos legados pont de his ope Xl 200).'Ao papa 1 nb Card oy ves, © oa T defends resposta cosa, 0 con , embora fosse muito. pru= y para nio perturbar as boas relagdes que tinha com Carlos Magno, to, no oriente reacen' agens « contra 0 Se, (813-20), das imagens fosse a ci fos seus predece! guerra con o decreto de 754. Opa vio V, ¢ Armeno te desterrado. Monges, sacer is de ambos os sexos tiveram que sustentar violenta persega A luta se prolongow durante os (829-42), depois da morte 2 regoncias dante 4 menoridade Imuditamente-as prises doe encarcerades,chamou do ex trradeae fee com que, um snod. de Constan= Sonitnadas ee deces do coctio ceo 20)" Dende entio desaparceen a opolgSo. E, em mem6= Ge este ato, fol nstituida a festa da ortodovia a cele~ brarse 1p a quaresma, festa que ae hoje se tem 0 151, A renovagdo do iconoclasmo no 0 novas discussdes. também no ocidente. Protendendo far o seu procedimento, enviow legados ao papa Pascoal Ie ao imperador Luis, 0 Bonachio. Este re ‘com o consentimento do papa, um sinodo em Paris (825), § 75, O patriarea Fécio © @ 8 cond ecuménico (869-70) 83 onde os te6logos franco as alas do 2° Francfort. até a reprovar, de todo, 0 cul 1 enérgicos ad versirios no bispo Jonas de Orleans (PL 106, monge Dungat de Sio Diniz (PL 105, 447 ss), mais uma vez, Tarim i quereile ces images, Chenigesenieite TE 89 ss." Tixerond, Histoire es dogmes § 78. O patriarca Fécio e 0 8° concilio ecuménico (809-70 152, Apenas terminaram os distal quando se prepararam, na Igreja oriental perlurbagdes, que, por sta vex, vier da separaca0 del nova luta 1s do noclasmo, was © graves a. ser um prelidio te € ocidente, Ocasiao da lado, isp trantes, do’ outro, teve de opor-se aos desregramentos da corte ME Ul, maiorene em 856, ficou comp! Go por Bardas, seu tio e vvasso dava.escandalo ptbl com sua nora. Depois de Ihe ter feito cia, Inacio Ihe recusou, na Epifania de 857, a comunhio. Ne~ gou-se também a aprovar o plano de Bardas de internar 4 imperatriz Teodora € sua nosteiro, Por isso, foi perseguido por vis Sucedeu-the Focio, ento comandante 4: rial, Leigo ainda, dentro de cineo dias recebew todas as or dons sacras. Como, porém, Inicio nfo renunciasse © muitos rmonges The ficassem figis, houve um cisma doloroso no pro prio sefo da Igreja bizantina. Varios bispos, a cuja testa se va Metréfanes de Esmima, combatcram o intruso ¢ 0 anatematizaram. Fécio, por sey turno, excomungon 08 ad- versirios © renovou a deposicéo de Inacio, 8 | época: A Made Méaia Primitive 153. De comum acordo, esforgaram-se de Focio, porque havia graves razies contra a midade. Antes de mais nada, nao fora observado 10 de Sardica, que proi leigo. na também a deposigzo de indcio, E, tinalment fora sagrad hispo Gregorio Asbesta de Sira- cus, exco Os 5 pontificios, ‘eaviados por Ni te, no percebe- to 08 seus opla (851), que The fosse entregues as atas num sinodo de R (863). ou a deposigao de Fécio e dos seus sectarios, © ameagou-thes a excomunhio. ram 0s 2 poderes, conser 0, caso da set 08 0s par= ito, recebeu de 154, Os gregos nfo fizeram, no en os dois poderes os, € a pensar nas contas que teria de dar a Deus. Mas, ainda assim, 08 fo 8 ouvir a voz do papa ‘Como, ao mesmo tempo, a Igreja bilgara passasse para fa jurisdigao patriarcal de Roma (866), acentuou-se mais inda a aversi . Roma. Numa earta cheia de acusagies ri or tantinopla (867). Acusou os | uso de nos de jejuarem no sabado, fa semana da qua- ma que os sacerdotes orientais ad- mente os acusava de terem falsificado a f€ dos apéstolos pela doutrina do Fitiogue. Finalmente, chegou a afirmar gue, com a mudanga da corte imperial para Constantiuopla, também 0 primado passara para a nova ca~ pital. © siniodo realizou-se em presenga da corte imperial, § 18. © patriarca Fécio © 0 8 conciio ec © 0s sinodais ndo se envergonhar: contra o papa, completando assit 155. Mas a justiga divina no deix ado orgulho. Em 866, Bardas teve de afastar-se do Governo, ¢ Basilio l, o Macedénio (867-86), aposierou-se do. fyono, depois de ter assassinado a Miguel Ul. A mudanca politica teve por consequéncia também a mudanca religiosa Alguns dias depois da sua coroacio, 0 novo imperador pri: vou a Fécio da sua dignidade internow-o num mosteiro, Inicio voltou, de novo, & sua sede. 156, A fim de rest les do cisma, te embaixada, que Basil semtimento’ do papa, en ios do Espirito Santo”, ¢ ordenaram que ossem langadas ao fogo, anatematizar: iéscoro’ postos ta os daquela assembléia ¢ ameacaral 10 ASO que ndo voliassem arrependidos a un Roma (Baron., 869 e 870; CG IV 384 ss) 157. Contudo, ny paz na Igreja bizan- Fécio ¢ a maioria dos seus sectirios negaram isso. A readmissio di iticiosprotestaram init toi também a reclamagio que Joao VI ci de restituir-the a Bulgitia, No meio do contlito com Roma, Pécio conseguira, de novo, 08 favores do inperador. B, depois da Mie cio (878), foi reintegrado na sede patriarc ido, desde ento, tambén. pelos ° Proprio papa Jofo VII, enganado pelo habil impostor, & forgado pelas circunstincias — invasdes dos sarracenos e impoténcia dos imperadores e reis do ovidente, — estava Pronto para reconhecé-to, com a condig&o, porém, de que se % | época: A Idade Média Primitiva mostrasse arrependido © r Igreja bilgara. cheio de rancor e indignacag igo’ professor (PG 107, 659 ss), , privouno da sua di presentante ‘qualquer outro, para a separacdo entre oriente e oct Me Herget figs et fa primaute de 8. Nicola 1) Roms 1008 § 79. O cisma oriental (1054) 159. N3o sarou mais afer Igreja, A aversio entre gregos € I e profunda, para permitir a esperanga de uma a moniosa entre as duas Igrejas. Ta lingua, 0 carter nacional Algumas particularidades da Igreja ocidental eram conside- § 79. © cisma oriental (1054) 3 radas pelos bizantinos como apostasia da Igreja apost6- ea dos papas com os francos € mpério ocidental. Profundamente iritados sna dos OtGes, os bizantinos ndo tinham com 0 ocidente, Qualquer ante que fosse, bas: que latente ja (000-80) e Sergio I (900-1010) renovaram. ac declaragoes exaliadas de Focio, ¢ riscaram dos seus di pontifice romano, Eustacio (1019-25) reatou as relagées com Roma. Mas, quando pretendeu aproveitar-se da amizade para ser reconhecido como patriarca ecumén © bispo de Roma o era na Igreja univers: obrigado a resistir-Ihe. Sew segundos Miguel Cerio, (1045-58), das as acusagdes, im nos sibados da ma, a omissio do wleltia na Quaresma e o celibato; acrescemtou ainda a de usarem, na celebracio da eucs bs zimos, & mancira dos juceus 161. A carta acusat Candida, a0 papa Leo foi entregue a0 cardeal Hum por sua vez, a traduziu ¢ et }048-54). Por ordem do papa, gus, uma por uma, as acusae nas suas expresses, quan 8 préprios orientats. De= "a 0 matrimOnio dos sacerdotes e chamou de maceddnios todos os gregos por nao aceitarem 0 Fillogue. eee 162. E’ claro que em tais condigSes ja nfo era pose chegar-se a um acordo. A pedido do imperador Cons fantino X Monémaco (1042-54), que desejava a paz, enviow tinopla, os cardiais Humberto da Lorena e o arcebispo Pedro tade do Julho de 1054, no altar da basilica de fgia Sofia, em presenca do povo e da clero, excomunho, na gual acusaram o patriarea de resias e abusos (Baron, Annal. 1054, 19-43, MQ 139-40), esperando que se convertesse, ou entdo caisse em deserédito, atriarca, cego pelo orgulho, excitou o povo contra os latinos ¢ contra o proprio imperador. Um sinodo, por ele convocado, renovou © manifesto de Fécio e pronun- jou o andtema contra os latinos. O patriarca Pedro de An elhou-o a que se impusesse moderacko ¢ res lca; mas em vo. O orgulho de ites. Comegou até a usar as is distingao entre a sua fraco Constantino niio ousout foi até deposto. Mas Isaac 0, onde, um ano po espirito cismatico, no entanto, perdurou, Os demais aos poucos, o exemplo de assim © rompimento. Tam- buch der CONSTITUICAO DA IGREJA, CULTO E DISCIPLINA § 80. Clero e administracao das dioceses, — Decretais. pseudo-isidorianas 163. A medida que o oriente se ia separando de Roma, 0 ocidente estreitou as relagSes com este centro espirituat da cristandade. Claramente se mostra esta tendéncia na cristia~ izagio e organizagdo eclesiastica dos povos germanicos. Os § 80, Clero € Istragdo. das dioceses 89 missiondrios e os principes mantin! a Sé apostilica, particularmente quai 164. Como as dioceses tivessem, entre os povos néo- convertidos, maior extensfo do que no antigo império ro- , os bispos precisavam de res, Aparece, de n0~ igo dos corepiscopos. Nao é, porém, possivel strar umn ire eles © os corepiscopos da antiguidade. iar 08 diversos distritos da diocese, de insteuir os eclesidsticas e de dirigir a diocese no 10 da sedisvacdincia. Mas, nao raras vezes, excederam fs seus poderes, causando rivalidades. Por isso, foram subs- dos, desde meados do século IX, por arcediagos, at imente, eram simples sacerdates, embara fossem chama~ os costumavam fazer & iamada Send (— sinodo). ia vez por ano, OS 5 seculares, € cujas resolu- promulgadas também como seculares igrejas nos seus territérios. E como estas igrejas, segt © dizeito germanico, eram consideradas como propriedades particulares, aqueles senhores podiam dispor das mesmas, como também instituir © depor capeles, a seu bel prazer. % I gpoca: A Made Média Pr Depois da morte do capelo, o proprietirio se apoderava de uma parte, ou mesmo de todos os bens que deixava, di to que, miais tarde, se chamowt jus spotti, Durante a sedis- vacincia colhia, além disso, uma parte das rendas, dande assim origem 30 chamado dircito de regalias. Esta. insti- {uigdo das igeejas privadas ndo cosrespondia a0 sentimento da Igreja romana, universalista, ¢ tomon-se fonte de muitos abusos. Todavia, se manteve por séculos inteiros. E 6 no século XII conseguiu Alexandre 11 ab le protecao 107. A vida merovingl culo V! vamente ‘a vida comum, Crodegai fo de Metz (f 768) € nsiderado como seu restaurador. Os clérigos que traba- vam em determinada igreja, escreviam o sell lista (cdnon) ¢ observavam que. eram na regra comum (c&non), pelo nici. A casa viver era adotado nao $6 nas sedes episcopal nas igrejas paroquiais, fo das catedrais candnicas, as ncos, os bispos estiveram ser “io dos. seculares. Neste per clérigos inieriores gozavam, mais © mais, deste pri fori. Para tal § 80, Clero e administragio das dioceses 91 tas vezes repe vam que ul A vilegium fori nBo { alta idade média, 169. por natural receberam ainda maiores dh desde meados do século VI franco, juntamente com os s Iheiros do soberano. Deviam esta dade eclesiéstica, como também aos que eram dotadas as suas Igrejas. Os eis merovingios con- ccederam, além disso, a algumas igrejas © mosteiros 0 privi- isengao de impostos e servigos imunidade foi com imps las, das Decretais pseudo-isidorianas, que devia ser julgado por outro jperou-se Ientamente. E 0 prix ‘quase todas as igrejas 170. Aos pri s do foro e da imunidade acresceram der no der da coroa con continuou 0 desenvotv' cartas de privilégio de Frederico deveres mais sagrados, sendo antes pri que prelados da Igreja, Foi mentes da longa e deploravel 1 época: A Idade Média. Primitive sacerdécio e do império”, Pols, quanto mafor era a impor 1S cargos eclesidsticos, tanto mais por alcancarem influéncia na ainda se costu- 1s, j4 no periodo an~ ida, no raras vezes, a uma simples aparéncia, foi subst determinadas 0 direito da contirmagao. 172. A colacSo de uma prelatura é chamada, desde prin- cipios do século XI, investidura, Esta se fazia, de vez em ia a regra do pralad das ao soberano, Bispos ¢ abades, assim dos, tinham de jurar fidelidade ao principe e confessar-se seus vassal 173. Compreende-se que tal aberta oposigia 20 off sequéncias naturais gr iavanse até a idéia de que a dignidade eclesiastica ema- va do poder real. Além disso, os soberanos visavar feos, como igos, parentes © favoritos, ulignos, ¢ mesmo a 10s. Oulzos soberanos im episcopais c: vezes, as fontes também falam de simonia. Sendo feudatd- ios do Estado, os prelados tinham mesmo de pegar em armas, apesar das leis co1 § 8. istragio das dioceses 3 prelados. Todavia, a reforma, que, no século XI, se fizera nnecesséria, nfo podia debxar de visar principalmente a abo Tigao da investidura leiga. Como Hinemar de Reims, no sé culo IX, clamara ais tarde, le- vantara Pedro D: © pap (1059), © muitos outros. Mas so Igreja ¢ 0 Estado teve, fi da Igreja, E esta luta foi xério VIL , no sinodo do Latrio luta titanica entre a 175, Uma as mais po ones. Entre elas am Hispana, mais ta rela que se baseia uma coles20, que ter Franca, provavelmente em Ré 1 (858-67) s (MQ 128) que teve com Hi fde-se em trés partes. A pri ielciades, e a chamada Doag: ls parte as, B, para consegu tal atribui o direito de com! de decidir as causas maiores wa 0 primado d apa, 20 ‘mo també far 08 sinodos, com 177. A colegao foi toda a idade média, As primeiras dividas foram pelos cardeais Nicolau de Cusa e Joo de Torquemada O. P. no século XV. Defendeu-a, ainda no século XVI, 0 jesuita ot 1 epoca: A Made Média Primitiva Francisoo Torres (1572), contra os centurides de Magde- bburgo. Mas os seus argumentos foram refutados definitive mente pelo te6logo refom 1 (1628), rande tiversidade 7 le média pri P nota-se a tendéncia de obter, pouco Como entre os catélicos do tantinoy prescrevetca rordo, Bonitici © continente, Protegida por ‘gumas particu Na Eg troduzir a liturgia romana. A su apoiada pelos papas Alexandre 2 visightica ow mogérabe desapareceu compl pelo ano de 1500, 6 que o cardeal X em algumas igrejas de Toledo, Ihada quase em todo o ocidente, Nos iitimos decenios do século XI, a rainha Margarida (1069-93) fez adoté-la também na Escécia, e o arcebispo ‘Malaquias de Armagh (+ 1148) introduziu-a na Irlanda § 81, Culto © disciplina 95 Carlos Magno e 0s papas, particularmente Nicolau It, quiseram introdu: Mas a constan- cia, com que os milaneses se negaram a renunciar ao rito ambrosiano, frustrou todas os seus esforgos. 179, Uma vez adotada, tomou-se a liturgia romana ob- jeto de muitos estudos. Entre os escritores liturgistas dis ram-se Valiredo Estrabo, Amalirio de Metz, Rabano 0, Guido de Arezzo, Pedro Damiani e outros mais. mnservou-se a praxe de celebrar a ela, co- de ambas celebrou-se, de em Iugar das a presenga de como repre- sentante da comunidade. Ass de Mogi 813 (c, 43), Outros sacerdotes celebravam a missa d 1 Alguns. para o tempo iu © sinodo de Seligenstadt (1022), que os sacer- dotes celebrassem mais de trés missas por dia. 181, Os ps a forma de ienlos sacros receberam, neste perio (cir. § 62) 32. Ao passo que a celebracio da missa se ig Trequente entre os eclesié so dos leigos na comunhao ewe nos, a recepcio nas festas de Natal E nao foi facil abter-se 0 cumprimento desta prescrigao. Mesmo entre os piedosos nfo era grande o interesse pela recepc#o da Eucaristia. Desde 0 sécul foi adotado, no ocidente, © uso de Azimo, 0 que deu motivo avs gregos a graves censuras ea declarar inv dos ci dentais, Para se evitarem profanagées, foi introduzido, em vez do pio que se partia, o uso de pequenas héstias, que, pelo mesmo motivo, nfo se colocavam mais nas mos dos 96 1 Soca: A dade Média Primitiva fits, e sim na boca. Na Igreja grega molhavam-se as hés- tias em vinho consagrado ow mio consagrado. 183. Parte importante do. cul na pregagao, O dever de teado, diversas vezes, por % particularmmente Carlos Magno quem reco- aos eclesiasticos, jomilidrio que, por ordem de Carlos Magno, Paul firara das obras dos Santos Padres, Estas obras sent latim, mas pregava-se na lingua outros, 184, Com a francos, canto gregoriano, Magno pedi undou escolas de e: que todos, 0 de Sio cultivar esta arte, Mas mem sempre di ano de 900, foi das vo2es. 0 Flandres (} 930) € por seu inventor. Gi 20 (#1030) e, mais tarde, 0 presbitero Franci Ingo entre o canto coral e figurado, 185. Para acompanhar © canto eclesléstico, introduc mbora fosse, nos seus prin- imperfeito, Parece que os presentes de dois insteumentos, que Pepina ¢ Carlos Magno Jeceberam da corte biza § 81, Culto © clscipine igrejas de Compiégne ¢ Aquisgrana, deram orig: inovacdo (Eginh., Annal. ad an. 797). Os sinos (signa) origem talvez no indo autros, na Campania (campanae), e, quando se tratava dos tencia privada. Foi es Pelos, msistiam em jel contrat sinodo de Varmécia de 868. 0 ralmonte, a Quaresma, A quarta- “ee ra de Cinzas era 0 dia em que era decretada, ¢ a Quinta-Feira Santa, o dia e impo da penitencia er ue se redia a absolvigdo, 187. Os Livros Peniienciais regulava 9 de Cantwiria, em cu 1a origem a S. Columbano. Mas, ia da quantidade ¢ diversidade, houve, em compindio 11 — 7 98 1 época: A Idade Média P consistia na mudanga das penas candnicas em ‘como oragSes, esmolas, etc. Os Livros Penitenciais, desde 0 século VIII, fixaram determinadas somas para os virios pra- zos de jejum, somas que deviam ser pages para fins pie- ddosos. Assim, por exemp! egado pon- relage do ano de 1058 ao arce~ XIX 887 §s), que 0 proprio ar iMdebrando (Mam cebispo simonistico de Milio se impés uma peniténcia de 100 anos, que podia resgatar, ano por ano, por determinada quantia em dinheiro, que se empregava em proveito da Tgreja ¢ dos pobres. Mas com semelhiante inovagéo deu-se ocasiaa a diversos abusos. O mesmo Pedro Damiani pro- runciou-se, aS vezes, contra as redengdes. O sinodo de Rugo (1048) viu-se obrigado a proibir que se agravasse ou se a pe por motivo de avareza, Desde o século XI, aparece, zo lado da redengao, a indulgéncia, 9 que se relaxava a dis cia, crescia o poder coercitivo da Igreja. Os castigos aj cados’eram a excomunhdio ¢ 0 interdito. Aquela cons rnuma exclusio parcial (minor) ou completa (maior munhio eclesiastica. Como 2 excomunhao nem sempre con seguisse que se respeitassem as leis da Igreja, aplicava-se 0 interdito, proibigio de todo o culto divino num determinado d ‘As origens desta instituicgo datam do sécwlo VI Mas, como meio penitencial propriamente dito aparece s6 tno sécula IX. Como fosse introduzide pelos hispos ¢ sinodos partic proibiam todos os atos do cu ppermitidos, a0 menos, os fismo, sacramentos dos mori fa portas fechadas. A Tgreja most a mesmo tempo, mie benigna e mestra severa. Queria ela, como o apéstolo (1 Cor 5, 5), que 0 pecador fosse entregue a Satands, 2 fim de que a sua alma fosse salva no dia do juizo (Alzog 11481). 190. As festas iodo, consideravel festas de todos os apéstolos e evangelistas, mencionados ja por Crodegango na sua Regula canonicorum, pelo ano de ” e es, que por determi- ia de 831 (can. 36) ainda se pro- tava, foram reduzidas, em seguida, aos trés_primeiros dias da ‘semana. Na realidade, porén esta medida teve por consequéncia uma solenidade mais in tensiva. Outras festas, generalizadas neste periodo, si0 as dos santos Inocentes, de Todos os Sa a festa do Padroeiro e da muitos lugares, acrescer: Cruz, de S. Lourengo Finados, introdu teiro e na congregagio de Cluni século X, também em outras partes, spalliou-se, pelo fim do. 191, A veneraego dos santos proporebes. Os seus sepulcto mi cada vez maiores. romarias, Mas, nao raras vezes, wsiasmo do povo, parti das reliquias, pelo que Carlos. Magno venerassem nOv0S § ser introduzido numa regiao aprovado pelos bispos provincia reunidos em mais solene, pedia-se a canonizaslo pontiticia. O primeira dos bispos, Para caso de semelhante cay a de Sani dispo de Augsburgo, fal 973 © canonizado. pel papa Joio XV, no sinodo lateranense de 993 (Mansi XIV 169). “Alexandre ta Sé (1170), a Sai do. jejume fim da antiguidade e adotada em e generalizando neste perio na Igreja de Milo nao foi possivel introd das Cinzas foi prescrita universal ano sinodo de Benevento (1091). Igualmente desde 0 século VI, encontramos em Roma as domingas de Quinquagésima, Se- xagésima e Setuagésima, como preparagdo ao jejum da 109 1 epoca: A Idade Média Primitiva Quaresma. Amalirio, e com ele outros liturgistas da idade média, viram nesta instituigio uma imitagko dos 70 anos do cativeiro babildnico. Na Igreja oriental. ajuntou-se ainda uma semana oitava durante @ qual s6 era proibido comer carne. Mas, aqui, os e sibados nio eram conside- rados como dias de jejum. E, todavia, tamhém nestes dias ‘0s cristfos tinham de abster- durante toda a Quaresma, e esta nfo se devia fazer an aS sess0eS jue eas diversies, especialmente a caga gacdes, que entraram icado de Ledo III (795-816) 1007 se ees ed, Migne, Origines a ed Pa 7 elk, 2 val arg, {Oi — Res, C meyer, Kirherget clang, igewalt In spe relburg She, Freitag § 82. 0 monacato de clero © pova no acidente 194. Ao monacato dev no principio da idade médi converséo dos povos germanicos e a grande parte, sua obra, Mas a riqueza exces das comendas causaram, no tempo dos § 82. 0 monacato 108 uum relaxamento desolador. A tiqueza prejudicos 2 disci~ plina nos mosieiros e despertou a cobiga dos principes. AS io de abades leigos, feita p ss Martelo, que dispunha dos most coma se fossem feudos da coroa, iransformou em bu mundano o siléacio das claustros. (05 rieos, ja reforma bonifaciana e da obra formadora de Carlos Magno, realizou-se um _notdvel ramento, Os esforgos de S. Pirmino © S. Be: coroados igualmente de magi do sinodo de Aquisgrana (817), por steiros aceitassem a 195. A. pai regra beneditina, xar-se, Na Inglaterra, os igrejas e mosteiros. No su nha, os devastagdes sem conta. 7 fe destruiram muitos mos! ‘aps membros da nobreza, Pre les Ieigos, ¢ o sinodo de Ti e 08 tals abades habitavam nos mosteisos com res, ches @ soldados, enquanto que os monges vagavam pelo pais e davam-se & boa vida andos Saquearam reservados 1s aba universal, © pied: le Cluni na abade No meio da decadéi que diocese de Macon (910). Bernon de Be: de vida do pela vida tos de uma vasta 1 (927-42), Aimar, Mil ado “0 arcanjo dos monges", e Hugo Magno (1049-1109). Logo em seguida, dois monges de Cluni subiram a0 trono de 8. Pedro, Urbano If e Pascoal II. Sob a diregio do abade 102 T Gpoca: A Idade Méis Primitiva de Cluni formaram-se ou reformaram-se outros mosteiros, abadias ¢ priorados, unidos todos numa congregasto que, no Principio do sécilo XII, contava mais de 2.000 mostei- zos espalhados na Franga, Italia, Alemanha, Inglaterra, ¢ até na Espanha e na Polonia, fe de uma vasta renovagdo es- fou a liberdade e a reforma da Igreja. Intimamente unidos com o papado, os ram contra simonia, concubinato dos clérigos ¢ ot 308. Fazendo suas as normas de Pseude-Isidoro, foram 0 baluarte principal do papado no conflito com o poder civil na época da luia pela investidura. Pelo espago de tres so ‘culos, desenvoiveram a sua al oada, pi 199, Na Italia, 0 monacato teve igualmente um forte 0 cllebre mosteiro de Montecassino meio de mil lempestades. Néo Grande nimero de mosteiros uniram-se, por isso, a congrexacio cluniacen- se. No entanto, muitos vardes piedosos, aborrecidos.pelo aprovada, em 1072, pelo papa Alexandre . Pouco depois da morte de Romualo, fundou S. Joo Gualberto (+ 1073), fidalgo florentino, o eremitério de Va- ubrosa, nas cercanias de Florenga (1036). Mais tarde, u & sua ordem uma constituigao cenobitica, ¢, Na Alemanha, tornou-se centro de reforma 0 mos- teito de Hirsau na Suabia, Fundado em 838, foi, dep fode de completo abandono, restaura de Einsiedeln, ¢ reformado pelo abade S. Guilherme (1071 91). Outros mosteitos se the associaram § #2, 0 monacato 108 201, Nos mosteiros reformados fot introduaida, desde 0 sculo X, separagao mais rigorosa entre clérigos e Na_ amtiguidade, Maior parte dos monges ram Nesta epoca, porém, crescia, mais ¢ mais, o mimero dos sa~ cerdotes, Fora das fungdes espirituais, ocupavam-se com 0 SeEino nas escolas mondsticas © com trabalhos literdrios, fe og traballios matuais ficavam reservados aos jgos ou converses. enquanto monges 202, Outra inovagio fol a Hsenglo, O concilio de Cal~ cedOntn (can 4) submetera 08 monges & jursdicSo dos bis- posteores confirmaram esta disposigdo. Para Poe einoes Potjutiade © s3t desenvolvimento, como fam Haim para evitar contendas escandalosas, muitos mosteiros ram-se, em noS80 pene jose imediatamente & Sé_P0 vere hi tuna de 8. Columbano (826). A pedo de Bonifacio, © mosteiro de Fulda reeebew o mesmo privi- io, Desde a reforma de Clit, a isenglo foi-se general zando, mais e mais- 1a mondstiea, assim também a vida reli- sro secular € do povo oferece aspectos s igares. A conversio dos depressa © em ciscuns- para ser perieita. Em povos ocidentais 5 as vezes, ow titos casos, nao efa muito mais as iddias ger 28 supersth ep fs varios sinodos. O8 seus ‘Algumas supersticoes reves ihe sortes sancorum sc biblioram consistiam em abrit- se, a0 acaso, uma passage da Sagrada Escritura, a fim de conltecer a vontade de Deus ¢ 0, Os ordalios (anglos. fram pouco ater até de formas cristas. ria germanica ¢ se baseiam na cx vina paca manifestar a culpa Criminoso, Na idade média espalharam-se mas, como prova de ferro em brasa, de duelo, etc, Na credulidade ingém terreno muito tavorivel a ferver, de ‘da Epoca encontraram I Gpoca: A Made Méais Primitiva [As poucas vozes que contra eles se levantaram no fo- ram atendidas. A propria Igreja mostrou-se, a prinefpio, bastante favoravel aos ordalios e revestiu-os ‘de formas liz tingicas, fazendo-thes preceder, as vezes, 0. sac nissa. Sao muito conhecidos os ordaiios de S. Cuneg Inocércio Ml, finalmente, 08 condenow, mo 4° con Latrdo (¢. 18), ¢ proibiu a béngéo dos objetos se empregavam. Todavia, encontravay tando, € 0 duclo ainda hoje é um resto destas a era & Igreja fazer valer as reito, que os principes pos eu ocasifo frequents a horrendas violencias. A Igreja prom curou reduzi-las aos limites mais esireitos. Os si 0s tiveram por resultado a Trégua de Deus, Borgonka (1040). as. pregacies, foram coroados de contrastes, ea preparacdo para o mais belo des mento da’ cultura cesta 206. Importanci Go lero. A época belicasa de Car xar de prejudicd-la de um ino Carlos Magno, melhorou coasideravelmente. Mas, em se- decain novamente, na Franca ¢ na Italia. Na Alema- ato 105, g 20 207, Br geal, pork, foF teste 0 estado. da. moralic a ia no seu Livro Gomor- theano (PL. 145 159-00), com cores talver um tonto de= Insstadanente ‘muitas dificuldades. Na Esp: a suprimiu-o, Mais tarde, 0 clero. esp: ervou na altura de seu estado, gracas & luta sracenos. Mas, na Franga, na Aleman! stan, arcebispo ydevosamente a sua vor. ‘os mosieiros reformta- também sobre o clero se do século XI, a Sé apos em delesa dos cAnones da gre} ‘a ser o grande papa Gregério VIL Telpaie 12 ato de Jancio 198 SEGUNDA EPOCA A ALTA IDADE MEDIA FLORESCIMENTO DA IGREJA MEDIEVAL. — DESDE GREGORIO Vil_ATE’ BONIFACIO. Vill (1073-1303) CAPITULO 1 Vista Geral 209, Depois do esplendor e da poderasa prepotéacia nos tempas dos primeiros carlovingios e dos im- iGos, seguiu-se um império dilace- ss, causadas pelo egoismo dos prin- ip desejavam a mo forte de um rei poderoso, € pela luta dolorosa entre o império © 0 papado, Depois da escravizacao da Igreja, seguiu-se a sua tiber- -a9 € uml predominio erdade teve de ser conquistada, no século ida, duas vezes, nos sé- los XII e Xlll, Poi conquistada e defendida, por meio de na {uta renhida contra a investidura leiga, entre G: Ile Henrique IV e seus fos sncessores, luta , que podia ser vitoriosa para a Igreja s6 em virtude ‘a reforma interior, j4 preparada pelos monges de externo munca ¥ equéncia da uta foi um nefas nou desde a primeira tase nego da segunda. Mas, de outro lado a vitéria da Igreja teve os seus bons resultados. O papa tor nottse chefe de quase todas as empresas internacionals, par- ticularmente das cruzadas. Estas, por sua ver, sfo 2 ex 108 1 poca: A Alte dade Média presso mais nitida da piedade medieval, que, além disto, estou na cas, na a A Igreja, atinal esta maravilhosa contra os aclversarios, provou bi cia divina e a divina forga da sua moral. Apesar de pontos obscuros, a Igreja como S. Agoslinho a concebera elebrow os seus mais belos 1 CAPITULO HISTORIA DO PAPADO § 88. Gregorio VII ¢ a sua reforma 211, Os designa causas foi a 10s. O decreto eleitoral de 769 nio si 4o se tornara joguete mas méos dos partidos. Os imperado~ res, que deviam ser seus delensores, no raras vezes tinham sido seus opressores. Este mal formara, juntamente com a investidura leiga, o fundamento do predominio imperial so~ a lgreja, A investidura, enfeudacdo. dum beneficio eclesidstico por um principe secular, fazia-se, desde os tempos de Otio 1, rega de anel e biculo, a, ¢, em virlude dela, tomatam-se os pre lados, a0 mesmo tempo, principes seculares ou feudais. O io pagava uma certa quantia pela investidura, ¢, sticos, escreve Rodolfo Glaber, eram ve- naquele tempo, como no mercado as mercadoria (PL 147, 698). Aveonsequtncia disto fot um episcopado ¢ § 83, Gregério Vile @ gua reforms 109) nfo causa adr taminado pelo veneno da lero vil e indigno €, muitas vezes, cismatico. E, por isso, G20 que grande parte do clero estava con- inna, uma. reforma radical, Movimentos ‘erescem lentamente, ¢ sempre tém as fun- abnegacio quebrantiv nbém outeos mastelros, anti © novos, q ‘a congregagio clu E nfo parou aqut o movimento rey dotes cooperaram. Formou-se 0 po gos da reforma”. Pedro Damit ugo Magno em de Cluni fex-se e dos imperadores Otio planos. Com Ledo IX (1048-54) icio (Mansi XIX nente, ao programa da re- Mas uma reforma da Igreja wni- erdade nko 0 via tao claramente co- sua ama. Pre~ fimo escopo foi 633). No sew caminl jebrando. E este forma uma nota universa versal nao foi possivel si ivel sem retorma, N Wildebranda. E, por isso, veio a ser parou, a lata, cujo 214, Hildebrando, filho dum carpinteiro de Suana na ‘Toscana, de origem longobarda, nascew pelo ano de 1020. Parece que nio pode haver diivida de que, jovem, cogula beneditina. la do Latrao, on por mestre 0 arcediago Joo Graciano, mais tarde papa t UW époce: A Alta Idade Média Gregorio VL Quando este foi injustamente acompanhou-o © pontifice, retirou-se ao mosteiro de Cluni, Repetidas vezes teve de sair do claustro para intervir nos negécios da corte o de conhecer 0 esiado da de- que se achava a disc neste tempo que travou relagé ino, © excelente bispo Bruno Quando este acabava de ser nomeado papa, com o nome de Leto IX, por irando-se ‘com 0 fea ciente de que no era papa legttimo aque fosse a Roma, a Wvo papa concordou, , 821) e insti do seu sucessor até a v legagdo na Alem ida por Gregorio de Tus- Jo de Benedito IX, elegew tum ispo Joao de Vel o nome de Benes brando, porém, nao o reconheceu ¢ conseguiu que também ‘nfo fosse reconhecido pela corte imperial. Numa reuniao dos cardeais em Sena foi eleito entao Ni it, no futuro, rocado, para o ano de 1059, “io do papa foi regulada mento, € 20 rador, am debitus honor et reverentia, isto &, talvez o prix légio da confirmagio. 217. Era de prever que nem a nobreza romana, nem a corte imperial se contentariam com semethantes disposigties. A tim de defender-se contra provaveis hostilidades, o papa § 8, Gregério VII e a aun reforma i fez uma alianga com Roberto Guiscardo, duque dos nor- mandos, que se estabeleceram no sul da Italia, concedendo- The a Apiilia, a Calabria e a Sicilia como feudo da Igreja, fenguanto que Roberto prestou ao papa o juramento de fi- elidade (Baron., Annal, 1059; MQ 143-44) ioral foi posto logo em pratica na wselmo de Luca, que tomou o nome de Alexandre 1 (1061-73). F" verdade que 0 novo papa nko foi reco- Ja corte imperial. Mas o antipapa Honorio It de ceder, quando o arcet (1062). Apenas na setentrional soube Hon6rio It manter uma sombra de fade até & sua morte. inar as hom s exéquias as mullidoes que (PL 150, 835; Baron. 0 Tevaram ab 0 conseguira Hi icado, Mas, quai 148, 283). quentes, viage que no governo Ciencioso, resistin, sem fingida huumilda: cadeira de S. Pedro. Como “bispo Henrique 1V_ qt rar um papa cons A sua elevasao a de Roma" pediu jo poder temporal” (Alzog Il 217) 220. Gregorio VIL (1073-85), —como 0 novo papa se smelhanga da sua elelcdo com a de xém pela afeigo que votava a Gregério rmado segundo wos de Viga- ag disposigdes de rio de Cristo com forgas quase sobre- ea sua obra representam © programa de toda a alta idade média, Era pegueno e fraco de aparéncia, Mas neste corpo habitava um espirito gigantesco. Foi o ideal dum monge pela piedade ascética € pelo espirito de abnegasio, e foi 0 12 U gpoca: A Alta Wdade Média {deal dum papa pela sibia energia com que se impos as autoridades politicas ¢ eclesisticas. Nasceu para governar. Era de cardter colérico, duro mesmo, de sorte que Pedro we dew o apelido de “santo satanis", “Aspero como © vento do norte”, 221. O seu pontificado foi uma luta continua por um 86 ideal: a teocracia universal, Esta deve abranger todos os reinos cristios. Seu reprecentante 6 0 pontifice romano, Ele ino somente possui o I, mas compe- te-lhe também a soberania s cendo-a, porém, me- iante cipe ausiliar, o imperador. O principe tem de reconhecer necessariamente ema de Det de quem recebe 0 poder. Ni certo, este programa. Mas foi um rompiment a deposicdo ‘simonia tivesse adquirido uma ordenacdo ow um bene~ iio eclesiastico, como também a suspensfo de todos os clé- igos incontinentes e a proibigo para o povo de fungoes exercidas por um maiorista incontinente (PL 148, 758; Grat,, Deer. P. 1. dist. 81. c. 15). Logo surgiu contra simoniacos € incontin no por ter proibido © matriménio. Alguns bispos, a8 disposi¢des do papa, corseram perigo de morte, adversarios vis de Gregorio ¢ da sua reforma, 223, © papa, porém, no deixou de prosseguir no ser No sinode quaresmal de 1075, dea um segundo caminho, No golpe, renovando os decretos de 1074 e acrescentando a roibiggo da investidura leiga, fonte de todos os males. Se- § 8A Gregirio VIE € a sux reforma Go depostos os que aceitarem a investidura, ¢ excomun- gados 0s principes que concederem (Mansi XX 403-04) Inflamado dum zelo supremo, ¢ disposio a submeter a Sé ata contradicéo, 10. Revoltou-se no $6 estar em perigo os ipério. Pois os hispos pos- jos imperiais ¢ neles se ba- mente © poder real. O rei igo de_prelados ide do rei Henrique 1 eza de cariter, mas de todas as qu strias @ um principe, de sorte que, gu nou a diregio do govern, era objeto de aversio para muitos, Na Sa- , teatro principal dos seus abusos, tralaram de far he coroa, (1073) 226, Nesta condigio critica, ndo se quando Gregor alrai-lo aos seus planos de reforma e conchuir com ele uma espécie de concordata (PL 148, 291). Numa carta dirigida a0 papa confessou os seus abusos € prometeu emendar-se (PL 148, 312). 1 I época: A Alte Made Média ‘Mas o arrependimento de Henrique no foi sincero Apenas vencera os saxdes as margens do rio Unstrut (1075), tornou a conferir simonisticamente a investidura a diversos bispos, nomeou um arcebispo para Milo, embora aquela sede nao estivesse vacante, e entabolou amizade com G berto de Ravena, o mais encarnigado inimigo de Gregori 227. O papa no deixou de esforsar-se para chegar a tum acordo amistoso. A proibiggo da investidura nao escopo defistivo. Eracthe so um meio para obter a eleigéo candnica dos bispos. Obtida esta, estaria pronto a conceder a0 rei parte na provisdo das dioceses. vas advertéacias ¢ ameacado o posicao, longe de obedecer, reuri ‘no qual todos os bispos, de boa von- jo todas as negociagdes. pacificas. ‘ra golpe, O papa ito atrevimento, exigin se cum= senlior (PL 148,71). Mas te= ria pago com a morte a sua audacia, se 0 proprio papa ndo © tivesse tomado sob sua protegdo. No dia seguinte, Gre- Brio ex: jlenemente 2 Henrique e declarou os uramento de lade (MQ § 89. Gregério VI © a sun relorme 1s 230. O fim desta medida nio foi propriamente destro~ nat 0 rei, mas fazer com qu asse 08 planos da re- feito foi, porém, de muito mafor alcanee. A ines. pera rie Bony na Eure Sito de um rl, seus tener ingore rovanee ape io pia esata do lado de Cegerd 0 sere poe sband 6, em Outubro de » reunidos em Tribur, re née fosse absolvido da te este tempo teria ragdo do diferengas receoso de perder a castelo, s0- igado a re- de sacer- do da sua causa, esse todas as satisfagies qu + PL 148, 466; MQ 147-49), 232. Fi 0 papa sobre ou seja, do sacer >» EB € prod Brande mudanga das relagdes entre o papado e o impéri realizada desde os dias de Sutri (1045) aié aos de Canossa, Separados apenas por trés dectnios. Mas nem por isso dei. xou de ser a politica de tou, realmente, a dieta de Augsburgo. F ainda uma grat 16 1M épocay A Alta Made Mé&tia de humilhagto de Henrique. Ms tempo, no fo} nada de indigno, 1 reconciliagdo nfo foi duradoura sa dos senhores e bispos da promes 1s pela Fes0~ escreve Bonizo, sumhiio de Ros papa (PL. 150, 848), c ique a sentenga de- Wade (PL 148, pre os seus stiditos do juramento de 8; Mansi XX 534). segunda exco: ‘2 primeira. M rrique, que se entregava @ de Mi e de Brixen fez renov pa na pess0: ny 0 nome de Cle- cidade, Foi entroniza dew a corda imperial a consegui pe apa, qu protetor Gregério, relugiado cia proximo 2 cair nas m ique, quando « duque Roberto Guiscardo, reconciliado com a Igreja (PL 148, 574 s6), velo em seu Socorro, Mas Roma ja 10 poi gi-lo dentro de seus muros. Conflitos entre os soldados de Guiscardo e 08 1 ndo vira, desde os dias dos godos © vand ‘desumanas (PL 148, 128). A crueldade dos normandos ir- por seu t casielo de Sant’Any § 88. Gregorio VII e a 8 contra © papa, que chamara t Gregirio retirou-se para Mon ‘ed, Vita Greg. c. ego que nente, Mas. obstante esta inda tratar, com eresses da Igreja da Inglaterra, da € de ontras nagbes, chegando mesmo 12 cruzada para a Terra Santa. , em 1065, Ed 9 Cor foi eleito aportara & costa de cembar~ Guilherme, Ina de Hastings Teiras. normando: Os antigos bispos, e! ignorante © le chamara da Nor~ sdiar os al Gregorio V para que Lanfranco fizesse res 1 © eelibato dos padres, 6s bispos fosse deixado ao papa e para que o ret da terra, que the devia o trono, Ihe rendesse homenagem de novos casamentos resscm mulhe~ casados a con= Epoce: A Alta Téade Média © principio da eleigao or fim, 0 recusou considerar-se vassalo réncia ¢ do papa, mas sente-s ‘entre 0 papado e 0 poder oléncia e cortesia da parte iveis pendéncias, 236, Na Franga, as coisas eram 10-1108) dew aos seus siiditos o exemplo de to ihaso dos bispados ¢ vicios ¢ crimes, ¢ fazia fe das abadias. Greg eensies; © como o rei persisisse nas Mmneagouo com a pena de excomunhdo, deposigio e inter- to (PL, 148, 348; 362). Esta vez, a sentenga ndo foi pro~ hunciada, Filipe ¢ 05 outros principes renunciaram, em se 2 investidura por anel e béculo. O ‘nos seguintes poutificados ‘os principes ct vveram esies de ‘as conquistas, declararan-nas feudos da apa manteve relacbes, jiguel V 390), Duchesne 1 ce. Wathen, Leipz 1308), 041 Pots, 2 § 84. Continuasio da uta pela investidura 119 15. —Baron, Annales XI. — AMirbl, Quellen zur, Geschichte des rorer, Papst chafthaisen 1859-04. Mar- ia. Roma 1008, — Flic, Les Grégoire: Vil, Paris 4. ea 2 vl Paris 1924.25, in trad Brégrégoriens, Pais 1016, — "id, aah = Ia, La télorme § 84. Continuacdo da Iuta pela investidura até & concordata de Vormécia 239. © cisma, com que terminou 9 gério VII, prolongou-se, depois 1actio patenteot-se, sobretudo, na tum sucessor, De seguintes, © 0 papado, i (1089) declarow invalido 0 fa (cc. 2, 3, 12), sancionando assim 0 inde Média época: A © celibato catélicn no ocidente. Nos sinodos de Placéncia e e Clermont (1095) renovou os decretos contra simonia, cle- rogamia ¢ investidura, e, no de Clermont, proil juramento de vassalagem (CG V 215 ss). Com a mesma energia como Gregorio, soube dade do m jo ris em face do rei seio do seu pré- inado pelo anétema por motive de sei raptara a0 conde Falco de amente, em 1104, e foi concubinato com Be: jou. Filipe I se submeteu, dei reconciliado com a Igreja. apa, e Praxe de Plact gue se tornava, cada vez mais, odioso € desprezivel Quanto mais se ofuscava o brilho da realeza,t crescia 0 prestigio de Urbano. E, lava como chefe ¢ centro espi mente pelo fato de ter ele prontovido este movimento inter= § 84. Contin to da luta pela inves ny) nas méos dos seus adversérios, © arrepes 991). orreu tragicamente ido, em 1106. Henrique V (1105-25) foi entio salmente reconhecide como rei da (PL 154, 111) pareceu haver-se en= rique renunciow as i 0, orde- ias (Annales Ro- 107). Pascoal vre do que rica e escravizada, antes: 0s prelados ar MGSS 5, 468-80; Man: de S, Pedra. Os por isso, autor Dor conseg teado-se jd tra iodo de Viena (1112), presidido pe chegou até a declarar herética a investidura leiga € iow o ant fra o imperador. No mesmo ano, © proprio papa teve que revogar, no sinodo do Lattio, a0 12 I época: A Alta Made Média menos indiretamente, 0 pravilégio, renovando solenemente 5 decretos de Gregirio VII e de Urbano Il Nestas condigdes, Henrique resolveu entabular novas negociagbes, pela segunda vez, os Alpes (1116) ‘Mas, 0 papa recordando os mays tratos de qu vitima, evitou uma entrevista com o imperador & Benevento, Depois da sua morte, ches smal, Henri se a um rom} leger um antipapa ino) de Braga, ipapa e do im- Fret em Chun a com @ no- nobreza da 246. Sucedeu-tie o arcebispo Guido de Vi me de Calixto I (1119-24). Pertencia ele a al Borgonha e era parente do imperador. Embora fosse adver- sitio do tratado de Sutri reatou contuda as negaciagoes. va-se a paz. Nao era [4 possivel Vl o fizera. Pouco a pou tre eles sobretudo Ivo de Chartres, chegaran coisas espirituais cos bens temporais, 0 bispo do feudatirio. Nesta base foi concittida @ eoncordata de Vormacia 0 pactum Calixtinam (1122). 0 imperador renuint fidura pelo anel e pelo biculo e conceden a ea livre sagragao, em tod: por sua vez, conceden ao mperador 0 direito de assis janha, mas sem simonia © sen joloncia, de dar, em caso de cis40, apoio ao methor partido, segundo’ a opinio do metropolita e dos demais bispos da provincia, e de conceder ao eleito as regalias pela entrega na Aleman ena a T° concilio do Latra0, 0 9° ecum: 165-67; MQ 162-63). Assim terminou o conflito, depois de tuina lula de quase meio século, pela prudente condescendén- cia das duas partes, com a vitGria essencial da Igreja, mas 8 85. A Gpoca de S. Bemardo de Claraval 13 dando-se também ao Estado 0 que tamento foi to grands, que er caram 0 ano de 1122 como he pertence. © conten- fas contemporaneos mar- ima nova era, como § 8 Paris 1903. — = Além disso: Paulot, Un pape fe Der Armutsgedanke_ fm Ena lig 1908. Funk-Bihimeyer, Nebel, Deutsche Geehicve hie 2a § 85. A época de S. Bernardo de Claraval — Consequéncias do contlite das investiduras da Igre- tas para aumentar aram 0 partidarismo en- ierleont © dos. Frangipani o4 os seus préprios interesses 5es do papa e sam cisdes e da independes ue pre= até a sex de Ange nana © as desde a con ais elegeram, a toda pressa, 0 cardeal Greprio, que tomou 0 ss). Mas a seus votos a © quase toda a cidade, ganl jo teve de deixar a cidade e fugiu para a Franga VE confiou, no sinodo de Etampes (1130), a de- ‘tempo. © santo promunciou-se a favor de Inocéncio por ser es mais digno, por ser anterior a sua eleigio e por ser feita pars sdnior dos cardeais. Julgava, fi noeéncio se tivessem observ entanto, nao se pode € S. Norberto, os reis da fa questo quesa entregara pério. Lotario reconheceu 0 dor recebeuros, porem, como feudo do papa, passandoos, por sua ver, 20 guelfo Henrique, o Soberbo, da Baviera, que assim se tor cliria romana se concebia a condigo do mostrow um quairo no palicio do Latrio, que apresentava Lotério ajoethado diante de Inocéncio. A jascrigdo ao pe do $85. A Space de S. Bernardo de Claraval 125 IV, que porém, dois meses apés, se submeteu. Mais do que as tropas do imperador valeram ao papa as palavras infla madoras de S. Bernardo, 252, Para re) 8 do. cisma, convocot Ino- ctncio 0 10° eoncitio ecuménico, 0 2 | Compateceram cerca de mil prelados. Os ecl nados ¢ ins excomungado. Mas, prio. papa fol preso, € le Brescia, 1 Weado, ent par »$ seus abusos. Apresentava a nodelo tai nea, onda, junta- 8. Bernardo, Eugénio Ill, iu voltar_a Roma, 254. Ent posise a frente precisamente ua obra revolucionéria, Porque o papa thes negara a destr ‘que se levaniara ot es, E como Conrado ohenstaufen no tron da Al 95 papas segu Po fora da cidade, ino W (1143-44) 1 € Liicio (1144-45) morteu de um: uta contra os roma discipulo de 8. Bernardo, que | apenas cinco meses, ferida que recebew na Eugenio It (1145-53), foi um fiel conselheiro tam- 125 época: A Alta Kdade Média lar, se tomara um reino poderoso, Também as ipério, principalmente as da Lombardia, alcan- garam uma liberdade e independéncia, que estava em pleno contraste com a idéia que Frederico formara da dignidade imperial. Foi, pr completo desconhecimento do rharroxa, Rainaldo de Dassel, sett senhor, o§ outros reis da inciais e que o imperador bém durante o pontiicado e escreveu para ele os célebres, cinco livros De consideratione, Mas também Euggnio teve de deixar, diversas vezes, a cidade eterna, apesar de dois acordos que concluix com os romanos, ene, no trae a rico | obrigar rio. Mas a sus morte prematura nio lhe permitiu ver realizada a promessa. Seu sucessor Anasticio IV (1153-54), j4 depois de 16 meses Ihe orte, E, pel breve, en spunha dos bispados; ¢ se 0 tre 0 império ¢ 0 papado, o tratado de Constanga no che- Frederico dizia: “Ego qu Os gou a sealizar-se acontecimentos prov: as assercses. 258. As i logo notar na prim 55). © seu esco Wa coroa imperial ¢ da sua subiu a0 frond pontif 154-59) desde logo, § 86, O segundo conflito entre o papado € o império ° comum, Os Amoldo de Brés 20 poder dito, rado surtin Conrado Ml recomendara aos principes a elei¢ao de Frederico | Barbarroxa (1152-90), que, de 0, subi a0 trono F fas figuras, tudo quanto pudesse, de qualqu dircitos legitimos ou ‘pretensos. Cr contentou em ser chefe do Estado, mas quis & e rei, pela primeira vee, nar a Igreja do império, Apoiado ps a prestar a no decorrer do: le os seus ve- nfo era isto um costume san- 0 papa oroa imperi um Carlos Magno oit Oa ante, preparou-se a luta, ocasionada pela Br morte de Rogério I da'Siciia, Seu iho G B 65) apoderou-se do sem esperar a autorizag papa. E como também comesasse a hostilizar o Estado da foi excomungado por Adriano, porém, o im= a Alemanha, sem ter préstado ao papa © auxitio contra os normandos, prometida j4 em Constanga, podia entdo re- runciar a sua nem a superioridade, ganha sobre os principes, Precisava desta para defender uma unidade poli- ‘de Carlos Magno. A farmacao iades ja era uma realidade, A Franca, das diversas nacional 128 NN époce: A Alta Idade Média Adriano se viu obrigado a concluir um acordo com o reconhecendo-o feudatatio da Santa Sé (Baron, At 1156, 4-9) yerador queixou-se injustamente de ter 0 ‘papa 0 0 tratado de Constanga. Adriano, por sua vez, se irsitou contra o imperador, porque este sem que © io. Numa carta, que fez raduzisse a pala~ por feudo, chegou-se a violentas ex} ndo, em vez de explicar o sentido da palavra, coi a suspeita, dizendo: “De quem. ddigoidade, sendo do papa?” A oi felsbach empunhou a espada para matar 0 corajoso legado. Frederico 0 impediu, mas ordenou a Rolando reticar-se, quanto antes, do ten 2 todos 08 seus, pende o reino e o império, pe dos principes, ¢ que se opie A ordem estabelecida por Deus e a doutrina de 8. Pedro aquele que pretende ser a coroa imperial um bene- ficio do papa (MQ 169). © préprio papa fez entio uma explicagdo da sua carta, trang 10s (Mansi 21, 793). 261, Mas, na segunda viagem de Frederico a (1158-62), a sua arrogancia Numa dieta de Roncagtia foi pretendia restabelecer “os Igualmente a liberdade das ci Anna. 1158; 11 ss). Estados da Igreja como se los obstante a concordata de nomen o seu chan- nia e a Gi AisposigGes do imperador. Nao podendo, por isso, ficar em § 85. 0 segundo contito entre © papada © 0 impésio 129 Roma, retirou-se para Anagni, e j estava disposto a ex- comungar a Frederico, quando uma morte imprevista o surpreendeu, 262. 0 « se fez sentir tr "30 do novo papa. A gran- de maioria dos & dignidade pontificia o cardeal Rolat li com o nome de Alexandre Ill (1159-81), célebre jurista, cardter forte e compenetrado dos ios eclesisticos, Uma minoria eleges o cardeal Ota- igo (PL 200, 59 vor de Vitor IV. Alexandre, que nao mungado (CG V 579 ss) iparecera, foi excom 263. Tal senter senio nos dominios mperador. E mesmo dentro dos seus Estados nao teve desligou os si o juramento de fidelidade. Assim comesou a segunda luta das investiduras. De um lado vemos o vigério abnegado, quando se tratava intlexivel, quando se tratava dos direitos da Igreja; de outro Jado, @ imperador, ou antes 0 chanceler Rainaldo, previpitada, apaixonado, violento, Em toda parte, os cistercienses © os cartuxos traba- ‘haram em tayor do papa. Na Alemanha, defendew os seus reitos 0 arcebispo Everardo de Salzt rico. Os reis Luis VII da Fr lensique IT da Inglaterra pronunciaram-se, no sinodo de Tolosa (1160), igual a favor de Alexandre. A Espanha, 2 Hungria,'a Irlanda e a Noruega seguiram-lhe exemplo. Em 1161, Al pode voltar a Roma. Mas foi obrigado a fugir de novo, ¢ retirou-se, esta vez, para a Franga (1162-65) para o desenvolvi- : los séculos seguinies. Pois, na Franga ndo 80 se achava 0 bergo da nova vida religiosa e das idéias Comptniio 18 — 9 130 epoca: A Alta Idade Média gregorianas; ali nasceu, a0 mesmo tempo, um novo senti- mento nacional. E foram precisamente estas as razdes que moveram os papas a passar-se, mais ¢ mais, para o lado da Frang: or enguanto, encontraram protec. Mais tarde, m dela despo mos entrevendo as grand rem, do desay ue, de novo, Ihe fechara as por is dam 64-68) ¢, de volta Wuerzburgo (1165), ate ispos © com os nobres alemaes fer de separar-se “para sempre do ¢ os principes estrang ava com Pascoal UI], por € como 0 episcapado in- nfo teve val a ventragdo particular do b, Carl Aquisgras 266. Av papa se Em 11 ram, entretanto, amigos poderosos. ‘os romanos 0 chamaram para fixar, de novo, et ire eles, a si dencia. na Lombardi e uma gr jie , algumas cidades organizaram contra ele a chamads Liga de Veron , em 1167, se transfor mbarda, T: ' ‘© papa (1165). (1166-89). Tudo isto f § 86, © segundo eonflito ia quarta expedigio & Itilia, O seu escopo fol humilhar fa Lombardia, conquistar a Sicilia e conduzit a Roma 0 seu tipapa. cidade eterna foi tomada a forea de armas (1167), e Alexandre teve de fugir para Benevento, disfar- gado em peregrine. Frederico fez-se coroar, mais uma vez, na basilica de S. Pedro, juntamente com sua esposa Beatriz, 267, Mas a providéncia divina velou visivelmente pela Igteja. Ao maior triunfo de Frederico seguiu uma queda inesperada e répida, No dia seguinte ao da coroacio decta- rouse a peste no exército vitorioso, Milhares de cavaleiros e soldados foram ceifados pelo anjo do exter eles 0 proprio chanceler. Pascoal III faleceu igual ano seguinte. Os seus partidérios deram-the por sucessor (1168-78) que, reconhecido pelo imperador, néo idade no resto do mundo cristio. a coragem de muitos lo Barbarr ia, 0 mais poderoso dos p ique da Baviera e da Saxdnia, negou-lhe quinta vez, a1 Henrique 0 Lefo, foi, finalmente, derrotad Deste modo, se vit ol se_encontraran batalha de Leguani igado a ceder. Papa ¢ imper: n Veneza (1177) para coneluir a paz 178 ss; MQ 170-71). papa © prometcu res papa deu-lhe o Osculo da paz ¢ o povo entoou, de improviso, sapado. Pouco de- pois, submeteu-se também Calisto IIL. Os ci ram ainda outro antipapa, Inocéncio III, que, porém, foi preso ¢ internado num mostein 269. Para conlirmar @ paz e para remediar os males do longo cisma, convocou o papa o 11° eoneilio ecuménico, 0 3° do Latréo (1179), cujo principal resultado foi o non, que visava evitar, no futuro, os acontecimentos de 1159. Decretou que pela Igreja universal deve ser reconhecido pa~ pa quem for eleito e aceito por dois tergos dos eleitores. Do 132 I epoca; A Alta Made Média privilégio do imperador nem mais se fala (Mansi 22, 200 ss} MQ 171-72), 270, Frederico, de enta: tima ao papa. Mas hu n a paz de em 1186, stanca com as cidades da Lombardi a Sicilia a casa dos Hohenstaufen p jorreu em tum dos maiores. papas smiese estas palavras: e, pater urbis et orbis, 272. a. Infelizmente, co as Roma, depois da morte de Alexandre. Li (1181-85) 86 pouco tempo pode residir na cidade, Urbano Il (1185- 87) © Grogério VIN (1187) passaram todo o seu por cado no estrangeiro. Mais afortunado foi Ci 91) que, finalmente, conseguiu concluir um. romanos b. Além disso, renovou-se o contlito entre 0 © papado, principalmente por causa da politica imperial no sul da Italia. O matrimdnio de Henrique VI com Const nfo podia deixar de desgostar a ciiria romana, porque co este enlace o Estado da Igreja ticava & mereé dos Hohet staufen, ©. Apesar de diversas outras desint no fot perturbada ainda sériamente HL. Antes, pelo contririo, papa & iodo de Verona, de comum acorde reges, com 0 qual inicio a Inquisiggo (PL 201 1297). Mas Urbano 11, milanés de nascimento, censurou severamente o imperador por ter usurpado, novamente, di- reitos eclesidsticos. E estava para excomungé- da idade média. Na 1é Lux cleri, decus ce clas em perio e Pacificos, mudaram de politica, movidos particularmente pela '§ 85. © segundo conlito entre © papado € 0 império 133, queda de Jerusalém. Clemente esforgow-se por organizar lima cruzada entre os principes, ¢ 0 proprio Frederico to- mow a cruz. Mas, no caminho para a Terra Santa, 0 nobre pe encontrou uma morte tragica (cf. § 92). 273. J& antes falecera também Guilherme I (1189) Henrique VI (1190-97), jovem de 25 anos de idade, de gran de talento ¢ con jas de seu pa a nobreza do seu carter, q 1 posse das quia universal. fereceram a coroa a 30 de Cor Aleuns fidalgos, por depois da morte de seu menie entre 0s vivos do velho e fraco Celestina HL (1 Logo em seguida, Henrique apressou-se 2 conquistar 0 reino das Sicilias. Mas s6 depois da morte de Tancredo vassalagem a0 cometen as m no tempo, fez-se tril taria 4 Alemanha, Ricardo Corago de Leio, cunhado de , © Lede, foi preso pelo dugue Leopoldo VI da stria, quan da Terra Santa, ¢, entregue a0 tum resgate enorme’ ¢ de prestar para obter a liberdade. 275.1 Pelo espayo rador ficaram completamente mou Henrique a cruz, para, por mei 10s de desgostos "bes enlre papa e impe- ipidas. Em 1195, to- uma cruzada, dar ta do sal. O zelo que “mostrava pelas coisas da Terra Santa” melhorou as relagies com o papa. Quando, porém, estava em Messi= presies a partir para o oriente, morreu de improviso, tendo apenas 32 anos de idade. Fora o mais capaz, mas 1 I epoca: A Atta Idade Média tamt mais perigoso entre os Hokenstaufen. No ano se~ guinte falecen também Celestino Ill. A morte de ambos acar~ retou uma completa mudanga p Verdadeiro. sucessor do papa € do imperador fol Inocéncio Ml (Ranke). arom, Aagal. XII. — PL. 188; 200-200; iesne We S3L 8 Seppet 246. do em S iho dia e Guilherme I rei da Inglaterra. G Lanfranco de Cantuaria, que ‘minster. N4o houve mais el rei do arcebispo. Era um si ja” (Maurois 89) 277. No entanto, Guilherme, “este rapaz_ corputento, bastante mal feito, brutal, tartamudo, sarcéstico, que nao estimava no mundo sendo 0s guerteiros", no tinha vontade dle suportar a grande inffutncia da Igreja, O prestigio de Lanfranco manteve ainda o equilibrio. Mas depois da sua morte (1089), comegou o rei por delxar vacante a sede ac- quiepiscopal, como também ouiras sedes do seu reino, a fim de espoliar ‘sistematicamente a Igreja Adoecendo gravemente e arrepe omeou Anselmo arceb ria. No entanto, tendo recuperado a satide, exigin dele uma quantia enorme pelo arcebispado, Anselmo cesistiu com a firmeza de um santo ques {20 do cisma entre Urbano HI e o antipapa. Infelizmente, se viu abandonado pelos outros prolados da Inglaterra ¢ teve de tomar 0 caminho do desterro, embora os bardes tomas sem a sia defesa do intrépido arcebispo, Anselmo se re fugiou na Franga e depots na mios de Urbano. O papa, porém, no at "go com uma carla a iu a coroa em West- (Os barGes receberam © seu Ido poder creseente da Igre~ do dos seus abusos, § 87. A questio das investiduras na Inglaterra 135 E Guilherme receben, por ocasiio de uma cagada, uma flecha ‘em pleno coragae. 278, Henrique I (1100-35), terceiro filho do Co: tador, arrog oun eaves ndaos po 8 dae 1, € Insp te, descendente da real fa- posigao, que 0s Em 1106, conquistou até a Nommandia, destronando 8: 279, Uma ver sero £0 dura renunciar 208 i po tina exereido. Por 8 we the, prestase Hontenagent sass mabe pola entrega. de ancl e baculo, Anse tunis uegoiese une otto tee, por Isso, de di n sede, Para evitar a excot anes pronunelar,renune fara, Er nsagio, foi-the concedida Dead ent, vei que al 1s gue set i também de Anselmo jura das estava 2 investidura. Henrique foi basi 1 designou para herdeira da coroa sui fa do imperador Henrique V. Stas, de Bl “A Inglaterra seus anjos redobramento de fervor via que er precise (Qaufis 91-02) Finale tho de Mai do matrimonio, se egsara som Oboe ct intervengdo do areeinpo Ted Tee eeeintdo teadczo. Pouco depots more Es6v20, fenton Il Plantageneta (1154-80) fo} reconhesko 2 136 1 época: A Alta Wade Média Sendo, por heranga de sua me e de sua esposa El pe francés, mais poderoso do que © proprio r gua e de gostos int , um dos maior foi, nao obstante, quem vein a prov: Igreja da Inglaterra, ‘up 281 a Igreja, Mas ci muda gante cortesio vi aro-papista, em estrénuo det 282, Logo depois da sua clevacdo, seclamou que se devolvessem 0s bens da Igreja de Cantuaria que se achavam fos de alguns fidalgos. O rei nfo quis ofen: antiga chanceler © no ram contra © novo primaz, Mas, em breve, surgiram desint as com 0 préprio fori. As suas preten~ la a teve, pelo servilisme siaslicos estivesse presen que se the reconecessem gos que encerravam dir nnham exereido, no decurso dos temp prelados consentiram também n porém, por reclamacdes de Becke' nostro et honore Dei et sanclae Ecclesiae. O rei, irrtado, procurou atraie a seu lado, um por um, 0s bispos, e a dieia de Clarendon (1164) secundow pro tamente os sexs desejos (Mansi 21, 1187; Bar '§ 88, Tnoctncio Ill, Aritro do ocidente eristio 137 também Tomas deu o ido os dezes- famente a sua que idades. Tomas teve que procurar se encontrava Alexandre Ill, a. Henrique pediu ao papa a de-~ ‘Mexandre mio atendesse aos 1164). Depois de longa resistenci seut consentimento, Tendo, por seis artigos da aprovaglo, provocant o na Franga, onde voltar A sua sede, ini novas queixas, ¢, a certas expressies do rei itsitado, assas~ ameno dentro da sua 12940 de todos. O povo fogo co- nto, € 0 papa elevou-o as honras Mas a impr § 88. Inocéncio Il, arbitro do ocidente cristo — © 12° coneitio ecuménico (1215) 284, Frederico 1 da onipoténcia imper para fazer triunfar 0 seu césaro-papisno. Triunfaram, pelo contrario, as idslas de Gregério Vil. E 0 seu programa foi 138 1 epoca: A Alla Kade Média realizado, do modo mais brilhante, pelo papa, cado designa © apogen da Igreja medieval, In (1198-1216). Idemente, e dedicou-se osas obras De contemptu mundi airam, neste tempo, da sua pena dos. As duas pre e De sacro saltaris mysterio (PL 21%, 701 ss). estino, foi elei- ropter honestatem mo- ". Foi o mais novo dos cardeais, €, desde logo, se mostrou isto do papade” (Gregoravius), senhor e dominador nascido, O que Gregorio estabelecera no Tractatus papae, realizou-o Inoctncio. prefeito de Roma, até e jurasse fidelidade. Na Marca de ento Marcy: 287. Ao mesmo tempo, preocupavam ao papa os ne~ gécios da Sicilia. E conseguiu realizar também ali o que § 88, Inocéncio frbitro do ocidente eristdo 150 vvisava: separar aquele reino do império alemdo, Executando wmento de Henrique VI, concedeu a Constanga e a no Frederico 0 reino como feudo da Santa S ireitos da coroa sobre a Igreja, e, depois da n de Constanga (1198), tomou ele mesmo, como tutor de Frederico, a diregio do governo. Pela espaco de dez anos defendeu a heranga de seu pupilo contra Marevaldo de ler, que almejava a coroa da Sicilia, e contra a no- de catorze anos de idade, ssinteressado. Q) Tn indo Frederico completou ‘ncio 0 declarou maiorene (1208) e rei das Sicilias e deu-the por esposa Constanga, irma de Pedro Il de Aragdo (PL 215, 1142) 288. Uma terceira preocupacdo de Inocéncio foi fazer a sua autoridade em frente dos. py ira ocasiio Ihe foi a luta pelo tr VI fizeta com que os principes da Alemania prometessein a coroa a set filho Frederico. Mas, depois da sua m ‘matura, a maioria dos principes, nao querendo, em eleger: . A conseque strosa guerra fratricida, 0s dois pacificamente se decretal Venerabilem frairem de 1202, motivou a sua deci- sio, dizendo que o rei da Alemanha & eleito principes, mas pertence ao papa aprovar e de do futuro imperador (Deer. Greg. IX. 34). No entanto, a 1 eleicao it. VI de elect. info, quando foi ja con assassinado por Otio de Wittelsbach (1208). © papa, estava préximo iversalmente reconhecido, tomou ndo-se, deste modo, 40) 1 poca: A de Média ia © protegdo dos bens da Igreja, remtincia ao jus spollt iberdade das eleigGes eclesidsticas e das apelagdes para a Santa Sé. Mas, como ele concebia tais promessas, bem depressa uw. Apenas terminara a solenidade da sua coroa em Roma, 20s 4 de Outubro de 1209, quando, 2 sua obrigagao de zelar pelos direitos do império, ocupou grande parte dos Estados da Igreja e apressou-se a con a Sicilia, sem atender, de modo alg adverténcias do pontifice, Inocéneio Ihe langou, por i junhao (1210) deposto. Deram a coroa a Frederica, jovem ‘rei da Si © papa consentiu, depois de Frederico Ihe ter prometido fo unir 2 coroa da Sicilia com a do império © de ter co- roado a seu filho Henrique rei da Si igar em ‘A guerra entre Bouvines (1214), do arcebispo de C: Ricardo Coragio de Lego Yio sem Tersa (1199-1210), itagencta pela crieldade, trai © de seus irmdos, adtad veal na luta com a papa. 291, Joo negou-se a reconhecer o arcebispo Estévao Langton, éleito pelo cabido, a recomendagées do papa, Bal dadas foram todas as adverténcias de Inocéncio que, por § 88, Inoceneio Arbiteo do ocidente eristéo q 0 Interdit a0 pats (1208). O rei respondew 1m as mais cruGis atrocidades contra a Igreja e contra 0 pronunciou Inocéncio contra ele a excomu- finalmente, a deposigio (1212). O rei da a. E j8 estavam quando Joao a fidelidade ‘do seu povo 86 reconheceu 0 arcebispo Estévio, mas per- nbem que os demais clérigos e leigos desterrados nA sua pétria, indenizou-os dos prejuizos sofridos fou a sua coroa como feudo das maos do papa, prom censo anual ido-se, no organizar nente mais seguro, procurou ipe Augusto. Mas 0 conde de Flandres e Oto de Brunswick, tha de Box rerdades inglesas. Pois, contra o -se clérigos ¢ bardes & wr a Magna Charta Libertatum (1215), wglesa, Q rei pensou logo em iando & sua politica pérfida, pedi a0 papa que o dispensasse indignou-se, de fato, com a revol iu, porém, anular a Magna Charta, Uma mor- ta libertou Jodo sem Terra de outros desgostos No reinado de Henrique IIT (1216-72) foram desmanchadas, nalmente, as diferengas, pela confirmacao da Mai Charta. 293. Inocéncio Ill teve também unt sério confito com teve de defender a san- cristo. Pouco de- pois das suas bodas com Ingeborga, princesa dos bispos cortesdos de Chartres © de B ‘com Inés de Merdnia, indigna irma de S. Hedviges. O ps The fez sinceras adverténcias, Mas nem exortacdes, ameacas foram capazes de quebrar a pertindeia do rei, Fi nnalmente, Inocéncfo excomungou-o e langou o interdito so- bre o reino (1200). Filipe se viu, deste modo, obrigado a submeter-se e prometeu reabilitar a sua legitima esposa. I uae epoca: A Al de Média Nao cumpriu, porém, logo a sua prot depois da morte de Inés e de novas dissolver o matrimonio, seno em 1213, ras tentativas de 294, Da mesma forma, defendeu 0 papa a santidade do vineulo matris ira’ as pretensdes de Afonso IX, rei de Ledo, ¢ de Pedro If, rei de Aragao. Este viera, em 1204, de receber a coroa das maos do papa, pagan cionand wOnio, Mas falharam os seus cél- do papa. Afonso IX tivera . n uma princesa de Portugal, da, se casara com a prépria sobriaha, Berengaria pelo inter a ta da 1, no devemos nos esque- italiano, E este de todas as mais tarde, dum mma e externa da Igreja, JA se © a coroasao do pi iis poderosa expresso #200 principes eclesiasticns e seculares 1 redor do papa. Até os patriarcas Tegados, Nunca se realizara 120 magnificamente a Civitas Dei no acidente, No dia marcado, 1° de Novembro de 1215, inaugurou a assembléia com estas palavras: “Desidério de- sideravi manducare hoe pascha vobiscum antequam moriar’ (PL 217, 673), indieando entio os escopos do concil 5.89, Ultima fase do confito das investiduras 143, )) a fibertagdo da Terra Santa, 2.°) a reforma da Igreja, & 3°) a extingao das heresias 7. O proprio papa, como verdadeiro imperador, cogi- se A trente dma cruzada, S6 a sua morte prem izar o projeto. A reforma da Igre- fem 1210, Francisco de Assis apresenta- papa para se desempenhar da do proprio divine Redentor: res- Senhor, que, apesar do seu esplendor ex- neacava ruinas, S, Domingos igualment fa sua pregagio, Para promover eficazmente a os setenta 2 ares, que prescr nios, a con ete. Outros diziam respeito & proibicao de novas ordens religiosas (can, 13), a reforma do clero, em particular, a sua educagio, 0 culto divino, etc, Finalmente, se tratou dos erros de Joaquim de Fiore, das heresias dos albigenses e dos valdenses e, Inocéncio UH, ses de todos os séeulos, Ja og seus contemporaneos @ chamaram “assombro ¢ luz do. mundo’ Deixou aos seus sucessores a direcdo de todos os grandes 10s do ocidente, para‘ espago de quase um seu predominio, mas nao o brilho que the dera I porque precisamente Frederico II, “que devia & Santa Sé fudo 0 que possuia", no realizou as esperangas que nele uaa Spoea: A Alts Idade Média se tinham depositado. Tornou-se, pelo contrétio, o mais en- carnigado Religiosamente’ indiferente, ndo Conhecia aquela harmonia entre as dias primeiras au- toridades da cristandade, que caracteriza os melhores. ti 0s da idade media, As i ido, 0 despot ido, te ao universal 300. Send do que alemio ¢, residia, de preferénc manha & gelberto, trador da na de souberam aprov direitos da coroa, pel cos crescent entre eles tt mundano. Umi e outro vieram a preparar o ter © a ser uma das causas do grande sucesso di forma do sécul 301. A Si nistrada, torn hutista. Mas ferentismo elgioso de: Frederico langou também ‘ ferra santa das rel a se Gragas as ‘tempo, pode ainda desabro- po, em que o ocidente cristo celebrava os iunfos em todos, supremo, © papa, 302. A Inocéncio III sucedeu 0 cardeal Céncio Sav com 0 nome de Honério Mt (1216-27), ancifo de extrema bondade. Quando Frederico, contra a sua promessa feita a Inocéncio, e ameagando os interesses vitais da ciria romana, fez eleger a seu filo Henrique ret da Alemanha, unindo as. mpério, © papa nao protestou, Concedew § 89, Ultima fase do. conte das até a Frederico a coroa imperi do que, em breve, realizasse a cruzada prometida. Fo ima coroagao impe- ial para o espago de quase cem anos. Mas o imperador, pretextando os seus cl de ano para ano, e, quando © papa finalmente, no tratado in Germano (1225), por inspiragGes do cardeal Hugo- , tomon uma atitude mais enérgica, obrigando a Frede- pena de excomunho, a cumprir a sua promessa 10S, veio surpreendé-lo 2 morte, antes que wzada. deniro de dois 303, Sucedew-Ihe 0 proprio Hugolino com o nome de Gregorio 1X (1227-41). Grande coma set tio Ino~ céncio II e dotado duma vontade ‘© novo papa es tava, 20 mesmo tempo, compenetrado duma pr glosidade, Frederico se ja nfo po politica anterior, © apressou-se em mesa, Em Setembro de 1227, a frota zarpou do Infelizmente uma febre se de zados, atacando 0 proprio imperador, pelo que, decor novamente em Otranto. 0 go 0 tratado de San Ge que considerava como feudo obrigado a deixar a cidade eterna, 28). A fim de provar a sua sin- nbora excomungado, em amigo S. Francisco ceridade, empreendea Frederico, eados de 1228, a cruzada e, por m we a sua austncia, o seu vigirio Rainaldo de as hostilidades contra 0 papa, que entéo derico, porém, voltando a Italia, expulsou sem dificaldade 08 soldados do papa e concluiu com ele, por intervencio de Germano de Salza, grio-mestre da ordem teutOnica, a paz de San Germano (1230). Frederico foi absolvida da exco- . Teve, porém, de prometer a indenizacio da ciria @ fazer concessGes no tocante A liberdade eclesistica no reino da Sicilia (Rayn., ad an. 1230, 3 ss) Comptnaio M — 16 1M época: A Alta Kdade Média menos em parte, chamava a , para governi-los, 0 despé= encontraram no papa um violan- Jaen ‘impe- desconhece eomple- ‘por fonte tinica ‘contentou-se 'Zo com combater os prin co livros das Decretais. ‘Mas para Frederico j4 ndo havia € Baixa Itilia, e obrigow assim 0 papa a combaté-lo por todos os mefos, Gregério formou realmente um: vez, a excor ramento de uma gt anteriores entre papado e com a extinglio da fatal enfraqueciment ipério, e no terminow senzo imastia dos Hohenstaufen e com um apado. 307. Desde logo, os dois partidos fizeram-se mittua~ mente 28 mais veementes recri oO acusado de incredulidade por ter chamado Moisés, a Cristo e a Maomé, expresso que, se ndo pode ser provada, esta todavia muito em harmonia com os sen fimentos de Frederico (Mant 79 ss). Este, por seu turno, acusou o papa de o ter excomungado nicamente por motivos politicos e de manter relagdes com os hereges da Lombardia, E no paro a lula, Frederico invadiu § 8. 0 ur os Estados pontificios e, quando 0 papa quis reunir um > ecuméaico (1244), antes desejado pelo proprio yperador, Frederico fez atacar a esquadra © apri prelados que E jd estava com os seus exér- , quando Gregorio is du 0 WV, — ira a fazer-se e passada uma sedisvacdncia de vinte me- causada elas intrigas do senador romano Mateus Orsini e pelo imperador, fo} eleito o cardeal Sinibaldo Fies- de Genova, com @ nome de knocéncio IV (1243-54). chegado 0 fim da vera, até entio, em tosas com Frederico, Este mesmo se regozijava da el sao, No entanto, depois de algumas vas negociagGes, per- Eebeu que, se “Fieschi fora seu amigo, Inoctncio seria seu fem breve, formas decisi uma entrevista, desejada pelo ainda pertencia 20 império, All ficou pelo espaco de mais de seis anos e convocou, para 0 ano de 1245, 0 13." con cilio ecumenica, 0 1 de Lido (Mansi 23, 605 ss). Ele ‘mesmo inaugurou a assembléia com um sermAo sobre as 10 chagas da cristandade: a relaxasdo do alto e do bai x0 clero, a nova queda de Jerusalém, a condi¢ao apertada o império bizantino, a invasdo dos mongéis € a uta en- tre a Igreja e 0 império ocidental na foi principal objeto das deliberagées. Esta lt Frederico f suspeita de heresia e de felonia. Em consideracéo destes delifos, 9 concilio pronunciou a excomunhao e a privacao de todas as honras ¢ dos do jur igncia sob pena de excomunhao. Os pri vidados a procederem a uma nova eleigio na Alemanha, reservando-se © papa o direito de dispor da coroa siciiana (MQ _ 196-97) us I época: A Alla Kdade Atédia 310, Frederico, segundo era de prever-se, te & sentenca e negon a0 papa o direito de depor os pr cipes © de decidir as causas seculares. Fazendo, além disso, sitas as id¢ias de Amoldo de Bréscia, proclamou a necessi dade de reformar a Igreja. Exigin que a Igreja fosse redu- zida A esfera puramente religiosa © que os clérigos voltas~ sem a pobreza apostélica. O exemplo de Frederico seria irni- tado durante 0 resto da idade média, por outros principes Doagdo de Constantino, ea supremacia do poder espi culares, dos dois gladios imar-se, quanto precisa Palestina rect € 08 mongéis ameacavam 0 orfente da Europa. Em vio procurou Luis IX, rei da Franca, fazer-se mediador no interesse da cruzada que projetava. As sortes estavam Tangadas, € n30 houve meio de acalmar os espiritos. 312. © papa fez pregar, em toda parte, a cruzada con- tra Frederico, pelo que, de entio em diante, também a Ale- te pela guerra. Podero- vas ordens obedientes as ordens de Inocéncio, elegeram para rei o landgrave Henrique Raspe da Turingia (1246-47) e, depois, da morte prematura dele, 0 conde Guilherme da Holanda (1247- 56), Mas nao conseguiram derrotar o rei Conrado WV, filho de Frederico. 313, O imperador, por seu lado, fez na Itilia sentir a seus advers 10 modo mais atroz, E verdade que we de sofrer inesperadas decepgdes. O foi batide as portas de Parma. © seu mais estimado ministro, Pedro da Viola, Ihe voltow as costas. Seu fi io, foi preso ‘pelos bolo nnheses, Todavia a guerra continuou a dilacerar a Itdlia. Guelfos ¢ gibelinos se fizeram uma guerra de exterminio. Quando, finalmente, Frederico morreu em Fiorentino na Apilia, arrependido ¢ absolvido pelo arcebispo de Palermo § 80, Uitima fase do confito das investiures 149 1250), Conrado IV (1250-54), ajudado por seu irméo Man- fredo, contimion a guerra e fez valer os seus direitos na © papa declarou-se disposto a reconhecé-los a favor de Conradino, quando Conrado the pediu fosse tutor de seu tho (Rayn., 1254, 46). Manfredo se submeteu e foi insti- ido vigdrio do reino, na menoridade de Conradino. Mas, quando Inocéncio quis tomar posse do reino, sublevou-se vamente, Fracassaram igualmente as negocia- ges entre Alexandre IV (1254-61) © 0 regente. 314, A sorte da guerra, no entanto, tornou-se tio fa- vorivel a Manfredo, que os grandes do reino Ihe ofereceram 2 coroa (1258), quando se propagou o rumor da morte de Conradino. Mas Urbano IV (1261-64), frances de nasci- O80 na pessoa de Car- is IX (1263). Foi um m que Man- (1268), em que ha a convite dos para toniar posse do trono de seus pais, O joven ji preso traigoeiramente na fuga € barbaramente Sspirou, nem aprovou fe de Conradino nstaufen, cuja des- pal do seu tragico fim, 10 tempo. Per= perio, que se dissolve Em toda parte reinava a desordem, a anarguia, a injustiga, 0 roubo, a miséria. E, todavia, surgira io deste caos as mais b do génio religioso e artistico. Vardes ilustres de primeira Alberto Magno, Alexandre de Ales, Tomas isbona e 150 I epoca: A Alta ldnde Média id § 90. Os diltimos papas do século Xi! — , © 14° concitio ecumenico yn ur. portinela ceal. Mas a vitoia 0 mesmo tempo, um enfraquecimento fatal da Tgceja, Pela ambigao wtépica dos Hol lecer a poténcia central da sua di das coroas do seino e do impéri aga que tinham do poder imp 408 interesses da ctiria romana, dos a ligar-se, mais e mais, 4 Fra 10 Tongo reinado de Luis IX (1326-70), se tornara primeira poténc ia Europa, Mas, se 0 império, a0 menos por princi Vira a0 cristianismo universal, os sucessores de S, Procuraram sendo os proprics interesses nacionais. O ¢ 10 comegou a dissolver a unidade do ocidente. A idade média aproximon-se do seu ‘como também pela idéia , diametraimente oposta n-se 0s papas obriga~ 317, Representante da_pol Carlos 1 (1265-89), novo rei goso para a Igreja do que formar um patida poderoso depois da morte de Clemente IV, anos. Depois de per Imente, Teobakdo Vise que se chamou Gregorio X_ (12 papas do século 318, Tres gra a reforma da Igreja, a unio com os gregos e da Terra Santa. A tim de resolver os trés probl cou, para 0 ano de 1274, 0 14° cone vaca azes divisées, foi arcediaga de libertagéo 3s, convo ‘ecuménico, 0 2° de § 0. Os timos papas do séeulo XI rr Lito (Mansi 24, 38 ss; CG VI 125 ss). Os seus esforgos para socorrer a Terra Santa no tiveram nenhum resultado. Melhor sucedidos foram os seus negécios com os gregos, sido reconquistada p. Jos bizantinos. Miguel VIM Paledlogo (1261-82) resol par termo ao cisma, a fim de parar og ataques que Carl de Anjou estava preparantdo. As negociagbes tornaram-se bastante difi vam contra 9s | tudo pelos est S. Boaventura, ceram 0 primado do papa e permitiram as apelagdes para a Sé apéstolica (DB 460 ss). O papa, por sita vez, thes concede a conservacio do 1 bolo antigos, Quanto a refor decretos, entre os quais tem especial importancia o segundo, Ubi pericutum (Mansi 24, 81-86; MQ 205-07), que pres- creveu o conclave para a eleico pontificia, ordettou aos car- deais se reu depois da morte do papa, e dis- pos que, conclave, se Ihes is ‘Jo foi apressar a elei- omparecent também © chanceler do novo rei da Alemanha. Ricardo de Cornwal faleceta ¢t Afonso de Castela manteve ainda as suas pretensée: 73, para dar a 1 0 cetto. A elelgto caiu © nobre conde Rodolfo de Habsburgo (1273-91) menor receio de que pudesse tirar-lhes a quase indepen- dencia, en mentos, 0 seu va- or provado e a prometiam realizar as mais elas esperancas: levantar 0 trono do abatimento fe restabelecer a unio entre papado e império, 320. Rodolfo nfo desiludiu os principes. Antes de a, reprimiu eficazmente as an as_pretens violento rei Otocar da Boemia (1253-78), que havia reunido 4 sua coroa, j4 por meio de convengSes, j4 por heranca, H época: A Alta Kade Média pela espada, a Austria, a Moravia, a Esti Car ‘entregar 20 império todos os dominios ao sul do Danubio e a solicitar de joelhos a investidura da Botmia e da Mordvia, Numa segunda rebeligo, Otocar perden ti dolfo den a Aust ia e a Carni filhos, Iangando assim os fundamentos go-Austria, 321, Numa entrevista que teve com Gregorio X en Lausana’( 275, 36), 0 , j& antes meado pelo pontifice rei dos romanas (MQ 205), estreitou fs Lagos de amizade com 0 feitas por seu legado, da Igreja nao unir © convidou, em seguida, a receb a.coroa Mas Gregério falecen no caminho para a cidade eterna, en Janeico de 1276, e Rodolfo ficou preocupado com os negé- ios da Alemanha, que lhe deve a restauragio da paz interna ieular, de nunca atacar 0 erio a Sicilia. O papa biu, no primeiro dia do cor to dominicano Pedra de Tarentaise com 0 m cio V (1276). Infelizmen Sucedeu-the Adriano V (1276). Morto de um més apenas, fof eleito o muito eru pano, arcebispo de Braga, qi (1276-77), 323, J4 Adriano V suspendera o decreto cleftoral de Gregorio X. Jodo. XXI atolivo completamente, Por tes, fe novamente dissengdes na cleigdo seg de cinco meses. hém este, depois, Pedro His le Joao XX1 ir a sua energia ao rei da Sicilia. Este via conseguido, apesar de um compromisso contrario, a ignidade de senador romano, Nicolau o obrigou a renun- ciara esta dignidade, como também ao cargo de vigério im- perial da Toscana, Conseguiu, igualmenie, que Rodolfo de § 00. Os limos papas do séeulo X} 153 Habsburgo renunciasse aos direitos imperiais 4 Romanha ¢ se entendesse com Carlos de Anjou que, por esta ocasiio, recebeu a Provenga como feudo imperial. Infelizmente, ma- culou 0 grande papa o seu pontificado pelo nepotismo, jus~ fiticado talvez, de certo modo, porque julgava poder’ con- fiar melhor nos seus parentes. 324, Pela morte prematura de Nicolau, os seus grandes iho IV (1281-85), frances sueessos nao perdurar completamente in opis & sua p tibizantina, oc pimento das relagdes com 0 oF sido, por parte dos gregos, née pode ter vitalidade. Quando Nicolau Filioque fosse incluido no simbolo, os bi gostar io. Martinho IV, movido talvez por Carlos, que se dispunha a fazer a guerra’ aos gregos, pronunciou o and- tema contra Miguel VIII. Este respondeu, cancelando o nome ico (1282-1328) renovou o cis~ entrelagados os ica francesa, maste que vieram por termo iprudente do rei ex- s franceses nas janes (Raya. 1282, 11-12). Pe- ie se casara com Ce ha de também os acontecimentos da Sici as ambigies de Carlos, O des ‘ram também as sentencas de Hon6rio IV (1285- 87) e de Nicolau IV (1288-92), Pedro Il e si Jaime s; sdes de Carlos Ie de sew ia pertenceu desde en hola. E foi um ci 1700 & monarquia espa- ignio da Providencia; pois 0 predominto A lta Idade Média 326. Dept e tes dda morte de Nicolau IV passaram dois anos ‘que se The desse um sucessor, porque © ido pelas rivalidades. dos Orsini ¢ dos Colona, e porque Carlos Il procurava influen- iar as eleigdes, a fim de conseguir uma solugio favorivel do problema siciiano. Foi eleto, finalmente, por inspiracio dde Carlos, um vardo recomendivel pela santidade (AASS, ‘mens. mali, IV 485), mas que nfo possuia as qualidades ne- cessérias para tho clevada cargo: 0 eremita Pedro de Mur- ‘completamente dor te, por Carlos i a transferir a de uma v anos. Mas, reco ¢ movido por sua consciéneia, re sistério aos 13 de Dezembro de 1294 (Rayn., 1204, 19-20) Mansi 24, 27 ss. — Reg. de Greg Xe de Catiee, Paris 1802 ge. Reg: de Honor. 1 § 91. Bonifacio VII e sua luta com Filipe IV 0 Belo toria do papado. Comeca com ele a decadéncia do poder papal 1. Par feacassar (cgi , € ao sett tepotismo des © aua uta com Filipe IV 0 Belo 155 ino V. Re~ mige, feo iveiro até a morte (1296). Mas a is dolorosa, que preenche quase todo a pontificado cio, € a que teve com Filipe IV 0 Belo, rei da Franga. 328. Qua em toda parte reinavam entdo discbrdias ¢ cconfusto. A a ¢ Genova Iutavam pela primazia. Pisa ¢ Flore jalmente. Em Milo apoderar ‘que, fazendo-se nomear vigario imperial da tava conquistar todo o pais, Na izavam ainda as dinastias de Aragéo e de Mas o que mais afligia o ocidente cristio era a tre a Franca e a Inglaterra, cujo pr em Napoles tiv. Ani guerra 329, A fim de unir, de novo, os povos debaixo do do- io da Igreja ¢ de organizar assim mais facile: 0 papa se esforcou por estabe- glaterra © da Pranca, por mi impostos sobre os bens da Igrela, px Fevereiro de laicos (MQ 208), proibindo, sob pena © espirito do tempo j& nao era o encontrou grande oj na Franca, séria, restabeleceu-se, em breve, a paz. Mas (1285-1314), pretextando 0 seu zelo pela patria, respondex 2 medida do papa com a proibigao de exportar prata e ou- 138, I épocas A fa Idade Média ‘ros objetos de valor sem permissio do rei, tornando assim impossivel a atividade dos coletores pontificios. ‘Mais ainda, Filipe soube despertar 0 patriotismo de toda a nacio ¢ tinha, além disso, a seu lado wm mimero considerivel de doutos politicos, os chamados legistas, em oposite Por Cle 331, Apenas terminada esta primeira luta com Filipe 1V, im conflito com a poderosa cardeais Pedro e Tiago Colona, lagdes com Frederico da S jeados de certos spirit Stabat Mater, Jaci 1a ocasifo para pro -a 0 conde Esiévao Colona pel souro pontificio. Quando, em se tribunal os dois cardeais, até negara legil a um canetlio geral privadas de tod (1298), Os faram 28 suas \quinagies contra 0 333, Assim, ao menos o ano de 1300 foi um ano de paz, cio pode, com toda a magnificencia, celebrar o pri- que atraiu a Roma multiddes imensas de pe- sgrinos (MQ 209; Rayn. 1300, 1 ss). O papado brilhava, uma vez ainda, no apogeu do seu esplendor. 334.) o.com Fi rave e rapida derrota. Considerando as muitas tira- com Filipe 1Y © Belo 157 nlas que 0 rei nfo cessava de praticar contra a gts Papa eonvocou um soo para Roma a eelebrar-se en 1302, erdade eleséstica, no € do rel e-a aboligo dos exeessos coz Pela bul Auscufta jl (Raym, 130), 31-82), 0 Filipe foi chamado a Comparccer {ut proceder Na verdade miso 2 set ah supremacia do poder esp em justtcarste en! presenga do. papa, tanto’ menos estava seguro das smpatia do amento como um atentado co dia nag franscea, A bula Au a por outa fala, Deum time, cuja principal pros posigio dizia: “Scire te volum 7 shbus idade média, convencido lual. Mas Filipe ‘no pensow 335. Paca prevenir-se contra o si convocou, pela primeica vez, os tr8s est servir contra a realeza, O clei luma carta ao papa, pedindo que mostrasse_n ceudéncia para com a Franca, filha romana. Mas © papa, Ihe pela bula Verba deli nobres © a burgi responderam que se tratava sdmente duma superioridade ine direta do papa, ou seja ratione peccati 336. No entanto, apesar da proibigio do rei, co ica, ensinando claramente a doutrina de seus grandes predecessores Gregério VII © Inocény & manejado pela Igreja, este pelos princi cia do papa. O poder espiritual tem de inst 58 época: A Alta Idade Média julgar 0 secular. $6 esta ordem corresponde & vontade divina, Termina a bula com a célebre proposiclo dogma- tica: Porro subesse Romano pont marae crea- rae declaramus... omnino esse de necessitate salutis”. (DB 468-69). 937, Filipe, extre diante, nfo pensou s% Junho de 1303, uma nova assembléia dos notaveis baseando-se ffcio as mais graves e ridiculas rec! ram-no de fomentar a heresia, de ter um demdnio familiar, de ter assassinado © seu predecessor, de ser simonista e de papa. Em Paris, ‘onde os cardeais elegessem um novo papa. iu todas as acusagdes por juramento ¢ com a excomuiniido, aos 8 de Agosto ia antes, foi surpreendido em Anagni ele da Frangs, Guilherme de Nogaret, dado pelo vingativo Sciarra Colona. E embora Bonifécio fosse libertado, trés dias depois, e no s Se $= Tenemente ree 338, Aos I 303, 0 papa foi apresen- tar-se ao tribun; cua senienca, em sido mais justa do que a dos homens. A\ sinceridade das intengbes de Bonifacio ndo pode ser posta em diivida. Cum- sou agit sendo 0 rigoroso direito, e nfo via que o ditetto, mais bem fundado pode, por vezes, degenerar em insupor- ‘vel tirana. Mas, de outro lado, é preciso considerar também 0 ca rater pouco feal dos seus adversétios. Igualmente muito fa- tal era para ele o ter entre os seus adversirios os dois maiores poetas do tempo, Jacopone da Todi ¢ Dante. Com rita razfo diz Papini que foi aos versos desses poctas que Bonifacio deve, em grande parte, a sua infamia (Dante vi- ‘0 83). Finalmente, quanto € rara, na awora duma nova épocs, compreender perieitamente todos os siniomas e apre- ciar devidamente todas as suas exigincias (Alzog II 278) ! $82. Cruzadas dos séculos XI e XU 180 Considerando todo 0 ¢¢ caracteres, no resta diivida que res papas da idade médlia. Mor ficou reservada aos seus sucessores, ¢ a luta teve ferente do que sonhara Bi Papado ja te o dos acontecimentos ¢ dos ty, Histoire fbr pre le’ Bel Paris 1690. = it beac Pope, Boniace ington 1927.— Pap, Dante it. 27, 85) 18, CAPITULO I CRUZADAS E MISSOES § 92, Cruzadas dos séculos Xie XI 339, © eclesiasti 0. A ref uma primavera espi notar na vida rel O sentimento ea tolico, universalista, penetrou nos coracées, Ea mais bela sio as cruzadas, idade cristd se manitestara a pie~ sntais, dum modo particular, no in- teresse pela Terra Santa, Jerusalém culo IV, 0 destino de numerosas peregrinagdes. Pro 's de Etéria e de Jerduimo (Ep. 46). Este inte- resse dos fidis nao diminuiu, quando a Palestina caiu nas mos do califa Omar (637), que por sua brandura fez com que os cristios ndo sentissem iogo toda a tristeza da sua condi Quando, porém, a dinastia dos fatimitas ocupou a Pa- lestina (969), 0s cristaos sofreram muitos vexames ¢ per- sseguigdes. Por isso, 0 papa Silvesire II incitow os povos do ocidente a se unirem para libertar a Terra Santa. Os seus 160 TI Gpoca: A Alta Wade Média planas nao se izaram, Tornando-se mais opressor ainda is (Greg. Epp. I 31). Mas também de Gregério nfo surtiram efeito por causa ique 1V, 341. Quando, s de Placéncia e de Clermont (1095), dirigiu as suas palavras fnflamadoras as numerosas assembiéias, foi interrony pela vor entusiasmada dos ouvintes: “Deos lo vol grito tornou-se divisa dos cruzados; uma cruz vermella na espadua direita, simbolo da obra. Pedro de Amiens ¢ outros pregadores foram enviados a pregar a cruzada. Milhares de uerreiros obedeceram a vor do grande papa, alma de todo 208 povos e principes cristaos um im. Todos estavam animados pelo fiados pelo valoroso dugue Godofredo de Bulhio, 342. A expedigao devia realizar-si os exércitos deviam reunir-se em Constantinop pequenos grupos, j4 na primavera, depois crado cruelmente, as margens do Reno, multiddes deus, mioveran gria'e da Bulgaria, A maior part da sua prépri perdex milhares de guerreiros, em ct tes de chegar Terra Santa. Em Edessa e em Ai onde acharam a sagrada los fundaram principados latinos, sendo mo de Godofredo, principe 0, filho de Roberto Guisear- do, principe de Antioquia, Marcharam depois contra Jeru- § 92, Cruandas dos agculos XI e. XIL 181 salém ea tomaram, aos 15 de Julho de 1099. Tendo 0 po deroso conde Raimundo de Télosa recusado a coroa real de Jerusalém, aceitou-a Godoiredo de Bulhdo, sem tomar porim o titulo de rei. Chamou-se sdmente Protetor do San- to Sepulero, Depois da sua morte prematura (1100), suce- dew-lhe sew irmao Balduino I (1100-18). Com o dominio dos “francos” foram constituidos os patriarcados latinos de Je~ rusatém e de Antioquia com numerosos bispados. 343. A no ia destes sucessos despertou ainda mais 0 Jogo (1101) outros eruzados, que da ¢ acabar de vez cor dos sarracenos. Mas a maior parte deles morreu je forme e de peste Jo glidio dos turcos, $6 pequena parte chegou a Jeru- guiram, E com o seu au seguiram 0s reis de Jerusalém, Baldu sobrinto Balduino Ml (1118-31), confirmar e aumentar o se reino, pela fundago do condado de Tripolis. Ni contribuicam também as fares que, neste per de defender a Terra no reinado ara dia, mals lado, 08 sar= wvam para si to- contra 0 inimigo faqueciam por moleza e jem os Companheiros de Go- jos tinicamente pelo jag no causa mara das terras conquistadas. J4 um ano Ico, quando Me! governava por seu fi minorene Balduino Ml (1143-62), Edessa caiu nas méos de de 8. Bernardo de Claraval, a quem o papa Ccomptndie 1 — ut 182 epoca: A Alta Kade Média gador da segunda cruzada, Lufs Vil da Franga e Conrado Il Sa Alemanha tomaram a cruz. Em 1147, 0s dois exércitos poderosos, chefiados por seus soberanos, puseram-se & Ca rminho. ‘Mas 0 ¢xito no corresponden aos saci wario, 2 empresa malogrou completamente devido as int gas dos gregos, as armas dos turcos e, no por Heslealdade dos cristios da Palestina © as discbrdias proprios cruzados. Luis € Conrado voltaram com pouces res- Fos dos seus tio soberbos exércitos. S. Bernardo, alvo de lamargas censuras por parte dos que julgavam ser por ele 1, protestou, declarando “que os cruzados se hac missao e das promessas divi- mnfianga em si @ por seus vergo- resultado duradovro desta crusada, fof a 9 el de Portugal, que com 0 franceses €gleses. ue ir, ete 8). mou os inimigos. Iho de Zenki, atacou os cristaos ao norte. B: fe seu irmao Amalrico (1162-73) defenderam-se e 0 seu reino se m: ia durante 0 passasse a0 minorene Bal~ is crianga ainda, e embora a morte deste Yergonhosas entre Guido de Lusignan (1186-94) e Raimundo de Tripolis. Disputavam estes entre si a coroa de Jerusal quando Saladino, sulto do Egito desde 1171, préparou um golpe decisive. Em 1174, conguistara ele os Damasco. Vencei, em Guido na grande batall Hattin perto de aos 3 de Outubro do mesmo ‘ano, entrou em Jerusalém, E deve-se dnicamente a novas intervengdes dos ocidentais o ndo se ter ainda destrufdo de todo a obra de Godofredo de Bulhio. 348. Trés grandes manies de Gre reitos formaram-se aos gritos alar~ fe de Clemente {Il (Mansi 22, 527 ss). Eram com mies, franceses ieses, ¢ dirigidos pelos respectivos monarcas Frederico ipe Il, Augusto e Ricardo Coraso de Leao. Mas também esta terceira cruzada (1189-92) nio teve o éxito desejado. § 92 Cruzadas dos séeulos XI e XI] Os alemies dirigiram-se por terra 4 Asia Menor, onde, didos pela deslealdade dos gregos, foram dizimados pelos ccontinios combates com os turcos ¢ pela fome. O préprio imperador encontrou uma morte tragica nas aguas do Ca~ jicadno. Dos 1a decisiva. As portas da cidade também ele fa imado pela peste, fhegaram, em breve, també Depots te vo- lento combate, os cruzi va jade Mas esa cong por Rear 349, As invejas © as discérdias entre de todos os regress mnado pela arrogancia desm: do, para preparar a rao seu Ti grinagio a Je tum triste resul das as eruzadas, © oriente para erigir a ue se conservassem Conrado de Wi Gesta Del Ouitheime Tyr, 164 Gpoca: A Alta Wade Métis ed. Migne, PL 201, Alb. Aquensis, Chronicon Mieros. de, bello Sttro. 25° Migne, BL te: —"Mlehaud, Histoire, aes Poly ba ed Hang 164, Beek On Leg cronies, Pars 5. ed afta fndeada em Hergenroeiter-Kisch IL 433 36 6 Iino" § 93, As cruzadas do século XIIL 351, Inocénclo Ill e seus sucessores se esforgaram por manter vivo 0 movimento das cruzadas. No entanto, as ex- pedigdes que ainda se fizeram, nos decénios seguintes, nto tem mais 0 cardter universal das anteriores, sinal e da dissolugao progressiva da sociedai Se. 352. Verdade € que Inocéncio conseguiu organizar uma quarta cruzada (1202-04), composta na matorla por tran- ceses debaixo do comando de Balduino de Flandres ¢ de Bonifcio de Montterrato. Mas a obr completamente, ‘quanto a seu verdadeiro fim, pelo indigno procedimento 40 oge Dandalo de Veneza, em eujos navios devia fazer-se 0 trajeto. Apesar das ameacas ¢ representagdes do papa, apro- veitou-se 0 astuicioso chefe da poderosa repablica das armas dos cruzados para conquistar a cidade de Zara na Dalmacia Em seguida, se dirigia o exército para Constantinopla, aonde ‘0 chamou 0 imperador Isaac Angelo contra seu itmao Ateixo. Mas acabaram finalmente por fordar perio latino. Balduino de Flandres cingis a coroa imperial (1204), en~ quanto que Bonifacio se fez rei da Grécia, Foi erigido tam- 10 de Constantinopla. Mas nao se enuzad sarracenos, e trinta mil meninas seguiram as suas bandeiras Nenhum deles tornou a ver seus pais, Os que escaparam 4is ondas do Mediterraneo, foram reduzidos & eseravidko na § 8 As cruxadas do steulo xXiHl 165: Arica, ou vendidos ao calita de Bagda (Weiss V 504). Ao ‘mesmo tempo, vinte mil criangas alemas, comandadas’ por Nicolau de Colénia, menino de dez anos apenas, tomaram © camino da Palestina, Mas quase todas sucumbiram as fadigas © aos rigores da viagem. Passaram os Alpes, garam até Genova, os Brindisi, de o: 0s reenvion para a pit 354. Inocéncio Jl no desanimou. No 4? concilio do Latrio, declarou que todos os clérigas, pelo espago di tritnio, dessem a vigésima parte de st que ele mesmo e os cardeais dariam a décima parte (Mansi 22, 1062-63). A morte prematura do papa poupou-the o des- gosto de ver 0 pouco fervor que mostravant os. principes cristaos, 355. Hondrio I eparativos. E, nos anos seguintes, marcharar iguns exércitos para o 's em grande mimero do Baixo Reno e da ia. O rei André da Hungria e © duque Leopoldo Vi da Austria eram os seus cheies. André Il, porém, voltow jé em dos eristaos: Leo- € com 0 legado pontificio Pelagio ¢ com 9 rei Joo de Brien empreendew uma expedig&o conira 0 Egito, onde se apoderou de Damieta, chave daquele pais isco vao, Pregou aos préprios cruzaos que, sob o ponto de lavam no mais deploravel estado, Horro— 358, Durante 0 cerco dessa praga forte, S. Fre Ge Assis pregou, em vio, ao sultéo Malik et Kimi E també 'a move 0 sulto a encetar ne- gociacies de paz. Prometeit reintegrar o reino de Jerusalém, se the fosse devolvida aquela praca, Mas nao foi aceita a Proposta, Pelagio insistiu em que fosse destrogado compl famente 0 dominio dos sarracenos, ¢ os eruzados seguiram adiante, De repente, porém, mudou a sorte das armas, OS egipcios abriram os diques do Nilo, ¢ os cruzados estiveram Perigo de completo aniquilamento, Tiveram, pois, de abandonar precipitadamente Damieta e 0 Egito (1221). dade Média 166 1 gpocas A 358. Grande foi a consternagio no ocidente, Muitos acusaram a Frederico M1 de ter causado 0 malogeo, porque '4 08 seus votos, Apesar de se ter casado com srdeira de Jodo de Briena, e nao obstante wsalém, adiara, de ano Tolanda, it ter tomado 0 oe ef 1a snor a realizagao. da euzal Mareotse-the,tinalmente, 0 prazo para 0 ano de 1227. Ao faramse et Brinda comside- ao comparecea a tee jose, por ise, adiado 0 embargue, mires de peste c 20 calor exseasivo, Outros te € qué Frederico, a frente de um exérci ido, lev io 8 quinta cruzada. Foi uma cruzada aparente. Por meio da sua diplomacia, 0 imperador el Kamil a restituicio de Jeru- salém e de outras cidades, py mente no caminho dos 1s desde Accon Socorro’ avs principes ea, contra 2 cristios da Palestina, Dez anos de cruzadas dadas respec 360, $6 Inoeéacio. Em Franga corresps reendeu a sexta eruzada c, ide de Damieta, Mas, pela impru- nobre rei cai § 93. As cruzadas do séevlo XII 167 depois de varias incursdes devastadoras, pds fim também a0 principado de Antioquia, Luis IX pos-se, mais uma vez, frente dum exército, Mas esta dttima cruzada (1270) f menos feliz ainda do que a anterior. Por consethos de Carlos de Anjou, que lhe prometew auxilio, foi a Tunisia, onde, em breve, a peste se deciarou no exército. Luis morreu defronte de Tunis, aos 25 de Agosto. Carlos de Anjou continuou ainda a luta, Mas, depois de dois meses, concluiu uma paz favoravel de dez anos com o sultdo da Tunisia, 361. Gregorio X, legado da Terra Santa ao ser eleito papa, empregou todos os esforgos para salvar a Terra Santa, especialmente no 2° concilio de Lio (1274). Mas em vio. Em 1291, Accon, iltimo baluarte dos cristios, caiu nas mos dos sarracenos. Terminada estava a época das cruzadas. Nao alcangaram 0 sett principal e imediato objetivo. Os santos lugares ficaram definitivamente no poder dos mucul- manos. 362, Todavia, as expedi¢Ges ndo foram uma aberragao fantastica da Igreja, como pretende uma historiogratia ra cionalista de séculos idos. Foram, pelo contrario, a expres- séo mais nitida do espirito medieval, essenc gioso, eclesiastico, ita, E esti nisto a si importaincia, aadas pela s € pelo fanatismo dos cristios. $6 quem desconhece comple tamente 2 psicologia e os fatos, poderd repetir est acutsagdes. Pois, como & pos inicamente pela ant mo? E isto pelo espago de dois séculos! $6 a forea dum idea} religioso mento que, de fato, des pelo contrario, tava-se de 168 Gpoca: A Alta Idade Média ia das cruzadas esti também nas boas consequéncias que tiveram para 0 ocidente em quase todos ‘08 campos da vida, pelo contacto com a cultura dos gregos @ dos arabes, No campo religioso deram vigor e alento a piedade de um §, Bernardo e de um S, Francisco, Muitos orientais, particularmente ma 3, voltaram jaram-se a fe a caridade. A ine diistria ¢ 0 coméreio desenvolverami-se dum modo inespe~ rado, especialm: na Franga e as margens do Reno, onde com a riqueza nasceu a chamada cultura das cidades, Floresceram também as citncias e as artes. Final , & pelas cruzadas perigo do jura grego-romana no oci- 364, Mas, ao lado de bons efeitos, fizeram-se sentir t 6 consequéncias. A grande riqueza sses inferiores. Nascen 0 novo problema social. Além ura oriental, no sendo vist ydia deixar esclares pi Frederico TI & um classico exemplo, E este espirito, q jo comegou a envenenar a so submete A sua csflica a Igreja ea para o terreno as muitas heresias, Finalmente, a cr a avareza ¢ as rivalidades de muitos cruzados fizeram com que a aversio dos orientais aumentasse ainda e se firmasse assim o cisma oriental, A uniao de 1274 ja desde a sua ori~ gem estava condenad etas Acomin, By- Hickaud, Histoire oes § 94. A luta contra o islamismo na Europa 365, Embora fracassassem as cruzadas no oriente quanto 20 sew principal objetivo e os sarracenos conser- vassem as stias conquistas, perderam todavia as que pos~ § 94. A uta contra o islamismo na Europa 160) nte as eruzadas que fa- faram no pouco a sua expulsao. Na Sicilia se haviam estabelecido desde 831, e tam~ bem no continente tinham firmado o seu pé. Mas, a partir de 1019, comesaram a recuar. Foi ento que os normandos faram as suas sedes na Api luniram 0 governador grego da Baixa I Benevento, e, sob 0 comando de Gi filho do conde Tancredo de Haute bes com feliz sucesso, Enganados pelos gregos, chamaram os compatriotas, avidos de viagens e combates. As narsagdes que faziam das formosas costas de Salerno e constante primavera d wm grancle nimero de cavaleiros, E, eM jpoderaram da maior parte da Roberto Guiscardo, imo de Guilherme, tomou o ti de duque da Apilia e s margens do golfo ei recordam a época romantica dos no Frontera (711), 08 vi igodos ccristaos. se jas das Astirias, onde se sustentaram em continuas lutas com os arabes. Carlos Magno fundara nos Pirineus a Marca da Espanha, bergo do {ul condados de Aragio e de Catal n os. cristos, embora lentamente, os seus dominios, Maiores re~ n, quando o califado de Cérdova se série de pequenos emirados (1031) ¢ a raca dos omiades deixou de existir (1037). Comegou ento uma época de maravilhoso heroismo em toda a peninsula Formaram-se os reinos de Aragio e de Ledo-Castel que logo se firmaram pela reforma de Cluni ¢ por uma 170 Tpoce: A Alta Made Mési Magno (1036-65), rei de Leio-Castela, atacou valorosa- mente os mugulmanos ¢ alargou muito os seus dominios para o sul, Conquistou Viseu (1057), Lamego, Tarouca e, ‘em 1064, Coimbra, Afonso VI (1065-1103) prometeu introduzir em seus dominios a reforma de Gregério Vil, e obteve deste papa um apoio elicaz contra os mouros. Auxiliado por cruzados fran ceses e alemies, estenden ainda mais as froateiras do seu reino, Toledo tornow a ser capital (1035). Em 1093, tam- bem Santarém, Lisboa ¢ Cintra cairam nas suas mos Afonso cumpriu a sua promessa, determinando-se no de Burgos (1080) a introdugao da reforma gregoria berdade das eleicdes episcopais, mente, as suas melhor 368, Foi nesta © conde Dom Hi . sara & Espana para, 20 que parece, | ‘mouros, nos servigos do rei de Ledo-Castela. Por seus feitos ‘a mio de D, Teresa, filha bastarda al, pequena provincia if Ihe obedecia todo o territério ia em Coimbra, a8 sa. O§ mouros apro- a avangar de novo. Retomaram mbém Santarém Ihes cai ss forgas fatecew o conde de Portugal, deixando is ou trés anos apenas, Dom Afonso 1 He les (1114-85). Este, mal chegado aos anos da puberdade, — § 9% A lute contra o i mismo na Europa evantou-se contra sua prop eas do governo, Depois de re combates com os 1eo- aeses, desbaratow os mugulmianos na batalha de Ourique ¢ assumiy entdo o titulo de rei (1139). Afonso VII de Ledo- Castela o reconheceu na paz de Samara (1143). Para se assegurar do que possuia, oferecett o seu reino ao papa, de- ow agostinhos. Nao vieram, em seguida, @ Ww por novas fundagbes, tinko, normas ext Os conegos chamados efinegos de S. Agi tendo, no principio, relagdes entre pela reforma de ca diversas congregasaes. 407, A mais importante de todas elas foi a dos pre~ monstratenses ou slotbertinos, que deve a sua fundagdo a 8, Norberto de X berto (ASS. jun. | 804 ss), fi Xanten, capeléo do im- se, em 1135, da sua vida mundana, Pregow, em s is margens do Baixo Reno ¢ na Franga ¢ fund pert de Laos. Com io Io chamasse & sede arquiepis- hos também ingiram fer de ordem gregacdo 2 importin dita, Rivalizaram, fercienses. OS pi a regra de S. Ag statutos dos cister or sua in stratenses t€m o ha porim, modificada costumes de Cluni janas so a dos eb 408, Outras congregagdes augi ‘a congregacdo de res do Latrdo em Ro Avinhio, 08 cb do Santo Sepulero de $, Vitor em Paris, fundagéo de Guilher ‘aux (1108), a congregagao de S. Cruz 2), 95 esteliferos na Boémia e na Silésia, favore fe pela b. Inés de Praga, filha do rei dem de S. Francisco (AFH 1914, 185-97), © ot 409. Ao lado goes. augistinia 2 pal de promover 0 culto da Virgem Santiss! Com o fi 185 epoca: A Alta Idade Média foi fundada a Ordem dos Carmelitas. Deu-Ihe origem um nobre cruzado, S. Bertoldo de Caldbria, pelo ano de 1155, leceu-se numa gruta do monte Carmelo, santificada pela estada do profeta Elias. Eram fas e Jevavam uma vida contemplativa. 2 comunidade de $. Bertoldo fe eremitas © profetas que nas lias, ene Clemente Kopp. Bate fem depois da aie acre: Sl as aatgnn eacolts de! proeiae 0. Podemos, vera de sofrer, os eremitas abando- ano de 1240, 0 monte Carmelo, Alguns esta~ beleceram-se em Chipre, outros passaram para a Talia, Franca e Inglaterra, muda: forma de vida ere wlestord (1245), no perior geral no pru- ml no geste © no centro da mnges a0 papa E foi entao dental causou uma cisko e vadas, & 1em todos os car- micessdes © preferiram ohservar a regra aprovada por Inocéncio TV, Desta fo: meados do século XV, foi fu nnina de carmelitas. Os papas § 98 Os cOnegos regulates — Os premonsicatenses 187 1V (1476) permitiram aos superiores da ordem a faculdade de conceder o seu habito também a seculares de ambos os sexos, ¢ assim teve origem a ordem terceica de N. Senhora 0 Carmo. 412. Os carmelitas, como certos outros religiosos, beneditinos, ominicanos, usam sobte o habito ima tra de peno, chamado esc pequena @ usada por aswociagves © rdens. @ mais eonhecida €.0 es 0s carmelitay dempre votarany a Mae ‘no aeuto XV" qe seo" morte a visio eatfics. age Order e asseciados Artes de" L461, por pula ‘Com isto nada perde o valor religioso do escapulitio, Des- eo. aeuia XV i Apr. 1 Ts, Todesco, Storia della Chiesa, jk der Kerkgeschfedenis, de S. Ago de 1424, pertencem também eles as ordens mendicantes, sofrendo com eles 2 sorte da divisa austera € outra mais mod sas para mulheres, ceira. S. Juliana Falconieri (f 1341), pr side ora. AIA, Diversas associagdes enfermos, Os antonitas ou (AASS. Jan. Il 160), Teigos em St, Di 4 origem ao fidalgo Gasifo e a seu filho Guerin (1095) Mais tarde, a associagdo transformou-se em congregagao de clérigos regulares (1298), com o que se apartou do 188 H paca: A Alte Made Média malte- sianos, desapareceram com eles na revolugdo francesa. fundou 0s hospitaleiros do ‘io TI thes concede 0 gran- n Sassia, hoj principal dos hos; As beguinas foram uma associago de don fe de viivas, que se ocupa ipalmente do ensino e da cura de por votos religiosos. O seu nome é atribuido por alguns a Lamberto le Bégue de Lidge, No entanto, a origem do nome como a da prépria undagio & incert imitagio desta associagho & a dos begardos que, mais tarde, de- generou e provocou uma ti acarretan- doa sua ruina, antes do le média, ANT. Com o fim de libertar os cristios escravos das mos dos sarracenos fundaram-se as ordens «los trinitarios e dos mercedarios. A primeira, fundada por S. Jodo de Mata (} 1213) e S. Félix de Valois (f 1212), espalhou-se a, na Espanha e nal iLO seu habito & branco, tendo no peito uma cruz de cor vermelha ea 418, Os mercedatios ou Fratres O. B. M. de Mercede redemptionis. capti c ergo da ordem ia. Hoje encontrs Portugal, no idional, iados, segurido a idade de_leigos mente de teceldes de Millio. Gri lasses: conegos regulares e inmas coristas, irmaos @ ir- $98, As ordens militares 189 mis religiosos, e terceiros de ambos os sexos. No século XVI degeneraram, e Pio V os suprimiu, em consequéncia de um atentado contra a vida de S. Carlos Borromeu, que 0s quis reformar. 420, A prova mais evidente de dia, a Igreja compenetrava toda a vida da que outrossim se servia de todos os 6r para realizar os seus planas, so as ordens das por oca combinago os lugares igo destas ordens era rigorosamente chefe supremo um grao-mestre, da tinicamente pelo capitulo geral 421. A ordem dos templérios, prim: militares propriamente ditas, teve origem em 1119. Oito cavaleiros franceses renniram-se, sob a direplo de Hugo de Payens, e, depois de terem professado os trés costu- ica pelo fato de terom, a pr paticio real de Jerusalém que, segundo a opi pordnea, se erguia no lugar do antigo templo de Salomao, da ordem teve grande parte S. Bernardo de Claraval, que the den s regra'e the procurom o reconheci~ 100 1 época: A Alta Idade Média mento eclesiéstico no sinodo de Troyes (1128). Foi, en 80, que os cavaleiros adotaram a capa branca dos cister- cienses, acrescentando, no pontificado de Eugenio 1, co- mo distintivo uma cruz vermelha. 422, Pelas recomendagdes do santo e pelos relevantes servigos que prestaram 4 Terra Santa, conseguiram muitos legios, grande infh lezas enormes. Mas as suas com que tratavam fares © a acumulagdo de riquezas, principalmente na Franca, onde o Templo de Paris se tor nou, por assim dizer, 0 centro do trafico financeiro da Euro de uma ver, causassem notiveis Acs fipe IV da Franca (cir. § 108). 423. Os joanitas (1310) origem num hospitat de S. Joao Bat nerciantes de Amalfi Terra Santa, Pela 1099, cresceu considera Desde enti se ace a mais, 0 seu f, chegando a ser uma verdadeira pot no tempo do segundo grao-mestre, Rai 120-60), que deu 4 ord fem cavaleiros, sacerdotes € ii usavai casa uma capa negra c cruz branca, Na cos reduz a sua iandade, fundada por alguns comerciantes de Luebeck e de Bremen e pelo duque Frederico da Sud~ bia. Defronte a Sao Joo d'Acre lev: tar (1190); oito anos depois, principes e prelados, que se achavam na Tetra Santa, deram a0 hospital uma re- BF, que, quanto 20 servigo dos enfermos, seguia a regra dos joanitas, quanto ao regime dos clérigos, cavaleiros & mos servent jod0, © Instituto se convert ‘Se 08 seus mem= bros de cavaleiros teutOnicos on marianos (1198), Traja~ § 99. As ordens militares vam uma capa branca com uma cruz preta. A ord Jogo aprovada pelo papa Clemente Ill. 425, Tendo, sob 9 governo de seu excelente grdo- mestre Germano de Selza (1210-39), empreendide a con quists © a conversio da Prissia pag (1230), mudaram a sua residéncia principal, depois da queda de Accon, para mais tarde, para Marienburgo (1309), rargens do Nogat. A fundagdo das cidades de Thorn, ., Koenigsberg e outras € também obra destes cava~ Ieiros. Em 1237, reuniram-se com a ordem dos gladiferos. tiveram origem al- gumas ordens iporlancia nacional. So, em particular, ae ordens de Calatrava, de Alcantara, de San- fiago e de Evora ou ‘A ordem de Calatrava tercienses. Sanch Iatrava como encargo de a defender contra os mouros. Qs cavaleiros prestaram rclevantes servigos A Espanha € wendas e grandes riquezas, Mas intara foi fundada em 1156, com 1, @ aprovada pelo papa Al ie adotou © nome de ordem de Aleantara, 428. Amis célebri nha foi a de Santiago, fundada em 116: prestar assisténcia aos’ pobres, de defender os per e de fazer 0s. Em 1476, 0 grio-mestrado asso 2 coroa real. Ao que parece, separaram-se desta ‘ordem, pelo fim do século XIII, os cavaleiros portugueses, sendo expedida a bula da separayio definitiva por Jo% XXI 429. No reinado de Dom Afons se alguns fidalgos portugueses, talvez membros da de Calatrava, para combater os mouros de Portug: tabeleceram-se em Bvora e chamaram-se, por isso, freizes 192 IM gpocas A Alta Idade Média de Evora. Dom Afonso I Ihes deu Aviz no Alentejo (1211), e desde entio tomaram o nome de ordem de Aviz 1550, passou também o seu grdo-mestrado coroa real 430. Ja antes de todas estas ordens, se estabeleceram em Portuigal os templarios. D. Teresa terras entre Coimbra e Leiria (1128), ai Is decénios depois, edificaram um grande jargens do rio Tomar, que seria a cabeca rdem em Portugal. Suprimida ‘a ordem, no. reinado Yom Diniz, foi substituida pela ordem de Cristo ternos, foram, dicantes dos franciscanos e ‘dos d cavalaria purameni 1 e que, ti neira mais admiravel a W318). A rapida dif apesar deo 4. io do Lato (1215) ter proibido a fundag#o de no- vas orden, 6 a prova mais evidente de que correspon imente a0 es es is herdiea do que ria, desempenhiou da ia~ | das misses” (Alzog io dos perigos da Igreja, ameacada apesar de seus triunfos, num tempo em que grande parte do clero secular se ocupava, por demais, das coisas do mundo, en- ianto que 0 povo desejava com ardor pastores animados pelo espirito apost6lico, numa época em que a heresia se levantava ameagadora na sociedade ocidental, as ordens mendicantes foram chamadas pela Providéncia’ divina para § 100, As duss grandes Ordens Mendicantes 193) ago de Jesus Cristo, em intima se dedica- reavivar 0 ideal da i unio com a lgreja, Com 0 m: ionar, de certo modo, 0 problema. social. 432. Aos fins que visavam as ordens mendicantes cor- a sua constituigio centralistica, Minister ou Magister generalis, divi governadas por Ministros ou Priores que se re~ a tempo, no capitulo geral. A este com- ivo, Pela completa reniincia & proprie- introduziram uma notvel ino- te ma carida- is, ads quals procusavam servir pelas misses € isrio pastoral, Por isso, no se estabeleciam, co- $ ordens mondsticas, em lugares retirados das cida- faziam como elas 0 voto de estabilidade. 433. Ouira sio as ordens terceiras, que, na sua fo ‘a sua origem a S. Francisco de Ass dar ocasiio aos casados de part No entanto, desde fins do sécuto ambos os sexos adotaram a regra terceira, formando as igregaches regulares. articularidade das ordens mendicantes 12 perfeita, red 434, A. primeira e a mais import dens foi_a dos frades menores ow francisca por S, Francisco de Assis. Foi nesta. pe Umbria, situada pitorescamente numa sal ‘undador nasceu, em fins de 1181 ou de 1182, Sou pai era Pedro Bernard nerciante de fazendas. Pica, sua provengal dos Bourlemont (2). No batismo nome de Joao Batista. Assim ddosa mée. Mas 0 pai, de volta duma viagem Franca, deu-lhe 0 nome de Francisco, por S. Boaventura, do quis um Batista vest camelo, mas sim um habil francesiaho. Tendo passado a sua mocidade no meio de todos os prazeres que a riqueza de seu pai e a nobreza da sua alma Inocente Ihe permitiam, aspirava a ser admitido na alta ca Compendio Ir — 38 104 I época: A Alta Idade Média valaria e sonltava com feitos herdicos e com grandezas e glrias umanas, Mas doengas ¢ angistias espirituais 9 arrancaram 4 vida mundana. “Convertido”, pelo ano de 1206, comegou a levar uma vida de oracao 'e de peniténci 08 PO bres eos leprosos finadas de Assis, O a, deser- Assis ‘sua pai mm pertencer a uma congregacio de se tornou cavaleiro de Cri do, 208 24 ro de 1208 A santa missa na capela de Santa Maria ficou convenci Jesus © 08 apéstotos iia penitencia. 0 ere 436, se tr isformou n breve, se Ihe associaram os pri ico comerciante Bernardo de Quinta céirego © doutor em direito. Outros os segui ram, Todos trajavam a veste dos mava de frades menores, di we no chegow até nds, Inocéncio HI a aprovow oral em 1209 ou 1219, © concedeu a Francisco e a seus tiga tradi 437. Crescendo, de dia para di com panheiros, Francisco os enviou, d regides, Ele me (1212). Mas um vento contrario Francisco cain grav Na primavera seguinte, pos-se a cat fe de Marrocos. Mas, chegando & Espanha, uma nov, a nfo the permitiu continuar a viagem. Teve de vol ale Fo provivelmente no conciia do de 1215, que 0 s encontrou, pela primeira ves, com 8. Dorgos, fatdsdor da oF. Gem dos pregadores A ataaale dos Uois santos’ passou 208 seus § 100, As duas grandes Ordens Mendicantes 195 Shige nntae aids noeton" das falecen 0 papa ucedeu, Frane cisco, que acabava de obter de Deus a indulgencia da Por~ ciiincula, fo) pedir a novo papa a sua aprovacio, © 0 ha concedeu, em Julho de 1216. Verdade & que os a sua ordem em pro= firmios a diversos paises. Escolhew sampo de atividade. Mas S6 em 1219 conse missGes, ¢ A frente de doze Siria e do Egit, iio, que ele 440. O movimento franciscano tomava, entretanto, la vez maiores proporgdes. Em 1212 teve origem a segunda ordem de S. Francisco, junto 4 capela de S. Dae o. $. Clara, ia dos § de Assis, movida pela pregacdo do santo, seguiu-the © exem= 8 escondidas, do mundo e reek oso das mos de Francisco. Depois de 16 dias, se The -associow 's (AF III 173), e, mais tarde, outra inma Beatriz e a propria mie Ortolana minae de 8. Da que presereveu, em poneas palavr Evangelho. Clara presidia

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