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0 objeto de estudo da Quimica pode variar desde o dtomo até ao Universo. Por esse motivo, 6 conve- niente identificar a da dimensao do objeto em estudo. A ordem de grandeza corresponde a poténcia de base dez mais préxima de um nimero escrito em notacao cientifica As ordens de grandeza das estruturas da Natureza podem ser to variadas que, para simplificar, usam-se frequentemente miitiplos e submiltiplos: giga:1Gu=10'u ecto: 1 hu=10"u mega:1Mu=10°u deca: 1dau=10'u mili: 1 mu=10? u quilo: 1ku=10'u deci: 1du=10'u micro: 1u=10"°u ‘representa qualquer unidade como m (metro), s (segundo), g (grama), ete ‘Altura média de um ser humano 47m Bactéria comum 7um aio médio da Terra e371 km 6371 x 10° m 107 Diametro do Sot 1396m 139% 10" m 10 ee ‘ssa mao s0s Aomos Asdimensdes i escala at6mica sfo tio reduzidas que usual a utilizacio de outros submiitiplos como: nan6metro: 1nm=1x10-’m —angstrém:1A=1%10-"'m _ picémetro: 1 pm=1x 10m. ome Ordem de grandeza dos raios das particulas ~ eseala atémica. Nanotecnologia A nanotecnologia ¢ a érea da Quimica que se dedica ao estudo da manipulagio da matéria & escala at6mica e molecular e permite o desenvolvimento de aplicagées “alucinantes”. ff assim chamada porque os seus objetos de estudo sao normalmente medidos em nanémetros. Constituigao do étomo 0 tomo € constituido por uma zona central, o mticleo (de dimensdes reduzidas, cerca de 10° vezes ‘menor que o &tomo, mas onde est concentrada praticamente toda a massa do tomo) e pela nuvem. eletronica. Wo nico Woclzanse os | > pote de ca post € Saasicl torte om Issa apinaanerte inate saaieteabene Sed trate aa ponents lostora bere "Na nuvem eletrnica localizam-se 0s eletrdes de carga negativa com tuma massa cerca de 2x 10? vezes inferior dos proties e dos neutrdes. ‘eutréo (n°) 0 1,086 Nacleo 0 tomo € eletricamente neutro porque tem um néimero igual de protdes e de eletrdes, Os dtomos séo considerados as unidades base de toda a matéria. Cada tomo tem caracteristicas proprias, correspondendo-Ihe um elemento quiimico. O hidrogénio, o carbono, o ferro € 0 oxigénio sio exemplos de elementos quimicos. Cada elemento quimico tem um niimero atémico tinico, que permite a sua identificacao e cada étomo de um elemento quimico pode representar-se simbolicamente por: comets [A nomics |& ‘Loves uiaeas Esu ORANG © nimero atémico (2) define a identidade de um elemento, ou seja, o ntimero de protoes existentes no micleo dos seus étomos, © nfimero de massa (A) é um nimero inteiro sem unidades, igual ao nfimero total de particulas do niicleo. ‘Atomo de iti, fists iii care ed Namero atémico (Z)=n.° de protdes _Namero de massa (A = n.° de protées + n.° de neutroes 0 que séo is6topos? Is6topos s2o étomos do mesmo elemento quimico que apresentam, 0 mesmo nimero atémico, mas diferem no niimero de massa, ou seja, no ntimero de neutrées. Os isétopos de um elemento tém as mesmas propriedades quimicas mas propriedades nucleares distintas. O hidrogénio tem trés isétopos com nimeros de massa 1, 2e 3 (contendo 0, 1 2 neutrdes, respetivamente) designados protio, deutério etrtio, a) iH iH iH Massa isot6pica relativa e massa at6mica relativa média ‘A massa do dtomo ¢ tao pequena que é impossivel determiné-la diretamente. A alternativa é calcular ovalor relativo das massas dos varios elementos, tomando a massa de um deles, ou uma sua fracao, como termo de comparaciio, ‘A massa atomica relativa (A,) 6, entdo, definida como sendo o niimero de vezes que a massa de um tomo é maior do que um valor de referéncia usado como padrio, sendo, por isso, uma grandeza adimensional. O valor de referéncia es da massa do étomo do isétopo carbono-12. A massa isot6pica relativa é a massa at6mica relativa de um is6topo de um dado elemento. Define-se como o ntimero de vezes que a massa atémica do is6topo desse elemento é maior do que o valor pad. massac nao 005 ua ‘A massa atémica relativa média de um elemento corresponde a média ponderada das massas isot6: picas dos varios isétopos de um elemento quimico que se encontram na Natureza. Determinagto da massa at6mica reativa média do cor, D 37 Cé — i#7°* me as AlCl) = 34.97 x 0,758 + 36,97 x 0,24: + A(Ct) = 35:45 significa que a massa do cloro é, em média, 35,45 vezes superior & massa de atémica do is6topo carbono-12, + O valor obtido nao é um namero inteiro, pois resulta de uma média ponderada, + O resultado é mais préximo da massa atémica relativa do is6topo mais abundante, pois tem maior peso na média do que a do is6topo menos abundante. } + A massa atomica relativa média de um elemento pode ser consultada na Tabela Peri6dica | | COU a) Quantidade de matéria A dimensio do étomo ¢ tio reduzida que é impensével contar o ntimero de itomos de uma porcio de matéria, por mais pequena que seja. A mole (cujo simbolo é mol) é a unidade de quantidade de matéria (n), uma grandeza base do SI, que corresponde & porcio de matéria de um sistema que contém um niimero de entidades igual a0 néimero de étomos de carbono existentes em 0,012 kg de carbono-12. | Atualmente, a constante de Avogadro (N,) é uma constante fisica fundamental, que corresponde ao niimero de entidades (itomos, moléculas, ides, eletrdes, fotdes, etc.) existentes numa mole da enti y dade considerada e tem 0 valor de 6,02 x 10” mol” © ndimero de particulas (N) existente numa pequena porcio de matéria ¢ diretamente proporcional & quantidade de matéria (n), sendo a constante de proporcionalidade a constante de Avogadro (N,). N=nNy A formula quimica de um composto indica simultaneamente quais os elementos que formam o composto e quais as suas quantidades relativas, permitindo estabelecer uma relagio, entre a quanti- dade de moléculas e a quantidade de dtomos de cada elemento que constitui a molécula, ‘mole de moléculas deGH,0, — x 6,02 10” moléculas de (,H,0, | | Cc, He O; | Cc; Hs O; ‘3moles de dtomos 8 molesde étomos 3 moles de dtomos 18,1 10” étomos 48,2 10” atomas 18,1 x 10” dtomos decarbono—dehidrogénio—"dexigénio decaroono——dehidrogénio "de oxigenio -tewees qucos Esta oncANEAGAO Massa molar ‘A massa molar (M) é a massa de uma mole de entidades. Exprime-se geralmente em g mol‘ ¢ € ‘numericamente igual & massa at6mica relativa média dos elementos ou a massa molecular relativa ‘média das moléculas quando as substincias se identificam com um elemento ou um composto molecular, respetivamente. A(H) = 1,01, logo M(H) = 1,01 g mor" M,(H,) = 2,02, logo M(H,) = 2,02 g mol! M{H,O) = 2.x A,(H) + A,(O) = 18,02, logo, M(H,0) = 18,02 g mol * ‘A massa (m) de uma porgao de matéria de uma dada substincia é diretamente proporcional a quan- tidade de matéria (n) presente, sendo a constante de proporcionalidade a massa molar (M) da subs- ‘téncia em causa. omsnM Fracao molar e fragdo massica ‘As proporgies relativas dos varios elementos quimicos presentes num composto (composicao quan- titativa) podem ser expressas Fracio molar (x) a razo entre a quantidade de matéria de um constituinte e a quantidade de matéria total de todos os constituintes. & uma grandeza adi- mensional. Fragdo missica (w) £ a razao entre a massa de um constituinte e a massa total de todos os constituintes. E uma_ grandeza adimensional. Multiplicando a razio das massas por 100 obtém-se a percentagem massica. ae ‘A soma das fragdes molares ou das fragdes massicas dos varios constituintes é sempre igual a1. {A fragio massica e a fragdo molar relacionam-se pela expressio: mT MOAN OTA Mc NIrzNe | 2 ENERGIA DOS ELETROES NOS ATOMOS fisico inglés Isaac Newton foi o primeiro cientista a perceber que a luz branca se desdobra numa sequencia de cores idéntica & do arco-iris, ao atravessar um prisma de vidro. © conjunto formado pela sucessao c tuio tinua das varias radiagBes coradas obtidas pela decomposicao da luz branca consti A luz branca, ou luz visivel, é um caso particular de radiagao eletromagnética que é diretamente acessivel & nossa visio. No entanto, corresponde apenas a um pequeno intervalo do que representa 0 conjunto de todas as possiveis radiacdes eletromagnéticas ordenadas pelas suas energias (comprimentos de onda ou frequéncias). Espetro visvel Ondas radio Tire fed wee Ween ees oes * e ‘2 a, A frequéncia (f) corresponde ao ntimero de ciclos completos realizados pela onda em cada segundo. A luz ou a radiagao eletromagnética é considerada uma corrente de fotbes, sendo a energia de cada fotio diretamente proporcional a frequéncia dessa luz. Os raios gama (y), 08 raios X e a radiagio ultravioleta sao radiagbes eletromagnéticas de frequéncia clevada (comprimento de onda baixo), pelo que apresentam valores elevados de energia. As ondas de rédio, as micro-ondas ¢ a radiacao infravermelha s3o radiagGes eletromagnéticas de frequéncia baixa (comprimento de onda elevado), pelo que apresentam valores baixos de energia. Das radiagdes eletromagnéticas visiveis, as mais energéticas situam-se na regio do azul/violeta e as menos energéticas na zona do vermelho/laranja, vs quien eeu oRcaNzAGO Espetros de emissio e de absorcao O espetro visivel da luz branca corresponde a um espetro de emissdo continuo — espetro cujas radia oes tém valores de energia que variam progressivamente e sem interrupgio entre as radiagdes limite do espetro, constituindo uma gama variada e continua de radiacoes. Espetro de emissio continuo no visivel. espetro da radiagio emitida por uma substancia pode ser continuo ou descontinuo. Por exemplo, as substincias incandescentes produzem espetros de emissio continuos, a0 passo que 0s gases no- bres (como o hélio, o néon e o argon) originam espetros de emissao de riscas (descontinuos). Espetro de emissio descontinuo Espetro de fundo negro onde se sobrepdem riscas, que podem ser coradas se as radiagBes emitidas pertencerem a regio do visivel Exemplo: espetro de emissio do hétio. Espetro de absorgio descontinuo ; Espetro de fundo corado ao qual se sobrepdem riscas escuras, que correspondem as radiagdes que foram absorvidas spetro de absorcao do hétio. Cada elemento quimico possui o seu proprio padrao de riscas espetrais, que funciona como uma espécie de “impressao digital” do elemento. + Os espetros de absorcio e de emissdo de um mesmo elemento quimico so complementares — ve rifica-se que as riscas brilhantes do primeiro surgem exatamente para 0s mesmos valores de ener gia que as riscas escuras do segundo. .2 INTERPRETACAO DO ESPETI Dea ca) Modelo de Bohr e a quantizacao da energia > A radiacio emitida pelo hidrogénio at6mico origina um espetro descontinuo, que apresenta, na regito do visfvel, quatro linhas ou riscas bern definidas. 409u33, Nav O fisico dinamarqués Niels Bohr propés, pela primeira vez, uma interpretagio do espetro do tomo de hidrogénio, usando-o para explicar a estrutura interna dos dtomos. ei Estee ieee excitados | 5,45 x 1079 Estado fundamental { ~2,18 20° Modelo atémico de Boh. ‘Valores permitidos para aenergia do Sgalmmedn ae ‘eletréo do stomo de hidrogénio. +0 eletrio 6 pode ser encontrado em determinadas 6rbitas, ou seja, movimenta-se em torno do niicleo, descrevendo érbitas fixas. + Accada uma dessas érbitas esté associado um determinado valor de energia. Diz-se, por isso, que a energia dos eletrdes & quantizada. + Por convencao, um eletrao livre é um eletrao infinitamente afastado do niicleo, com energia igual a zero. Como consequéncia, a energia do eletrio no tomo € negativa, dado que 0 eletrao é mais estivel quando esti sob a acao das forcas do niicleo. + Aenergia dos niveis energéticos que o eletrao pode ocupar vai aumentando i medida que o ele- trdo se afasta do niicleo, sendo, no entanto, cada vez menor a diferenca de energia entre dois ni veis consecutivos, +0 nivel eletrénico de mais baixa energia (n = 1) & designado por estado fundamental e é o mais estivel. A todos os outros dé-se 0 nome de estados excitados, pois tém uma energia superior & do estado fundamental. + Enquanto o eletrao permanece (em movimento) numa determinada 6rbita, nfo absorve nem emite energia, + No caso de absorver ou emitit uma quantidade discreta de energia, o eletrao pode passar de uma “orbita para outra. A energia do elett0 no tomo é quantizada eas transicbes de cletrOes entre niveis, 86 se dio por absorgio ou emissao de energias bem definidas, assim: n=3 test at>0 = \ AE= Ey E, iecetices =x ' AE=E,,-E, Em qualquer dos casos, E,,4 = |AE], As riscas observadas no espetro de emissao do atomo de hidrogénio correspondem, enti, as radia- s0es emitidas quando 0 eletrao transita de um nivel para outro de menor energia. sens quincas su oGoANzAGhO Séries espetrais do atomo de hidrogénio Uma série espetral 6 um conjunto de riscas resultantes das transicées do eletrao de diferentes esta dos eletrénicos excitados para o mesmo estado final, excitado ou nao. Séries espetrais do atomo de hidrogénio: + série de Lyman ~ transigdes eletrénicas de n > 2 para n= 1 correspondentes & emissio de radiacio ultravioleta + série de Balmer — transigdes eletrOnicas de n> 3 para n = 2 correspondentes a emissio de radiacio no ultravioleta (fraca intensidade) e no visivel. + séries de Paschen, Brackett e Pfuund — correspondem & emissio de radiagao infravermelha e refe rem-se as transi¢des eletrénicas de niveis superiores para os niveis 3, 4 e 5, respetivamente. 8,72 10% JO} | 136x107 Tt ttt = 22x 1094/-H : . | =s5x1079)/_| | | } || ii al {) | L 218104) — | 2.18% 108) = =i 100% t Para as transigdes entre os mesmios niveis de energia, a energia da radiagZo emitida ¢ igual & energia da radiagao absorvida. rating emits ny» ny = Eran auorvia my—> ny A espetroscopia de absorcao atémica (EAA) é uma técnica de anilise quimica que faz uso da absor- ‘io de radiago por étomos livres no estado gasoso para proceder & determinacio qualitativa e quan- titativa de um grande niimero de elementos quimicos (por exemplo, identificagio de elementos, ’ quimicos nas estrelas ou determinagdo de quantidades vestigiais em quimica forense). } Sao CM a Ueno Acestrutura eletrénica dos étomos com mais de um eletrao é bem mais complexa que a do dtomo de hidrogénio, devido as interagdes que surgem entre os varios eletrdes e entre estes ¢ 0 nticleo. ‘A energia dos eletrdes nos atomos inclui o efeito das atracées entre os eletrdes e 0 nticleo (por as ‘suas cargas serem de sinais contrarios) e das repulsdes entre os eletrdes (por as suas cargas serem do mesmo sinal). Protoes Protees ——_Prottes eles eletrdes Atetbes forca de Forcade Forgade Ces => oO Cerise Oo es > O Cargas do mesmo sina repelem-see cargas de sinais contréros atraem-se. O efeito destas atragdes e repulsdes influencia a energia do eletrdo no atomo, o que leva a que os eletrdes se distribuam por niveis de energia distintos em dtomos de diferentes elementos, confe- ; indo ao étomo de um elemento uma estrutura eletrénica tinica. I 21a 0s ces Ne res Para se conhecer a energia de cada eletrao num dtomo recorre-se & técnica de espetroscopia fotoele- tL {trénica, que permite calcular os valores das energias de remocao dos diferentes eletrdes — valor nimo de energia necessirio para provocar a eje¢ao de qualquer um dos eletrdes do étomo e que é simétrica da energia do eletrao no atomo. @ oes. Quanto menor é o valor da energia de remogao, maior é o valor da energia do eletrao no tomo, 0 que indica que ele pertence a um nivel de energia superior, isto é, mais afastado do niicleo. Ao invés, (0s eletrées mais internos apresentam maiores valores de energia de remocao. Eom o-X 1083) =1,40 4 -245 396 ee end Que informacdes se podem obter a partir de espetros fotoeletrénicos? | Os espetros fotoeletrénicos obtidos por espetroscopia fotoeletronica permite determinar as ener- gias relativas dos subniveis eletrénicos ocupados, assim como os mimeros relativos de eletrées em cada subnivel, por anilise dos picos: + a posicdo indica os valores da energia de remogiio eletrénica; + aaltura é proporcional ao néimero de eletrdes em cada nivel ou subnivel de energia. ai iH ET ow 2 5 5 12s to 75 5 25 0 | gatsdeenenia Energia de remoclo / ML mot Sates + Observam-se dois picos (que correspondem a dois valores diferentes de energia de remogao), logo, os trés letrdes do litio, no estado fundamental dstribuem-se por dois niveis de energia (01. pico corresponde a0 1° nivel de energia e 0 2.° pico 20 2.” nivel de energia). + Como a altura do pico corresponde ao ntimero relativo de eletrdes em cada nivel de energia é também. possivel concluir que o primeiro nivel de energia comporta mais eletrdes — dois eletres — que o nivel de cenergia seguinte que comporta um eletra. uns gumcos sn one ee “Flemento y a ie eletries 5 y ays 8 sb ef sf Energia de remocao / MJ mot Steuer eee rte, + Observam-se trés picos (correspondentes a trés valores de energia de remogdo). A diferenca de energia € ‘muito maior do primeito pico para o segundo do que do segundo pico para 0 terceiro, o que pressupde a cexisténcia de dois niveis de energia com o 2° nivel desdobrado em dois subniveis + Como os dois primeiros picos tém uma altura igual enquanto o itimo pico tem cerca de metade da altura dos anteriores, conclui-se que os cinco eletrdes do boro se distribuem da seguinte forma: dois eletrdes de- ver ocupar 0 1.° nivel de energia; outros dois eletrBes devem ocupar o subnivel de menor energia do 2.° nivel e um eletrdo deve ocupar o submivel de maior energia do 2° nivel Dados de espetroscopia fotoeletrénica para os elementos quimicos de niimero atém Benn bic A ll EOF a 131 237 626 115 193 286 336 526 67.2 84,0 106 131 052 090 136 1,72 245 312 388 4,68 6,84 9,40 080 1,09 140 131 168 2,08 367 5,50 42 pico 050 0,70 A anélise dos espetros fotoeletrénicos dos diferentes elementos permite concluir que: excegao do hidrogénio, € sempre ocupado com dois eletrBes; + no segundo nivel de energia podem existt, no méximo, oito eletrdes, distribuidos por dois subniveis, em que o primeiro pode comportar dois eletrées e o segundo subnivel seis; + étomos de elementos quimicos diferentes apresentam valores diferentes para a energia dos eletroes no mesmo subnivel de energia: a energia de um subnivel é tanto menor quanto maior for a carga nuclear pois maior é a intensidade da forga atrativa exercida pelo niicleo, sendo maior o valor da ener. gia de remogaio eletrénica dos eletrdes que ocupam esse subnivel; + 0 primeiro nivel de energia, + considerando que um nivel que nao se encontre desdobrado em subniveis contém um tinico subni- vel, entao o mtimero de subniveis de energia total ou parcialmente preenchidos num étomo coincide ‘com 0 ntimero de valores de energias de remogao eletrénica para esse tomo, Orbitais e niveis de energia Apesar de o modelo de Bohr explicar satisfatoriamente 0 te I aiicade espetro do étomo de hidrogénio, com base na quantifica- | DB fo da energia eletrénica, nao permitia interpretar os da- dos obtidos para os outros cerca de noventa elementos © modelo atualmente aceite para o tomo é 0 modelo quintico, 2 Eencn os ees as OS De acordo com o modelo quintico, a nuvem eletrénica representa a distribuigdo da densidade dos letrdes a volta do nticleo atémico, correspondendo as regides mais densas a maior probabilidade de af encontrar eletrdes. Verifica-se que hi uma elevada probabilidade de o eletrao se encontrar perto do nicleo. A orbital atomica é a fungio de onda que representa a distribuigio no espaco de um eletrao no modelo quintico do étomo. z z uw 4, ‘ A 1 Ps | |. | As orbitais s, As orbitais p (p,, p, ¢ p,), trés por nivel de AS orbitals d (dy, dr der dep @ luma por nivel _energia, apresentam dois lobulos simétricos, d.), cinco por nivel de energia, de energia, tendo o niéicleo como centro. apresentam uma forma mais apresentam complexa. simetra esférca, 0 tamanho das orbitais s, p e d aumenta com 0 aumento do nivel de energia preenchido. Spin elétrénico O spin eletrénico ¢ uma propriedade quantizada do eletrao, além da sua massa ¢ carga, que permite dois estados diferentes. Esta relacionado com os dois movimentos de rotacdo eletronicos possiveis, ‘um no sentido dos ponteiros do relégio e outro no sentido contrario ao dos ponteiros do relégio. s N N s Movimento de rotacio eletrénica (spin). Como estabelecer as configuracées eletronicas dos étomos? b Para se obter a configurasao eletrénica do estado fiundamental dos dtomos deve aplicar-se: +0 Principio de Exclusio de Pauli, de acordo com o qual cada orbital s6 pode ser ocupada, no maximo, por dois eletrdes, emparelhados, isto é, com spins opostos. Em dtomos polieletronicos todas as orbitais de um mesmo subnivel np, ou nd, tém exatamente a ‘mesma energia ¢ sto designadas orbitais degeneradas. Por exemplo, o conjunto das trés orbitals p, em cada nivel de energia, que comportam no maximo seis eletrdes com um tinico valor de energia de remogio, tém igual energia. xe uicos su onan + O Principio de Construcio ou de Aufbau, segundo o qual os eletrées se distribuem pelas orbitais por ordem crescente de energia ml gets me pal sae, n=3 a 0 3p ad me ewes ae mes Is apd me ol mr ag - agCa~ 15? 2s? 2p® 3s? 3p 45" + A Regra de Hund ~ a distribuicdo mais favoravel dos eletrdes por orbitais degeneradas 6 aquela que conduz & obtencio do ntimero maximo de spins paralelos. Distribuigio eletrénica mais favoravel paraodtomo = «t FU aa de carbono is 2s” 2p 1s 25 2p © carbono possui quatro eletrdes de valencia — eletrdes do tiltimo nivel de energia A distribuigdo dos eletroes pelas orbitais atémicas pode ser apresentada de diversas formas: Escrta das orbitas realizada por ordem crescente de energia e o ndimero Mg ~ 1s" 2s* apt 33° de eltrbes, em cada subnivel figura como expoente. Representacéo abreviada ou concisa, em que o ceme do atomo é Mg — (We) 35° representado pelo gis nobre imediatamente anterior, entre paréntesis retos, evidenciando-se depois 0s eletrdes mais externos que determina as suas propriedades. Representagdo das omitais como caixas ¢ os eletrSes que as ocupam ‘como setas orientadas para cima ou para baixo. Os sentidos opostos das M9 EOE GOED setas traduzem o facto de os eletrdes de uma orbital possuirem. As 2s, diferentes estados de spin. Nam diagrama de energias das omits, com a vantagem de se poder visualizar a diferenca de energia que existe entre os dversosniveis © subniveis eletrnicos para o tomo em causa. Energia TABELA PERIODICA A Tabela Periédica é um esquema de organizacao de informacao sobre os elementos quimicos e as respetivas substincias elementates. A sua elaboragio teve o contributo de varios cientistas. Lavoisier agrupou as CChancourtots organizou os elementos | | Mendeleev organizou uma tabela onde substancias entéo or ordem crescente de massas atimicas, || colocou os elementos por ordem conhecidas em quatro colocando-os sobre uma linha helicoidal, || crescente do nimero de massa (reqra Categorias: gases, nao onde se observava uma certa Pontualmente desrespeitada), onde os metas, metais e elementos || periodicidade dos elementos que ficavam_|| elementos com propriedades semelhantes, terosos. Aispostos na mesma coluna ~ se localizavam na mesma coluna ros oy peor coe ry Newlands Coen Dabereiner organizou os Newlands organizou os Com Moseley, a Lei Periédica elementos em conjuntos de tés || elementos numa tabela passou a referr que, quando os ‘com propriedades semelhantes e || obedecendo a uma sequéncia de elementos so agrupados por por ordem crescente de massas || ordem crescente de massas fordem crescente de nimero atbmicas — atmicas, tendo verificado que as atémico (2), se observa a propriedades se repetiam a cada repetio periodica de varias ito elementos, ficando todos ropriedades. ui Be localizados na mesma coluna wa7) \w=9) (nea, Memo. S£-. 5G. | |p altima grande modificagdo da Tabela we Wom ae ee ie | | Periédica comecou com o trabalho do ies) a@ a mmwam re || quimico norte-americano Glenn Seaborg ‘ct v/s ste 1 || eenvolveua descoberta dos elementos mv com ndmero atémico superior a 92. a LES quien ESUADEELNZAGAD SS Merete ORCL ae was iE t Como est organizada a Tabela Periédica? Na Tabela Periédica atual, os elementos encontram-se dispostos por ordem crescente de nimero atémiico, a0 longo de 7 periodos ¢ 18 grupos. Os elementos da Tabela Periédica so também divididos por uma linha quebrada, de acordo com as suas propriedades fisicas, em metais, ndo metais semimetais, conforme se encontram, respetiva- mente, a esquerda, &direita ou junto a essa linha Eleme lLantanideos* | le Jactinideos** Metals BNSo metals HllSemimetais mllGases nobres Os elementos da Tabela Periédica podem ainda ser agrupados em quatro blocos, sp, def; de acordo ‘com o tipo de orbital que se encontra em preenchimento. Os elementos dos blocos s e p, depois de retirado 0 grupo dos gases nobres, so designados elemen- tos representativos; os elementos do bloco d sao os elementos de transicio e os do bloco f'sto os cle- ‘mentos de transigao interna. Tabela Periédica e configuragao eletrénica dos elementos ‘A posicdo dos elementos na Tabela Periédica esti relacionada com a sua configura¢ao eletrénica + 0 petiodo coincide com o niimero do maior nivel de energia preenchido ou em preenchimento; + 0 grupo, para os elementos representativos € gases nobres é igual ao ntimero de eletrBes de valén- cia (exceto nos grupos 13 a 18, em que se deve somar 10 para obter o grupo). O sédio, com configuragio eletrénica 1,Na: 1s? 2s? 2p" 3s* ) Pertence ao 3.*peroda, pois 0 maior nivel de energia€ 3~ Pertence a grupo 1, pois poss ele de valéncia A Tabela Periédica constitui um instrumento de trabalho dos quimicos, fonte de variada informacao, ‘onde se incluem as propriedades dos elementos, como 0 raio atémico e a energia de ionizacio, ¢ as propriedades das suas substancias elementares, como o estado fisico, a densidade ou 0 ponto de fusio e de ebulicao. ‘As substancias elementares associadas a elementos de um mesmo grupo tém propriedades quimicas muito semelhantes, uma vez que estas propriedades estao relacionadas com os eletrdes de valéncia aca rensocs SRR eC aaa ca RAIO ATOMICO ENERGIA DE IONIZACAO B a energia minima necesséria para remover um eletrio de um étomo neutro isolado (meio ‘gasoso ¢ baixa pressdo) no estado fundamental, ara uma distancia tal que deixe de existir inte. racio eletrostitica entre o ido ¢ o eletrio. Os valores das energias de ionizacio so, mui- tas vezes, expressos em kJ mol”', 0 que corres- onde a energia necessdria para remover uma mole de eletrdes a uma mole de étomos seme- Ihantes. e Xig) +E Xe @2—e B03 8 + Ao longo do grupo prevalece o efeito do au- ‘mento do mimero de niveis de energia preen: chidos, estando os eletroes de valéncia cada vez mais afastados do nticleo. Assim, a0 longo do grupo, a medida que au- Menta 0 afastamento ao nticleo (aumenta 0 raio atémico) diminui a energia de ionizacao, pois é cada vez menot a energia necessaria Temogao dos eletrées de valéncia. + Ao longo do periodo, 0 néimero de niveis de energia €0 mesmo, pelo que prevalece, geral- mente, 0 efeito do aumento da carga nuclear. ‘A medida que aumenta a carga nuclear, au. menta a atracio ao nticleo (diminui o raio Apesar de haver um aumento do ntimero de | atémico) e, de uma maneira geral, aumenta 2 eletrées de valéncia, que se repelem entre si, | energia necesséria para remover os eletroes predomina o fator de atracao ao nticleo. | de valéncia, ou seja, aumenta a energia de ionizagio. Relacionando as duas Propriedades, pode concluir-se que, 4 medida que aumenta o raio atémico diminui a energa de onizago, Ea distancia média entre o centro do niicleo e (os eletrdes que se situam na camada mais afas- tada do préprio nécleo, + Ao longo do grupo, o raio atémico aumenta devido ao aumento do ntimero de niveis de cenergia preenchidos. Apesar de haver um au- mento da carga nuclear, predomina o fator afastamento devido ao aumento do niimero de niveis, pelo que os eletrées de valéncia se encontram cada vez. mais afastados do miicleo. + Ao longo do periodo, de uma maneira geral, 0 raio atémico diminui, pois, a medida que au- ‘menta a carga nuclear, aumenta a fora atra- tiva entre o niicleo e a nuvem eletrénica, ocor- i i i i i ; i i j i g i i | i i i i : ' i i i rendo uma contragio da nuvem eletronica, | i A qualquer étomo podem ser retirados, um a um, todos os seus eletrdes. As energias de ionizacao devem ser cada vez maiores pois, como diminui o némero de eletroes, as forcas repulsivas entre os ¢letrdes diminuem, prevalecendo as forcas atrativas exercidas pelo nticleo, que se tornam cada vez ‘mais significaivas. 5, <8, V=kn C © volume ocupado por uma amostra gasosa é diretamente proporcional & quantidade de ma- téria presente, sendo a constante de proporcio- nalidade o volume molar, para as condicoes de pressdo e temperatura em causa Esboco da variagio do volume de um gs em funclo da quantidade de matéria. Designase (Vj) de uma substincia 0 vo. lume ocupado por uma mole dessa substancia, em deter- condigoes de pressto e de temperatura, E 2 cl ae minadas condigdes de pressto e de temperat t aoa aug volume molar de qualquer substincia no estado gas em condigoes PTN (T= 273,15 Ke P= 101,325 kPa), & Vin gases(PTN) = 22,4 dm? mol ' i Tendo em conta a Lei de Avogadro e sabendo que o volume ocupado por uma mole de um gis é igual - 0 volume molar, obtém-se: V=n Vp Para as mesmas condigoes de pressio e de temperatura, em que o volume molar € constante, veri- fica-s: * quanto maior a massa de uma substincia, maior a quantidade de matéria presente e maior 0 volume ocupado; * para a mesma massa de substincias diferentes, quanto maior a massa molar da substincia, menor €o volume ocupado pela mesma. ‘A massa volimica (p) define-se como 0 quociente entre a massa e o volume de uma substincia a uma dada temperatura. No caso dos gases tem-se: Tye Pa ‘A.uma dada pressio ¢ temperatura, a massa voltimica de um gis é diretamente proporcional 3 sua ‘massa molar, sendo a constante de proporcionalidade o inverso do volume molar. _nM M WVq Poy Deas) Dibxido Argon Qual a composicao atual da atmosfera terrestre? de carbono, 7 A atmosfera é, maioritariamente, constitufda por nitro. “¢,@@"Bon0—— Outros gases sgénio (~ 78%) ¢ oxigénio (~ 2196), mas também contém, aed em muito menor percentagem e em quantidades varia veis, outros gases, como o diéxido de carbono, o argon © vapor de agua. rm, Pow = Voie Composigio média atual da atmosfera a0 ‘nivel do mar (vapor de gua nao incluido).. Poluentes atmosféricos A crescente atividade humana na indiistria, na agricultura ou na pecuiria, tem vindo a originaralte- ragdes na composicao da atmosfera e variagdes significativas na concentracao de muitos dos seus constituintes vestigiais. Os gases libertados em quantidades excessivas para a atmosfera provocam uma contamina¢ao pro- longada do ar, vulgarmente designada por poluicao atmoste Dependendo da sua origem, os poluentes atmosféricos podem ser classificados como: + poluentes naturais (quando provém de fenémenos naturais); * poluentes antropogénicos (quando resultam da atividade humana) 2 POMMEDAESEANSFORUGOES DNATA Os poluentes atmo dos, em: icos também podem ser classificados atendendo a forma como so produzi + poluentes primarios, quando so emitidos diretamente para a atmosfera; + poluentes secundarios, quando resultam de reagdes que ocorrem na atmosfera, envolvendo poluentes primérios. Entre as fontes de poluentes naturais encontram-se 0s ‘vuledes, os fogos florestais naturais ea propria biosfera, (decomposicdo de vegetais e de animais, libertacio de ‘compostos radiativos por macigos rachosos, como acon- tece com a lbertagéo de rédon, e tempestades de vento). 0 diéxido de enxofte ($0,) 6 um dos principais ‘componentes dos gases vulcanicos havendo ainda emis- so, em menor quantidade, de outros gases como 0 ‘monéxido de carbono (C0) € o sulfureto de hidrogénio GS), entre outros. Durante a decomposiclo anaerObia de matéria organica ‘ha também emissio de gases poluentes, nomeadamente, ‘ sulfureto de hidrogénio (H,S) e 0 metano (CH,). Solugées, dispersées coloidais e suspensdes antropogénicos ‘A queima de combustiveisfosseis,na produgio de energia elétrica, & a principal fonte antropogénica de poluen- ts, Ubertando éxidos de carbono (CO, e CO), de ensofre (80, ¢ $0,), de nitrogénio (NO,) e outras particulas em suspensio. As emissbes provenientes dos veiculos motorizados Uber- tam essencialmente mondxido de carbono (C0), didxido 4e carbono (C0,) e Gxidos de nitrogénio (NO,) formados em consequéncia da presenca de N, e 0, na cimara de combust. ‘As extensas plantardes de arroz, a criagio de gato e a atividade agricola em geral, sio as principals fontes poluentes de metano (CH,). ‘A-emissao de gases resultante da atividade industrial, nomeadamente, clorofluorocarbonetos (CFC) e di6xido de enxofre (S0,), séo outra fonte antropogénica de poluentes. ‘A-uma mistura de duas ou mais substincias dé-se o nome de dispersdo, em que uma delas € 0 dis: persante, no seio da qual se distribuem as outras, dispersas, As dispersdes podem classificarse como solugdes, coloides e suspensdes com base na ordem de grandeza da dimensio das particulas dispersas. 4—Solucoes—> <—— Dispersdes coloidais +» «—suspensdes —» ° lnm Lum Didmetro das (0?) (10%) parteules Particulas dispersas Particulas dispersas Partculas dispersas ‘com dimensbes, com dimensdes com dimensdes inferiores a 1 rm centre 1m e 1 pm superiors a yim O ar atmosférico é, fundamentalmente, uma mistura homogénea de gases, ou seja, é uma solucao gasosa. No entanto, sobretudo nas camadas mais baixas da atmosfera, o ar também contém outros tipos de dispersdes, nomeadamente dispersdes coloidais (como o nevoeiro) e suspensdes de matéria, particulada (como poeiras atmosféricas). 2 Ast Losresies SECO nee rm 0 que é uma solucio? Uma solusao é uma mistura homogénea em que as substancias dissolv a substancia na qual idas se designam por solutos stdo dissolvidos os solutos se designa por solvente. Osolvente €0 componente que apresenta 0 mesmo estado fisio da solusdo, Se houver mais do que lm componente nesse estado fisico, o solvente é 0 que existe em maior quantidade ou, se as quant dades forem iguais, € 0 componente mais voliti. Composicao quantitativa de uma solucso | D> Para caracterizar completamente uma solucdo nil é suficiente indicar quais so os seus constituin. tes (composicdo qualitativa). £ preciso conhecer, também, as quantidades relativas em que esses onstituintes estio presentes (composicdo quantitativa), ou seja, a sua concentraczo. Existem varias formas de exprimir a concentracio dos solutos numa solu SS G= Vv Bar Razio entre a quantidade de materia de um soluto e 0 solugéo, volume da slugs. Em geral, a concentracao massica exprime-se em g dm? ‘A concentragdo molar exprime-se, em geral, em mol dim? (ow gL’), embora a unidade no SI seja o kg/m. ou mol L', embora a unidade no SI seja mol m ee Substituindo, na expressio da concentrasio massa, a ‘massa de soluto pelo produto da respetiva quantidade Razdo entre a quantidade de matéria de um componente de matéria pela massa molar, obtém-se: a quantidade de matéria total da solucdo. E expresso apenas pelo seu valor numérico, sem ‘unidade, podendo variar entre 0 (a substancia nao existe na solucdo) e 1 (substancia pura), A soma das fragées molares de todos os componentes de uma mistura ¢ igual a 1. SS su) = Maa? se(n/m) = £ 0 volume desse soluto existente em cada 100 unidades _£ a massa desse soluto ‘que existe em cada 100 unidades de volume da solugao, ou seja, & igual a 100 vezes a razéo de massa da solucao, ou ‘Seja, 6 igual a 100 vezes a razio entre wolume de um solute owlume da solic. ete a massa de um solute ea nose da roles Dizer, por exemplo, que um vinho tem um teor Por exemplo, no soro fisiolagico existe 0,9% em massa alcodlico de 12,5% em volume, significa que existem de cloreto de sédio, o que significa que em 100 g de 12,5 ml de acoal(tanl) por cada 100 mde vnho, 200 existom 0.99 de coat de sli ee) x10 | ae om, = P10 Pom = A 10 £o volume de um soluto existente em cada 10" unida- massa de um soluto existenteem cada 10" unidades des de volume da soludo, ou seja, igual a 10° vezes ade massa da solugo, ou sea, € igual a 10" vezes a rardo ‘aaio entre 0 volume de um soluto e 0 volume da entre amasta de um solutoe a massa da solugio, solugao, Relagdo entre partes pormilhao em volume e percentagem em volume: pen, Relagio entre partes por milhdo em massa e percenta- gem em massa PPM (V/V) x 10° (m/m) x 10° Considerando uma concentracio de didi de carbono na atmosfera igual a 0.036% (V/V) € possivel exprimir essa concentragio em: a 08 Fp AIM = 10" 0.036 = 3.610" ppm + concentragio molar, nas condigdes PTN 10,0369 (V/V) para 0 CO, significa que em 100 dm’ de ar existem 0,036 dm’ de CO,. V=n V,; como V,, = 22,4 dm’ mol”' (condigdes PTN), entao: 61 10"? mol 1x10" Tap = 161% 10° mol dm? = 1,6%10-* mol dm? Como m=n M=1,61 x 10"? x44,01 =0,0709 g Results: C= 7 = 709 10° g den? = 7.1 x10°* gdm? (OMe 1,61 x 10° 44,01 =7,09 x 10°" gdm? = 7,1 10°" gdm? sae 96{m/m), sabendo que a densidade do ar € igual a 1,28 g dm”? 26lenjm) = F100 Considerando novamente como base de célculo 100 dm’ de ar: a= TE = m,=1,28x100= 128 g Entao: 96(m/m) =" a ~ % 100 = 0,0554%6 ~ 0.055% Diluigao de solugdes aquosas Numa solucio diluida o soluto é pouco abundante e a concentragao é baixa, enquanto numa solucio concentrada o soluto é muito abundante a concentracao é elevada. ‘Quando uma determinada solucio € dilufda, o seu volume aumenta e a sua concentracao diminui, ‘mas a quantidade de matéria do soluto permanece constante. Mant = it Como c= ve n=cV, entdo: M amt Vint = Gc Vast oat = Sas on ‘Ao quociente entre o volume de solucao diluida obtida (V;) ¢ 0 volume de soluco concentrada ut zada (V) chama-se fator de diluigao, que indica o namero de vezes que a concentracio final é menor que a concentragio inicial, ou seja: Ve Smtr BUTS CH OLIVES —l Uma €uma transformagao quimica que leva & formagio de novas substancias. Durante uma reacao quimica existe utura de ligagdes quimicas nos reagentes e formacao de novas ligagoes quimicas nos produtos. HH + HH ee ey i ‘7 Reagentes: Produtos da reacéo: Rutura de ligacoes Formacao de ligactes A rutura das ligagdes quimicas nos reagentes A formaciio das ligagdes quimicas dos produtos envolve absorgao de energia — provoca libertagio de energia MHHHoo f HHHHOO Energia fornecids H—H | ase tigacdes H—H — dosreagentes a potencial a potencial Ene Ener 2 POPMEDNESETRARSFORUAES A MATERA Reacdes quimicas endotérmicas e exotérmicas: variacao de entalpia ‘Como a energia potencial que resulta do rearranjo molecular numa reagdo quimica 6, de uma forma geral, totalmente convertida em energia térmica do sistema reacional, a variagao de energia que acompanha uma reagao quimica repercute-se numa variagao de energia térmica. Como tal, utilizam- -se 0s termos endotérmico e exotérmico para mencionar os processos de transformagao quimica que ‘ocorrem, respetivamente, com absorgao e libertaga0 de energia térmica. Esta variacio de energia pode ser quantificada através da troca de calor que se estabelece entre o sistema reacional e a vizi- rnhanga, em condigdes de pressao constante. A energia medida nestas condigdes tem a designagao de variagao de entalpia (AH) de uma reagao quimica. REAGAO ENDOTERMICA +A energia dos reagentes é inferior & energia dos produtos. +A energia envolvida na rutura das ligagdes quimicas dos reagentes € superior, em valor absoluto, & energia libertada na formagao das ligagdes quimicas dos produtos da reacao. § O sistema reacional exige um consumo de ‘energia para que a reacao ocorra, apresentando ‘uma variago de entalpia positiva. AH>0 ‘Atomos separados nersia a sbroncs Uberisde GHD Gryeo) Produtos Em sistemas isolados, e para uma reagao endo- térmica, parte da energia associada 8 agitacao das partfculas converte-se em energia que € ab- sorvida pela reacao quimica sob a forma de cenergia potencial, provocando a diminuicio da temperatura do sistema reacional eer cea Tsolado Diminui Bork ‘Nao se altera ‘Aberto e fechado Mantém-se REAGAO EXOTERMICA +A energia dos reagentes é superior a energia dos produtos. +A energia envolvida na rutura das ligagdes quimicas nos reagentes é menor, em valor. absoluto, do que a energia libertada na forma- fo das ligacdes quimicas nos produtos de reacio. ' Como resultado hé libertagao de energia do sistema, apresentando uma variagio de ental pia negativa AH<0 ‘Atomos separados absorvida HO) @hy<0) ae al Balanco i ee cee Ea ae rae Em sistemas isolados, ¢ para uma reagio exo- térmica, a energia libertada pela reagao leva a0 aumento da energia térmica do sistema reacio- nal e, consequentemente, provoca uma maior agitacao das particulas, 0 que se traduz num aumento da sua temperatura. = Peron Tolado poo! ‘Aumenta Energia total [Nao se altera Diminui, cede Abertoe fechado Mantém-se Em sistemas abertos e fechados como ha trocas de energia com o exterior, a energia libertada ou absorvida pelo sistema tende, respetivamente, a dissiparse na vizinhanga ou a ser recuperada da vizinhanga conduzindo, em ambos os casos, a uma temperatura equivalente a temperatura exterior, por isso, quer na reagdo exotérmica quer na reacdo endotérmica, a temperatura do sistema mantém-se. s reasrornugesqumeas D> _ Estimativa da variacdo de entalpia de uma reacao . AAs equagdes quimicas podem apresentar a variacao de entalpia da reagio em causa sendo, nesse «aso, designadas equacdes termoquimicas. Equagdo termoquimica da reagao de combustdo do hidrogénio ~ reacZo quimica exotérmica, apre- sentando variacao de entalpia negativa, 2H,(g) + Og) +2H,0() AH. S71,6 kj A variasto de entalpia da reasto ¢ de ~571,6 Kj, que significa que a alibertagio de 571,6 kJ de Gizwwia quando 2 moles de H,(g) reagem com 1 mole de O,(g) para formar 2 moles de H,O(t). Como a equacao quimica indica a combustio de 2 moles de H(g) ou a formacao de 2 moles de H,0(0) a variacao de entalpia pode também ser expressa por: AH =~ 285,8 k] mol! A variacao da entalpia de uma reacio quimica pode ser estimada pela diferenca da soma das ener Bas (entalpias) de ligagdo quebradas nos reagentes (Das) COM a soma das energias (entalpias) de ligagio formadas nos produtos (D,, AH=¥ Energia (entalpia) ligagio reagentes — E Energia (entalpia) ligagzo produitos BH=E Dyas = Psa ‘A combustio do etano pode ser traduzida pela equacio quimica: 2. CHi(g) +7 O,(g) + 4 CO,(g) + 6 H,O(g) Assim, a variacao de entalpia sera dada por: AH=2x Deg + 12x Dew +7 X Doo) (8X Doo) +12X Dos) AH =2x 348+ 12x 414 +7 x 498 — (8799 + 12x 463) AH=9150~ 11948, 2798 kj Nesta reagao libertam-se 2798 kj de energia por cada 2 moles de etano e 7 moles de oxigénio consuumidas e por cada 4 moles de di6xido de carbono e 6 moles de égua formadas. 2 PoMmeaoe eanronmneS on CRA Pe Fotodissociacio e fotoionizacao A radiagao eletromagnética, ou simplesmente a luz, € capaz de interagir com a matéria, desenca- deando transformacdes quimicas. As reagdes quimicas que se iniciam por agao da luz so designa- das por reagdes fotoquimicas e correspondem a processos endoenergéticos, isto é, a processos que necessitam de absorver energia para ocorrer e que apresentam uma variagao de entalpia positiva. Dependendo da substincia em causa e da energia dos fotdes incidentes, podem desencadear-se dois fenémenos: FOTOIONIZAGAO Reaciio quimica desencadeada pela absorcio de | uum fotio capaz de provocar a ejecdo de um ele- ‘ro, ou seja, de ionizar a substincia —forma-se um ido. FOTODISSOCIACAO, Reagio quimica desencadeada pela absorga0 de uum fotio capaz de provocar a quebra homoli- tica de uma ligacdo entre os dtomos que consti- tuem a substancia ~ formam-se radicais. MSM +e ABSA+B O que é um radical? ‘Um radical é um étomo, uma molécula ou um io que apresenta, pelo menos, um eletrao desempa- relhado, ou seja, tem pelo menos um eletrio isolado numa orbital. A existéncia desse eletrio desem- parelhado faz com que, no geral, os radicais sejam espécies quimicas extremamente reativas, tendo © eletrdo grande tendéncia a ligar-se a outro eletrio de spin oposto, mesmo que esteja localizado numa outra espécie quimica. Os radicais apresentam as formulas ou simbolos quimicos com um ponto que representa o eletrao desemparelhado. H,0— OH +H Br — Br'+ Br Estabilidade de espécies quimicas na atmosfera ‘A atmosfera terrestre € composta por quatro camadas: troposfera, estratosfera, mesosferae termosfera. ‘A termosfera, a camada mais externa da atmosfera, é atingida por todo o espetro de radiagao solar ‘que chega a Terra. Fxistindo radiagdes muito energéticas nesta camada, a interacio da radiac4o com ‘a matéria desencadeia reagdes de fotoionizagao e fotodissociagao das moléculas de nitrogénio (N;) € oxigénio (0,). Fotoionizagao: NES Ny +1" 0,43 0," +16" Fotodissociagao: NES NENT 0,43 040" ‘AH = 1505 kj mot ‘AH = 1144 kj molt Na estratosfera existe outra molécula constituida pelo elemento oxigénio que apresenta um papel relevante no controlo da radiagio que atinge a superficie da Terra. Trata-se da moléeula de ozono (O,) que, sujeita a radiacao, sofre fotodissociagio. Fotodissociagao: on 0,40+0, AH=387kj mot? 2 rensrommaesgumcas * ainteragio da radiagio com a matéria, na atmosfera, desencadeia processos endoenergéticos; * duc 6 os Keauerida para a ionizacao das moléculas de N, e O, & consideravelmente superior & que é necesséria para as dissociar, eae tio for a energia de dissociasio de uma molécula diatémica mais forte 6a ligagao da molécula: ~@lignsao da molécula de N, é bastante mais forte do que aligaglo da molécula deo, ~a ligacdo entre os dtomos de oxigénio é mais forte na molécula de oxigénio, O,, do que na molécula de ozono, O;; * gvistindo radiagdes muito energéticas, na termosfera, a interacao da radiagao com a matéria desencadeia reacdes de fotoionizacio; +4 fotoionizagao e a fotodissociacao das moléculas de N, e O, sio desencadeadas Por radiagBes das gamas mais energéticas do espetro eletromagnético, * Fetuerendo, no geral, menos energia, as reagdes de fotodissociacdo poder desencadearse tam- bém em camadas inferiores da atmosfera, Ozono estratosférico Grande parte das radiagBes mais energéticas do espetto eletromagnético sto absorvidas durante as reagdes fotoquimicas que ocorrem na termosfera. No entanto, ht tadiagio ultravioleta biologica- mente nociva que atinge a estratosfera, A camada de ozono ~ zona da estratosfera, onde se encontra cerca de 90% do ozono que existe na Gurptlera ~ absorve grande parte das radiagdes UV (funciona como um file colsy de radiagBes UVB, bem como das radiagBes UVC que nao foram absorvidas pelas molecule cx oxigénio na me- sosfera), impossibilitando a sua passagem para a superficie terrectre Sydney Chapman propds, em 1930, um mecanismo de formagao ¢ decomposicao do ozono que ex. Plica a existéncia da camada de ozono. Formagio do ozono: Decomposicao do ozono: 0:1) *S 071g) + 018) Ox) S o7@) + 0,4) (O18) + 0x8) + Mig) + O4(g) + M'(gh x2 OF) + Og) > 20,/8) 30,8) > 2 0,(g) 2 O\(g) > 3 0,(g) 2 rormendoesEansronuoes oars Efeito dos clorofluorcarbonetos sobre 0 ozono estratosférico Num estudo de 1985, Joseph Farman ea sua equipa reportaram a existéncia de uma expressiva rare- facao de ozono sobre a Antartida, que denominaram de “buraco na camada de ozono”, cuja origem foi, mais tarde, atribuida ao uso dos clorofluorocarbonetos (CFC), Por serem gases muitos estiveis, os clorofluorocarbonetos (CEC) podem atingir a estratosfera sem se modificarem. Nessa camada sofrem fotodissociacao pela radiagao UVC, formando radicais cloro que alteram o ciclo do ozono. CCL F(g) 23 “CCtF(g) + Cte) De acordo com esse mecanismo, o radical cloro reagiria com uma molécula de ozono para formar um radical monéxido de cloro e dioxigénio. ‘CU (g) + O,(g) —+ CLO"(g) + O18) Num tiltimo passo, 0 monéxido de cloro reagiria com um radical oxigénio para se estabilizar, for ‘mando-se de novo o dioxigénio e o cloro radical, que fica livre novamente para atacar outra molécula de ozono. ‘CtO'(g) + O'(g) —+ Clg) + 011g) Trata-se de um ciclo em que o radical cloro viabiliza a decomposigdo do ozono, contribuindo para a sua dristica dimimuigao, sem ser consumido. Dessa forma, os gases destruidores do ozono perma- necem ativos durante décadas na estratosfera. Ozono estratosférico e ozono troposférico © ozono € um gis altamente instivel e muito téxico. A sua acumulacio na troposfera pode originar problemas respiratorios ¢ irritac2o ocular, além de ter um efeito corrosivo em diversos materiais. E também um dos responsaveis pelo efeito de estufa e participa na formagao do nevoeiro fotoqui ico (smog), que surge nos grandes centros urbanos e industrais. Assim, pode falarse em dois tipos de ozono, consoante a camada da atmosfera em que este est localizado: 0 ozono estratosférico, que funciona como filtro das radiacdes UV protegendo a superfi- Cie terrestre da sua ago danosa, e 0 ozono troposférico, que atua como poluente quando apresenta uma concentragao acima do recomendavel. 8 & Altitude tke)

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