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Frcuea 4.2 oyangeoyin. significado, porém, muitos anos depois, acabou vendo as tués figuras como arquétipos. Hlias representava o velho sabio, aparentemente inteligente, mas nao fazendo mui- to sentido; a Salomé cega era uma figura da anima, linda e sedutora, mas incapaz de ver o significado das coisas; ¢ a cobra era a contrapartida do herd, demonstrando uma afinidade por Jung, o her6i da viséo. Jung (1961) acredita: ‘vaque el tinha de identificaressas imagens inconscientes para que pudesse manter sua propria identidade e néo se perder para as forcas paderosas do inconsciente coletivo Posteriormente, escreveu: ‘A coisa essencial é se dferenciar desses contetidos in- conscientes, petsonificando-os e, a0 mesma tempo, trazBos para a relagao com a consciéncia. Bssa &a téc ‘ea para reduzir ou anular sua forga, Nao € muita dic [personifies Io, 6 que les sempre possuem um grat de ssutonomia, uma identidade propria, Sua sutonomia & Algo muito desconfortivel com que se reconciar e, no eptanto, o proprio fato de que o inconsciente se apre= senta dessa forma nos dé ot melhores meias de lidar comela.(p. 187) DINAMICA DA PERSONALIDADE Nesta se¢io, examinamos as ideias de Jung sobre causal dade etelelogia, bem como sobre a progressao e regress Causalidade e teleologia ‘A motivasao se origina de causas passadas ou de objetivos teleol6gicos? Jung insistia que ela provém de ambos, Cau- salidade significa que os eventos presentes tm origer em cexperiéncias prévias. Freud baseava-se fortemente em um TeoRIAs DA PrRsoNatiDanr — 79, ponto de vista causal em suas explicagdes do comporta- mento adulto em termos das experiéncias infantis preco- ces (ver Cap. 2). Jung crticava Freud por ser parcial em sua éenfase sobre a causalidade e insistia que uma visio causal no poderia explicar toda a motivacao. Em contrapartida, teleologia significa que os eventos atuais sto motivados por objetivos e aspiracdes para o futuro que direcionam 0 destino de uma pessoa. Adler mantinha essa posiglo, in- sistindo em que as pessoas séo motivadas por pereepyses conscientes ¢ inconsciente de objetivos finaisfictcios (ver Cap. 8). Jung era menos erttico de Adler do que de Freud, mas defendia que o comportamento humano é moldado por ambas, tanto as forcas causais quanto as teleol6gicas, fe que as explicarbes causais devem ser equilibradas com as, teleolégicas. ‘Ainsisténcia de Jung sobre o equilibrio é vista em sua concepsio dos sonhos. Ble concordava com Freud no sen: tido de que muitos sonhos se originam de eventos passa- dos, ou seja, eles sfo causados por experiéncias precoces: ‘Todavia, Jung alegava que alguns sonhos podiam ajudar a pessoa a tomar decisées sobre o futuro, assim como os sonhos de fazer importantes descobertas em cifncias natu- rai acabaram levando-a & sua prépria escolha da carrera Progressao e regressio Para atingir a autorrealizasio, as pessoas precisam adap tar-se nJo apenas a seu ambiente externo, mas também a seu mundo interno, A adaptario 20 mundo externo envo- ve 0 avanco do fluxo da energia psiquica e ¢ chamada de progressio, enquanto a adaptagio ao mundo interno se baseia em um fluxo rettoativo da energia psiquica e & cha- ada de regressao, Tanto a progressio quanto a regressio sto essenciais se as pessoas querem atingir o crescimento individual ou a autorrealizacao. ‘A progressio inclina uma pessoa a reagir de modo coetente a determinado conjunto de concirses ambien- tals, enquanto a regressao é um retvocesso necessério para © sucesso na abtensio de um objetivo, A regressio ativa a psique inconsciente, um auxilio essencial na solugao da maioria dos problemas. [soladamente, nem a progressio nem a regressao levam a0 desenvolvimento, Cada uma pode ocasionar parcialidade excessiva e falhana adaptacio: porém, as duas, trabalhando em conjunto, podem ativar © processo de desenvolvimento sadio da personalidade (Gung, 1928/1960), A regressao & exemplificada na crise de meia-idade de Jung, durante a qual sua vida psiquica voltou-se in ternamente para o inconsciente e afastou-se de qualquer realizagio externa significativa, Ele gastou a maior par- te de sua energia conhecendo sua psique inconsciente ¢ fez muito pouco no que se refere & escrita ou as confe- réncias. A regressao dominou sua vida, enquanto a pro gressio quase cessou, Na sequéncia, ele emergiu desse 80 Frist, Frist & Roseers periodo com maior equilfbrio da psique e, mais uma vez, interessou-se pelo mundo extrovertido, Entretanto, suas cexperidncias regeessivas com o mundo intiovertido o mas daram de forma permanente e profunda, Jung (1961) acreditava que o passo regtessivo é necessitio para criar uma personalidade equilibrada e para crescer em directo A aucorrealizagao. TiPos PsicoLocicos ‘Aléim dos niveis da psique e da dinamica da personalidade, Jung reconheceu varios tipos psicolégicas que se desenvol- vvern a partir de uma uniao de duas atitudes bésicas ~ intro: versio e extroversio ~ e quatro fungées separadas ~ pensa- mento, sentimento, sensacio e intuicio. Atitudes JJung (1921/1971) definiu a atitude como uma predispo- sigdo a agir ou reagir em determinada direcao. Ele insistia que cada pessoa possuia uma atitude introvertida e extro- vertida, embora uma possa ser consciente, enguanto a ou tra é inconsciente. Assim como outras forsas opostas em psicologia analitca, a introversio e a extroversio server uma 3 outra em uma relarao compensatéria e podem ser slustradas pelo tema do yang e do yn (vera Fig. 42) Introversao De acordo com Jung, introversio é quando a energia pslquice se volta para o interior com ume orienta¢do em dliresio ao subjetivo, Os introvertidos estio afinados com seu mundo interno, com todas as suas inclinagbes,fanta sias, sonhos e percepcdes individualizadas. Essas pessoas perceber o mundo intetno, é clato, mas fazer is30 de rmaneira seletiva e com sua prépria visio subjetiva Jung, 1921/1970) Abistoria da vida de Jung apzesenta dois episédios em que a introversio foi claramente a atitude dominante. © primeizo ocorreu o durante o inicio da adolescéncia, quando ele tomou conhecimento de uma personalidade 1° 2, que ia além do conhecimento de sua personalidade extrovertida. © segundo episédio oconeu durante a con- frontasio, na meia-dade, com seu inconsciente, quando cle manteve conversas com sua aniaa,teve sonhos bizar zos e induzin estranhas visdes que exam a esséncia da psi- cose" (Jung, 1961, p. 188). Durante sua crise de meia-ida de quase completamente inteovertida, sues fantasias eam individualizadas e subjetivas. Outras pessoas, incluindo até mesino sua esposa, nao conseguiam compreender com precisio o que ele estava experimentando, Somente Toni Wolff parecia capaz de ajudacto a emergir de sua confron taco cam o inconsciente, Durante essa confrontagao in- trovertida, Jung suspendeu ou interrormpeu boa parte de sua atitude extrovertida ou objetiva. Ble parou de tratar seus pacientes, abdicou de sua posicao como palestrante nna Universidade de Zurich, cessou sua escrita tebricae, por trés anos, percebeu-se “totalmente incapaz.de ler um Livro cientifico”(p. 192). Ble estava no processo de descoberta do polo introvertido de sua existéncia, Entretanto, a viagem de descoberta de Jung nao foi totalmente introvertid Ele sabia que, a menos que man- tivesse algum dominio de seu mundo extrovertide, teria o risco de ficar absolutamente possufdo por seu mundo in- temo, Com medo de que pudesse tornar-se psicstico, ele se forgou para continuar uma vida o mais normal possivel com sua famlliae sua profissao. Por meio desta técnica, Tung emergia de sua jornada interna eestabelecia um equi- brio entre introverséo e extroverséo. Extroverso Em contraste coma introversio, a extroversio ¢ 2 atitude rna qual aenergia psiquica se wolta para o exterior, de modo que a pessoa € orientada em directo a0 objetivo e se afas- ta do subjetivo, Os extrovertidos sio mais influenciados pelo entorno do que por seu mundo interno. Eles tender 4 focara atitude objetiva, enquanto suprimem a subjetiva Assim como a personalidade n° 1 da infancia de Jung, os extrovertitios sio pragmaticos e bem-enraizados nas reali- dades da vida didria. Ao mesmo tempo, sio excessivamen- te desconfiados da atitude subjetiva, sejaa prépria aitude, sejaa de outra pessoa. Em resumo, as pessoas nao sto completamente intro- vertidas, nem completamente extrovertidas. As pessoas introvertidas sdo como uma gangorra desequilibrada, com uum grande peso de um lado e um peso muito leve do outro (ver Fig. 434). Em contrapartida, as extrovertidas sto de- soquilibradas na outra ditesio, com una atitude extrover tida pesada e uma introvertida muito leve (ver Fig. 4.38). No entanto, as psicologicamente saudaveis atingem um. cequillbrio entre as duas atitudes, sentindo-se confortéveis tanto com seu mundo interno quanto com o externo (ver Fig. 430. No Capitulo 3, afirmamos que Adler desenvalveu uma teoria da personalidade que era o oposto da de Freud. (Onde Fung colocow essas das teorias no polo da extrover- s4o/introversao? Jung (1921/1971) declarou que: A visto de Freud é essencialmente extrovertida, a de Adler é in- trovertida’(p. 62). Nossos esbogos biogréficos de Freud e Adler revelaram que o oposto parece ser verdadeiro: Freud era pessoalmente um tanto introvertido, em sintonia com seus sonhos e sua vida de fantasia, enquanto Adler era pes- soalmente extrovertido, sentindo-se mais confortével em situagées de grupo, cantando cangées e tocando piano nas cafeterias de Viena, No entanto, Jung sustentava que ateo via de Freud era extrovertida, porque ele reduzia as expe- riéncias a0 mundo externa do sexo e da agressio. Além dis: Introvertido TeoRias oa Presonatioanr — 81 Extrovertio Ficuna 4.3. O equi entre intoversaoe exroversio. so, acreditava que a teoria de Adler era introvertida, porque enfatizava fides e pexcepcées subjetivas. Jung, & cla, via a propria teoria como equilibrada, capaz de aceitar tanto 0 objetivo quanto o subjetive Fungoes Tanto a introversio quanto a extroversio podem se com- binar com uma ou mais das quatro fungdes, formando oito orientacées possiveis, ou tipos. As quatro fungSes ~ sen- sagio, pensamento, sentimento e intuigao ~ podem ser brevemente resumidas da seguinte forma: a sensagao diz as pessoas que algo existe; o pensamento lhes possibilta reconhecer seu significado; o sentimento lhes diz seu valor; a intuigao lhes permite saberem a seu respeito sem saber Pensamento Aatividade intelectual logica que produz uma cadeia de ‘deias & denominada pensamento. 0 tipo de pensamento pode ser extrovertido ou introvertide, dependendo da ati tude basica de uma pessoa, ‘As pessoas com pensamento extrovertide contam com pensamentos concretos, mas elas também podem usar ‘deias abstratas se estas foram transmitidas de fora, por exemplo, por pais ou professores. Matemaéticos e engenei- ros fazem uso frequente do pensamento extrovertido em seu trabalho, Os contadores também apresentam tipos de pensamento extrovertido, porque eles precisam ser objeti vas ¢ nao subjetivos em sua abordagem dos mimeros. Bn- tretanto, nem todo pensamento objetivo é produtivo, Sem, pelo menos, alguma interpretacdo individual, as ideias s20 apenas fatos previamente conhecidos, sem originalidade ou criatividade Jung, 1921/1971). ‘As pessoas com pensamentointrovertido reagem aos es- timulos externas, porém sua interpretagso de um evento é mais colorida pelo significado interno que trazem consigo do que pelos fatos objetivos em si, Inventores e filésofos sto, com frequéncia, pensadores introvertidos, porque rea gem ao mundo externo de um modo altamente subjetivo e criativo, interpretando dados antigos de novas maneiras Quando levado ao extremo, o pensamento introvertido re- sulta em pensamentos misticas improdutivos, os quais sto tho individualizados que acabam sendo intteis para qual quer outra pessoa Jung, 1921/1971), Sentimento Tung usow o termo sentimento para descrever o processo de avaliasao de uma ideia ou de um evento, Talves uma pa- Javra mais precise fosse azreciagéo, um termo com menor probabilidade de ser confundido com sensasio ov intuigao. Por exemplo, quando as pessoas dizem: “Esta superficie € rmacia’ elas estio usando sua funcao de sensasao e quando 82 Feist, Frist & Roseers clas dizem: “Teno a sensagdo de que este vai ser meu dia de sorte’, elas estdo intuindo, nao sentindo, ‘A fangdo do sentimento deve ser distinguida da emo- sao. Sentimento € a avaliagio de cada atividade conscien- te, mesmo aquelas avaliadas como indiferentes. A maioria dessas avaliagses nao possui contetido emocional, mas clas sio capazes de se tornar emogées se sua intensidade aumentar até 0 ponto de promover alterasées fisiolégicas nna pessoa. As emogées, no entanto, ndo estao limitadas a sentimentas; qualquer uma das quatro fangées pode levar a emogio quando sua forca for aumentada, ‘As pessoas com sentimento extrovertido usam dados objetivos para fazer avaliagSes. Blas néo sto tio guiadas por sua opiniao subjetiva, mas pelos valores externos € por padtdes de ulgamento amplamente acitos. & provavel ue fiquem & vontade em situagées sociais, sabendo, sob © impulso do momento, 0 que e como dizer. As pessoas, em geral, gostam delas, devido a sua sociabilidade, mas, cem sua busca de se adequarem aos padrdes sociais, elas po- dem parecer artificiais, superficiais e nao confidveis. Seus julgamentos de valor tém um toque falso que é detectavel com facilidade. As pessoas com sentimento extrovertido, com frequéncia, tornam-se homens de negécios ou polit cos, porque essas profissdes demandam e recompensam julgamentos de valor com base em informacées objetivas (Gung, 1921/1970), As pessoas com sentimenta introvertido baseiam seus julgamentos de valor principalmente em percepcées sub- jetivas, em vez de em fatos abjetivos, Os crticos de varias formas de arte fazem muito uso do sentimento introverti- do, produzindo julgamentos de valor com base em dados subjetivos. Essas pessoas possuem uma consciéneia indivi dualizada, uma atitude tacitura e uma psique insondavel Elas ignoram opinises e crengas tradicionais, renga guase completa pelo mundo objetivo (inchuindo as pessoas), muitas vezes, faz os individuos & sua volta se sen- tirem desconfortaveis e esfriarem sua atitude em relagio a clas (Jung, 1921/1971), sua indife- Sensagdo A fungao que recebe estimulos fisicos e os transmite para a consciéncia perceptiva & denominada sensagao. A sensa- sfo nao é idéntica 20 estimulofisico, mas é simplesmente a percepcao do individuo acerca dos impulsos sensoriais, Essas percepe8es nao dependem do pensamento légico ou do sentimento, mas existem como fatos elementares abso- Iutos dentro de cada pessoa ‘As pessoas com sensardo extrovertda percebem os es- timulos externos de modo objetivo, de uma forma mui- to parecida como esses estimulos existem na realidade. Suas sensagées nao sio tio influenciadas por suas atitu- des subjetivas. Essa conveniéncia & essencial em ocupa: s8es como revisor, pintor de casas, degustador de vinhos cou qualquer outro trabalho que demande discriminagoes sensoriais congruentes com as da maioria daz pessoas Gung, 1921/1971, ‘As pessoas com sensapdointrovertida sio, em grande patte,influenciadas por suas sensagdes subjetivas de visio, audicio, olfato tato. las sio guiadas por sua interpreta- ‘do dos estimulos sensoviais, nao pelos estimulos em si. Artistas rtratistas, em especial aqueles cajas pinturas sio extiemamente personalizadas, baseiam-se em uma atitude de sensacio introvertida, Eles do uma interpretagio sub- jetiva & fendmenos objetivos e ainda sio capazes de comu- nicar significado aos outros, No entanto, quando a atitude de sensagdo subjetiva élevada a seu extremo, pode resultar «em alucinagées ou discurso esotérico e incompreensivel Gung, 1921/1971), Intuigéo Intuigao envolve a percepeao além do trabalho da cons- ciéncia, Assim como a sensagao, baseia-se na perceprio de fatos elementares absolutos, que fornecem o material bru- to para o pensamento e o sentimento, Intuicao difere de sensago, uma ver que ela é mais criativa, em geval acces centando ou subtraindo elementos da sensagio consciente. As pessoas intuitivas extrovertidas sio orientadas para 69s fatos no mundo externo. No entanto, em vez de senti- -los integralmente, elas apenas os pereebem de modo su- bliminar. Como fortes estimalos sensoriais interfere na intuigio, as pessoas intuitivas suprimem muitas de suas sensagdes e sio guiadas por pressentimentos e suposicbes contrérios aos dados sensoriais. Um exemplo de um tipo intuitivo extrovertido pode ser os inventores, que precisam inibir dados sensoriais que distraem e se concentrar nas so IugGes inconscientes para problemas objetivos. Bes podem rar coisas que atendem a uma necessidade que apenas ppoucas pessoas perceberam que existia. AAs pessoas intutivas intravertidas sto guiadas pela percepeao inconsciente de fatos que sto basicamente sub- jetivos e tém pouca ou nenhuma semelhanga com a rea- Iidade externa. Suas percepcées intuitivas subjetivas sao, com frequéncia, extraordinariamente fortes e capazes de motivar decisdes de magnitude monumental. Pessoas in- tuitivas introvertidas, como misticos, profetas, artistas surrealistas ou fandticos religiosos, muitas vezes, parecem peculiares para individuos de outros tipos que possuem pouca compreensio de suas motivagdes. Na verdade, Jung (2921/1971) acreditava que as pessoas intuitivas introver- tidas talver ndo compreendessem com clateza as préprias ‘motivacdes, embora fossem profundamente movidas por clas (Ver Tab. 4.1 para os oto tipos junguianos, com exer- plos possiveis de cada um.) ‘As quatro fungées, em geral aparecem em uma hierar- quia, com uma ocupando uma posicao superior, outra uma posigio secundaria e as outras duas, posigées inferiares TaBELA 4.1. Exemplos dos cit tipos junguianos ‘TeoRIAS OA PrRSONALIDADE — 8B Funes Altitudes Introverséo Extroversio Pensamento _Fildsofes, cientistas tedricas, alguns inventores Centistaspesquisadores,contadores, matemsticos Sentiment Crticos de cinema subjetvos,avaliadores de arle _Avaliadoresimoblidrios, crticos de cinema objetivos, Sensagao Artistas, musicos elisicas Degustadores de vinho, revisores, msicos populares, pintores de casas Intuigao Profetas, misticos,fanaticos religiosos Alguns inventors, reformadoresreligiosos ‘A maioria das pessoas cultiva apenas uma funcio; por. tanto, de forma caracteristica, abordam uma situagao se baseando na fungéo dominante ou superior. Algumas pes- soas desenvolvem duas fung6es, e alguns individuos muito maduros cultivam trés, Uma pessoa que, em teoria, atingiu a autorrealizagio ou a individuacéo teria todas as quatro fangGes bastante desenvolvidas. DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE Jung acreditava que a personalidade se desenvolve por meio de uma série de estégios, que culminam na indivi- duagao, ou autorrealizagao. Em contraste com Freud, ele enfatizow a segunda metade da vida, o periodo apés os 35 ou 40 anos, quando a pessoa tem a oportunidade de reu nir os varios aspectos da personalidade e atingir a autor- realizagio, No entanto, a oportunidade para degeneracéo cu reagbes rigidas também est presente nesse momento. A satide psicolégica das pessoas de meia-idade esta rela- cionada a sua capacidade de atingir 0 equilibrio entre os polos dos varios processos opostos. Tal capacidade é pro- porcional ao sucesso alcancado na jornada pelos estagios anteriores da vida Estagios do desenvolvimento Jung agrupou os estégios da vida em quatro periodos ge- vais: infanci, juventude, meiaidade e velhice. Ele comparou aviagem pela vida a jornada do sol no céu, com seu brilho epresentando a consciéncia. O sol do comego da manha & ainfancia, cheto de potencial, mas ainda carecendo de brilho (conscigncia};o sol da manha éjovem, escalando em dliresi0 a0 zénite, mas sem consciéncia do declinioiminen: te: 0 sol do inicio da tarde é a metade da vida, brilhante como 0 sol do final da manhi, mas obviamente indo em direcao a0 por do sol; o sol do fim da tarde &a velhice, sua consciéncia que jé foi brilhante é, agora, acentuadamente diminuida (ver Fig. 4.4). Jung (1931/1960) argumentou que os valores, os ideais e os modos de compartamento adequados para a manha da vida sio inapropriados para a segunda metade e que a maioria das pessoas precisa aprender a encontrar um novo significado em seus anos de deciinio da vida Ficuea 4.4 Jung compara os estgios da vida 3 jomada do sol pelo a.com o bro do sol epresentando aconscinca Infancia Jung dividiu a infancia em trés subestégios: (1) andrquico, (2) monarquico e (2) dualista, A fase andrquica &caracteri- zada pela consciéncia cadtica e esporidica. Podem existir “ilhas de consciéncia’, mas hé pouca ou nenhuma conexao entre essasihas. As experiéncias da fase andquica por ve- 2es entram na consciéncia como imagens primitivas, inca pazes de serem verbalizadas com precsao, ‘A fase mondrquica da infancia & caracterizada pelo de senvolvimento do ego e pelo comeco do pensamento logico verbal, Durante esse tempo, as criangas veer-se objetiva mente e, com frequéncia, referem-se asi mesmas na tercei- ra pessoa. As ilhas de consciéncia se tornam maiores, mais numerosas e habitadas por um ego primitivo. Ainda que o ego seja compreendido como urn abjeto, ele ainda nao esta consciente de si como capaz de percedber © ego com capacidade de percepcio surge durante a fase dualista da infancia, quando ele é dividido em objetivo e subjetivo, As criangas agora se referem a si mesmas na primeita pessoa eestio conscientes de sua existéncia como Individuos separados. Durante o periodo dualista, as ilhas de consciéncia se transformam em uma terra continua, habitada por um complexo de ego que se veconhece tanto como objeto quanto como sujeito (Jung, 1981/1960), Juventude © periodo da puberdade até a metade da vida & chamado de juventude. Os jovens se esforcam para obter indepen: déncia psiquicae fisica de seus pais, encontrar um parceiro,

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