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Pyrat ae materi io on BG ‘Auteia: Andes Olu de Gundalipe, Etes Avarein de Br, Ester Perea Siete Rosade, Gtbero Elias Solon, Guilherme fueina Bastos Joige, Marcelo Miguel Ntartns Petscon, Nercito Aberto de Fara Pos, Munlo Medal Navarro Cru, Neck Arter Sark, Renato ‘Aero Roctgues Mao), Ranato Gomas de Carvalha, Unbera César acon Malang Diretor geral:Roger Tne Gerénciaedteriat: Joo Caos Pups. Goordenagso de ecg so tenien: Marla. dos Santos G. Ribeiro. aig so técnica: Equipe ce edors téenens da Edtora Foiesra Coordnapde do procupdo editorial: Lia Shotor doe Sant. Analsta do produedo odtorial: Cauda Motore Fomancos. Coordenapte de eel: Vivan Pascal Jorge, alg do: Ez. dood da Ectora Pole, ‘Coordenapde de reviedo: ariana Castle Quoraz Revisdo: Ecce do visto da Edtora Polska ‘Coondenapdo de ate:KicborS Portola Dlagramagdo:Equpe de ats da Ealora Pood lustragdes:Equbes de lushayto ede arts ds dione Piedra Coordenagae de leeneiamento: Kelly Gai. 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Observe o resumo a seguir. 41 Grup nominal cama 7 (use) f= 6 2 Grupo verbal F Gssoneto) ——(Geurste) UWS 4 Intejeigto Substantive Classe gramatieal que nomeia o ser. Classifieasio: simples (um radical: sol) ou com- posto (mais de um radical: girassol); eonereto (elemen- tos do mundo natural: pedra) ou abstrato (categorias abstratas ~ sentimentos, qualidades, ages: felicidade, riqueza, interveng20); primitivo (palavra de origem: café) ou derivado (palavra derivada: cafezal); comum (Ger dia mesma espéeie: professor) ou proprio (um ser «am particular: Francisco). Flexdo: o substuntivo pode flexionar em género (masculino/feminino), nimero (singular/plural) ou grau (aumentativo/diminutivo). ‘A mudanga de género pode gerar mudanga de significado, — Nao havia capital para a construgdo da nova capital A mudanga de mimero pode alterar 0 sentido do substantivo. = Na costa do Ceari, turistas japoneses davam as costas para ingleses, No valor conotativo do grau, 0 aumentativo e 0 di- minutivo podem assumir um tom afetivo ou ofensivo, — Aquele homenzinho de bar e de pouco cariter. Seles lexical: conjunto de palayras que reme- tem a um mesmo universo de conhecimento: ladrao, crime, roubo, assalto, prise, morte, Por exemple: O maior ladrao da vida é 0 tempo, esse criminoso, que assalta a vida ditando a morte. eae HEB Maitos provérbios e expressiies idiomiticas ay sentam jogos de palavras, envolvendo aspectos mor- fossemanticos*. Um exemplo € o provérbio a seguir. “Quem casa quer casa *Aspectos morfoldgicos: relativo as classes de pala- ‘ras (substantive, adjetivo etc.) € a sua formacao (pre- fixo, sufixo ete.) Aspectos. semdnticos: relative ao significado das palavras. Gl a) Explique aalteragiio de classe gramatical no voed- bulo casa. b) Reescreva a frase, niio empregando 0 vocibulo HEB Leia 0 excerto a seguir, pertencente a Guimaries Ross. [J € um voga-lume lontemeiro que riscou um psi oe luz Jo Guimardes Rose. “Minha gent". In: Sagarona: Ro de Janet: Nove Frontera, 1984p. 210. a) Guimaraes altera a classe gramatical de “psiu”, que deixa de ser interjeigdo para assumir a fungi de substantivo. Que palavra do texto possibilitou tal transformaga0? b) Escreva uma frase em que a palavra citada exerce a sua funcdo de interjeigao. FEB Leia a piada a seguir, extraida de um site da internet. Indo para a pescar Os dois mineiros se encantram no ponto de énibus em Cocalinho para uma pescoria. ~ Ento cumpade, td animado? pergunta o primeiro, ~ Eu t6, homel —O cumpade, qué ié levane na sacola? = E que #6 levano uma pingazinho, cumpade. — Pinga, cumpade? Néis num finha acertado que num io bebé mais?! —Cumpade, & que pode aparece uma cobra e pica 0 gente. Aindis desinfeto com 0 pinga e toma uns gole que 6 pres num sinti o dé. —E.. ena outra socola, 0 que qui té levono? —E a cabra, cumpade. Pode num té Ié. Disporivl em: . Udo Considere os enunciados a seguir para responder & questio 6. +L. ficer 99 dias sem dar nem uma ‘olhadinha! no Focebook." {1 pardqrato) “Lo que poderiam ser ufiizadas em ‘otividades emo- Goncimente mais realizadoras!" (4% parégrafo) HE Unifesp 2015 Analisando-se o emprego e a estru- tura das palavras “olhadinha” e “emocionalmente”, correto afirmar que os sufixos nelas presentes indi- cam, respectivamente, sentido de (4) modo e consequéncia. (b) morosidade ¢ intensidade. () intensidade ¢ causa. () afeto e tempo. (©) mapidez e modo. CTE Portucués | e Classes de palavras IT As classes gramaticais tém prosseguimento com o estudo do adjetivo, do artigo edo numeral. A én fase € para o adjetivo e para o artigo. Adjetivo + Dé uma proptiedade ao ser: Faculdade séria para um aluno estudioso, + Pode assumir valor objetivo: A sala ¢ redonda, ou subjetivo: A questio é redonda! + Sua posigio pode gerar mudanga de significado’ velha amigafamiga velha, + Pode virar advérbio (passa a ser invaridvel): Blas falam errado. + Pode virar substantivo: Os melhores na final do mundial: 0 alemao e 0 espanhol + Pode ser simples, um 56 radical: escuro, ou composto, mais de um radical: afro-bra primitivo, nao deriva de outta palavra: feliz, ow derivado, deriva de outra palavra: amoroso, + Plexiona-se em género: plebeu/plebeia, mimero: infelizlinfelizes ¢ grau: forte/fortissimo. + No grau absoluto sintético, pode haver coloquial: magrissimo/supermagro, ou culta: macérrimo. Artigo Definido + Determina o ser, pressupde que o ser ji € conhecido, + Pode assumir valor intensificador: Ble era 0 cien- tista, o maior de todos. + Colocado apés o indefinido sodo, da a ideia de inteiro: todo o prédio; sem artigo, significa “qual- quer”: todo prédio. + Pode assumir valor denotative quando posto em ‘oposigdo ao indefinido: Meu lar € o jardim, (mora no jardim, emprego denolative) x Meu lar € um jar- dim, (assemelha-se ao jardim, emprego conotative). + Nao se utiliza apés cujo: Os devotos a cujas ora- goes me referi, + Nao se utiliza diante de pronomes, como Vossa Exceléncia, Vossa Santidade ete Indefinido + Indefine o ser: Havia um corpo na calgada, + Pode indicar aproximagtio: Deve ter uns cem anos. + Pode assumir valor pejorative ou afetivo: — EB um Zé mane! — Ela tem um ombro, Numeral + Pode ser cardinal (um, dois...), ordinal (ptimeiro, segundo...), multiplicativo (dobro, triplo...},fia- cionario (um tereo, dois quartes...) + Pode assumir valor conotativo: Jé falei quinhentas + Com algarismo romano, se colocado & esquerda do substantivo, 16-se como ordinal: XX Bienal do livro (vigésima), + Com algarismo romano, se colocado a direita do substantivo, 1é-se como ordinal de um a dez: Papa Jolo Paulo HI (segundo); 18-se como cardinal a partir de onze: Leio XH (treze). + Fm linguagem coloquial, € comum a flextio de ‘grau: ~ Me dé vintao, mae? + Possui valor argumentative quando usado como dado estatistico. —_—_—_—__\_ eee HEB eo 2013 Leia o texto a seguir Ricos e ricos 3 ricos, como ensinou Scot Fiegerold, si seres hu manos diferentes de vocé e, provavelmente, de todas os pessoas que voc8 conhece mois de perio — eis a, dia ele, ‘primeira coisa realmente importante, talvez a Gnica que é preciso aprender com eles. Nao pense, nem porum instan: fe, que voc possa estar na mesma turma. E possivel sim, rue conviver com gente rica, falor de assuntos comuns, fequen- ter lugares parecidos D6 para torcer pelo mesmo time de futebol, ter gastos semelhantes ou portthar desta e daquela ideia. Mos inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde, val for claro que a opraximagio chega 9 até um certo ponto; a partir dai enira em ago um frefo automético, @ os ricos ceslizam de volta pora o seu mundo psicolégico particular Fitzgerald sabia do que estava falando. Andou cercodo de gente rica durante © maior parte de sua vida fumultuada e cur, sobretudo depois que espetaculores sucessos como © Grande Gatsby ov Suave é 6 Noite 0 transformaram ‘num fenémeno ra literatura americana e mundial IR Gun, Veo, ed 2254, 1 fou 2012, p. 106. dont Assinale 0 que for correto quanto a classificagio das palavras em destaque nos excertos do texto. (01 ..t partir dai entra em ago um frei awomdtico, & 0s ricos deslizam de volta para o seu mundo psico- égico particular. (adjetivo) 02 E possivel... falar de assuntos comuns... (adjetivo) (04.08 ricos deslizam de volta para seu mundo psico- légico particular. (adjetivo) 108. 208 ricos deslizam de volta para seu mundo pasico- égico particular. (substantivo) Soma=| | HEB 0 trecho a seguir pertence a Manuel Bandeira, poeta modemista, Nesse poema, o autor critica o fazer postico pamasiano. bal Estou forto do lirismo namorador Politico Roquitico Sifiltico b.) ‘Manus! Bardsra “Postic’, In: Uberinagem & Estrela da Mora. Rio de Joreto: Nove Frenteia, 2001 8) Que tipo de relagio gramatical justifiea a clas- ficagiio de adjetivo pata os vocdbulos politico, raquitico e siftitico? b) Cie uma frase em que a palavta politico assuma outra classe de palavras (identifique a classe de palavra) TETRA I rg ©) Qual é a funcionalidade desses trés adjetivos no excerto citado? FEB rr 2012 (Adapt.) Leia o texto a seguir. Marketing oportunista Parece que o sabedoria dos anos $0 localiza-se nos extremos, ndo no meio, como sempre é quando se bus- ca 0 equilibrio dos coisos. Sébio € proveitoso agore é lidar com os pequeninos gnomos, que voam ao impacto de um espino, ov comes dinossauros grandaihées de até 100 toneladas. Quanto 0 esies, Spielberg que digo, ele, 0 génio do arle to bonita e respeitével de gonhor dnheiro, O meio néo esté com nada. As minas de our tenconiram-se nos pontos do map. Um amigo meu, chegadissimo ao marketing oportu- ‘isto, € que sempre procurou foturar com os coprichos do modo, comentou —O iinteligente & meter os dinassaures nos negécios, seja filme, misico, comiseto, qualquer coiso. Esté esere- vendo um novo romance, néo? —Estou. E sobre 0 velho tridngulo emoroso, dois ho- mens opainxonados pelo mesma mulher~ ‘eontei, mais para me livrar do importuno marqueteiro. —Aideia 6 velha, sim. Meta um dinossauro camivoro, Feroz, perseguindo esses irés tarados. — Como posso fazer isso? O romance se passo nos fempos de hoje, entendeu? —Néo faz mal, ponha © dinossaure assim mesmo. ~70ra, é uma histéria urbana, néo acontece em nenhuma floresta desconhecida. — Melhor cinda! - exclamou, como se vindo em meu socore. - J6 imaginov © tal dinossauro no Viaduto do Chd, na hore do rush, pisando nos comros, derubando postes, engolindo marreleiros? fui para casa impressionado com tal mau gosto e apetite comercial. “Transmiti a sugestéo absurda é minha muther, Os trés amanies persegui- dos por um opavorante dinossauro em pleno viaduto. Es perei que ela morresse de ris ndo morreu. Podla ser um tianossouro vex, que tinha 15 metros de aahura — elo opfou. gnorava que entendesse de dinossavros, —Pensou no ridiculo? ry Seu pensomento estovo outta direcéo. ~ Seré que um romance com esse bicho como perso: nagem daria dinheiro? — perguniou sonhondo com uma viagem de férias. —Arminha € ume histori roméntica. Néo cobe um ~ Daria dinheiro? — Nao quero escrever outro King Kong, davling ~ pro- teste. — Eo King Kong por acoso foi um fracasso? Aquela noite sonhei com dinossauros. Ainde nossos contemporéineos, continuavam habitando 0 planeta. Olhei pela janela e vio pescoco de um sismassauro de 42 metros. O onimal caregava um monumental ar de resignagée @ um carlez duple com ume fotografio e os daeres: PARA SENADOR VOTEM EM LICINIO RIBAS. Muito bem bolado: dinossouro tronsformade em outdoor ambulante. Desci para 0 1a e fui seguinde. O que vi me surpreendeu. Diversos iguanodontes de 10 metros de altura, pesando cercade 4 toneladas, andovom exdeizamente em fle, com © capocidade de muitos caminhiées, carregwam imensos cargas. Sem queimar leo ou gasolina. “Num espagoso: terreno baldio li: RENT A DINOS. Alugava-se dinossaur para propagande, tanspone de carga, quarda de grandes propriedades @ posseios turiticos. Criancos cedoravam passear de opatessauro, cujo comprimento uitropassava 21 metas. Descabs', porém, que nem todos copoiavam a exploragéi dos dinossauros. Havia um forte ‘movimento contrério que fozia protestos em ako-folantes & distabuio folhetos. = Fles estéo em extingéo em todo 0 mundo — dliziam. ~ Escrovizados pelo homem, desaporeceréo rapide mente. E, por favor, ndo comam came de dinessauro, Lego além, todo acorrentade, estovo um gigantesco fi- ronossouro rex. Pergunte!o um defensor de cinossauros por {que © imobilzoram daquele forme. Respandev que o ani- mmol foro colocado naquele desconforto para simples publi: cidede sensacionalste de uma historia de amor triangular = Ea historia fer sucesso? - perguntei = £0 ineserupuloso romaneista ganhou mi- Ihées - foi a invejosa resposta. Acorde’ e fi a cozinha. Minho mulher somave contos 2 pagar ~ Sabe dumo coiso, darling? —lembre’, ~Aquela idea do dinossauro no viaduto ¢ coisa de louco, sim, mas quem 160 ¢ hoje em dia? Marcos Rey “Marketing oportunisa". In: O coragse reubade e ovras ‘rénieas $80 Poul: Aca, 2003, $7460 v.19. PE eons No fragmento “[...] contei, mais para me livrar do importuno marqueteiro” (ref. 1), 0 adjetivo destacado express uma avaliagio critica feita pelo narrador Nesse sentido, identifique os fragmentos em que o narrador faz, uso dese mesmo recurso. () % Ora, € uma historia urbang, ndo acontece em nenhuma floresta desconhecida, ” (ref.2) (b) “Pui para casa impressionado com tal mau gosto e apetite comercial.” (tef.3) (©) “Transmiti a sugestao absurda a minha mulher.” (red) "Num espagoso terreno baldio li: RENT A DINOS” (ret'5) (©) 0 ineserupuloso romaneista ganhou milhdes ~ foi a invejosa resposta.” (ret.6) TEIN Unitesp 2008 (Adapt) [cia a tira a seguir. “YO WE COM ss 78 SO Two ue VO Conve yack cues fouasco ah “160 inaics raza @ quwoasoncse —) Sion sao ter mirangge 7 Pascoe. J hye Pig E eS ne 3! 4 © Eso deS, Paulo, msio 2003. (Adort) Em “E corer uns bons 20 km!”, o termo ts assume valor de: (0) posse. (b) exatidao, (©) definigao, (4) espeeificagio. (©) aproximagao. > Texto para a questio S Vocé conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Uma organizogéo néo governamental holandesa esté propondo um desatio que muitos paderéo considerar im- possivel: icar 99 dias sem dar nem uma “olhadinho” no Facebook. O objetivo & medir 0 grav de Felicidade dos usudrios longe da rede sociol. projeto tombém & uma resposta cos experimenios psicologicos realzados pelo proprio Facebook. A diferen- co neste caso & que o teste & completamente voluntéria. Ironicomente, pora poder participar, 0 usudrio deve tro- cor a foto do perfil no Facebook e postar um contador na rede social Os pesquisadores irtio ovolior 0 grav de sotistagtio e felicidad dos participantes no 338 dia, no 662 e no uihimo dia do abstinéncio. Qs responséveis opontom que os usudrios do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma médio seria equi- volente o mais de 28 horas, que poderiam ser utlizadas ‘em “atividedes emocionalmenie mais realizadoras”. Disponivel em: . (Adopt) HEM Unitesp 2015 Examine as passagens do primeiro parigrafo do texto: + “Uma organizagio nfo governmental holandesa esta propondo um desafio” + “O objetivo émedir o grau de felicidade dos usud- trios longe da rede social.” A utilizagao dos artigos destacados justifica-se em (0) da generalizagao, no primeira caso, com a intro- dugao de informagao conhecida, ¢ da especifica- do, no segundo, com informacao nova, (b) de informagoes novas, nas duas ocoméncias, mo- tivo pelo qual sao introduzidas de forma mais ge- neralizada. (c) de informagies conhecidas, nas duas ocorréncias, sendo possivel a troca dos artigos nos enuneiados, pois isso nfo alteraria o sentido do texto. (0) da retomada de informagées que podem ser facil- mente depreendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes semanticamente, (©) da introdugo de uma informagao nova, no ‘meio caso, ¢ da retomada de uma informagao jé conhecida, no segundo. Tetra I HE Unesp 2012 Adapt.) Assinale a alternativa cuja fra- se contém um numeral cardinal empregado como substantivo (0) Hi muitos anos que a politica em Portugal apre- sent... (0) Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, al- ternadamente possuem o poder.. (0) ..08 cinco que esto no poder fazem tudo o que podem para continua... (0) ..sio tirados deste grupo de doze ou quinze indi- viduos... (©) ..a08 quatro cantos de uma sala... GUIA DE ESTUDO Portucués ] (7 Classes de palavras IIT Estudo do verbo (superficialmente; o aprofunda- mento € posterior), do seu satélite — 0 advérbio — dos pronomes (parcialmente, pois 0s pessoais € os relati- vos sero discutidos em aulas especificas), da eonjun- do (também superficialmente, pois seu estudo esti contemplado nas aulas sobre o periodo composto), da preposigio ¢ da interjeigao (reconhecimento) Pronome Indic: is pessoas do discurso (primeira: quem fala; segunda: com quem se fila; tereeira: de quem ou de que se fala), promove a coestio textual — liga par tes, substituindo nomes, acontecimentos — e auxilia © nome, atribuindo-Ihe ideias de posse, indefinigdo ete. Possessivos Fazem referéncia as pessoas do discurso, apresen- tando-as como possuidoras de alguma coisa, Podem imprimir a0 texto tragos de possessivi- dade, afetividade, admiragdo, simpatia e até mesmo desprezo, —Esta estrela é minha! Meu doce irmiio, venha Seu idiota, o que vocé quer? Indefinidos Sio empregados com a finalidade de se eriar © efeito do vago, do geral, da indefinigao; sie prono- mes de terceira pessoa; alguns sio varidveis, outros invariiveis + sem artigo, generaliza-se (toda mulher); com o ar- tigo, d-se ao substantive a nocao do inteito (toda a mulher). + ligado ao adjetivo, tem-se a nogao do inteiro (toda bonita), + 0 indefinido possui valor positivo (algum sina); ow negativo (sinal algum). Demonstrativos Além de marcadores espaciais © temporais, os demonstrativos possem fungio coesiva no texto, in- troduzindo ou recuperando palavras, expressdes, ora- Oes, pardgrafos inteiros. + Este, esta, isto: indicam proximidade da pessoa que fala ¢ tempo presente em relagdo a pessoa que fala. — Este meu tapete € tudo, Leonor! + Esse, essa, isso: indicam proximidade da pessoa a ‘quem se fala e tempo pasado em relagao di época em que se coloca a pessoa que fala. — Ja esse teu tapete... um lixo, Leonor + Aquele, aquela, aquilo: indicam o que esta afas- tado tanto da pessoa que fala como da pessoa a ‘quem se fala; remetem ainda a um tempo vago ou uma época remota, Verho 1. Voz (acho verbal é produzida ou recebida pelo su- jeitoy a) afva: sujeto pratica a agio: “Timao vence mais uma.” )_ passiva: sujeito sofrea ago: “Timo & derrotado, ©) reflexiva: sujeito pratica e sofre a agao: “Timio se recupera.”. Modo (as diversas maneiras sob as quais a pessoa que fala traduz 0 significado contide no verbo, 0 modo de dizer) a) indicativo (certeza): “Flamengo ganha a Copa do Brasil!” b) subjuntivo (ineerteza): “Talvez o Flamengo nfo caia para a segunda divisio.” ©) imperativo (pedido, sugestio, ordem): “Apite o jogo direito, juiz!” 3. Tempo (0 momento em que ocorre a agio verbal): a) presente: “Grémio passa por uma reformulagio”. b) pasado (pretérito): “Grémio conquistou o mun- dial.” ©) futuro: “Grémio investira em jogadores estrangei- ros, diz presidente.” 4, Niimero (singular ou plural): “Bahia conquista campeonato baiano,”” “Os times baianos dio espeticulo no brasileiro.” Pessoa (primeira, segunda, terceia) “Eu nao joguei, diz Ronaldinho.” “Tu niio jogaste, Ronaldinho!” “Ronaldo niio jogou. Obs.: 0 aprofundamento dessa classe gramatical serd realizado posteriormente. Adverbi Classe gramaties 1. Lugar: abaixo, acima, além. 2. Tempo: ainda, 3. Intensidade: muito, pouco, assaz. 4, Diivida: talvez, quiga, acaso, 5. Modo: bem, mal, assim, 6. Negagao: niio, nunca 7. Afirmagao: sim, realmente, invaridvel (apenas flexao no grau): sora, amanh locugées adverbicis 1. Lugar: & distancia, de longe. 2. Tempo: as vezes, & tarde. 3. Modo: ds pressas, ds claras. 4. 5. Afirmagio: sem diivida, de fato, por certo ete Davida: por certo, com eerteza etc 6. Causa: Jogou por interesse 7. Meio: Sempre andou de énibus. 8. Instrumento: Cortou com a faca. 9. Condigao: Sem dinheiro, eu nao vou. 10, Concessio: Mesmo erianga, sabia ica Obs.: cettos advérbios promovem a ligagdo entre par- tes do texto, funcionam como marcadores de coesao. Preposicio Funcio ‘A fungi da preposigo é subordinar um termo a outro, 0 segundo passa a ser dependente do primeito. hssificaséo podem ser de dois tipos: a,ante, até, apés, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, Acidentais (podem pertencer a outras classes gra- tmaticais): afora, consoante, durante, exceto, fora, me- diante, salvo, segundo, sendo, tirante, visto. locucées prepositivas Nestas, a ultima alavra & sempre uma preposigio: a0 lado de, antes de, além de, adiante de, a despeito de, acima de, abaixo de, depois de, em tomo de, a par de, apesar de, através de, de acordo com, comrespeitoa, por causa de, quanto a, respeito a, junto a ete, Emprege AS preposigdes essenciais sAo empregadas com os ptonomes pessoais obliquos tonicos: TeTRA I to ng Lutou contra mim /Nao trabalhava sem mim./ (Confiava a mim seus segredos AS preposigdes acidentais sio empregadas com 05 pronomes pessoais do caso reto: ‘Toxlos comeram, salvo tu/Fora eu, todos comeram. Pensava em Relagdes semanticas As prepo cis algumas Cantava & gaiicho, (modo) O hotel foi estimado em I bilhdo. (prego) A agulha apontava para o sul/Atitou-se sobre 0 herdi. (directo) Foram eom o tio, (companhia) Ma com o ferro, (instrumento) Vim de Salvador! (procedéneia) Alimentava-se de farinha € feijao. (meio) Falava-se sobre tudo. (assunto) podem exprimir varias relagdes, Coestio A preposigd subordina um termo ao outro, O termo que comanda a preposigao pode ser chamado termo re- gente; € 0 comandado, regido. Em “confio em voce”, 0 regente € 0 verbo; o regido, o pronome de tratamento, Se regente ¢ regido estiverem distantes um do outro, um problema de coestio, de ligagio malfeita. Jém de ligar palavras ou oragdes, di uma diregao argumentativa ao texto, estabelece re- lagi ser Observe as conjungdes e a ideia que elas transmitem: ‘Teras « Felicidade, mas s6 na velhice. (restrigio) Maso prefeito? Resolveu rabalhar? (stuagao, assunto) Cotreu muito e nao venceu. (oposi¢ao) Correu muito e venceu. (consequéncia ou conchusao) Era honesto, emuito honesto! (explicagdo enfitica) Tirou 0 chapéu e entrou no templo, (adigao) E 0 Valdit? J4 devolveu dinheiro? (situagdo, assunto) Cantava como Caetano. (comparagio) Como era louco, niio podia sair de ld, (causa) Jogava como 0 pai o orientou, (conformidade) Interieigao Eaclasse gramatical que expressa reagio emocio- nal. Exemplo: ai! Socorro! Ufa! ry EB Na parede de um andar de um prédio no centro de So Paulo, havia a seguinte placa: ANTES DE ENTRAR NO ELEVADOR, VERIFIQUE SE 0 MESMO SE ENCONTRA NO ANDAR a) Hé um uso culto e um cologuial do pronome apre- a novamente de monstrativo de reforgo mesnro. Na placa sentada, 0 uso é coloquial; redija modo que se cumpra a norma-padrdo (empregue as palavras do texto) b) Crie uma frase curta em que © pronome citado empregado em obediéncia & norma, A charge a seguir foi criada por Angeli a) Cite 08 advérbios empregados pelo autor na fala «da personagem. b) Oque o autor deixa implicito na charge? EEE fevest 2015 Leia o seguinte texto jomalistico: Para Para Numa de suas recentes ertcas internas, a ombudsman desta Folha propés uma campanha para devolver oacenio que o reforma ortogrifica roubou do verbo parar. Faz todo sentido. O que nao faz nenhum sentido ¢ ler “Séo Paulo pare para ver 6 Corinthians jogor”. Por oinda que ler é ter de ues Kou Flha de §.Poulo, 22 so 2014. (Adore) a) Noprimeito periodo do texto, existe alguma pala- vra cujo emprego conota a opinidio do articulista sobre a reforma ortogrifica? Justifique sua res- posta. ‘RANKING BOS BANEOS CON WAIORES LUGROS Muito bem, vamos agora Jetar cam os trésprimeiros colocados! b) Para evitar o “para para” que desagradou ao jor- nalista, pode-se reeserever a frase “Sto Paulo para para ver o Corinthians jogar”, substituindo a reposigiio que nela ocorre por outra de igual va- lor sintitico-semantico ou alterando a ordem dos termos que a compdem, Voce concorda com essa afirmagiio? Justifique sua resposta. Felha de S Poul, Page. 2007. > Texto para a questio d Agente Honério Cota Quando 0 coronel Jodo Capistrano Honério Cota mandou erguer 0 sobrado, tinha pouco mais de trite ‘anos. Mas jé era homem sério de velho, reservado, curn- pridor. Cuidava muito dos trajes, do sua aparéneia me- dida, O jaquettio de casimira inglesa, 0 colete de linho atravessado pela grossa corrente de ouro do relégio; @ «alga é que era como o de todos na cidade ~ de brim, a Go serem cerios ocasiées (batizado, mode, casamento eto era parelho mesmo, porigual), mas sempre mui to bem possada, 0 vinco perfeito. Dava gosto ver: © passo vagaraso de quem aio tem pressa — 0 mun- do podia esperar por ele, © peito magro estitado, os gesios lentos, « vor pousada e grave, descia a rva da Igreja cumprimentando cerimoniasamente, nobremente, (05 que por ele passovam ou os que chegavam na jonela muitas vezes s6 para vé-lo possor Desde longe a gente adivinhovo ele vindo: alto, magro, descarnade, como una ave pemalta de grande porte. Sendo assim tao descomunal, podia ser desojeita do: ndo era, dava sempre a impressio de uma grande & ponderade figura. Nao jogave os pemas para os lados nem 08 trozio obertos, esticavares Feito medisse os pas- 1505, quebrando os joelhos em reto. Quando mentado, indo pora.a suo Fazendo da Pedra Menino, no cavalo branco ajaezodo de couro trabalhade e proto, ai entio sim era a grande, imponente figura, que enchia os vistas. Porecio um daqueles cavaleiros antigos. fugidos do Amadis de Goula ov do Palmeirim, quando jom pora a guerra armados covoleiros. pers dos mosis, 1970. Unesp 2015 Analisando 0 ultimo periodo do ter ceiro parigrafo, verifica-se que a palavra feito é empregada como. (a) advérbio. (b) verbo. ic) substantivo. (6) adjetivo. (c) conjungto. TeTRA I e HEME PG 2013 | cia o texto a seguir. Ricos e ricos Os ricos, como ensinou Scott Fitegerold, so seres hu- manos diferentes de vocé e, provovelmente, de todas as pessoas que voc conhece mis de perio — eis of, dizlo le, @ primeira coisa realmente importante, talvez 0 dink ca que & preciso aprender com eles. Néo pense, nem por um instante, que vocé possa esiar na mesma furme, E possivel, sim, conviver com gente rica, falar de assun: fos comuns, frequentar lugares porecidos. Dé pory tor cer pelo mesmo time de futebol, fer gostes semelhontes ou partlhar desta e doquela ideio. Mos inevitovelmente, mais cedo ou mois tarde, vai ficar claro que o aproxime- {go chego s6 até um certo ponto; a partir dai entro em agéo um freio automético, e 05 rices deslizam de volta para 0 seu mundo psicolégico particular. Fitegerold so- bia do que estova folando. Andou cercado de gente rico durante 0 maior porte de suo vido tumultuada ¢ curto, sobretudo depois que espetaculares sucessos coma O Grande Gotsby ou Suave & a Noite 0 ransformaram num fenémeno nao literatura americana e mundial IR. Guns, Revista Veja, ec. 7254, 1 few 2012, p. 106. Assinale 0 que for cotreto quanto 4 classificagao do termo que nos sezmentos abaixo, O1 de todas as pessoas gure voeé conhece mais de perto, (pronome relative) 02 ..a primeira coisa realmente importante, talver a Xinica que € preciso aprender com eles, (pronome relativo) 04 Nao pense, nem por um instante, que voce possa estar na mesma turma, (conjungao integrante) 08 mais cedo ou mais tarde, vai ficar claro que a aproximagao chega s6 até um certo ponto. (con- Jjungdo integrante) Soma = 17 > Leia o trecho do conto “O mandarim”, de Fea de Queités, para responder a questio 6. Eniéo comecou a minha vida de miliondrio. Deixei bem depress @ casa de Madame Marques ~ que, des- de que me sabia rico, me tratava todos os dias a arroz- -doce, ¢ ela mesma me servio, com o seu vestido de sedo dos domingos. Comprei, habitei o palacete omarelo, ao Loreto: as magnificéncias da minha instalagao sao bem conhecidas pelas gravuras indiscretas da llustracdo Fran- ceso. Tomou-se famoso ne Europa 0 meu leite, de um gosto exuberanie e bérbaro, com 0 bora recoberta de Jémines de ouro lovrado e corinades de um rere bro- codo negro onde ondeiom, bordados o pérolos, versos exéticos de Calo; ume lampode, suspense no interior, dlerrama alo claridade léctea © omoroso de um luar de Veréo. bal Eniretanto Lisboa rojava-se aos meus pés. O patio do polacete estave constantemente invodide por ume turbo: olhando-a enfastiads das janelas da galeria, eu vio 1é bronquejar os peitilhos da Aristocracia, negrejar a sotaina do Clero, e luzir o suor da Plebe: todos vinham suplicas, de lébio abjeio, a honra do meu sorriso @ uma participagée no meu ouro. As vezes consentia em receber algum velho de titulo histérico: — ele adiantava-se pela salo, quase rocondo 0 tapete com os cabelos brancos, toriomudeando adulacées; e imedistamente, espalmon- dda sobre 0 peito 0 mae de fortes veias onde coria um sangue de trés séculos, oferecia-me uma filho bem-ama- da paro esposa ou para concubino, Todos 0s cidadéos me traziam presentes como a um idolo sobre o altar — uns odes votivas, outros o meu monogroma bordado cabelo, alguns chinelas ou boquilhas, cada um a sua consciéncia. Se o meu olhar ‘omortecido fixava, por acoso, na ra, uma mulher Jogo a0 outro dia uma carta em que a criatura, esposa ou prosiituia, me ofertova a sua nudez, © seu amor, ¢ todas 295 complacéncias do lascvia. 3 jomalistes espexeavom a imaginagée pera achar adjetives dignos da minha grandezo; fui o sublime Se Teodoro, cheque 0 sero celeste Se Teedoro; entic, des- voirada, 0 Gazeta das Locais chamou-me o extraceleste St Teodoro! Diante de mim nenhume cabego ficou ja- ‘mais coberto ov usasse 0 coroo ou © coco Todos os dias me era oferecida uma presidéncia de Minisiério ov uma diregéo de confraria. Recusei sempre, com nojo. Ego de Gusts O mando, HELE Unitesp 2015 Assinale a alternativa que apresenta uma correta analise de passagem do texto. (0) Em “e ela mesma me servia, com © seu vestido de seda dos domingos” (1 parigrafo), o temo ‘em destaque pode ser substituido por mesmo, sem prejuizo de sentido ao texto. (b) Em “derama ali @ claridade lactea e amorosa de uum Iwar de Verde” (1° pardgrafo), 0 advérbio em destaque recupera a expressdo “versos eréticos de Catulo”, (©) Em “era logo ao outro dia uma carta em que a ccriatura” (3° pariigrafo), a expresso em destaque pode ser substituida, de acordo com a norma-pa- rho, por euja (4) Em “olhando-a enfustiado das janelas da galeria” (2° pardgrafo), © pronome em destaque recupera 0 substantive Lishoa. (©) Bm “que, desde que me sabia rico, me tratava to- dos 08 dias @ arroz-doce” (1 pardigrafo), a locu- ‘so conjuntiva em destaque estabelece relago de tempo entre as oragdes, EMAL Estrutura e formagdao de palavras ‘Trata-se da segunda parte da morfologia. Estudo dos morfemas — elementos que constituem 0 vocdbulo—e de tum dos processos de formagaio de palavras —a derivagio (prefixal, sufixal e parassintética) Para os exames modernos, 0 destaque € para 0 em ptego dos neologismos (palavras inventadas), sua for- ago ¢ funcionalidade para o texto, (Sua presenga é mareante no Modernismo brasileiro.) Morfemas Além das desinénc ca, temos como morfemas os , do radical, da vogal tem fixos (prefixo ¢ sulixo); siio eles que possibilitam a formagio de novas palavras (morfemas derivacionais). Os afixos que se antepdem a0 radical chamam-se prefixos; os que se pospiem deno- rminam-se sufixos; 0s afixos posstem uma significagzio maior que as desinéncias. Ja a vogal de ligagio e a con- soante de ligagdo so morfemas insignificativos, servem apenas pata evitar dissondncias (hiatos, encontros con- soniantais), sequéncias sonoras indesejaveis. Veja oad ee wo Se nha Se (om Wed) cra, aia! ZINN ZI fradical Vogal Desingneia Radical tematica ‘Consoante deligagao Radel Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical, diz-se que © grupo € formado de palavras cognatas (pedra/pedreiro/pedreira); quando as palavtas irmanam-se pelo sentido, temos a série sinonimica, a familia ideolégica: easa, moradia, lar, mansio, habitagio etc a base significativa da palavra; raiz € 0 morfema origindrio que contém 0 niicleo significative ccomum a uma familia Tinguistica, Pretixo Os prefixos de nossa lingua sto de origem latina ou grega, Alguns apresentam alteragdo em contato com 6 radical, Assim, 0 prefixo an, indicador de privagio, em a diante de consoante, Ex.: amoral, transform: anaerdbico. Os prefixos possuem mais independéncia que os su- fixos, pois se originam, em geral, de advérbios ou prepo- sigdes, que tém ou tiveram vida independents. Sufixo Os sufixos podem ser nominais, verbais ou adver- biais. Formam, respectivamente, nomes (substantivos, adjetivos), verbos eadvérbios (a partir de adjetivos). anarquismo, malufar, rapidamente. Derivagéio + Derivagho prefixal: eria-se uma palavra derivada a partir de um prefixo. Bx.: disenter + Derivagio sufixal: eria-se uma palavra derivada a partir de um sufixo, Bx. doutorado. + Derivagdo parassint se uma palavra de- rivada por meio do acréscimo simultdneo de um prefixo € um sufixo, Se retirarmos qualquer um dos afixos, niio teremos palavra, Fx.: adogar, + Derivagao prefixal e sufixal: acréscimo ndo simulti- neo de prefixo e sufixo, Retirando-se um dos afixos (ou os dois), ainda teremos palavra, Ex.: desleal- dade. Obs.; Alguns linguistas nao consideram esse tipo de detivagao, qf EBB insper 2011 Leia o texto a seguir. A vvolta do caderno rabugento No sei se vocés se lembram de quando hes falei, echo que no ano passado, num cademinho rabugento que eu mantenho, Aliés, é um cademinho para anotagées TETRA I diversas, mas as Gnicos que consigo entender algum tempo depois so as rabugentas, pois as outros se convertem em hieréglifes indecifréve's [..J. assim que fe. cho 0 caderno, Claro, ¢ © reacionarismo préprio da ide: de, pots afinal, as linguas sd0 vives e, se nde mudessem, ainda estariamos Falando latim. Mas, por outro lado, se rT cry olquém ndo resist, « confuséo acabe por instalar-se e, tenho cerlezo, 0 lingua se empobrece, perce recursos ex- pressivos, fomo-se cada vex menos precisa Quer dizes 8S0 acho eu, que no sou filblogo nem nado e vivo estudondo nas gramétics, para no passar vexame, N6o se trata de impor o norme cults @ qualquer usto, até porque, no minha opinido, esté corto o enun- ciodo que, observadas os circunsténcios do diseurs0, co- unica com eficcia, Ndo é necessdrio seguir receituérios absinsos sobre colocagio de pronomes e fazer gindslcas verbois pare enpregar regros semicabolisioas, que s6 tém como efeito emperar o dscurso. Mas hi regras que nem precisom ser formuladas ou lembradas, porque 60 pare te dos exigéncios de cloreza e preciso — e essos deviam ser observados. Néo anoto, nem tenho quallicagées para isl, com a finaldede de apontar 0 “eno de porugués”, smas 0 mé ou inaddequada linguagem. Edevo coniessar que fico com med de que certs pré- 4icas deizom de ser modismo e virem novas regras, bem ao gosto dos decorebas. Eo que acontece como, com perdéo do m6 palasro, enacolutsmo que grossa entre 05 Falantes brasileros do porlgués. Vejam bem, noda contra 0 ona- coluio, que tem nome de origem grega e tudo, ¢ pode ser uma figura de sinfaxe de uso legiimo. © anacoluto ocor- 1p, 50 no me foi mais umo vez o vil memésia, quando um elemento da oracdo fica meio pendurado, sem fungao Snltica. Hé um enacolute, por exemplo, na frase ‘A de- mocracia, elo 6. nossa ope” Para que é esse “ela” ai? Esté certo que, pora dor énfase ou stmo a fal, isso seo feito umo vez ou outa, mos como prétiea universal & meio enerante. De alguns anos pora cé, 88 se falo cossim, basta assistr aos noticiévios e programas de en- trevistos. Quase nenhum entevistado consegue enunctar uma frase direte, no Yerceiro pessoa ~ sujelto, predica- do, abjeto ~ sem dobrar esse svjeito anacoluticomente (oerdée outta vez). $6 se diz “o paliciomento, ele tem como objetivo", “a prevengdo da dengue, ela deve comegar”,“a criango, ela nao pode" e assim por diante. Oeescriox ele teme seriamente que dagui 0 pouco isso, ele viee regra. [| Finalmente, pora ndo perder costume, fago mais um réquiem pare 0 finado “evjo”. Tenho 0 centeza de que, enite 0s muito jovens, a palova & desconhecido € no devers Yer mais uso, dentro de taivez uma década, A gente oié se acostuma a ouvir folor em espécies em exiingdo, mas, ndo sei por que, palawras em extingéo me comovem mois, vai ver que & porque vivo delos. Endo é console imaginar que 0 cujo e eu vamos nos defuniabi- lzar juntos. {bbe Udo Ritero, © Fado de Soo Fave, 18 ji. 2010 ORTL No processo de formagiio das palavras, 08 sulixos de- sempenham importante papel na producto dos efeitos de sentido, Identifique, dentre as palavras extraidas do texto, aquela em que o sufixo ndio tem sentido pejorativo, (0) reacionarismo (b) modismo (0) decorebas (4) anacolutismo (©) defuntabilizar HEA vr 2012 Leia o texto a seguir. Reforma na corrupséo 1 Como previso, 6 arrefece 0 mais recente debate so- 2 bre corrupgtio. Ainda se discute, sem muito entusiasmo, 0 3 absolvigéo de uma deputada que foi filmada recebendo 4 um dinheirinho suspeito, mas isso aconteceu antes de elo 5 ser deputada, de maneira que nao vale, Além da forte 6 tondéncia de os parlamentares néo punirem os seus po- 7 res, havia o risco do precedente. Nbo somente 0 voto & 8 indecentemente secreto nesses casos, como o preceden- 9 fe poderio exporos pescogos de varios outros deputados. 10 Oque © deputado faz enquanio nao é depuiado nao tem 17 importéncia, mesmo que ele seja tesoureiro dos ladies 12 ob Ali Bobs. 13. Aliés, me antecipando um poueo a0 que pretendo 14 propor, me veio logo uma ideia prética para acertor de 15 ver esse negécio de deputedo cometendo crimes durante 16 oexereicio do mondoto. As vezes — e lembro que errar & 17 humano ~ 0 svjeito comete esses crimezinhos distraido. 18 Esquece, em perfeito boo-fé, que exerce um mondoto 19 porlamentar € ai perpetro 0 faleatuo, Fico muito choto 20 porn ele, se ele for flagrado, e seus atos podem sempre 21 vir @ fona, expostos pelo imprenso impatridica. Néo & 22 justo submeter 0 depuiado a essa tense permonenie, 23 afinol de contas, ele & genie como nés. 24 Minha ideia, como, modéstia & parte, costumam ser 25 os grandes ideios, 6 muito simples: os deputados usariam 26 uniforme. Néo daria muito rabalhe controtar {com dispen- 27 20 de lictagte, dada 0 urgéncio do projeto), um estidio de 28 alla-costura francés ou italiona, ou ambos, pora desenhar 29 esse uniforme. Imagino que seriam mais de um: 0 de tra- 30 balbo, usado s6 excepcionalmente, 0 de gala, o de visitor 37 dleitores € assim por diante. Enquanto estiver de uniforme, 32 0 deputodo & responsabilizado pelos seus atos ilictos ov 33 indecorosos. Mas, se estiver & poisona, néo se encontro 34 no exercicio de mandoto e, portanto, pode fazer © que 35 quiser [..] 36 Mas isso é um mero detalhe, uma providéncia que 37 melhor seria avoliada no conjunto de uma reforma sério, 38 que levasse em conta nossas caracterisicas culturais € 39 nossos tradlcées. |.) 40 Oque cola mesmo aqui s40 05 ensinomentos de li- 4 deres como o expresidente (gazado, o "ex’ enganchou 42 aqui no teclado, quase no sai), que, em vérias ocasiées, 43 Jorceu o nariz para denincias de comupgéo e disse que 44 aqui ero assim mesmo, sempre tinha sido feito assim e 45 ndo io mudar a troco de nade. E assumia posturas coe- 46 rentes com esse ponto de visio [..] 47 Coniudo, quando se descobre mais um caso de cor 48 rypgio, 0 vide republicana fea bagungade, as coises nde 49 andam, perde-se kabolho em invesigagées, gasto-se Yempo 50 prendendo e sotando genle ea imprenso, que s6 serve para 51 atropathar, feo cobrando explicagées, embora jé saibamos 52 que explcagbes seréor primero desmentdos e em sequida 53 promessos de pronta e cabal invesigagéio, com a corse- 54 quente punigio dos culpades Néo acontece nada e perdura 55 ess0 situagio monétona, que 6s vezes poralso 0 pats 56 Arealidade se exibe dionte de nés ¢ do a vernos. Em 57 gor de querer suprimir nossos prices seculares, que hoje 858 fnnfo prosperam, por que néo qproveté-kas em nosso favor? 59 [..] O brasileiro proocypado com 0 assunto jé pode sonhar 60 com uma corrypgio moderna, dindimica e geradora de em 61 pregos e rendo. E ndo pensem que esqueci as famosas clos 62 ses menos fovorecidas, como se dizia anfigamenie. Ominimo 63 que antevejo 6 © programa Froude Féei, em que qualquer 64 um podert habiltarse a0 exercicio do bos comipctio, em 65 seu campo de agéo favorite. Acho que dé certo, & sé testar 68 Efcar de olho, para néo deixar que algum comypto passe a 67 mio ne fundo todo, assim também néo vale Jo6o Ubalde ibsire. © Esta de Séo Poul. Disponive em: . Acrsio em 4 set 2011 Na linha 17, 0 autor fala em crimezinhos, repetindo uma estratégia jé usada na linha 4, quando se refere a dinheirinho, No contexto em que aparecem, as duas ovorténcias de diminutivo: (a) tepresentam uma minimizagao do destaque que a midia tem dado aos episddios de corrupsao. (b) indicam a versio daquele que é flagrado em situa- Ses comprometedoras, tentando livrar-se do peso da infragio, ‘maream a ironia em rela ic aos corruptos, que exploram a boa-fé do eleitor com vistas a sua pro- mogaio pessoal deixam implicita a informagio de que nao se deve confiar nos dados apresentados pelos envolvidos em escandalos financeiros. (©) denotam a avaliagao do autor acerca da importéncia dos crimes perpetrados contra os cofies piblicos. TETRA I e EEE Unicamp 2015 Os textos a seguir foram retirados da coluna “Caras e bocas”, do Cademo Als, do jomal O Estado de Sao Paulo: “A intengGo & salvar o Bros.” Ana Paula Logutho, professora e entusiasta da segun- da “Marcha da Familia com Deus peta Liberdade”, que pede uma intervengao militar no pais e pretendew reeditar, no sébado, a passeata de 19 de marco de 1964, na capital paulista, contra 0 governo do Pres dente Jodo Goulart “Sexé um evento esculhambative em homenagem ao outro de S80 Paulo.” José Caldas, organizador da “Marcha com Dews € 0 Diabo na Terra do Sol”, convocada pelo Facebook parao mesmo dia, no Rio de Janeiro. IC Esedo de So Rulo, 23 mar 2014, Caderno Als, Ed Negitos peseries no original a) Descteva 0 proceso de formagao de palavras envolvido em esculhambativo, apontando o tipo de transformagao ocortida no vocabulo, b) Discoma sobre a diferenca entre as expressoes, “evento esculhambado” € “evento esculhambati- vo”, considerando as relagdes de sentido existen- tes entre os dois textos anteriores. EE “No Manifesto Pau-Brasil, Oswald propunha um abrasileiramento do brasileiro... Em abrasileira- ‘mento, no se observa: (0) emprego de derivagio prefixal: de brasileirar para abrasileirar (b) emprego de derivagao sufixal: de Brasil para bra- sileiro. (c) emprego de derivagao parassintética: de brasileiro para abrasileirar. (c) emprego de detivacao sufixal: de abrasileirar pata abrasileiramento. (c) emprego de sufixo com 0 sentido de “ato, aco”. HE ver 2012 Leia o texto a seguir. Desencontrarios ‘Mondei 0 palavra rimar, ‘ela ndo me obedeceu. Falou em mar, em céu, em ros0, «em grego, em silfncio, em proso. Parecia fora de si, ‘a.sllabo silencioso. Mandei a frase sonhar, ela se foi num labirint. Fozer poesia, eu sinio, opencs isso. Dar ordens o um exército, para conquistor um império extnto. Poul Laminsk, F Goes 0 A Marine (Orge}- Mehhores poomos de Paulo lemirst 880 Pao: Global, 2001. Considere a formagio da palavra desenconirdrios, titulo do poema de Paulo Leminski, Separe seus ele- mentos mérficos, Em seguida, nomeie 0 primeiro morfema que a copie e indique seu significado, do lingua portuguesa nem sempre era aquele reconhe- ido pelos limos. Uma vez, querende deixar bem claro {que 0 craque do Timo néio seria vendido ov emprestado ora outto clube, afirmou que “0 Sécrates & invendével € imprestével”, Em outro momento, exoltando 0 versat- fidode dos otletas, criou uma pérolo da linguistica e do zoologia: “logador tem que ser completo como 0 pato, ‘que é um bicho aqudtico e gramético”. Revista de Histo da Blfofeca Necion, ol 2011, p 85. [Adopt " Invendaivel: gue nao se pode vender ov que ndo se vende com facilidade. Imprestavel: que ndo tem serventia; indtil Aquético: que vive na 6qua ou 8 sve superticie Gramética: que ou 0 que apresenta melhor rendimento nas corridos em pisto de grama (diz-se de cavalo} HOUAISS. Dison Elenco Howaissd Linguo Poteauesa. Cieponel em: . a) Descreva © proceso de formagio das palavras invendével e imprestavel e justifique a afirmagio segundo qual 0 uso que Vicente Matheus fazia da lingua portuguesa “nem sempre era aquele re- conhecido pelos livros”. b) Explique por que o texto destaca que Vicente Matheus “criow uma pérola da linguistica © da zoologia”. HE Unicamp 2012 Os verbetes apresentados em (II) a seguir trazem significados possiveis para algumas palavras que ocorrem no texto intitulado Bicho gramitico, apresentado em (1). 1 Bicho gramatico Vicenie Matheus (1908-1997) foi um dos persona- gens mois controversos do futebol brasileiro. Esteve 6 frente do paulista Corinthians em varias ocosides entre 1959 e 1990. Voluntarioso ¢ falasirdo, o uso que fozia ents) EY aaT Derivagdo e composigao Sequéncia ao estudo da derivagio e introdugio & composigio. Decompor as palavras © observar 0 sentido dos morfemas (radicais, prefixos € sufixos, principalmente) elucida o significado da palavra, Vale lembrar que os morfemas sao polissémicos, isto & po- dem variar de sentido conforme a palavra ¢ 0 texto. Derivagéo + Derivagio regressiva: Cri bais, isto &, provindos de verbos; por isso, sto substuntivos que denotam ago, Se 0 substantive indicar ago e se, em relagho ao verbo, possuir um ‘menor niimero de fonema: bo e 0 derivado, o substantivo (a derivag: por meio da supressio de fonemas). Ex.: O discurso de paz evitou 0 ataque. substantives dever- © primitivo serio ver- ocorre + Derivagao imprépria: Ha duas possibilidades. 1. O substantive comum vira proprio (vice-versa): Rapaz, como joga, € um pelé! 2, Mudanga de classe gramatical: + de agjetivo para substantivo: © velho tia muito, por isso era jovem. + de substantivo para adjetivo: Roberto é burro? + de verbo para substantivo: O eantar das almas. + de verbo ¢ advérbio para conjungiio: Seja homem, seja mulher + de adjetivo para advérbio: Fala bonito o cabra! + de participio para preposigao: Salvo Jo: viera + de participio para substantivo e adjetivo: A mao ferida agonizava. HEB Leia 0s textos a seg. Texto 1 Pedro pedieiro penseiro esperando o trem. CCice Buarque. “Padko Pedro". In: Chico Buorgue de Holanda © 1965 by Edlora Musica Brasileira Medema Lido. Adminsrada por Formatado Bros, Texto Il Mesmo se ndo sair de papel, irem-bola custaré RS 1 bi ole 2014, Geraldo Deca 0 Globo, 14 oge. 2013. TETRA I Por Composi¢o Palavras compostas sio aquelas que apresenta mais de um radical, no minimo dois; os radicais pri- mitivos perdem a 10 propria em beneficio de um tinico significado. + Justaposigao: os dois termos (radicais) conser ‘vam a sua individualidade, nao hé alteragdo foné- tica, Ex.: girassol. + Aglutinagio: na composigdo, hi perda de fone- ‘mas. Ex.: aguardente, boquiaberto. Outros processos + Onomatopeia: trata-se da imitagio de vozes de seres, sons ruidos da natureza. Com base nas onomatopeias, formam-se novas pala- vvras, Ex.: miau!; tique-taquel! + Abreviagio voeabular: trata-se da redugdo de fo- neias, a palavra se apresenta de forma reduzida © nao plena, Ex.: auto (automével), + Hibridismo: trata-se de palavras, cujos morfemas, o de linguas diferentes (sambadromo: portugues! rego). 1. Notexto Il, nota-se uma palavra formada por eom- posigio que emprega radical presente no texto I Na composi¢o observada no texto Il, 0 segundo radical restringe semanticamente 0 primeiro. IL. Ao utilizar o termo penseiro, em vez de pensador, Chico Buarque cria um neologismo cujo signifi- cado remeteria ao pensar do pedreito. IIL, Os vocabulos pedreiro ¢ penseiro sio cognates & formados por um mesmo processo de composi- eo. Ademais, rimam entre si. Estio corretas: (0) apenas 1 (b) apenas 11 (©) apenas IL (6) apenas Ie I (©) todas. EEE Leia o excerto a seguir Nés, 05 temulentos Entendem os filsofos que nosso contlito essencial @ drama, tolvez Unico, sejo mesmo o estar-no-mundo. Chico, 0 herd, néo perquirio tanto. Deixeva de interpre- tor as séries de simbolos que séo esta nossa outra vide de aquém-kimulo, 160 pouco pretendendo ele proprio re- presentor de simbolo; menos, ainda, se exibir sab farsa De sobre afligio-o a corriqueira problemético quotidian, ‘0 qual tentovo, sempre que possivel, converter em irteali- dade. Isto, 0 pifor, vrar @ andar, de bor o bor Guimortes Rosa. Turner: Tis esti. 2 ed. Rio de Janeio: Lara lost Olympo, 1948 a) Qual éo significado contextual de aguém-timulo? b) Que processo formador de palavras temos no neo- logismo aguém-timuto? Pi FE Ver) 2011 (Adopt) Leia o texto a seguir. Competicéio e individualismo excessivos ‘ameacam satde dos trabalhadores Ideologia do individvalismo Oniovo eenério mundial do trabalho opresento facetas como a da competigéo globalizada e a da ideologio co individualsmo. A ofirmagéo foi feito pelo professor da Universidade de Brasilia (Un8) Mario César Ferreiro, 20 portcipar do seminério Trabalho em Debate: Crise Oportunidades. Segundo ele, pelo primeira vez, hé uma ligagéo direta ‘entre trabalho e indices de suicidio, sobretudo no Franco, ‘em fungéo dos mudangas focados no ideia de exceléncio, Fim do espetializacéo "A contiguragio do mundo do trabalho & cada vez mais volétl" disse 0 professor Ele destocou ainda a crescente ex pansio do tercero setor, do trabalho em domicile do tro- batho ferinino, bem como « exclusio de perlis como 0 de frabalhadores jovens e dos forlemente especializados. “As exganizacbes preferem perfs polvalentes e mutifuncionais ” Desta forma, a escolarizegéo cléssica do trabalhodbor am plia-se pora 0 quaificagio continua, enquanto ulraespe: Golizagéo evolu’ pora a mulliespecialzagio. Disponivel om: . [Adopt Dentre as palavras usadas no texto para deserever © novo regime de trabalho, uma delas implica uma contradigZo nos proprios termos, ou seja, uma palavra cuja composigdo contém elementos que se opsem, A palavra formada por elementos que sugerem senti- dos opostos &: (0) qualificagao. (b) escolarizagao, (©) ultraespecializagao. (4) multiespecializagao. EER fem 2010 Carnavélia Repique tocou Osurdo escutou Eo meu corasamborim Giico gemeu, seré que era meu, quando ela passou por nim? fol [A Asuras; C. Bown; M Mone. Fbelistos, 2002 Frogmenc} No terceiro verso, 0 vocabulo corasamborim, que é a junedo coragdo + samba + tamborim, refere-se, a0 ‘mesmo tempo, a elementos que compdem uma escola de samba ¢ a situag%io emocional em que se encontra oautor da mensagem, com 0 cora¢io no ritmo da per- cussio, Essa palavra corresponde a um(a): (a) estrangeirismo, uso de elementos linguisticos ori- ginados em outras linguas e representativos de ou- tras culturas, (b) neologismo, criagao de novos itens linguisticos, pelos mecanismos que o sistema da lingua dispo- nibiliza. (c) gitia, que compde uma linguagem originada em determinado grupo social ¢ que pode vir a se dis- seminar em uma comunidade mais ampla. (c) regionalismo, por ser palavra caracteristica de determinada frea geognifica. (e) termo téenico, dado que designa elemento de Area especifica de atividade. ETS TeTRA I Portucués ] Sujeito e predicado Estudo da sintaxe, Primeitamente, 0 reconheci- mento do sujeito € do predicado e sua disposi oragio (ordem direta e indireta). O estudo da sintaxe € importante nao $6 para o uso da norma-padtio (con- cotdancia, regéncia, sintaxe dos pronomes, por exemplo) como também para a interpretagao de texto (poemas em ordem indireta, paralelismo sintitico ete.). jo na Sujeito e predicado A posposigio do sujeito + Em oragies infinitivas (introduzidas por verbo no infinitivo), com verbos intransitivos (que niio pre- cisam de complemento) ou passivos (que sofrem ago). Deixe nascer as flores amarelas. Faltam argumentos, doutor. E preciso que se expulsem os pensamentos negativos. + Quando algum elemento da oragao, que nao 0 su- jeito, ocorre na primeira posigao. a)_Interrogativas com pronome: Que faz.0 pobre leproso” b) Topicalizagoes (com o objeto, complemento do verbo, ou predicativo): ‘A propina querem os maus politicos, pobres alucinados, ©) Com pronomes relativos (que, onde, sonde, o qual Sabe 0 vilarejo onde mora o poeta? d) Com verbos reflexivos (camegam o pronome consigo) de sentido passive: Assim se dirigia meu pai a todos, ©) Com verbos no participio: Terminadas as oferendas, fagamos 0 improvivel f) Em oragdes intercaladas (no meio de outra): Os corvos, dizem os magos do sul, sito passagei- 10s do terror. qe ea HEB 5c 2011 (Adapt) A poesia pode ser encontrada znas formas e lugares mais inusitados, como nesta ins- crigdo em um para-chogue de caminhao: © texto como aparece acima (todo em maitisculas € sem sinais de pontuagio), apresentado a diferentes leitores, teve as seguintes interpretagbes L._ Um dia 0 interlocutor (a quem o texto € dirigido) estar morto e enterrado, e de nada valerd seu or- gulho, que seta coberto pela terra IL. 0 orgulho do interlocutor & tio grande que cobre o planeta Terra, Considerando ess: duas possibilidades de interpreta- lo, & correto afirmar que: 01 a presenga de sinais de pontuagdo e a diferen Gao entre maitisculas € mintisculas contribuiriam para tomar o texto mais polissémico, abrindo pos- sibilidades para mais interpretagdes. 02 a interpretagao I € descabida, porque o verbo esti conjugado no presente do indicative, entao nao pode referir-se a um evento futuro, 04 a interpretagao I implica uma FROG: a terra cobtir 0 orgulho significa cobrir a pessoa orgulhosa, 08 a interpretagao IT implica uma hipéebOle: 0 orgu- Iho de alguém é to grande a ponto de cobrir a Terra, 16 para que ocorra a interpretagio I, énecessirio que © termo “a terra” seja tomado como objeto direto do verbo ¢ que 0 termo“o teu orgulho” seja enten- dido como sujeito, Soma = ‘Metonimia: figure de inguogem que conse em representa ume imogem ou ideo efrovts de uma parle Ex: cabece de gad (0 Jo cabega reietese 20 onimaliniero). Hipérbole:figuo de lingsogem aue conse em alor ume imo ‘gen ou idsio exageroda. Ex: moner det D A questio 2 toma esti baseada em um poema de Luiz Gama (1830-1882), poeta, jomalista e Hder abolicionista brasileiro, nascido livre e vendido como escravo pelo proprio pil No cemitério de S, Benedito Em ligubve recinto escuro ¢ frio, Onde reina 6 siléncio 00s mortos dodo, Entre quoiro paredes descoradas, Que 0 coprichose luxo nao adoma, 5. Joz da tera coberio humane corpo, que escrovo sucumbiy, lime nascendo! Das hérridas cadefas desprendido, Que 56 foriam sacrlegos tranos, Dorme o sono feliz do etemidode. 10 Nao cercam a morado lutvos0 Os salgueiros, os fiinebres ciprestes, Nem ihe guarda os umbrais do sepultura Pesoda loje de espartano mdrmore, Somente levantado em quadro negro 15 Epitifio se Ié, que impoe siléncio! — Descansam reste lar caliginoso’ O misero cativo, © desgragadol... Aqui néo vem rosteira a vil lisanjo Os feitos decentar do tronia, 20 Nem ofuscando a luz da 6 verdode Eleva o crime, perpetua a infémio. Aqui néo se ergue altar ou trono d’ouro Ao torpe mercador de carne humana. Aqui se curva o filho respeitoso 25 Ante a lousa matema, 0 pronto em fio Coi-the dos olhos revelande mudo Abistéria do passade. Aqui nos sombras (Do funda escuridéc do horror etemno, Dos bragos de uma cruz pende © mistério, 30 Foz-se 0 cetro” bordéo%, andrajo a ténica, Mendigo 0 rei, © potentado! escrovol Prinetastovas bulesecse outs poemas, 2000. 'ealginoso: mute excuro, tenabrose “eit: bosito de comand vsodo pelos eis “bord: eajade grosso usodo come apaia ae eaminhar. “potentodo: pessoa mut rcs © podsrosa. Tetra I HEA Unesp 2015 Indique os termos que exercem a fungo de sujeito nas oragdes que constituem os ver- s08 24 & 29 do poema de Luiz Gama e 0 que hi de ‘comum nesses versos no que se refere & posigdo que ‘ocupam em relago aos respectivos predicados, O excertoa seguir é de Chico Buarque, renoma- do compositor da mifsica popular; lei. Nao britharia 0 estrela, oh belo. Chico Buerque; Flu Lobo. °A bela eo fer hs O grand cco rmisico. 1963. © - Marla Edgbes Musicals Udo. a) Reescreva a passagem apresentada em ordem, direta, b) Dé © motive pelo qual © autor optou por essa estrutura, Cas) Portucués ] 4 Tipos de sujeito Estudo dos tipos de sujeite, matéria importante para a concordancia & para a coesio (ou seja, funda- mental para a redagaio), Convém ressaltar ainda os efeitos de sentido provocados pela enunciagdo ao se utilizar detetminado tipo de sujeito (indeterminar sujeito para se criar expectativa em torno dos fatos, por exemplo). Tipos de sujeito sujeito pode ser determinado, indeterminado ou inexistente (oragdio sem sujeito). Determinado sujeito € determinado quando pode ser identi- ficado na frase por meio de seu(s) nuicleo(s) ou por meio de uma elipse (quando se oculta a palavra, por- que ela esti subentendida no contexto ou implicita na terminagao do verbo). Sujeito determinado simples Quando ha um 56 nticleo sintitieo, representado ‘por um substantivo, pronome ou numeral (no singular ou no plural) 05 alunos elegeram os representantes do grémio. Sujeite determinado composto Quando ha dois ou mais niicleos sintiticos, repre- sentados por substantivos, pronomes ou numerais (no singular ou no plural). —0 professor eo diretor parabenizaram o trabalho dos alunos. Sujelto determinado eliptico ou implidto na desinéncia ‘verbal (oculto) Quando o sujeito for oculto por estar expresso an- teriormente ou por estar implicito na desinéncia verbal mos alicnadas? Os rivos ¢ 0s pobres os so? — Hi muitos ricos e muitos pobres... nfo igualemos. Indeterminado © sujeito indeterminado ocorre quando o verbo nfo se refere a uma pessoa determinada, ou por se Gesconhecer quem pratica a ago, ou ainda por nio haaver interesse em conhecé-la, O sujeito indetermina- do pode apresentar-se na terceira pessoa do plural ou na terceira pessoa do singular, com emprego do “se”, indice de indeterminagio do sujeito. Com o verbo na tereeira pessoa do singular e com 6 indice de indeterminagio do sujeito (se) —Necessita-se de sigua Com o verbo nu terceir pessoa do plural, sem 0 indice de indeterminagiio do sujeito (se) —Necessitam de sigua Inexistente (oragéio sem sujeito) Neste tipo de estrutura sintitica, a exemplo do sujeito eliptico e do sujeito indeterminado, hd apenas o predicado. A diferenga & que, ao contrétio dos dois pri- meitos, ndo ha quem faga a ag2o. Os principais casos: a) Verbos ou expressdes que denotam fenémeno da natureza ¢ indieagto de tempo em geral —Faz calor, meu bem? Podemos sair? Chove, amor! b) Com os verbos haver e fazer no sentido de tempo decorrido (impessoais), ~Alids, faz. 10 minutos que chove. Hai pouco niio chovia, que chato! ©) Com o verbo haver no sentido de existir, aconte- cer ocorrer (impessoal), —Amot, hi tantas outras coisas a fazer... Em linguagem coloquial e em certos textos literd- rios, é comum o emprego do verbo “ter” com o sentido de existit, Para muitos gramaticos, todavia, o uso deve ser evitado em linguagem culta — Tem tanto museu bonito. rg P Texto para as questdes 1, 2€3 Luciono eproveitou 0 foto de os pais estorem dor mmindo pora dor uma volia com 0 carro. Luciono dev 0 volta, mas 00 estacionar © carro na goragem, amassou ollateral. Horas depois... —Luciano, vem aquil —Falo, poi? Que é isso no caro? =O qué? -O qué? O carroll Esti omassadolll =IhlA porto amossou, 62 HEB Que esiratégia sint ma frase do didlogo para da batida? © garoto utilizou na ulti- 10 se colocar como agente Empregue outro tipo de sujeito com o qual a frase também teria o mesmo sentido. EE Qual ¢ o sujeito de vir em “Luciano, vem aqui? Se retirdssemos a virgula, o sujeito seria 0 mesm« Leia o excerto a seguir, pertencente a Noel Rosa. Quondo eu mores, néo quero chore nem vela Quero uma fito amarela grovada com o nome dela Se existe almo, se hé outro encamacéo Fv queria que 0 mulota sapateasse no meu caixio Noe Rosa. “fits amore". Disponivel em: «ym dominioptlico, govbr/download/xa/me004326. p>. a) Cite o verso em que 0 autor emprega verbos sind- nnimos, mas com diferentes tipos de sujeito. Expli- que 0 tipo de sujeito empregado pelo compositor, TETRA I b)_ Reescreva o verso passando os substantives para © plural EEE insper 2012 Leia a tirinh: Atirinha de Jean Galvao faz referéneia a um assunto muito recorrente nas aulas de Portugués. A respeito da identificagao e classificagao do sujeito, conforme prescreve a norma gramatical, ¢ incorteto afirmar que: (0) no 1° quadrinho, o se empregado nos trés periodos escritos na lousa (“Precisa-se de empregados”, Vende-se casas”) de indice de indetermi- nagio do sujeito nos dois primeiros e particula apassivadora no iltimo. (b) o periodo “Vende-se casas”, no 1° quadrinho, esta riscado porque contém um erro de concord verbal: 0 verbo transitive direto vender dever ser flexionado no plural para concordar com 0 su- Jeito paciente casas. nas trés ocorténcias, presentes nos periodos es- ctitos na lousa, 0 se exerce a fungdo sintitica de indice de indeterminagao do sujeito, e, para esta- belecerem a concordincia verbal de acordo com norma culta, 0s verbos devem permanecer no singular, (4) no contexto da tira, 0 adjetivo indeterminado pode ser associado a um sentido genérica, nao ao critério gramatical, porque apenas qualif se sente a personagem (0 sujeito), apés um dia exaustivo na escola. (©) se, no iltimo quadrinho, o garoto analisasse sinta- ticamente a frase proferida pela mae, conforme a norma gramatical, ele responderia assim: "sujeito simples, quem", “Assiste-se a bons filmes” e exemplifiea a ocorréne a como HERE Epcar (AFA) 2012 (Adapt.) Leia o texto a seguir. O siléncio incomoda Como trabalho em caso, assisto @ um grande ni- mero de jogos @ programas esporiives, alguns porque gosto @ outros para me manter atvalizado, vejo ainda muitos noticidrios gerais, filmes, programas culturais (sao pouguissimos) e também, por curiosidade, muitos coisas ruins. Estou viciado em televiséo. Néo suporto mais ver tantos tragédias, crimes, vio- Jéncias,felcotues e fantas poliicagens pare o realizagéo da Copa de 2014. Estou sem pociéneia pora assistr 0 tantos portidos jumultuadas no Brasil, consequéncia do estilo de jogar, da toleréncia com a violéncia e do ambiente bélico em que se iransfommou o futebol, dentro e fora do campo. Na tronsmissao das partidas, falo-se e grita-se de- ‘mais. Néo hé um tnico instante de siéncio, nenhumo pousa. O barulho é cada dia maior no futebol, nas ruas, ‘nos bares, nos restaurantes € em quase todos os ambien- Jes. O siléncio incomoda as pessoas. E ébvio que informagées e estatisticos so importon- ‘ssimas. Mas exageram. Folo-se muito, mesmo com o bola rolando. Impressiona-me como se formom concei- 40s, déo opinides, baseados em estatisticas que tém pou- 2 ou nenhuma impoxtincia. Na partido entre Escécia © Brosil, um repérier do TV Globo deu o “grande notici”, que Neymar foi 0 primeiro jogador brasileiro © morcar dois gols contra 0 Escécia em uma mesma partida. Parece haver uma disputa para saber quem dé mais informagées e estotisticas, e outra, entre os naradores, para saber quem grto gol mais alto e prolongods. Se dizem que a imagem vale mais que mil palavras, por que se fala e se grita fonto® (Outra discusséio chata, durante e apés os parlidas, & 5@ um jogador feve o intengao de colocar 6 méo na bolo ¢@ de fazer pénali,e se out leve a intengso de atingir 0 codversério. Com rorissimas excegées, ninguém é louco para fazer pénalti nem t60 conalha pora querer quebrar ‘0 outro jogador. Cave ccorre, com frequéncia, é 0 jogador, no impul 10, sem pensar, solar brage no cara do outro. O impulse es 0 frente da consciBncio. Néo sou tombém t60 ingénuo para achar que todas as faltas violentas séo involuntérias. Nao dé para 0 drbitro saber se a fata foi intencional ov 1780. Ele precisa jlgor o elo, e ndoa inlengio. Eles preci- sam ter fombém bom senso, o que é rare no ser humeno, pora saber o grovidode des fokas. Muitos parecer iquois, ‘mos nd so. Ter erfério nd0 6 uniicr as aiferenges Toso, Foo de Plo, eademo D, “espore, p11, 10 ob 2001. Ty Assinale a opgio que traz uma informagio pertinente ao texto, (0) A relagio seméntiea estabelecida no periodo “Como trabalho em casa, assisto a um grande i= mero de jogos e programas esportivos” € de causa. (b) Em “fala-se e grita-se demais” 0 sujeito da agio verbal esti oculto, () O estilo de jogar, a toleréncia com a violencia & ‘com as armas & consequéncia das partidas tumul- tuadas no futebol. (4) Os coneeitos ¢ as opinides baseados em estatisti- ‘cas sempre tém pouca importincia no futebol. Car Termos da oragao ligados ao verbo I Além do sujeito e do predicado, ha os termos da oragao ligados ao verbo e ao nome. Comegamos pelos comple- mentos verbais — os objetos, Trata-se de termos ligados ao verbo. Pata facilitar a compreensao da sintaxe, 0 aluno deve ter em mente 0 conceito de cada um dos termos da oragdio, Hi resumos no inicio do capitulo 3 € no inicio do lo 4. Assotiados ao verbo 00 = ani) aia Tipos de verbos Verbos de ligasio ‘Sao frequentes na descrigao dos seres, nas definigdes cientificas e nas opera estado permanente, estado transitdtio, mudanga de estado e continuidade de estado. Os teus ollios eram pedras vivas, de um cinza surdo, 's Igicas; podem comunicar {ransitivos: ndo possuem complemento verbal/sentido completo. Significativos < entdo minha alma congelou, emudeceu. transitivas: possuem complemento verbal, objeto/sentido incompleto As pedras devoravam minha garganta, ‘Verbo transitive direto verbo nio exige preposigao, possui um complemento chamado objeto direto, —Logo as pedras-olhos quebraram 0 gelo. ‘Verbo transitive indireto verbo exige preposigdo, possui um complement chamado objeto indireto, © qual apresenta preposigao explicita (ou implicita, se for pronome). Minha alma precisa de pedras preciosas, como vocé. ‘Verbo transitivo direto e indireto verbo exige dois complementos, um abjeto direto (sem preposigia) e um objeto indireto (com preposiglo explicita ou implicita). —O nal destas pedras deu um tom musical ao nosso louco amor. Termo integrante (nocesstrio na estrutura sintética) Eo complemento de um verbo transitivo (sinénimo de complemento verbal) Objeto € Funciona semanticamente como 0 alvo, o ser afetado, o destinatirio Pode estar eliptico se estiver clara no contexto Esta sempre associado a um verbo transitivo (termo associado ao verbo) TETRA I 31 ry co Objeto direto Alteragdo semantica do verbo na mudanga ‘Trata-se do complemento do verbo transitivo direto «de objeto 6u do complement verbal sem preposigio (porque o Em literatura, € comum 0 uso de recursos ex- verbo niio a exige: construir algo), pressivos envolvendo o objeto. Um desses recursos —Os alunos construiram © prototipo de uma casa sus-_consiste em empregar 0 verbo em sentidos diferentes, tentivel para cada objeto, —A bomba “oficial” arrebentou as portas ea vida dos Objeto indireto que ali estavam Trata-se do complemento do verbo transitivo indi- reto ou do complemento verbal com preposigao(quan- Ampliagdo de sentido na mudanga de doa preposigiio é uma exigéncia do verbo: precisarde). regéncia — Voc’ precisa de Rio de Janeiro nas veias, meu Verbos transitivos. quando se tomam intransiti- inmio! ‘vos, passam a ter sentido mais abrangente. — 0 teu namorado no bebeu pinga apenas no baile, Topicalizagio do objeto minha filha, cle BEBE Colocar © objeto no inicio da oragao (no topo) & uma forma de chamar a atengio, instrumento de énfase, E preciso nao confundir a topicalizagdo do objeto com determinadas estruturas a que os estudiosos cha- anacoluto. ma —Nesta apostila eu confio! ine HEB Veja a charge a seguir. a) Em uma das ocorréneias, o vocbulo prava é ver bo transitive direto, Aponte 0 objeto direto desse verbo, CONSEWNO 0E ETicA b) Qual é0 significado contextual do objeto diteto? HEE Unicamp 2012 © texto a seguir & parte de uma campanha promovida pela Aner (Associagio Nacional de Eaitores de Revistas). Surfamos a Internet, Nadamos em revistas Alntemet empolga. Revisios envolvem Alniemet agora. Revistas abragam. Alntemet € passageira. Revisios séo permanentes. Eeessos duas midias estéo crescendo, Um dado que passou quase despercebido em meio ao barviho da Intemet foi © foto de que « circulagéo de sevistos aumentou nos iltimas cinco anos. Mesmo na era da Internet, 0 apelo das revisios segue crescendo Ronse nisto: 0 Google existe hd 12 onos. Durante esse periodo, © numero de ftulos de revisios no Brosil arescey 234% Isso demonstra que uma midia nova néo ubslitui uma midia que j6 existe. Uma midio estabelecica tem a capocidade de seguir prosperando, a0 oferecer uma experiéncia Unica. £ por isso que as pessoas ndo deixom de nodar s6 porque gostam de surfar. Imprento, n. 267, meio 2011, p. 17. (Adopt. a) O verb surfar pode ser usado como transitive ou intransitivo, Exemplifique cada um desses usos com enunciados que aparecem no texto da campanha, Indique, justificando, em qual desses usos 0 verbo assume um sentido necessariamente figurado, b) Que relagao pode ser estabelecida entre o titulo da campanha € o trecho reproduzido a seguir? Como essa relacdo ¢ sustentada dentro da campanha? “A Intemet empolga. Revistas envolvem. A Iintemet agarra, Revistas abragam, A lniemet é passageira, Revistas sto permanentes.” TETRA I e EEE 0 trecho faz parte de um anincio de um convénio miédico. ‘Addo da Silva boieu © carro, quebrou a cabego, um pai, dois primos € um ov6, a) Na segunda oragio do trecho, 9 verbo quebrar muda de sentido quando muda de objeto. Explique, b) Crie uma oragio em que 0 verbo quebrar seja transitivo. HEIN Unitesp 2015 Analise a capa de um folder de uma campanha de transito. Segui eine cotinste. Explicitando-se os complementos dos verbos em “Eu ccuido, eu tespeito.”, obtém-se, em conformidade com a norma-padrio da lingua portuguesa: («) Fu cuido dela, eu Ihe respeito. () Bu Ihe cuido e respeito (©) Bu cuido e respeito-a, (©) Bu cuido dela, eu a respeito. (©) Bua cuido, eu respeito-Ihe. HEE Unicamp 2008 Adapt.) Leia as tiras a seguir. A primeira tira & uma tradugo brasileira e a segun- da, uma tradugao portuguesa. Dé um exemplo de uma diferenga sintitica entre a tradugio do portugues eu- ropeu e a do portugués brasileito, Descreva essa di- ferenga, I Peet EY Termos da oracao ligados ao verbo IT Estudo do adjunto adverbial (nome que o advér- bio © a locugo adverbial assumem na sintaxe) © do agente da passiva. Adjunto adverbial Liga-se a0 verbo, ao adjetivo € ao advérbio. Do ponto de vista semintico, 0 adjunto da ao verbo uma circunstincia de lugar, tempo, modo ete. (valores se- ‘minticos do advérbio): quando ligado ao adjetivo eao advérbio, expressa intensidade, —Saiu ealmamente. —Saiu muito ealmo, ‘Trata-se de um termo acessério, complementar & estrutura sintitica. — Nas ruas de todas as cidades, observa-se 0 lixo € oabandono. A omiissio do adjunto adverbial pode nao pre- Jjudicar a sintaxe, mas pode afetar a mensagem, se 0 adjunto contiver uma informac%o importante para © emissor ou para 6 contexto. Causa inersicace ‘companiia lugar ‘Ganoossta Naveria ‘Condieao Meio Conformidade Modo Divida Negagdo Fnalsace posigao tetrumanto Tempo Agente da passiva Termo que, em voz passiva analitica, designa © agente da ago verbal Introduzido pela preposigaio por ou de, 0 agente «da passiva esti sempre ligado ao verbo. TETRA I Transformacées Vor ative o Cojo aeto wa mieto Tocupto verbal vorbo sor Verbo ‘ira ro mesmotempo @ modo = fartecpio do vero0) ‘Suite via oonte da paosiva inroduzio pola prepesito por Observagdes: 1. Se o sujeito da vor ativa estiver acompanhado de artigo, haveri a contrago antecedendo © micleo (substantive ou pronome) do agente da passiva: Por +a= pela por + as = pelas Por + 0= pelo. por+ os = pelos 2. Se houver, na voz ativa, locugio verbal (verbo auxiliar + verbo principal em uma das formas no- minais), a transformagiio para a voz. passiva obe- decetd aos seguintes critérios a) Oauxiliar concorda com o sujeito na passiva, mas. permanece no mesmo tempo e modo. 'b) O verbo principal, na passiva, vai para o participio. ©) Coloca-se 0 verbo ser na passiva apés o auxiliar du ativa e antes do participio. 4d) O verbo ser assume 6 tempo ¢ 0 modo do verbo principal da ativa, Quebra do paralelismo semantico A quebra de paralelismo semantico & entendida como uma quebra de expectativa semntica (no nivel do significado). Marcela omou-me durante quinze meses © onze conios de ris. Machado de Assis Omissio do agente da passiva Seem voz ativa o verbo estiver na terceira pessoa do plural, indicando sujeito indeterminado, na transfor- ‘magi para a vor passiva niio haverd agente explicito Compraram 0 debate, <>O debate foi comprado. Na imprensa jornalistica, em certas reportagens, 0 agente nao aparece por nao se saber ou por no haver interesse em revelé-lo. Veja: CINCO LiDERES SINDICAIS FORAM MORTOS NA PARAIBA. ery HEB Leia a frase a seguir. Gesce 0 consumo de suco de laranja e botata no Porand. a) Qual aregénciado verbo creseer na frase anteri Considere 0 enuneiado: Elo foi comunicada da demiss6o pelo assessor. a) Passe 0 periodo para a voz ativa. b) A frase apresenta dois problemas: uma passagem ambigua € um adjunto adverbial mal posiciona- do, Reesereva a frase apresentada, colocando os termos da oragio.em uma ordem que nao compro- meta a clareza, b) Redija novamente a passiva, deixando-a sintatiea- mente correla. HEM Leiaa manchete a seguir. Show do Raga Negra no Paraguai é proibido por poluig&o sonora ‘A Prefeitura de Assuncéo proibiu hoje, por receio de que hojo poluigée sonora, © show do grupo brosilere de pagode Roga Negra, que seria realizado no préxima sexte-feiro (9) €m uma casa notuma da capitol Ll Foha online, 7 nev 2007. a) Explique por que a passagem “por poluigio” nao esta bem empregada, b) Dé outra redagio A manchete, eliminando o pro- blema, 36 A Ver] 2012 Leia o texto a segs Ir Memérias do cércere Resolvo-me a contor, depois de muito hesitagdo, co s0s possados hé dez anos — e, antes de comegar, digo 28 motives por que slenciei e por que me decide. Neo conserva notas: algumas que tomei forom inutlizedas, & cssim, com 0 decorrer do tempo, io-me parecendo cada vez mais dificil, quose impossivel, redigi esto norrotva, Além disso, julgando @ matéria superior 8s minhas for 2S, esperel que outros mois aptos se acupassem del. Né0 var equi folso modéstio, como adionte se verd. Tam bém me afigiv @ ideia de jogar no popel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que tm no registro civil Repugnava-me deformd-los, dorthes pseudénimo, fozer do livro umo espécie de romance; mas feria eu © dreito de utilizé-las em historia presumivelmente! verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando otos esquecicos, repetindo palavros contestéveis e obliterodas? ba) Oreceio de cometer indiscrigdo exibindo em puiblico pessoas que tiveram comiga convivéncia forcada jé ndo me apoquenta, Muitos desses anfigas companheiras dis- fancioram-se, apagoram-se, Outos permaneceram junto a mim, ov véo reaporecendo ao cabo de longa ausén- Ga, olteram-se, complefom-se, avivam recordacées meio confuses ~ € néo vejo inconveniéncia em mostré-los. ba] E qui chego & sitima abjecdo que me impus. Noo resquardei os opontamentos obtidos em lorgos dios @ meses de observagéo: num momento de operto fui obrigado a otiré-los na éguo. Certomente” me irdo fazer falta, mas terd sido uma perda irrepartvel® Quase me inclino @ supor que foi bom privarme desse material Se ele existisse, verme-ia propenso a consultélo a coda instante, mortficarme-ia por dizer com rigor a hora exoia de uma portida, quantos demorados tristezos se ‘exqueciam co sol pélido, em manh@ de bruma, a cor das folhas que tombavam das drvores, num pétio bronco, « forma dos monies verdes, fintos de luz, frases aviénticas, gestos, gritos, gemidos. Mos que significa isso? Fssos coisos verdodeiras podem néo ser verossimeis. F se esmoreceram, deixé-las no esquecimento: valiam pouco, pelo menos imagine que valiam pouco. Outas, porém, conservaramse, cresceram, associarom-se, eé inevitivel menciond-las. Afirmarei que sejam obsolutomente? exotas? Leviondade. |.) Nesta reconstitvigbo de fatos velhos, neste esmiugamento, exponho 0 que notei, 0 que julgo fer notode. Quires devem possuir lembrangas diversas. NGo os contesto, mas espero que ndo recusem ‘5 minhas: conjugam-se, compleiam-se ¢ me déo hoje impressdo de realidade. Formamos um grupo muito complexe, que se desogregou. De repente nos suge © necessidade urgente de recompé-lo. Define-se 0 ombiente, as figuras se delineiom, vacilantes, ganham relevo, © agéo comega. Com esforgo desesperado omancamos de cenas confusos alguns fragmentos. Dévidos terrveis nos assaltam. De que modo reagiram 1 coracteres em determinadas circunstincias? O oto que nos ocorre, nitido, imecusével, teré sido realmente proticado? Noo seré incongruéneio? Certo a vida é cheia de incongruéncios, mas estaremos seguros de néo nos havermos enganado? Nessos vacilagées dolorosas, fs vezes necessitamos confirmacie, apelames para reminiscéncias alheias, convencemo-nos de que a rmindcia dlscrepanie néo ¢ ilusdo. Dificil é sabermos a cause dela, desenterarmos pacientemente’ os condicées que © deteminaram. Como isso voriava em excesso, era natural que varidssemos também, opresentissemos ‘olhas. Fiz 0 possive! por entender oqueles homens, penetror-thes na olma, sentir 0s suas dores, admirar-thes ‘a relative grandezo, enxergar nos seus defeitos 0 sombra dos meus defeitos. Foram apenas bons propésitos: devo terme revelodo com frequéncia egoista € mesquinho. E esse desabrochar de sentimenios maus ea a pior forfura que nes podiom infligir naquele ano terivel Groclione Ramos Memos do cérene. Ro de Jonmia: Record, 2002 TeTRA I As palavras classificadas como advérbios agregam nogdes diversas aos termos a que se ligam na frase, demarcando posigdes, relativizando ou reforgando sentidos, por exemplo, O advérbio destacado & em- pregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em: (0) utilizé-tas em historia presumivelmente verdadeira?? (ref) (>) Certamente me irdo fazer falta, (ref. 2) (©) Afirmarei que sejam absolutamente exatas? (ref. 3) (4) desenterrarmos pacientemente as condigdes que a determinaram. (ref. 4) GUIA DE ESTUDO 37 Portugués ] Termos da oragao ligados ao nome I Estudo do adjunto adnominal © dos predis vos, Pata efeito de exame modemo, 0 enfoque & nas transformagées da forma ativa para a passiva, a fun- cionalidade do adjunto adnominal ¢ as ambiguidades sintaticas. Adjunto adnominal Termo ligado ao nome, mais especificamente a lum ntieleo sintitico (do sujeito, do objeto etc.) E expresso por: artigos, pronomes, numeriis, ad- Jetivos, locugies adjetivas e oragbes adjetivas. ‘As minhas duas lindas garotas da Africa morrem da subnutrigao que @ mundo nao combate Possui a fungio de especificar, explicar, indeter- minar, determinar 0 ser, isto €, 0 nome, o substantive, Pode estar presente em qualquer termo da ora estard ligado ao seu micleo, sem intermediagao do verbo ou da virgula, Quando © adjunto adnominal estiver ligado ao sujeito e for desempenhado por um adjetivo, teremos uma qualidade velha (posta como conhecida pelos in- terlocutores) ou permanente (0 predicativo transmite- -nos uma qualidade nova — posta como revelaco— ou passageira) O documento falso foi encontrado, 1 Ada. O documento ¢ falso. Predicativo tea Predicativo do sujeito Remete a uma qualidade (qualidade nova, isto & posta como se fosse uma revelagio) ou a um estado do sujeito (de carter passageiro), Pode apresentat-se: a) com verbo de ligagdo (set, estar, parecer, conti- nuar ¢ outros podem funcionar como verbos de ligagao se introduzirem uma qualidade, um estado ou uma mudanga de estado do sujeito), As nuvens so migicas, As nuvens estiio eseuras. As nuvens continuam ameagadoras b) sem verbo de ligagao (com transitive ou intransi- tivo). —As nuvens marcham mansas. Depois do verbo, nao hi necessidade da virgula, A virgula, porém, é de fundamental importéncia quando © adjetivo segue o niicleo do sujeito, =O garoto, cansado, assistia a guertas. —O garoto assistia a guetras cansado. E preciso estar atento também A ordem das pala- vras, pois em muitos casos é.a posigdo do adjetive que gera ambiguidade. —0 garoto sai do local abandonado. Predicativo do objeto Qualidade nova imposta pelo sujeito ao objeto ou ‘uma opinidio do sujeito sobre 0 objeto. Alguns verbos que possibilitam o predicativo do objeto: eleger, erer, encontrar, estimar, fazer, nomear, proclamar, chamar, formar. —Nomearam 0 ministro chefe da comissio. are HEE Coloque 1 para o predicativo do objeto e 2 para ‘oadjunto adnominal. |__ A moga achou a linda joia, |__A moga achou linda a joia. | Ajoia linda foi achada pela moga. | Amoga achou-a linda. HEA Enem No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os indices de violéncia, Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte man- chete: Campanha contra a violéncia de gevemno do Estado entra em nova fase, A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta © entendimento, Considerando 0 objetivo da noticia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redagao: (a) Campanha contra 0 governo do Estado ¢ a violén- cia entram em nova fase, (b) A violéncia do governo do Estado entra em nova fase de Campanha, (c) Campanha contra © governo do Estado entra em nova fase de violéneia. (0) A violéneia da campanha do governo do Estado entra em nova fase, (©) Campanha do governo do Estado contra a violén- cia entra em nova fase, TeTRA I EEE Considere 0 seguinte texto: Jomois do mundo todo afimam “Invaséo do Siria & iminente” a) Explique a ambiguidade que ocorre no trecho en- ‘re aspas, levando em conta o valor semantico que pode assumit “da Siria”, b)_ Redija o texto entre aspas de modo que a Siria seja oalvo. GUIA DE ESTUDO s 39 Portucués ] (7 Termos da oragao ligados ao nome IT E importante que 0 aluno conhega bem a funcio- nalidade do vocativo (termo independente) e do apos- to (associado ao nome), Para exames mais tradicionais, ¢ fundamental que fique bem clara a diferenga entre o complemento no- minal ¢ o adjunto adnominal, (Complemento nominal Possui a flung de completar o nome; pode estar ligado a substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio, sempre com preposigao. + Ligado ao substantivo, cumpre o papel seméntico do objeto, isto & ser afetado, alvo da ago. Ex. Invasio no Libano, + Se foragente, ou possuidor, teremos oadjunto ad- nominal, Ex.: As armas dos Estados Unidos, posto Mantém uma relagaio de igualdade se © termo anterior. O aposto pode ser explicativo, enu- metativo, distributive, recapitulativo, especificativo ou oracionall — Beatles, 0 mais famoso conjunto de rock de todos 0s tempos, tornou-se um mito. (explicativo) —Ele amava tudo dos Beatles: a miisiea, a filoso- fia, as vestimentas ete, (enumerativo) Votativo O vocativo é um termo que mio pertence uo sujeito nem ao predicado; indica um chamado, um apelo; © vocativo remete ao destinatirio da mensagem © também pode ser um indicador de religido, pos politica, grupo social, idade, orientagao sexual, origem geverifica ete, — Padre, eu pequei! — Amigo, vocé tem um lengo? eee HEB Leia 0 didlogo a seguir e responda as questdes. Perguntaram ao centroavante uruguaio, eleito © me Ihor jogador da Copa de 2010: — Forlén, 0 melhor goleiro da copa mereceu 0 prémio? Sim ele pegou tudo, tudo mesmo, mas o Jdlio também merece! © melhor da Copa? — Nao, merece mais uma chance... coitado, dev azar a) Que fungao sintitica a palavra Forlén exerce na frase? Qual sua funcionalidade para 0 didlogo? b) Reesereva a frase do primeiro diflogo de modo {que Forkin seja 0 melhor goleiro da copa (empre- _guee apenas a pontuagio). ©) Explique a mudanga sintética e seméntica feita em b. 40 Porte HEME Leiaa frase a seguir. O presidente tem confianga no congresso. 4a) Sem contexto, “no congresso” poderia ser inter- pretado de duas maneiras. Quais sie? ) Quais as fungdes sintiticas de “no congresso” em cada uma das interpretagdes? EB Assinale a alternativa em que nao se nota o du- plo sentido. (0) José deixou a esposa rica, {b) O deputado saiu do congresso sujo. (c) Jacinto fala da segao na Folha de Sao Paulo. (6) © cotonel achou o local marginal. (©) Oator largou a estranha companheira. EEE Unifesp 2011 Leis o texto a seguir. De tude que & nego torte Do mangue e do cais do porto Ela jé foi nomorada Oseu corpo é dos errontes Dos ceges, dos retirantes Ede quem néo tem mais nado Dé-se assim desde menina No goragem, na cantina “Anés do fonque, no mato £ a rainho des detenios Dos ioucas, dos lazarentos Dos moleques do intemato E também vei amidde Co’os velhinhos sem saxide Eas vidvas sem porvir Elo & um poco de bondode 6 porisso que a cidade Vive sempre o repetir Joga pedro na Geni Joga pedro na Geni fio é feita pra opanhar Elo € boo de cuspir Elo dé pro quolquer um Maidito Geni Chico Buoraue. Genie spain. TeTRA I Indique « alternativa que apresenta a fungdo sintitica do verso “De tudo que & nego torto” (0) Adjunto adverbial de modo, (5) Objeto indireto, (0) Predicativo do sujeito. (0) Adjunto adnominal (©) Complemento nominal HEM texto a seguir apresenta falta de clareza em certo trecho; leia-o atentamente. Haiti pede socorro Ontem, no final da tarde, em Bruxelas, o presidente americano solicitov ojudo, em caréter de urgéncio, aos paises ricos. Na copital do Haiti, sobretud, a situagtio & caético; néo hé moradia, comido, dquo, 0 bésico pare @ sobrevivéncia, “Os paises ricos precisam ser solidé- rios", disse Obama, exigindo 0 auxilio dos colegas ricos. © Brasil j6 oficiolizou « ojudo por intermédio de seu em- baixador no Haiti. a) Cite um trecho do texto em que se nota uma ambi- uidade. b) Reesereva © trecho em questio, eliminando uplo sentido, EB As vezes, quando um texto é ambiguo, é 0 co- nhecimento que o leitor tem dos futos que Ihe permite fazer uma interpretagdo adequada do que 1é. Um bom exemplo € o trecho que segue, no qual hi duuas ambi- ‘guidades, uma decorrente da ordem das palavras, ea ‘outra de uma elipse de sujeito © presidente omericano [..] produeiu um espeté- culo cinemategrifico em novembro passodo na Ardbio Soudita, onde comeu peru fantasiado de marine no mesmo ‘bondejdo em que era servido cos soldados americanos Veja, 9 jon. 1991. 8) Quais. as interpretagdes. possiv ambigua? da passagem b) Reescreva o trecho de modo que impega o duplo sentido. CAAT PORTUGUES LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS arte Trovadorismo como (a manifestagao literaria + Definigdo © origem da escola: © Trovadorismo aparece na Idade Média e esta intimamente ligado ao contexto feudal daquela época; 0 trovador é um poeta-cantor e compa poemas para serem ca dos ao som de instrumentos musicais (flauta doce, alatide, saltério). + As canntigas estdo divididas em dois grupos: (subdivididas em “de amor” e “de amigo”) ¢ satiri- cas (subdivididas em “de eseimio” e “de maldizer”) + As cantigas “de amor” sio originrias da Provenga, na Franca; as cantigas “de amigo” tém origem popular na Peninsula Ibérica + 0 eu lirico (voz do poema), nas cantigas de amor, € masculino; nas cantigas de amigo, 0 eu lirica & iricas feminino (o trovador faz 0 poema dando voz a uma moga que se queixa, geralmente, da auséncia do amado), + Alinguagem, na cantiga de amor, é refinada; nas cantigas de amigo, a linguagem € coloquial, aceita repetigoes, reffoes e paralelismos. + As cantigas satiricas tratam dos vicios humanos ¢ dos costumes desregrados. Sua linguagem cartega termos chulos ¢ de baixo ealdo. + As cantigas de escimio so sétiras indiretas, ou seja, no se dizia o nome das pessoas a quem se referiam + Nas cantigas de maldizer, a sitira € direta, © as ‘Aaude, intrumerta mesteval HEB Unifop 2011 Leia o texto a seguir. Cantar de amor ‘Mho senher, com'oje dia son, ‘Aan cuitad’e sem cor ossil E por Deus non sei que farei i, Co non dormho 6 mui gran sozon. Who senhor, ai meu lun'e meu bem, ‘Meu coragon non sei o que tem ‘Minha senhora, assim como o dia de hoje, Estou sofrendo tanto tao pélido E, por Deus, ndo sei o fare, 44 ae Porque nde durmo hé muito tempo. ‘Minka senhoro, ai minke luz e meu oman ‘Meu coracao néo sei o que tem. ‘anus Bonds. No texto anterior, o poeta brasileiro Manuel Bandeira esgata os cancioneiros medievais, fazendo questio de adotar a expresso galego-portuguesa, que tem stia livre verso para portugués contemporaneo. Tonra do como base 0 referido poema, discorra sobre: a) as referéncias 4 Hriea trovadoresea, expressas no texto, b) a importineia da mulher para « felicidade do eu Hirieo, HEB isp 2012 Considere, nos quadrinhos, as refle- xdes da personagem feminina. Fabio Moon e Gabe! 86, Foiba de SPoulo, 7 abc 2012 A saudade, acentuada pela distincia que separa duas pessoas que se amam, & um sentimento presente em iuitas obras, independentemente do periodo artistico em que foram produzidas. TETRA I e Pensando na Idade Média, 08 quadrinhos podem ser relacionados as cantigas de: (0) amor, pois, sem a presenga do homem amado, a mulher nio encontra sentido em sua vida. () amor, pois o ser amado € visto como um traidor, jé ‘que abandonou a companheira a sua propria sorte, (0) amigo, pois a auséneia do amado traz soliddo © s0- frimento para a mulher que, apaixonada, o aguarda, amigo, poisa mulher lamenta a partida de seu ma- rido para as Cruzadas e teme que ele nao retorne. (©) esedmio, pois a mulher tem consciéncia de seu poder sedutor ede seu dominio sobre o ser amado. @ > Texto para as questdes 3 e 4 Cantiga de amor Senhora minho, desde que vos vi, lutei paro ocultor esta paxtio que me tomou inteiro 0 coracbo: mas n6o 0 posso mais ¢ deciai que soibam todos 0 meu grande amor, tristeza que tenho, a imensa dor que sofro desde o dia em que vos vi J6 que assim é, eu venho-ves roger que queirais pelo menos consentir que passe a minha vida 0 vos sewvir [.) once Fernandes Disponivel om: . (Adopt). EB isp 2012 Observando-se a ultima estrote, é pos- ivel afirmar que 0 apaixonado: (0) se sente inseguro quanto aos proprios sentimentos, ()) se sente confiante em conquistar a mulher amada, (0) se declara surpreso com o amor que the dedica a mulher amada. (4d) possui o claro objetivo de servir sua amada. (©) conclui que a mulher amada nao tao poderosa ‘quanto parecia a principio. ZN isp 2012 Uma caracteristica desse fragmento, também presente em outras cantigus de amor do Tro- vadorismo, 6: (0) a certeza de concretizagio da relagdo amorosa. (5) a situagio de softimento do eu lio. (©) a coita de amor sentida pela senhora amada. (0) a situagio de felicidade expressa pelo eu litico. (©) 0 bem-sucedido intercémbio amoroso entre pes- soas de camadas distintas da sociedade. cry D Textos para a questo 5 Textol Dona fea (fragmento) A, dona feal Se Deus me pardon! pois avedes [a] tan gron coragon {que vos eu loe, en esta razon wos quero jé loar todo via: e vedes qual seré a loagon. done fea, velha e sandio! Dona fea, nunca vos eu loei ‘en meu trobar, pero muito trobei mais ora jé un bon cantar forei, ‘en que vos lore! todo vie; e direi-vos como vos loarei dono fea, velha e sandia! Jos0 Garcia de Gulhade Texto Soneto 225 Inexoravel Beleza na mulher chega « ser chota, de téo obrigotéria que se faz, Perfo nao Ihe fico nado alrds, pois quanto mais bonita mais ingrota. lovee Mates, ‘Texto IIL (Quinten Massys, c. 1523-90. Uma velha gretesca, 46 eran Os dois poetas ¢ 0 pintor esto separados entre si por muitos anos, ja que suas produgdes acontece- ram, respectivamente, nos séculos XII, XX e XVI, porém ha um ponto em comum entre eles, Pode-se afirmar que 0s trés textos: (0) sto liricos e demonstram seus estados de alma, fa- zendo ressaltar qualidades negativas de mulheres feias, (b) sdo draméticos: mulheres feias foram, desde sem- pre, motivo de composigdes posticas e/ou visuais, ‘uma vez que tomam os sentimentos exagerados. (©) produzitam textos que se encaixam, respectiva- ‘mente, na tipologia satiriea, na ironia mordaz e no grotesco, sobre temas aproximados. (4) produziram textos que podem ser classificados ‘como eémicos, embora se nutram visivelmente da temitica épica, mesmo sob 0 enfoque satirico, pode-se notar o uso de figuras e concepgdes metafiricas que per- meiam os dois poemas ¢ 0 texto visual. EVs Trovadorismo: os trés cancioneiros e as novelas de cavalaria + Todas as cantigas produzidas pelo Trovadorismo foram coligidas e ganharam a forma de coletdneas, ‘ou cancioneitos, + Tréscancioneitos contém, hoje, a produgdo daque- la época: Ajuda, Vaticana ¢ Biblioteca Nacional. + Martim Codax, trovador galego, foi o tinico a deixar transcrita em pauta, de maneira rudimentar, a miisi- cade suas cantigas: so sete cantigas de amigo. + D, Dinis (final do séeulo XII, inicio do século XIV) 6 conhecido como “rei trovador” e deixou eseritas cerca de 150 cantigas. + Refrdes sto tipicos de cantigas de amigo e con- sistem na repetigaio do tiltimo verso de cada es- trofe, Existe também o paralelismo, que consiste em, a cada série composta de duas estrofes, mudar apenas algumas palavras no final de cada verso: dessa forma, teremos versos paralelos, parecidos ou cortespondentes. + Da época trovadoresca, restaram 428 cantigas satiticas de cunho popular, brincalhao e, muitas vezes, cruel erevelam, porisso mesmo, opanorama da época: 08 nobres, 6 clero, os costumes sociais vieiosos. A linguagem é chula, de baixo calfo, + As novelas de cavalaria sio manifestagdes da rosa trovadoresca e possuem cat teristicas tipicamente moralizadoras. Sao trés ci dos quais se sobressai 0 eielo bretio, conhecido também como artutiano. + Annovela de cavalaria mais importante & 4 de- manda do Santo Graal, narrativa apécrifa que conta sobre o rei Arthur e os cavaleiros da Tévola Redonda, Nela, ressaltam-se as ages de Merlim, Lancelot do Lago, Perceval, Morgana, Mordred, Guinevere Gala: Galaaz, cavalero medieval re HEB vepa 2012 Leia 0 texto a seguir. A literatura do amor coriés, pode-se acrescentar, contribuiy para transformor de olgum mode @ reolida de extroliterério, atva como componente do que Elios (1994)* chamou de processo civiizadoc Ao mesmo tempo, co teolidade extraliterério penetro processualmente nessa literatura que, em porte, nasceu come forma de sonho € de evosbo, Revista de Ciencias Humancs, Floianépols: EDUFSC, w 41,0. 122, abe out 2007, p 83-110 esp p 91-2. “CEN Blas © Frcessa Ciro: Ria de laneir Zohar 1994.1 TeTRA I Interprete 0 comentario anterior e, com base nele € em seus conhecimentos acerca do litismo medieval galego-portugués, marque a altemativa correta (0) As cantigas de amor recriatam © mesmo ambiente palaciano das cortes galegas. (b) “A literatura do amor cortés” refletiu a verdade sobre a vida privada (c) A servidio amorosa ¢ a idealiza © grande tema da poesia produzida por vilds. (0) © amor eortés foi uma prética literiria que aos poucos modelou o perfil do homem civilizado. (©) Nas cantigas medievais, mulheres © homens sub- metem-se és maneiras refinadas da cortesia medieval. fio da mulher foi 47 EE Leia o texto a seguir. Quer eu & maneira prevencal fazer agora um cantar de amor E quererel muito louvor mia senhor, 4 quo! néo falta volor nem formosura, ‘nem bondade, € mais ainda acrescento: Deus 0 fez 100 plena de bens €¢ muito melhor do que todas do mundo. D Divs a) No primeiro verso, destaca-se a expresso “A ma- neira provengal”. O que, no contexto do Trovado- rismo, isso significava? b) Categorize 0 eu litico do poema citado e justifique com trechos do fragmento. EBB As novelas de cavalaria fizeram muito sucesso nna Idade Média e, posteriormente, deram origem a um romance inesquecivel (1605), ctiando um “cavaleito da triste figura” cuja palavra de ordem era: ...é © meu ficioe exercicio andar pelo mundo endiritande tors e desfazendo ogravos. Assinale a altemativa que apresenta, respectivamen- te, a citaydo do nome do cavaleiro da mais conhecida novela da Idade Média e do cavaleiro, acima mencio- nado, do século XVI. (0) Galaaze d. Quixote. (b) Boorz e Galaaz. (c) D. Quixote ¢ Galaaz. (c) Boorz ¢ d. Quixote, (c) Rei Arthur e d. Quixote, EEE Leia o texto a seguir. Se eu pudesse forgor meu coracéo, obrigé+lo, senhora, 0 vos dizer ‘quanta amorgura que fazeis softer, 1p0880 jurar dé-me Deus sev perdéo! Que sentrieis compoixdo de mim, fois, senhore, conquanio apenas dor Enenhuma alegria me causeis, Se soubésseis 0 mol que me faze's, Fosso jurar perdoa-me, Senhor! Que sentirieis compoixdo de mim! Néo me querendo nenhum bem, embora, Se soubésseis 0 pena que me dois, E quanto dor hé nos meus tristes ais, Posso jurar de boa Fé, senhora! Que sentirfeis compoixso de min. E mal seria, se néo fosse ossim! A cantiga apresentada € de autotia de d. Dinis, 0 “rei trovador”, um dos mais importantes trovadores da Idade Média portuguesa. Entre as altemnativas que se seguem, assinale a tiniea incorreta, (0) Sobre a cantiga, podemos afirmar que se vale de um recurso que & quase que exclusivo dos canta- res de amigo: 0 uso do refitio, (b) Tecnicamente, 0 refido dessa cantiga € apenas o verso “Que sentirieis compaixdo de mim!”. (©) A cantiga possui influéneia provengal. (4) O eu litico da cantiga € masculino. (©) Trata-se de uma cantiga em que se exclui a cha- ‘mada “coita amorosa”, ou queixume amoroso. Var Humanismo: a crénica de Fernaéo Lopes e a poesia palaciana +O Humanismo & fase de transigao, abrangendo 0 periodo entre o fim da Made Média © 0 Renas- cimento, + Ha trés manifestagoes literdtias daquela época: a cténica historiogrifica de Fernio Lopes, a poe- sia palaciana e 0 teatro popular vicentino. + Bemao Lopes é 0 mais consagrado historiador me- dieval portugués; em 1434, d. Duarte nomeou-o “cronista-mor” da Torre do Tombo (Arquivo his- t6rico nacional) para poer em caronica as coi- sas do reino e dos reis que em Portugal foram, ‘ou seja, colocar em ordem cronolégica a historia daquele pais. Pesquisou documentos em prefeitu- tas, hospitais, mosteiros, bibliotecas. Sua erdnica € requintada, descritiva e traz, pela primeira vez, 1 presenga do povo nos relatos daquele género, Sua obra mais significativa & A erdniea del ret a. Pedro 1, 0 para eriar 0 Canto Ill de Ox Lustadas. + No Humanismo, a poesia divorcia-se da miisica «, distanciando-se do Trovadorismo, passa a ser portugues ‘uel; nela, Camdes inspirou-se conhecida como “poesia palaciana”; mais requin- tada, faz uso de figuras estilisticas, como metifo- ras, prosopopeias e metonimias. Nela, 0 eu lirico sempre masculino. feita para ser declamada. + © poeta mais importante da época & Jodo Roiz de Castelo Branco. A seguir, um de seus poemas mais famosos. Cantiga sua, partindo-se Senhoro, portem t6o tistes ‘meus olhos por vés, meu bem, ‘que nunca 160 tristes vistes ‘outros nenhuns por ninguéen Too tristes, t80 saudosos, 160 doentes da portido, 160 cansados, 160 chorosos, do morte mais desejosos ‘com mil vezes que do vido. Partem 160 tristes os hisles, 180 fora d’esperar bem, ‘que nunco 160 tristes vistes ‘outros nenhuns por ninguém. Jobo Role de Coselo Bronco Lieos ponuguecas. omugsla Ector, p45 ae HEB Enem 2010 0 Arlequim, o Pier, a Brighella ou a ‘Colombina sao personagens tipicos de grupos teatrais da Commedia dell’art, que, ha anos, encontram-se presen- tes em marchinhas ¢ fantasias de camaval. Esses grupos teatrais seguiam, de cidade em cidade, com faces e dis- farces, fazendo suas criticas, declarando seu amor por todas as belas jovens e, ao final da apresentagiio, despe- diam-se do piiblico com muisicas e poesias. A intengio desses atores era expressar sua mensagem voltada para a: TETRA I (0) crenga na dignidade do cleto € na divisdo entre o ‘mundo teal ¢ 0 espiritual, () ideologia de luta social que coloca o homem no cen- t10 do processo histérico, (©) crenga na espiritualidade e na busca incansivel pela Jjustiga social dos feudos. (0) dein de anarquia expressa pelos trovadores ilumi- ristas do inicio do sculo XVI. (©) ideologia humanista com cenas centradas. no ho- mem, na mulher ¢ no cotidiano, Pry HEB Leia texto a seguir. Das trinta e oito portas que hi na cidade, doze ester vam fodo 0 ala abertas, encomendadas @ bons homens de ‘ormas que tinham © cuidado de os guardar, € pelas quois rnenhumo pessoa que no fosse muito conhecida hovio de entrar ov soir sem primeiro se saber 00 certo por que ra- 260 Io ou vinha, @ al atravessavam paus com tabuado para doimirem os que ial cuidado finham, de modo o de noite {5 portas serem por eles vigindas & nenhum malicioso ser ‘atrevide de cometer algum era E dolgumas potas tinham certas pessoas de noite os choves, pareausa dos botéis que artis hors iam e vinham de além rio com trigo @ outros mantimentos, conforme lerels em sev lugar; outros chaves recolhia-as cade noite um homem de que o Mestre muito fava, vendo primeire como as portas ficavam fechados, ¢ levava-lhas todas aos Pocos onde pousavo. Junto da porta de Santa Catarina, que dove para 0 arraial, por onde mais costimavor sairé escoramugo, estava sempre umia casa prestes com camas e ovose estopos, € lencbis velhas para rasgas e cirurgibo, ¢ liago e outras coisas necessérias para pensamento dos feridos quando tomavam das escaromugas. Na ribeira havia feitas duos grandes e fortes esioca- chs de grossos e valentes pous que o Mestre mandare cossentor antes que el-Rei de Costela viesse, para defen- der a beiro-rio de ataques, ¢ estavam feitas desde onde o mar mais longe espraia até tera junto & cidade. Femi Lopes Gniew de d Joo O cronista Femiio Lopes deixou documentos funda- mentais da historia medieval portuguesa, sem os quaais certamente nao se teria hoje as informagdes sobre aquele petiodo histérico. Em seus textos, predomina 4 fungdo informativa da linguagem, como no trecho que abre esta questio, mas ha uma beleza particular do texto que se pode observar: o mestre cronista da Torre do Tombo € um eximio usuario da: (a) dissertagao; descreve 0 Cetco de Lisboa e defende pontos de vista comprovaveis. (b) narragdo: encadeia fatos, informando e posicio- nando-se com relagiio ao relato (c) desctigo; como historiador, nfo deixa passar desper- cebido nenhum fato, ago ox acontecimento, © que cconfere aos seus textos uma precistio particularissima, (6) poesia; seus textos tém meéttica, rima; hi no ero- nista uma dedicagdo exclusiva a estrutura, (©) descrigao: nartador defende um ponto de vista e ‘o comprova no decorrer da narrativa, Portuct EB Leia o texto a seguir. Que de meus olhos partays ‘em qual quer porte questeys, fem eu coragam fycays ‘enele vos converteys. Este & 0 vosso luguar, Em que mays ceria vos vejo, por que nam quer meu desejo que vos dy possoys mudor E por ysso que portoys, ‘em qual quer porte questeys, em meu coragam fycays, pois nele vos converteys. Fu Gongahes O texto faz parte da produgio humanista na categoria “poesia palaciana’”. Sobre esse tipo de texto e caracte- risticas de €poca, ¢ incorreto afirmar que: (©) a Jinguagem usada & mais sofisticada que a das cantigas trovadorescas. (b) a8 metonimias (no texto, “olhos”, na primeira es- trofe, ¢ “coragao%, na diltima, so bons exemplos) evidenciam-se como preferéneia pelo uso de figue ras estilisticas, (©) a sofisticagto da linguagem desse tipo de compo- siglo nfo impede que existam repetigdes enfiticas para fixagio de assunto/tema, (4) a poesia palaciana rompe com a misica de acom- panhamento e € feita para ser exclusivamente de- cclamada na corte, em locais sofisticados. (©) @ poesia palaciana & fruto da evolugdo das can- tigas trovadorescas de amigo © no ha entre elas nenhuma diferenga relevante quanto & concepga0 da mulher. Yar Humanismo: teatro popular vicentino +O teatro popular vicenti- no inivia-se no dia 10 de junho de 1502, ocasiaio do nascimento ded. Joao TH. © dramaturgo portu- gués apresenta-se dian- te da rainha e apresenta Monélogo do vaqueiro, também conheeido como Auto da visitacéo. + As peeas de Gil Vicente podem ser categorizadas em autos (nome generi- co para qualquer pega eserita em versos), farsas € alegorias; seja como for, sio todas etiticas. + Gil Vicente no poupou nenhum estamento social em seus autos + As pegas mais importantes do autor si: A trifogia das bareas (Auto da Barca do Céu, Auto da Barca do Inferno, Auto da Barea do Purgatorio), Farsa de Inés Pereira e O Velho da Horta + Allinguagem usada pelo dramaturgo é simples, nfo hia sofisticagdo dos cenrios e sua obra nao obedece as trés unidades do teatro: ago, tempo ¢ lugar. Vicente, + 0 Auto da barca do inferno & parte de uma trilogi iniciada em 1517 e dedi catélica rainha Lianor, nassa Senhora, e represen- tado por seu mandado ao poderoso principe e mui alto rei Manuel, primeiro de Portugal deste nome. \da di serenissima e muito 0 Auto da Barca do Inferno foi escrito em versos redondilhos maiores © menores © construido por meio de uma sucesso de cenas nao orientadas para uma iinica pessoa ou assunto; 0 elo entre as partes € feito porque todas as petsonagens comparecem a um atracadouro (cais) para serem julgadas; la se encontram as bareas do inferno ¢ do eéu, ditigidas, respectivamente, pelo Diabo € pelo Anjo; dessa forma, seus julgamentos é que oferecem unicidade a obra. Cada uma dessas criaturas que ali comparece tem sua vida devassada, revelada sua personatidade, expostos seus vicios; mas € preciso levar em conta que tais personagens nao representam uma institu particular, siio apenas components das 0 objetivo do auto & moralizador; pode negar que, além disso, traz consigo uma faceta que o dramaturgo desenvolveu com uma capacidade impar: divertir enquanto critica, fazer rir dos deslizes alheios como modo de educar os costumes da época, As personagens sio as seguintes: Diabo (Aris ou barqueito do inferno); Anjo (Armais ou barqueiro do eéu); Fidalgo; Agiota; Parvo (Joanes); Sapateiro; Frade e sua companheira Florenga; Brizida Vaz (a alcoviteira); Judeu; Corregedor; Procurador; Enforcado; Os quatro cavaleiros de Cristo, ra THIN Unicamp 2012 Os excertos a seguir foram extraidos do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. [..] Fidolgo: Que leixo na outra vide quem reze sempre por mi Diobo: [...] Etu viveste o feu prozer, cuidando eé guare- cer por que rezem l6 por il..[..] Anjo: Que querés? Fidolgo: Que me digois, pois part tao sem aviso, se 0 borca do paraiso esto em que navegais. Anjo: Esta 6; que me demondais? Fidalgo: Que me leixés emborcar TeTRA I 86 fidalgo de solar, é bem que me recolhois. Anjo: Néo se embarea tirania neste bote! divinal Fidalgo: Noo sei por que haveis por mal Que enir’s minha senhoria. Anjo: Pera vasa fontesia mui esteita € esta borco, Fidalgo: Pera senhor de tal marca nom hé aqui mais cor tesio? [..] Anjo: Néo vindes vés de maneira pera ir neste novi. Essoutro vai mais vazio: a codeiro entroré #0 rabo caberé € todo vosso senhori. cry Vésiés mais espogoso com fumosa senhorio, cuidando na tirana do pobre povo queixoso; e porque, de generoso, desprezastes 0s pequencs, acharvos-eis tonto menos quanto mois fostes fumoso.[...] Sapoteiro: [..] E pera onde 6 a viagem? Diabo: Pera © logo dos danados. Sapateiro: Os que mortem confessados, onde tém suo ppassagem? Diabo: Nom cures de mois linguegem! Esto 6 0 tuo barca, esto! [-] Eu moreste excomungado: no 0 quiseste dizer Esperavas de viver, calaste dous mil engonos. tu roubaste bem tint‘anos © povo com teu mester.[..] Sapateiro: Pols digo-te que no quero! Diobo: Que te pés, hds-de ic si sil Sapoteiro: Quantas missas eu ouvi, nfo me hio elas de presior? Diobo: Quvir missa, entéo roubar, 6 caminho per’aqui Gil Vicente. “Aula do Borca do Inferno. In: Cleonice Berd (Org). Antlogio do teare de Gi Vicene. Rio de Janeiro: Nove Frontera; Brot: INL, 1964, p 57-9 © 68-9. a) Por que razo especifica 0 fidalgo é condenado a seguir na barea do inferno? Eo sapateiro? HEB Leia o texto a seguir. Inés Andar! Fero Marques sejal Quero tomar por espaso quem se tenha por ditaso de cada vez que me veja, For usor de siso mero, sno que me leve quero, endo covalo FIGB; nies lebre que leéo, antes lavrador que Nero, GiVicows. Fors de nds Perc. No trecho, Inds esta vitiva de Brits da Mata, 0 escu- deiro, e, em sua fala, momento em que aceita casar- com Pero Marques, hid uma comparagao entre 0 ex- -marido € 0 que se apresenta como opgao para futuro companheito. a) A argumentagao da pega em questio foi levada a efeito apoiando-se em um ditado popular da épo- ca. Que provérbio era esse? b) Faga a devida comparagio entre os homens da vida de Inés Pereira; para tanto, leve em conta o conteiido dos versos 6 © 7 da estrofe que acabou de ler. b) Além das faltas especificas desses personagens, hé ‘uma outra, comum a ambos e bastante praticada a época, que Gil Vicente condena, Identifique essa falta ¢ indique de que modo ela aparece em cada um dos personagens ©) Porque tal peca recebeu a denominagaio de “farsa”, e no apenas de “auto”? Foldo: brave, ravoso, inpossivel de domat EEE Leia. o trecho a seguir; ele faz parte do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Anjo Esta &; que demandois? Fidolgo Que me deixeis emborcor Sou fidolgo de s0- lor, é bem que me recolhais. Anjo Néo se embarca tirania neste bate! divinal. Fidalgo Neo sei porque haveis por mal que entre o minha senhoria. Anjo Para vosso fantasia mui estreita & esta arco. Fidalgo Paro senhor de tal marca ndo hd aqui mais contesio® Venha a prancho e otevio! Levai-me desta 1i- beira! Anjo Nao vindes vés de moneiro para entror neste navio. Esse outro vai mais vazio: © cadeira en- traré @ 0 rabo caberd e todo vosso senhovio. lreis 1d mais espagoso, vos € vossa senheorio, cuidande na tironia do pobre povo queixoso. E porque, de generoso, desprezastes os peque- nos, achar-vos-eis tanfo menos quanto mais fostes fumoso. Diabo A barco, @ borca, senhores! Oh! que moré 160 de pratal Um venlozinho que mato e volentes remadorest Depois de ler 0 texto ¢ dele extrait 6 que aprendeu em classe, escreva 0 que sabe a respeito da seguinte citagaio: O morolismo vicentin localiza os vicios néo nas ins- fituigées ou classes sociais, mas nos individuos que as fozem viciosas. EY HZ Unemat 2011 “Autos” sto modalidades do teatro, medieval cujo assunto & basicamente religioso. No Auto da Barea do Inferno, de Gil Vicente, € no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, a religido do- ‘mina os temas. Assinale a alternativa correta. (0) Aconcepgaio de religiio & formal e solene durante a condenagiio ou salvagdo das almas. () A telagao Deus-homens se da pelos rituais com- plexos, (©) Odesfecho moralizante esti em desacordo com os. preceitos catélicos (A) A presenga da oposigfio Deus diabo divide os. comportamentos humanos entre bem x mal (©) Aabordagem religiosa exemplitiea que, no julga- ‘mento final, as almas nio tém salvagio, EERE ura 2011 (Adapt.) Gil Vicente tem a sua inspira- do ligada a origem do teatro portugués. Além de re- velar-se um ctiador de tipos, que atravessaram os séculos com modemidade indiscutivel, a sua obra & reconhecida pelo dominio de linguagem acordada com as situagdes dramaticas. Considerando as alter- nativas abaixo, que dizem respeito a pega O Vetho da Horta, assinale a opgdo que se ajusta corretamente ao sentido dessa obra, () O velho apaixonado deixa-se levar por um amor imprudente e obcecado. (b) A linguagem da moga ¢ zombeteira, cheia de ironia ¢ combina perfeitamente com a do velho, (©) Por meio do encontro apaixonado entre o velho 4 jovem, Gil Vieente capta uma historia de amor ‘que comprovaa maxima: “o amor ndo tem idade”. () Entra em cena uma alcoviteira que oferece seus préstimos profissionais ¢ desilude o velho quanto posse da amada. (©) No final, 0 velho recebe a noticia de que a jovem aceitaria casar-se, mediante um bom dote. HE Fovest 2010 (Adapt.) Considere 0 Auto da Barca do Inferno e apresente intengio doutrinadora da obra, ou seja, 0 propésito de transmitir principios e direti- ‘vas que integram doutrinas determinadas. TeTRA I Mackenzie 2010 Leia 0 texto a seguir. Chicé — Por que essa roiva dela? Jobo Grilo— O homem sem vergonhal Vocé indo pergun- 10? Esté esquecido de que ela o deixou? Esié esquecido dda explorocéo que eles fazem conosco naquela padario do inferno? Pensam que s60 0 co s6 porque enriquece- om, mas um dla héo de pagar E a raiva que eu tenho & porque quando estava doente, me acobando em cima de uma camo, vie passar © proto de comide que ela man: dava para 0 cachome. Aié come possady na manteiga tinha. Para mim noda, Joao Grilo que se danosse. Um do eu me vingo. Chie — Jodo, dee de ser vingativo que woes se desgrace. Qualquer dio vor’ indo se mete numa embrulhada série. ‘hana Suaesura. Aurea Compadecido. Considere as seguintes afirmagdes. 1. O texto de Ariano Suassuna recupera aspectos da tradigdo dramitica medieval, afastando-se, portanto, da estétiea clissica de origem greco-romana, Tl. A palavra auto, no titulo do texto, por si s6 sugere que se trata de pega teatral de tradiga0 popular, aspecto confirmado pela caracterizagao das per sonagens. IIL O teor critico da fala da personagem, entre ou- tros aspeetos, remete ao teatro humanista de Gil Vicente, autor de virios autos, como, por exemplo, 0 Auto da Barea do Inferno. Assinale: (a) se todas estiverem corretas, (b) se apenas Ie Il estiverem corretas. (©) se apenas II estiver correta, (6) se apenas Ie IIT estiverem corretas. (©) se todas estiverem incorretas. Ca O Classicismo em Portugal + A literatura classica em Portugal ocorre durante um dos periodos mais ricos daquele pais; as Grandes Navegagdes, a expansio do Império Portugués as colonizagies ultramaritimas, Insere-se no Renascimento, + Fim 1527, 0 poeta Sa de Miranda traz da Italia a chamada “medida nova”, ou sgja, os versos decassilabos, Camées foi seu adepto mais destacado; escreveu, com ela, cerca de 200 sonetos. + A época em que Camdes se insere colaborou largamente para que o escritor portu- gués fosse, mais tarde, considerado um dos expoentes da Iingua portuguesa, EB Vepa 2012 A questo estética, na passagem de um estilo para o outro, pode conter certo tipo de Violgncia simbolica. A estética em vigor costuma no audmitir a utilizagdo das formas da anterior. Porém © Classicismo portugues em Cames consegue a supe ragao desse procedimento ao utilizar a medida velha em seus poemas. Diante do exposto, examine as alter- nativas e marque aquela que demonstre tal afirmagao. (a) “Agora Tu, Caliope, me ensina O que contou ao Rei o Ilustre da Gama; Inspira imortal, (b) “Fita de cor de eneamado, Tio linda que o mundo espanta. Chove nela graga tanta,” (c) “Pois Meus olhos nao cansam de chorar Tristezas, que nfo cansam de cansar-me Pois nao abranda 0 fogo em que abrasar-me” (0) Tres fermosos outeitos se mostravam, Erguidos com soberba graciosa, Que de gramineo esmalte Ihe adornavam,” (c) “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades ‘Muda-se o ser, muda a confianga; Todo mundo ¢ composto de mudanga. into e voz divina” HEA Mockenzie 2010 Leia 0 texto a seguir. Oomoré feio Tem coro de vicio Ando pelo estrada Nao fem compromisso f.) Oomoré lindo For 0 impossivel Oomor é grace Ele dé e posse ‘AAnkines, C Brown, MMonie. omar fea. TETRA I Cotejando a letra da cangao com as Famosos versos ea monianos “Amor € fogo que arde sem se ver’ ferida que di e nao se sente”, afirma-se corretamente que: («) assim como Camdes, 05 compositores temat © amor, valendo-se de uma linguagem espon nea, coloquial, como prova o uso da expressao “cara de vicio”. © cariter popular da cangao € acentuado pelo uso de redondilhas, traco estilistico ausente nos versos, samonianos citados. m (©) @ coneepgio de amor como sentimento contradi- trio, tipiea de Camdes, est ausente na letra da angio, uma vez que seus versos no se compiem de paradoxos, () @ ideia de que a dor do amor nio € sentida pelos amantes, presente nos versos de Cam@es, € para- fraseada nos versos “Anda pela estraday/Nao tem compromisso” a cangdo recupera o tom solene e altissonante pre- sente nos versos camonianos, > Textos para as questies 3 € 4. Texto 1 Reinandlo Amor em dois peitos, fece tontas felsidodes, que, de conformes vontades, faz desconformes efeitos. Iguaimente vive em nds: mas, por desconcerto seu, vos leva, se venho eu, ime leva, se vindes vos. Combes Texto Fy queria querer-te amar 6 omer, Construirnos duleissima priséo; Encontrar 0 mois justo adequagéo: Tudo métrica e rimo e nunca dor! Mas 0 vida é real e de viés, E v8 56 que cilada 0 amor me armou: Ev fe quero e ndo queres como sou; [Nao fe quero e ndo queres como és. Ab, Buia flor do querer. Ab, Brut flor, brute flor! Casrene Veloso. Mackenzie 2009 Assinale a altemativa correta anverca do texto I (0) Exemplifica o padrio postico do Classivismo re- nascentista, na medida em que tematiza o amor, utilizando-se da ehamada “medida nova”. (b) Embora apresente versos redondilhios, de tradigio ‘medieval, a Linguagem dos versos revela contengio emotiva,trago estilistico valorizado na Renascenga. (c) Revela influéncia das cantigas medievais, pela so- noridade das rimas e linguagem emotiva propria da “coita de amor”. (c) Eum texto do Humanismo, pois traz uma reflexdo filos6fiea sobre o sentimento amoroso, afistando- -se, assim, da influéneta greco-romans. (©) Antecipa o estilo barraco do século XVII devide & sua linguagem prolixa, em que se notam ousadas inversdes sintticas e metiforas obscuras. EEE Mackenzie 2009 Com relagaio ao texto II, todas as afirmagdes abaixo esto corretas, exceto: (a) Os versos 3 © 4 aludem a ideia de que a regula- ridade métrica ¢ rimica é expressao do desejo de harmonia césmica. (b) O sentido de “duleissima prisdo” (v.2) opde-se, no contexto, J ideia de “justa adequaga0” (v.3). (c) Overso “Mas a vida é real ¢ de viés” (v.5) faz alu- sfio ao tema do desconcerto do mundo, também presente na poesia camoniana, (6) Os versos expressam a ideia de que 6 desencontro amoroso provoca dor. (c) Orefrdo sugere que o desejo humano é suave, de- licado (flor) e, a0 mesmo tempo, violento, indo- mivel (bruta). orn Fuvest 2003 Oh! Maidito 6 primeire que, ne mundo, Nas ondas velo pis em seco lenho! Digno do eterna pena do Profundo, Se 6 justo a justo Lei que sigo e tenho! Nunco juizo algum, alto e protundo, ‘Nem citara sonora ov vivo engenho, Te d6 por isso fama nem meméria, ‘Mas contigo se acobe 0 nome € a gléria, Camées Os Lusindos. a) Considerando este trecho da fala do Velho do Res- telo no contexto da obra a que pertence, explique os dois primeiros versos, esclarecendo o motivo du maldigio que neles é langada, b) Nos quatro tiltimos versos, est implicada uma determinada concepeto da fungdio da arte, [denti- fique essa concepeao, explicando-a brevemente, 5 aT Camédes épico: Os Lusiadas + A-cestrutura de Os Lusiadas € feita em dez cantos, em oitava rima (ABABABCC); 0 poema possui 8.816 versos decassilabos. + A estrutura da epopeia tem cinco partes: proposigao, invocagao, dedicatéria, narracdo e epilogo. * Oniicleo tematico da epopeia é a viagem de Vasco da Gama As indias; ‘Vasco 6 0 seu herd coletivo ¢ representa 0 povo portusués, + Ahistéria de Portugal 6 recontada por CamBes até o fim do século XV. + Aobraé dedicada a d, Sebastito, rei de Portugal ‘Camées, fronispicio da primora p4- ‘dna de Os Lusiades, 2 edi, 1984. ieee HEB vr5car 2006 Leia o texto a seguir. b) Para dizer que 0 nome do templo é Belém, Ca- ‘mes faz uso de uma perifrase: “Que 0 nome tem Portimo-nos assim do santo templo da terra, para exemplo,/Donde Deus foi em care Que nas praias do mar esté ossentado, 20 mundo dado.” Em que outro trecho dessa es- Que 0 nome tem do terra, para exemplo, trofe Camdes usa outra peritrase? Donde Deus foi em came oo mundo dado. Certifco-te, 6 Rei, que se contemplo Como fui destas proias apartado, Cheio dentro de divida e receio, Que @ penas nos meus alhos ponho o freio. Comes, Carta 4° = 87 ne Os Lisi. Otrecho faz parte do poema épico Os Lusiadas, escri- to por Luis Vaz de Camdes ¢ narra a partida de Vasco da Gama para a viagem as Indias. a) Em que estilo de época ou época histérica se situa a obra de Cambes? TeTRA I EB fovest Ti, 86 tu, puro amor, com forge erva, Que 0s coragées hurmanos tanto obriga, Deste causa & BIBS morte sua, Como se foro Biifidinimigo Se dizem, 183 AMOR, que a sede tuo Nem com légrimos tristes ce HIN, £ porque queres, éspero e tirano, Tuos 888 bonhar em sangue humano. Camdes, Os tsiedas Corto a) Considerando-se a forte presenga da cultura da Antiguidade Clissica em Os Lusfadas, a que se pode referir © vocibulo Amor, grafado com maitiscula, no $° verso? TEI Unesp (Adapt) Cessem do sibio Grego ¢ do Troiano ‘As novegacées grandes que fizeram; Gale-se de Alexandre € de Trajan ‘A fama das vtérias que fiveram: Que eu canto 0 peito iluste Lusitano, ‘Aquem Neptuno e Marte obedeceram, Cesse tudo 0 que 0 Musa antiga canto, Que outro valor mais alto se alevanta. Comdex Os Lusados. Corto Uma leitura atenta da estrofe citada revela que o con- tetido dos primeiros seis versos € retomado e sintet zado nos tiltimos dois versos. Interprete a estrofe de acordo com essa observaciio, tendo em vista o univer- so da obra Os Lusiadas. b) Explique o verso “Tuas aras banhar em sangue humano”, relacionando-o a historia de Inés de Castro. WED Puc pr Leia os textos a seguir. Fala do Velho do Restelo ao Astronauta ‘Aqui no terra 0 fome continua Armiséria @ 0 luto A rmiséria @ 0 luto e outta vez a fome ‘Acendemos cigaros em fogos de napalm E dizemos amor sem saber 0 que seja. ‘Mas fizemos de tio prove de riquezo, Ou talvez da pobreza, e da fome outra vee, E pusemos em ti nem eu sei que desejos De mais alto que nés, de melhor e mais puro, ‘No jornal soletrames de olhos tensos ‘Morewilhas de espaco e de verigem. Salgados oceanos que circundam thas morios de sede onde néo chove. ‘Mos a terra, astronauto, & boa meso (€ 05 bombas de nopalm séo brinquedos) ‘Onde come brincando s6 a fome $6.0 fome, astronauta, s6 a fome. José Seramogo. Poems posses Mar portugués © mor salgado, quanto do teu sal S60 légrimos de Portugal! Por fe cruzanmios, quantas mes choraram, Quanto flhos em véo rezaram! Quantas noivos ficarom por casar Pra que fosses nosso, 6 marl \oleu 0 pen? Tudo vale @ pena Se a olma ndo ¢ pequeno. Quem quer possor além de Bojodor Tam que passor olém do dor Deus a0 mar 0 perigo e 0 abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Femondo Porson. Mensoger Episédio do Velho do Restelo O gléria de mandar, 6 v6 cobiga Desta vaidade a quem chamamos Fomal O fraudulento gosto, que se atica Cuma aura popular que honra se choral Que casligo tomanho e que justiga Fozes no peito vao que muito te amal Que mories, que perigos, que fommenios, Que crueldades neles experiments! Combes. Os Lsiodas Corto N 0s textos de Fernando Pessoa e de José Saramago Slo intertextuais em relagao ao episddio do Velho do Restelo, Refletindo sobre a visio desses dois autores lusos, assinale a alternativa correta. (0) Saramago nao faz referéncias eriticas aos valores aticos ou existenciais, detendo-se na questio da guetta e do progresso. (b) Fernando Pessoa estabelece uma relagao irénica com texto camoniano, pois parodia o tom grandiloquente da fala do Velho do Restelo, valendo-se de apéstrofes. (©) Os versos de Fernando Pessoa se assemelham aos do episédio do Velho de Restelo pela auséneia de personificagio. (@) Saramago e Fernando Pessoa nao se valeram da perfeigio formal camoniana, o que invalida 0 teor intertextual, que compreende apenas estrutura & conte. (©) Saramago apresenta uma critica universalizante que retoma 0 alerta feito pelo Velho do Restelo, atualizando-o. 3 Eas TeTRA I bey autre Cw) (7 Camées lirico + Os redondilhos sio conhecidos também como “medida velha”, + CamBes esereveu a maneira tradicional, ainda medieval de Miranda, mas ganharam notorie- + Os sonetos foram trazidos para Portugal por dade por meio de Camoes, + © maneirismo indica a angistia do homem diante da Santa Inquisigao e prepara 0 aparecimento do Barroco. + Cam@es esereveu poemas feitos de um lirsmo que poe em destaque os sentimentos | eas grandes emogdes humanas, 5 e Miranda. ee EBB Unifop 2012 Leia o textoa seguir. O dio em que nasci morra e perega Odio em que nasci morra e pereca, No 0 queira jamais o tempo dor: No torne mois 0 Mundo, e, se tornar, Eclipse nesse posso 0 Sol padega Aluz ihe faite, © Sol se the escureca, Mostre o Mundo sinais de se acobar, Nascan-Jhe monstros, songue chova o ar, Amie 00 prépro Filho néo conhece. As pessoas pasmadas, de ignorantes, As lagrimas no rosio, 0 cor perdida, Cuidem que 0 Mundo jé se destrui. O gente temerosa, nda fe espanies, Que este dio deitou eo Mundo a vidlo Mais desgracada que jamais se vial Lute Vas de Cam. In: trae comertado Seo Pale: Nave Cuturl, 1999 a) Como se revela o estado de espirito do eu lirico? seat b) Identifique © transcreva duas caractei Classicismo na lirica camoniana, > Textos para a questio 2 Texto Da utopia fiscal Bolaram um imposto interessante na enésima reforma tributério que iria reduzir a “necesséria” e enorme carga em cimo do elefonte. Glouco Maroto |séeuo Xt) Texto Il Amor é fogo que arde sem se ver ‘Amor & fogo que orde sem se ver; Eferida que ddi e no se sente; um contentamento descontente: E dor que desotina sem doer, Comes (eco X¥ HEME 65 dois trechos que voeé acabou de ler encon- tram-se distunciados entre si por $00 anos. G Mattoso € poeta contempo como se conduz a questio no Brasil atual; Camdes compde um texto lirico que trata do senti- mento humano por exceléneia: 0 amor, Denice as altemnativas a seguir, assinale aquela em que areferéncia estrutural e a postura do eu postico estio corretas. (2) Trata-se, em ambos, do uso da forma fixa, Ha, no primeiro texto, critica social, ¢ 0 satirico se ressal- ta; no segundo, 0 eu lirico enumera as caracteris- ticas ambiguas do amor. E possivel encontrar em ambos 0 uso do verso decassilabo como estrutura; no primeiro, hil o eu postico satirico ¢, no segundo, o eu lirieo pode set enirevisto no emprego da estilistica da repetigao. O primeiro texto serve exclusivamente para cara sociedade de nosso tempo, € 0 segundo para falar de antiteses e paradoxos. Em ambos, & possivel reconhecer 0 uso sistema- tico dos redondilhos maiores € o eu postico nao pode ser diferenciado. (c) Trata-se, em ambos, deuso dos versos alexandrinos, ‘no primeiro, o tema abordado ¢ contemporiineo ¢, no segundo, o tema 6 universal Inco © faz crit o D Textos para as quests 3 e 4. Texto ‘SBBBIGE rios que vaio por Bobildnio, me achei, onde sentado chore as lembrangos de S188 @ quanto nela passe Ali, 0 io corente de meus olhos fo! monado; e, tudo bem comparado, Bobilénio ao mal presente, Sido a0 tempo possodo. ty ‘Mos 6 ty, terra de Gloria, se eu nunca vituo esséncio, como me lembras no auséneta? No me lembras na meméria sendo na reminiscéncia, lus do Comées [ponte do Clas perugubsh Sdbolos is qve wo. ‘SObolos: sobro 0: Sido: Jerusalem. TETRA I ong Texto II De uma ver calhou lermos Sdbolos ios que vio. Contava-se ai do Babilénio e da Jerusalém celeste. |.) A Jerusalém & nossa, mas construimo-la to lenge, 160 dentro da nossa violenta inquielagéo, que s6 sua mira- gem nos visita de quando em quando, & hora das raizes & das sombros. Vergo Ferre fesrtor postugés contemportneo}. Argo FEI Mockenzie 2010 Considerando a leitura dos dois textos, assinale a altemativa correta a respeito do texto I (0) Aconstatagao de um “mal presente” (verso 09) ¢ a idealizagiio do “tempo pasado” (verso 10), iden- tificado a “terra de Gléria” (verso 11), siio indices do neoplatonismo camoniano. (>) O texto nega uma visio espiritualista de mundo, na medida em que o poeta afirma nunea ter visto a “esséncia” (verso 12) da terra santa. () Os versos ironizam a idealizago de “Babilonia” (verso 02), considerada pelo poeta como “terra de Gloria” (verso 11). () Ou litico canta as glérias de Portugal, terra tao abengoada quanto a “Jerusalém celeste” (linha 02). Aidealizacdo da terra santa tem como causa arelagao «specular entre os “rios da Babilénia” (versos 01 ¢ (2) e 0 “rio corrente” (verso 06) dos olhos do poeta. HZ Mockenzie 2010 Considerando a leitura dos doi: textos, assinale a altemativa correta, (:) Otexto IT & parédia do texto I, trago estilistico que define sua contemporaneidade ()) O texto IT dessacraliza o sentido da idealidade a0 concebé-la como construgo humana, e no divina, como prova o trecho “A Jerusalém € nossa, mas construimo-la tao longe, to dentro da nossa vio- lenta inquietagao” (linhas 02 € 03). (©) Embora escritos em épocas diferentes, I ¢ II con- ‘verge num ponto: ambos concebem a cidade de Jerusalém como a patria dos portugueses, por suas aracteristicas googri (4) O texto HI vale-se de linguagem metaférica — “hora das raizes e das sombras” (linhas 04 © 05) — recurso fiteririo ausente no texto 1 (©) Em If, 6 narrador critiea o descaso ca humanidade para com o passado cultural, concebido atualmente como “miragem e sombras” (linhas 04 e 05). ws ¢ histéricas onan Gr

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