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ISTO MATARA AQUILO S 10350 leitoreshio-de perdour-nos que paremeos um instante para investigar qual seria 0. pensamento ‘oculta nis paras enigmaticas do arcediago: is vi agua. O lista mutant a edficio, Em nossa ‘pinian, semelhante iia nha das intspect em primeio hig, um pensamento de padre. Era o sacenddci, hu prsengu de um nove agente — limprensa de Gutemberg. Erao palpito ¢0 manvsctilo, a p lava falada ea palavraévcrita,sssuntando-e ante pala iimpressa.alguma coiss semelhante ay assombro dum paral {Hue Tnse 0 anjo Legido abrir os seus sem milhoes de ass Ero brado do profela, que sentia ji vozearia eo turbihin ‘iu humanidade emancipads: que via no faturo 9 humanidade mina f&, a oping desentronizat a erenga. 0 mundo abslar Roma, Progndtico do filgnoro que 0 pensamento humane, ‘ota pela Imprensa.evaporarse do reipiene e0et tico, Terror do soldado que examina o alee de bronze © ue ties +A tore cair= Tals paavrassigofieavam que um teria sucedera outo poder, que a Imprensa mataria a tere ns Mas, oculta por esta ieia, @ primeira e a mais simples sem divida, havia, segundo nos parece, outta mals nova, co: ‘olds da primeira, mais fécil de perceber e mai Fil de ‘erifcar, wma apreciazao iualment filosoica, no 36 j de puree, mas de sdbio ede artista, Era o pressentimento de que © pensamento humano, mudando de forma, ia mudar de ex Dressaor que a ile principal de cada gerayao jé se no es reveria com a mesma materia e do mesmo modo; qué o livre {de pedra, tio sdlidoe duradour, seria substiuido pelo livto ‘de papel, mais sido e mais duradouro ainda, Vista deste ingolo a tGrmala vaga do acediago tins duplo sentido: si hificava que uma are ia desuonar outra arte. Queria dizer ‘A imprensa matré a arguiectra Realment, desde a orgem das coisas até ao século XV da racist, inclusive, a argutectura € grande lveo da hum nidade; a expressio principal do homem nos seus diversos fstados de desenvolvimento, seja coma forg sea como inte ‘Quando a memes das primeirasragas se sent sobreca: regnda: quando a bagagem das recorlgdes do. género hi mano se tornoo to pesada e confusa que a palavra, sola ¢ Yolati, corria 0 isco’ de perder'se pelo caminho transcreveram-nas no solo, do mado mais visivel, mais dura douto, 30 mesmo Lempo, natu, Selou-se cada tradigio ‘om um monumento. Os primeiros foram simples pedagos de rocha em que o ferro nia tnha tacado, diz Moisés. Aarau Tectura “comegou como a escrit, Primeiro” fo! alfabeto ‘olocava-se uma pedra, e era wma lets, « cada eta era un hieroglifo, e sobre cada hieréglifo repousava um grupo de ideias, como o capitel sobre a coluna. Assim fizeram as pi Imeiras ragas, por toda a parte e simultancamente sobre a Perficie do Mundo into, Enconta-se a pedraerguida dos (Celts na Sibéria aidtica © nos pampas da América. ‘Mais tarde, fizeram-se palavras. Sobrepoe'se « pedra 3 pedra, formaran-se as slabas de granlo, 0 verbo Lent a 2% ‘gumas combinagies. O dolmen e o cromlech celts, 0 tamu Is etuseo, 0 gage! hebraico so palavras. Alguns, princi Palmente 0 namulus, $40 nomes proprio As vezes mesmo ‘quando havia’ pedra em abundancia e grande terreno fscrevia'se uma frase. A imensa acumulagdo pedregosa de Kamae €j4 uma formula inti Finalmente fizeram-se livros. As tadigdes tinham eriado simbolos sob os quais desapareciam como 0 tronco da irvore ‘cult pela Toihagem: todos esses simbolos, em que a hums Aidade tinha f 1am crescendo. mulliplicando-se,crzando- see complicando-se cada vez mais; $ primeiros monumen. tos jo bastavam para os conte; transbordaam por todos 25 Tados; esses monumentos exprimiam eno apends 8 tad ‘80 primitive, simples, como eles, nae jazendo no solo, O Slmbola tina necesskiade de dessbrochar no edifio. Eno, ‘2 arquitecura desenvolveu-se com ¢.pensamento humane ‘ors gigante de mil cabegas e de mil bragos,e fixou Adbaixo de forma eterna, vsivel palpdvel, todo 0 simboe FHuwante. Enguanto Dédalo, ue representa foxes, medi fenquanto Orfeu. que representa a inteligéneis, cantava; & Coluna, que é uma lewa. 4 arcada, que é uma silaba, a pi mide, que € uma palava, simultaneamente postas em movi mento por uma lei da geometria © por uma let da pocsia rupavam-se, combinav ase, amalgamavamyse> desciam. Subiam, punham-se umas sobre a outas,levantando andares sé ap céu, alé terem escrtos, segundo a dela geral da “poca, esses livros maraviosos que eram também maravi Thosos edificios — 0 Pagode d'Eklinga, 0 Rhamseion do Egipto. o Templo de Sslomio ‘A ideia-mite, 0 verbo, no estava s6 no pensamento de todos esses ediieos, mas também aa forma, O Templo de Salomio, por exempio, nao era simplesmente 8 encatnagi0 ‘Uo lvro Sagrado. Sobre cada um dos seus recintos concent ‘0s poiam os sacerdaes lero verbo, tradurigo e manifesto Vista, e seguiremihe assim ay tansformagdes de santudr 1m santirio, at © encontrarem no dime tabernicelo. sob ina tus concreta da aroitctra, que era ento 9 an Xovim. 0 verbo estava encerado no edifleio, musa sa im im estivy ha Forma exter. como a figura humana sob 0 fmulo duns ima mio 36 forma dos edifcis, mas também o lugar que sra eles evolhium. eevclava.0 pensamento que represent Sant. Confogme 0 simbolo a exprimir era aprazive ste broso. a Grecia coroava as suas montanhas. som am templa harmonios visita India excavava as suas para constuit os Uisformes pagodes sublerrineos,sustntados por giantescos ‘cues de elefantes de granio “Assim, dafante os primeitos ses mil anos do Mundo, desde ppagode ats imemordvel di ingia até Catedral de Colonia, & duguitctira fa grande esctits do género human. Esto € tio certo que no 50 tal 0 simbolo reigioso. mas ainda todo «-pensamenio humano, tem a sua pagina nesseliveo imenso. Toda a cvilizagdo comesa pela teocraia ¢ acaba pela de moctacia, Ess lei da libendae, sucedendo 4 vnidade esti feria ma anguitectrs, Porgue, insistamos neste pont, ni0 ecdeve crer que a arte do-pedreio s6 seja poderosa para ‘aiiear 0 templo. para exprimir'o milo €-0 simbolismo sa Serdotl, para transcrever em Merouifos, nas suas paginas de pda, as pizinas mistriosoa da lel. Se assim Fosse como Sede en tdi stciedade humana. no momento em gue © Simbolo sugrado se gestae se oblitera sob olive arbi. em {que 0 homem foge do pace. em que a exereseéncia das filo Stay dos sistemas corr a face da tligdo, a arqutechra mio podria reproduzir cxse novo estado do exprio human: my suas folhas. ches na vente, Wo verso estaram varias, a Sta obra Ticaria truneadas 0-360 ivro incompleto, Mas nia cede assim Tomaremos part exemplo a ldade Média, onde vemos me: hor. porque ests mais proxima de n6s. Durante 0 seu pr meivo perido. enquanto a teocracia organiza a Europa. eh tht et na Roma Ferma da Rep qe a as Stk. do ual o saeco echo da abbots, poco s poco. a0 sopro do Cristiano. na mao dos barbs. su teas do Epo eda la, emblems iatrivel do Cal ‘he pura inutvel hg da unite pap dae. a unilades a impenctvlidae,o asalto Gi Ns chegan as Crusader Eo grande movimento pop Clusa ou o fim slam sempre o seu timo preetita sp tod ibetade Vao spree grandes coma nvan Eis rials sbases a una bifucrse,O oud uct Sens parte do lio: Qua nom eo © senor fend feudal A rome da Europ est nada Pos ben! A faced anguiecura omanica more. O ego deserts extra va omamentar are para dar presi feudaiade. A invadido depos pela burguesia, pelo povo, pela liberdae foge no padre e cai em poder do arts O arta ears pricho. Desde que o padre possu a sua basilica eo eu sla, hada tem que dar, he qua paredes sto do att, O 0 da mobile stagnant da argutectararominia, que tem Encanto ate caminha a pasos gigante O géno ea cviginaidae popula faz f-abra que Tarim oF Bp. Cala rapa, que val pasando, excreve uma linha nesse Io ’ roupagem poplar dlr quando muito, advinhar a sada relgtosa, Nao se pode formar iia Jos abusos que 03 aeuitecio pica eno conta a propia iia. SBo cap ies enreados, ches de res ede fretasvergonhosamente tons como na Sala ds Charnes do Palcio da stim lars, coma no grande portal de Burgos, Enowtrasum fade tguco, com orths de burro eo copo nami, rindo ante de uma comunade ini, como na Abadia de Bacher Berdade de imprensa. Es iberdade da arqulecar ss iberdade vl mute Tonge, As eae, um pot a ier ites, apresenta um sboloesanno af cul oo amesmo host ies, Guilherme de Pari no seeulo Xi Niclas Flamel, no século XV. cacreverum desas paginas ‘elicosas, Sho Jacques do Matadour era uma gee fda de 2» (© pensament, eno, s6 er vee deste modo: tambémn no se eserevia por ineiro senio nesses livros, a que se cham ‘am edifcits. Sob forma de manusrito © mesmo pensa mento teria sido queimado na praca public. pela mio do catrsco, se tivesse tio impeudencia bastante para se aise a tanto. Assim, havendo apenas este camino. para pasar precipitavam-se nele de todos os lados. Dal imensa quant fade de catedrais que cobriram a Europa, em nvmero tio Prodigioso que custa a cret, mio obstante verificar-se. Todas 35 Forgas matriis, todas aos forgasintlectais da sociedade onvergiam para 0) mesmo pontor «-argutectura. Por este modo, ¢ com 0 pretext de edificar irejes a Deus. atte leenvolviase em magnificas poporgbes Entio, quam nascia poeta fapirtearguitect. O génio, es pathado nas massas, comprimido de todos os lados pl feu dalsmo, como sob um testudo de escudos de bronze. no achando saida senio pelo lado da arquitectura, langave-se nessa arte e as suas iadas tomavam a forma de catedras Todas as outras artes obedeciam e sujetavamse 8 arguite tura. Bram os obreitos da grande obra. O arguitecto. © posta 0 meste totalizavam nas Suas pessoas escultra que The inzelava as fachadas,pintara qu the lluminava os vios, 1 masica que the repercutia 0 sino €ressoava nos Grgdos. AIC 8 pobre poesia propriamente dita, aguele que re abstinava 3 ‘egetar nos manusertos, era obrigada, para set al. @ i Colocar-se no edificio, sob a forma de hino ou de sequéncta ‘mesmo papel, em tad o caso. sue tnham representado as hragédias de Exguilo nas festassacerdoais da Grecia. o Ge resis, 90 Templo de Satomi ‘Assim, ale Gutemberg, a arguitectra € a eserita principal 1 esrita universal Nesse livro.graniice, comeyado, m0 ‘Oriente, continuado pela antiguidade grega e romana, a Ka “Média escreveu a ultima pigina. Afinal, ese fendmeno d arguitectura de um povo sucedendo i aiguitectura den fasta, que acabimos de observar “na {dale Medi reproduzise, com um movimento andlogo na intelgéncia, has utas grandes épocan da Historia, Assim, para enunciar iui, sumariamente, uma Tei que exigiria maitos volumes pura poder desenvolverse, citaremos no Oriente. ergo dos Temps primitives, depois da argutectura hindu, a argulee: {ura fenfei, mie opulenta da arquteturadeabe: na Antu fade, depois da arquitectira egipeia, da qual 0 estilo etusco os mentumentosciclopicos mats nio s80 do que uma varie Glades a argitectara gtega, da qual o estilo romano nio é também senio um prolongamente sobrecaregado do zimbé fio carisinés; nos tempos moderos, depos da argutectra Fominiea. arquitctur potica.E, desdobrando estas tes s& fies, encontarse-, nas tes ims mais velha, «arqutectra indica. a argotectra egipcia © 8 arguiectra rominica, © neem simbolo, isto @ a teocracia, a casa, a unidade. 0 dogma, mito, Deus; © nas ts irmis mas novas, na argu tecturafentcia, na arqutectaragrepae na arguitectora gotica, (qualquer que seja,afnal, a diversidade da forma inerente & Sta naturera, © mestio significado também isto €, 4 bes dade. 0 povos 0 homem. ‘uct fe Ihe chame brimane, ou Mago, ou papa. nas cons: tnugoes indices. esipeas ou rominicas sempre se reconhece ‘acerdote, e aida mais do que o sacerdote, © mesmo nao Sucede nas anuitecturas do povo, Essts sio mais Fieas © me hos sagradas. Na Feniia, descobre-se 0 mercador, na sega "republicano; na gotca, 0 buegues ‘Os caracteres geras de toda a arquitectura twoeratica, si: 1 imulabildade. o horror do progresso, a comservagio J36 iahes tradicionais, a consageayao dos tipos primiivos. 9 St joi constants dé todas as formas do homem e da natreza ‘vs caprichos incompreensiveis do slmbolo. Sao livtos tene Broson que 500s iniiados sabem decfrr. Enfim. toda forma, toda deformidade mesmo, te al um sentido que torma inviolel No se poder exigir das arguitetiras Indica, egipcia € ominica que reformem 9 seu desenho ov methoren «st fstatueia, Qualguer aperfeigoamento € pura els impiclade Nests arguitctias parece que a infexbilidade do dogma se expalhou sobre « peda como segunda perficasio Osc tacteres gers das consiughes populares, a0 contro, io a variedade, o progresto, originalidade, 4 opuléncia. 0 mo Vimento perpeto. Estio ja demasiado desligadas da rliiso para pensarem na sua beleza, para chidarem dela, para Ihe orrgiem continuamente a ornament de estinas © de irabescos, Pertencem a0 século, Tem alguma coisa de hu mano, que unem, sem cessir, a0 simbolo diving. Dal siads ‘os eiticios penetrives alma, a inteligéncia, imaginacio bindasimbolcos, mas Fels de compreender como nature? Eire a arguitectura tocritica ¢ esta, existe a diferenga que entre uma lingua sagrada e uma lingua vulgar, ente © hictoglfo ea arte, enre Salomao © Fidias. ‘Se resuminmos quanto ate aqui indcamos muito sumaria mente despeevando mil provas € também mil objsydes espe Closas, chesamos i conelustn de que a arguitectura Toi. at ao sculo XV. o registo principal da humanidade, que. nesse intervalo, no apatecew no Mundo um dnico pensamento um poco contplicada que nio se convertesse em edie: que toda idea popular. come toda a et religioss,teve 0s seus monuments que © genevo humano, enfim, nada pensou de importante que nav eserevesse na pedra. E poraue? E que todo'o pensamento. quer rsligioso quer filosico, fica ite ressado em perpetiarse: € que ita, que agitou uma gers fio. quer agitaroutras © detnarvestgios, Dal, que previria, Imortaidade a do manoserit! Como 0 edificio € um lira muito maty sido, durivel © resistente! Para destuir 8 px Tavea eserita bast um archote-¢ um torco, Para destuit a palavea constuida torma-se necessiria ana revoluyao social bh uma revologo terest. Os barbaros passararm por eima dh Colisev-odilivio pusou ave por cima das Pirimides. No século XV, tao mud 0 pensamento humane descobre me de se pespetuar mio sé mais durivel eresistente do que a arquitectira, mas ainda mais simples e mais facil. A argutecra ¢ destronads, AS Teas de pedra de Orfeu, vio suctder as leap de chumbo de Gutenberg 0 livro sai mataro edi A invengao da imprensa & 0 maior acontecimento da Hiss ria, Ea revolugio-mae, 0 modo de expresio da human dade ue se renova totalmente. E 0 pensamento humano que ‘espe uma forma ese reveste de outra,E a completa e deli tivamadaaga de pele dessa serpente simboliea que desde Adio representa a inteligénca, Sob a forma impressio, 0 pensamento € mais imortal da ue nunca: voli, impalpivel, indestutivel. Confunde-se com o at. No tempe da argutectaca tornavasse montanh € assemelhava-se 8 forpa de um século e de um lugar. Agora faz-se bando de aves, espalha-se aos quatro ventos © ocupa, ‘0 mesmo tempo, todos os ponts do are do espago Repetimo-lor quem nio ve que. por este modo. 0 pens mento € muito mais indelével? De sido que era, omow-se ‘iva. Passow da dursdo para aimortlidate. Pode-se demo Tie uma massa, mas como destuir a vbiguidade? Ven um Uiivio: « montana teré desaparccido ha muito debaixo das aguas; mas ax aves voario ainda; e, se uma dnica area futuar 2 siperticie do calaclismo, lis pousarSo al, sobrenadario ‘com ela, assisirdo com els diminuigio das aguas. c 0 novo mundo que sar desse cans veri, quando desperta, pairar he por cima, alado e vivente, © pensamento do riundo sub , quando se observa que este modo de expresso & mio $6 ‘© mais conservador, mas ainda o mais simples, 0 mals ade ‘quado, 0 mais pralicvel de todos; quando se pensa que nao fasta grande conjunto de objectos, mem move. pesados ‘sprestos; quando se compara 0 pensamento brigado, para se ‘kprimir num edificio, a por em movimento quatro ov ined outras artes © montbes de ouro, uma montanha de pedras lima floresta de madras, um pov0 de abreios; quando isto Se compara como peasamento que se torna livre, 0 qv basta algum papel, alguma tina € uma pena, como admirar nos de que #incigéncia humana desprezasse a arguitecturs pela imprensa? Cori epentinamente 0 leita primitiva dum Fio por um canal mais aberto, abaixo do seu nivel — 0 ro texeraré do lito Por isso, desde a descoberta da imprensa, a arquitecwra secarse, poco # pouco, mirase, aofia-se. Como se co Iece que o brilho The diminui, que aseiva the desaparece que o pensamento dos tempos ¢ dos povos se relra dela! O Fesfriamento & quaseinsensivel no séeulo XV a imprensa & muito dé ainda erouba apenas & poderosaarguitectura uma Superabundancia de vida. Mas. a partir do séeulo XVI. a en fermidade da aquitecturatorna-sevisivl, jf alo exprime ex senciaimente a sociedae; passs & ser miseravelmente arte clisia; de gaulesa, de europea, de indigena, torna-se gregs romana; de verdadeira e moderna, pseudo-antiga. Ea essa Adecadéncia que se chama Renascenga. Decadéncia magni Tien, contido, porgue o antigo genio gtico, esse sol, pOese detrs da giganesea prensa de Mogoncia; peneta, ainda por algum tempo, com os sllimos rais, por todo esse montio hbrdo de arcades latinas ¢ de colunatas corintis Besse pir-de-sol que tomamos por aurora Eniretnto, desde o momento em que a argutectura nfo é mais que uma arte, como qualquer outa; desde que deixou de rer‘ arte total, a arte soberana, arte iinica, pede 4 fora de conter em si as duis artes. Estas, portanto femancipan-se, quebram 0 jugo da argutectura, e Yao cad lima para seu lado, Todas ganham com este divérei O iso Tamento engrandece tado. A escultira passa a ser estaturia {imagem faz-se pinturs,o ednone tona-se misics, Dir-se-ia um império que se demembra pela morte do seu alexandre, ¢ ‘jas provincia se fazem reinos Dai Rafael, Miguel Angelo, 4oto Goulon Palestrina, es ses esplendores do brifhanteséculo XVI ‘De mios das com as ates, 0 pensamento emancipa-se por toda a parte. Os heresircan dy Idade Media tinham dado Fr profundos golpes do Catolicismo, O séeulo XVI quebra 4 Undade religiosa. Antes da imprensa « Reforma nio Tora mais do que von eis a imprensa fe-ta revologao. Tisai a Imprensa¢ heesiaficard entorpocida. Quer sea fataidads fu providencia, Gutenberg € precursor de Lutero, Texas, quando 0 sol da Idade Média se pe de too ‘quando o genio gatico se extingue para sempre no horizonte Giant. “a anpitectira val desbotundo, descorand-¢ spagando-st cada vex mals. O liveo impress, esse verm sido. do. ediflio, sugaa ¢ devorea Ela. despoj-se {lesfolhise emagrece a olbosvisios. E mesquinha.¢ pobre {mula Ja nio exprime coisa neahuma, nem mesino & lem trance da arte de-outto tempo. Reduzida si mesma, aban donaa das outs artes, porque 0 pensamento humano 4 ttundona. chama obreitos pone tem artistas. Endo © fantero sucede a0 escultor. Adeus toda a selva, toda a originale, toda a vida, toda a incligéncia, Arrasase Tamentavelmente mendicante de oficina, de edpia em pia Miguel Angelo, que, no século XVI. via a, sem dvida sae tld arte juntou 9 Pantelo com o Parthénon e produ 2 Sio Pedro de Roma. Obra grandiosa. que mereca fear Uinicas alia originalidade da arquitectura asinatura de um urtsta gigas. or Baio do colosalregsto, que se fecha Morto Migucl Angelo. que faz essa miservel arquitectra fue. sobrevivia asi propria no estado de expectro e de Sombra? Desalea Sto Pedro de Roma, copiao © parodia. E tims mania. Causa dé. Cada século tem 0 seu Sa0 Pedro de Roma; no século XVII, 0 Valde-Grice; no século XVIIL ‘Santa Genoveva. Cada pals tem o seu Sio Pedro de Roms! do eu NVI ao XVII stem on ests fendmenos Je Apart de Francis I forma aitctrl do eden omo s osada Je um corpo emagreido, As bela linha da sempre 0 Panteio no Parthenon, Sto Pedro de Roma Vejanvse igrjas de Luls Ril peda, balay vane tao Nagbes: Vsjan-se os palicios de Luts XIV. grandes Guar de cortesios Nios. lain. enfadonos, Ves fnamente em tals XV como €desfigiads por videos or nalos antiga arguitectira caduca, desdentada © vaidoss Desde Francisco I ae Luls XV. o mal cresceu em progres Sessio geomewiea. A arte jd alo tem mai do que a pele Enretinto. ein que se lorna i inprensa? Tada a vida que Meixou a aguitecura veio para ela. A medida que & aqui tura se amenguinha, a imprensa sabe c ensobetba-se. 0 capi tal de forgas que 0 pensamento humano gastava em edificos. tusi-o agora com os livros. Também. dee 0 ssculo XVI. a imprensi clevase até ao nivel da aquitsctura, que diseipina luta com ela © mativa, No séeulo XVII Ja bastante sobe ana, bastante tiunfante, bastante firme ns sua vitdria pa dar ao mundo a festa de um grande ssvulo liter. No xe culo XVI, descansada por moto emp ns corte Luis XIV, toma a velha espada de Luteo, arma Volttire ¢ corre tumultuosa a0 atague da antiga Europa, a quem jé matou expresso argitectural. No momento em que terlino 0 s& fulo XVII ja tudo estava stuido, No século XIX ¥ai re Mas, perguntamos agora, qual das duas ares representa realmente, i ts séeulos, 0 pensamento humano? Qual de Tas 0 taluz? Qual exprime, nfo s6 a suas maniaslierrias © ‘scolisticas, mas o seu vaste, profundo e vniversal movi ‘mento? Qual se sobrepde constantement, sem rotra e sem Tacuna, a0 género humano, que caminhs come monstro de mil pés? A arguitectura ou a imprensa? ‘A imprensa. Nao nor iludamos, a arqitectura morte: morseu para sempre; foi morta pelo lio impresso, morta porque dura menos, morta porque € mais cara. Uma catedral fist mil milhdes.Imagine-se agora que quantidade de fur os ndo scriam necessérios para tomar a excrever 0 livto ar ‘qitectiral, para volar a epoeas em que © acervo dos mo humentos era tal, que, segundo firma uma testemunha cular, =dirse-ia que @ mundo, sacudindo-se, largava as Suas anigas roupaias para se cobrir com um alvo manta Erat enim ut si mundus, ipse executendo seme, rejecto Yetustaecandidam ecclesiarum vestem induerel. (Glaber Radulphus) ‘Um lio compée-se tio depressa,custa tio pouco e pode ic tao longe! Como poderianos pois admira-nos vendo. 0 pensamento humano eseoar-se por essa ladeira? Isto no quer flizer que 4 aguitectura nfo tenha ainda, aqui ou acl, a {gum belo monumento, uma obré-prima isolada. Poder sinda fiver, de tempos 2 tempos, sob & dominio ds imprensa, uma nhies amontsados, como havia no reinado da argitectura, das lias © dos romanceitos, dos Mahabihrata © dos Nibe= Tungos,levantadss por tado um povo sobre rapsédias amon toadase fundies, Podera sobreviver no século XX 0 grande Solo Xia 4 agutectura a mo sed re colectva, tt dminante, © grande poems, o grande eco. grande meni oper imporse Hide sujal da ie ds dua artes serto inverts. Eero que, na poce argu como os effcos, a grander a tanguildade das lina; na majesade catlica,» spite popolr. ace © lake Tate vegeagao de uma” epoct de renovarto. A Biblia Ssscmelhase ik Pines, lads a0 Parthenon, Homero @ Frain Dante, no scat Xi, lama ij oman Sha Kespeare, no século XVI, € sla cued tea Ianto 0 monumento ea impensa, 2 Bila de peda, © 8 Biblia de panel Ceromente quando se conten cn perl te saudades da majestade vse! daesrila de fe mio, dese iganescos alfabetos formulados de eolunatas de ples, de oblico, desis copies de montanes hum tes qe cabrem o Mundo eo pasado, desde pirmide ae tomes desde Queop ate Estasburgo, preciso eto pasado tessa piginas de marmore. E preciso admia ocr con tio lamb no negar a grandeza do ediiio que. por so ver, a inprens est evantando Ee edcto colossal Nao si que fbricant de eta tics eaewlow que. sobrepondo um ao outro todos os volumes berg encherse-ia inter Saidos da imprensa, desde Gute alo que medeia da Terr b Lua: mas no € desea especie de randeea que queremos falar Entrelanto, quando se tenta ce preaiorir a imaginayio una imagem total do complexo das Feprodugdes da imprensa, até 20s aossos dias, esse eompleso his se nos afigura. como constugdo imensa, apoiada no ‘Mundo inti, na qual a humanidadetrbalha sem deseans, fe cuja eabega se perde nas profundas revas do futuro? 0 formigar das ineligéneias. E a colmeia para onde today as inagdes, esses abelhas douradas, levam 0 seu mel. O edificio tem mil andares. Aqui e além, nos seus declives. ‘emse desembocar # tenebrosis cavermas da ciéncia. que {eThe cruzam nas entranhas. Por ta a parte, na super arte oferece vista srabescos. lovbes,artendados em pr Tus. Alc cada obra individual, por mais caprichosa iso Fala que patega, tem 0 sev Tagare 0 seu fim. A harmonia resultado todo, Desde eatedal de Shakespeare até mes {quita de Byron. mil eampanitis se erguem confusameate Solve a metripole do pensamento universal, Na sua base cveveramrse alguns tess antigos da humanidade, que 8 irgutectura no. tnha tegistado, A esquerda da ental Selou-se 0 antigo bano-reevo de minmore branco de Hor mero; 8 diveita, a Biblia polglot levanta a8 suas sete cabe us, A hidra do romanceio ergue-se mais ao Tonge, assim tas formas hibridas, como os Vedas © os Nibelungos. AF hal © praiginso edifcio esti sempre incompleto. A. im rensdcssa miquina gigante, que tra sem descanso tod a seiva intelectual da sociedade, vomita sneessantemente oven materais para a sua obra. O genero humano ess todo hos andaimes. Cala espirito € um trabalhador. © mais bu mide conserta uma fends ou poe uma pera. Todos os dias {Se ergue algum novo edifei. Independentemente do fund vigil indvial de cada escrtr, hi comtigenes colt ‘os O sécula XVII di a Enciclopedia; a Revolusio da o Monitor. & esta também, sem divide, uma consinugio que eesce e sobe em espirain innit: nela também hd confusio de inguas,actvidade incessant, labor infatigével, concurs fervoroso da humanidade intra, eefgio prometido intl géncia contra um novo dilivio. conta una submersio de hashiros. Fa segunda tore de Babel do genero humano.

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