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Deus Governa Tudo
Deus Governa Tudo
Capítulo I
Daniel 1
COMO ENFRENTARMOS OS GRANDES PROBLEMAS
SEM PERDER A FÉ
Problemas existem!
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acontecia apenas nos relatos do Pentateuco, no livro de
Êxodo propriamente dito. Todavia, um dia aconteceu algo
terrível: “Contra ele subiu Nabucodonosor, rei de
Babilônia, e o amarrou com cadeias a fim de o levar para
Babilônia. Também alguns dos vasos da casa do Senhor
levou Nabucodonosor para Babilônia, e pô-los no seu
templo em Babilônia“ (2 Cr 36.6,7). A primeira coisa que
Israel precisava saber é que se existem problemas
pequenos, também podem existir grandes. Não podemos
admitir a falsa pregação de que não podemos sofrer, isso
é mentira e ilusão de falsos profetas desde muito tempo
conforme o texto: “Assim fala o Senhor dos exércitos, o
Deus de Israel, dizendo: Eu quebrarei o jugo do rei de
Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este
lugar todos os utensílios da casa do Senhor, que deste
lugar tomou Nabucodonosor, rei de Babilônia, levando-os
para Babilônia” (Jer 28.2,3). Para não perdermos a fé é
preciso que aprendamos que problemas existem sejam
de que tamanho for.
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poder de Deus, mas, sim questionarmos o nosso estado
de obediência diante dele para assim não perdermos a fé.
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a nação a perdição. No reino de Judá foram menos, mas,
não faltou quem servisse a deus estranho também. Esse
tipo de pecado abominável despertou a ira de Deus que
os havia tirado do Egito. O senhor enviara muitos profetas
para falar do pecado do povo, mas, esses foram
desprezados, humilhados, feridos e mortos. O exílio era
uma excelente maneira aos olhos de Deus de poupar a
Israel da perdição. No exílio se lembrariam de seus
pecados, e seriam bênção para os babilônios. Porque
Deus quis assim é algo que só pertence a Ele. O bom é
sabermos que seus métodos jamais falham. Assim Daniel
e seus amigos, como todos os desterrados não perderam
a fé, porque descobriram que todas as coisas cooperam
para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28).
Também em nossa vida hoje somos, às vezes
transportados para situações onde questionamos nossa
fé. Vivemos em nossa terra que mana leite e mel e
esquecemos de agradecer a Deus que nos tirou do Egito.
Passamos a deixá-lo em segundo lugar até que ele
permite sermos desterrados dessa vida de apatia para
uma realidade mais dura mediante o sofrimento para
assim acordarmos para Ele.
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estrangeira?“ Não perderemos a fé quando entendermos
que o Senhor nos está corrigindo ao nos depararmos com
situações difíceis. Assim Daniel e seus amigos não
perderam a fé, ao contrário, se questionaram, se
examinaram e chegaram a conclusão que eram culpados
e que Israel havia pecado, e que tudo ali redundou em
fortalecimento da fé da cada um.
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Capítulo II
Daniel 1.1-20
TUDO ESTÁ SOBRE O CONTROLE DE DEUS
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administração de nosso Deus. Os momentos de
contrariedades que, às vezes vivemos os dissabores
pelos quais, às vezes, passamos as calamidades que, às
vezes recaem sobre nossas cabeças, como também as
alegrias e os momentos de gozo indizível que muitas das
vezes sentimos estão sob o controle de nosso bom Deus.
Nada foge ao seu olhar, nada impede o seu agir, nada o
surpreende, ou o impossibilita de realizar seus planos. O
Deus de Daniel é o nosso Deus também. É o Deus que
ama a seus escolhidos, que os guarda, disciplina, corrige,
abençoa e promove a edificação e a oportunidade de
arrependimento.
Nabucodonosor: um grande governador, mas governado
por deus 1,2
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lembrarmos que o Deus todo poderoso o qual servimos
está no controle de nossas vidas.
O Deus fiel em todas as suas promessas, 2
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Podemos ver também nesse livro de Daniel que
Deus nos prova ao mesmo tempo em que nos corrige.
Deus não tinha levado a Daniel, seus amigos e muitos
outros habitantes de Jerusalém apenas para corrigí-los,
mas, também para prová-los. Nabucodonosor era além de
tirano, um homem sagaz e inteligente, que deseja
melhorar em tudo seu reino e sua cultura. Ele traz
aqueles jovens israelitas para o seu palácio para que
esses pudessem acrescentar no desenvolvimento da
nação babilônica. Queiramos ou não, precisamos
entender que o mundo ao nosso redor nos percebe e
desejará muito ter-nos como seus cooperadores, pois,
sabem que acima de tudo gostamos e primamos pela
honestidade, respeito, ordem e compromisso (não
levemos em conta os que enfeiam o evangelho nos
últimos tempos). Contudo para Daniel se abria a
oportunidade também de demonstrar fidelidade a seu
Deus. Foi-lhes dada à chance de resplandecer diante dos
estranhos, em como fazer seu Deus conhecido diante dos
que não criam nele. A nós, em vários lugares, empresas,
repartições públicas, dentre outros, nos é dado também à
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era onipresente e sua fé estava firmada Nele mesmo
estando eles no lugar mais longe da terra. Eles estavam
rodeados de deuses estranhos, vendo cultos e práticas
estranhas, e tendo a oportunidade, caso quisessem de
abraçar tudo, provar de tudo, experimentar as iguarias e
de tudo o mais que lhes estava sendo oferecido, porém, o
Deus a quem serviam não lhes era estranho e estavam
dispostos a permanecerem fiéis em toda e qualquer
circunstância. Se cremos desse jeito em nosso Deus que
é o mesmo de Daniel, estaremos firmes também seja qual
for a promessa e as iguarias que o mundo nos ofereça.
Glória a Deus.
Em uma terra estranha, de deuses estranhos, pessoas
estranhas, mas, firmes na fé e esperançosos na
misericórdia de Deus, 9
Vemos, todavia, aqui nesse capítulo e em todo o
livro, que Deus não é apenas o governador de tudo, que é
fiel até no cumprimento das suas promessas punitivas,
que prova enquanto corrige. Vemos também que Deus é
misericordioso e compassivo para com seus filhos, seu
povo. O rei queria agradar a Daniel e seus amigos com
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contrária ao mundo, aos seus prazeres e suas fanfarras.
Deus também terá misericórdia de você quando vir que o
que você mais deseja é agradá-lo e ser-lhe fiel em tudo.
Capítulo III
Daniel 2.1-18
DEUS GOVERNA TUDO
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Vers. 1 - No segundo ano do reinado de Nabucodonosor,
teve este um sonho; o seu espírito se perturbou, e
passou-se-lhe o sono.
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ninguém. Deus sim, nos dá segurança, pois, Gideão
enfrentou milhares com apenas trezentos homens,
Sansão com um pedaço de osso matou mil, Davi com
uma funda e uma pedra enfrentou Golias que tinha 2,92m
de altura. Nabucodonosor acordava todos os dias
perturbado, não se alimentava mais direito, passava o dia
preocupado porque algo, mesmo tendo sido abstrato lhe
tirava agora o sossego. O seu poder real, sua segurança
real e sua riqueza real concreta não lhe davam segurança
diante do abstrato. O rei se sentia pequeno apesar de
tanta grandeza. Sentia-se tal qual um pobre e desvalido
se sente diante dos desafios da vida. Sentia-se como
qualquer de nós se sente diante dos problemas e
dificuldades que enfrentamos até nos agarrarmos com o
Senhor. Sentia-se como qualquer pai de família se sente
diante das mudanças da vida e da sociedade, da
instabilidade financeira e da precariedade da saúde
humana. O rei via agora sua finitude apesar de tanta
grandeza.
O rei mais rico da terra não conseguia comprar a paz
para seu espírito
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pessoas. Deus governa nesse mundo e fora dele, no
mundo físico, material e também no mundo espiritual.
Todas as forças sejam daqui sejam do além, todas as
hostes sejam do bem, sejam do mal, todos são
governados pelo Senhor. Não existe principado,
potestade ou demônios, homens, mulheres, jovens e
crianças, ou reis, governadores, autoridades de qualquer
natureza que não estejam debaixo do poder e do governo
de Deus. Para tudo na vida, seja físico ou material
precisamos em primeira mão buscar o auxilio de Deus.
Seja na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza,
no emprego ou desemprego, Deus manda em tudo.
A infalibilidade do conhecimento humano
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a sua interpretação, recebereis de mim dádivas, prêmios
e grandes honras; portanto, declarai-me o sonho e a sua
interpretação. 6. Responderam segunda vez e disseram:
Diga o rei o sonho a seus servos, e lhe daremos a
interpretação.
Tudo isso estava acontecendo pela estranheza
com que o sonho se apresentava. O rei não sabia ainda o
significado, mas tinha a intuição que se relacionava com o
seu reino. Apesar de todo o poder e domínio, no intimo o
rei se sentia como os grandes de hoje ainda se sentem
quando estão no poder, que é o medo de serem
destronados, de perderem o governo para outro. Ele
temia que aquele sonho significasse uma revolução, que
alguém iria insurgir contra ele, sublevando o seu reino.
Isso tudo prova que até aqueles que abraçam os mais
altos postos sentem medo de serem depostos de seus
cargos. Deus governa tudo e somente o seu reino é
inabalável.
O rei mais poderoso da terra com medo de ser enganado
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O rei se enfurece e a fé de Daniel é provada mais uma
vez
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Capítulo IV
Daniel 2.19-49
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mesmos, para todos suplicarem a graça de Deus naquele
terrível momento de agonia e desespero. Vejamos hoje
qual foi o terrível sonho, seu significado e sua aplicação
para os nossos dias.
Deus dá a Daniel o conhecimento do sonho de
Nabucodonosor (19-23)
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mundo, nem além deste, sejam anjos bons ou maus,
sejam principados ou potestades, que possa saber o que
uma pessoa pensa. Esse conhecimento é um atributo
exclusivo de Deus. É por isso que Deus é Deus. Daniel,
pois, confirma diante do rei essa verdade e diz que nem
sábios, encantadores, magos ou adivinhadores poderiam
fazer conhecido tal sonho ao rei. Somente Deus que
conhece o passado, o presente e o futuro é que poderia
revelar o que o rei pedia. Daniel diz que o sonho do rei diz
respeito ao futuro. Deus tem planos e decisões para o
futuro, que envolveria também o rei Nabucodonosor e por
isso havia dado semelhante sonho ao rei. Em outras
palavras Daniel diz para o rei que mesmo ele sendo rei e
esteja sentado no trono do reino mais poderoso da terra,
há alguém ainda que pode mais do que ele, alguém que
governa tudo e todos e essa pessoa era Deus e era isso
que Ele estava dizendo através desse sonho.
O sonho de Nabucodonosor (29-35)
O sonho de Nabucodonosor não era o tipo de
sonho que uma pessoa sonha após um dia cansativo,
onde imagens e reminiscências perambulam por sua
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destrói toda aquela beleza e fulgor. Realmente não era
um sonho normal, e por isso o rei se assusta de maneira
pavorosa.
A interpretação do sonho (36-43)
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representado por essa pedra ultrapassaria esses reinos
em todos os sentidos, governaria as pessoas, sem que
força humana pudesse impedir. A pedra que despenca do
monte é a pedra de ofensa, pedra de tropeço (1º Pe. 2.6-
8), pedra preciosa, angular (Is 28.16) que deveria
preencher o lugar supremo dentro de toda a edificação
dos impérios terrestres. Ou seja, Deus estava dizendo
para Nabucodonosor que ele precisava aprender e
entender que existe uma reino superior ao seu, como a
qualquer outro e que estava para chegar. Que embora ele
fosse um rei poderoso, não era tao poderoso como
pensava ser. Deus queria dizer para ele e para todos os
reis que apesar, da riqueza (ouro, prata, bronze), que
apesar da força e do poder bélico de seus exércitos
(ferro), uma simples pedra solta da montanha destruiria
uma estátua tão bela, ou reinos tao poderosos. Para nós,
isso nos diz que além de Cristo governar sobre nós, os
reinos atuais ainda são vulneráveis, assim como os
sistemas políticos, financeiros e de defesa. Que nós,
também somos fracos, nossas vidas e “reinados” também
são fracos e passarão.
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A exaltação de Daniel, 48-49
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Capítulo V
Daniel 3
A CONVERSÃO DE NABUCODONOSOR
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pés do Senhor, pois, se o sonho era algo apenas de sua
mente, abstrato e ocorrido apenas no campo da
imaginação, o que ele verá agora será real e concreto.
Deus não apenas governa tudo, mas converte a quem
quer. Esse capítulo, contudo, não começa bem como
você vê, uma vez que o rei o inicia fazendo o que Deus
mais detesta. Mas, Deus sendo o governador de tudo e
todos e estando no controle da vida, triunfará mais uma
vez.
A idolatria de Nabucodonosor
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oficiais das províncias, para que viessem à dedicação da
estátua que ele fizera levantar.
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que o rei encontrou de precaver-se de problemas ou de
oposição ao seu novo modo de governar e manter seu
cetro perante todos seus súditos de todas as províncias.
Ele havia sonhado como sendo a cabeça de ouro. Sendo
assim nada melhor para ele do que trazer para a
realidade, conforme seus pensamentos, sua gloria e
esplendor real.
A Fidelidade de Sadraque, Mesaque e Abednego para
com Deus
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O rei questiona-os sobre a não terem obedecido e
lhes propõem uma nova oportunidade, apenas para eles
de se corrigirem publicamente. Eles dizem ser necessário
qualquer resposta a respeito desse assunto. Afirmam que
estão nas mãos de Deus e sob seus cuidados. Não seria
o rei, ou a fornalha que lhes moveriam de sua
determinação. Se alguém podia fazer algo por eles, essa
pessoa era Deus e se quisesse. Que fé a desses homens,
que convicção e que amor para com Deus. Estavam ali
tao somente a mercê da vontade suprema daquele que a
tudo governa. O que seria o fogo para aquele que criou
céus, terras, mares e tudo o mais que existe? Porque
negar aquele que lhes havia atendido com respeito ao
sonho? Mais uma vez sem tumulto e sem confusão
disseram que se manteriam fiéis a Deus e não adorariam
nem aos deuses de lá, nem a própria estátua do rei. Essa
entrega total aos cuidados de Deus não era cega, ele nos
livrará. Tamanha foi a fé que tiveram que o autor aos
hebreus muitos anos mais tarde diria “apagaram a força
do fogo” (Hb 11.34).
A intervenção de Deus na história
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transfigurou no meio da fornalha e teofanicamente surgiu
diante dos olhos de todos. O que seria um massacre foi
na verdade um momento de lazer e caminhada ao lado de
Deus.
A conversão de Nabucodonosor
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Capitulo VI
Daniel 4
DEUS PROVA NABUCODONOSOR
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(vers. 4 - Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em
minha casa, e próspero no meu palácio. 5 - Tive um
sonho que me espantou; e estando eu na minha cama,
os pensamentos e as visões da minha cabeça me
perturbaram.
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animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos
habitavam as aves do céu; 22 és ,tu, ó rei, que cresceste,
e te fizeste forte; pois a tua grandeza cresceu, e chegou
até o céu, e o teu domínio até a extremidade da terra.
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b) Deus é maior
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homem. Esses agora, uma pequena parcela deles
dependia de Nabucodonosor, mas, tudo dependeu de
que Deus os houvesse criado.
c) Deus governa na terra
23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que
descia do céu, e que dizia: Cortai a árvore, e destruí-a;
contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes,
numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva
do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a
sua porção com os animais do campo, até que passem
sobre ele sete tempos;
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usa como quer e para o que quiser os governantes do
mundo, porque Ele governa os governadores da terra. E
essa é uma das maiores lições desse livro do profeta
Daniel.
O conselho de Daniel para o rei com respeito ao sonho, a
continuação da interpretação
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suficiente para lhe mostrar a verdadeira grandeza, não
teve o efeito de fazer o rei mais humilde. Nabucodonosor
era um vazo, mas, que precisava voltar às mãos do oleiro
para ser quebrado e refeito. A maneira que o Senhor viu
ser eficaz foi lhe tirando o reino, o poder e o domínio de
que se orgulhava e a saúde de que gozava para
governar. Do dia do sonho até o momento de ser
quebrado não passaram mais de doze meses. Quando
contemplava seu reino, sua cidade e sua glória, veio uma
voz lhe dizendo que sua hora havia chegado e seu reino
havia passado. O momento de passar pela prensa
chegou e o trabalho do oleiro iria começar. Ele iria voltar
e ter o reino de volta, mas, quando tivesse pronto,
quando fosse uma nova pessoa, após sete anos. Foi
terrivelmente humilhado para poder entender a grandeza
de Deus.
A restauração da saúde do rei e do seu reino
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terra. É Deus que governa e quem domina a vida dos
homens. É Ele que manda lá em cima e quem determina
a vida aqui em baixo. Ele é alguém que não pode ser
detido em seus planos e propósitos. Ninguém pode
impedi-lo de operar na terra. Quando Nabucodonosor
entendeu essas verdades ele disse: 37 Agora, pois, eu,
Nabucodonosor, louvo, e exalto, e glorifico ao Rei do
céu; porque todas as suas obras são retas, e os seus
caminhos justos, e ele pode humilhar aos que andam na
soberba.
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Capítulo VII
Daniel 5
A BALANÇA DE DEUS
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era filho de um homem chamado Nabonido, oficial de
Nabucodonosor, mas, por enfermidade não pode reinar
em seu lugar. Que o termo “pai” não se aplica a
paternidade familiar, mas um termo de respeito como o
termo “pai” referente a Davi, nos anos que sucederam a
sua morte, “teu pai Davi”. Assim, o registro é feito não
para mostrar uma sucessão histórica e cronológica, mas,
para mostrar fatos e ações notáveis de Deus, no período
em que Daniel esteve no reino da Babilônia. Deus é
importante, a ação e intervenção de Deus são
importantes, não a cronologia exata dos acontecimentos.
Se Belsazar era ou não era filho de Nabucodonosor isso
não é muito importante, mas, o fato de Deus intervir na
história com feitos maravilhosos, isso não pode ser
deixado de lado. Deus governa os reis da terra e os pesa,
a eles e a todos em balança.
A soberba do rei Belsazar
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peso da memória. O Deus a quem Nabucodonosor havia
entregue sua vida e decretado reverência em todas as
províncias da Babilônia, foi agora substituído por deuses
de farras, representados pelos metais das quais as taças
eram fabricadas. A esses deuses que promoviam esses
momentos de falsos enlevos era a quem o rei achava
propício dar louvores.
A resposta imediata de Deus
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vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao
pescoço, e no reino será o terceiro governante. 8 Então
entraram todos os sábios do rei; mas não puderam ler o
escrito, nem fazer saber ao rei a sua interpretação. 9
Nisto ficou o rei Belsazar muito perturbado, e se lhe
mudou o semblante; e os seus grandes estavam
perplexos.
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que havia sido realizado no reino anterior, mas, que agora
foi desfeito pelo novo soberano. Era hora de retomar as
mudanças que haviam cessado com o novo governo.
Mais uma vez os sábios não sabem de nada, porque a
Escritura era de Deus e Ele não tinha relação alguma com
aqueles adivinhadores. A rainha, preocupada com o
marido, e sendo mais diligente que ele, logo descobre
sobre Daniel e aonde este estava, como o que Deus
fizera através dele, sendo possível ainda usá-lo para
ajudar seu marido. Daniel que havia liderado todo o grupo
dos sábios e que agora não era mais ninguém para o
novo rei, é chamado de volta para solucionar mais um
problema real.
O pecado de Belsazar ao desprezar a história
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O pecado de Belsazar ao desprezar o próprio Deus
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Na época do profeta Amós, quando Israel andava
por caminhos que não agradava a Deus, Ele um prumo,
objeto usado para saber se uma parede está torta ou reta.
Mas, Deus não apenas usa prumo, como também
balança para pesar pessoas e nações. Jó pede que Deus
pesasse seu sofrimento (Jó 6.2); o salmista diz que os
filhos de Adão se postos em balanças são mais leves que
o vento. Deus usa uma balança para pesar esse novo rei
e se encontrar fora do peso ideal, foi julgado indigno de
continuar no trono. Seu reinado foi tão curto quanto sua
glória, seu castigo foi do tamanho de sua soberba, seu
julgamento foi de acordo com seus atos.
Nenhum de nós seja rei ou vassalo, governador ou
cidadão, está livre de ser pesado na balança de Deus,
que, aliás, é justa, fiel e precisa. O Senhor nos pesa e
seremos achados pesados se além de nossos atos, ainda
formos do tipo que despreza a história e os feitos de
Deus, como o culto, e tudo o mais que Ele considera
como Santo.
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Capítulo VIII
Daniel 6
SER DIFERENTE FAZ DIFERENÇA
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o inicio do livro sempre o vemos juntamente com seus
amigos fazendo diferença em todas as áreas do reino da
babilônia. Demonstravam sempre que eram diferentes
não apenas de boca, mas de fato e de verdade. Não
tinham a diferença ou o ser diferente apenas nos lábios e
na cobrança com relação aos outros. Não vinham a
necessidade de ser diferente apenas para a vida dos
outros. Eles próprios eram realmente diferentes e isso
demonstravam na prática. Não tinham inimigos, eram
vistos assim por quem não os tolerava. Não eram brigões
ou se opunham as coisas porque gostassem de
contendas, mas sim porque eram diferentes com respeito
a fé em Deus. Não eram homens de duas posturas. A
postura que tinham no quarto quando oravam, a tinham
na rua, ou no meio das autoridades e do próprio rei. Eles
provam que não apenas ser diferente faz diferença, como
realmente é indispensável que aqueles que dizem crer em
Deus ser assim aonde vivem e com quem convivem.
Um espírito diferente
A excelência de Daniel
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faltava nos outros. Um carisma diferente, um revestimento
do Espírito de Deus que o capacitava a fazer um trabalho
diferente dos demais. Ele tinha um espírito excelente. Ou
seja, Daniel era uma pessoa cujas ações eram típicas de
sua natureza de servo de Deus. Manifestava práticas que
só poderiam ser esperadas de alguém que tinha uma
profunda relação de comunhão com o Deus cheio de
bondade e amor. A excelência de Daniel era ser bom,
fazer as coisas de forma correta e que agradasse
primeiramente a Deus. A excelência é aquilo que se
espera de algo ou de alguém que nasceu para ser e fazer
conforme sua natureza. Assim como a excelência de uma
faca é cortar, de uma cadeira é servir de acento, de uma
cama é servir como lugar de descanso, a excelência de
um servo de Deus é servir a Deus em graça e bondade.
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odiar a Cristo. O ódio quando não leva uma pessoa a
matar outro de fato, o faz pelo menos no coração, o que
para Cristo já é pecado.
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O rei Dario foi muito prudente em procurar ter
Daniel ao seu lado, lhe servindo, porém, muito inocente
em não procurar saber mais sobre os outros a quem deu
poder de estar sobre seu povo e suas províncias. O rei
devia ter olhado para eles assim como olhou para Daniel
e percebeu a excelência que esse transparecia na sua
vida e prática. Não encontrada nada, pois de que acusar
Daniel, resolveram forjar uma forma de alcançar. E para
isso era necessário enganar o monarca que como todo
ser humano tem a soberba e o orgulho como sua maior
fraqueza. Resolveram, pois, empreender uma maratona
de falsas bajulações e criar uma falsa visão de deus para
o rei. O rei se tornaria um deus de certa forma, a medida
que as pessoas ficassem proibidas de manifestar
qualquer espécie de religiosidade através de petições ou
pedidos por meio de orações aos deuses de sua
credulidade. Com isso encontrariam realmente uma falta,
que mesmo não sendo falta daria ocasião oportuna para
prenderem Daniel em um laço. Na verdade não estavam
nem ai para o rei, muito menos pensavam que esse
pudesse ser deus. O que eles realmente pensavam do rei
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Um testemunho diferente
Uma piedade diferente
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mesmo diante de tão destruidora ameaça. Para Daniel a
vida não se tornou menos importante ou mais perigosa, o
céu não ficou menos azul ou o sol perdeu de seu fulgor. O
texto diz que ele continuou a sua vida fazendo orações e
buscando ao Senhor em fé como era de seu costume
fazer. O que ele orava? Não podemos dizer ao fato. O
que ele orou naquele dia, além de dar graças? Não
sabemos com certeza. Se ele se referiu em suas orações,
além de dizer muito obrigado por tudo a Deus, aos
problemas que por hora estava enfrentando e pediu que
fosse guardado pelos santos anjos em sua determinação
de continuar buscando, o que é provável, uma vez que os
santos sempre contam a Deus ou que se passa em sua
vida e corações, isso apenas comprova que Daniel era
uma pessoa que realmente fazia diferença, porque era
diferente. Mas, diferente em que ou em relação a que?
Com respeito ao episódio em si, o vemos diferente de
muitos israelitas e muitos cristãos hoje, uma vez que
Israel e alguns crentes de nossa época são mais
inclinados a buscar a Deus em fervente oração apenas
quando estão em terror profundo ou em aflições
desconcertantes. Daniel fazia o que normalmente lhe era
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Um Deus diferente
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ainda pensava que a lei havia sido feita para que ele
fosse servido como deus. Contudo, o Deus de Daniel é
diferente, porque ninguém viveu ou morre sem que Ele o
saiba e queira que assim aconteça. Tudo havia sido
criado por Ele e estava sob sua palavra. Leões ou
qualquer outro animal e mesmo o homem só come
quando Ele diz que hora de comer. Naquele dia o rei fez
de tudo para livrar a Daniel, mas, pode, e tornou-se vítima
se seu próprio poder. O rei triste por Daniel apela para
que o Deus a quem ele servia pudesse livrá-lo. E é
justamente isso que Ele fará.
Um decreto diferente
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Capítulo IX
Daniel 7
REIS GOVERNAM, MAS DEUS É SOBERANO
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Os animais e os reinos
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7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões
noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso,
e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele
devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que
sobejava; era diferente de todos os animais que
apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 8 Eu
considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro
chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres
foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos,
como os de homem, e uma boca que falava grandes
coisas.
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com a qual Nabucodonosor sonhou. Naquela visão o
ultimo rei era representado pelo ferro e pelo barro. O ferro
representava sua força e seu poder, mas o barro sua
fraqueza. Esse último animal é o mais feroz de todos e
ainda mais por ter dez chifres e por que um pequeno
chifre que sai no meio deles ainda consegue destronar
três.
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indecências mesmo diante desse ser supremo. O
julgamento, porém, começa. A misericórdia do juiz o faz
determinar que os três primeiros animais, reis, vivam mais
um pouco, mas, sem mais dominarem. Quanto ao quarto
animal, por sua insolência e maldade, é julgado sem
misericórdia e compaixão. Aquele animal é morto, e seu
corpo destruído pelo fogo. Deus reina, governa e é
soberano nos céus e na terra e foi isso que tanto
Nabucodonosor, como Dario reconheceram em seu
tempo. Não importa se os lideres mundiais sejam
poderosos ou repassem sentimento de terror para as
pessoas devido ao poder que ostentam, pois, todos são
governados por Deus e sempre se submeterão aos
desígnios daquele que é eterno e soberano.
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morrerem, se elevarem e caírem, todavia, ainda não tinha
tido uma visão como essa e de um rei também humano a
quem seria dado poder sobre todos os reis da terra, a
quem todos serviriam e que seu reino não findasse como
todos que já tinha visto. Daniel via agora o reino de Cristo,
governado pelo Deus-homem, que mantinha domínio
sobre todos pelo amor e não pelas armas como até então
tinha acontecido. Via o reino de Cristo com inicio mais
sem fim. Era a eternidade tomando de conta de tudo que
até então teve fim e sobre todos os reinos e reis que não
puderam subsistir diante do tempo.
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uma grande perseguição se levantará contra a igreja
conforme a Bíblia mostra. Os acontecimentos ou sinais
que nos avisam desse tempo vem ocorrendo no decorrer
da história se intensificando cada vez mais. Fiquem
atento ao que a Bíblia diz e não a bobagens inventadas
pelo povo inculto.
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Capítulo X
Daniel 8
O FIM DOS TEMPOS, O ANTICRISTO E SUA
DERROTA
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ficar doente por alguns dias (27). Tudo isso o levará a
fazer uma busca desesperada no capítulo nove para
entender tudo quanto está acontecendo. Nesse capítulo
oito a visão de Daniel se refere a vários e importantes
acontecimentos da história da revelação de Deus que
precedem a vinda de Cristo e do seu reino, mas também
aponta para momentos da história do mundo que
precederão o retorno final de Cristo em glória para
resgate de sua igreja e julgamento do Anticristo e suas
ordens. Por várias vezes na Bíblia é relatado o
aparecimento desse ser maligno e terrível opositor de
Deus. Tipificações dele se apresentam em todo o
decorrer da história tanto do mundo quanto da igreja.
Diversos homens na história surgiram dominados por seu
espírito maligno que apontam para sua aparição real no
mundo, e cujas vidas e feitos dizem muito como será sua
atuação no meio da humanidade. Aqui em Daniel oito e já
no capítulo anterior vimos os primeiros apontamentos. Em
Mateus 24.15, o próprio Senhor Jesus se refere ao que
escreve Daniel aqui e já prenuncia um fato semelhante,
como também a um novo tipo dele surgido nos anos
setenta na pessoa do então general Tito filho do
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ele. O que atemoriza Daniel é a visão de algo ao
contrário, anormal e bizarro. É um bode vencendo um
carneiro. É um bode com um chifre apenas vencer um
animal mais forte que ele ainda com um chifre a menos.
Para Daniel e para qualquer outra pessoa isso é
realmente assombroso. Quando faraó viu as vacas
magras comerem as gordas e ainda permanecer magras
assim como as espigas ele ficou aterrorizado e quem não
ficaria com algo assim tão anormal e tão ao contrário?
Assim também Nabucodonosor não poderia ter ficado
tranqüilo após contemplar em sonho de uma estátua tão
grande e bela que logo após foi destruída por uma pedra
que veio de uma montanha sem ninguém saber como e
fazendo da estátua um monte de pó. Daniel viu o carneiro
de dois chifres perder para o bode de um chifre só, mas
depois vê aquele chifre tão forte ser quebrado e
substituído por quatro que depois é substituído por um
menor que todos e depois vê esse se tornar mais forte do
que todos os outros. Era muita coisa estranha e difícil
para entender.
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forte. Conforme André Paul, em seu livro O JUDAÍMO
TARDIO, História Política, O reino medo-persa estava em
um estado de exaustão quando o reino representado pelo
bode vem sobre ele. Os medos-persas reinaram desde
560 a.C, começando com Ciro até o ano 334 quando
surge o Bode. Antes, os medos era um reino e os persas
era outro, até que Ciro formou um único império
denominado de Império Persa. Esse império foi um dos
maiores que o mundo há viu. Esse reino atingiu seu auge
quando ao atingir um território que ia desde a Trácia até a
Índia, incluindo o Egito, parte da Etiópia passando por
todo o planalto iraniano. Atualmente muitas cidades
ocupam a regiam que foi sede desse glorioso império,
como a cidade de Istambul. A expansão do império persa
se deu com Dario um que formou um dos maiores e mais
fortes exércitos de infantaria e cavalaria. Com o decorrer
dos anos, porém, esse reino, embora grande, foi ficando
sem resistência até ser conquistado pelo império
macedônio.
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a uma todas as províncias ou satrapias dos persas.
Alexandre demonstrou tanta força e poder de conquista
que a Ásia menor, hoje Turquia, hoje Líbano, também
conquistou a Palestina, o Egito, o Irã, parte da Índia e a
Mesopotâmia, hoje Iraque e golfo pérsico e tudo isso em
apenas nove anos de empreitada. Reino de 336 a.C até
323 aos 33 anos de idade. Seus métodos de conquista
mantinham as ordens administrativas e religiosas
entocáveis, mas não abria mão de impor a cultura e a
língua grega aos seus conquistados. Muitos não o tiveram
como conquistador e sim como um libertador como os
egípcios e os judeus. Ninguém sabe ao certo a razão de
sua morte. Na visão de Daniel, o chifre que o representa
após derrotar repentinamente o carneiro, logo se quebra e
quatros outros tomam seu lugar. Uns dizem que foi
envenenado, outros que morreu de malária e outros
dizem que bebia muito. Especula-se que se não tivesse
morrido tão jovem, toda a Europa hoje teria uma história
diferente. A cultura grega imposta por Alexandre legou
enormes contribuições ao mundo e a própria história do
Cristianismo. Foi pela disseminação da língua grega pelo
vasto império macedônio, mais tarde o berço da igreja
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quatro outros chifres. O anjo diz a Daniel que esses são
quatro reis que se levantarão no lugar daquele, porém,
muito fracos. Historicamente é realmente isso que
acontece. Após, nove anos de empreitadas no oriente,
conquistando vastas terras e antigos reinos, Alexandre
morre e quatro de seus generais dividem o reino. Com a
morte de Alexandre diversas guerras são travadas entre
eles com o objetivo de sucedê-lo. Tão vasto era seu
império, que um homem só teria grandes dificuldades de
administrar. O reino de Alexandre foi organizado em
quatro distritos e satrapias. Grande foi a carnificina para
que alguém pudesse ocupar o lugar do grande rei.
Mataram sua esposa Roxana e seu filho, como também a
um irmão dele e também o primeiro ministro que havia
ficado como regente. Assim os quatro generais dividiram
o império em quatro. O Egito ficou com Ptolomeu I
Soter, um dos generais mais brilhantes de Alexandre, a
Trácia ficou com Lisímaco, a Ásia Menor ficou com
Antígono, o Vesgo e mais forte de todos os seus
sucessores, e a Babilônia ficou para Seleuco I Nicanor.
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o reino endividado, sendo o pequeno Antíoco IV Epifânio
levado refém para Roma com 14 anos de idade. Seu
irmão Seleuco IV tentou governar em lugar do pai
tentando tomar o ouro do templo de Jerusalém, mas foi
assassinado. É então que Roma faz um acordo com
Antíoco IV Epifânio e o envia de volta a Síria como rei.
Antíoco Epifânio consegue sozinho fundar mais cidades e
fazer prosperar o seu reino mais do que todos aqueles
que o precedeu juntos. Promoveu um intensa expansão
da cultura helênica (grega). Ele foi responsável pela VI
guerra Síria tornando-se senhor do Egito, menos de
Alexandria. Resumindo, Jerusalém em 167 entrou em um
período de guerra civil. Judeus simpatizantes dos gregos
e judeus nacionalistas marginalizados pelo governo
entram em conflitos. Os privilegiados querem os gregos,
mas o marginalizados querem liberdade.
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prefiguração do que de forma cada vez mais intensa
acontecerá até o grande dia da vinda do Senhor.
A derrota do anticristo
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Capítulo XI
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Daniel 9
DEUS OUVE E ATENDE A SÚPLICA DE SEUS
SERVOS
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disposto a se santificar e também a compreender o
porquê de tudo.
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coisas da terra. Como as pessoas hoje têm perdido o
ideal cristão de busca e consagração ao Senhor. Como
as coisas físicas e materiais têm atraído e fisgado a
atenção das pessoas para aquilo que é passageiro e
secundário em nossas vidas. Qualquer motivo é suficiente
para a rebelião e desobediência aos princípios da palavra
de Deus. Que Ele nos ajude.
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abundantemente. Daniel acreditava no amor resgatador e
perdoador de Deus. Ele cria não apenas em um Deus
justo a ponto de enviar Ele próprio seu povo para lugares
ermos, como também para reavê-lo, devolvendo-o para
sua terra. Daniel acreditava que Deus era fiel a suas
promessas e que o povo passaria apenas setenta anos
de cativeiro. Deus não iria castigá-lo para sempre, sua ira
não duraria a vida toda. Deus era compassivo e Daniel
não confiava em suplicar o seu favor fiado na sua própria
justiça e sim na misericórdia de Deus. Ele cria que Deus o
ouviria e perdoaria o povo. Daniel apela para o amor de
Deus para com seu próprio nome, para com o seu povo,
para com a cidade de Jerusalém. Deus é justo, sente ira,
mas também sabe amar e é pela sua graça imerecida que
vivemos. Nada que temos de bom é fruto de nossa
justiça, e sim da misericórdia de Deus. Precisamos
esperar no amor de Deus. Precisamos ser justos e ver
nossos erros, precisamos entender que sua justiça é
inviolável, mas que seu amor é também infinito.
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Capítulo XI
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Daniel 10
O MUNDO VISÍVEL E INVISÍVEL
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carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi
com ungüento, até que se cumpriram as três semanas
completas.
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cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a
neve; e os seus olhos como chama de fogo; e os seus
pés, semelhantes a latão reluzente que fora refinado
numa fornalha; e a sua voz como a voz de muitas águas”.
Veja a semelhança de termos com Daniel 10.4-6. Esse
texto de Daniel é apenas um dos vários que traz uma
revelação da pessoa de Cristo no Velho Testamento.
Cristo apareceu muitas vezes ao povo de Deus no Antigo
Testamento, mas não como o Cristo encarnado no Novo
Testamento, nem com a missão de expiação. A aparência
semelhante dessas duas personagens não é
coincidência, mas algo real e proposital. Cristo esteve na
terra muito antes de Abraão. Esteve no principio, criando
todas as coisas e em conselho na trindade decidiu fazer o
homem a imagem e semelhança de Deus. Cristo esteve
no Antigo Testamento assim como o Espírito Santo.
Cristo sempre esteve com o seu povo, com seus
escolhidos em todo o tempo desse mundo. Esteve
encarnado apenas no período da plenitude dos tempos,
que era o momento no tempo de Deus escolhido para a
redenção de seu povo. Cristo sempre foi e é presente na
vida dos que temem e amam a Deus.
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Enfraquecido e fortalecido
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ficou cego por vários dias. Os homens que estavam com
Paulo ouviram, mas nada viram, apenas Paulo viu e
ouviu. Aqui também acontece de forma parecida. Eles
não viram, mas, temeram e fugiram para tentar escapar.
Como Paulo Daniel também sentiu as conseqüências em
seu próprio corpo. Por alguma razão sobrenatural e
inexplicável a não ser pela incapacidade do corpo
humano de subsistir diante do que é santo e perfeito, não
se pode entender porque as forças fugiram de seu corpo
deixando-o quase moribundo. No verso 17 ele disse que
lhe faltou até o fôlego. Mas, a vida começou a surgir
novamente a partir do momento em é tocado por esse ser
celestial. No verso 18,19, apenas a voz desse ser já o
fortalece e lhe renova a vida. Na verdade a vinda desse
ser não é enfraquecê-lo, e sim fortalecê-lo, trazer-lhe a
resposta que seu coração almejou. Seu propósito era lhe
trazer o consolo e fazê-lo sabedor de que era amado por
Deus. Ao vir Deus a nós nunca traz em sua vinda o
propósito de nos destruir, mas dar-nos vida, todavia, não
subsistimos diante de sua glória e poder, daí, portanto,
necessitarmos de que nos fortaleça. Não devemos jamais
desejar ver a Deus ou ouvi-lo com nossos órgãos físicos,
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de imediato percebidas e por elas o anjo havia vindo.
Muitos de nós não temos vida de oração vigorosa ou
fervorosa. Muitos de nós sequer entendemos a
necessidade de orar. Muitos podem até pensar que é
inútil orar e que Deus não está aí muito atento ao que
falamos. Precisamos entender, todavia, que Deus leva
muito a sério a vida de oração e consagração que um
servo ou serva sua tem como prioridade em sua vida. Em
Apocalipse no capitulo 5.8, é dito que João ver taças de
ouro cheias de incenso que são as orações dos santos.
Deus nos ouve e nos atende, considera seriamente a vida
consagrada de uma pessoa que vive vida séria e
compromissada com Ele.
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Daniel é consolado
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Capítulo XII
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Daniel 11 e 12
O FIM ESTÁ COMEÇANDO
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sucessivamente até a vinda de Cristo e a instauração de
seu Reino Eterno. Nesse capítulo vemos de forma mais
detalhadas todos os conflitos entres os diversos reinos,
com suas tramas, conspirações, onde vidas não valem
nada diante da ganância pelo poder, pela riqueza e pela
realização de projetos humanos. Vemos aqui o conflito
entre a Grécia e a Pérsia (11.1-4), de Ciro até a vitória da
Grécia com Alexandre O Grande. Vemos após a morte
desse a divisão do reino e novo conflito entre a Síria e o
Egito (11.5-19). Ptolomeus e Selêucidas se digladiam
incessantemente dizimando vidas sem nenhum pesar.
Vemos ainda a ascensão de Antíoco Epifânio (11.20-35),
que atormentará a vida do povo judeu nos anos 169-167
a.C e que prefigurará o Anticristo no Novo Testamento.
Por fim vemos a ascensão do Império Romano (11.36-45)
que dominará quase o mundo todo por muito tempo. Tudo
isso faz parte da história que aponta para o fim dos
tempos.
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de maneira concomitante, incluindo nisso o fim dos
tempos que nos engloba hoje. Daniel vê o começo do fim,
talvez não tenha entendido claramente, mas vê, contudo
e apesar de toda a tribulação prevista, ainda vê auxilio e
salvação para o povo de Deus nesse período de
sofrimento. Cristo em Mateus 24, também nos consola
dizendo que esses dias serão abreviados por causa dos
eleitos, embora também nos advirta de que falsos
profetas, falsos mestres, operadores do engano surgirão
aos milhares nesse período da história do mundo. A
tribulação tem, todavia uma relação intrínseca ao homem
da iniqüidade assim como em Daniel, em Mateus 24, em
II Tessalonicenses 2 em Apocalipse 19 e é só após isso
que Cristo virá. Assim a Bíblia aponta para uma vinda de
Cristo pós-tribulacionista e não pré-tribulacionista como
muitos crêem erroneamente.
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valer a pena seguir ao Senhor apesar de toda a tribulação
prevista e anunciada nas Escrituras, sendo por isso digno
de toda ojeriza aqueles que dizem que ela não existirá (I
Cor 15).
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dias. 12 Bem-aventurado é o que espera e chega aos mil
trezentos e trinta e cinco dias.
O anjo ordena a que Daniel encerre o registro
dessas revelações, acabou, nada mais há para ser
revelado, é o fim. Daniel fica perplexo e não entende
ainda tudo quando está acontecendo. O ser humano
ainda estará em plena atividade e a ciência se
multiplicando quando o fim chegar. O sistema humano
estará em perfeita atuação, mas, sem atentar para o
momento final de todas as coisas. Daniel pergunta ao
anjo quando isso vai acontecer e a resposta do anjo não
nos deixa indícios para uma conta exata, através da qual
se possa datar o fim de tudo. Dois tempos, um tempo e
metade de um tempo, interpretados por muitos hereges
como tendo sido encontrado anos no século XIX e outros
chegaram a somas de anos no XX. Todavia não nos
compete saber datas ou anos que Deus reservou pela
sua exclusiva autoridade. Calvino interpreta esses termos
como se referindo assim: “o significado é muito simples.
Um tempo significa um período longo, dois tempos, um
período mais longo ainda, e metade de um tempo
significa o fim, ou o período final. A soma de tudo isso é
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