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sis Dosse dedica os ensaios deste livro a uma reflexao rovocadora a respeito do estruturalismo ede suas 5 coma historia, dois temas que jé hava explorado ras anteriores publicadas no Brasil: histéria em has eHistéra do estruturalismo, Discute a questao da dade nacional tal com conduziuo discurso leo francés até o comezo do século XX e 0 seu lonpsobaéaide das Uralismio, assinalaa importandla da hermenética de |coeur parao historiador€ se dettm sobre as retagbes de Maia de 68 ¢ ainfluénciatexercidapor 2 ScontEEimehOM Atl Sobre aegeplina Historica. 2. buees de h sta global porpay®® de Georger fas S0ta|s edo = #eeneeltuasao de vn histonaestrutal detempo imovel por Ferman Braudel o proBressiva™ rvadorismo de Francois Furet além de se deter sobre ares do pensamente estruturaista como Roland 2s, Jacques Lacan e Michel Foucault Um dos melhores 2s do livio mostra o papel imobilista exercido pela (Bo frequiente de uma figura de retica, 0 oximoro, estruturalistas whit ree eee Leer) Beau Fre) Dee ec Pear perreres A historia & prova do tempo Da historia em migalhas ao resgate do sentido ‘eta Rero on Ge Francois Dosse A historia & prova do tempo Da historia em migalhas ao resgate do sentido Tradugio Ivone Cestilho Benedetti ditoras NESP romans 08 0900-5 Relo- Feelotsoe rae Ena ecncooanestr Dns eae fe Colgan Reo tia st a eile 2. isda 2. Tago Le Inspr con eatin Sumério Apreseniagao 7 Porte Recomposicbes do sentido em historia 1 Aidentidade nacional como forma organizadora do discuso bistrico na Franca nos séculos XIXe XX 2 Quesdes susiadas peli plurallade dos modelos interpreta em cincias sot: ft guinada itepreutiva 39 5 Paul Ricoeur revoluciona a histria 7 4 Georges Duby, © hstotador da globalidade 101 Port Rupturas em historic 5 Maio de 68 efetios da historia sobve a hiséria 113 6 Malo de 68, mato de 88: animanhas da razto 127 7 ure, oembalsumador 139 Porte il ‘As desconstrugbes do historcidode | Oaje novo do presidente Braudel 151 9 Clo neesiio 179 10 Michel Foucault, estrmuramo e pés-esrutualisma 198 11 0501 nego do esruualimo: 0 oximors 297 Porte IV A bistro entre literature @ centificidade 12 Hist heres, Flt de Clio 257 13 O carter psiquico da hiscria 271 14 Barthes, Lacan, Foucault 0 auto, a estumea — 295 Apresentacéo Aconjuntura intelectual francesa conhece ness ima década uma sensvel evohugio. Novas pours intlectnis, novos models e refe- ‘cos ted, 0 Seja, uma grande mutagio conceal perceptive! ‘nese momento, em deeoerénca de um cero vazio debs pelo dest parceimento dos paradigms em vigor n08 an08 60/70 (maxis, es {rutralsmo, funeionalsmo). As einciashumaras se renovam, $0 Impulso do cogntisno american pando novas categorise ani sero ato, des, a5 representagdes ete. No campo hist, a n- tertogagds se vote pars sei da iste, se esto seus prooe- iments epizemocs, vorecendo um novo dilogo com a flosia. Entre as abordagens esenciaente reexvas encontamse as ques (Wes da narrative e da esr da hist, questOes ess abonir as, anteriormente, por ateres cono Pal Ricoeur e Michel ce Certen dessa mutacao da noc de hiseieade do tempo social ess ‘ove operago histrica envolvendo 6 ator €a acto, enfim, dessa fe omponigio do seta a hist ce Francois Dose fro inventsio nesta coetinen de argos csertos nesses limos anos. ssesatgos, publicados primeinamente em diferentes periaeos, por seem ide Pendentes,spresentam sepeacbes, as qua foram mantidas nesta ed ‘80 para preserar a orginalidide dos texios. Aliso lor basllto esconhece os abalhos mais recentes dese hstoriador qe cere de 1995, n0 empire di sene=thmaniation des sciences sociales, em pontando,diagnosticandee ineepretand as evolugdes subkerineas ‘econunsedss, comdas nas acti humans Em se vo Pai Roe = lessensdiune ve, publicido em 1997, Dosse labora uma bografa intelectual desse iésofo, contibuindo, sim, paras compreensta do cesatuto da histéria e do tempo iste. Sous ets sobre Ricci, inieiados ex form de anigas — coma "Paul Ricoeur rewolcons a Nis teria", publicado originalmente em 1995 —, atestam a guinads hermenutiea qe conbece, na Faia,» dieplina isi, Inspirado nos abalhos de Reoeus,Frangois Dons vem ahora do ua reflex sobre “a isa socal da mena", sj, sobre relagio renovada ene a hiss 2 tend. Assim, esta presente cO- Jetanes, consid por textos envolvendo hist ntelestual ¢ epi ‘emo da hist, vem supeir uma das lacuna dos exis hito- siogrfios basieleos Helence Rodrigues da Sta Unive Feseal da Patan Parte | Recomposicées do sentido em historia 1 A identidade nacional como forma organizadora do discurso histérico ‘na Franca nos séculos XIX e XX" 1a Franga do niio do sélo XIN 0 iniio do séeuo XX stra cocupava hogar de detaque, peemitindo a crsalizacio ds identidade tacional- historia tinh enti uma atordade inconteste, sua dose no mals evade nivel dis posiges de poder. rane um scu, uma verdaderasobeposigto de eonseicla nacional e dscurso his ‘oriogrifco consti 1 base fungo que parecia natural 20 histori dor: a miso patrkica, em que ele era melo sacerdote, meio soldado, | precocidde da constiuieao de um Esado-Nacio, conronta om o eanterraceal da rupturs revoliciosia de 1789, constitu © him sobre o qual essa autoridade péde ser exerci. A nacho pide ‘entto beneficar-se de una veidadelstrnseréncia de sacalkade, 0 histori encaregourse de enraizar osetimento nacional a popu ‘lo. Foes funeo que susciou una verde bade de outa oshistor doves, sobetudo durante a Terceta Replica Depois de um period de eclipse desa hiss naconal, que coresponde 2 nfo progress Fron Dow St excola des mates, portato, de uma configura na qual oso riador shandona o Ambito nacional pan atuar no tereno das ences Sova, asite-se, pari do inicio dex anos 1980, am storn0 do ‘exquema nacional sabre o qual dextentado noxamente 0 discus his terlogifco,Tratirse- de wn simples eto do Mesmo ou seed que bist, transforma pla wa avertura com cit eile vo ‘anda diferente para interroga a hist macina Pensar a descentinuidade no ambito da histéria nacional A histria romantica Ac stir dt Revolugio Frances, depots da restauraea0 de 1815, 2 hist trns-seo principal lugar ce confrontaao entre aqueles que ddesejacn fechar os paréntescs fevohicionsros ¢ a Hers, que ASP ‘am a establirarcetominero de conqulsas a yevotogio numa Fraga cicada. Formla-se eto nitdamente a queso de saber como pe ‘ira descontnuie (1799, reconcli-se com o passe mais distant, como reatares io de uma tradiclo revista pea mudanga.O ceiio politica mentada ent 1815 tansforma-se a prdpia arena nn qual se ‘eaves ia histogriea mitate. Por um ado, a maieia dos edi tos épaniclira ca reap aroeritica. Des fe ‘08 parémeses ‘etomar emt seus proprios termos as teses de Boulainilers sobre 38 ovigens gesmdnleas da ago francesa fim de legtimar novamente (0$ direitos da nobeza em fice do teceity estado. Os ers, por sua vez, vio ergi-se em ova geraco revolucionsia, rend, Ess Fisoridones alo conheceram @ evento revolucionia. A moi ti ‘ha cerca de 2 anos no peviodo que valde 18154 1820, sendo, oan, ‘0§ primeiros que vram a revolueaoa dite, estando consents ruptura operas, prcocupados em defend sts conguitas e conven dos de ques consolklag dew psa pelt necessstadensidade hist ta de uma hina mae fonga, mengullda nas azas nacional. Re- ‘cvsando ao mesmo tempo uma escri histéxca puramente fact, ‘desprevida de sentko, maneim dos erudios ukrarelisas a excita de um seni da hist sem fats, a manera ca histrailosfica das izes, ess eigenen no eptesa racial a matizorganizadora de coondenaia de una isis do conjunto, da sintese, Baer ‘ores procran a esa das conquisas da revolucio 30 lado da ‘ase mda eklentfeam endo Sua lata com a da burgess ier Inowernista A aprescrtagao que fazem da historia cosmo ugar de Feta mplacdvel servird ms ade detspizaco para Marx, que conside- rata historiadoresFnceses os pleas que detectarm auilo que ‘le considera o motor da ste 2 luta de clases, Vitis do ene ‘mento do regime no weerudescimento do periado de 1822 11828, 05, eras ter sus desfona por ocasiao da Monarquia de Julho em 1830. (Os histriadoreslherisienfean-se entio com o pode, assume ‘argos cites ¢ consideram a hist triads, Fa idace de fro. © historiador Guizottoans-se ministo da lnstruco Pabieaentre 18321837, proveitand part prem pratica una compilaco ster tieada meméra nacional ants de x trnar um verdadeio representante {do porerjuntoa Lauis Pillppe ene 110. 1848, Dos ours hitoriado- tes liberals, Augustin Thiers Victor Cousin so ministros Presper de Srabante€embaixador durante esse perio. Ao mesmo tempo, est seragio de hisoradores tentaelaborar uma hist cientifica proce: endo 4 um deslocaento duplo do conhecimento hisrico nical ‘mene, contibuem para o progresso da enidiio, organizandoa con sul dos aquivos nacionas, que para cles erudict €oinsrurento dls retomia de sentido. Em vez de limitarse2 simples exatidao dos ‘dos histéicos, cles no separant exes mos de sua reconstiuicio hheemengutica. Dissoresia ma esr em que hi testo entre & vont ide de fazer clei, ie inde a um dscurso generaizaor, et es: pelt escrupuloso pelassingularidades, pelas partcuardades, Para {ses historiadores, a mago € exatamente o ugar em que entam em ogo ears has ambiges: o aceso a verdade sensivel Geum passado (be deve sr resusclado e a exigencia de ums toilidade iveligivel, ‘devma eoerénea de exposicao. Disso resus umn aova sensibid> Uehistériea marcada pela ditinca, pela deseoetinuidade da ruptura revolcionla ecaraterizada pela busca da cor local, do deta dis lanclador, do gosto pela arazao animada que pertence de pleno di feito a uma esta ronnten que supera a simples corpoacio dos Intoradores. Augustin Them & um dos principasrepescatantes dessa geragio ‘que se 8 como inicadors de una nova aventurt e eneama a vontace de car uma nova hist da Fang: ind nto temos hist Pane (Fescreve ele em 1820. Para exit, esa devers pass por um deslo- amen do olhar, que ndo se contents em observar as eseras dirigen- tes, mas eavallaastuago da gente humilide, dos ands. “Fanos athistria dos cidadaos, lista des sos hist do povo™ AU ‘gustin Thier ala a0 a preocupagio com a enicio © estuda 35 ‘olegdes benelnas; 20 mesmo tempo, porém, para ce, o modelo do romance hisério, da fio, deve inspira nova esr src, Sia Ieanhoe, de Wale Scot, como ebra-pema: “Minha admircia por ess srunde esetor era prof, la cresei 8 medida ge, em mies et dos, eu confiontava a sun compreeasio prodigisa do pasado cor & enalicio mescquinka ¢inexpressha dos hisoradores modems mas Famosos" A panir do modelo ecional, Thierry rompe com 8 separa {0 enko vigente entre a naragio fae e seu coment, Preconiza 1 reintegrago da soma dos dados documenta stat anise corps ‘de uma narativa complexae englobunte: falsoo modo que tend 3 solr os tos daquilo que canst seu colorido e sua sono indi ‘ual emo possivel que um historiador poss ett primi lor nae ‘arbem sem restare, segunda hay retratar bes sem aa a A arava € parte essencial dita” Coma bern nostro Marcel Ga chet, #nacio liber seu petencal de sentlo ede cnc, que ears ‘conto dante 20 ans de mobiizgo poli intense permite for inrentre ciénca do passa e eiénck ds naco, os forssimioselos que ‘io marca todo o sécla XI e ainda” ‘Toxo o entpreendimento de Jules Michelet nasoeu dt Reveluglo de 1830: “Bsa obra labiriosa de apeonimadbamente quitents sno foi {oncebid num moment, no relimpgo de uo, Naqucles dis eo vets, fase uma grande hr, eeu vist! Franca" Nasi em 1798, 4 They. att rie 8 Te Gace Anita 8 ror do tempo Michees perence aquela gerio “retardadra” que pensa a dstincla ‘.evento revolucionino, Para Chusles Péguy, Michelet encarna 0 nero histrco, Quanto'a Fernand Braudel e Georges Duby, seu ingresso m0 College de France ¢ posteso eso di soba gle de Michelet. Fo incon- tesavelmente Michelet quem lev nas Jonge a transferéncia de a ‘rade para a naglo. Mais que magstxo, a posicio ocupada por Michelet fo de sacerdceo, posieto que atravessou os tempos pars Fir er valer unt Feanga etema. Segundo Michelet, esa Franca ainda nia tinh hiss: “Ea dna anal, mo hit Para ele, ohisoriador exer fee um verdadetn sicendcko de escrecer 0 seni dos ancestals Sesspirecdos Desse sa, empress pend os moras para que estes Confessemo sereco de sa monte. O histrtdar fe, poss, 0 poder de Uevolrerties via, desvendandostheso enigma de sa vida passa, (0 hintoriador tem, poi, parentesco com o sacendote que aealma o 1 rmulo das vazes teingaliza as pemidos a populagao dos mores que ‘ems nas sombas.Abenacio que ele rz no €acessria, pois permite {sours das slaas© posta, asim, uma forma de imoralcade e de Indvidualiacdo dos deinas, A hisra € ressureigao total quando erie “feaeenderascinzas arefecdas”? Em compensacio, esa alla ‘nislo exige da stra uma verdadeita autodoac2o, uma verdes ‘Mentieago com as desdias passadas “Visto que, afinal, cdo deve ‘more, comecemos por amar 0s mos" Pan Michele, na histria es em a¢30 een aimero de abs ‘@es encamads, como. pore dignifieado pelo sofinento Para ee, 0 ovo a pede losofal de sua marativahstriea edo semi que dela extra le magic nara fundante da nago francesa que sen- ana a festa ch Feverag2o, Esta Contén 0 sentido imanente da pr tia tevoloco, Michelet escothe a rset da Revolugio Frances para melhor celebri-, pura desvendar o seu sentido, sete que proven dd um verdadero destocamento da encaragho crs, visto que rev: lug posi asa cia Ga Felersgto de 179, sas ligrimas seu san. ave, “Ele dava a todos aqelas lise ale sang, dizeado: € meu sangue, beber") e ae auapaisao Diane de Europa, sabe-a Franca Fron owe sempre ter um Gnico nome, inexpalve, que & seu nome verdadeito.e ‘etno: a Revoluglo" "Michelet est), pos, em tal ypu com ahs flacrOnia que, segundo ee, ext fidads ao balbuco, Sua ambigdo € totlizadorae visa posstbilta a ressutegdo do que ffl vvkdo, 0 que 6, a0 mesmo tempo, una declaraeo de amor 3 naclo faces: Pos bem, minha grande Franca, se, para sesthuletea vid, us homem prec sou dourse, pasar e repassar tans vezes 0 lo dos mores, esse se consol eatéwagradece sin malo use é preci desareeagul! (© evangetho nacional: East Lavsse ‘A verdadeia iade de ouro dos histortdares da Franga siuase depois da dere de Sedan, ps2 amputacio da Aleta eda Lena, isso resulta una conjungao excepctnal ene a mobiizacao dos hist riadores cm vinta da proftionalizigo e a exgéncas de recon hs integridade terior cls nacao, Foi sim que o funda da Rene storie, Gabel Manes disse que oxéclo XIX Foo seul ca hit ria, Atos anos de 1880 septa histGrica ainda no tem veces ‘sonoma univers, dependend tan d soi quant ds har ridades keris, A contar des dita, crise uma lcenga expect pant oensinadehistria, <0 ofa dehivoridor xe profssonaiza. Ente 1870 1914, a histria benefic-se do malo ndmera de mows efte= clas unversitiias. Os hisoviadores de forago,em busca de uma iden Cidade especie, passa propor regs de mitod,rompendo adial- ‘mente com 0 amadorisma Vigente ad eato.Fssaidentidade afasa-se do terreno liter, Enessecontexto que, a aide 190, Chases Seg oos éencaregado de ya diseiplira na Sorbonne dediada 2 pd fia das inci hiséricas e, com Charles Victor Langlois, esereve us fobra que loge se tora obigatéria pa tela estate de ist, ured ex tees bitoriquesUntrdugecsestdes btcrc, ppublcada em 1896," Os autores definem estrtamente as regras do ned historogrifien, que deve proceder ads eres da Foes ‘uma erica exter, cham erst, e ums erica interna, que oper 1S ahem pe ‘iti 8 prov do ome por melo de raclocino eanslogia. © respeto plo documento his ‘ocontole da subetiiile so também ss regs de ouro dao que fu pussar a chamarse escola metédics. Mais tarde, ela sed de agus Inodo vituperada © eaviewurirads pela escola dos Annales, com a de- ‘ominaga cle histria istoriizante.Aquele final do século XC tam bem o momento em que hi uma explosio superabundarte de evseas se his, das quaisa mais imporante€ a lancada por Gabriel Monod fern 1876, a RerweHiergne Fla da clea dle Sedan e da Reps, fetase pci a concortento, La Reve des Questions Histotges, fad cm 1966 pelos moarquisiaslegtinisas. Com Gabriel Monod, a his também se define como uma discipina centifin: "Nossa revs ta sett uma coletines de cgnci positive de live dscussio™."| Progress, defenses de Dreyfus, fremente republicans, os hisoriadores ds Avie Historique tem por iso deaam de preocupaese ‘com o rete da intepdace eri pendia:*No que se eens espe (Galmente 3 Franga, cx eontecimentos dolorasos que eriaram em nossa pts feces hess, vnculadasa tadigeeshistricasespeciais aquelas ‘que, mais recentement, foram mutlando devagae a undade nacional ‘iad pelos séclos brigan-nosdespersr,afinal, na alma da nao, 2 conscicia de si mesma por meio do conhecimento profundo de sua hs "histo, ponanc, tem um valor esencialmentemicional te recon ds rote exterones¢ de paciicacao do nrerior. ‘O grande mestre que vi reintr sobre o ensino da histéia naquele final do sécuio XI inicio do século XX € rest Lvise, Nele se red- em os ues pares do expitorepubliano: culo da cénea,clto ea ptr culo da ekdade No te sido sempre republican, visto que foi preceptor do pencipe imperial no Segundo Impétio, No entanto, assim como toca sua gerao, fot marcado pels denota de 1870 © {rabalhars incansavelmente para apagi-lt Para isso, concord que & preciso recrar 2 unidade de uma nacio dvd e enfaquecca pela riptura de 1789, Ser preciso reconciliar os fraceses com 0 Seu pass ‘do mais dstante,devolvertheselzes profundas para que cles enten- ‘dam que fronteira nao ¢ interna, mas extemsa, Aland preocuparao mein pecaggca, Best Lavisse va ornare o grande sicerste, ‘ogrande oxganzador de una monumental oie de France bias pela Hachette, esulaclo de um trabalho ole de inte anos desde a “sinatra do contrat (1892) ata pablieaco do thimo wolume (1910). [avsse encara una verdadetesrepublicnizacio da mesma. Este poland o ambito universe, ele se tena professor de toda nagio fe pirat nagio, Seu sucesso & a ue se xa © manual Lavisse came de Pot Lares, no qual todas a6 esanes da escola abc log prenderio a historia de sua nag, A Pranga eno € una, intel, 2 testa desde Vercngetorx a Valmy, a narativahistrica cont alae Tas hee squats muitos seria vid pela pti. A Terce- 1 Repalea€aynesentac como melhor das mundos, ea partir dela lojulgcos osregimevanterins, O sentido dessa hist € claro. Lavsse no poup intervenes par eat asialidades do ensno dhs ri: "Prestem atengao quando, na escola, lies ensinanam a hiss dt Frana. to se deve aprender da boca par fora, mas com toda a incl _aéncae toda congo. Nenu pa presto to elevadose rolon- [nidoeservigs clio, eo grande poeta inglés Stakespeare disse 2 verdide quando exclumou A Franga € 0 soldado de Dew. Quecada tom concebaclaaaente co conjnto desi maravibosa hsta,Nela se pode haurra fora necessits para na cexer a0 dsinimo etambéma ‘ont fim de thar noss pitria do abismo em que ex! ‘Quant tos ais, aos Fotos professones, Lavise no € menos claro em ss recomendacbes: "Se no se tomar um cidadio compe- ‘eta de seus deveres eum sldado que ama seu esandane, © Pro- fessor ters perdido tempo, Isso & 0 que deve dizer 20s fturos mes- ‘nes o professor de hist da escola normal, como conelusio de seu ‘curso"" © historiador entlo mio tern dkvids alguna quanto soa Fungo, que € central na nago, Com seu mito das oigens, ele perm te nalzi sus nacratvae legitinar o presente por meio do pasado. ssi histria benelicia-se de uma verdadeira transferéneia de scraldade, inci por Michelet Mas com Lavisie e Monod, acl se oma a ambi centfca, Tratase de uma hist projetva coma qual ‘eda individ, cada eidadao deve idenicar-se,possibiltando assim | enagto de um elo ndssolive enite 2 coletvidade nacional ose ‘adios prontos pura o scifi extrema, Conformidade com os ciéncias sociois 0 desofie durkheimione ‘© modelo nacional encamado por Lvise vai desaregarse, decom pores, A causa de seu desmoronamento progressive Foi sabretudo © fato de que nos anos 20 as crcunstnciashistricas eram totalmente otas A Panga recuperou a Alsicia ea Lorena eo confit de 191+ 1918 meostou até que Ponto a gueea é um fendmeno horevel,capaz se provocar uma sangla humana sem precedores, com seu cotejo de ‘mais de oo milhoes de moros, de que a Europa mio se recupera ‘sem conars nass de invilidos, feridos stosicados por pases Sem d6 vid, neste contestoa histia e hatalhas perdeu sua beeza. Por outro lado, 0 hstriadoesfee a concoetncia das joven ee cas saciis que se desensolvem como cléacia temas, mas que pode- fam preendlerenglobar historia, anextla em seu dscurso menos ideologico © mais cinta, Trane, sobxerodo, do projeto explicit de um sociologa dirkheimiana conguisdora, Para consegui auton ‘mia em relagtoa fllcefia €woar com sas pips, socilon prec ‘niza uma estatépadlnimica de alaneas com as otras discipline tomo de conceit mls cienttco. Foralcido por algumas posigdes como a de Duckheim em Boedeaux, de Halbwachs e Gurviteh ext "srasburga, dle Maree Mauss no College de France ou, ands de Ces Boualé na Sorbonne, os socilogos Fundam année Soctlegigue ext 1857, que se torna sew instrumento de conguista. Acham que podem teansformar-se numa encia de conluénci,englobando uma histria ‘que se tert tornado mais “ntligent’s "Ao compara asta} o80 se diingue dh socologa."Ese defi dos soiologos, que, aneado os hisoridores, consih-osa questions radcaimente su dence, lacs de anes da guerra, Foi em 1903 que Francois Simian, diefpulo de Durkheim, escreveu seu famoso artigo ma revista de Hena Bex” [Nee denuncla uma hist que nada tem de cent, sples proce dlimento ce conhecimento candenada 3 descrigao de Fendmenos con Aingentes, casuas, enquano a socclogia pode er aceso a fendmenos De ei esis, mules, © esves, doles deduzindo a existénca de fe Siniand deruncia sobre os ts los da uibo historia: Holo poltico Cou sof, 0 esto dominant ou pelo menos a preocupago Perpetua com a histra poles, dos fxtos policos, das queras et {que ches autrbuir a esses acontecimentos uma importaca exagers- {dr ass como ooo individual eo eronalégico Con sj, oi to de penerse em estdos de origens". Simian espent assim sea jar para a sociologin certo nimeso de historiadores inovadores, preocupados em substitu a rites empirca por wn metodo elles Yo. eto, elaborado pelos socisloges. A geografia também goa de lum presigio crescente e poder congue os histories paras Em torno de Vidal de by Blhe, ela coasegulu constuir uma escola sélids, conbecida elas consistentes monografasregonas que tan © sic de ancoaese no presente .influgnca da esol de Vidal de- core de inueiosts pesulss do terreno, de sua eapacidade de hase- fase em fontes docomentais para melhor compreende a divesidade gona A geogafs humana aparece entdo como uma eiécia para 8 {qual conflicm desde muito tempo antopologia eos etudos lokicos €egealdgics, dignficanda novas Fontes como os instrumentos mate Fis dotrabaho humano. Ek também preconiza certos concetos ope- ratérias, como 0 de sero de ida e meio ambiente Set dos historladores, no entano, que vedo renowagao ea rez ‘0 de um verdadero care mldiscplina, mas dessa vez em benef ‘oda hist. Da Universidade de Esrasbunin, os histoadores icin Febyree Mare Bloch Funda a revista Aimnaker distor Beonomigque fe Socialeem 1921. © com de drestosmboliza a coopralo, dessa ‘vez bem sucedda, ds ici soci ems Ac lado des dois dienes, Iisioradones, nots as presengas do gedgrafo vidaliano Albert De rangeon, ca secidlogo durkhesmiano Maurice Halbwachs, do econo mista Charles Ri, do poitieslogo Aadke Segiied. © preco paso por ‘ese sucesso, que logo vat tansformar uma revist em escol, € 0 fliahameneo a hista com © programa durkheimiano assumido pe- fos historadores. revises dos Ansales tem entio um tom particular mente poleaico conta a chastada histéra historizante, © Charles Selgncos, em especial é tacado, liularzado em resenas cuties [Ahi 8 prove do enpo, “Abeo a Hitt da Rusia: cares protescos, aidos do Ubu re: tage diss palacianas; ministros concussionaies; buroents papaguendores, ‘ones prikazes2 suciedade, Nao, 80 920 & istra..Histéria €0 ‘que io enconto nessa Mita da Rea, pot eso esta nasce mor 1u"* Seguindo com atraso a inno de Sand, nos Annales desapa- rece tect dens politica da hstéra, que praticamente no existe ma revit. Aa conti, « dominio econdmico € socal ocupaineamente fo higar da dimenso politica. A histria apodera-se também do teen de invesigacio geogrticae possi erie ura geoistoria det ecu didade que leva desvilizacio da Usciplina ogra. Lucien Febwre toma parce dh escola geogdfica francesa vidalana conta geopotica lem de Rate Favorecendo a constmucio de uma alanca o-his- ret fraental na ientade ht esr historiogr ea da prime ge- racho da evista dos Amal "Pole dizer ue, em eta medida, foi 2 geogratia vidliana que engendsou essa nossa histria’.” Dos negro, 0 historadores ds Annatesexeaico mbm a preocupe {Gio com p presente, uestionand a famosa rupira ene passado e aualdade histrica, Assim, posers ler os Ata, fi nos anos 3, aitigos sobre a experiencia Roosevel ou Sobre a coltzacto das ter ‘asi URSS. Porouto lado, Lucien Febvre e Mare Bloch nga as bases ‘e uma psico iia, que mais tarde Rear conhectda como a desk ragiode hits cs mentlidades; nese sentido, a obra de Mate Bloch, (Os ress anmaturgos uldicada em 1924, € um wabalho pioneito por ‘sa prespeoglo sienica do universo mental orm historiador Nese Perec ente ues, marcado por esa primeira geracto dos Annales, ‘observa-segersinaFecundlade, masa elimisacto doaspecto politico no hes permitiy compecender os dois fendmenos polices imporan- "es do momento, o que € and mais grave porque esses histokadores ubutam prioidade aos femas contemposineos, 20 presente, Na ver ade, passram 20 lago do fendateno fascist, nazis e sania, oe levari Mare Block a dizer, rm autoertiea mal difagada, em 190: Prcerimos confinar-nos ta tinida quiende de nesses gabinet .Te- remos sempre sido bons dado?" 2 int Mtge ate Pak Ba Pane pe A estruturalizegdo de historia. COscontinuadores de Bloch e Febvreanunclaram ake bam somo faxode perteneerema ums heranca, uma fliagiohiséiea que eta por tris do estandate da reves dos Annales, Enitizarssn allo qe Constituit 0 vineuloindefetivel a wn-los os ps fncadnes, ma Tigao quase Fi, wma frat, No eto, esc eke tornado ‘adh vez mais ene 10 longo des anes. Em primeio ga, poe aka de advorios, © grupo ligido a revista dos Anas cenit, torn setrunfante, ocypande posos cites, cos de cominicaoe aban onano os debates ecombates™.O importante, porém, éqie ui bom _nimero de inlexces clo pasdigma incl desenvolseu-se a0 abor de ‘nots configuragdes de alianeas com as ouas enc soca. imobi= Tizaco e, depos, a desconsrugao do discus histrieo sing c= rane a senda metade do séeulo XX em raptura com as orentagoes {de Bloch ede Febvre ssa descomtinuidides no paradigm dos Annales foram newidis por um boen numero de seus historiadores, qe com ‘so podliam melhor proclamar idle dos iciadores da escola. En ‘quanto a primeira geraca tenia a absoltizar «raps acon com ‘escola mesic, segunda ere gerd veniam se af tment com Bloch e Febvre sem confessare em tom de dencgacio, De fato,no ps-quer.comega um perido navo ques pod qu ear de fase Braudel, ise de sigh, que se carateriaincialnente pelo desaparecimento da histria dis mentalades preconizado por Mare Bloch e Lucien Febvre em favor, exclusivamente de uma econo: ta hstcrea, Com a ert Braudel, eco zzmbm a evolugio para uma hist cada vez mais imével. Ela ompe, pont, com concepss0 lu primera geragio de wma histea-énia da tansformagao. Quand anncia seu programa no College de France, ao suceder, em 1950, se mest Lucien Febvre, Fernand Braudel quer promover uma hitria “quase imive", Por iis dss imporante mudanca, pole ler uma respon 20 desaflo langado por um expelacular desenvolvimento dae ‘dene soca. O crescent do pésquera precisa do canhecimento de incieadoresfomecidos por noves xgansmos dozdos de meios povderosos. Case o INSEE em 1946, oINED em 1945, ab o pacino ‘do Ministerio la Side, que tem sua praevia, Pelton cig por Alfred Sauol. &socologi também se onzizne protiderags Abia & prow doops, ‘ago, pelo CARS, em 1946, de um cento de esaidossoeildgieos, preside por Georges Guritch, que na mesmo ano lanca os Cabiers Trnermationan de Sociol. tm 1988, com 0 mascimento dt Quinea Replica, pode-se at falar de uma verdadeia politica ds cineias| sociais namo 8 instituconalzaca. Esse impulso representa un novo "afin para os hitoriadoes, dese ao qual er prc responder ano no plano institucional, em que « concoménck €acerba, quanto no pa- no tec, pars mostra capackade de adapta da eset histrica 'No plano insrcionsl, grupo dos azmasreage, assumindo 2 “iveqao da VI Sogo da EPHE, constitu em 1948 soba presiléncia de luusien Febvre, com Fernand Braudel como secretro e responsivel pelo centro de pesquisa istic. O instrumento moseme do trabalho foleivo disciéncias humanastorna-se, panto, apandgio dos Annales {que retoma asian a hetanca de dogo fecundo tavado desde 1929) Com as outs acts ms da hist. No plano terico, 0 destio tras rll as hisoriadores tanga por Claude Lév Srauss-em 1949 nam aig, “Hisris cetnologit, que tem zepercussto muito gran, port ada, quand ¢retomado em 158, em plena vowa estuturali- 1" LévStrauss trib a antropologia socal uma vocasohegemOnica Amaneia co que ear Frangots Simian em 1908 em eag0 socio ‘a durkhcimians, Para ele, o hstorador est condenado-o emp, fo observive,sendo incaptz de models, poranio deter acess 38 ‘etrturs profundas da sociedade. Ao contro, anropolegia suse {do ido do conceive, palo material eaogeic, tem acesso 38 ‘expresses inconscents di vi socal enquantoa hist et eid 2 observacdo de suas manifesagées conscienes. A anropologia est "a, portant, progredindo do especial para geal do contingent para ‘onecessirio, do idiagrifcn pars o nonxetico. EFerand Braudel que ‘ai responder a ese dso paiclarmenre radial num ago com ses de manifeto.® Nele opde a Claude Les-Stauséaheranea de Mate loch ede Lucien Febvre, seus mestres, mas no se coenta com #0 «nova, mocficando as onenacbes primera dos anos 30 para fear a ‘ofersva estas, Langa mo com sucess di mesma xanga de ‘oeptiglo de seus antecensres. antropolog tem como objet aS sociedad fas no tempo iméc; Fernand Braudel he opde a longa ‘dura histrica como lngusgem conmum a tds eiacias soca, fas em tomo da figura iter do histrtador 0 duracho ¢ esau, finda que, o contro da esutura de Caudle Levi-Stras, ea obser ‘vel Feruand Braudel opoe tumbém uma constucio temporal, que le plraiza como fier er su tee, ums tempol er te tums. O tempo se quai, eeada un dos panos argue Draudeliana recebe um domi especicn. No seo, na despe}o, ‘wae hiséela pucamente do aconteimento, a do individu, a hic ts pola, No primeit paar, enconta-e a hua da tempo con- Juntural,cicico, inerdecenal, hia econémica; por fim, no andar térreo ext a longa dnacio do tempo geogeic. Inootestavelmente, esta tims que em um sus peivleiado, ela €o alicece, 0 esen- «a, ao lado ds ese fact. As chins reposts de Fernand Brel 0 dosfioexruturista term sucesso, cma vez que @ hia consis ‘vou sendo 2 paca fundamental no eanpe ds eéneas soca, mas ‘usta de uma metamorfose que implicou mudanca radical, Oshistoriadors,exclldos nos anos 69 de um ataldade inclee- tual eve levava mais’ ineressar-se pelos progresios dos linguists, dos niroployos e dos psicanaists, desfomzm-se no inicio dos anas 0. 6 comeco de uma verdadeira idade de outa nto a um pablico que saranteo sucesso das pulcage de aropols hic, Fas recupe= ragdo ¢ esa adapragio do paradigm estutiral ao discurso histori arifio serio orquestradas pela nova dueeo da revista dos Annales sssumid das mios de Braudel em 1969 por uma geracho mais over de historiadores CAndré Burguigre, Mare Ferro, Jacques Le Goff, Emmanuel Le Roy Laduste e jacques Revel, que abandon os horizon ‘esd sta econémicx em favor de ua histéria mas volada para sextudo dis mentalidides mn 1971, ess nova equipe publca um almero especial da revista edicado'a Hiss eesrtur”” Esse simero tacks ema recone 0 desejada entre eses dois termos que era considers antindmi- cos, como 0 cxsimento do ogo com 3 Sys A paticipagso de Clade Levi Strauss, Maurice Godelier, Dan Spetber, Michel Pheu e Civitan 8 ove do emp. Mea, ae ada de outros historiadores, mostra que exava scabadoo tem po ds bigs, e que, so conti, 3 assitia a um concen, um ‘olaboeacio eset ente hisriadores,antropslogos e semiologstas. rites, asso, uns amp liana em torno dem programa amir so de pesquiss comuns naquce inicio dee anes 70, alana que ser ‘tie ecunda ao longo deta a década. Anche Borge, ae ape= senso nlimero, defend par os historiadoes o programa constiuido or um estturlsno abeno, bem temperado, capaz de demonstra que ‘ss historiadoes mio se cotertam emt percebero altel manifesto dar Tidade, como dia Lévi-Sruss em 1958, mas também se interogamn sobre 0 sentido ocut, sobre o inconscente das priticas coletivas, a "im como 08 anropélogos. Fernand Seaudel hava proposto longa duracto como meto de acess esturoparaa dseiplins hsériea © como linguagem comun a ods as eiéneas Socials. Ande Burguiére va mals Longe a0 agar 36 Tina de urn progeamia de histna cultural, de antropologla hist, ‘que dessa vez deve posibiltar insalar-se no prprio terreno dos ext dds esis, terreno do smbolico, £ nesse dominio prvilegado ‘quea efcicia do método estutual poder mosta-se mas faimente porno, um esturalsno para histeiadores que os Aas defer- dem em 1971. André Burgulee che proclamar alo ¢ box son: "Cin pouco de eruurlisme afists kt hiss; moto csrturalisme lev tle volta para ela. Os anropélogos haviam, sim, langado unt desfio os hisoradores, miso entendimento parece manifesto maquele in to dos anos 70, gras antropologizagio do discuso histo (Os hisoriadores vio merglhar nas deli hia , hiseria as permanéncias, historia privilege, por sa ver, Fgh do Outro em reacio a imagem tangllzadocs dese. Os hitviadores dos Annales, preconizindo uma histévia esenueizad,tém a amb (0de angi a confederacio das cnciashuranas que Emile Durkheim sears realizar em fivor dos océlogns,coopiando.o model esrtur ‘fazendo da historia uns discipline nomotic, eno mas higritcs, © primelro efoto desu feeundacao esl do cscs histori“ fio ¢,evidentemente, uma desaceleracto da temporalidade, que se fora quase esacsadri. Refea se eu, ue €consierada ds alga SB RatT Bans iden 9 Jo epifendmen ou de fobetim, para cudarseexclusvamente do que $e rept, se roprodz: “Quanto zo Factul, ums harmonizacao dos en Sinamentos de rude ede Labrovsve leva nos a muginalizlo eaté a ‘no nos inferessamosabvoltamiene por Aabordagem daempo- ‘aldade vat prvlegiar mas 3 longa eas mes e, quando Emm rnuel Le Roy Ladue sucede Braudel no Collie de France, di 3 sua ‘ula inaugural o lo dea histea imvel" O hsorador, segundo LeRoy Ladue, fa esturalismo conscienemente ou sem se, como Monsieur fxn “Hs quase melo século, de Mare Bloch Piee Ge ben, os melhores higoriadores frnceses, siematicamente sstemai> ‘adores, fizeram esrtueliano, com covecmento de caus ou iswezes ‘semsaber, mas na ora dis vezes sem sabe” LeRoy Ladi firma nessa oessosolene 2 admicto que nut pelos métodos extra tas aplcados is regras de parentesco e As mitologis do Novo Mundo Porlévi Str. Mas, conquanto ckeunscreva sua cic orcas pt {5 rekém aro historia sobre aida cde qe € preciso apreen Seyi realidad pat de um peqieno nero de varie, consruindo ‘modelos deans. Retomandoa expressio de Roland Barthes, Le Roy [Exe apresenta os hitoriadores como a retaguarda da vanguard” ‘xpecilistas em apropriarse desavergonhadamente dos prognessos feitos plas outras iéncas soca pilot. "Anovi fa do ioriador no consti em rss as cele ‘oes e mutagdes da istéria, mas sim os agentes de reproducio que Permitem a repetigtoidénticn dos equi exstemes. Bassin que ‘os agentes microbianos vo aparece em cena cono expiaivos, ver deitosftores decsivos de esabilzagao do ecossitema, Bas profane fdamente nos fatos boldgicos, multo mais do que ma lots de classes, ‘que deveros buscar o moter da histra de masss, plo mene dante © perioda que estudo" (© homem est ensio descetrado, pres numa rato, 66 pode terilusi de mudanes Tudo o que diz respeita 3s grandes rupruas a hist deve, portant, ee minorado em proveito dos sands trends uinda que estes const una hist sem homens, Le Roy Ladin ‘ermina su aa augur com uma now onista para dsepina hi fea, que ele considera de novo vtoios: “A hist, que durte alg ras décadas de semidespraa, foi Cinders das céacias sock, re ‘upers agora 0 luge eminem que Ihe cube . a huvla sinpesmente pasado part o auto lado do espeho a fim de captur @ Quo er lard Mesmo"." Na esola ds hist fia, cera pessoas, come Fans ois Fre, tina lis, encontade oantiota necessrio para iber- fare do engafimeno comuini. Aetrturizaio ds hts edo movi ent tomas, neste cto, liwanea caparde rar do maxi, da alia, pars cm se laa pr a centecade °A hits da inéeia no € apenas una bow dseiplina, mas &tamisém uma boa terapéutca ‘onira uma visio ds historic herds ds Hlsofa do anism” ‘A mturlzigta de uns hist cde soca tornow estes, sion ‘como as sockedides fas de Lév-Srauss, simples miiquina de repo dizi, eeaandoo program esrunal conta volunarsmo Kisco ‘dominant no século SIX, Diane do desmereaamento do horzonte evo lucioniro das tentagbes restoradors, a hist eat para a imobi- lida, um presente etanqie corde ma frente ears para jstapor no espace o Mesmo ¢ o Outro. En alguns, essa imbilzagao ds tempore Tidade pode vir acompanhada por uma posi poltica eswaztca de rojes, simplemente conservados: "Esse tipo de hina aqua dos tempos longos, de homen-meio), no fund, € uma histea na qual = ‘congo fimente uma vocagae eoaservadora" Naquele eontexto do final dos anes 6, Michel Foucault sustent, er Argueologia do sabe, obra cle nitasio epintermolgis relizada pelos avnatese preconia ram, Des vex, conver desconstir a lndade temporal qe snd liga os és egos construc rae lina, Tass entio de descrever vm “espago de dispersio" de renun- fara qualquer sinese global, e Michel Foucssk ope ox Fragimenton lo saber, as euiplaspraticas discursivas sprees emo soldon lo en na Diolgices. A subversio da eoatinudad e da totalidade hires tem ‘como covoliioo descentrumenta do seta. Aconsciénca des disol- ‘ese no discuso-objeto, na mukipliidade de hisriashetrogeneas. ‘Aumnidade tempol s6 aparece como um jogo fice, uso. A intto- ‘dacio a Arquedlogia do saber de Foucsul uma verdaders definicio ‘de historia serial, al como sera praticaca pel terceita geraco dos “ArmalesInpbe se uma hstea fagmentads em que a Hist & subs tuids por hisonas. © historadr jb nao procura a wtadade do real, mas o todo da hits por melo de seu objeto de esto. O tempo Sinko eshaga-se numa mirade de temporlidades heterogéness. 6. ‘no fi hiséria que nao sep regional, ea histra deve limitarse 30 descrtiva da série que estuda. Diss restama margnlizag20 do dscur otaudelitna e aaceleragaodo movimento de esihacamento da hist ta, A wocag dest, de realizar uma satese,apagu-se cada vez mas “0 tempo ff no tet significado glob”, escreve Pancois Puree Alain Besangon denunca "a mirage ca taidade hiss’ Jacques Revel define novos objetivos: "Nosso objetivo no é buscar uma verdad” Emmanuel Le Roy Ladue chega 3 propos, maquees anos 70, que © Ihstriador se tonne um minerador pe se rest ae busea os dads ‘que um especial de outs dscplina estudaedcientificamente. Nio ‘ai melhor meifrs pars descrver 3 lemisto do istorador, sua ree sstoa.um papel de mi de-obes que tabalha por subempreitada. Com ‘ss vasa composi do el ro nivel das desrcoes de sis, assis e-s a reascimento det neapostvsmo, Paradoxalmente tru fa dis teses dos Aralesraqueles ans 70 realiza-seexaramente quan: do 6 discrso histérico se ewaria de historicidade. Pass-se eno, inmpesepsivelente hist quaseimvel para “thir imovel’, rears cle tals rps transformacoes, em provelto apenas ‘dom exiltrio terminal ruladore grace da orc ds invarates ‘Um a uma, as ands comes hisses so gevistads para seer expands daquilo que eontém de inovador dos movimertos pops laces do nig regime ate as eevolugoes do século 0%, passin, ev dentemente, pela Kevolucko Francesa. Quanto a6 hiomem, esté Sdescentrdo ness hist a ponto de desipareeer do horizoote como) soln de eum rosa dec sti se esereveagont no pial em mss cl rena a sealizar um owograma de sfatese oasa melhor 2e desdobrar.com vistas ‘Anise & prove do enpe 08 mitiplos abjetos que se ofercem 2 seu olbar sem limites. Piere ‘Nor elatora i tex de apreseatacio de sua coleea0 “bheque des histoites, da Galstad, no marcade pel sofia de Foucai Retoma a nocio de monumentoe afirma,felictando-se: ‘Vivemos 0 ceslluganento da Hida, Novas interogacbes, ecundadespelascién- ‘Gas soit vizinhas, co alngtmento pass. o mundo nero de uma cons ‘Séncia hisriea que hd mao era peo da Europa enriqueceram precligiosamente 0 quesiondrio que os histoiadoeesfazem ao passi- Go A istra dou seus métsdos, seus recortes e sous objets. [Armuhiplicagi desses objets novos ea dato do tere do hiso- riador parcem ser sinais de um iunfo da histra, Pere Nora ques a ue au colegio Fase precedidla por um Ii _ro-mnifesto un cpscul sini que condensise as posicoes ed ‘eas defers po na nos hier que seria promovida. Fla res pelo com Michel Fen, Prangois Furet e Emmanvel Le Roy Ladue sc inca voi anfomir uma ampkdao inesperacla, Correponde ‘am momento cm je Jacques Le Goff se reaproxina da Gallina Pere Nor, preciso certs, ft as paeos dlegando esse prokso aacques Le Gof qe ee se entregou conta enzustsmo que ansior tou a idéia de um opsculo- manifesto em ts polpudos vokumes da costo "Bible des ists", Rr sor cides congun- tamente por jacques Le Golf e Petre Nor: ete timo os termina "mais ou menos soziaho, pos Le Gof, eleto presidente dV Sesto da [PE ern 1972, mo desea mai ter relagdesoniieas com 2 ed bes Galimed Assim, que se public em 1974 € uma enorme simi uma eat pars nova histria. E0 momento da conta ofensiva, eos hstorado- Tes, que se havi encaramujodo durante o perfodo em que os eben tos das novaseéneis humarss monopolizvam a sten¢30, agora tm Ilmtengo de apoderarse ds crtentgbes feces dos rancoratiendo- es ahsorven seus metods, im derealzara renoraio de uma his fla que deve pogaro prego da reninci unidade para empreendera Iai distacto posivel de seu campo de expenmentso. Esse eslhagamento impli 0 qvestionament do ect heptane ‘que na maior das vere estas por tes do dseutso hisorogrtio, bem como a descentrmento daquo que uniieava 0 campo, © bo- mem conto 0 sito des histéla, coma indviduo ou coletvidade "Esse excenttmntn do mem some tema de uma escria est tralia que proclamivaa mete do homtem, a insigaicincia do suet. Pomsiiliza que o hiro, assim como olinguista ou oantopslogo, romov unt sca qu é ds coma cinco, uma ver que magi Tas wo varivel menos manipalivel para uma hiséria quanta, assim que Emmanuel LeRoy Ladurle da quar pant de seu Terre dehtrion EUhistirasans es hommes erro do bistoradr & ‘Nisa sem ox homers Ao contro da primeia gato dos Anmaes, ‘que lo concebiahistéia que no fosse humana e antopolégica, Le oy Late pai de un esto histénco cancreto sobre 0 elma des- oano 1000, considera que“ mutlor historadr fer dele apenas ‘om especiss em humanidades'" Ese descentamerto €abestamente essen, vai am desse eto ara, Le Roy Lahse © quaiiea de vertilirsrevolucio coperiana na cnclahistrica. © historia- ‘dx juga ent a cues de eu pono de vista mt proprio desse ex ‘enframen cue Ihe permite afrmar sua vocacie cient, Pier Nor, apnesentando os és volumes de Rare de isireno Nowe Olserssteur acne uma descostiaukdade entre o horizon “sciplins histérca ma por de Bloch, Febyee € Braudel 0 dos anos 70, "fess nogio de hiséia total que me parece problemen hoje" A plunlzago de temporaidcs hetergéneas subjacent aboedagem serial das temporalidides rchaga para um passido merase a dein ie global: “0 tempo ji m0 € matshomogéneo e fo em sign Fao global" A hiséria no deve chorar a pera dt hist tal send Jacques Reve, que v8 na fragmentacio do saber histrico 0 Indie de ums novo espa clentifco: “O horizonte ji nao € 6 mesmo ‘de uns ines tea, mas sim oda constrocao totalmente aticulada de obo" |Acomstrago hisoriogeica do impéso passa pela desconstnuao| a peti histringrdiea E 6 momento em que se acha que, com © & (i Lama uv stn. Roel casgn con pans ety nS baal st i Ss Abie & ror de topo ‘computador, 0 hisoriador val poder ter acesso 8 centifiidide. Desse mod, le conta todos os objets possives da hist econdic, socal ‘ou cultural: quantidades de tigo produzidas, nimero de nascimentos, fxsamentose bits, nGmero de invocagdes 3 Vinge em testamentos, fimero de rovbos comets en al hig le traca cura, demase Times, pontos de nflexao: “Em hima anise oh hia cient fea que mio sea quanttictvel” © momento memorativo Retorno & cata poterne [Na virads dosanos 80, houve um grande debate na Franca sobre | censino da hist, sobee a perda dos grandes referencias ea liga da memoria nacional em peoveto de uma stra esithacada.O pres- ented Republica, Fangois Miterand, comove-see externa Stas preo- ‘upagoes Os hstowadores ento volta a centr seus discursos sobre ago, €21é Fernand Braudel, especialisa em grandes expacos das economia mundo, fora des Sms nacionals, opta peo imbitonacio- fal como dino objeto de investigaco, Em 1986 publica Lilet de Ia Prancelaidensdade da Praga, que comesa com uma profisso de £6. "Digo de uma vez por duis: avo Franga com a mesma paxio exigent ecomplicca de Jules Michelet *esclaecendo que es pale Do srt mania a ditinca em seu esto, Vero papa da neva hit tia volar a inserise nas fronterasracionals € motivo para surpres sina que os Avnales nea tenhaneealmente abandonadooteti6rio. francés, embora prencendose nis a monografias lca e dexando de lado o horizonte do Estade-Nacio. Asste-se, portant, 2 um verte Air efor daguilo que fora rechacado Por sua vez, Pere Nora tam- ‘bem enconta 0 caminho de volta 3 casa patcrna, apes de fazer uma ists que se diz renovada, cup objeto €a memoria, omega a publi ‘asio de um enorme emproendimento coletivo a partir de 1964 com “Tasieee de mera lugares de momar pela ecora Calla. Metre ‘Nora apresenta eae interese novo pela mera e seus girs como'a A twa Fenn deta Pce Fos Fao, 16 99 rips expresso do esgotamento da hist, stoma de um period peirhistrico to qual “tro de er funcamental de um gar de me: mora € deter o tempo, bloquearo trabalho do esquccimento, ar um cexado de coiss.”." Dols membeos da diego dos Annales, Andeé "Bunguireefacques Revel recentementetmibém se unlcam a ese our de France diigindo um outro erpreenclinentocoletivo cuj publics {0 comezou n0 inicio do ano 50 com uma Histoire dela Frances. {ort da Fraga cup orientago contin fel 3 exo dhs Annalisa ‘ima geracio, a9 mesmo terapo que linita seus objeivas ao Ambit roca Fast his no € a histra-reconbeciment, leita stern come esr pr Emest Lise esta, ela opde as conquis- tas da pesquisa hitrogrtine, assim, most 0 Reno como fontcira natural entre Finca e Alemanha, ms como tago de unito entre as populagoos das das margens, precisimente como ji mosrara Lucien Febyre. A conceprio do poder que ressilta do volume lilo por Jacques Le Goff possbillta consideraco de representages, ons, ‘imbolos¢ do imaginio coletvo, esrekamente imiricados na hist el dos soberanos e do pov. A histia das mentlidades em vous tdesde os anes 70 est af no cerme danse, 0 dese dos gers e Soberanos € so por meio de tac uma simologia do poder que eles ‘manipulim com visas aos seus ateresses Mas por tris do recaimeato nas fronts nacionas, «hist tetas taco histra de Emest avisse no eto lange, come se pote pereeher pelt publacie supreendent de Histoire de France, {4s Hachette, cujos dos primeleos volumes focam publicados no final {8 1987 sa citoc de dais histories dos Anas, Geonges Duby « Bmmanvel Le Roy Lure, Os seguites volumes também so ese tospor historiadores ch mesma esol Francois Fuet dedi seu tae tho Revolugio Frances e Maurice Agulhon tata da Republi E sur preendente ver historadores que até eno se dgladiasam coma escola posts, dita hstorscsa, pela qual nautam 0 maior desprezo, volt em. abotdgom lvssiana da sia Francs enconta seu cOmeyo, Todos se perciam em conjecturas sobre as orgens Woians, esas cou Feancas, edexcobre-s no milénio capetingio qe a Fran comeca Abts 8 prov do ope com Hugo Capeto em 987, hi exatamente mil anos! Encontram a5 ‘erapas dis grandes ewieas de Prana eu fancao ¢leiimar o pour teal ingalado a par de uma naglorasunciagso, verdes lend dos sécules, como mastou receatemente coaster mind hiseridora Sezanne Citon em seu tino lez, Le tbe national mito nacto: al Essa mitologia que enxerga a realidade por micio de usta Ieichizacto da ealidade nacional ext oe mas do ue oun vem tod uma comeate de revist ca hstria colonia. Essa coment rope raccalmente com 0 dscure ereio-munden que domino 8 ano (60 prope um neva lets ca pina colon dt Frag, Vist iene tarde culpa a merespole e oferecer im balanga globalente postive lo que ¢ vixo como contnbsigio dos colenizadores aos cokaizados. ' recentissima publicaio de um grande afesco coetvssobee a Isrts colonial nce & sintomatien dese evolicle, Tears de ‘ua histra novamente centac na mewpole colonial F verdad ie Adora ataca com justeza alguns mites lguas mimerosexigerad, come {90 45 mil mortos de Seif. Arg, em 1955, e aqui que fo el Acad de "penocidiofranets aa Arg, mas se ess una ra ‘ene para fazer o halanco gabal da colonizacio sem er em conta i dimensto dtc, suz dimensio de explora, de demiigio © de dxconhecimento do outo om sua alterdade? Da histévia 8 memoria referencia memssa tornou-s hoje onipresente:O "tempat Gris", os “anosmeméra".. Expresso de ua demands social cia e2 nas imperiosa ou impeeeacao para conert ais umanidade & arava histrca? Os los ene mem istics ¢ mem coltia So dies de destnd; Foi 0 socislogo Maurice Halbeachs que teve " OmEo de explorar ese novo coneco, ubliando, en 1935, Less Social fa meménia 10s quadros socal da mensrt alah “QDe temo a termo esss duis noedes, que considers antinOmicas, Sequndo cle, o tempo cla meméda clea eth ancorado nat vida das FES cient aie Frongos De pessas, senco real eaniiplo,enquanto o tempo this €, 0 con- ii, ahrato e arbi, for do tempo ivi. Em ima anise, a hist 96 comeraia no pont em que trmia a acct, "momento ‘em que se extingue ov se decomp « memsria socal". Embors Piette ‘Nort note da mesma muneit qe se pode opos tera a term ads fogoes,dacerne que até um periodo recente hisria © mena se Confuirant mais ou menos em tomo dos mitos de oxigen. O hsvo- rind dese 0 cronista da Idade Média até Miccete Lvise, devia ‘onstuir genedogas da legimidade do grupo ao cual pertenc “t= ‘Se da histria 8 ment, Na Feana, a Terceira Repablica © o papel importntisimo desempentiado pelo pit Lave clficagio de uma feonsciéncis nacional © republicans consiuem usm tempo particular ‘mente fete da funcional dese modelo. ‘Assists hi alg tempo a uma subverso soa pressio dhs tori medias, da ii, que faz passa da meme his. A pro- Ieragio dis natives vids conus para essa subversto. Psst me roa coletiva,inssocivel dos gare «das pusagens, que tere 2 desaparecer, touns-se mais profentiva A medida que a lembrancs, ‘desvinculads de sc suport, € seslamenteamengada.Assste-e asst {uma fragmentagio dos tempos da memdea ea um interes FeNOv to pelos ligarse memoria que o ermpreendimenso Ge Pletre Nora ‘exprime bem: "A mem €um problema histrco recente, nossa pro- Diem" Eses lugares to tanto marcadores topogrificas dos vesigios do pasado quanto forms simbSlicas de idensiicnco coltvs, como ‘Se const hoje com 4 voga comemoratia: °O lugar de memoria 8 poe, para comeca de conversa convergéacia de duas orden de el tdades una raldade tngivele apeensivel, as vezes mate 38 ve= Zesnem tanto, nscrts po espa, no empo, a leguagem,natraico, ‘uma reaidade poramente simlca, pozadort ce um hist” Pete Nor faz 0 diagndstico de um profes remanejamento da cons ‘cia nacional na Pang, O fim da epopéa gaulina fez a Feanga ‘Sido naclnalsno tadcional Essa subversio no exinguiu realmente ‘osentimerte nacional, mas transformou seus mods de expresso: "De Mita, o sentiments micionaltorouse interogatve. De agressive ‘militar, tomowsecompeetivo, De scifi, netnee defersvo ease hredonisa, curios, dames, ursico, Sentit-se cama, vivencia-se goa simblco'* Fsse momento memerasvo moxiicas snsivenente {eps em erie as categorspropramere iris de espago de expe slénca ede horzonte de expecta, subsnuindo-o por una slate dade cate prescatee mma de um passido eu opaciade se enta {esvendar. Diss esta um pelo categoria do presente, do ins tant, qe é rigico em dossel sobre o panorama hisoogrtio, A outea consqjinciaiyportante dese subversio uma resvaliago da noc se acontcimento, ue €apreenlida no mago das metamodoses que ‘4 meméra coletva a submete.O acontecimento tore indissocvel cha tama das imerpreacoese de sua eficieia 20 longo do tempo. "tendo his, os memoria sto alvo dos jogosde intereses ene ‘0s dversos detentores do poder em base de legtimaco enraizad no passido, Tod a nsuigdes contém sia prpria memo, verdad ‘a reconstucio histirea, que nunca & 0 simples registro do pasido & 4 oate da demic dels. A demain socal de memria acompaclia (5 acontecmentoshiséricos. Assim, a queda do muro de Berlin dt novo significado ao projeto, que remont 1980, deconstruct de um muscu histrio alemao” a Heim ceidenal, Abe x0 pulico no tia 22 de seem de 199, instajido no corago da Bedi historia, ‘us nature pés-nciona, que er intenio do projeto iia, cansor mae de fo em sinbole de unificgto ale, Uns ds instiuigdes ais importantes ds reproduc da memsiia E asco, Gragas sa fungio, 3 institwicn escolar tem 2 fralidade de car um elo social entre as és gerages. sei moma tansmiida !motifc-se ao sabor dos imperatvosatebuides pelo Estado socieda- e. uma memdria sob nfl. Paul Veyne ostou™ que o impea- or fomano monopaliz o evergetsmo® para apropsarse dos vest los Futuros da meménis cole. Suzanne Citron, com Le mythe tional,” esabselece 0 lo entre construc da identidadenacio- ‘alla ransmisto de uma meméri feta de lendas hers. A escola oucoaprende que a hit ensinad nio.€°0” passa, as um modo bs tnt erp sop er, cna camo deities es de vero passdo, Nii em grande parte herded visto curoceaea ‘emaconatin do século XIX ara sir da hist mio, cabe, portant, fazer hist ds manipulagées da memria cole, Ess hist que esti por este Norse cige a superagio do esto da simples desericho do acontect mento resulta duliza das fonts, evand>se em cont i fas sucessvas que anuem um sentido sempre rutivel sos diversos ‘stigos constutivos dh mem eoletva. Ese trabalho de desmitolo- ‘izacio oi entprcendide por cero nimeto de hisiorsdores. Por 80, fund slats O domingo ce Boweines* Georges Duby elativiza du ‘Plimenteo acontectmento Tudor, mosrando que batalla em sise Fedhza pouco estuando na temporliade mais longa vaagdes m= plas da lembrang. Philippe Jeutardabre o estudohisoriogrfico para esto da mendes on, que conserva pelos séclos identi Celta dos habitants de Cévenes em tome do aconteciments tram tien da repressio aos camisardos.” Essa meméia constva de uma ‘omunidade regional cada vez moblizada ewansformada pars regi “Hen Rous decicouse ao est dos uso politicos do passido de Vichy Desenfnclo a evolu da Tembranca Ue Viey na esi ta coletiva francesa partir de 1944, cle posto & possblidade de ‘ccrever una verdad hia da enna, dele que respciado cer ‘nimora de regas metedgicas. Essa ahordagem inovadora modifica eriamente 1 propra noo de acontecimento histo, pols este debs Ge serconcebio em sua singuasdade cem seu esteto quad crono- Téiene passa inseiese numa temporalidae ras long, nia © ‘conrad de sgaticacoes, "A memoria pluraizada,frygmentada, extavasa hoje por todos os ladoso terre do isiorador iepeanteinstrumento dos eos soca dh Klendade individ ecoletia, ela est no cere de ama questo “enc, Depo deter sido isgramento de manipulagio drse muito empo, ela pce ser reinvest numa peespectiva interpreta aber pitt otro, fone de respropriao coletiva endo simples museoarafit Servinculada do presente, A memri, supondo a presenga dle um at eiaaraeseeton Aira 8 prov do ampo tit, cominuard Sendo o ponto de nla ete passa e present teil edlogo ene o mundo dos moron ©o dosvivat fast noio de few, pt so meno po eal e mate & hoje pont de praesent do grande asco did por Pete Dot sobre os lager de mera a ese el nivel iano © soa presen que seamen cops pec na oii {Demo por incrmédia deus vege memoria, Pee Nora ve ten apa desontmc escape er ha dade bionegapie" ss upr edirecona nosso alate omg t comunkade dos historidore a evita de putro modo os meses ‘os no ie se relere ao sesondeeados na mem cok porta, homers, acs, enblenas do pass, ss estan fr de tod ici hires por ewe ome enor e tsanos tendo bre cio puma sti completamente die rota emit avs fos hom tenors nem nemo comterorid is os ves dese 2008 0 ogo dessa cometrico 0 o acontecimento sl mesmo, mats conerugio no tempo dearest ea erg J us sgleagoes nao © pena tal cm se paseo, mass ea lagen permanent son cab, ws pregncasobe oF esate ase: oa wai, ka mani come ea cont {hive nant Ese vaso cco aero sobre x hist dss me famofous da mera, sre una texidadesinbolca 0 meso te Pomapiveleindeurminivel, pee, porse dul problenatag0 di noo de hisorcdade es nog da emt, vertices {cfc tempo defini por Ricecur come ponte ene tempo veo < fenpo conic, Cont 0 cinpo de vestigago daila qe Moseeck ques com nono expgo de expecta ou sj, ese _ pasado trnsformado em presente, Pemiteexploraro enigma ds p= Sadidadte, pois o objeto de mena, emt seu lgar steal ideal, fo se deserve como de snipes cepresentaes, mas, como deni icoewr, como "representinca ou de hartenénei, significance com 4850 que as consirugbes da histria tem a ambieao de er reconst Ses capanes de responder 2 solisiagdo de um cart a-cas!" Ricoeur desela, com essts palms, dizer ~ € © projet de Piette Nora no fest muito longe disco que a passadidadede uma observacio mio & por mesma observivel, mas apenas memorivel, Prope de chofte {questo de saber 0 que constiua meme. Insitindo no pape dos Acontecimentosfundadores em sua ga com o relto como ert dae naratvs, Ricoeur abres perspective historiogyfica aval, na qual ‘ empreendimento de Plrre Nora se insere como monumento de nos- ‘spect 2 ‘Questées suscitades pela pluralidade dos ‘modelos interpretativos em © guinade interpretativa’ ‘As cigncias humanas,redescobiado pate humana que as carat siza, comesam a sair do causlismo proprio cas cigncas experimen tals A constrocio de uma fisict socal com hase no modelo da fisica mecinica no parece mas viel. so se trad, entre outas cose, na busca de defnito de un novo espago, proprio par as eicias hums as, 0 espago da soiolog,da historia ed anton. E080, por ‘exemplo, do lborasro da cole des Hautes Budesen Sciences Sociales (EHESS) de Masseia,dsgido por Jean Claude Passeron,qve Fala em ome desss rs clscplinas e defende una epstemeloga coms para foxs elas, fe ncmnementsocolgaelO racioctu socio ape Fee assim como um manifest de delimtago desses expos cms, Spesar de seu lo flsamente limitativo por lembrarsimplesmente 3 especilidade aeadmica dese ator, Jean-Claude Pascton. Esastrés ssciplinasfazem pare das eategoras weeranas, segundo as iso objets que elas estadann cariterizt-s pea singular da conf furaco histéxica na qual eles esto aplicades, Essa fenomensigade tna cm i 6 oa ae nn mc falizivel, propa do mundo sublunas,e, por Ouro, um tempo inn ‘el, uniorme, smuaneamente 6 mesmo em todo lugar O univers ariscweo &, poranty, subaido 20 tempo. S6 que Aristtees cole ‘coma paradexo de um tempo que no é movimento, mas para o qual luna dais condiies 1 movimento: Fs lar, eno, que @ tempo ‘lo € nem movimento nem sem movinent!® Atel nAo conse- ve estubelecer conexia ente o tempo aedide pelo C&u, 8 maneiea {de um relglo natural, et consatacao de que as colts e os homens soft 3 ago do tempo. Ali, etoma em seus pedprios tems 0 di do segundo © qual“ ternpo consome,e tudo envelhece sob aco do tempor A ew werent cosmoligis do tempo opbe-se 3 vertente cole, otis, segunda Santo Agosto, que Formula fronalmente 3 inerogacio."O qe € tempo? Se ningun me pergunta, ses se alvém me pengntar eu quiserexpicas i no se" He paste do prado, segundo © qual, seo passado ji io é, ese furao ainda ‘a come entender o que pode sero tempo? Santo Agostino respon- se wokando-se panto presente, um presente estenéid para uma tem- orale lags ce engloba a memoa das coisas passdas ea expec tata dascoias tris “O presente do pasado ¢a meméaso presente to presente a visio; presente clo futx0 62 expecatva" Porto, pura ele 3 hi tur e passe por meio do present. Ess antinomia ‘nie tempo casmol6gicae tempo iin nao € resold pela especul- ‘lo lose, como most Paul ewe 30 eontaraconsontacio que ‘opie dessa vez as teres de Kant e a¢ de Husted, eedundando auma poria coniparivel: “Fenomenclogia e erica $6 fazem emprésinos rnituos desde que se excluam mutuamente™.” nite o tempo eésmiea 6 tempeinimo stua-s# 0 rempo comtad td hitorador. Fe prmite roconfguraro tempo por meio de conectores pariculares. Paul Ricoeur situa, pos, o discus histéico numa tensdo fue lhe € pri, entre identi narra e ambiao de werdade. Podtca da naratva aparece como & maneita de supers as aponas dt preensto losdtca do tempo, Nese aspect, Ricoeur prefer 2 a0" ‘Ge refiguracao de referencia, pois a questo € redefiir &noGko mes- ‘a dees” histriea a par des eanectorespropriog ao tere tempo hisrien, no mais das ve2es utiizados polos hitoriadores de Fornago sm prablemrag. Ente esses coneetores, encom se ‘categoria faites a0 hetorador 0 de wempo do calendao € pr ‘ira ponte langada peta pitcahistorigrifica ene o tempo wvido e ‘tempo césmico” "He se aprosima do tempo fisco por ser mensurvel toma ago a0 tempo vivo, © repo do calendino “cosmologiza 0 fempo vivide"e shumanizs © tempo cosmico™.” A nagio de grag, oe ce formu categoria esencial de andise hoje, desde os tabalhos ‘i ean-rancois Sirineli €consilerada por Rie como uma med Seis tmperate da pica hisorigrice, que também pera, come Setirou Dithey,eneamar ess concxio enue teripo pablico e espe Frivado. A noo de geraco permite ater o dbo, pac am da Frode da extncia, sk da mote que separa os acestas dos con Femporineos Hi por ima nogao de vests, que adguital amplitude Frje em da que Cinlo Ginabang concebe un novo paradigm diferente Corparadigma galleno, por ee desi como oda vest inicio.” ‘Objet tal do historador, 2 noeto de vestigo, materializado pelos documentos, pelos arquivos, dem por S80 dea de ser enigmatiea & ssoncl paraareconfiguragao do tempo. Ricoeur vai buscar a expres ‘So sgnficincla do vest em Enimanvel Levinas," como desarano ‘cums oder, que sigfica sem mostar. Mas inclitambéma noga0 de ‘ati em seu lr hisico, ssa nocao€utizaa na radigao it~ fica ha f mito tempo, pois € encontrda em Seignobos, asim como fen Nare Bloch, sa concepso de céncahistrica por ves comes onde sua contapanida referencia, sua ambialénca que ress 30 fechamento do sent, poo vest est imerso no presente 30 mes Ino tempo qu & o suport de ua sigifeacto que f no est i. ‘sss noo ce ves, ao mesmo tempo ileal e material, € mola essen do grande fresco deigido por Piete Nora, Les ec de mé- ‘moire aqgares de roma. Const oe indice que ign 0 tempo poriotemédios se seus vestigios memories Pieme Nom vE uma nova escontnuidae na scr da hii “que no se pode cama de outro odo, sendo hitorigrifie.~ Esa peut inflete nosso ohare obi- ‘a1 comunidade dos stories evistar com outa atu os mes- tos oboe a ptr dos vests dedos ra memoria coletva por f tos, homens, sinbolos, embers do passado, Esse desta/reatar de ‘edi. wadigaohistrica porta momento memorvo ue vivemes are ‘imino para uma histna completamente diferente: ‘so amo determines, pox ses fet mo mais sabe emoranas er sro comerorass, mas ea dessa gee | ‘fp denen cemermoracbes: lo ew aconecentas por Me, onan ua consi tempo, deeaparecmeno ea esac de Sas gies; 30.0 psd cor se Faso, a as eu {es permanente, eu sos eS abuse, predic sce os re enter stcenston ori, masa munca ema ne coma se vasto caniero aberto sobre hiss das metamonfones da _meméria,sobwe unt relia simbliea 30 mesmo tempo palpivel e indetertindvel, permit, por sua dupla peoblematzacio da nosio de historia e ds nogao da mem, exemplifica esse tere tempo ‘efinide por Rewer eon pete entre tempo Weide e topo dani, ‘Consul capo de invesgacio daquio que finan Koselleck cara nosso expao de experienc, ou set o pasado que forrou presen emnte explora o eniga da passatdade, pois 0 objeto de meni, ‘et se ugar mater cu ideal, nao se desereve como simples repre: entagbes, mas, como definks Ricoeur, como “repesentinca ode = szartenénca,sgificand comm iso que a8 construe da histia te 2 ambico de ser reconsmndies capes de responder sliitacao de tun car-caa”" Ree dese, com ess palaras dizer e 0 Proje to de Piere Nora nio est moto loage disso que a psadidade de va ossersacao ato ¢ por mesma observe mas apenas memori- ve. Prope dechofrea questa de saberse o que const a mem6ra. Insistindo no papel dos acontecimentos fundadores e em sua ligacio com o relto como Mentidade narra, Ricoeur abre a perspectiva hstriogrfiea anual na quale erpreendimento de Pere Noea se in sere como monumento de nensa pa, ‘A tenaiva das Annales, os anos 70, de romper com 8 narra foi, segundo Hieoeur, Huda e contraditri em reaca0 0 POI Itoniogrfico. Sem civda, a escola dos Anal, mesmo admins {que histeriador constr, problematza e proj sua subjetivilce no Arist 6 prove do terme, 1 obkt0 de pesquisa, prec ¢ prior aproximarse da posigio de coeur. Mas na verdade mio era para adotaro ponto de visa herme- fico da explicagio compreensva. Os Arnaestiham como alvo Frsencil a escola metic. Tatras, pois, 20 contro, de afasarse to sujeto para romper @ narrative historzane e fazer prevalecer a entice de um scusohistérico renowado plas egneias soca fara. evdenciar melhora mpiura epstemolegca operada pelos Anas, seus inszidorese dscfpulox petenderam acabar com aqulo que se asia pejrativamente como historia histerizate 0 aeonecimento fe seu relat, Houve um deslocamento de objetivos, uma reavaligao os nen econémicos nos anos 30 depots uma valorizagao das Iealcasespacas os anos 50. Fernand Kraudel dencncsou a brevice dio tempo nssociado 20 hase em comsparcao com a permanéncia das grandes pataformas da geo histo, de longa duracio, No ena om bet mostou Paul Rioeus as epi da escrtahistéricao impedi- ‘am de volarse para a sociologa,pols longs dura contin dae 0, Braudel, na qualidade de hisworador, penanecia fel formas eccicas propriss da dscplina histica, Contrarando suas prodlama- foes tontrutes, ele eminem pronsegi, em sua tese, a realizar um elato: A propia noo ce hina de longa Guracio deriva do aconte ‘imento drumitico ou sa, de acontecimento trnsformado em ‘en edo”. E verdad que um enredo cu tema jl ni € Felipe n, porém 1 Mediterrineo, um enzeda de outro pe, as mo deiea de ser en- edo. © Mediterraneo representa quase Una personagem co kino ‘momento de gla fo oulo XVI, antes de se asia gina namo 40 Nifntico © & América, pedodo durante © qua "o Meditrrinco s3i ‘du grande hist" Afortagao co ented impae-se, poranto2 todo Historador, mesmo 2quele que mas se asst da naracva lisa do _Trcwal poliicociplomstico Anargto consti asim medagoindspensivel para fazer obra hisoricscliga espace de experénca com o horizonte de expect ‘ae que fal Kone: “Noss hipétese de trabalho equivale, pos, 3 omar 3 narntva como guanlit do tempo, uma vez que #0 haveria fempo pensade que nao fesse narra" Assim wists, a configurasio Front Daa histérca se deslocs ente um espace de experiéncia que evoct « ‘hkiplicicce dos pereurss possivelse um horizonte de expecaiva ‘que defineo future tornado presente, ao redvel a smples deriva Air experincsa presente: “Assim, este expago de experéncia€ 0 hod ‘zante de expecativss Eze mais do que oporse polaement les se Condiionam muamente™" A constnie dessa hermentutiea no em Do hisrico oferece um horizonte nao mas tecido apenas pea ial ‘lice cinta, mas extendide para um fer human, um dllogo poe “erinstulo entre as gerbes, ut air sobre o presente. Eres pers pextva que conven reabriro passido, revista suas potencies ecosando a rela puramente atiquela coma hii, a heemend tia historic vist “ora nowss expectatvas mas dterminads€ nos Sa experéncia mais indeterminads”." O presente reinveste 0 pasado 4 pat de um horioote hisrico deslgado dele. Transonma a distin. ‘Sit temporl ota em transmissio getdors de verti.” © vewr da reconsiigio hisricn eneontease enzo no cere Joa do presen- tifcar que define a dentade naratva ent sta dupls forma de mest fade (em) e de individualidade pseidade)-A centaidade dare tia relatvil a capacidade da isla de encerrar seu diseurso numa ‘explicacio fechada sobre mecansmos de causa, Ea nto pemite hein volar “3 pretensio do sujeto de dominar © sentico"." nem re hnunclt kia de uma gloalidade ds his segundo suas “imple es Ges © polities” ‘Atencio sos procedmentos textual, aravos, sitions, por meio dos quais sri enuncia seu regime de vere, leva socio ds ‘onquistscostraballos de toda fllago narratoogisa que se dese ‘voles soto no mando angles ico concn Franga ‘racis a Paul Ricoeur.” O descavolvimento ds esesnaraivsas 1 trae do ingnistic tr da cries xo modelo nomen eda conse treo dada a naratva como repasiio de ser, como exposicao de ‘recursos de intelli, Os arts periticam, asi, most {manera como o skoda da naeativs ter valor explcativo, no minim | ‘iar prove do ten so emprego consante da conjunga0 subeddicatve ‘porque”, we ngs ¢fande duasfungtes dint,» consecugio ea conse ‘Os elos cromoligcos © oF exos logicos to assim afd sem rm problematizades. Convémn desimbricar esa palvra mic, © porque, de wo dispar oi exe trabalho, sobre a capaades expe cus propia a tiv, que a comentenaratvsa ealizoy, Wins pny tose, fi nos anos 30, que a idaia de causa deve ser disoetada Jiridea de et Defender sem cual iedutivel a um sea de Jes rticando ao mesmo tempo os que praticim ess reucio € 0s fgocexcivem qualquer forma de expicaco. Um pouco depois, Geom ark von Writ preconiza um melo mito, baseado rma expl facto chamada de quase cuss” e considerada a mais apropriada & Tari eds acl humsanas em ger. As reacties casi, segunco cde tem ese ela com seu contexto coma aio nee desentlda. Inspiando-se em ttaballios de Elsabeth Anscombe, ele privilegt as telabes intinaecss entre as azics da ago ea acto em si Yon Wright pe eno o exo cas melon, puramente extemo, que se refere bos estados de sistem, « 0 neX0 lgleo, que se refere 8 intengdes © sine forma telokigica. O elo ene esses dois niveisheterogencos ‘Sse nas eariceriicss qe coniguram a narativa: “0 Ao conor, hineu ver, € 0 enrdo, como sincese do heterogne0" ‘hus Dano, por ss ver, dlscere as diversas emporaidades Intesor da nate histriea © questiona a luo de um passat como fetid fia em rela 3 qual 3 0 har Jo hisiorador seria vel isingue 2 contro, ts poscoestemporasnerentes nario.” (© dominio doxmunciado pica duns psig iflerentes adoaconte- ‘emonto descrto ea do aconteimento em rao do qual ele é desert. {Gabe ainds acrecenta o plane da enunciagio, que se sua em outa Posie tempor a do nattace. A conseqGéneiaepisemokigica de tal erencaciotemporaltem aparéncia de paradoxo da usalidade, pois lum acontecimento uletor pode rizr tora um acontcimento ante em stuaglo cus. Por outa lado, x demonsracao de Dano equ le 3 considera indsinias explcagio e descrico, endo a historia plano ey Ok One aay re 18 * tant ric ik bane Pk Ta phy fy Cone ame Uy Pe. 9 rest lm continuo, segundo expresso sua Alguns foram anda mais longe, ‘ono Haylen White" nt perspectva de consrucio de uns podtca ‘lt histori, pressiponde que o regia do hszorador ato €fandamen- talmente ference do dafeeao no que se refere i estutura arratva historia sera, portanto, em primero log, escrita, atifeto tern, Hayden White sit a trinsic ene nara eargumenagdo na no ‘Go de formacto de enredo ‘aul Ricoeur ests, porno, muito pci desas tees Als, ami as conquitas nos ata. Em primeio hugo, cles demonstra {que ‘conta expicar..O um pelo ote, que, segundo Aisstees, ‘etabelece a conexto liga cinta, endo o porto de panda obi Torio de ods discuss sobre a maragio histéaen"® Em segundo, 4 “dversfcagioe hienqulzago dex modelos explicavesosmaratisas ‘opuserama riqueza dos elementos explicatvas incest naratva. No fentant, apes deses dos progress na compreensio do que € um flscurs historicor, Pst Ricoeur na segue as teses mas ica dos hurtivists quando elas pestulam a indsingo ene his e Rego. Apesir de wa proximidade, subsste uma dviso epstemogica fur ‘dada no regime de veridckade pr6prio ao conrato do istorador em telagto ao passado, Nese aspect, cle compartihiaa peso de Roget Chanter quando ene frm CO hsurindor ema uno de rina concent apropi so, ena, dese “popusao de martes petsonogens mena rt gue contl wae, Abuadena ess pecs, ave ese {iar mas fundaors, seis deca cumple para tds as asin ‘pa todos os aio” Esa lembranga do contito de veriicdade, que une ohisorador seu cbjto dene Herédoro © Tucks, € de peimoedal import ara clcm se opdea todas as formas defalsieagto ede manipulagho {lo passado, Nao #contraditia com 0 fato de estar atento 3 isa ‘como esrit, como peitica dscursiva ‘nts ae eghecy e 8 ‘Ahistrio& prove do tempo. ‘Atencio os segaies de dscurso implica volar a essa zona de determinagto para captar 0 ado como sto fabricados os rime Tere 0 eatuta de eo, 0 carter ncomensurdvel ou no das ass asergoes daa como cenifcss Ricoeur io ada, ponan, Hewat desconsttutora de Michel Foucat ede Paul Veyne, que s¢ inspira em Nitasche epreconiza ua simples genealoga das interpreta J¢bes que abrans os fitoshitceos. Recusando a0 mesmo tempo a ten Jo posivisa ea tervaclo gencaldgic,Keeearlhesopoe ume anise relic hisrica que ele situa "sob 0 signo da ‘Yepresentnci’ para Giblinhar seu duplo esatuto de realidade elec: uma fungo vicia Ge lugatentnt" Poranto, eoeur nto se encera ram esurso f+ ssemsi tesa, A fimnult provocadora de Roland Bares seando ual “o fato sempre 6 tem exsténla lings”, ele opie © que lifea de “qundtero do elscurso" loco, que toma a pabvea nguli como accntecinents 0 itelocuts que remete 20 carer Tegco do discus o setido, que €o ta do iscurs;e refexéncia, que cemte2quilo de que se fala, ua exteriordade do discus. Qocontecimente e seu sentido Ente disolugio © exalagdo, © aeoateeimento, segundo Ricoeu, una aictanorfose erent as etontada ements, Recon lianco abordagen continuista¢ descontinulsa, ele propde disinguit giv; 2 onder reno do send em ima ailise, c-acorte> 10; 3 emengéncia do acontecimento suprasignificaiv, supers ieante™" © printeiro enprego eorresponde simplesmente a0 vo “dquo que aeomtzes”e provoca supres, ma nova reli “eo com oinstsido, Comesponde ais, orienta da escola met ics de Langlois eScignobos, de esabelecimerto exten das fontes. Em aud, o acontecimento & sto no interior de esquemasexplcativos lec pe em corvelagao crim reulridades, leis. Esse segundo mo- endl subsume asingularidade do acontecimento 20 registro eno gual ele seems, ponto de chegar as mes ds ne¢30 rarest Doese 4 aconecimento, Pode a econhecet a eventaeio da escola dos “Annales \ esse segundo esigio da andlse deve suceder 9 terceng ‘moment nerpecetivo, de tomada do acontecimento como emergn. a, may dessa vez sspersigifiead, O acontecimento €entlo pte in ‘egrante ce uma conse narratva const deere ada ‘(toma da Bastha) ou negativa (Auschwitz). 0 acontecimenta que ‘es de volta no €, portant, 0 mesmo que fo edz pelo semi explicit, nem aquele infa-significado que era exterior 20 disco, $Hlemesmo eagendea 0 sentido “Ese sala eomada do acontaconnty _upersgnificado 6 prosper nos limites dosent, no ponto ern que fete maloge por exceso e por fala: por exceso de arog e por fata de expec" (Os acontecmientos so dscernives spenas parr de seus vest ios, ciscursvas on no, Sm recur real histrico 3 si dimensto, Tingtistica, a Haag do acontecimento, sua crstalingio, cette 4 pattie de sua denaminacio. Eo que mesa, num perspectiva nto ‘essence, as pesquisa de Gerard Nose brea consti ident dade nacional. Ee consa.a propos da imigagio, que cents ene: ‘nos soca poem exis mesmo sem trem atingido vsti, Danie ‘0 Segundo lmperio hava jms de um mili deimigntes qu, segun do pesquiss de Le Pay, exam assimulados sem problema nas pices franoesas vem serem percebides como ts. Foi 6 nos anos de 1880 ‘quea palavaimigrante passoua dines realmente fsa tor snarse acontelmento ceo de conseqdéncias uteores. Constituis, pporanto una rela essencialsima entre guage eaconecineno, {que é hoje amplamene rad eproblematizida polis coments da tn0- metodloga, doimeractinisnoe,evidemtemente, pela abordager her ‘menfutics. Todas esse correntes contrem pars Lana as bases de ‘ua semtngicahistie, Esa toma em consderas0 ester de aie rompe com a8 concepts Frcs e cals, A consiigio do scontecimento depencle de sa ransformacio em enredo ste 4 me- diacao que garante2 materalzacio do senido a experiencia hun do tempo "nos rs ives ce: prefiuraca pica, confquracdo eps Winica e reconfiguragao hermenéutieat © ensedo desempesiia © Rat Foon eteth owaat gas ‘Arise 8 prow dotaneo. pel de operador, de crise de selagdes ene acontecmetos hetero Topeos. Subst a relagh causal da expicaga0 fait Bee pment da conscencs stv sua © acontecmento aumA “ensto interna entre das citegorias methistricas detects por seretleck, 4 Ue espago de expenencia ea de horizonte de expecta jeaus duas eatgorias permite uma tematizicio do tempo histrico fue deta ern expentncsconcreta, com deloamertos sige Figs como o da cisociagto progressive entre experiencia eexpectat- reem mundo mademo cident, O sentido do acontecimento, su Yo Kowlleck, €.porano, constitutive de uma estrus antropoléic Gis experiencia temporal ede forma simbollashistoriamente instr foidas Konlleck desenvolve, pois, “uma problems da indvidsac3o los acontecimentos que sit a identi destes sab os auspicos ea femponlizgio, da acto e di indidualidade dinmica". le vst, por fant, a um nivel mas profund queo da simples devcricio,atendo-se Se condigoes de possbliic do que tem criter de acontecinento. Sut Shordagem ten © mero de most crite qpercional dos concctos hhetcios, st capacidade esnmuante © 0 mesmo tempo estrada porsiuagdessingulres. sees cones, em tomo deexperénca © expec Java nio aio simples epfendnenos lingOstcos opostos 3 historia erdadira’ cles ém “uma felacio expetion com ingusgsm pa tid qual nivem sobre cad seo e acomtcimento em que agen * (Os conceios no so rede nena figura retrica aem const {vem simples instrumento de casaicaglo em catepotas. Eto anco- fabs no campo da experiéncia do ual sasceram pars subsuirumt Ihukiplicdade de signficacoes Serdpossvel afimar, eno, qe esses tonceitos conseucin satura sentido da hist até permit maf ‘toto ere his lingua? Assim como Paul Ricoeur, Koselleck ho chega até a- a0 cosriin, considera que ns procesos histricos io selimitama sus dimensio discus "A hstria no ote nunca Detfetamente como modo cont a linguagem a capa ea expenéncia 2 Tormul" Como pens Paul Ricoew;€ 0 campo pritco que const Tule enraizumenta an da atveade de temporaizaso. FER me cme i Fo eps ray se deslocamento da nogao de acontecimento pant de ses ves Bios seus herdcios provocou um verdadero retort dscipng histrca para si mesma, naguilo que se podria qualficar de citeul hermeneutico ou vida historiogatiea. Ese nove momento cov a seguiras metamorfoses do sent nas mutgdes e deszamentos ces. sivas eer histeen ent o proprio acontecimento ea pose pre. sente, © histortador inceroga-se ent sobre as diversis modes de fibricicio percepeto do acontzeiment a parti de i tam tex ‘ual, Hse movimento de revistagao do passado pel eer hisrica ‘scompanha a exumagto da meniéra nacional reforms © atual sommento memoratvo, Por melo da renovactohistviogesfieae memo: rata os histradoresassummem o table de despediese do pass tem sie dio sua contrbuigio pari 0 esorco reflexive ¢ inexpreaiva sual nas eins hua, (© presente em posicée de preeminéncia DDominado pol globalizacao das ifornacoes, em rime ci we sais acelerdo,o mundo contemporineo passa por uma “xtronlinea dilatcio da hsténa, por um suto de sentimento historico de fun do" Essa presenificacto teve como efeito uma experimentacio modems da historicidade. Hla implieava 4 redfinkgao da nocao de acontecinento como abordagen: a uma muliplicidide de possives, de siwagdes vinuais, potenclals, © no mais como algo consumado fm sts fixidez, O movimento apaderouse do tempo presente até rmodifiar a relago moderna com 0 pasado. leurs hires do seonecinenta f mio €redvel ao acontecimento eudado, sas € ‘sta em seu vestgo, stuado numa cadela de acontzetmentos. Todo scurso sobre um acomevimentoveleul, conta ira see de scone ‘imentos anteriores, ove confer: tod mpontincia iran dseusiva ‘que 0s liga, formando um ented. Como se pode calcula, a histia {do tempo presente mio enceta apenas. abertua de um pesiodo na¥0, em que 0 que est muito proximo se masts a olhar do historia ha também uma histo dierete, qe participa das evenscdes nows um paradigma buscado na rapa com 0 tempo tnkco € linear © ue puraliza os modos de saconaliade ON hixéria do tempo presente houve quem opusese angementos que comportvam ceno nimero de sculs insupesves Em pr aco tug Jesvantagem da prosimidade no permis Weraquizar {ie acondo com wa orem de importa rela » masst das fontes flaponivels. Segundo ess catia, no se pode dino que €histrco ee gue tem cater de epfendmeno. Em segunda, & censurada ate fino dew tempo tread de seu fu, O hstoriador nto cone: fe tdestinagio temporal dos Fates esudadon, dado que mt maior das era sentido 6 se vevel depois. A respeito, Paul Ricoeur, que ins= {Gove sua imervencio no ito da defesa da letimidade da hist to tempo presente cana a atenco para as dficldades de unta con Fura Inerida na perspoctiva da dstncia temporal curt Peecon ta dtinguir, no passido recent, por um lad, o tempo inacabado, 0 Avis emt curso, quando dele se fala em meio 2 correnteza ~"0 que ‘consi uns desvuntgem pra esa hstorogaa€a considrivel opr tunidade de fazer previses conjectures na compreensio ds histria fen curso™ ~¢, por onto, « tempo encerado, o da Segunda Guerra ‘Mundial, da desenlonizagi, do fi do communismo... e nese aspect Dano de 1589 oma-se uma dats nteressie de desfech que permite configura conjuntos intcigiveis depos de terminal certo ceo, A esas esvantagens stars aids Waa anos, que no permite o aces Imediato aos axquvos. E prso ainda acrescentar afta de dstancia- mento ero que especies 2 atkude historic, ‘Mas hina do tempo presente umm tems capaci deans formar vtios desses inconveninies em vankagens, como demonstea Robert Frank, sucessor de Francois Bédard nt dteo do insides Hats Trvauy Praiques (HTP) até 1995." 0 trabalho de investiga Sehreonacaba contribu pa “desfaaliara hiss, para rlatvzar fs caceias casas que consuiamn os pares de letra, © Prato feto co historia. histor do tempo presente €, ness apeto, ut ‘bom lahoratcro para romper o false cas Por outro lado inca {que seu mang apresente problemas mexodolGgcos sétos, tbat do hitorador tem a possblicade de passa pelo eve dos testemu. nos dos acontecinentos que ee anal, Ele dis de fntes ors {questo um tranfo certo, mesmo que esas eva se tata om pr dence e dissin eric, po 0 “uma fone sobre um tempo pasa do,e no, como numero ones exerts, contempories do acon: cimento" "Hse fneravidadle, que pide © historadar dante de uma pesquist de eampo, 3 mane do socilogo,coloc-o em boa pesto “para fazer uma histia objet da subjetviace”™ ssa isra do tempo presente ter contibuido pars Inverter a selagiohistia/meméea. A opesicio tadiional ene ua hina e- tie snd ao ido de eiclae uta mena dependente de ones Aunaerese em pate nassas es em vias de tne o. Engin ahisteia pede uma pute de sua cieniidade, a problematizago da ‘meme leva a ateibuir papel tin 3 abondagem dh no de mem: sia. As duasnogdes apeoximaranse, eo papel as fntes ors a sei do tempo presente pessibilta uma histéra da memes “Erigese & pecs mena em objeto histieo"” Esa versio tem valor he sic, pois permite comprcender mehr 0 carter ndeterminado chs possihlidades aberas par atores de um passado qe foi seu presente {Aisi do emo presente modifica, portato, elagdo.com 0 pass do, sua visto e seu est. © historlidor do teipo presente inscreve a ‘pero ltosoarifia ra draco. leno lta set abt a insane eve fazer prvalecer uma rae consciente de si mesma, oe smpee 2 ingenuidades frequentes diate da opera historia Insert ao tempa como descontinuidade,o presente &tbalhdo por aquele que deve histori com vm esforgo de apreensio de su peesenga conta uses, do mesmo modo cone Michel de Genta efnaa opeaco hisoriparticn” Fa daléica 6s df de elizat por ser preciso proceder 3 um destindamento volun no que = ere histéla do tempo presence, o que é mas natural undo se ata se tempo passade:"A questo dsuberse, pura ser hit, a hs do tempo presete mio presupbe um moviaenio semelhante de ques 2a smc, de cy doo pasado ns nerplar com a fxg Jem Molqve hd pouco fot prevent etic Mate qe ORO 4 Fee dbeamps presen anima por avogies mas tuna {bape dm sp aun 9 mascots £2 Pe Soe oe ma une popu to Guo 2 reas dene. Girls duc tars um fata una conde p-consr, Mi ou east daca contmporine ido tempo pre ee iecninse prance bis csc on Sorc en conacaw ds dead erp proc anor Ter ers venado comescenn egies una cp de ye lad enpor Gages vntade concider no con- Tr wnencindo, do desc eds cold, ith do como tiecopagen cua ett parade pet permite Pte donc clair bscanie odo um pas, um Jposone aes pouco ibe dese audam0"” [A reconfiguragéo do tempo pelo agir (6 aclaramento dos jogos de Lnguagem, tarefa que Witgenstein| auibuin a flsolia, permite que Ricocureucide erelatvize nog co- mum aos esque explicavos do historiador: 4 nogdo de casa. i= Cocuradere plement a frmula de Charles Taylor, seyundoa qual 0 hhomem € um “seftterprving animal" Esse desvio pelo Outro 20 trabalho interpretative de si mesmo € proprio do exo da tetera her- ‘enéutica de Paul Ricoeur, pe cere da ago, da pric: "Nosso con ‘eto do s-mesto sol muito eng vecido dess elago entre inerpreti- ‘co do texto da acto svosimerprese0" Fssa posigto lmpica fhesma diaingao epistemologica defendida poe Charles Teylor e Paul iooer “so sign ew procus de adequagio entre nosso eis de vie enossas decides abém vii, no € passive da especie Ge FSFE i tongs cn tsa: eB snp oe 2. 3 fame. nel ne ne ben a aa es 7 To agen 5 semcmte yobs ry S861 a velco que se pode esperar das eincits bases na observago™* A corel: exabelecida enue a intenclonaldade eas les nanativas ‘comums Charles Talore a Paul Ricoeur que dele extra kt sendy 4 qual sificar uma ago com inencionalé decir a que tipo delet ‘la deve st expicapo: “A condicha de sparecimemto de um avons mento ¢ ques realize um estide de costs tal que cle prchzto hin ‘emauesto, out que esse acontecmenta sia necesiro ule in A senuinica da agto deve eatdo estahelcero elo ente fom de let lnwerna 2 explicacto teleologica os tacos descrtvos da a2. Esse spect, proprio do cscurso histéic, foi amphimente anal poe Paul Ricocur no tome Ide Temps it. A intencionalade revelase aa linggsigem ca ago, ou se, onde “ao € dia nas narativas nas describes, nas expicactes nasi. Ges, Fass nodes de motivacio, de rizbes de agile objetivo ex sem, porto, uns passigem pela exualidade, pps dl abordager Jhenmenduccs. Convém evita dois eseohos ants elas ene a linguagem da 0 e a propria x¢0, Por um ldo, tends ati «quale de representa ngage da ago, postin assim uma independéncia das processos eas em relagio sa ivergioem dsc 0. sa posico taduz-s"poraquile que Rieoedrchama de prevcup ‘lo coma descrigao verdadea ou ainda pola clag de comrespondn ‘antes proposictese 0 edo rea do mundo” O segunda exci onsite em pret o fechamento da nguagem da aoe ses em eonsiderar que a esrutura imencional €ntiranente discerned denio da esrutura gramatical Mas hi una teria posite posse, ‘ve consist em reconhecer a funeao de estruturaco do campo pra co pea linguagem da 3620, A expletaco dscursiva permaneve eno aber pars plana de sua temporlidade eacara alguna eos qe fl impéro caroingo se ditase e soltese presses externas assite-se um retoma dos wales ideokigicos, O sister nity, nsalado nas ncn omens, pasa paso eto do corp scl es i neon Ovi jino ear per deer wer mas ode tara ps O pe ole mos deo, ow deve P= Pe aural ners, defender os res a = ES in Nan no mesmo tempo, anda onde Jeo soaitove ecm mfiplos condos eprint. Con lénla sPrekrteport er rnd tego, por pte do pode sie reverent plo lem, de ssl. A etela socal deste TERE S oper squles que portam ams aos ons. A esgmagio SESS que suponam o peso de ma sede mia passa Set sated um conser Wecoco que deve er encontao “Creve feual press de unset de legimao, de unk ales pre de representa da dsr do taba soca dt Mido acta pls aos, On € nestor emir de 025, Get encom em dois br, Ged de Cambri AasI0n de ‘eters expres de um ext final da ssid “Uns = fan gues combarem,cuton taba” (Oratres,Belatores Tubraone, Na ase poster polio, 0x legos ae (accu equi soc Air terri presen oo ‘Sncsponentstemenre a ngdes eee, Dy mest exe Cihente qc oxe ce nagininpenniteusicare menopio do poder ceondmio plc pupa nora pega © Teta noma enrtura pute odoin subjacent que pode htarc stone, O equema ifnonal gare nao 6 cumple ds dn pcos oder, mas tin a prima do eo sine th eon, tha encuala par cupar oa Ya, 0 pode m= ‘gue Endo ec fue cone plas de gos sem f= perc at alo seul num pod de nc, pos Aepoisaserhores ecavaieos com of de pnts de ie helene a ws onde const ca soi frances ame du acento da ngs una Trasenanngio destsoniens psstendo do ieoco oscil perumfoto debe donde o eu poser care qando Fie, 0 flo no ntiodoscalbXconvocs prs eno doses ea onl eke rnsforma-se en odes socotssona Cle, n0- Sera tseho estado dao que subsite 179, Com ese meso tactics deuncaraura sinks, Geonss Duy mst 0 mes ‘tempo que nao se pode pensar uma socedade apart da simples mice nica do reflexo © que uma estuturasimbolien deve ser esta em seu proceso de hieoriciagto, ‘Quando vota a ser stuada na confiualidide em que emery, ‘cara io correspond neste case a uima ara contr a hist a5 Contr, & objeto de uma reconclagto passive ent as his ati ‘des apresetadas no niin como antagénks, Aoarte na histério Georges Duby também se deca ao exo ds fener anes tagdes anfnicis da Idade Bld em suas clversis forts pcticas € arguitetnicas.Também aa consderaciodessa nova dimensso, ett a, no eit de mane desconexa de seu suporte sociale cull Em se longo esudo sabre a passagem da are roma 3 ane sic, Letemps des cathédrates\0 tempo das catedras (1966-1967), Geonges Duby peteebe a evalugio das formas como signo, vestigios de um ‘mundo em mutacdo.A arte medieval no € vista como um esi, vm absolut ical, mis, a0 contro, 0 historiador busca aw ogem espa a, ra geocultural sobre qual ela ganhow compo, seus patrocinado- ses, sua frei. Desse modo, Duby detcta una taeda que vat do sagas, da Semficage entre univers celeste terreno, one poco qu ‘ohomem emenge na singular de seu corpeece st percnaliade, [No culo I, 0 nascimento da ane rominica € expresso de esunas socassnovas O podereo sberestio nas mos da elero, que expeine a ‘iso de um mundo peret,reproducio da pereicio divin, O espa rmonisticoexprime da melhor manciza possvel esa orden de Deus, fecada as desordons das guests. Com sta esnaura quad, olaus two simbolia os quato pontas cardeais Fm seu islamentn esse mind paras, lugar de passage para dvino, tomas va de aces pei legiada para a salva eterna, arte €entio um dscare sobre Deus lum melo de tora visvel 2 esruturaharménics do mondo divin. Repostéei espetual do mundo agricola, most dever cece terreno dante da ascensao do mundo urbano, em pleno dinamismo sdaquele véclo Sil, duran © qual © poder real vai pesdendo 208 a foncode peer senor. cnatvidade antics desloca-se ao para ocento das cidadese tansforma-se cidicalmente, A cate- substi’ o mostir come lugar essencal de culto, A arquetura Maree urbana cated ethno coro da cidade, onde se concen ‘oe iis, Transformada em lugar de abenura, ela € a encarnagao Toon demonsraga Lig df, € nto mals de simples teveaco, Jano cena da cidade, as aveadescomercaisensejardo outa cul | puta temporaidude, pono a laiczi¢ao, uma nova argue, ssa ve profina,con‘a palicsocomunal aetgi-se como encarnasio Alas novasautoridades. Com a toca de patrocinadores, também mi- thomas fontes de iapircio do ass. este, ness abordager isS- fie, € endo a expressio priilegada da sensibldade de uma época Gp gual alo € dasocivel, Ela permite que Duby se aproxine alla pais do ponto para c al end a sua obra reconstuigao global do tniverso medieval Do masculo medievo @ histéria das mulheres autor nto pra, poranta, de abe novos campos de estudo, sem nada rene do passedo,O skims campo de esudo diz espeto se fagbes ente homens ¢ muleres, Em 198), ee ji hava dedicado uma ‘obra a eisameno na Franca feudal: cheval, fa femme et leprtre TO cavalbeiro, a mulher eo pera. Também a ele revels dss visbes ‘oninuosas do bom casamentoa visio dos crigos ea visto dos se- lores, que acabam por reconciiaese com o fortalecitento das b= ‘do por mortzquico, © casamento € visto por Duby camo 0 pon- {ade jing privileadoente ox aspects mater eexpirtual. © compo Eo piv de esrtéyias implaciveis de poder que chegam a » excor ‘uso, incuindo a de um dos ris dans, Pipe |, pr adult Digan e Incesto, anes qe 0 casimento passe a fazer pane dos “te sacramentos ds Ire Duby digis o volume da Histoire de a te price itil dana ‘rival | 1985) deco 3 Idade Média, nessi mesma perspectva de “Telicionamenio da esters peta com a pbc de suas inteagoes. “esse plana, obsers-x uma nova contebuigto da antropalogia que Teva o historiador& interogarse sobre as relagdes de parentesco, 2 mort, 0 sex0¢ 0 corpo, conchizindo-o, porta, a mows pists stim Tantes © pions. Na Kiglea dese nove campo de estude suse 4 ‘pableagto de ums hisria cas mulheres, Histon des femmes (1991), ‘que ele aca de dinir coma historicora Michelle Dero, Como se pode verar do luneriia de Georges Duby, histéca| slob a enriquece cada vez mais com novos aspects sen que sje ‘ossivel encontrar injungdes que a delimitem, Seu hoxizone inde ido, oque fundamenta a sua iqueza eau carter sempre mal peo isso. caracersiea da hitéria global € incomplete mo ent,

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