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OMT xe] » SISTEMA COC DE ENSINO Diregao-Geral: Sandro Bonds Direc Pedagégica: Zelci C. de Oliveira Diregdo Editorial: Roger Trimer Geréncia Pedagégica: Juliano de Melo Costa Ger€ncia Editorial: Osvaldo Govone Ger€ncia de Relacionamento: Giovanna Tofano Ouvidoria: Regina Gimenes Conselho Editorial: Juliano de Melo Costa, Osvaldo Govone, Sandro Bonds e Zelci C. de Oliveira PRODUGAO EDITORIAL ‘Autoria: Luiz Eduardo G. Dias Editoria: Ciro Nakashima, Fabio M. Agostinho e Mauricio T. Hayashi Assisténcia Editorial: Luzia H. F. F. Lopez Assisténcia Administrativa: George R. Baldim Projeto grafico e direcdo de arte: Matheus C. Sisdeli Preparacdo de originais: Marisa A. dos Santos e Silva e Sebastiao S. Rodrigues Neto Iconografia e licenciamento de texto: Cristian N. Zaramella, Marcela Pelizaro e Paula de Oliveira Quirino. Diagramaco: BFS bureau digital ustrag3o: BFS bureau digital Revisio: Flavia P. Peetz, Flavio R. Santos, José S. Lara, Leda G. de Almeida, Maria Cecilia R. D. B. Ribeiro, Fabiana C. Oliveira e Paula G. de 8. Rodrigues. Capa: Pedro Gentile Fechamento: Edgar M. de Oliveira [ SISTEMA DE ENSINO | aE via Posen Keno, 225 ~ Te (18 32386500 CEP 14065210 Legh ibd Peto SP wotensse conde ario Z Sum CAPITULO 01 * SOLUGOES Introdug3o Solubilidade Tipos de solugdes Concentracio das solucdes luigdo de solucées Mistura de solugées de mesmo soluto Mistura de solugées com reagao quimica 8. Titulagao Naveen CAPITULO 02 ¢ TERMOQUIMICA Entalpia (H) Processos exotérmicos Processos endotérmicos Fatores que alteram o AH Calores de reagdo Energia de ligacdo Lei de Hess CAPITULO 03 ¢ OXIRREDUGAO Introducao Conceito de oxidacao e reduco Numero de oxida¢ao (Nox) Conceito de oxirreducdo associado ao Nox ‘Agente oxidante (oxidante) e agente redutor (redutor) Balanceamento por oxirreducio NoeRene gor ene CAPITULO 04 + PILHAS Introdugao Eletrodo Condigdes para conducdo da corrente elétrica Pitha de Daniell Medindo a ddp de uma pilha Eletrélise oo een CAPITULO 05 * PRESSAO MAXIMA DE VAPOR 1. Definicaio 2. Fatores que influenciam 3. Diagrama de fases da dgua ev vs 10 12 13 13 14 17 17 17 18 19 2 23 24 26 26 26 27 30 30 30 32 32 32 32 33 35 40 a4 44 45 CAPITULO 06 * PROPRIEDADES COLIGATIVAS . Classificagdo de uma solugao quanto a natureza do soluto . Solugdes iénicas Tonoscopia . Ebulioscopia . Crioscopia Osmose |. Pressdo osmotica (osmoscopia) . Leis de Van't Hoff para a osmose Sans ene CAPITULO 07 + QUIMICA DESCRITIVA 1. Constituigao da Terra 2. Substancias simples e compostas importantes EXERCICIOS PROPOSTOS Capitulo 01 Capitulo 02 Capitulo 03 Capitulo 04 Capitulo 05, Capitulo 06 Capitulo 07 GABARITO 47 47 47 49 49 50 50 50 52 52 54 63 101 131 140 172 178 192 197 (xe) a] Solugées, termoquimica e eletroquimica 1. Introdugdo Quando uma substancia é colocada gradativa- mente em um liquido, em temperatura cons- tante e agitacdo continua, percebe-se que essa substncia vai se disseminando (espalhando) por toda a extensdo do liquido até desapare- cer por completo, resultando em uma imagem Unica do sistema. Classifica-se esse resultado visual como a formaco de uma solugao. Solugdes so misturas de duas ou mais subs- tancias em que o resultado é homogéneo. Por exemplo, ao adicionarmos 20 gramas de glicose, um composto molecular sdlido, em 100 gramas de gua, as particulas do agiicar vao se ibuindo ao longo da extensao do volume da gua até desaparecem por completo. Diz-se, ento, que o agiicar se dissolveu na dgua. 208 KNO,,, itagdo aise 20g xno, dissolvidos: 100 H,0 (20°C), Em geral, considera-se a substancia que se apresenta em maior quantidade como sendo osolvente, a que assume o papel de ambiente de disseminaco. As demais, que fazem par- te da mistura, séo consideradas solutos (so aquelas que sao disseminadas). Nas solugdes aquosas em geral, considera-se a gua como solvente. Para que uma substncia consiga se espalhar de forma homogénea em um meio solvente, é necessdrio que ela tenha essa capacidade. A capacidade que uma substancia tem de se dis- solver por toda a extensao do volume de outra determinada substancia da-se 0 nome de so- lubilidade. A solubilidade é uma caracteristica qualitativa que depende do fato de a estrutura da molécula ser polar ou apolar. Quimica CAPITULO 01 + SOLUGOES au A. Coeficiente de solubilidade (Cs) O coeficiente de solubilidade indica a quantida- de de uma substancia necesséria para saturar uma quantidade de solvente (em geral, 100 g, 1,000 g ou 1 L) em determinadas condigdes de pressiio e temperatura. Exemplo C= 13,3 g KNO3/100 g H.0 a 0°C, quer dizer que, numa temperatura de 0 °C, para cada 100 gramas de agua, o maximo de KNO; que consegue se solubilizar é 13,3 g. Como 0 co- eficiente de solubilidade é uma caracteristica quantitativa e dependente da temperatura, entdo a variagdo de temperatura faz com que a quantidade de particulas dissolvidas seja di- ferente. B. Tipos de solubilizacdo Dizer que 0 coeficiente de solubilidade de- pende da temperatura ndo significa dizer que serao sempre fatores diretamente proporcio- nais, ou seja, existem substancias que, com a elevacao da temperatura do sistema, tem sua capacidade maxima de solubilizacao diminui- da. Com isso, so possiveis dois tipos de solu- bilizacdo em funcao da temperatura B.1, Solubilizacao endotérmica © aumento da temperatura aumenta o coefi- ciente de solubilidade, fazendo com que uma maior quantidade de soluto seja capaz de ser solubilizada em uma mesma massa de sol- vente. Sabe-se que a maioria das substancias aumenta sua solubilidade com o aumento da temperatura. E 0 caso, por exemplo, da solubilizacao da sa- carose (C;,H,20;:) em gua. Enquanto a 0 °C so possiveis de serem dissolvidos em 100 gramas de dgua uma massa de 180 gramas do acticar, a 50°C, essa massa sobe para 260 gra- mas, na mesma massa de agua. Dessa maneira, conclui-se que, numa solubi- lizagao endotérmica, 0 coeficiente de solubi- lidade aumenta com o aumento da tempera- tura, Quimica B.2. Solubilizaco exotérmica Por outro lado, quando um coeficiente de so- lubilidade 6 promovido pela diminuigao da temperatura, fazendo com que uma maior quantidade de soluto seja capaz de ser solu- bilizada em uma mesma massa de solvente num ambiente mais frio, temos ai uma solubi- lizagdo exotérmica. Sabe-se que, além dos ga- ses, apenas uma pequena parcela das outras substancias aumenta sua solubilidade com a diminuigdo da temperatura Pode-se citar a solubilizago do sulfato de cé- sio (Ce,(SQ,);) em agua. Enquanto a 0 °C sdo possiveis de serem solubilizados em 100 gra- mas de dgua uma massa de cerca de 20 gra- mas de sal, a 50 °C, essa massa diminui para bem menos da metade em gramas, na mesma massa de gua. Dessa maneira, conclui-se que, numa solubili- 2aco exotérmica, 0 coeficiente de solubilida- de diminui com o aumento da temperatura B.3. Solubilizagao de gases em liquidos Normalmente, os gases so pouco soluiveis em solventes liquidos polares, principalmente a agua Com isso, fatores externos podem alterar conside- ravelmente sua capacidade de solubilizacdo. Como foi visto, todo aumento de temperatu- ra diminui a solubilidade do gs no liquido. Assim, por exemplo, para eliminar gases dis- solvidos na agua, é feito um aquecimento por certo periodo de tempo. Essa caracteristica ¢ © grande receio dos centros de pesquisa que estudam os fatores e as causas do aquecimen- to global, pois a elevacao da temperatura mé- dia do planeta diminui a quantidade de gases dissolvidos nos oceanos (principalmente 0 O;), podendo provocar a morte de milhares de pei- xes e interferir na cadeia alimentar do planeta como um todo. Outro fator importante na solubilizagaio dos gases em liquidos é a pressao. Assim, quando no ha reagdo quimica entre o gas a ser dissol- vido e 0 liquido solvente, a pressao incidente no sistema tem relacao com a solubilidade do gas estabelecida pela lei de Henry. “Em temperatura constante, a solubilidade de um gés num liquido é diretamente proporcio- nal a pressao”, Solucées, termoquimica e eletroquimica Para ilustrar, pode-se citar o exemplo dos refri- gerantes, que apresentam grande quantidade de CO; dissolvido sob pressao. Quando o reci- piente ¢ aberto, a pressio do sistema diminui, fazendo com que 0 coeficiente de solubilidade caia instantaneamente, promovendo escape a0 excesso de gis dissolvido C. Curvas de solubilidade Sdo representacées graficas (diagramas) que mostram a variac3o do coeficiente de solubi- lidade de cada substancia em fungao da varia- ao da temperatura. edesoluto 45 “100 8H,0 Glicose As curvas ascendentes revelam as solubiliza- es endotérmicas, enquanto as descenden- tes revelam solubilizacées exotérmicas. 0 grafico abaixo representa a solubilidade de varias substncias em fungo da temperatura. 4 300 Agiicar 260 (C,H,,0,) 260 ez) 8 3 ‘Atanina: c2,(50,), °9 40 20 30 40 50 60 70 80 90106 TEC) Solugées, termoquimica e eletroquimica 3, Tipos de solucées Dependem da relacdo entre a quantidade de soluto dissolvido em uma determinada quanti- dade de solvente (4gua) numa dada tempera- tura e 0 respectivo coeficiente de solubilidade dessa substancia na mesma temperatura. Ob- serve a curva de solubilidade do KNO, em H,0, em fungao da temperatura: lade 2 3 g S 3 g 3 8 20 40 60 80 100 ‘Temperatura (°C) A. Solucao insaturada (nao saturada) Ocorre quando o valor da massa de soluto dis- solvida em agua é menor que o valor do coefi- ciente de solubilidade em uma determinada temperatura (ponto 1 do grafico). Dessa manei- ra, se considerarmos uma temperatura de 40 °C, 2 adigao de 20 gramas de nitrato de potassio em 100 gramas de dgua seria um valor de massa inferior ao seu respectivo coeficiente de solubili- dade, na mesma temperatura. Isso significa que, se quisermos colocar um pouco mais de sal (até, obviamente, um limite de 60 gramas ao todo), 0 sistema continuaria homogéneo, pois nao have- ria a formacdo de precipitado (excesso). Esquematicamente, pode-se assim descrever um sistema monofasico (todos os 20 gramas de KNO, esto dissolvidos): 208 KNO, dissolvidos 100 g H,0 (20°C) Solugdo insaturada Quimica B, Solugdo saturada Ocorre quando o valor da massa de soluto dis- solvida em 4gua é exatamente igual ao valor do coeficiente de solubilidade em uma de- terminada temperatura (ponto 2 do grafico) Dessa maneira, a 40 °C, a adigao de 60 gramas de sal KNO, seria um valor de massa limite para uma solubilizacgo total, igualando-se ao seu respectivo coeficiente de solubilidade, na mesma temperatura. Isso significa que n3o 6 possivel colocar um pouco mais de sal e 0 sistema continuar homogéneo, pois haveria a formacao de precipitado (excesso). Esquematicamente, po- de-se assim descrever uma solugdo saturada (todos os 60 gramas de KNO esto dissolvidos). 60 gKNO, dissolvidos 100 g H,0 (20°C) Solugio saturada C. Solugdo supersaturada Ovalor da massa dissolvida em agua é maior que o valor do coeficiente de solubilidade na mesma ‘temperatura, por exemplo, a dissolucao de 100 gramas de KNO; em 100 gramas de agua, con- siderando uma temperatura de 40 °C (ponto 3). Nesse caso, o sistema ainda seré homogéneo, pois, se houver corpo de fundo, serd classificado como solucdo saturada com corpo de fundo (cor- po de cho). Aqui, como a quantidade de soluto dissolvida (100 gramas) é maior que o limite mé- ximo permitido (60 gramas), nessa mesma tem- peratura, o sistema assume um configuracdo de grande instabilidade e qualquer perturbacdo no meio ird fazer com que o excesso (40 gramas) de soluto precipite. Esquematicamente, pode-se assim descre- ver uma solucdo su- persaturada (todos os 100g de KNO, esto i 100g KNO, dissolvidos) dissolvidos 100 g H,0 (20°C) Solucdo supersaturada Quimica 4. Concentracao das solugées Uma solucao é preparada dissolvendo-se uma quantidade de soluto em uma dada quantida- de de solvente, sem que se ultrapasse o ponto de saturacao da solucao. Como so possiveis infinitas maneiras de se preparar uma mesma solucdo, convencionou- -se determinar a concentragdo dessa solugdo para servir de referéncia, ou seja, a partir do momento que se conhece a concentragdo de uma soluco, nao se sabe, necessariamente, a quantidade absoluta de soluto ou de solvente presente no sistema, porém, como a concen- traco revela um valor de soluto dissolvido em um padrdo volumétrico de soluggo, pode-se estimar as quantidades reais. Assim, quando se Ié que uma solugao apresenta uma concen- tracao de soluto igual a 20 g/L, quer se dizer que para cada 1 litro dessa solucio existem 20 gramas do referido soluto. Se, por acaso, 0 vo- lume for de 2 litros, a massa de soluto presen- te serd de 40 gramas, j4 que, no conceito de concentragdo, os componentes apresentam- -se numa relacao de proporgdo direta Existem varias maneiras de expressar a quan- tidade de soluto em relacdo 8 quantidade de solvente (ou quantidade de solucao), existindo, ento, varios tipos de concentracdo de solucao. Para indicar se a quantidade é de soluto ou de solvente, usaremos a seguinte convencSo: indice 1 = informagao relativa ao soluto Por exemplo: m, indice 2 = informagao relativa ao solvente Por exemplo: n, solvente Sem indie massa do soluto ntimero de mols de informagao relativa a solugo Por exemplo: V = volume da solugo Veremos, a seguir, as expressées mais usadas de concentragdo das solucGes. A. Concentrac&o comum ou concentragao em g/L (C) Indica a relacao entre a massa de soluto (em gramas) e o volume da solugao (em litros). mM 10 Solugées, termoquimica e eletroquimica m; = massa do soluto em gramas V= volume da soluggo em litros Unidade: gramas por litro (g/L) Interpretando Um frasco contém um solugio de HC/ cuja concentrago é 30 g/L de HCI jg) Soluto = HCE Solvente = H,0 Em cada 1,0 L da solugao contida no frasco, ha 30g de HC/ ou, em cada 0,5 L da solucado con- tida no frasco, ha 15 g de HCY. B. Densidade de uma solucao (d) Indica a relagdo entre a massa da solucdo e o seu volume. m dam v m = massa da solugdo em gramas volume da solugdo em mL ou L d=g/mloud=g/L Interpretago ww Solut H,SO, Solvente = H,0 Solugées, termoquimica e eletroquimica Cada 1,0 cm? de solugdo possui uma massa iguala12¢. Cada 10 cm? da solucdo possui uma massa iguala 12g. Cada 100 cm? da solugéo possui uma massa igual a 120g. Cada 1.000 cm? (1 L) da solucdo possui uma massa igual a 1.200 g (1,2 kg). C. Titulo em massa (Tm) Indica a relagao entre a massa do soluto e a massa da solugo. m, = massa do soluto em gramas m= m, + m; = massa da solugdo em gramas O titulo (Cm) nao tem unidade. © titulo (7m) pode ser expresso em porcen- tagem e, nesse caso, é chamado de porcenta- gem em massa do soluto (7%). T%= Tm - 100 Interpretaco (1) = NaOH (2)=H,0 Em cada 100 g de solucao contida no frasco, existem 20 g de NaOH e 80 g de agua. ‘Ao evaporar-se a agua presente em 200 g des- ta solucdo, restardo 40 g de NaOH no frasco. D. Titulo em volume (Tv) Indica a relagao entre o volume do soluto e 0 volume da solugao. M coy Quimica Vi; = volume do soluto V=volume da solucao ‘Cv nao tem unidade. ‘Cv pode ser expresso em porcentagem e, nes- se caso, é chamado porcentagem em volume de soluto (7%). T%=T-100 Interpretacdo (2) égua (2) alcool Em cada 100 L da solugao contida no frasco, existem 96 L de dlcool e 4 L de agua E. Concentrago em mol/L ou concentra¢ao molar Relaciona a quantidade em mols do soluto presente em cada 1,0 L de solucao. 1; = quantidade em mols do soluto V= volume da solugao em litros Unidade: mol/L Interpretacio Mv Em cada 1,0 L da solucdo contida no balao, existem 2,0 mol de HNO3. Em cada 2,0 L da solucao contida no balio, existem 4,0 mol de HNO, Em cada 0,5 L da solugao contida no balao, existe 1,0 mol de HNO, n Quimica F. Concentracao molar para solucées idnicas Monta-se a equacdo da dissociaco do eletré- lito (soluto) e, em seguida, verifica-se a quanti- dade em mols do cation e do anion produzidos para cada mol do soluto. Assim, teremos uma relacdo em mol/L entre o soluto e 0s ions pro- duzidos. Observe os exemplos a seguir. NaCl > Najagy + CE(oa) mol/L 1mol/L_1mol/t CACC rjoq) > Caley +2 Cla) Amol/L 1mol/L_ 2mo//L Al, (SOq )3jaqy > 2 Alisa) + 3 SOZiaqh 1molf/L. 2mol/L 3mol/L G. Relagdes entre as expressdes de concentra¢do * Concentragio comum e titulo my Vm Ve “© ou C=1.000-d:G L L e/l d> m Vv g/mL * Concentracao comum e concentracao molar CoV mM om Tm vn oe v My =c= MM, Unindo as expressdes, temos: C=d-T=™-M, H. Partes por milhdo (ppm) Indica quantas partes do soluto existem em um milhao de partes do sistema. Por exemplo, no ar, a quantidade de CO, esta em torno de 350 ppm. Significa que hd 350 g de C em cada mi- Ih3o de gramas (cada quilograma) de ar. Assim, 350 ppm podem também significar 350 gramas de CO,/kg de ar. Para solugdes aquosas diluidas, Solugées, termoquimica e eletroquimica © ppm exprime a relacdo massa do soluto, em gramas, presente em 1.000 L de solucao. Por exemplo, uma solugo aquosa contendo 0,08 ppm de fons Pb’* indica que existem 0,08 g de ions Pb** em 1.000 L de dgua (para solucées muito diluidas, considerar o volume do solven- te igual ao volume da solucao). 5. Diluicdo de solugdes Diluir uma solugdo consiste em adicionar uma quantidade de solvente puro, que provoca modificago no volume, mudando, com isso, a proporcao soluto/solvente e alterando, por- tanto, a concentraggo da solugdo (diminui). Consideremos o seguinte sister: +H,0 => a i vy Ve M, Ms Como apenas o solvente foi adicionado, a quantidade absoluta de soluto nao foi altera- da, portanto: m,=m',0u C.V=ClV' Utilizando o titulo, obtém-se: Tm . T-m=T"-m m =—t=m'=T'm m izando a concentragiio molar: CaMan-tv \ v Tean=e vl Observacéo Concentrar uma soluco significa aumentar a concentracao pela retirada de solvente. O solvente é retirado por meio de evaporacdo desde que o soluto ndo seja volatil. As formu- las utilizadas so as mesmas apresentadas an- Solugées, termoquimica e eletroquimica teriormente; apenas, ao invés de aumentar 0 volume final, ele deve diminuir. Vi=V-Vy 6. Mistura de solugées de mesmo soluto Consideremos o esquema abaixo: ® => 7 sy CG c, “ Para a primeira solucao: ny Como misturamos solugdes de mesmo soluto, podemos escrever: ou C-V= Hoyach ye Utilizando 0 titulo, 0 raciocinio € 0 mesmo, portanto: T-m=T'-m'+T" E, finalmente, a concentragao molar: M-V=M Vie Mv" Nao esquecendo que VeVv m=m'\+m"y m +V"e m=m'+m" 7. Mistura de solugées com reagao quimica Neste caso, os exercicios so resolvidos como na estequiometria, ou seja: a. montar a equaco quimica; b, balancear a equacao quimica; c. determinar a quantidade em mols de cada reagente; d. fazer a proporcdo em mols. Quimica Exemplo Misturam-se, para reagir, 1,0 L de solucao, 2,0 mol/L de NaOH e 0,5 L de solucado 4,0 mol/L de HCE. a. Asolucdo final, apés a mistura, serd aci- da, basica ou neutra? b. Calcule a concentraco molar da solu- so final em relagdo ao sal formado. Esquematicamente, temos: see Vj=15L Ty, n, 40 vomelt ,0 mol/L Resolugdo 12 passo: montar a equaco envolvida na mis- tura, balanceé-la e relacionar os coeficientes com quantidades em mols de reagentes e pro- dutos. NaQHiaq) + HCljaq) 9 NACEaq) + H2O\n 1 mol —1mol —1mol—1mol 22 passo: determinar a quantidade em mols de cada soluto nas solugées a serem misturadas. 1,0L M, =2,0 mol/L t ' My Va P= Mae” Vic = 2,0 mol Nye = 2,0 mol 32 passo: verificar se a quantidade de cada rea- gente (em mols) est na proporgao indicada pela equacao do problema. Como as quantidades do NaOH e do HCf esto na proporcdo correta, todo dcido e toda base irdo reagir (no haverd excesso), produzindo 2 mol de NaC¢, que esta- ro dissolvidos em 1,5 L de solucao (volume da solugio final). 1B Quimica Solugées, termoquimica e eletroquimica NaOH jag) + HCE aq) —> NACE jag) + H2O fry Respostas 1mol —1mol—1mol—1mol a. A solugo final ser neutra. Bo na 2,0 mol esta proporcao nao pode ser alterada) b. Ma= Me = M2021 aM 2mol— 2mol — xmol x 8. Titulacdo Consiste em determinar a concentracao de uma solucdo, pela reagao com outra solucao de con- centragdo conhecida. Podemos dizer que a titulacdo ¢ a principal operacao da chamada andlise volumétrica ou volumetria realizada em laboratdrio, onde a soludo-padrao (concentragao co- nhecida) contida em uma bureta é misturada gota a gota na solucdo-problema (concentragao desconhecida) existente em um erlenmeyer. A solucdo-problema deve apresentar algumas gotas de indicador para determinar o final da titulagdo, em virtude da mudanca de cor que ocorre nela. Suporte / universal Bureta © ponto final da titulagdo é conhecido como —_que a solucdo possui concentracao molar des- ponto de viragem. Como a titulagdo consiste _conhecida) e transferimos para um frasco er- em uma reagdo entre 0 soluto da solucéo- _lenmeyer. -padrdo e 0 soluto do problema, os problemas devem ser resolvidos por estequiometria. Exemplo I = No frasco erlenmeyer, contendo a solucgo basica, adicionaram-se algumas gotas de fe- nolftaleina, um indicador que, na presenca de base, adquire coloracdo avermelhada. Com auxilio de uma bureta (figura a seguir), adi- cionamos cautelosamente & solugao contida no Retiramos, com auxilio de uma pipeta, 50 mL erlenmeyer uma solug3o de HC¢).. 2,0 M. da solugio contida no frasco acima (observe eoe “ Solugées, termoquimica e eletroquimica Assim, no erlenmeyer haverd a seguinte rea- Go, representada pela equacao: HCE aq) + KOH aq) > KCL aqj + H20e, 1mol—1 mol Pela equaco, observaremos que a neutra- lizagdo entre o dcido e a base sera completa quando o numero de mols de Hj, do 4cido for igual ao ntimero de mols de OHgq) da base. Esse fato é verificado exatamente no momento em que a coloracao vermelha, devido ao meio basico, muda para incolor. Neste momento, 0 numero de mols H;..), provenientes do Acido, neutralizam totalmente o nimero de mols EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM Devido ao seu alto teor de sais, a 4gua do mar € imprépria para o consumo humano e para a maioria dos usos da agua doce. No entanto, para a industria, a gua do mar é de grande in- teresse, uma vez que os sais presentes podem servir de matérias-primas importantes para diversos processos. Nesse contexto, devido sua simplicidade e ao seu baixo potencial de impacto ambiental, o método da precipitagao fracionada tem sido utilizado para a obtencao dos sais presentes na agua do mar. Tabela 1: solubilidade em agua de alguns com- postos presentes na gua do mar a 25 °C IS Quimica do OHjq, provenientes da base. Anotamos 0 volume de dcido gasto (25 ml) e calculamos quantos mols do dcido foram utilizados para reagir completamente com a base. Mac Mae n, lac \Vejamos agora como se calcula a concentracéo molar do KOH js) KOHioq + HCE oq) > KCE oq) + Hn, 1mol— 1mol + + x — 0,05mol (quantidade de dcido consumido) x = quantidade em mols de OH” presente no erlenmeyer. x= 0,05 mol Assim, para calcular a concentragdo molar da base: 0 0,05 mol TM, ay ee a Mh SosL Ms=1L,0L 2a Brometodesédio NaBr_——1,20- 10° Carbonato de calcio CaCO, «1,30 10 Cloreto de sédio Nach 3,60 10 Cloreto de magnésio MgCf, —_—5,41- 10 Sulfato de magnésio MgSO, 3,60- 10” Sulfatode célcio CaSO, «6,80 10 PILOMBO, L. R. M.; MARCONDES, M.E. R.; GEPEC. Grupo de pesquisa em Educagio Quimica Quimica e sobrevivéncia: hidrosfera fonte de ‘materials. S80 Paulo: EDUSP, 2005. Adaptado. Quimica Suponha que uma industria objetiva separar determinados sais de uma amostra de dgua do mar a 25 °C, por meio da precipitago fra- cionada. Se essa amostra contiver somente os sais destacados na tabela, a seguinte ordem de precipitacao seré verificada: a. Carbonato de calcio, sulfato de calcio, cloreto de sédio e sulfato de magnésio, cloreto de magnésio e, por ultimo, bro- meto de sédio. b. Brometo de sédio, cloreto de magné- sio, cloreto de sédio e sulfato de mag- nésio, sulfato de calcio e, por ultimo, carbonato de calcio. ¢. Cloreto de magnésio, sulfato de mag- nésio e cloreto de sédio, sulfato de cal- cio, carbonato de calcio e, por Ultimo, brometo de sédio. 16 Solugées, termoquimica e eletroquimica d. Brometo de sddio, carbonato de calcio, sulfato de calcio, cloreto de sédio e sul- fato de magnésio e, por Ultimo, cloreto de magnésio. @. Cloreto de sédio, sulfato de magnésio, carbonato de calcio, sulfato de calcio, cloreto de magnésio e, por Ultimo, bro- meto de sédio. Resolucao De acordo com os valores de solubilidade for- necidos na tabela: 1,20 - 10° (NaBr) > 5,41 - 10? (MgCé,) > 3,60- 10° (NaC/ e MgSO,) > 6,80 10 (CaSO,) > 1,30 - 107 (CaCO). Os sais com menor solu- bilidade precipitardo antes, ou seja, carbonato de calcio, sulfato de calcio, cloreto de sddio e sulfato de magnésio, cloreto de magnésio e, por ultimo, brometo de sédio. Resposta A Solugées, termoquimica e eletroquimica Desde a Pré-Histéria, quando o homem perce- beu a importdncia do fogo como essencial para sua sobrevivéncia, traduzido na forma de luz e calor, a relacdo humanidade-energia tornou- -se permanente. Assim, com o passar dos anos, a sociedade foi desenvolvida baseando suas atividades em processos que utilizavam © envolvimento energético, seja na recicla- gem de polimeros, na queima de combusti- veis, seja nos simples processos de cozimento dos alimentos e de fervura da dgua para fazer café. Uma das consequéncias do progresso da humanidade, principalmente apés a Revolu- 0 Industrial, ocorrida no século XVIII, foi 0 aumento do consumo da energia, pois ndo se pode imaginar a civilizacao moderna sem industrias, automéveis, avides, fogdes, gela- deiras etc. A grande fonte de nossos recursos energéticos é representada, sem divida, pelas reagdes quimicas, ja que, durante a ocorréncia destas, hd perda ou ganho de energia. A ter- moquimica é a parte da Quimica que estuda essas variagbes energéticas ocorridas nos pro- cessos de transformacio da matéria, seja ela quimica ou fisica. Frequentemente expressas na forma de calor, esses calores liberados ou absorvidos pelas reagdes sdo expressos em Joule (!) ou caloria (cal). Uma caloria é a quan- tidade de calor necesséria para aquecer um grama de 4gua de 14,5 °C a 15,5 °C. Seu multi- plo é a quilocaloria (kcal). A seguir, esta descrita a relacdo entre as unida- des cal ¢ joule: 1 kcal = 1,000 cal 11=0,239 cal ou tcal= 4,18) O aparelho usado para medir a quantidade do calor envolvido nas transformagées fisicas ou quimicas é 0 calorimetro. 1, Entalpia (H) Entalpia é o contetido de energia de um siste- ma, 8 presséo constante. Nao ha como fazer 2 medida absoluta da entalpia de um sistema, mas é possivel determinar (com calorimetros) a variagio de entalpia, 0 AH, que ocorre num processo de transformagao. Esta variacdo é entendida como a diferenca entre a entalpia TA Quimica CAPITULO 02 * TERMOQUIMICA au final (dos produtos de uma reagao) e a ental- pia inicial (dos reagentes da reacao). AH = Hf-Hi AH = variagdo de entalpia Hf = soma das entalpias dos produtos da reacao Hi= soma das entalpias dos reagentes da reacdo ‘Também podemos representar: AH = Hp ~ Hp 2. Processos exotérmicos So aqueles que liberam calor para fora do sis- tema. Exemplos Combustao da gasolina, queima da vela, con- densago da agua etc. Hé diminuigo do contetido calorifico do siste- ma. Da ocorréncia da liberagao de calor, pode- -se concluir que, ao final do proceso, a quan- tidade de calor (Hf) contida no sistema é me- nor que aquela existente no seu inicio (Hi). AtB> C+D Hf 2 COny +3 HO. AH = -327,4 kcal Pode-se concluir que, durante esta reacao, a 25 °C e 1 atm, sao liberados 327 kcal para cada mol de etanol anidro queimado. A. Representagdes termoquimicas A.1, Equacdo termoquimica ‘A-equacao quimica é a representacio da reacao quimica. A representac&io termoquimica traz, além dos reagentes e produtos, o estado fisico (ou alotrépico) desses reagentes e produtos, a temperatura e pressdo do processo, bem como a variagao da entalpia envolvida na reacéo. CHsOH + 3 Onig) > 2 COz) + 3 HO(n AH = -327,4 kcal (P=1atmeT=25°C) Quimica A variagao da entalpia envolvida num processo exotérmico pode ser representada equivalen- temente por trés formas de equacdo. Tome-se como exemplo novamente a reacdo de queima do etanol a. Forma tradicional (destacando-se 0 AH) GHsOHiy +3 Ong) > 2 COr + 3 HO ry AH = -327,4 kcal b. Segunda opgio (0 AH é apresentado como “componente” — reagente - da equacio.) GHOH iy +3 On) 327,4 keal > 2 COr. +3 HO ¢.Terceira opgio (0 AH é apresentado como “componente” — produto — da equacao.) CoHsOH ip +3 Orig) > 2 COng + 3 HO i+ 327,4 kcal B. Diagrama de energia No diagrama de energia de um processo exo- térmico, relacionando-se no eixo das ordena- das (vertical) os valores das entalpias dos rea- gentes e produtos, verifica-se que os reagentes sempre se encontrarao na parte superior do gréfico, enquanto os produtos se posiciona- ro mais abaixo. Essa disposigao gréfica impée que, na passagem de reagente para produto, 0 contetido energético do sistema diminua \ Reagentes AH<0 Produtos H COrie 4 0, + 0, =26,4| Ow 4 AH = Hf-Hi Oy AH =-94,1-(-26,4) 94,1 2 AH = -67,7 kcal Solucées, termoquimica e eletroquimica 3. Processos endotérmicos So aqueles que absorvem o calor da vizinhan- ae levam-no para dentro do sistema. Exemplos Fotossintese, pirdlise do caleério, ebuligo da agua etc, Ha aumento do contetido calorifico do siste- ma. Da ocorréncia da absorco de calor, pode- -se concluir que, ao final do processo, a quan- tidade de calor (Hf) contida no sistema é maior que aquela do inicio (Hi), A+BC+D %i 1 Hf> Hi Como AH = Hf — Hi, logo AH > 0. OAH dos processos endotérmicos é positivo. Exemplo A decomposicao da agua: H,O\q > Haig) + %4 Orig? AH = +68,4 kcal A. Representacdes termoquimicas A.1. Equacao termoquimica Como nos processos exotérmicos, aqui a equa- 40 termoquimica também apresenta todos os fatores relevantes do processo (além dos rea- gentes e produtos, o estado fisico - ou alotré- pico — desses reagentes e produtos, a tempe- ratura e a pressdo do proceso e a variacao da entalpia envolvida na reago). HO, > Hate) + 4 Orig): AH = (P=1atmeT=25 °C) ‘A variagao da entalpia envolvida num proces- so endotérmico pode ser representada equi- valentemente por trés formas de equacio. Tome-se como exemplo a reago de decompo- si¢do da 4gua: a. Forma tradicional (destacando-se o AH) H,O,q —> Hata + ¥4 Ory): AH = +68,4 kcal b. Segunda opgio (0 AH é apresentado como “componente” — reagente — da equacio.) H, Oy + 68,4 keal > Hap) + 14 Ong 68,4 kcal 18 Solugées, termoquimica e eletroquimica c. Terceira opco (0 AH é apresentado como “componente” — produto - da equagio.) HO, > Haig + 4 Orig) - 68,4 keal Observacso Quando na equagéo nao aparece indicagao de temperatura e pressao, isso significa que o processo ocorreu a 25 °Ce 1 atm (condigdes ambientes). B. Diagrama de energia Em um proceso endotérmico, 0 diagrama de energia também relaciona no eixo das ordena- das (vertical) 0s valores das entalpias dos re- agentes e produtos. Porém, ao contrério dos processos exotérmicos, verifica-se aqui que os reagentes sempre se encontrardo na parte de baixo do gréfico, enquanto os produtos posi- cionam-se sempre acima dos reagentes. Essa disposicao grafica impde que, na passagem de reagente para produto, o contetido energético do sistema aumente. 4 Produtos Hf |AH>0 Reagentes Hf>Hi Hi Os produtos possuem entalpia maior que os reagentes. Logo, houve ganho de calor e o AH é positivo. Exemplo Ong? CO +H? Ong, 4 CO, +172 Oy, 26,4 AH> 0 C0,, 94,1 e Hi =-94,1 kcal AH = Hf-Hi 26,1 kcal AH=~26,4-(-94,1) AH = 467,7 kcal 19 Quimica Observacao Nos diagramas de entalpia, a flecha indica o sentido da reacdo (do reagente para o pro- duto) e, dessa forma, deve-se observar que, quando ela esta para cima, o AH é positivo e, quando esté para baixo, o AH é negativo. 4, Fatores que alteram o AH A. Estado fisico de reagentes e produtos © estado fisico de reagentes e produtos inter- fere no AH de uma reago. !sso quer dizer que, em um determinado processo ocorrido com os mesmos reagentes, sempre no mesmo estado fisico e formando sempre o mesmo produto, este porém em estados fisicos diferentes, a energia envolvida em cada processo apresen- tard valores diferentes. Assim, considerando a queima de gas hidrogénio produzindo égua, observa-se experimentalmente que a libera- 0 de energia é maior, quando o produto esta no estado sdlido, e menor, quando est no es- tado gasoso. Isso acontece porque o vapor é um estado mais energético que 0 sdlido. Exemplificando Hag) + Y4 Oajg) —> HaOq): AHy = -292,6 kd Hayy) + 34 Ozjg) — HsOyy: AH, =-286,6 Kd Haig) + 4 O2jg) —> Hay)? AHs = -242,9 Kd Observamos que os produtos diferem apenas no estado fisico, Graficamente, podemos representar: Hag + M2 Orgy Entalpia Quimica B. Estado alotrépico de reagentes e produtos Um mesmo elemento pode formar substéncias simples diferentes. A esta propriedade dé-se 0 nome de alotropi Na natureza, hd muitas variedades alotrépicas, tais como: ~ Grafite C (gr = Carbono: iteC(er) — Diamante C(d) —Rémbico S(t) —Enxofre . —Monoclinico sim) — Vermelho P(n) —BrancoP, — Oxigénio (gés) 0, (g) = Ozénio 0,(g) Para uma reagdo envolvendo variedades alo- trépicas de um mesmo elemento, as variacdes de entalpia obtidas sero diferentes, pois, - resto - ovieéio| Solucées, termoquimica e eletroquimica apesar de serem formadas pelo mesmo ele- mento, essas substancias simples sdo total- mente diferentes entre si, apresentando sua propria entalpia. Dessa forma, pode-se dizer, por exemplo, que o diamante apresenta, em sua estrutura cristalina, maior entalpia que grafite. Portanto, o diamante & mais reativo (menos estével) que o grafite (mais estvel). Cigrattey + On > COny) — : AH: = -392,9 Kd Ciaamant) + Og Czy): AH, =-395 Kd Graficamente, encontramos: 4 Entalpia 9, Sess * rig Sates * Or ‘AH, [a ’ CO) As demais formas alotrépicas citadas apresentam as seguintes relac6es de entalpia: 4 Entalpia S (Monoclinico) S(Rombico) 4 Entalpia C. Temperatura 4 Entalpia| P (Branco) P (Vermelho) sie ie ‘A determinagio do AH deve ser feita sempre a temperatura constante, pois se verifica, experi- mentalmente, que a variacdo de temperatura tem influéncia sobre o valor do AH. Normalmente, as determinagdes de AH sao feitas em condigdes-padrao, ou seja, numa temperatura de 25 °C. 20 Solusées, termoquimica e eletroquimica Quimica D. Quantidade de reagentes e produtos OAH de qualquer reacdo é determinado pela quantidade de reagentes presentes, sendo, portan- to, diretamente proporcional & concentragdo das substancias envolvidas no processo. re $20, F COs +240, AH =~ 8895 ki 3CHy,+60,,, > 3CO,,#6H,0,, AH=~2.668,5 kl 5. Calores de reagéo Hy —> & padrao e substancia simples, logo H=0. ‘A energia envolvida ao longo de uma reagao quimica, absorvida ou nao, é denominada de Nay _— substdncia simples, mas no é pa- calor de reacdo ou entalpia de reacdo e é de- dro, logo H # 0 (ndo estd no estado fisico co- terminada nas condigées ambientes de tem- mum) peratura e pressao (25 °C e 1 atm). Quimica- ¢,,, 5 & substncia simples e esté no estado mente, para cada tipo de reaco especifica, __alotrapico mais estavel, logo H = 0. 0 calor de reago recebe uma nomenclatura caracteristica. Assim, para as reagées de for- 8. Calor de formac3o (AH®) maco tem-se 0 calor de formacao; para as reacdes de combustdo, o calor de combustéo, reacao de neutralizacdo, calor de neutraliza- a0 e assim sucessivamente. E a quantidade de calor liberada ou absorvida durante a formacao de 1 mol de um compos- to, a partir de substancias simples, no estado- -padrao. A partir dessa definicdo, pode-se de- terminar a entalpia relativa de uma substancia A. O estado-padrao qualquer. Como ¢ impossivel determinar o valor absolu- to da entalpia de um sistema (ou de uma subs- tancia), adota-se um referencial ou padrao. Por convengo, o padréo deve respeitar as se- guintes condigdes: ‘* substncia simples — um nico elemen- to em sua constituigao. | . © estado fisico mais comuma25°Ce1atm Vela seguinte reagdo a 25 °Ce 1 atm: DH yy * 1/2 Og > 1H,0q : CAH = ~68,4 kcal Exemplo ee i WET Hates Orta Aftcy HB» Clate # obtido 5 5 lexperimentalmente ‘* estado alotrépico mais estavel oreo Para isso, deve-se promover uma reagdo de sintese dessa substdncia a partir de seus rea- gentes na forma simples e no estado-padrao. Nesses casos experimentais, 0 valor do AH & obtido, na pratica, através do uso de calorime- tros. Exemplo Como as entalpias do Haj € Oxy S80 iguais a zero (estado-padrao), 0 valor da entalpia do sis- . tema inicial também serd igual a zero (Hi = 0) * pressdo de 1 atm Logo: Cigatiy Orta Ste Pterms © temperatura de 25°C Para toda substncia simples, a cla sempre ay, = Hf—Hi—> AH,=HF-0 - serd atribuido arbitrariamente o valor zero de entalpia. AH;=Hf, logo AH), =—68,4 kcal Assim, a entalpia (de formacao) da agua liqui- eects —S=D> Entapia(H)=0(cer0) da é igual a 68,4 kcal/mol e serd considerada (para fins de célculo) como sendo (sempre nas condigdes-padraio) a energia correspondente a 1 mol de égua na fase Iiquida e seré denomina- H,0,y — nao € padrao, logo H #0 (nao ésubs- da de entalpia-padrao de formacdo da agua ‘tancia simples). (AH®, = -68,4 kcal/mol). 21 coe Exemplos Quimica Vale reiterar que esses valores das entalpias de formaco sao muito importantes, pois re- presentam a prépria entalpia de 1 mol da substéncia que est sendo formada, j4 que, nas reacdes de formagao, Hi é sempre zero. Observacao © valor negativo para a entalpia da gua signi- fica apenas que ela possui um valor energético {entalpia) menor que a energia (entalpia) do estado-padrao (referencial). Exemplos 4/2 Hayg) $2 Clq) > LHCFig) AH*)=-22,1 kcal rr as Cit) +025)? 1.COy,) AH?; =-94,1 kcal C. Calor de combustao (AH,) Ea variagdo de entalpia (AH) na combustao de 1 mol de uma substancia a 25 °C e 1 atm. Exemplo CoHs20 cus) + 6 Orie) > 6 COri + 6 HzO, AHc = = -673 kcal/mol, Logo, a combustao de 1 mol de glicose libera 673 kcal © AH nesse caso é sempre negativo, pois as combustdes sdo sempre exotérmicas AHc — sempre exotérmico (AHc < 0) Observacao Em reagées de combustdo em que o reagen- te “combustivel” é uma substdncia simples no estado-padrio, ¢ indiferente chamarmos 0 AH de calor de formagéo do produto ou calor de combustdo do reagente. Exemplo Ceate) + One) > COrt 94,1 kcal Assim, AH = -94,1 kcal/mol pode ser denomi- nado tanto como 0 calor de formagio do Cz. (AH*, = -94,1 kcal) quanto como o calor de combustdo do Cigax, (AHe = ~94,1 kcal), : AH 22 Solucées, termoquimica e eletroquimica D. Poder calorifico Ea medida da quantidade de energia liberada na queima de uma unidade de massa (em ge- ral, em gramas) de um reagente combustivel, podendo ser medido em kcal/g, kcal/kg, Kl/g etc. Dessa forma, diminui-se o impacto da in- fluéncia dos fatores externos nos processos de medida da quantidade de energia envolvida na queima de um combustivel, pois uma mes- ma quantidade de substancia pode ocupar volumes diferentes em cada uma das infinitas condigdes de temperatura e pressao. Assim, é possivel comparar a energia liberada, por exemplo, na queima de 1 litro de gasoli- na (considera-se apenas 0 isooctano) com a energia liberada na queima de 1 litro de eta- nol (Iiquido) utilizando-se uma mesma base de calculo — a massa. Exemplo Fuvest-SP modificado A seguir, sdo fornecidos dados relativos ao eta- nol hidratado e & gasolina: Poder ; Prego Combustivel calorfica PESWA4® por ltro (keal/e) (U.M.) Etanol hidratado 6 080 7” Gasolina 11,5 070 100 a. Calcule as energias liberadas na com- bustdo de 1 L de cada combustivel b. Calcule os custos de 1.000 kcal provenien- tes da queima do etanol e da gasolina. Resolucao a. Determinacao da energia liberada por litro de etanol. Como a densidade do etanol é de 0,80 kg/L, temos: d=m/\, assim, m=0,8- 1.000 = 800g de etanol Dessa forma: Para 1 g — 6 kcal sao liberadas 800g — x x= 4,800 kcal sao liberadas na com- busto de 1 litro (800 g) de etanol hidratado. Solugées, termoquimica e eletroquimica Determinacao da energia liberada por litro de gasolina: Como a densidade da gasolina é de 0,70 kg/L, temos: d= m/\, assim, m=0,7 - 1.000 = 700g Dessa forma: Para 1g — 11,5 kcal so liberados 700g—y 8.050 kcal sao liberadas na com- bustéo de 1 litro (700 g) de gasolina b, Custos de 1.000 kcal provenientes da queima do etanol: 1g — 6 kcal so liberadas x — 1,000 kcal x= 16,7 g ou 0,17 kg Assim, se em 0,8 kg — 1L 0,17 kg—y y=0,21 Lde etanol Admitindo-se um custo operacional 70 U.M. por litro, conclui-se que: 70 U.M.-1L 2-0,21L 4,70 UM. Custos de 1.000 kcal provenientes da queima de gasolina: 1g —115 kcal x — 1,000 kcal x= 86,96 g ou 0,087 kg Assim, se em 0,7 kg — 1L 0,087 kg — y y=0,12 L de gasolina ‘Admitindo-se_ um custo operacional de 100 UM. por litro, conclui-se que: 100 U.M.=1L 2-0,12L z=12U.M de z Em tese, para a mesma energia liberada no motor do automével, 0 consumo de élcool serd maior que o de gasolina e, em vista disso, 23 Quimica © preso por litro de Alcool deve ser inferior a 70% do preco do litro da gasolina 6. Energia de ligagao Outra maneira de se averiguar a quantidade de energia envolvida durante um processo de trans- formacao baseia-se na determinacdo do numero de ligagdes quimicas que so rompidas (nos re- agentes) e do numero de ligagSes quimicas que 80 produzidas (nos produtos), levando-se em considerago a energia requerente em cada pro- cesso de quebra e formacao de ligacio. Por definicao, energia de ligago é a quantida- de de energia absorvida pelos reagentes (no estado gasoso, a 25 "Ce 1 atm) para que 1 mol de ligagées quimicas seja rompido. Isso quer dizer que, para que seja rompida uma ligacdo entre 2 dtomos, deve-se fornecer energia. As- sim, 0 processo é sempre endotérmico e 0 AH & sempre positivo. Quanto mais estavel for a ligagdo, maior serd a quantidade de energia absorvida para rompé-la. Exemplos Clay) > 2 Cl : AH = +58 kcal Nog) > 2 Nig : AH = +226 kcal HCl(q) 9 Hip) + Cf) : AH = +103 kcal ‘Com uma tabela de energia de ligacdo, podemos calcular a energia total necesséria para romper as ligagdes de 1 mol de moléculas, ou, ainda, 0 que é mais importante, o AH das reagées. Exemplo Conhecendo-se as seguintes energias de ligacao: C-H... 98,8 kcal/mol C=C... +200,6 kcal/mol podemos calcular a energia total necesséria para “quebrar” as ligacdes de 1 mol de molé- culas de acetileno (C,H;) H-C=C-H) 2 Cy +2 He) 2ligacdes: C-H92-98,8= +197,6 kcal Lligagdo: C=C91-200,6= +200,6 kcal AH= +197,6+200,6 AH=+398,2 keal Quebramos: Quimica Para calcular o AH de uma reacdo quimica completa, usando valores de energia de liga- 80, deve ser observado que, para se rompe- rem ligagdes, ha absorcdo de energia e, para formar, ha liberagio de energia (processo exo- térmico), porém com o mesmo médulo. Assim: Clryg > 2 Clg: AH = +58 kcal Quebra — Proceso endotérmico 2 Cli —> Clay : AH = 58 kcal Formagao — Processo exotérmico © AH global de uma reacdo quimica seré o sal- do energético entre o calor absorvido no rompi- mento das ligagdes entre os dtomos dos reagen- tes e 0 calor liberado na formacao das ligacdes entre os dtomos dos produtos. Dessa maneira: AH, AH, AH, lucbaltes seas eons ca (Valores positives) (Valores negativos) Exemplo Calcular 0 AH da reago: CoH aig) + Haye > CoH, conhecendo-se as seguintes energias de liga- do, em kcal/mol on #146,8 +988 +83,2 +104,2 Resolugdo C=C C-H c-c H-H HOH Nee HoH oH H 4 4-C-H Total de ligacdes quebradas :641-C=C L-H-H . 6-C-H Total de ligacdes formadas: 7: 1c-¢ Solucées, termoquimica e eletroquimica AH=4-98,8+1-146,8+1-104,2+6-(-98,8)+ +1. (-83,2) AH =-29,8 kcal Porém, observando cuidadosamente a rea- 0, podemos perceber que apenas houve o rompimento de uma ligagdo C = C (+1468) e uma H ~H (+104,2), enquanto formou-se uma ligagdo C - C (-83,2) e duas C—H (2 - (-98,8)). 7. Lei de Hess Por volta de 1840, Germain Herman Hess, tra- balhando na determinacao de certos calores de reago, cuja medida experimental era muito di- ficil, constatou que “a variagao de entalpia (AH) de uma reagao quimica depende apenas do es- tado finale inicial, nao importando o caminho da reaco”. Isso significa que, mesmo que um de- terminado processo exija a realizacio de varias etapas intermediarias, 0 AH continuaré sendo a diferenga entre a entalpia final e inicial. Esta importante lei experimental foi chamada de lei do estado final ou inicial, lei de adicdo de calores ou, simplesmente, lei de Hess. Dessa forma, seja uma reago genérica A — € da qual se quer de- terminar o AH. Acontece que esta reagdo pode ser realizada por diversos caminhos, em que cada um deles apresenta um caracteristico valor de AH “intermedidrio’. Para que A se transforme em E, é apresentado 0 seguinte mecanismo divi- dido em quatro etapas intermedidrias: Etapal. A+B : AH, =—10 kcal Etapa2. B > @: AH, Etapa3. ¢ > DB: AH, Etapad. DE : AH, Global. AE: AHojpo1 25 kcal kcal 50 kcal kcal Observa-se que a variacao global de energia pode ser determinada pelo somatério das va- rias etapas intermediarias do processo global. Assim, matematicamente: ‘AH = AH; + AH, + AH, + AHs Logo: AHcjoua'= AH; + AH, + AH3 + AH, AHciopa'= “10 + (-25) + (-7) +50 AHiotai = 42 + 50 24 Solugées, termoquimica e eletroquimica (AH = +8 kcal, isso quer dizer que a entalpia do composto E (produto) ¢ 8 kcal maior que a en- talpia do composto A (reagente), independen- temente de forma, caminho ou mecanismo de conversdo de Aem E. Isso pode ser demonstrado também na forma grafica. Perceba que o AH da reacao refere-se exclusivamente a diferena entre as entalpias dos reagentes originais e produtos finais. Jans saneat EXERCICIO RESOLVIDO 01. UFF-RJ Quando o benzeno queima na presenga de excesso de oxigénio, a quantidade de calor transferida a pressao constante est associada Areacdo: CoHen #294 Oni) -> 6 COrg) +3 Hin Quimica Como nao importa o numero de etapas que © proceso apresenta, o AH da reacao termo- quimica pode ser tratado como uma equa- 40 matematica. Logo, quando é utilizada a lei de Hess no cdlculo do AH de uma reacao, devemos arrumar as equacdes fornecidas, de modo que a soma delas seja a equago cujo AH esteja sendo procurado. Para isso, usam-se os seguintes procedimentos: a. Somando varias equacées, somamos. ‘também os respectivos AH. b. Invertendo a equacao, invertemos tam- bém o sinal do AH. ¢. Multiplicando uma equacao por um nii- mero qualquer (positivo e diferente de zero), multiplicamos também o AH pelo mesmo numero Considere as reacdes: 6 Cisrartey + 3 Hig) —> CoHeyey AH = 49,0 kd Curate) + Ore) > CO2) AH =-393,5 KI Haig) + 4 Ong) > H20\n AH =-285,8kI O calor de combustdo do benzeno, em ki, serd Ocal ferid foéd a. 3.2674 d. -3.267,4 calor transferido nesta reagdo é denomina- do calor de combustéo. b. 2.695,8 2 -2.695,8 ©. -1.544,9 Resolugéo Inverter - 6 Ciera} +3 Hoje) > CeHeye) > CoHsie) > BCizaicey + F Hoy AH=-49,0 kJ 6 Cigrattey +O2{g) 2 COn;g) > OCpaptey +6 Orig) —> 6 COr4g) AH= ~2.361,0 kJ 3 Hyg) +34 Orig) > H2O) BH jg, +3/2 Oniq) > 3 H20, AH=-857,4 kJ Cote) + 15/2 Orig) > 6 COnig) +3 HzO AH= ~49,0 ki + (-2.361,0 kl) + (-857,4 kd) AH= ~3.267,4 kJ Resposta D 25 Quimica Solugées, termoquimica e eletroquimica CAPITULO 03 + OXIRREDUCAO 1. Introdugao Quando uma lamina de zinco (de cor metalica) é inserida em um recipiente que contém uma solugao de sulfato de cobre (solucao de coloragao azul), percebe-se que, ao longo do tempo em que a solucao aquosa vai descolorindo, a placa metalica vai recebendo um depésito avermelhado em sua superficie. Ailustracao a seguir demonstra 0 ocorrido: py 2 Apés certo tempo ===> CUSO so ‘Na superficie do Zinco, deposita-se um metal avermethado (Cu,,). Asolucio fica incolor. O fato é que os ions cobre (Cu) presentes em solugéo migram até a lamina sdlida onde séo en- contrados étomos metélicos de zinco (Zn°). Desse contato, os ions retiram os elétrons de valéncia disponiveis pelo zinco transformando-se em atomos de cobre (de colorado marrom-avermelha- do). Esses, entdo, depositam-se na superficie da barra metdlica, justificando, assim, a coloracao vermelha que aparece na mina e a perda da coloracao azul da soluco. ‘Ao mesmo tempo, ao perderem seus elétrons, os étomos de zinco se ionizam na forma Zn”, solubilizando-se na solucao. Conclui-se, ent&o, que ocorreu uma transformago quimica devido a transferéncia de elétrons entre os dtomos de zinco da lamina e os ions cobre (Cu**) livres da solucao, Esse processo pode ser descrito de acordo com a seguinte equagio quimica: 2e ang, + Guy —e ni, Lamina Solugio (perdeue) (ganhou e?) 2. Conceito de oxidacao e reducao Grande parte dos processos de transforma- 40 desenvolve-se em razio da perda e do ganho de elétrons pelos dtomos envolvidos. Isso decorre do fato de as relagGes interaté- micas ocorrerem através do “contato” entre as eletrosferas (que detém os elétrons), j4 que estruturam a parte periférica de qualquer ato- mo. A esses processos de transferéncia de elé- trons dé-se o nome de reacao de oxirreducdo. 26 iy Cu Souso mina A. Oxidago € 0 processo no qual ocorre perda de elétrons por uma espécie quimica, Exemplo Zn + 2e- perdeu 2e~ any My Sofre (oxidagao) Solugdes, termoquimica e eletroquimica B. Redugdo E 0 processo no qual ocorre o ganho de elé- trons por uma espécie quimica. Exemplo Cur, 4.2¢~ _Banhou Ze" ea) Cun Sofre \ redugao) Observagao A oxidagio e a reducdo sdo processos interde- pendentes, ou seja, nunca ocorrem isolada- mente. Séo fenémenos simultaneos e, assim, sempre que uma espécie ganha e”, obrigato- riamente outra espécie perde e°. Portanto, cabe salientar que o total de e- ga- nhos durante a reduao deverd ser sempre igual ao total de e" perdidos pela oxidacdo. 3. Numero de oxidaco (Nox) Para que seja determinado 0 tipo de processo que ocorreu com uma determinada espécie, 6 necessario que seja verificada a variacao de carga da referida espécie. Para isso, deve-se determinar sua carga antes e apés a transfor- magio. A carga de cada espécie quimica é denomina- da nimero de oxidagdo (Nox), que é o nime- ro que designa a carga real (em uma ligacdo iénica) ou carga aparente (em uma ligacdo co- valente) de um elemento, na forma de um fon ou de um dtomo ligante A. Nox em compostos iénicos € 0 numero que determina a carga real da espécie quimica. Para ions simples, 0 Nox é a prépria carga do jon e, para um ion composto, a soma dos Nox de todos os dtomos é a pré- ria carga do ion. 27 Quimica Exemplos * Consider 0 composto formado entre s6dio (grupo 1) e cloro (grupo 17). de" Na Na® doa 1e"e transforma-se em Na* => Nox 1 CP recebe 1e”e transforma-se em Cl => Nox © Considere 0 composto formado entre magnésio (grupo 2) oxigénio (grupo 16). Je oN t0! qe Mg° doa 2e” e transforma-se em Mg” => => Nox = +2 0° recebe 2e° e transforma-se em O* => Nox = => B. Nox em compostos covalentes Eo ntimero que designa a carga aparente (par- cial) do dtomo na molécula. ‘A soma dos Nox em um composto molecular é zero. ‘* Nox negativo ¢ atribuido ao elemento mais eletronegativo (0 que atrai com mais intensidade os elétrons na ligagdo covalente). Nox positivo é atribuido ao elemento menos eletronegativo (0 que deixa os elétrons serem atraidos na ligag3o co- valente) Exemplos © Fluoreto de hidrogénio (HF) Eletronegatividade: F > H *( OF atraiu1e"doH > Nox > carea Nox=at) aParente OH deixou o F atrair te" => Quimica + Agua (H,0) Eletronegatividade: O > H H G8 H © oxigénio atraiu 2c", sendo 1 de cada hidro- génio. = No» Cada H deixou o oxigénio atrair le". => Nox=+1 » Aménia (NH) Eletronegatividade: N > H :)H Onitrogénio atraiu 3e”, sendo 1 de cada hidro- genio. H = Nox = Cada H deixou o N atrair 1e- = Nox=+1 * Metanal (HCO) Eletronegatividade: 0 > C>H 28 Solugées, termoquimica e eletroquimica oxigénio atraiu 2e" do C. = Nox=-2 Cada H deixou oC atrair 1e. = Nox= 41. © Catrai 2e,, sendo 1 de cada hidrogénio, e deixou o oxigénio atrair 2e". Atrai 2e- =-2 Deixa atrair 2 amen Nox = zero * Gas hidrogénio (H,) Eletronegatividade: 4 HH © par eletrénico nao é atraido por nenhum dos atomos, jé que possui a mesma eletrone- gatividade. = Nox=zero C. Regras praticas para a determinagao do Nox A seguir, so apresentados os principais nui- meros de oxidacao de alguns elementos. Esses ndmeros so muito Uteis para a determinacaio de ntimeros de oxidacio de elementos desco- nhecidos. Solusées, termoquimica e eletroquimica Quimica Espécie quimica _Situagao Nox Exemplos See CURSE Zero. Ha, Os, Na Fa, Cl By Pu Se Cu, Al, Au et fon Qualquer A carga do Na’ => Nox = +1; Af®* => Nox = +3; F-=> Nox =-1 caso fon Ca’* => Nox = +2; S* => Nox =-2; N> => Nox =-3 Metais alcalinos Emtodosos ,,_—_ “NaC KOH, LINO, Ae,SO, NaBr eAg compostos Metais alcalino- Em todos os -terrosos e zinco_compostos CaCh,, MgO, BaSO,, ZnC%,, ZnSO, 42 Tet re Emtodosos , Mav Ay MMOH), Aluminio “mmpostos a Em todos os HF, CF,.NF,, OF, Fléor eM compostos EDEN Ligado a ar HOLS. CHa NH 80, #60 ametais Hidrogénio Ligado aia = _, NAH Lit Call, Bat, ella el Na maioria H,0, H,50, CaCO, $0,, NO, CO, de seus compostos 2] Ea) PE) Pap) H,0,, Na,0,,Ca0,, MBO, Peréxidos Ey Ell Oxigénio Ko, wao Oy NAO, Superéxidos + tT) [at 2, [2 Com flior +2 Asoma algébrica dos Nox de todos os elementos participan- Umcomposto — Qualquer +25 de um composto é igual a zero. Asoma algébrica dos Nox de todos os elementos de um ion Um jon Qualquer | ¢ igual a carga do fon. 29 eoe Quimica 4. Conceito de oxirreducdo associado ao Nox Oxidago: aumento algébrico do Nox (perda dee’). Redusao: diminuigao algébrica do Nox (ganho dee’). Exemplo Nox diminul=sofre re gL Nox diminul = sofrereduedo 5 Causa: ganho de e 2e en , ‘ans 204+ CU ay | Noxaumenta = sofreoxidasio [> Causa: perda de e Interpretagao Zn sofreu oxidagao, pois teve 0 seu Nox au- mentado pelo fato de perder e°. 0 Cu, sofreu redugo, pois teve o seu Nox diminuido pelo fato de ganhar e”. 5, Agente oxidante (oxidante) e agente redutor (redutor) A. Oxidante E a espécie reagente que contém o elemento que sofre reducao Explicagéo Para que o elemento sofra redugao, é necess4- rio causar a oxida¢do de outro elemento, dai o nome oxidante. B, Redutor E a espécie reagente que contém o elemento que sofre oxidacao. Explicagdo Para que o elemento sofra oxidacao, é neces- sdrio causar a redugio de outro elemento, dai ‘o nome redutor. Exemplo Seja a reacdo de produgio do ferro na siderur- gia, a partir da hematita (Fe,0;) e monéxido de carbono (CO): 30 Solucées, termoquimica e eletroquimica Dildo: Noxaumenta (perda de e-) e xoN Fe,0,+3c0. = 2Fe+300, -13|_ Reds: Nox diminul 6 (ganho dee) Fe*" = sofreu reducio, logo Fe,0; € 0 agente oxidante (oxidante). C** = sofreu oxidaco, logo CO é o agente re- dutor (redutor). 6. Balanceamento por oxirredugao A. Conceito Balancear uma equacdo consiste sempre em respeitar, na representacdo da reacdo, a lei da Conservagdo da Massa de Lavoisier, na qual esta estabelecida que a massa de reagentes deve ser igual & massa de produtos. No caso das reagdes de oxirreducao, além de ser con- dizente com Lavoisier, 0 balanceamento deve também fazer com que o numero total de e cedidos pelo redutor seja igual ao nimero to- tal de e” recebidos pelo oxidante. B. Procedimento * Determinar 0 Nox de todos os elemen- tos participantes, antes e depois da re- aco (reagentes e produtos) Identificar o elemento que sofre oxida- Go e o que sofre reducao e relacioné-los com seus respectivos produtos. Calcular a variagao total do Nox (A) do elemento (e nao de cada dtomo) que sofre oxidagio e do que sofre reducdo. Para tal, multiplica-se a variagdo do Nox de cada elemento pela maior atomici- dade (maior indice) com que o elemen- to aparece na equacdo. Assim, sabere- mos 0 total de e° perdidos pelo redutor e 0 total de e” recebidos pelo oxidante {representado pelo A) Tomar 0 A do oxidante como coeficien- te estequiométrico do redutor e vice- -versa. Isto é feito para que o total de e- perdidos seja igual ao total de e” re- cebidos Solugées, termoquimica e eletroquimica © Escolher o membro da equacaio em que 08 coeficientes (A) sero colocados. © Ao inverter os coeficientes para colo- cé-los na equasao, estes deverdo es- tar situados ao lado do elemento que EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM Para que apresente condutividade elétrica adequada a muitas aplicacdes, o cobre bruto obtido por métodos térmicos é purificado ele- troliticamente. Nesse proceso, o cobre bruto impuro constitui o nodo da célula, que est imerso em uma solugdo de CuSO,. A medida que 0 cobre impuro é oxidado no anodo, fons Cu* da solugdo sd depositados na forma pura no cétodo. Quanto as impurezas metilicas, al- gumas so oxidadas, passando a solucdo, en- quanto outras simplesmente se desprendem do Anodo e se sedimentam abaixo dele. As impurezas sedimentadas so posteriormente processadas e sua comercializagao gera recei- ta que ajuda a cobrir os custos do proceso. A série eletroquimica a seguir lista 0 cobre e alguns metais presentes como impurezas no cobre bruto, de acordo com suas forgas redu- toras relativas Ouro Platina Prata L Forga Cobre 4 redutora Chumbo Niquel Zinco Quimica apresentar a maior atomicidade (maior indice), no importando o membro em que tal elemento se encontre. * Terminar o balanceamento pelo méto- do das tentativas. Entre as impurezas metdlicas que constam na série apresentada, as que se sedimentam abaixo do anodo de cobre sao: a. Au, Pt, Ag, Zn, Nie Pb. b. Au, Pte Ag ¢. Zn, Nie Pb. d. Aue Zn. e. Age Pb. Resolugdo Neste caso, a forga redutora é a capacidade de um metal provocar a reducao de outro. Para isto acontecer, este metal deverd perder elé- trons com mais facilidade do que 0 outro e, assim, fornecerd os elétrons necessdrios para ocorrer a reducdo da outra espécie. Entre as impurezas metdlicas que constam na série apresentada, as que se sedimentam abaixo do dnodo de cobre, ou seja, tm menor forca redutora so ouro, platina e prata. Resposta 8 Quimica CAPITULO 04 + PILHAS 1. Introdugao Solugées, termoquimica e eletroquimica A eletroquimica estuda as solucdes eletroliti- cas e 0s fendmenos que ocorrem quando so colocados eletrodos nestas solugdes. Basi mente, avalia a influéncia da energia elétrica nos processos de transformacao da matéria, espontaneamente ou nao. 2. Eletrodo Um eletrodo (que em grego significa “caminho para a eletricidade”) é formado por um metal {ou um material condutor, como o grafite), mergulhado numa solug3o contendo cations desse metal. Exemplo ZnSO 449) (eletrodo de zinco) Zn, Cu,y CuSO, 3. Condigdes para condugao da corrente elétrica ‘* Uma diferenca de potencial (ddp) Reacao ocorrida: 22 experiéncia: CUSO 45) Azul any Ginza Tempo ZM4q) + CUSO gag) > ZNSOgiaq) + Cus) (mina) (soluggo) (solugdo} (eletrodo de cobre} ‘+ Um meio condutor como 0 eletrodo de zinco (Zn*/Zn) possui maior potencial de oxidacdo (capacidade para perda de elétrons) que o eletrodo de cobre (Cu*/Cu), assim podemos dizer que entre os eletrodos existe uma ddp. Se entre esses eletrodos intercalarmos um fio condutor, agora teremos condicées para conducao da corrente elétrica. Observacdo A determinacao de que 0 eletrodo de (2n”/Zn) possui maior potencial de oxidacdo (capacidade para perda de elétrons) que o eletrodo de cobre (Cu*/Cu) é obtida por meio de andlises experi- mentais prévias. 18 experiéncia: Uma lémina de Cu, é mergu- Ihada numa solucdo de ZnSO). Cus Cuy vermeiho vermelho Hy ~ G 2180, 250 y,.) {incolor (incotor) CU) + ZASO jag) 9 X ima lamina de Zny é mergulhada numa solugio de CuSOzia). 2M Cinza Depésito de um metal avermelhado (cobre) Asolugio deixa de ser azul 32 Solugées, termoquimica e eletroquimica Explicagao: Sofre reduio 5 Recebe e 2n,, + CuSO, 49) 250 4 CU 5 Sofre oxidacio 4 Doae = O fon Cups, “arranca” e° do Zn, cau- sando sua oxidacao. - Ofon Cuz, apresenta capacidade de arrancar &- do Zn, (¢ uma observacdo experimental). Analisando as duas experiéncias, concluimos que o fon Cu?*, consegue arrancar e° do Zn, j8 0 fon Zn3, nao consegue arrancar e° do Cu, Conclusdes = 0 fon Cujy possui maior capacidade de atrair (arrancar) do que o fon Zn? = OZ, possui maior capacidade de doar edo que 0 Cu, Cada ion metalico em solugo apresenta uma diferente capacidade de atrair e-, a qual sera denominada potencial de reduco (E,z). CAPACIDADE de ATRAIR CAPACIDADE ATRAIR Potencial de Reducdo (E,.) Assim: Freda, > Ered, 4, Pilha de Daniell Experiéncia Flo condutor 280 yu cuso, get {azul} {incolor) Quimica Apés certo ‘tempo Depésito ‘de um metal vermelho Solugso Solugéo ganha cations vai perdendo zn ‘cor azul, Explicago No eletrodo de zinco: ‘Ao ceder elétrons através do condutor meté- lico para o ion Cuz, devido & ddp entre os dois eletrodos, o Zn, da placa metélica vai para a solugao na forma de Znj,,), causando a corrosio da placa e o consequente aumento da concentracao de Zn?.s, na soluco, de acor- do com a equacao: ny Zig 28, rahe (Sesh) Quimica No eletrodo de cobre: Solucées, termoquimica e eletroquimica fons Cuz, da solugo migram até a placa de cobre e recebem os elétrons cedidos pelo Zn, Ao receberem os elétrons, transformam-se em Cujy metlico, de acordo com a equacao: Cur, + 2e- (ER Oy, ) (oa) (2 Observaco Como a concentragio de Cuz, da soluggo di- minui, a solugo vai perdendo a colorago azul. Assim, devido & ddp criada entre os dois eletro- dos, observa-se um movimento ordenado de cargas no fio condutor, ou seja, uma corrente elétrica. Tal fato fica evidenciado pela lampada que acende quando a pilha é acionada. Portanto, pilhas so sistemas que possuem capacidade de produzir energia elétrica a partir de uma reagdo quimica espontanea. Estes sistemas podem ser chamados também de células galva- nicas. Uma célula galvanica, ou simplesmente pilha, transforma a energia de uma reacdo quimica em energia elétrica. Pilha Reago quimica que geral corrente elétrica Processo esponténeo| A. Ponte salina Para evitar a mistura das solugGes, utiliza-se a ponte salina, que une os dois compartimentos do eletrodo e completa o circuito elétrico. A ponte salina é formada por um gel contendo solugdo salina aquosa concentrada dentro de um tubo. A solucao salina mais utilizada é 0 KCE, pois os fons K* e Cé- nao afetam as rea- Ges que ocorrem nas células. A medida que a lamina de zinco corréi, a solugdo do eletrodo de zinco vai ganhando cétions Zn? (cargas positivas). Haverd, no eletrodo, excesso de cargas positivas. A medida que a lamina de cobre tem a sua massa aumentada, a solucdo do eletrodo de cobre vai perdendo cations Cuz, (cargas positivas). Haverd, no eletrodo, excesso de cargas negativas SO%z.,,. A funcdo da ponte salina é manter 0 equilibrio elétrico de cargas positivas e negativas nas solucdes dos eletrodos. Assim, K* migra da ponte para o 34 eletrodo de cobre e C/- migra para o eletrodo de zinco. Assim: No condutor existe uma corrente de elétrons. Na ponte salina existe um fluxo de fons. Observacao Se entre as duas solucées for encontrada uma placa porosa, em vez de ponte salina, ocorrera migracao dos fons existentes nas solucdes, ou seja: fons Zn” migram através da placa para o eletrodo de Cue ions $0;- migram para o ele- trodo de Zn. Concluindo, podemos dizer que cétions migram para 0 catodo e anions, para 0 anodo. Solugées, termoquimica e eletroquimica Quimica B, Reacdo global da pilha Semirreacao no eletrodo de zinco: = Ins 2n,, Zn, + 2e Semirreagao no eletrodo de cobre: cut) + 2e ——— Cu, Reagio global da pilha: ge gt 2m + Cis) 2nis # CUy lamin) (ol | C. Nomenclatura dos eletrodos E, Representacdo de uma pilha Representa a ponte salina 24 Zn2y cut, Cu, Metalque | op metiico’' fon metiico | Metal Ssotre —“formado” —“guesofte —_formado ondacio Tedugao Lado esquerdo Lado direito Anodo Cétodo Polo © Polo @ Oxidagaio Reducao Menor E,, =Maior E,., ~Eletrodo que = Eletrodo que . | cede e- recebe e~ 5. Medindo a ddp de uma pilha = Polo & ~Polo @ ~ Anodo ~ cétodo Experiéncia = Oxidag3o =Reducio Observe a pilha de Daniell, na qual foi interca- | lado no fio condutor um voltimetro (aparelho D. Esquema da pilha usado para medida da ddp). 110Vv crice KK 2750, CuSO, Anode cited A ddp registrada para a pilha zinco-cobre é Poe pole @ igual a 1,10 V, ou seja, a ddp entre os eletrodos 0 0 de zinco e cobre é igual a 1,10 V. Oxidagao Reducdo. 35 eoe Quimica Teoricamente, a ddp é calculada da seguinte forma: Es A medida do E,j (ou do E,,) absoluto de um eletrodo é impossivel e, sendo assim, a equa- 0 acima possui duas incégnitas, ja que o tni- co valor obtido na pratica é a ddp Nao sendo possivel medir o valor absoluto do Ens (Ou do Eg) de um eletrodo, iremos tra- balhar com potenciais relativos, para tanto vamos escolher um eletrodo-padrao. O esco- Ihido foi o eletrodo de hidrogénio, ao qual se atribui o £2, =zero (E9,,=zero) A. O eletrodo de hidrogénio (padrao) Flo de platina Gas H, Hip atm Placa de — platina Solugdo 1,0 M de H,S0, Medida do potencial de reducao de um eletrodo ev yee Ff, Zn Zn* 250,55 H,S0,,4) eoe is Solugées, termoquimica e eletroquimica No interior de um tubo invertido, é colocada uma lamina de platina ligada a um fio também, de platina. © sistema é mergulhado numa solugo aquosa 1,0 M de H,SO,. Injeta-se na abertura lateral do tubo gés hidrogénio sob pressao de 1 atm, a 25 °C. Parte do gés hidro- génio adere & superficie da platina, fenémeno este chamado de adsorcao. 0 gas adsorvido na placa forma uma pelicula de H, sobre a platina e o conjunto funciona como se fosse uma placa de hidrogénio, mer- gulhada numa solugdo contendo cations Hi. (eletrodo de hidrogénio) Observacées a. A platina, por ser um metal inerte, nao reage com 0 H2SO aq) b. Reages no eletrodo de hidrogénio: Perda de e Haig) > 2g +2 E° = 0,00 Ganho dee: 2Hi,g +e” —> Hyg E? = 0,00 {Relativo) i) HY cu HS CUSO 0) Solugées, termoquimica e eletroquimica Zn" Z ne HH znso, H,80, ie ie Quimica r H,80, cu> cuso, ive io Nocaso da pilha formada pelos eletrodos de zinco ehidrogénio, addp registrada foi de0,76V.Como funcionamento da pilha, percebemos quenoeletrodo dezinco ocorre corrosiodoZn,,, concluindo- -se, entéo, que este sofre oxidacao: Zn > Zn) + 2e7 1 + 1 (placa) (solugéo) fio Assim, © Erg do eletrodo de hidrogénio Cu + 2 > Cuy (Ejns = zero) & maior que o do eletrodo de t 1 i zinco Como: (solugéo) (fio) (placa) ddp Es — Ered temos: Assim, 0 £2, do eletrodo de hidrogénio U v T (E24 =zer0) é menor que o do eletrodo de cobre. 0,76V = zero - Eo, Como: ddp = Ens - Ema, temos: Assim: maior menor + 1 Fa, =-O,76V 0,34V = Ey — zero Assim: O sinal negativo indica que o eletrodo de hidro- Edgy, = 7034 V genio ao qual foi atribuido um Ens = zero possui capacidade de atrair & do eletrodo de zinco. O jon Hij,q) € capaz de oxidar 0 zinco metalico, provocando a sua corrosio, pelo fato de possuir UM Ens Mair que O Ej. do eletrodo de zinco. No caso da pilha formada pelos eletrodos de co- bree hidrogénio, a ddp registrada foi de 0,34 V. Com 0 funcionamento da pilha, percebemos que no eletrodo de cobre ocorreu deposi¢ao do metal na placa, podendo-se concluir que houve reducSo do fon Cu?) , como mostra a equacao: a7 O sinal positivo indica que o eletrodo de cobre possui um E,.4 maior que o do eletrodo de hi- drogénio, ou seja, o fon Cu" é capaz de oxidar 0 H,: Hy > 2H’ + 2e Como se percebe nos exemplos descritos, 0 eletrodo de hidrogénio pode ser 0 cétodo ou o 4nodo de uma pilha. Se combinarmos 0 eletrodo de hidrogénio com eletrodos dos mais variados metais, perceberemos que alguns se comportam como 0 eletrodo de cobre (9. > 0)e outros se comportam como o eletrodo de zinco (E2., <0) Assim, experimentalmente, é possivel cons- truir uma tabela de £2, Quimica Solugées, termoquimica e eletroquimica B. Calculo da ddp de uma pilha ddp = E2,— E24 Addp de uma pilha depende de dois fatores: ml _meor ~ danatureza da reagdo na pilha; = das concentragdes das espécies que ou participam da reac3o. ddp = £2, - €3 = Edy Ey Vamos trabalhar somente com a natureza da maior ener reaco, na qual a ddp pode ser calculada da seguinte forma: ou ddp=E9,, +E%, Para uma pilha, a ddp positiva, o que reflete a espontaneidade da reacao. Pilha|-»{ Proceso espontaneo |» |ddp > 0 (positiva) Observacao Todo eletrodo apresenta um mesmo valor numérico para seus potenciais de redugo e de oxida- 0, porém com sinais opostos. Assim: Por exemplo Eletrodo de zinco:E2,=~0,76 V e E,=+0,76V Eletrodo de cobre :E°,,=+0,34 V e £3, =—0,34 V eoe 38 Solugées, termoquimica e eletroquimica C. Tabela dos Ereg Potenciais de redugo (E,..) expressos em volts (solucao aquosa 1 Ma 25 °Ce 1 atm) Quimica ei03npas OpSe ap ayuasse.9 WapiO 3,04 = Lite 43,04 2,92 k = Kee 42,92 2,90 Ba Ba + 2e° 42,90 -2,89 Sr = Sr + 2e 42,89 -2,87 CaS ca 2 42,87 2n, oS Na‘ +e 42,71 -2,37 Me Meh +2e" 42,37 1,66 AS A Be 41,66 118 Mn nt +20" +118 0,83 H,+2(OHY = _2H,O+2€ 40,83 A ~0,76 zn ante 40,76 Fl 0,74 cr = CP 4 3e 40,74 | 0,48 so os S42e 40,48 gl 0,44 Fe = Feh +20" 40,44 Z| -0,28 Co = Cot +20" 40,28 4 0,23 Ni NM 420° 40,23 3 0,13 Poo Pb 20° 40,13 A 0,00 H, = 2H" +2e° 0,00 4| 40,15 cS tte O15 F 40,34 cutee -0,34 40,40 2(0Hy = H,0+1/20,+2e 0,40 40,52 cu = cute 0,52 40,54 2S Ite 0,54 40,77 Fev = Fe* +e 0,77 +080 eo Agte: ~0,80 40,85 He Hg +20" 0,85 +1,08 2b SOB, #20" 1,09 41,23 HO = 2H+1/20,+2e 1,23 41,36 2c US Cit 2e- -1,36 42,87 2 oS Ft 2e 2.87 Observagées Eletrodos com E, dos tém sua massa aumentada. Eletrodos com Ef, < 0 tém seus elétrons atraidos pelo eletrodo de hidrogénio. Tais eletro- dos tém suas massas diminuidas, pois sofrem corrosao. Oeletrodo de maior E2, € 0 que atraie~. Toda vez que um metal estiver em contato com uma soluggo na qual exista um fon cujo 2, é maior que o do metal, ocorre corrosao do metal. 39 > 0 tém capacidade de atrair e do eletrodo de hidrogénio. Tais eletro- Quimica D. Espontaneidade das reacdes de oxirredugao Quanto maior for o potencial de redugio de um elemento, maior serd a tendéncia em ga- nhar elétrons, portanto ele recebe elétrons de um outro elemento de menor potencial de reducdo. Para o potencial de oxidacao, quanto maior for o valor de E°, maior serd a tendéncia de perder elétrons e, portanto, de ceder elé- trons para outro elemento de menor potencial de oxidacdo. Por exemplo: 24s) + Cups) > Znf + CU) Dados: Cur+2e > Cur iE 0,34.V Zn*+2e 3 Zn’ E=-0,76V Para sabermos se a reacdo é esponténea ou no, devemos adotar a seguinte conduta: verificar, no sentido indicado da reago, a espécie que sofre oxidagao (perde ee a espécie que sofre reducdo (ganha e°); se a espécie que sofre reducdo apre- sentar um £2, maior que o da espécie que sofre oxidacdo, a reacdo sera es- pontanea; caso contrario, ndo. Zny + Cue, ‘s a > ink, Sofre oxidagao perdee O fato de o fon Cu apresentar Um Ejgq maior significa que ele possui capacidade de atrair e° do Znj,, sendo assim a reacao sera espon- tanea. Observaco Objetos metdlicos podem ser protegidos da corrosio de varios modos diferentes: — aplicagio de uma camada de tinta na superficie metélica; cobrir a superficie metélica com outro metal (eletrdlise); 40 Solucées, termoquimica e eletroquimica colocar o metal a ser protegido em con- tato com outro metal que apresente um potencial de oxidacdo maior. Neste caso, © metal de maior potencial de oxidacdo sofre corrosao (oxidago), protegendo o metal de menor potencial de oxidacdo. Por exemplo, Mg e Zn sao utilizados para a protecao do Fe contra a ferrugem. Mg e 2n so denominados metais de sacrificio. 6. Eletrdlise Consiste em uma reacao de oxirreducdo ndo espontinea. € 0 inverso de uma pilha. Na ele- trélise, hd necessidade de uma fonte externa de corrente elétrica (continua) para que uma reago ndo espontanea ocorra. O recipiente em que se realiza a eletrélise re- cebe o nome de célula eletrolitica ou cuba ele- trolitica 0 eletrélito, ou substancia que conduz eletri- cidade, deve ser um composto idnico liquid (fundido) ou, entdo, em solugo aquosa. Pode ser um composto molecular, desde que este se ionize quando em solucdo aquosa. Como exemplo, temos os acidos. A. Funcionamento da eletrdlise Gerador de corrente continua HOOUD Eletrodo Eletrodo inerte inerte Anode’ ‘Cétodo © cuba eletrolitica AB (eletrélito) Os fons negativos sao atraidos pelo polo @lAnodo), onde ir3o perder elétrons (oxi: dagio). Os elétrons cedidos ao polo @ mi- gram através do circuito externo até o polo O[catodo). La, estes serdo “ganhos” pelos fons positivos (redugo). Semirreacao anédica: BX > B° +e~ Semirreacao catédica: A* +e > A® Reac3o global: Bo +A* BO +A’ Para que ocorra a eletrélise, é ne- cesséria a presenga de fons livres. Solusées, termoquimica e eletroquimica Quimica Observacao Exemplo A reacdo que ocorre em uma eletrélise é 0 _Eletrélise ignea do NaCt inverso da reagdo de uma pilha. Assim, para e +. que ocorra uma eletrdlise, é necessdrio que 0 ry gerador fornega uma ddp superior & reacdo da Anodo 4 © cétodo pilha (esponténea). Se isto ndo ocorrer, a ele- trélise nao se realizard. B. Eletrdlise ignea a Na cuba Como ja vimos anteriormente, para que ocor- Keone A esstente ra eletrélise, € necessaria a presenca de ions iS 2 a0 calor livres. Um composto iénico, no estado sélido, NaCl fundido nao deve sofrer eletrdlise, j& que ndo possui fons livres. Uma forma de liberar os fons deste nace 280°C + Nae 4 ce composto & aquecé-los até a fusdo (fundir). A eletrélise que ocorre, nessas condigdes, é cha- Semirreagées da eletrélise ignea do NaCt: mada eletrolise ignea (do latim igneus = infla- mado, ardente) Anodo ® :2 4, ug + 26 (oxidagdo) :2.Na* + 2e-92 Na (redusiio) Catodo Reagéo global: 2 C/-+2Na‘>0,,, +2Na,, Observagao Normalmente, os eletrodos utilizados sao de grafite. O numero de elétrons libertados no 4nodo é sempre igual ao numero de elétrons absorvides no cdtodo, em qualquer instante da eletrélise, C. Eletrélise em solucdo aquosa Quando um eletrélito é dissolvido em agua (ocorrendo ionizagio ou dissociacao), além dos seus ions, devemos considerar a ionizagdo da prépria 4gua: Hoo AB Bey + Baw fons do eletrélito +] of HoT HO ——e Hing + OF ay a fons de agua AB Observacao Embora a ionizacao da dgua ocorra em pequena escala (1 molécula se ioniza em cada 555 milhdes de moléculas), seus fons devem ser considerados. Experimentalmente, observa-se que, na eletrélise aquosa, apenas um tipo de cétion é atraido por vez no cétodo, e, enquanto ele estiver presente na solugo, nenhuma outra espécie sera atraida (© mesmo fato acorre em relago aos 4nions no anodo. 41 coe Quimica Exemplo Suponhamos uma solugSo aquosa de AB. Os fons presentes na solugdo serao: Aza) © Bjzq Provenientes do eletrélito AB H(.q) @ OHjq) Provenientes da agua Consultando a tabela de E° 2, se verificarmos ° que 0 Hi,,,possui maior E%,, que o Aj, (hi- potético), 0 Hi,, ird se reduzir mais facilmen- te. Assim, a reacdo que ocorre, neste caso, 6a descarga do Hi.) € no a do Ajzg, No caso dos nions em solugao, podemos dizer que, quanto maior for a eletronegatividade do 4nion, maior seré sua tendéncia de atrair os elétrons e, portanto, mais dificil seré dod-los. Suponha, no exemplo anterior, que B” seja me- nos eletronegativo que OH”. Logo, B™ perderd elétrons mais facilmente (descarrega primeiro). A seguir, mostramos a ordem crescente de fa- cilidade de descarga para cations e anions. Cations: 1A’, IIA, AC, H’, cations restantes {atraidos pelo polo -) jalor facilidade de descarga Anions: ; Anions oxigenados, (503-,NO; ,PO} anions nions ( atraidos OW, , . organicos’ restantes\ pelo polo + EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM © crescimento da produgao de energia elétri- ca ao longo do tempo tem influenciado deci- sivamente 0 progresso da humanidade, mas também tem criado uma séria preocupacao: © prejuizo a0 meio ambiente. Nos préximos anos, uma nova tecnologia de geracio de energia elétrica deverd ganhar espaco: as cé- lulas a combustivel hidrogénio/oxigénio. 42 Solucées, termoquimica e eletroquimica D. Estequiometria da eletrélise Cada elétron que atravessa o circuito trans- porta uma carga de 1,6 - 10” C. Se x elétrons atravessarem © circuito, eles transportario uma carga de x» 1,6 - 107°C. Assim, para um mol de elétrons, teremos: te transports 46.40-19C 6-10%@- _tarsporam x x=96.500C Conclusio Quando 1 mol de elétrons atravessa um circui- to, transporta a carga de 96.500 C. Esta carga é denominada 1 Faraday. 96.500 =1F Assim 61030" PT 96.500C=1F io mo A carga Q (coulomb) que atravessa o circuito pode ser calculada multiplicando-se a corren- te (ampéres) pelo tempo (segundos). =i t (ampéres) (segundos) (coulomb) VILLULLAS, H. M; TICIANELLI, E. A; GONZALEZ, E.R. Quimica nova na escola. N® 15, malo 2002. Solugées, termoquimica e eletroquimica Quimica Com base no texto e na figura, a producao de energia elétrica por meio da célula a combusti- vel hidrogénio/oxigénio diferencia-se dos pro- cessos convencionais porque: a, transforma energia quimica em energia elétrica, sem causar danos ao meio am- biente, porque o principal subproduto formado é a dgua. b. converte a energia quimica contida nas moléculas dos componentes em ener- gia térmica, sem que ocorra a produco de gases poluentes nocives ao meio ambiente. transforma energia quimica em energia elétrica, porém emite gases poluentes da mesma forma que a produco de energia a partir dos combustiveis fasseis. 4a d. converte energia elétrica proveniente dos combustiveis fésseis em energia quimica, retendo os gases poluentes produzidos no processo sem alterar a qualidade do meio ambiente. e. converte a energia potencial acumula- da nas moléculas de dgua contidas no sistema em energia quimica, sem que ocorra a producao de gases poluentes nocivos ao meio ambiente. Resolugdo Pela figura, verificamos que o Unico subprodu- to formado na transformacao de energia qui- mica em energia elétrica é a gua (H,0). Resposta A Quimica 1. Definigao Vamos imaginar um cilindro munido de um €mbolo totalmente apoiado em um liquide puro contido no seu interior. Se elevarmos o émbolo, criaremos um espaco vazio e 0 liquido comegara a vaporizar-se. Figura Ill Figura | Figura Il I. Inicialmente temos evaporacdo, pois ainda nao existem moléculas no estado. de vapor. I. A velocidade de evaporacdo ¢ maior que a velocidade de condensacao. Il. Apés algum tempo, a velocidade de condensagao iguala-se a velocidade de evaporacéo e 0 sistema atinge eq brio dinamico: a cada unidade de tem- po, o nmero de moléculas que passam para o estado gasoso é igual ao numero de moléculas que retornam para a fase liquida. Em resumo, no inicio, a velocidade com que 0 liquido passa a vapor ¢ alta e a velocidade com que o vapor volta ao liquido é baixa. No decorrer do processo, a velocidade com que 0 liquido passa a vapor vai diminuindo e a velocidade com que o vapor volta ao liquido vai aumentando. Quando temos a impressao de que o processo parou, o que ocorreu real- mente foi um equilibrio, isto é, as duas veloci- dades se igualaram. Nesta situago, dizemos que foi atingida a presséo maxima de vapor do liquido. Solugées, termoquimica e eletroquimica CAPITULO 05 + PRESSAO MAXIMA DE VAPOR > | 2. Fatores que influenciam A pressdo maxima de vapor depende de dois fatores. A. Natureza do liquido Liquides mais volateis, como éter, acetona etc., evaporam-se mais intensamente, o que acarreta uma pressdo de vapor maior. 0 gréfico abaixo mostra a variagao da presso de vapor de alguns Iiquidos em fungo da tem- peratura. Pressdo (mmHg) Temperatura (°C) O gréfico mostra que, quanto maior for a pres- so de vapor de um liquido, ou melhor, quanto mais volatil ele for, mais rapidamente entrard em ebuligao. B. Temperatura Aumentando a temperatura, qualquer liquido evaporar mais intensamente, acarretando maior pressio de vapor. Observe a variacdo de presséo maxima de va- por da agua em fungo da temperatura e 0 respectivo grafico: Pes (emg) 1.200 1.000 800 760 600- 400 200- 0! TEC) 20°40 60 80 100120 Solugées, termoquimica e eletroquimica Observacao ‘A passagem de uma substéncia da fase liquida para a fase vapor pode ocorrer de duas formas: I. Evaporagio Consiste em uma vaporizagao relativamente lenta, em que as moléculas mais velozes ven- cem as forgas de atracao intermoleculares. 2 9 Aevaporacao depende da superficie de conta- to entre o liquido e a fase vapor: quanto maior for a superficie de contato, mais intensa serd a evaporagao. IL. Ebuligio E uma vaporizacao turbulenta, na qual a pas- sagem da fase liquida para vapor pode ocor- rer em qualquer ponto da fase liquida e ndo apenas na superficie. Esse tipo de vaporizacao apresenta como caracteristica a formagio de bolhas, isto , porcdes de vapor cercadas por uma pelicula de liquido. ‘As bolhas sé podem existir se a pressdo de seu vapor for igual ou maior que a pressao exter- na ~ a pressdo atmosférica mais a presséo da massa liquida, que comumente é desprezivel. Um liquide entra em ebuligéo quando a sua presséio de vapor se iguala & pressdo atmos- férica. Exemplo O gréfico a seguir mostra a variacdo da pressao de vapor da dgua em fungao da temperatura, 45 Quimica Pager (mig) P>760 P=760 P< 760 TEPC) T<100 T= 100 T> 100 ‘Ao nivel do mar, onde a presséo atmosférica 6 de 760 mmHg, a dgua ferve a 100°C. Isto quer dizer que a 100 °C a pressdo da Agua é igual 2 760 mmHg. Observando-se 0 grafico acima, verifica-se que a temperaturas diferentes 0 liquido também pode ferver, bastando, para isso, que se altere a pressdo externa que atua sobre ele. ‘Assim, no alto de uma montanha, onde a pres- so atmosférica é menor que 1 atm, a Sgua fer- ve abaixo de 100 °C, enquanto em uma panela de pressio, onde a pressdo é superior a 1 atm, a dgua ferve acima de 100°C. ‘A temperatura na qual o liquido ferve, sob pres- so de 1 atm, é chamada de temperatura de ebulico normal ou ponto de ebulico normal. Desta forma, 0 ponto de ebulicgo normal da gua é de 100°C. Exemplo No pico Everest, a agua ferve em torno de 70 °C; numa panela de pressdo, ela ferve em torno de 110 °C. 3. Diagrama de fases da agua Se representarmos em um mesmo grafico a variacao da temperatura de ebulicao e a varia- go de temperatura de solidificacdo da égua em funcao de sua pressao de vapor, obtere- mos o seguinte: P (mmHg) 5 760 +-\e ey yw 479 My T (°C) 0001 /” 300 Quimica Solucées, termoquimica e eletroquimica No ponto onde a pressdo é igual a 4,579 mmHg, a temperatura é igual a 0,01 °C e a curva de ebulicdo coincide com a curva de solidificacao da agua. Isso significa que, nessa pressio e tem- peratura, temos o equilibric gua sélida = 4gua liquida = dgua vapor Esse ponto (4,579 x 0,01) é chamado de ponto triplo da dgua. Abaixo de 4,579 mmHg, a 4gua passa diretamente da fase sdlida a fase de va- Por, ou seja, ocorre a sublimacao. Se acrescentarmos ao gréfico anterior a va- riago da temperatura em pressio abaixo de 4,579 mmHg, obteremos a curva de sublima- Go. P (mmHg) ‘ Agua liquida Ponto triplo T (°C) EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM Sob pressdo normal (ao nivel do mar), a 4gua entra em ebulicio a temperatura de 100 °C. Tendo por base essa informagao, um garoto residente em uma cidade litoranea fez a se- guinte experiéncia: * Colocou uma caneca metélica contendo ‘gua no fogareiro do fogao de sua casa. * Quando a dgua comecou a ferver, en- costou cuidadosamente a extremidade mais estreita de uma seringa de inje- 40, desprovida de agulha, na superfi- Cie do liquido e, erguendo 0 mbolo da seringa, aspirou certa quantidade de gua para seu interior, tapando-a em seguida * Verificando apés alguns instantes que a gua da seringa havia parado de ferver, ele ergueu o émbolo da seringa, cons- tatando, intrigado, que a dgua voltou a ferver apés um pequeno deslocamento do émbolo. 46 O grafico anterior é conhecido como diagrama de fase da agua. Nele, observamos que: * no ponto triplo, coexistem as 3 fases de equilibrio: gua sdlida —2 agua liquida = dgua vapor * na curva de sublimagao, coexistem as fases sélida e vapor: gua sdlida = agua vapor * na curva de solidificagéo, coexistem as fases sélida e liquida: gua sdlida 2 agua liquida + na curva de ebuligdo, coexistem as fa- ses liquida e vapor: gua liquida = agua vapor * em toda regido a direita das curvas de ebulicio e de sublimacao, existe so- mente a fase vapor d’gua. * em toda regido entre as curvas de soli- dificagao e de ebulicao, existe somente a fase liquida da gua. Considerando o procedimento anterior, a dgua volta a ferver porque esse deslocamento: a. permite a entrada de calor do ambien- te externo para o interior da seringa. b. provoca, por atrito, o aquecimento da gua contida na seringa. ¢. produz aumento de volume que au- menta 0 ponto de ebulicdo da agua d. proporciona queda de pressao no inte- rior da seringa que diminui o ponto de ebuligdo da agua. e. possibilita a diminuicio da densidade da gua que facilita sua ebulicao, Resolucao Considerando 0 procedimento anterior, a dgua volta a ferver porque esse deslocamento propor- ciona queda de pressio no interior da seringa, 0 que diminui o ponto de ebulicgo da dgua. Quan- to maior for a pressio sob a superficie da agua, maior seré a temperatura de ebulico e vice-versa. Resposta D Solugées, termoquimica e eletroquimica Adissolugao de um soluto nao volatil num sol- vente provoca: a. 0 abaixamento da pressao de vapor do sol- vente. b, a elevacao do ponto de ebulicao do solvente. . 0 abaixamento do ponto de congelagéo do solvente. Esses efeitos mais a pressio osmética so chamados de efeitos coligativos porque sé dependem do numero de particulas do solu- to dissolvidas. Quanto maior for o numero de particulas do soluto dissolvidas, maiores sero 05 efeitos coligativos. Os efeitos coligativos serdo estudados pelas propriedades coligativas (tonoscopia, ebulios- copia, crioscopia e osmoscopia). 1. Classificagéo de uma solucgao quanto a natureza do soluto Uma solugo ¢ a mistura homogénea de um soluto em um solvente. Em uma solugéo molecular, todas as particulas dissolvidas so moléculas; 0 soluto nao sofre ionizagao. Exemplo: soluggo aquosa de agiicar comum, sa- carose, CizHz20::. Em uma solugao iénica, hd fons em so- luo; as particulas dissolvidas séo fons provenientes da dissolucao de um séli- do idnico ou da ioniza¢ao de uma subs- tancia molecular. Exemplos: solucdo aquosa de sal de cozinha (NaCé); solu- ‘G0 aquosa de Acido sulfirico (H;S0,). A agua e 0 acticar formam uma solucao mole- cular: ndo hi fons em solugao. ‘A gua e 0 sal de cozinha formam uma solucao i6nica: ha fons em solugao. 47 Quimica CAPITULO 06 + PROPRIEDADES COLIGATIVAS au Adicionando 1,0 mol de sal de cozinha (NaC!) em um volume V de H,0 Adicionando 1,0 ‘mol de sacarose em um volume V de H,0, {supondo dissociacao total do sal), | temos | temos 6,02 - 10 6,02 - 10” cations, moléculas do Nat e 6,02: 10 soluto sacarose, 4nions Cl, lees \rere total de total de 6,02 - 10 12,04. 10” particulas de particulas de soluto soluto Como as propriedades coligativas dependem apenas do numero de particulas de soluto, e nao de sua natureza, temos que, numa solu- Gio iénica, os efeitos coligativos so mais in- tensos que na solugdo molecular de mesma concentracio. 2. Solugées idnicas Sdo aquelas que possuem fons como particu- las do soluto. Observe que uma solucao iénica no tem necessariamente apenas ions dissol- vidos. Uma solucdo iénica pode apresentar também moléculas dissolvidas. Sendo assim, o numero de particulas de soluto existentes na solugdo vai depender: do numero de fons presentes em cada férmula do composto; do grau de dissocia¢ao ou ionizagao (a) desse composto a uma dada tempera- tura. Exemplo Considere 0 cido sulftirico, H;SO.j9), com grau de ionizagdo 0. = 61% ou 0,61 a 18 °C. Aionizagao de uma molécula de H,S0, é dada pela equacao: 1H,SO, +2H,0 2 H,0* +1S0%- 1 moléeus partculas em solugdo Quimica Se considerarmos 100 moléculas de H;SO,, nas condigdes descritas, temos: i ed moléculas de H,SO, wv 61 moléculas 39 moléculas ionizam nao ionizam 2-61H,0'+1-6150> 39.50, Totalde | 122H,0° particulas 6150, nasoluggo 39 H,S0, L Isto significa que cada 100 moléculas de H,SO, dissolvidas em agua dao origem a 222 particu- las em solugao. © cientista holand@s Jakobus Henricus Van’t Hoff, por volta de 1882, percebeu que o nu- mero de particulas, em solueao iénica, poderia ser calculado pelo produto do nimero de par- ticulas dissolvidas por um certo fator i que, em sua homenagem, é conhecido como fator de correcdo de Van't Hoff, 222 particulas Nmero de particulas em solugdo = nimero de particulas dissolvidas i Observe nosso exemplo: 222 = 100-1 => em que 22 Van't Hoff demonstrou que o fator de correcao (i) podia ser calculado pela relacao: i=1+0-(q-1) Em que: a. = grau de ionizagio ou dissociago do com- posto. q = numero total de fons liberados na ionizacao de 1 molécula ou na dissociagao de 1 agregado iénico. 48 Solucées, termoquimica e eletroquimica 3. Tonoscopia E 0 estudo do abaixamento da pressdo maxi- ma de vapor de um liquido, que é ocasionado pela dissolucao de um soluto nao volatil. A pressao de vapor da solucao formada por um soluto (ndo volatil) em solvente é menor que a do solvente puro, pois a interacdo entre as particulas do soluto e as moléculas do solven- te diminui as saidas destas Ultimas. Portanto, quanto maior for o numero de particulas do soluto em solucao, maior seré o abaixamento da pressdo maxima de vapor e menor serd a pressao de vapor do solvente. Esquematicamente, podemos representar: ttt tty tf tt ! ej Ey ES Solvente Solusio Solusio puro diluida concentrada Efeito tonoscépico | ef apt 8 8 8 Apenas Solvente Solugao merciirio puro Aexperiéncia mostra que a dissolugdo de uma substdncia no volatil num solvente provoca 0 abaixamento de sua presséo de vapor, isto é, a cada temperatura, a solucéo possui menos pressdo de vapor que o solvente puro. Efeito tonoscépico TEC) Solugées, termoquimica e eletroquimica O diagrama mostra 0 abaixamento da pressio de vapor da solu¢do em relacdo ao solvente puro, sendo: Py: press&o de vapor do solvente puro P = pressdo de vapor da solucdo AP = P,P = abaixamento absoluto da pressdo de vapor we abaixamento relativo da pressdo de vapor , 4, Ebulioscopia E 0 estudo da elevacdo da temperatura de ebulicdo de um liquido, por meio da adigéo de um soluto no volétil. ‘A diminuigao da presséo maxima de vapor do solvente, devido & adi¢go de um soluto, leva inevitavelmente ao aumento da temperatura de ebulico. Quanto maior for a concentracao do soluto, maior serd a elevagdo da temperatura de ebu- ligdo do solvente e maior seré sua temperatura de ebuligao. Ho Solugao Solugao pura aquosade aquosa de 100°C slicose glicose molar 2molar 100,52°C 101,04°C ATE = Elevacao da temperatura de ebulicao ATE=TE-TE, TE, = temperatura de ebulicao do solvente puro TE = temperatura de ebulicgo do solvente na solugdo = Solugo glicose 1M ATE = 100,52 - 100 ATE =0,52°C = Solugdo glicose 2M ATE = 101,04 - 100 ATE = 1,04 °C Quimica 5. Crioscopia E oestudo do abaixamento da temperatura de congelacao de um Iiquido, por meio da adico de um soluto. A diminuigo da pressao de vapor do solvente, devido a adigdo de um soluto, leva 8 diminui- do da temperatura de congelamento. Quanto maior for a concentra¢ao do soluto, maior seré 0 abaixamento da temperatura de congelamento do solvente e menor serd sua temperatura de congelamento. H,0 Solugao Solugao pura aquosade —aquosa de orc slicose glicose molar 2molar 16°C 72°C ATC = Abaixamento da temperatura de conge- lamento ATC=TC,-TC ‘TC, = temperatura de congelamento do sol- vente puro TC = temperatura de congelamento do solven- te na solucdo = Solug&o glicose 1 M ATC = 0-(-1,86) ATC = 1,86 °C - Solus glicose 2M ATC = 0-(-3,72) ATC = 3,72°C Graficamente, podemos representar os efeitos ebulioscdpico e crioscépico. Prose Solvente Seu | /Solugso Quimica emperatura de solidificagao do li- quido na solugao * TG; = temperatura de solidificagdo do liquido puro * TE = temperatura de ebuli¢ao do liqui- do na solugao * TE, = temperatura de ebuligdo do liqui- do puro 6. Osmose Osmose é a passagem de um solvente para © interior de uma solugdo feita desse mesmo solvente, através de uma membrana semiper- meavel (MSP). A osmose também é uma pro- priedade coligativa da solucdo, pois depende do nimero de particulas dissolvidas. MSP MsP Ap6s um certo Solugio tempo mas Solvente Soluglo | Solvente iid ‘Osmose Osmose Nota A membrana semipermedvel (MSP), que pode ser feita de bexiga de animal ou celofane, é seletiva, ou seja, deixa passar o solvente, mas no deixa passar o soluto. Observa-se que o nivel do solvente diminui apés certo tempo, enquanto o nivel da solu- 40 aumenta, Exemplo Dadas duas solugées, A e B, inicialmente 0,1 M e 0,2 M, separadas por uma membrana semi- permedvel MsP a B | osmose > a Solgto Solio Soluyso ‘ cM o2M Selcbo <02M Ls Solugio Solugdo Soren moma concentrada diluida Verifica-se que as solugdes A e B mudam de concentragio apés a osmose. 50 Solucées, termoquimica e eletroquimica 7. Pressao osmética (osmoscopia) Pressdo osmética é a pressdo que se deveria aplicar sobre a solugdo para impedir a passa- gem do solvente através da membrana semi- permedvel. A presséo osmética é representada pela letra grega m. Essa pressao é equivalente a pressdo exercida pelo solvente na passagem através da membrana @ ‘ Solugo Solvente Osmoscopia é a medida da presso osmética, que pode ser feita por aparelhos chamados osmémetros. Solugdes isoténicas sdo solugdes de mesma pressao osmética. Uma solucao seré hipoté- nica em relacao a outra quando tiver menor pressao osmética; seré hiperténica quando tiver maior pressao osmética. Exemplo Uma solucao 0,4 molar de um certo soluto seré hiperténica em relacao a uma soluco 0,1 molar do mesmo soluto, no mesmo solvente e & mesma temperatura. 8. Leis de Van’t Hoff para a osmose 12) A presséo osmotica é diretamente pro- porcional a temperatura absoluta da solugdo: mek-T 23) A pressao osmética é diretamente pro- porcional & concentrago molar da so- lugdo: Solugées, termoquimica e eletroquimica Quimica Juntando-se as duas leis pela proporcionalida- _k ~ constante universal dos gases perfeitos (R) de mutua, obtém-se: tL R= 0,082 5 eke mol-K () ou mmHe-L Mesut mmHg-L Sabendo-se que = 22> R= 62,3 OK holes a equacio (I) fica como: = Pressio osmética da solugio (atm ou mmHg) m=k".T ou m-V=k-n-T V = Volume da solugao (litros) v n= Quantidade em mols do soluto em que: T = Temperatura absoluta da solugo (Kelvin) EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM A lavoura arrozeira na planicie costeira da c. diminuigdo da salinidade, que atinge regio sul do Brasil comumente sofre perdas um nivel em que as plantas no tém elevadas devido a salinizacéo da égua de irri- forcas de succio, fazendo com que a gacdo, que ocasiona prejuizos diretos, como gua nao seja absorvida. a redusao de produsao da lavoura. Solos com d. aumento da salinidade, que atinge um processo de salinizasio avancado no sao in- nivel em que as plantas tém muita su- dicados, por exemplo, para o cultivo de arroz dacdo, nao tendo forca de suecio para ‘As plantas retiram a gua do solo quando as superé-la forcas de embebicio dos tecidos das raizes so superiores &s forcas com que a agua ¢ retirada no solo. e. diminuico da salinidade, que atinge um nivel em que as plantas ficam tur- gidas e nao tém forca de sudacao para WINKEL. H.L; TSCHIEDEL, M. Cultura do arr 5 salinizagao de solos em cultivos de arroz. Disponivel superé-la, em: | Neste capitulo, estudaremos a ocorréncia dos Ne6nio Ne 20 0,0018 elementos na natureza, os locais onde po- dem ser encontrados, o estado fisico em que Cripténio kr 84 0,00015, se apresentam e suas combinacdes quimicas mals comuns. Hélio He 4 0,00052 E de grande interesse estudarmos os proces- Hidrogénio Hy 2 0,00005, sos usados para obtengdo dos elementos, a - partir de fontes naturais e como sao fabrica- Xendnio | Xe 131__|_0,000008 das algumas substancias de grande interesse industrial e comercial. B. Hidrosfera Apresentaremos, agora, algumas nodes so- —_Hidrosfera é a parte liquida da Terra que cor- bre a constituigo da Terra. responde a cerca de 80% da superficie. a A gua dos oceanos apresenta grande varieda- 1. Constituico da Terra de de sais dissolvidos, constituindo-se em fon- O planeta Terra, para efeitos de estudos, é di- te principal de obtencio de vérios elementos, vidido basicamente em trés partes: litosfera, como bromo, magnésio, sddio, cloro etc. hidrosfera e atmosfera Os sais dissolvidos correspondem a 3,3% da gua dos oceanos. Os elementos que podem ser obtidos da Agua dos oceanos apresentam a seguinte abundancia: A, Atmosfera Atmosfera é a camada gasosa ao redor da Terra. Sete elementos gasosos podem ser encontra- dos comumente na atmosfera, entre eles ni- Componente _Formaem Porcentagem trogénio, oxigénio e gases nobres. que aparece (em massa) Todos esses elementos sdo obtidos industrial- mente a partir do ar atmosférico, com excecao do gas hélio (He), que é extraido do gés natural de certos pocos no Kansas, Oklahoma e Texas, Oxigénio Ho 85,95% onde sua concentracdo é bem superior a en- contrada no ar atmosférico. Hidrogénio HO 10,74% Cloro Clea) 19% Dependendo do local, clima e altitude, a com- posicdo da atmosfera pode variar, mas, em ge- . Nae ral, temos em ordem decrescente de porcen- Sédio Fie 1% tagem em volume: Magnésio Meise 0,13% Atmosfera (sem polui¢do) Enxof Sz 0,088% Componente Férmula __M@ssa_Porcentagem nxofre ica) molecular (em volume) Nitrogénio Na 28 8B Calcio Caz, 0,04% Oxigénio 0, 32 209 Potéssio oat 0.03% Argonio Ar 40 0,93 Gas co, 44 0.03 Bromo Bra 0,0065% carbénico 2 " coe 32 Solugdes, termoquimica e eletroquimica C. Litosfera Litosfera a parte sélida da Terra com cerca de 6.500 km de raio. A parte mais externa, que corresponde a uma espessura de, aproxima- damente, 30 km, é chamada de crosta terres- tre. € dela que extraimos alguns elementos importantes, os quais, em ordem decrescente de abundancia, sao: Componente Simbolo ‘oeeeey Oxigénio ° 49,20 Silicio si 25,67 Aluminio A 750 Ferro Fe 4m Calcio ca 3,39 Sédio Na 263 Potdssio k 2,40 Magnésio Me 1,93 Hidrogénio H 087 Titénio Ti 058 Cloro ce 0,9 Fésforo P oat Manganés Mn 0,09 Carbono c 0,08 Enxofre s 0,06 Demais elementos 0 oxigénio e 0 silicio so os elementos mais abundantes da crosta terrestre, seguidos do aluminio e do ferro. Esses e os demais elemen- tos encontrados na crosta terrestre compéem. os chamados minerais. Minerais sdo substancias presentes na crosta terrestre que se encontram em determinados depésitos. S40 provenientes da concentragao de varios elementos que ocorreram com 0 pas- sar das eras geolégicas, devido a varios proces- sos como fusao, cristaliza¢io, dissolucao e pre- cipitagdo, formando compostos estaveis. Quimica Resumindo Mineral é uma substancia simples ou composta que se forma naturalmente na crosta terrestre, Grande parte dos minerais apresenta, na sua formagao, elementos metalicos, cuja extracdo é desejada Quando o mineral apresenta facilidade de extra- so, condigSes de transporte e baixo custo de mercado, ele passa a ser chamado de minério. Minério é todo mineral do qual se pode extrair um elemento quimico de forma economicamente vidvel. Os principais minérios e os elementos quimicos extraidos encontram-se no quadro a seguir: Minério Metal Fe,0s (hematita) Fe,0, (magnetita) Fe FeS, (pirita) nO, (eassiterita) sn MnO, (pirolusita) Mn ‘ALO, 2 H,0 (bauxita) At Cu (cobre nativo) Cu,0 (cuprita) Cuss (calcocita) cu CuFes, (pirita de cobre) FeO - Cu,$ (calcopirita) Hg (merciirio nativo) HgS (cindbrio) He PbS (galena) Pb 2nS (blend) zn FeO -Cr,0, (cromita) cr Tio, (rutilo) Ti Au (ouro nativo) Au Ag (orata nativa) te ‘AgaS (argentita) Alguns elementos ocorrem na natureza no es- tado nativo, como Au, Ag, Pt, Hg e Cu, os quais sdo chamados metais nobres. Quimica O minério é encontrado na natureza em locais que so chamados minas ou jazidas. O proces- so de extracao do minério das minas 6 chama- do de mineracao. Os processos utilizados para obten¢do dos me- tais, a partir dos seus minérios, é a metalurgia Esses processos consistem, de modo geral, em: |. Purificagdo (ou concentragao) do minério Geralmente, o minério obtido da jazida apre- senta uma quantidade muito grande de im- purezas, material rochoso inuitil, portant as impurezas devem ser removidas. I, Redugo do cétion metélico ao dtomo metilico Os elementos metélicos encontram-se nos mi- nerais na forma de cations metélicos, e, para que se possa obter o metal, tem-se que fazer a redugio do cation. Me** +xe~ Sas 5 Me? Ill, Purificagao do metal © metal obtido pelas etapas 1 e 2 contém, ge- ralmente, pequenas quantidades de outros me- tais e/ou ndo metais, que devem ser removidos ou ndo, dependendo da aplicacao do metal. 2. Substdncias simples e compostas importantes A. Halogénios Os elementos da familia VIIA (atual 17) so conhecidos como halogénios (“formadores de sal”). Os halogénios, por serem altamente reativos, no so encontrados livres na natureza e ocor- rem como fons halogenetos: F, Cf, Bre. 1. Flor (F2) € um gas amarelo palido, que ocorre em mi- nerais como fluorita (CaF,), criolita (Na,A¢F.) € fluor apatita [CasF(PO.)3]. A molécula de fluor F2 é, em principio, o mais forte dos agentes oxidantes: Fag) + 2€” > 2 Fig) Eas = 42,87 V 54 Solucées, termoquimica e eletroquimica Na pratica, o fluor raramente 6 utilizado como agente oxidante, pois 0 seu manuseio é ex- tremamente perigoso. A molécula de F; retira elétrons de praticamente todas as espécies, incluindo a gua, geralmente com exploso violenta. © fluor (F,) € obtido pela eletrolise de uma mistura fundida de HF e KF usando anodo de carbono, no qual se produz F,, e um cétodo de prata ou aco inoxidavel, no qual se forma oH. Os produtos devem ser mantidos separados, pois reagem explosivamente. OF; pode ser armazenado em recipiente de ‘aco, cobre ou certas ligas, somente porque ele forma rapidamente uma pelicula de fluoreto na superficie do metal, que impede o prosse- guimento da reacao. O fluor reage violentamente com o hidrogé: nio, formando 0 fluoreto de hidrogénio (HF), Fag) + Hale) > 2 He) OH, apesar de ser um cido fraco, possui pro- priedades que o tornam dificil de manusear. O HF ig em soluco aquosa ataca o vidro. As solucdes de HF devem ser guardadas em re- cipientes de polietileno ou de parafina. O HF tem uma outra propriedade que o torna extremamente perigoso: causa queimaduras extremamente dolorosas, que levam varios meses para cicatrizar. Os ions fluoretos (F-) so usados em preven- 30 de cérie dentéria. A fonte de fons fluoreto pode ser SnF; (fluoreto estanoso), encontrado no creme dental, ou Naf, adicionado 4 dgua potével, na proporcao de 1 ppm I, Cloro (Cé2) E um gas amarelo-esverdeado, venenoso, pou- co solivel em agua, reagindo com ela, dando ions cloreto e hipoclorito. cod bgt HO — HOOF H+. Agua de cloro 0 cloro encontra-se combinado como cloreto, como os minerais habita (NaC/) e siluita (KC¢) em depésitos subterraneos e também nos oceanos. Solugées, termoquimica e eletroquimica 0 cloro é um germicida poderoso, usado na purificagdo da dgua de beber. E obtido industrialmente pela eletrélise de so- lugo aquosa de cloreto de sédio. 2 NaCé +2 HO > 2. NaOH +H; + Cf Em laboratério, pela reacao do cido cloridrico com diéxido de manganés: MnO, +4 HCE —» MnCf, + 2H,0 + Cl, O cloro é usado como alvejante industrial no tra- tamento da celulose para a fabricacdo de papel, na obtenco de compostos como o acido clori- drico, o inseticida BHC (bezeno hexaclorado) etc. Quando o cloro é borbulhado em uma solugao de hidréxido de sédio a temperatura ambien- te, ocorrre a reacao: Cl, $2 OHjq) > CLOjaq) + Clq) + H2O cuja solugiio resultante é comercializada como gua sanitéria para uso doméstico e como de- sinfetante, II, Bromo (Br,) € um liquido castanho-avermelhado, de cheiro repugnante, t6xico, venenoso. Parcialmente solivel em dgua, reage com ela produzindo dgua de bromo. Br,+H,0 —> H'+ Br HBro Agua de bromo E obtido industrialmente pela oxidacdo em meio dcido do Br das aguas do mar, usando cloro como agente oxidante Clog) +2 Brag) > 2 Céfeq) + Broa) © bromo gasoso é arrastado por uma corrente de ar e, em seguida, condensado ao estado liquido. No laboratério, o bromo pode ser obtido pela oxidacdo de Br por MnO; em meio dcido ou outro agente oxidante. © bromo produz queimaduras dolorosas na pele que dificilmente cicatrizam, por isso deve ser manuseado com extremo cuidado. Eusado na fabricacao de bromoférmio (CHBr;), de desinfetantes, corantes e na indiistria foto- gréfica, principalmente na forma de brometo de prata (AgBr) Quimica WV. lodo (12) E um sélido cinza-escuro, com um brilho semi- metélico. Sublima a 184 °C, dando vapor viole- ta. E praticamente insoltivel em agua. £ soluivel em etanol, formando a tintura de iodo que era utilizada como desinfetante e antisséptico. E produzido industrialmente pela oxidagao de I com gas Cha: Ch+2r32CF+h ou pela redugio do 10; al 10; +3 SO, +3H,0 91 +3HSO, +3H" seguido de oxidacao pelo préprio iodato (105): 10; +5h +6H* 931, +3H,0 Em laboratério, é obtido pelo tratamento de uma mistura de iodeto de potéssio e didxido de manganés com acido sulfirico: 2 Kl + MnO, +3 H,SO, — 2 KHSO, + MnSO, + +2H,0+1, © iodo é usado na produgio do iodoférmio (CHI,), na fabricagdo de remédios, desinfe- tantes, corantes e na industria fotografica (Kl e Agi), O sal de cozinha iodado (NaC¢ + Nal) tem a fi- nalidade de combater o hipertireoidismo (do- enca do bocio). B. Hidrogénio (H,) E um gés incolor, inodoro, combustivel (cha- mado combustivel do futuro). Na Terra, o hidrogénio raramente se encontra livre, mas combinado geralmente com 0 oxigénio, for- mando a agua. ‘A molécula de hidrogénio é to leve que, ao ser libertada, rapidamente sobe aos niveis mais altos da atmosfera, de onde, aos poucos, perde-se no espaso, E obtido industrialmente: a. a partir do carvao; C-+H,0O 22". 5cO+H, Tip wed ine b. pelo processo Lane; 3Fe+4H,0O—2< 5Fe,0, +4H, Quimica c. pela eletrdlis 2H,0 2H, +0; 2NaCf+2H,0— 2 NaOH+H, +Cé, (eletrélise aquosa) d. em laboratério: pela reagdo de dcidos com metais mais reativos que o hidro- génio. My) +2 HCE jaa) —> ZACE j0q) + Hate) © hidrogénio é usado na hidrogenacdo de Gleos vegetais para a producdo de margari- na, como combustivel, na formagao de varios compostos, como NH e HC/ C. Oxigénio (03) E um gas incolor, inodoro e, no estado liquido, € azul palido. E 0 elemento mais abundante na Terra, quer em porcentagem de atomos, quer em massa, Ocorre livre na atmosfera, com- binado com hidrogénio na hidrosfera e com silicio, ferro, aluminio e outros elementos na crosta terrestre (litosfera) E usado como “comburente”, substancia que alimenta as combustées. E obtido industrialmente por liquefacao e pos- terior destilagao fracionada do ar atmosférico Inicialmente, o ar atmosférico & submetido a sucessivas compressées e resfriamentos até atingir uma temperatura de, aproximadamen- te, -200 °C. O ar torna-se Ifquido e, entao, faz-se a destilacao fracionada. Inicialmente, destila o componente mais leve, que € o nitrogénio (PE = -195 °C), depois argo- nio (PE =-190 °C) e, por Ultimo, 0 oxig&nio (PE =-185 °C). E obtido também pela eletrélise da agua 2H,0 2H, +0) Na Medicina, é aplicado em inalagdes e em aparelhos de respiraco artificial contra en- venenamentos provocados por certos gases como o monéxido de carbono (CO). £ usado na fabricacao do aco e em equipamentos de mergulho. 56 Solucées, termoquimica e eletroquimica D. Nitrogénio (N,) E um gés incolor, inodoro e insipido. E um gas inerte. Ocorre na Terra como o prin- cipal constituinte do ar atmosférico (~ 78% em volume), onde se encontra livre (No). E dificil encontrar compostos inorganicos do nitrogénio como minerais, pois a maioria é so- lvel em dgua O nitrogenio é encontrado em compostos orga- nicos em todos os seres vivos, animais e plantas. Certas bactérias no solo e raizes de algumas plantas, especialmente os legumes, convertem 0 nitrogénio atmosférico em nitrogénio organi- co, que é entio transformado por outras bac- térias em nitrato, a forma de nitrogénio mais usada pelas plantas na sintese de proteinas. O nitrogénio é obtido industrialmente por li- quefacao e posterior destilacao fracionada do ar atmosférico. Em laboratério, é obtido pela decomposi¢ao do nitrito de aménio (NH,NO;): NH,NO, —“>N, +2H,O Por ser inerte, usado na forma gasosa no empacotamento de alimentos e no interior de tampadas incandescentes. Na forma liquida, é usado na conservagio de alimentos e na de sémen para inseminacao artificial E usado também na sintese da aménia e na do Acido nitrico. E. Aménia ou gs amoniaco (NH) E um gas incolor (ponto de ebulicéo normal 33,4 °C), com odor caracteristico, sufocan- te e sua inalacdo, em altas concentracdes, causa problemas respiratérios. A aménia é extremamente soltivel em Agua, produzindo o hidréxido de aménio, 0 qual nao existe isolado. NH, +H,0 = NH,QH NH,OH == NH; + OH E obtida industrialmente pela sintese catalitica, N,+3H, = 2NH, Solugées, termoquimica e eletroquimica |. Processo Haber-Bosch Neste processo, a temperatura fica entre 500 e 600 °C, a pressdo é de 200 atmosferas e 0 catalisador é 0 dsmio ou o urdnio. © resultado é uma solucdo amoniaca com ren- dimento de 15%. Atualmente, o ferro (Fe) é usado como catali- sador de forma extensiva, Il, Processo de Claude Neste processo, a temperatura é também de 500 a 600 °C, sé que a pressdo é de 1.000 at- mosferas e 0 catalisador ¢ 0 ferro. Resulta 0 gas amoniaco liquefeito, com rendimento de 40%. Em laboratério a. Processo Solvay Ago da cal viva quente sobre o cloreto de aménio. 2NH,C£+CaO—*-9CaC¢, +2 NH, +H,0 b. Sal de aménio com base soltivel. NH,NO; +NaQH—*5NaNO, +H,0-+NH; ‘A aménia é utilizada em refrigeragio, na pro- dugao de fertilizantes e na preparacao de aci- do nitrico. F. Acido nitrico (HNO;) Puro, é um liquido incolor, volatil (PE = 86 °C) e solivel em agua. Em solucao aquosa, dé ori- gem a um acido forte (aqua fortis), de cheiro irritante, muito venenoso, se inalado ou inge- rido, e forte agente oxidante. E obtido industrialmente pela oxidag3o da aménia, pelo processo Ostwald. m ANH yg) +5 Ong) wage P-4 NO +6 HO 2NOjq) + Orig) > 2 NO2iQ) 3NO nig) +H:Ojq —> 2HNO3 oq) +NOg Em laboratério NaNO, +H,SO, —*»NaHSO, +HNO; 7 Quimica G. Enxofre © enxofre & encontrado livre na crosta terres- tre, bem como combinado com outros ele- mentos, principalmente na forma de sulfetos, como a galena (PbS), pirita (FeS;) e varios sul- fatos, como 0 sulfato de célcio etc. E obtido industrialmente pelo processo Fras- ch, no qual o vapor d’égua superaquecido (cerca de 170 °C e sob pressao) e o ar compri- mido so injetados por encanamentos até os depésitos subterraneos. O enxofre se funde e 6 forgado a subir para a superficie como uma espuma de ar-4gua-enxofre. O envofre é um sélido cristalino amarelo, inso- Idivel em Agua e soliivel em dissulfeto de car- bono (CS,). ‘Apresenta uma variedade de formas alotrdpicas. Atemperatura ambiente ou abaixo de 95,5 °C, 0 enxofre estavel é 0 rémbico ou enxofre a, cuja molécula ¢ ciclica (Se). Quando é aquecido lentamente, transforma-se na forma cristalina monoclinica, estével acima de 95,5 °C. Quando o enxofre liquide (ponto de fuséo = 119°C) é resfriado rapidamente, sendo despe- jado em agua, forma-se 0 enxofre plastico ou amorfo. Ele se parece muito com uma goma de mascar e, aparentemente, consiste em ca- deias muito longas e entrelacadas. © enxofre é usado na vulcanizacao da borra- cha, na fabricacdo de pélvora e em fogos de artificio. Em medicina, é empregado em pomadas ou sabonetes, no combate de certas moléstias da pele. E usado na sintese do dcido sulfuirico. H. Acido sulfrico (H,SO,) E um liquido incolor, viscoso, forte agente oxidan- te, desidratante, densidade igual a 1,84 g/cm’, Seu ponto de ebulicio é cerca de 330 °C, sendo um acido fixo (dificil de vaporizar). € um dos rea- gentes industriais mais importantes. E obtido industrialmente de duas etapas: 1. Obtengao do diéxido de enxofre (SO,) a. a partir da combusto do enxofre. $40,580, Quimica b. a partir da ustulago da pirita (FeS;) 4FeS, +110, “52 Fe,0, +8 SO, Il, Processo de contato Oxidagdo catalitica do SO, a SO, pelo pentd- ido de divanddio (V;0;) ou pela platina (Pt) finamente dividida 280, +0, “%™ 52 so, © SO, dissolvido em H,S0,, produzindo o dcido pirossulfirico, chamado antigamente de oleum ou acido sulfurico fumegante (H,S,0;) SOaj—) +HyS0u\e) > Hp520710) A adigao de agua ao Acido pirossulfirico pro- duz um dcido sulfurico de alta concentragao. H,S20740) + Hx) > 2H,SOer) Este processo de contato é 0 mais moderno utilizado para a obtencao de acido sulfirico. Antigamente, usava-se 0 processo das “cama- das de chumbo”. A dissolugo do acido sulftirico em agua deve ser feita com extremo cuidado, pois libera grande quantidade de calor. Devemos sempre adicionar 0 dcido a agua len- tamente e sob agitacdo. Nunca adicionar agua no Acido, porque o calor liberado vaporiza rapidamente a dgua a medi- da que ela vai sendo adicionada, o que pode provocar queimaduras graves. Acido sulfrico é muito corrosivo e carboniza a matéria organica E utilizado como eletrélito de bateria de autos, na fabricacao de outros acidos, na produgéo de fertilizantes e na fabricacao de explosivos. |. Aluminio (A¢) E 0 metal mais abundante da litosfera e ocorre nos aluminossilicatos, argilas, micas e feldspatos. E obtido industrialmente pelo processo Hall, que consiste na eletrélise ignea da alumina (Aé;0;) proveniente da bauxita © mineral de aluminio é bauxita, que é dxido de aluminio e hidrato impuro Af, n H20. 58 Solucées, termoquimica e eletroquimica Inicialmente, a bauxita é purificada, pelo pro- cesso de Bayer, formando a alumina (A¢,03). A alumina é dissolvida em criolita (Na,A¢F,) fundida e eletrolisada a cerca de 1.000 °C 4 AL+3 0; 2Al,03 O aluminio é um metal extremamente versé- til. Ele pode ser prensado, curvado, enrolado, moldado, estruturado, dando origem as mais variadas formas. Sua baixa densidade torna-o util na constru- 30 de aeronaves e est sendo cada vez mais utilizado nas industrias automobilisticas para obter vefculos mais leves. € utilizado na fabri- cago de utensilios domésticos, como panelas, bacias, formas etc., e também na produgao de fios para eletricidade. J. Ferro (Fe) Ocorre na natureza sob a forma de minérios, como hematita (Fe,O3), magnetita (Fes0,) & pirita (FeS,) O ferro é obtido industrialmente pela reducao da hematita num alto-forno, através da side- rurgia do ferro. O alto-forno funciona continuamente e é car- regado na parte superior, periodicamente, com minério de ferro, calcario (CaCO) e coque (carbono). O ferro fundido e a escéria, um ma- terial semifundido constituido principalmente de silicatos, sio drenados por aberturas de separacdo, que se encontram na parte inferior do forno, ar quente injetado na parte inferior do alto- -forno queima o carbono existente, formando monéxido de carbono (CO), 0 principal agente redutor no forno. 2.Cy) + Og) > 2 CO) Se 0 minério for Fe;03, ele serd reduzido pelo CO aFe,0, na parte superior do forno (300 °C). CO) +3 FeO) > 2 FesOnis) + COn.y) Fe,O, vai aos poucos descendo para a parte inferior do forno, onde é reduzidoa FeO (600°C). CO) +FesOayy > 3 FeO + COne Solugées, termoquimica e eletroquimica Na parte mais baixa do forno, FeO é reduzido a ferro (Fe) (de 800 a 1.600 °C). CO jg) + FeO) > Fein) + CO2g) O calcério introduzido no forno sofre decom- posi¢ao térmica CaCOs4) > CaO + COn Apés ser produzido, CaQ,,, reage com as impu- rezas de silica e silicato, formando uma escéria de silicato que muito menos densa que o fer- ro, de modo que flutua e pode sair separada- mente CaO j,) + SiOg4, — CaSIO34 ae Parte da escéria é utilizada para a construggo de estradas, blocos, pedras artificiais, fabrica- so de adubos etc. © produto do alto-forno ¢ o ferro-gusa, que contém até 5% de Si, P, Mn e S. Estas impure- zas so geralmente oxidadas e removidas do ferro. A purificagao parcial fornece o ferro fundido, que ainda contém quantidades considerdveis de carbono. 0 aco 6 0 ferro que contém 0,1 a 1,5% de car- bono. EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM No Brasil, mais de 66 milhdes de pessoas be- neficiam-se hoje do abastecimento de agua fluoretada, medida que vem reduzindo, em cerca de 50%, a incidéncia de céries. Ocorre, entretanto, que profissionais da satide muitas vezes prescrevem fidior oral ou complexos vita- minicos com fidor para criangas ou gestantes, levando & ingestdo exagerada da substancia © mesmo fato ocorre com 0 uso abusivo de algumas marcas de 4gua mineral que contém fldor. O excesso de flior ~ fluorose ~ nos den- tes pode ocasionar desde efeitos estéticos até defeitos estruturais graves. Foram registrados casos de fluorose tanto em cidades com agua fluoretada pelos po- 59 Quimica Ferro doce, ferro praticamente puro, contém menos de 0,1% de C. ‘Acos inoxidaveis sdo ligas resistentes a corro- so e apresentam, geralmente, crémio e/ou ni- quel. Outros metais, incluindo vanédio, titdnio e manganés, podem ser também usados em agos. K. Cobre (Cu) Ocorre na natureza, tanto no estado nativo (Cu) como na forma de minérios, Cu,S (calco- cita), Cu,O (cuprita), CuFeS, (calcopirita) etc. A obtengao do cobre pode ser feita a partir de sulfetos, aos quais se faz a ustulacao do miné- rio concentrado por flotacao. 2 CuFeS, +50, “52 Cu+2Fe0+4 S0, © cobre assim obtido apresenta pureza de 97 299%. Para se obter o cobre com, aproximadamente, 99,99%, faz-se uma purificacao por eletrélise (cobre eletrolitico). © cobre eletrolitico é usado em fios de eletri- cidade. A liga de latdo é uma mistura de Cu e Zn, ea liga de bronze é Cue Sn. deres piiblicos como em outras, abastecidas por lengéis fredticos que naturalmente con- tém fluor. Revista da Associagao Paulista de Cirurgides Dentstas = APCD, vol. 53, n®.1, jan./fev. 1999, Adaptado. Com base nesse texto, sdo feitas as afirmacoes a seguir: ILA fluoretagio da agua é importante para a manutencao do esmalte denté- rio, porém nao pode ser excessiva. . Os lengéis freaticos citados contém compostos de fluor, em concentra- es superiores as existentes na agua tratada Quimica IIL, As pessoas que adquiriram fluorose po- dem ter utilizado outras fontes de flior além da dgua de abastecimento publi- co, como, por exemplo, cremes dentais, e vitaminas com fldor. Pode-se afirmar que apenas: a. | 6 correta. b. Il 6 correta. . Ill é correta d. |e Ill sio corretas. e. Ile Ill so corretas. Resolugéo 1. Correta: a fluoretagao é importante para a manutengo do esmalte dentério, porém ndo 60 Solugées, termoquimica e eletroquimica pode ser excessiva. O excesso de filior — fluo- rose — nos dentes pode ocasionar desde efei- tos estéticos até defeitos estruturais graves. Il. _Incorreta: foram registrados casos de fluoro- se tanto em cidades com agua fluoretada pelos poderes piiblicos como em outras abastecidas por lengéis fredticos que naturalmente contém flor. Ill, Correta: as pessoas que adquiriram fluoro- se podem ter utilizado outras fontes de fluor, além da agua de abastecimento piiblico, como, por exemplo, cremes dentais e vitaminas com fluor. Resposta D rcicios Propostos Exe S Solugées, termoquimica e eletroquimica 01. © que diferencia uma solugdo dilufda de uma concentrada? 02. Qual ¢ 0 critério utilizado para classificar as dispersoes? 03. O leite de magnésia é uma dispersao de hidré- xido de magnésio e agua. Nessa dispersdo, 0 disperso se apresenta com particulas maiores que 10° A. Que tipo de dispersdo é essa? 04. Como sao classificadas as solugdes quanto & natureza das particulas dispersas? 05. Em relagdo as solugdes verdadeiras, ¢ correto afirmar que: a.as particulas dispersas sofrem sedi- mentagdo por meio de ultracentrifugas. as particulas dispersas so separadas do dispersante por meio de filtros comuns. as particulas dispersas sdo visiveis a0 ultramicroscépio. constituem sistema heterogéneo. suas particulas dispersas so, em mé- dia, menores que 10 A. b. 06. Dadas as dispersdes abaixo 1. agua + areia I. neblina Ill. clara de ovo IV, dlcoo! hidratado V. ouro 18 quilates Vi. ar + poeira VII. gelatina Faga a associacdo correta das dispersées |, Il, Ill, IV, V, Vie Vil com tamanho das particulas dispersas: (1 A= 10 cm) a. Tém o diémetro menor que 10 A. b. Tém o diametro entre 10 e 1.000 A. c. Tém o diémetro maior que 1.000 A. 63 Quimica CAPITULO 01 wi 07. Dadas as dispersdes abaixo: 1. dgua + areia Il neblina I. clara de ovo IV. Alcoo! hidratado V. ouro 18 quilates VI. ar + poeira Vil. gelatina Faca a associagao das dispersées | Il, II, IV, V, Vie Vill com: a. Constituem misturas heterdgeneas, que podem ser fracionadas por filtra- cdo ou sedimentacdo com posterior decantacao. b. As particulas de fase dispersa so tao pequenas, que ndo podem ser sepa- radas do dispersante por filtraco ou centrifugacao. ¢. Sao particulas minusculas que so vi- siveis através de ultramicroscépios. A sedimentacao das particulas sé aconte- ce com o auxilio de ultracentrifugas e seu fracionamento pode ser feito coma ajuda de filtros especiais, os ultrafiltros. 08, Dadas as dispersdes abaixo: 1. gua + areia Il. neblina Ill. clara de ovo IV. dlcool hidratado V. ouro 18 quilates VI. ar + poeira Vil. gelatina Faga a associaco das dispersées |, II, Ill, IV, V, Vie Vil com 0 que acontece se as mesmas fo- rem submetidas a uma filtracdo: a. O disperso fica retido no filtro comum. b. O disperso passa pelo filtro comum, mas fica retido no ultrafiltro. ¢. 0 disperso passa pelo filtro comum e pelo ultrafiltro. Quimica 09. Dadas as dispersées abaixo: |, dgua + areia UL. neblina IL, clara de ovo IV. alcool hidratado V. ouro 18 quilates VI. ar + poeira Vil. gelatina Faga a associagio das dispersées | Il Ill 1V, V, VI e Vill coma visibilidade das particulas dispersas: a. Sao visiveis a olho nt b, Sao visiveis através de ultramicroscépios. ¢. Apresentam aspecto homogéneo mes- mo quando observadas com ultrami- croscépio. 10. PUCCamp-sP Uma solucao aquosa salina foi cuidadosamen- te aquecida de forma que evaporasse parte do solvente. A solugao obtida, comparada com a inicial, apresenta-se mais: a. diluida com maior volume. b. diluida com menor volume. . diluida com igual volume. d. concentrada com maior volume. e. concentrada com menor volume. 1. Quando alguns compostos sao solubilizados em agua, produzem uma soluao aquosa que conduz eletricidade. Dados os compostos abaixo: Kce WHE ML Hy IV. Nano, V. CH;COOH VI. LOH Os que formam solusées que conduzem ele- tricidade sao: a. apenas |, IV e VI. b. apenas |, Il, IV, Ve VI ¢. todos. Solugées, termoquimica e eletroquimica d. apenas |, Ile VI e. apenas |, Il, Ve VI 12. UEL-PR A condutividade elétrica de uma solucdo aquosa depende: 1. do volume da solugao. Il, da concentracao de fons hidratados. Il, da natureza do soluto. Dessas afirmacdes, apenas: a. | 6 correta b. Il é correta c. lI é correta d. |e Il sd0 corretas e. Ile Ill so corretas. 13. UFG-GO © quadro a seguir reproduz algumas informa- Ges do rétulo de um desinfetante de uso geral: Modo de usar: Puro: como desinfetante de vasos sanité- rios, latas de lixo. Diluido: na limpeza de pisos, banheiros, azulejos. Use duas colheres de sopa por li- tro de dgua. Composigao: tensoativos catiénicos, sol- vente e corantes. Componente ativo: cloreto de alquil dimetil benzil aménio e cloreto de dialquil dimetil aménio. Analisando-se essas informagdes e conside- rando-se os conhecimentos da Quimica, esse desinfetante: 1. no “Modo de usar: Puro” é uma mistura. 2. no “Modo de usar: Diluido” nao con- tém ions. 3. no “Modo de usar: Diluido” contém a mesma quantidade do “Componente ativo” por litro de 4gua que a quantida- de existente em duas colheres de sopa do modo de usar puro. 4. tem os nomes de seus componentes ati- vos escritos segundo as regras da IUPAC. Quais so as corretas? Solugées, termoquimica e eletroquimica 14. UFRGS-RS. 0 sore fisiolégico é uma solugao aquosa dilui- da de cloreto de sédio. Sobre essa solucio, si0 apresentadas as afirmagées a seguir: 1. 0 soro fisiolégico ndo conduz corrente elétrica. II, A solugdo é uma mistura homogénea que apresenta substdncias idnicas e covalentes. Il O solvente apresenta moléculas com geometria linear. Quais esto corretas? a. Apenas | b. Apenas Il ¢. Apenas Ill d. Apenas Ile Ill el tell 15. UFMG Estas indicagées foram retiradas de um rétulo de agua mineral: ‘Composigao quimica provavel Bicarbonato (HCOs) (2.915 + 98) mg/L Sédio (Na*) (510 20) mg/t Calcio (Ca®) (160 # 10) mg/L Fluoreto (F}) (2,3 £0,2) mg/L Silica (SiO,) (73,0 + 2,0) mg/L pH 6,09+0,11 €O; livre (2,9 + 0,3) g/t Considerando-se as informagées desse rétu- lo, € correto afirmar que a 4gua analisada é: a. uma solugio ligeiramente basica, devi- do & presenca de bicarbonato. b. uma soluco que apresenta excesso de cargas elétricas negativas. uma solucdo que contém diversas substancias, d. uma substancia pura que contém va- rios sais. 65 Quimica 16. ‘A.um suco de preparo com polpa concentrada foram adicionados gua e acticar. Depois de al- gum tempo, observou-se um depésito de séli- do no fundo do recipiente. Com relagao a esse preparado, podemos classificd-lo como: a, solucao saturada b, soluco insaturada ¢. solugdo dilufda. d. soluco concentrada e. sistema heterogéneo. 17. UFMG Aconducao de eletricidade através de uma so- lugdo aquosa de cloreto de sédio é realizada pelo movimento de: a. elétrons. b. fons cloreto e sédio. ¢. moléculas de dgua. d, moléculas de cloreto de sédio. e. protons. 18. UFV-MG Assinale a alternativa correta. A solubilidade de uma substancia é a. a quantidade de substancia que pode ser dissolvida em 1.000 L de dgua. b. a quantidade minima dessa substancia que pode ser dissolvida em certa massa de solvente (normalmente 100 g) a uma temperatura e pressio especificadas. ¢. qualquer quantidade dessa substancia que pode ser dissolvida em 1.000 g de solvente sem considerar temperatura € pressio, d. a quantidade maxima dessa substancia que pode ser dissolvida em certa massa de solvente (normalmente 100 g) a uma temperatura e pressio especificadas. e. a quantidade de substancia que pode ser dissolvida em 1.000 L de alcool. 19. UFRGS-RS Em um frasco, hé 50 mL de agua e 36 g de cloreto de sédio. Sabendo-se que o coefi- ciente de solubilidade deste sal em agua, a 20 °C, 6 36 g em 100 g de Agua, e que as densidades do sal e da dgua so, respecti- vamente, 2,16 g/cm?e 1,00 g/mL, é possivel afirmar que o sistema formado é: Quimica a. heterogéneo e ha 18 g de sal deposita- dos no fundo do frasco. b, heterogéneo e nao hd qualquer depési: to de sal no frasco. c. heterogéneo e ha 18 g de sal sobrena- dantes no frasco d. homogéneo e ha 18 g de sal deposita- dos no fundo do frasco. e. homogéneo e nao hé qualquer depési- to de sal no frasco. 20. UFMG Uma colher de ché contendo sal de cozinha foi adicionada a um copo com 250 mL de gua a 25 °C. O sistema foi agitado até com- pleta dissolucao do sal Com relacao a solu¢do resultante, todas as al- ternativas estdo corretas, exceto: a. ela é eletricamente neutra. b. ela é eletrolitica. c. ela é homogénea. d. ela é incolor. e. ela é saturada 21. Fuvest-SP Quatro tubos contém 20 mL (mililitros) de dgua cada um. Coloca-se nesses tubos dicromato de potassio (K,Cr,0,) nas seguintes quantidades: Massade TubOA TuboB TuboC TuboD Knew 10 30 50 7,0 A solubilidade do sal, a 20 °C, é igual a 12,5 g por 100 mL de dgua. Apés agitacao, em quais dos tubos coexistem, nessa temperatura, solu- So saturada e fase sélida? a. Em nenhum b. Apenas em D ¢. Apenas em Ce D d. Apenas em B, CeD e. Em todos 22. Misturam-se, a 20 °C, 0,50 g de uma substancia Ae 100 ml de agua, Sabendo-se que a solubili- dade de A em agua, a 20°C, é igual a 3,0.g de A por litro de 4gua, pergunta-se: a mistura obtida seré homogénea? 66 Solugées, termoquimica e eletroquimica 23. Unifesp Uma solucéo contendo 14 g de cloreto de s6- dio dissolvidos em 200 mL de agua foi deixa- da em um frasco aberto, a 30 °C. Apés algum tempo, comegou a cristalizar 0 soluto. Qual volume minimo e aproximado, em ml, de gua deve ter evaporado quando se iniciou a cristalizagao? Dados: Solubilidade, a 30 °C, do cloreto de sédio 35 g/100 g de gua; densidade da agua a 30°C =1,0 g/mL a. 20 b. 40 c. 80 d. 100 e. 160 24. Vunesp A poluigdo térmica, provocada pela utilizaco de dgua de rio ou de mar para a refrigerac3o de usinas termelétricas ou nucleares, vem do fato de a dgua retornar ao ambiente em tempera- tura mais elevada que a inicial. Este aumento de temperatura provoca altera¢3o do meio am- biente, podendo ocasionar modificagées. nos Ciclos de vida e de reprodugao e, até mesmo, a morte de peixes e plantas. O parametro fisico- -quimico alterado pela poluigio térmica, res- ponsdvel pelo dano ao meio ambiente, a. a queda da salinidade da dgua b. a diminuicao da solubilidade do oxigé- nio na agua ¢. 0 aumento da pressao de vapor d’égua. d. 0 aumento da acidez da Sgua, devido maior dissolugao de diéxido de carbo- no na dgua e. aumento do equilibrio iénico da Agua 25. Uespi Quando adicionamos sal comum (NaCé), & gua, sob agitacao e temperatura constantes, verificamos que, em dado momento, o sal nao se dissolve mais. No caso do NaCf, isso ocorre quando hd, aproximadamente, 360 g de sal por 1.000 ml de gua. Se adicionarmos 500 g de NaCé em 1.000 mL de dgua, nas mes- mas condigdes acima, estaremos preparando uma solugo que seré classificada como uma: Solugées, termoquimica e eletroquimica a. soluco saturada sem sal precipitado. b. soluco saturada com sal precipitado. ¢. soluggo supersaturada. d. solugdo insaturada e. soluco supersaturada instavel. 26. Uespi Certa substancia x pode ser dissolvida em até 53 g a cada 100 ml de Agua (H,0). As so- lugdes formadas por essa substancia, des- critas a seguir, podem ser classificadas, res- pectivamente, como: 26,5 g de x em 50 ml de H,0 28 g de x em 100 mL de H.0 57,3 g de x em 150 ml de H,O 55 gdex em 100 mL de H,0 . insaturada, insaturada, saturada com precipitado e saturada. . saturada, saturada, saturada com pre- cipitado e insaturada saturada com precipitado, insaturada, saturada e saturada |. saturada com precipitado, insaturada, insaturada e saturada. © . saturada, insaturada, insaturada e satu- rada com precipitado. 27. UFC-CE Considere duas soluées de iodo (I,), sendo uma em agua (H.0) e outra em tetraclore- to de carbono (CCF), ambas com mesma concentragdo e em volumes iguais. As duas solucdes so misturadas e agitadas por um tempo. Em seguida, elas sio separadas por decantacao. a, Assumindo que a concentracio de |, nas duas solucées é inferior ao pon- to de saturacao nos dois solventes, 0 que acontecerd com a concentrac3o do I, nas duas solugdes apds a decan- tagdo? b. Justifique sua resposta ao item A em fungo das polaridades dos solventes. 28. Unifor-CE Para uma precipitacao mais eficiente de subs- tancias iénicas parcialmente soluveis, adicio- na-se etanol a mistura reacional. 67 Quimica Nessas condigées, a precipitagdo fica facilita- da porque: a interago do etanol com os fons é mais forte do que a da égua a interago do etanol com os fons é mais fraca do que a da dgua. ¢. 0 etanol reage com a agua. d. a atraco entre os cétions aumenta. e. a atracdo entre os cations e os nions diminui b. 29. Ui jove-SP Uma porgao de caldo de carne, um frasco de soro fisiolégico ou um copo de agua de coco so exemplos de solugdes aquosas. A ex- pressio “semelhante dissolve semelhante” é utilizada hd muito tempo para explicar a capacidade da agua de dissolver substancias e formar solugées. O soro fisiolégico utilizado em medicina para tratar sintomas diversos, como resfriados, respostas alérgicas e limpeza de ferimentos externos, é uma solucao de cloreto de sédio na concentragio de 0,9 g/100 ml de agua destilada. O sore fisiolégico é uma mistura a. homogénea, corretamente representa- da como NaCé, b. heterogénea, corretamente represen- tada como NaCfyy, c. homogénea, corretamente representa- da como NaCéjy. d. homogénea, corretamente representa- da como NaCfaq) e. heterogénea, corretamente represen- tada como NaC fj 30. FGV-SP Uma solugdo aquosa de dicromato de potds- sio, quando resfriada a 40 °C, formou 240 g de sal cristalizado. Se essa mesma solucdo fosse resfriada a 10 °C, teria formado 340 g de sal cristalizado. Considerando-se que a cristalizaggo é completa nas temperaturas examinadas, pode-se afirmar que 2 massa dessa solugo de dicromato de potassio é¢ igual a; Quimica O grafico mostra a curva de solubilidade do sal dicromato de potassio em agua. C5 (g sal/100 ¢ de 4,0) °5 40 20 30 40 50 60 70 60 80 100 TIC) a. 1.000g b. 950g c. 8908, d. 800g e. 315g 31, CEFSA-SP Em seu livro Traité Elémentaire de Chimie (Tratado Elementar de Quimica), publicado em 1789, Antoine-Laurent Lavoisier descreve da seguinte maneira um aparato para decom- por a gua: roe Agua liquida 6 colocada na retorta A, que é aquecida na fornalha VVXX. A retorta esta conectada a um longo cano metélico EF, que 6 aquecido por uma grande fornalha CDEF. Ao sairem da fornalha, os gases passam pela serpentina SS, onde sao resfriados. 0 frasco H recebe a 4gua que nao sofreu decomposicao e pelo tubo KK sdo recolhidos os gases resultan- tes dessa decomposicao. Caso seja deslocada 4gua do mar na retorta A, apés algum tempo de aquecimento, sera observada a cristalizagio do sal marinho, principalmente: a. na retorta A. b. na serpentina SS. ¢. no tubo kk. d. no cano EF. e. na ligacao FS. Solugées, termoquimica e eletroquimica 32. Uninove-SP A composicao nutricional de uma amostra de gua de coco estd descrita na tabela apresen- tada a seguir. Composi¢go nutricional Porgao de 200 ml (1. copo) Valor calérico ~189 KI Quantidade Carboidratos 11g Proteinas oe Gorduras totais 0g Gorduras saturadas oe Gorduras trans og Colesterol 0g Fibra alimentar oe Sédio 40,0 mg Potassio 320,0 mg Calcio 40,0 mg Magnésio 10,0 mg Em um copo de agua de coco: a. 0 potdssio e o sédio esto na forma at6- mica Me. b. 0 potéssio estd na forma de cétion Me™ e de sédio Me". ¢. 0 potéssio e 0 sddio esto presentes na forma de cations Me" d. a adi¢ao de gotas de limao provoca a precipitacio de sais de sddio. e. 0 ntimero de atomos de sédio é cerca de 10 vezes menor que o de potéssio. 33. UFRN A Agua, o solvente mais abundante na Terra, é essencial a vida no planeta. Mais de 60% do cor- po humano ¢ formado por esse liquido. Um dos modos possiveis de reposi¢ao da agua perdida pelo organismo ¢ a ingesto de sucos e refres- 0s, tais como a limonada, composta de égua, aglicar (glicose), limao e, opcionalmente, gelo. Um estudante observou que uma limonada fica mais doce quando 0 agucar ¢ dissolvido na gua antes de se adicionar o gelo. Isso aconte- ce porque, com a diminuicao da: Solugées, termoquimica e eletroquimica a. densidade, diminui a solubilidade da glicose. b. temperatura, aumenta a solubilidade da glicose. ¢. temperatura, diminui a solubilidade da glicose. d, densidade, aumenta a solubilidade da glicose. 34, UEL-PR O cimento Portland apresenta composicao pre- dominante de éxido de calcio, além de sflica, alu- mina e oxido de ferro. Em prédios construidos a beira mar, a maresia provoca a substituicao do hi- dréxido de célcio por sulfato de célcio. O volume ocupado por 1 mol de CaSO, é 1,5 vezes maior que o volume ocupado por 1 mol de Ca(OH). Dados: Massas molares: (g/mol) H = 1; O = 16; S = 32; Ca=40 Solubilidade: (g/100 mL de agua, 20 °C ): CaSO, = 0, 0021; Ca(OH), = 0, 173 Temperatura de fusao (°C): CaSO, = 1.460; Ca(OH), = 512 Com base no texto, nos dados e nos co- nhecimentos sobre substéncias, analise as afirmativas. 1. A densidade do CaSO, ¢ 1,2 vezes me- nor que a do Ca(OH) xi Il 136 g de CaSO, e 74 g de Ca(OH). apresentam igual numero de dtomos de calcio. Ill. A temperatura de 1.000 °C, os estados fisicos das substdncias CaSO, e Ca(OH), so iguais. IV. 200 mL de solucdes aquosas distintas, preparadas dissolvendo-se 0, 1 g de CaSOqy e 10 g de Ca(OH),,, 2 20° C, so saturadas. Assinale a alternativa correta. a. Somente as afirmativas |e II so corretas. b, Somente as afirmativas Il e IV so corretas. ¢. Somente as afirmativas Ill e IV sdo corretas. d. Somente as afirmativas |, II e Ill sio corretas. e. Somente as afirmativas |, Ill e IV so corretas. 69 Quimica 35. UEPG-PR © quadro abaixo contém dados sobre a solubi: lidade da glicose em agua. Diante desta situa- do, assinale o que for correto. Solubilidade da glicose Temperatura (°C) ‘em 100 g de Sgua 25 91g 30 1258 50 244g 70 3578 90 5568 01. Adicionando-se 200 g de dgua a 1 kg de glicose e aquecendo-se a mistura a 90 °C, 0 sistema constituiré uma solu- do saturada. Uma solugao formada por 20 g de dgua © 20g de glicose, aquecida a 50°C, esta- 1 insaturada. Se uma mistura formada por 100 g de gli- cose e 50 g de dgua for aquecida a 50°C e resfriada lentamente até a temperatura de 30°C, todo 0 soluto poderé manter-se em solucao por algum tempo, formando uma solugo supersaturada. Se uma solucdo preparada com 20 g de gua e 50 g glicose for adicionada a outra solucdo preparada com 130 g de agua e 130 g de glicose, & temperatura de 30°C, a nova solugao estard insaturada 16. Adicionando-se 100 g de glicose a 100 g de agua a temperatura de 25 ‘C, tem-se uma solucSo saturada e ocorre formacao. de precipitado no fundo do recipiente. 02. g 08. 36. Uncisal Arapadura, um produto sélido de sabor doce, tradicionalmente consumida pela populacao do Nordeste do Brasil, originou-se das crostas presas as paredes dos tachos, durante a fabri- cacao do acicar. Atualmente, o posicionamento da rapadura como “produto natural” ou “produto rural” é um valor agregado que a diferencia do acuicar refinado, seu principal concorrente. A produ- go da rapadura, a partir do caldo de cana, en- volve as etapas apresentadas a seguir: Quimica Caldo de cana t { Concentragao t Moldagem e secagem i ‘Agaicar Rapadura mascavo I Cristalizagao Comercializagio e distribuicao Uma partida de cana para fabricagao de rapa- dura foi cortada apés 12 meses de plantio e forneceu um caldo com concentragao de saca- rose igual a 16 g/100 mL. Com base nessas informacées, afirma-se que: |. a sacarose nao contribui para a condu- tividade elétrica do caldo de cana; Il. a solubilidade da sacarose em Agua, a 20°C, é maior que 16 g/100 Il, a densidade do caldo de cana deve ser igual & densidade da dgua. Estd correto o contido em: a. Le ll, apenas b. le lll, apenas. ¢. Ile, apenas. d. |, apenas. e.L,lelll 37. Uncisal Considere agua oxigenada e Lugol, encon- trados em um kit caseiro de primeiros socor- ros. A 4gua oxigenada é uma solucao aquosa de H,0;, e Lugol é uma solugdo antisséptica de iodo em iodeto de potassio dissolvidos em agua A solugo aquosa de iodo em iodeto de potéssio: a. no conduz eletricidade. b, tem pH caracteristico de solugdes basicas. ¢. & quimicamente inerte frente a dgua de cloro. d. inibe a proliferacao de microrganismos na pele. e. reage com a celulose do algodo, for- mando um complexo azul Solugées, termoquimica e eletroquimica 38. Unifesp A lactose, principal acticar do leite da maioria dos mamiferos, pode ser obtida a partir do lei- te de vaca, por uma sequancia de processos. A fase final envolve a purificaao por recristali- zaco em agua. Suponha que, para esta purifica- 40, 100 kg de lactose foram tratados com 100 L de dgua, a 80°C, agitados e filtrados a esta tem- peratura. O filtrado foi resfriado a 10°C. Solubilidade da lactose, em kg/1001 de H,0: 80°C 95 aio°c. 45 ‘A massa maxima de lactose, em kg, que deve cristalizar com este procedimento é, aproxi- madamente: as b.15 ©. 80 d. 85 295, 39, Fuvest-SP 160 gramas de uma solugo aquosa satura- da de sacarose a 30 °C sao resfriados a 0 °C Quanto do acticar se cristaliza? Solubilidade de sacarose Temperatura °C Toole de Ho 0 180 30 220 - 20.8 - 40g 508 . 64g 2.908 40. Unicamp-SP Nas salinas, 0 cloreto de sédio é obtido pela evaporacSo da dgua do mar a 30 °C, aproxi- madamente. a. Um volume de agua do mar é evapora- do até o aparecimento de NaCé sdlido. Qual é a concentrag3o de NaCf na so- luco resultante? Justifique a resposta b. Qual o volume de agua do mar que deve ser evaporado completamente para a producao de 1,00 kg de NaC¢ sélido? aooe 70 Solugées, termoquimica e eletroquimica ‘Atenc&o: nem todos os dados fornecidos a seguir sero utilizados para resolver os itens anteriores. Dados Massa molar da agua Massa molar do NaC 18,0 g/mol 58, 4 g/mol Solubilidade do NaC¢ em dgua, a 30°C = 6,16 mol/L, que correspondem a 360 g/L Concentracao do NaCé na dgua do mar = 0,43 mol/L, que corresponde a 25 g/L Densidade da égua do mar a 30 °C = 1,03 g/cm? Densidade da agua pura a 30 °C 0,9956 g/cm* 41. FGV-SP O grafico mostra a curva de solubilidade do sal dicromato de potdssio em gua CS (gsal/100 ¢ de H,0) 0. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Tee) A solugao indicada pelo ponto A e 0 tipo de dissolugao do dicromato de potdssio séo de- nominados, respectivamente: a. insaturada e endotérmico, b. insaturada e exotérmico. «. saturada e endotérmico, d, supersaturada e endotérmico, e. supersaturada e exotérmico. 42. Unir-RO Adicionando diferentes tipos de sais & 4gua, é possivel observar a dissolucao dessas substan- cias, a formacdo de sistemas em equilibrio di- namico e a precipitacdo de particulas sdlidas. Analise 0 grafico abaixo, que representa a so- lubilidade de um sal em agua 1 Quimica Coeficiente de solubilidade (g do soluto/100 g de égua) 20 40 60 80 T(*C) A partir dos dados constantes do grafico, po- de-se afirmar: a. A dissolugdo do sal é exotérmica. b. A temperatura no tem influéncia so- bre a solubilidade do sal. ¢. O gréfico representa um sal que sofre modificages em sua estrutura com a variagdo da temperatura d. A dissolugdo do sal é endotérmica. e. A40°C, para se obter uma solucdo sa- turada, com corpo de fundo (particu- las precipitadas), é necessério dissol- ver até cerca de 20 g do sal em 100 mL de dgua pura. 43. Vunesp No grafico, encontra-se representada a curva de solubilidade do nitrato de potassio (em gra- mas de soluto por 1.000 g de gua). o Ee Solubilidade, g/1.000 g H, 0 10 20 Temperatura, °C 30 40 Para a obtenco de solucao saturada contendo 200 g de nitrato de potassio em 500 g de agua, a soluco deve estar a uma temperatura, apro- ximadamente, igual a: a. 12°C d. 27°C b.17°C e. 32°C ©. 22°C Quimica Solugées, termoquimica e eletroquimica 44, UEG-GO O gréfico abaixo mostra a curva de solubilidade para diversos sais inorgdnicos. A andlise do gré- fico permite concluir que a quantidade minima de agua, em gramas, a 10 °C, necesséria para dissolver 16 g de A é igual a: 100 + 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Gramas de soluto para saturar 100g de H,O 10 20 30 40 «50 60 70 80 90 100 ° ° ‘Temperatura em graus Celsius a. 12 ©. 36 b. 20 d. 48 45. PUCCamp-SP Considerando 0 gréfico abaixo, adicionam-se, separadamente, 40,0 g de cada um dos sais em 100 g de H,0. Dadas as curvas de solubilidade: 150 lidade (g/100 g de H,0) 3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Temperatura (°C) Atemperatura de 40% que sais esto totalmente dissolvidos na agua? a. KNO, € NaNO,. d. Ce,(50,), @ KCE. b, NaCfe NaNO. e. NaC e Ce,(SO4)s- ¢. KCL @ KNO, coe 2 Solugées, termoquimica e eletroquimica 46. Cesgranrio-RJ ‘Acurva de solubilidade de um sal hipotético é 3, 3 ol 2°| 2 ol z°| 3 xl 3 mi 0 a~C«OSCOSC«CO Temperatura ("C) ‘Aquantidade de dgua necesséria para dissolver 30 g do sal a 35 °C serd, em gramas: a. 45 d. 90 b. 50 e. 100 75 47, UFTM-MG O grafico mostra a variago da solubilidade do oxigénio com a temperatura a diferentes pressdes. Solubilidade (cm*O,/LH,0) 760 en Se mg ° 5 to 15 20 25-30 TC) Analisando 0 grafico, pode-se concluir que as condigées de pressdo inferior @ atmosférica normal e temperatura entre 0 °C e 30 °C, em que se consegue dissolver maior quantidade de oxigénio, sdo: a. p=508 mmHg et b. p=508 mmHg et c. p= 760 mmHg e t= 0°C. d. p = 254 mmHg et =0°C. e, p= 254 mmHg et = 30°C. orc. 30°C. Quimica 48, Fuvest-SP ‘curva de solubilidade do KNO, em fungo da temperatura é dada a seguir. 8/ 100g de H,0 40 20 o 20 40 Se a 20 °C misturarmos 50 g de KNO; com 100 g de agua, quando for atingido o equilt- brio, teremos: a. um sistema homogéneo. b. um sistema heterogéneo. ¢. apenas uma solugdo insaturada d. apenas uma solugdo saturada. e. uma solucao supersaturada. 49. UnB-DF Analise 0 seguinte grafico: 150 / 240 | 130 | 120 | 110] 100 | 90 Neh €e,(50,), Solubilidade (g/100 g de H,0) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 ‘Temperatura (°C) Julgue os itens a seguir (V ou F). a. A substancia mais solivel em agua a 10 °C é KNO,. b. A substdncia que apresenta menor varia- sao da solubilidade entre 30 °C e 80°C é o cloreto de sédio. ¢.A solubilidade de qualquer sélido au- menta com a elevacio da temperatura da solugéo 73 Quimica d. A mistura de 20 g de KC em 100 g de gua a 50 °C resultard em uma solucdo insaturada. e. Uma solugo preparada com 90 g de KNO, em 100 g de agua, a 40°C, apresen- tard sdlido no fundo do recipiente. 50. UFPE grafico abaixo representa a variagio de solubilidade em agua, em funcao da tempe- ratura, para algumas substancias. Qual des- sas substéncias libera maior quantidade de calor por mol quando é dissolvida? KNO, ro) idade (mols/ ‘Temperatura (°C) a. Na,SO, b. Li,SO, c. KI d. Nace e. KNO; 51. Fuvest-SP 16 au B12 $3 10 a5 8 Be 6 24 2 0 10 2 30 40 50 Temperatura (°C) eoe ” Solugées, termoquimica e eletroquimica exame desse grafico nos leva a afirmar que a dissolucaio em agua de carbonato de litioe a de acetato de prata devem ocorrer: a. com liberago de calor e com absorcao de calor, respectivamente. b. com absorgo de calor e com liberaco de calor, respectivamente. c. em ambos os casos, com liberaco de calor. d. em ambos os casos, com absor¢do de calor. e. em ambos os casos, sem efeito térmico. 52. UFPE Uma soluco saturada de NH,C/ foi pre- parada a 80 °C utilizando 200 g de agua. Posteriormente, essa solucdo sofreu um resfriamento sob agitacao até atingir 40 °c. Determine a massa de sal depositada nesse processo. A solubilidade do NH.Cé varia com a temperatura, conforme mostrado no grafi- co a seguir. & 100 = 80 8 2 60 2 40 2 2 8 0 2 40 60 80 100 Temperatura (°C) 53, UFRJ Os frequentadores de bares dizem que vai chover quando o saleiro entope. De fato, se 0 cloreto de sédio estiver impurificado por determinado haleto muito solivel, este ab- sorveré vapor de 4gua do ar, transformando- -se numa pasta, que causard o entupimento. Solugées, termoquimica e eletroquimica grafico abaixo mostra como variam com a temperatura as quantidades de diferentes sais capazes de saturar 100 cm’ de agua. 180 Solubilidade (g/100 cm* de H,0} 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Temperatura ("C) Com base no grafico: a. identifique pelo menos um haleto ca- paz de produzir 0 entupimento descri- to, em temperatura ambiente (25 °C); b, determine a massa de cloreto de mag- nésio capaz de saturar 100 cm? de dgua a55°C. 54, FGV-SP Na figura, sdo apresentadas as curvas de so- lubilidade de um determinado composto em cinco diferentes solventes. 1 ee Vv 20 15 10 {g soluto/100 g de solvente) sy fy To —4} +} — —$ 30 40 50 60 70 Temperatura ("C) Na purificagio desse composto por recristali- 2a¢0, 0 solvente mais indicado para se obter rendimento no processo é o: al div bil eV cll 75 Quimica 55. Fuvest-SP O grafico adiante mostra a solubilidade (s) de Cr,0, sélido em Agua, em funcdo da tempe- ratura (t). Uma mistura constituida de 30 g de K,Cr,0, e 50 g de agua, a uma temperatura inicial de 90 °C, foi deixada esfriar lentamente e com agitacdo. A que temperatura aproximada deve comegar a cristalizar 0 K,Cr,0,? 100 80 40 S (gK,Cr,0, / 100 g de 10) 20 | | | | 10 | | | | | 20° 40 + «60 80 100 t(°c) a. 25°C b. 45°C ©. 60°C d. 70°C e. 80°C 56. Fuvest-SP A recristalizacao consiste em dissolver uma substancia a uma dada temperatura, no menor volume de solvente possivel e, a seguir, resfriar a solucéo, obtendo-se cristais da substanci Duas amostras de dcido benzoico, de 25,0 g cada, foram recristalizadas em agua segundo esse procedimento. a. Calcule a quantidade de agua necessé- ria para a dissolucao de cada amostra. b. Qual das amostras permitiu obter maior quantidade de cristais da subs- tncia? Explique. Temperaturade Temperatura de dissolugdo (°C) recristalizagao (°C) ‘Amostra 1 90 20 ‘Amostra 2 60 30 Quimica Dado: curva de solubilidade do acido benzoico em agua (massa em gramas de dcido benzoi- co que se dissolve em 100 g de agua, em cada temperatura). | | e| 3s $3 3, 20° 40 «60 «80100 Temperatura (°C) 57. UFRJ Os frascos a seguir contém solugGes saturadas de cloreto de potéssio (KC#) em duas tempera- turas diferentes. Na elaboracao das solugées, foram adicionados, em cada frasco, 400 mL. de gua e 200 g de KCI. +Kq| if K i \ i sal depositado Frasco | Frasco Il O diagrama a seguir representa a solubilidade do KC/ em 4gua, em gramas de soluto/100 mL de H,0, em diferentes temperaturas. 55 50 45 40 35 3 30 25 a 100 76 Solugées, termoquimica e eletroquimica a. Determine a temperatura da solucdo do frasco |. b. Sabendo que a temperatura do fras- co Il é de 20 °C, calcule a quantidade de sal (KC¢) depositado no fundo do frasco. 58. Fuvest-SP NaCé e KC£ sdo sélidos brancos cujas solu- bilidades em agua, a diferentes tempera- turas, so dadas pelo grafico a seguir. Para distinguir os sais, trés procedimentos fo- ram sugeridos = Z 36 5 a0 3 3s. 3 0. 3 25: 2 00 Naor 28 Ke 30 1020 450 TO) 1. Colocar num recipiente 2,5 g de um dos sais e 10,0 ml de dgua e, em outro re- cipiente, 2,5 g do outro sal e 10,0 mL de dgua. Agitar e manter a temperatura de 10°C. I Colocar num recipiente 3,6 g de um dos sais e 10,0 ml de agua e, em outro re- cipiente, 3,6 g do outro sal e 10,0 mL de gua. Agitar e manter a temperatura de 28°C, IL, Colocar num recipiente 3,8 g de um dos sais e 10,0 mL de agua e, em outro re- cipiente, 3,8 g do outro sal e 10,0 mL de gua. Agitar e manter a temperatura de 45 °C. Pode-se distinguir esses dois sais somente por meio: a. do procedimento | b. do procedimento Il. c. do procedimento Ill. d. dos procedimentos 1 e Il. e. dos procedimentos 1 ¢ Il Solugées, termoquimica e eletroquimica 59. PUC-SP O gréfico a seguir representa a curva de solubi- lidade do nitrato de potassio (KNO;) em agua. 260 | 240 20 200 180 80 60 Massa de KNO, (g) em 100g de dgua 40 20 fn o 2 4 6 8 100 Temperatura (°C) A70°°C foram preparadas duas solucdes, cada uma contendo 70 g de nitrato de potdssio (KINO) e 200 g de agua. A primeira solugo foi mantida a 70 °C e, apés a evaporacaio de uma certa massa de dgua (m), houve inicio de precipitagao do sdlido. A outra solugo foi resfriada a uma temperatura (t), em que se percebeu 0 inicio da precipitagéo do sal. A andlise do grafico permite inferir que os valores aproximados da massa m e da tem- peratura t so, respectivamente: a.m=50get=45°C. b. m= 150get=22°C. c.m=100get=22°C. d.m=150get=35°C. e.m=100get=45°C. 60. UFJF-MG Durante uma aula de quimica, os alunos foram divididos em cinco grupos para realizacdo dos seguintes experimentos: Experimentos: Grupo 1: acender uma lampada de 40 W Grupo a20°C olubilizar 12 g de sulfato de sédio 7 Quimica Grupo 3: sintetizar um sal Grupo 4: formar um sistema heterogéneo Grupo 5: verificar a produgao do CO, | Coeteinte de solve g/100¢ de #0) so ‘of 30| 20| | Na,S0, 10 ° ‘0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 200 11020 ‘Temperatura "C) Para realizaco dos experimentos, os alunos deveriam utilizar apenas as substancias quimi- cas: dgua, dxido de célcio, carbonato de calcio, sulfato de sédio, solucdo de acido sulfirico e tetracloreto de carbono. Com base nas informagées, podemos afirmar que 0 grupo que no realizou o experimento corretamente foi a. o grupo 1, porque usou solugao aquosa de dcido sulfurico, b. grupo 2, porque usou 60 g de agua ¢. 0 grupo 3, porque usou éxido de célcio e dgua d. 0 grupo 4, porque usou Agua e tetraclo- reto de carbono. e. 0 grupo S, porque aqueceu 0 carbonato de calcio. 61. Unimontes-MG Os potenciais de alguns antibidticos, produtos endécrinos, vitaminas e produtos desenvolvi- dos por meio da biotecnologia sio baseados nas suas atividades biolégicas demonstradas e sdo expressas em unidades (de atividade), em micrograma por miligrama ou outros termos padronizados de medida. Assim, a insulina U-500 contém 500 unidades de insulina por mililitro de soluco ou suspensao. Algumas se- ringas encontram-se calibradas em unidades. Se um médico prescreve 100 unidades de in- sulina para um paciente diabético, deve ser utilizada (em mL) uma quantidade de insulina U-500 equivalente a a.0,4 b.05 0,2 d.0,1 Quimica 62. Fatec-SP. Compostos de cobre (I), entre eles 0 CuSO,, sdo empregados no tratamento de aguas de piscinas como algicidas. Recomenda-se que a concentragdo de CuSO, no ultrapasse o valor de 1 mg/L nessas éguas. Sendo assim, considerando uma piscina de for- mato retangular que tenha 10 m de comprimen- to, Smde largura e 2m de profundidade, quando cheia de dgua, a massa maxima de sulfato de co- bre que poderd se dissolver é, em gramas, igual a: Dado 1m?=1.000L a. 100 «. 300 e. 500 b. 200 d. 400 63. UFG-GO Segundo a legislagao vigente (Resoluc3o ANP n& 9, de 7 de marco de 2007), 0 teor maximo de eta- nol na gasolina é de 26%. Uma técnica simples para identificar esse teor consiste em misturar quantidades iguais da amostra de gasolinae uma solugdo de cloreto de sédio em uma proveta gra- duada. Apés agitacao, 0 recipiente é mantido em repouso e duas fases so observadas. Ao se ana- lisarem 5,0 ml de gasolina de uma determinada distribuidora, observou-se, apés repouso, que a fase aquosa (contendo gua, etanol e sal) apre- sentou um volume total de 6,9 mL. a.A amostra testada no experimento acima segue as normas vigentes? Jus- tifique, demonstrando a sua resposta matematicamente. © uso de uma solugao de cloreto de sédio na identificagio do teor de eta- nol na gasolina diminui a contragao de volume que ocorreria caso fosse utili- zada agua destilada. Explique as dife- rengas nas contragdes de volume nas duas situacées citadas. 64. UEG-GO s Em uma liga metélica de 160 g, 0 teor de our é de 18%, enquanto o restante é prata. A quantidade de prata, em gramas, que deve ser retirada dessa liga, a fim de que 0 teor de ouro passe a ser de 32%, & a. 80 b. 70 ©. 66 d. 46 Solugées, termoquimica e eletroquimica 65. UEL-PR Em 200 g de solucao alcodlica de fenolftaleina contendo 8,0% em massa de soluto, a massa de fenolftaleina, em gramas, contida na solucao é igual a: a. 16,0 b. 8,00 ©. 5,00 d. 4,00 e. 2,00 66. 80,0 g de cloreto de potdssio séo dissolvidos em 380 cm de 4gua, originando 400 cm? de solugdo. Calcule: a. a concentracdo em g/mL; b. a densidade em g/L. 67. 30,0 g de cloreto de sédio sao dissolvidos em 190 g de agua originando 200 cm* de solugao. Calcule: a. a concentracao em g/L; b, a densidade da solugao em mg/mL. 68. 20,0 g de soda cdustica sdo adicionados a 80,0 g de agua. Calcule a porcentagem em massa do soluto. 69. Fuvest-SP Foi determinada a quantidade de didxido de enxofre em certo local de Sao Paulo. Em 2,5 m? de ar foram encontrados 220 1g de SO,. A con- centracao de SO,, expressa em lig/m?, é: a. 0,0111 b. 0,88 55 d. 88 e. 550 70, UFTM-MG © mercado de alimentos light ndo se restrin- giu aos pes, iogurtes e refrigerantes. Hoje em dia, encontra-se a versao light em diversos produtos alimenticios e até mesmo em acti car e sal. O termo light refere-se 8 diminuiggo de nutrientes energéticos. O sal light contém NaCé¢, KC¢, antiumectantes e pequenas quanti- 78 Solugées, termoquimica e eletroquimica dades de KIO, enquanto o sal comum contém cloreto de sddio, aditivos e igual proporcdo de iodato de potdssio. O termo light, para o sal light, deve-se: a. a0 no uso de aditivos. b. ao uso de antiumectantes ¢. A menor concentraco de iodo. d. 8 menor concentragao de sédio. e. & menor concentracio de potdssio. 71, UFRN Um aluno preparou 1 litro de solugéo de NaOH, da qual 250 mL foram colocados em um béquer. A soluco inicial e a quantidade retira- da diferem quanto as: a. concentragdes em g/L. b. densidades. . massas do soluto d. percentagens em massa do soluto. 72. Vunesp Um aditivo para radiadores de automéveis & composto de uma soluco aquosa de eti- lenoglicol. Sabendo-se que em um frasco de 500 mL dessa solugao existem cerca de 5 mol de etilenoglicol (C:H.O.), @ concen- trago comum dessa solugdo, em g/L, é Massa molar C,H.0,: 62 g/mol a. 0,010 b. 0,62 3,1 d. 310 e. 620 73. ‘A embalagem de uma pasta de dentes traz a seguinte informago: "Cada 90 g contém 10 g de fldor”. Isso significa que a porcentagem (em massa) de SnF; nessa pasta é aproximadamente igual a: (Sn = 118,7; F = 19): a. 10 45 e.75 b. 25 d. 50 74, FAAP-SP Uma das maneiras de recuperar um soluto no volatil de uma soluo aquosa consiste no aquecimento da solugdo com o objetivo de evaporar mais rapidamente a dgua nela contida. Numa industria, um recipiente con- tém 500 litros de uma solugio aquosa de NaCf de concentracao 25,0 g/L. O volume Quimica dessa solugao, expresso em litros, que deve sofrer aquecimento para propiciar a obten- 30 de 500 g de NaCf, é a. 50,0 b. 25,0 ©. 20,0 d. 200 e. 500 75. UFRGS-RS © formol & uma solugo aquosa de metanal (HCHO) a 40%, em massa, e possui densidade de 0,92 g/mL. Essa solucao apresenta: a. 920 g de metanal em 1 L de dgua b. 40g de metanal em 100 mL de dgua. c. 4g de metanal em 920 g de solusdo. d. 4.g de metanal em 10 g de solugao. e. 9,2 g de metanal em 100 ml de dgua 76. Fatec-SP Determinado vinho tem teor alcodlico de 10% em volume. Considere que esse vinho foi transformado em vinagre, pela oxidacdo de todo seu alcool etilico (C,H;OH) em acido acé- tico (C,H.02). Amassa de acido acético contida em 1,0 L des- se vinagre seré, aproximadamente, de: 18 g/mL Massas molares: H = 1,0; C= 12; 0 = 16 a.10g b.528 ©. 83g d. 104g e. 208g 77. UEPB Dados: densidade do alcool etilico = Matar ou morrer ‘Ao longo dos anos, tem-se tornado cada vez mais necessirio aumentar a pro- dutividade agricola, visando 4 produgio de alimentos. 14 nos ambientes urbanos, © controle dos diversos tipos de pragas ¢ insetos é fundamental para a garantia da saiide pablica, Para esses fins, passou-se a utilizar, cada vez mais, no sé fertili- Quimica zantes, como também pesticidas, incluin- do os inseticidas, herbicidas ¢ fungici- das. Dentre os inseticidas, a deltametrina & amplamente utilizada no controle de pragas de diversas culturas, no combate de insetos domésticos, dentre outros. amplo uso da deltametrina justifica-se por sua potente agdo inseticida, toxicida- de relativamente baixa em mamiferos persisténcia limitada no meio ambiente. Algumas de suas caracteristicas fisicas ¢ quimicas esto listadas na tabela a seguir. Estado fisico P6 cristalino Cor Sem cor Odor Sem odor Densidade (20 °C) 0,5 g/cm? Massa molar 505,24 g/mol Ponto de fusio 98-101 °C Ponto de ebulicio ‘Acima de 300°C Solubilidade em dgua (20°C) Solubilidade em solventes organicos Solubilidade em acetona < 0,002 mg/L Solivel 500 g/L WHO ~ WORLD HEALTH ORGANIZATION. Environmental Health Criteria 97 ~ Deltamethrin, Geneva: International Program on Chemical Safety — IPCS, 1990, A formula estrutural da deltametrina é apre- sentada na figura abaix HCH, \/ c oN cH He —cH— coo— cH ° cn Comumente, a industria quimica comercializa © inseticida deltametrina com as seguintes es- pecificagdes: Cada 1.000 mL contém: 258 1.000 mL. Deltametrina Veiculo q.s.p. No rétulo desse produto ha também recomen- dagGes para diluicdo em agua para sua aplicacao final, de acordo com a tabela a seguir. 80 Solugées, termoquimica e eletroquimica ‘Quantidade aes Moscas _Insetos rasteiros Llitro 6 mt 8mL 10 litros 60 mL 80 mL 20 litros 120 mt 160 mt. Um cidadao pretende dedetizar sua resi- déncia para exterminar uma praga de ba- ratas fazendo uso do inseticida deltametri- na citado. Para tal, ele pretende preparar uma bomba de pulverizagdo de capacidade de 5 litros, considerando esse volume ser suficiente para uma adequada dedetiza- do. Dessa forma, quantos mL do inseticida concentrado e quantos gramas de deltame- trina, respectivamente, serao utilizados, aproximadamente? a. 30mLe0,75g b. 80 mL e 250g ¢. 1.000 mL e 25g d. 40 mL e 100g e.40mle1g 78. UEPB ‘As mudangas de temperatura provocadas pela chegada de periodos frios ou chuvosos estdo entre as principais responséveis pelo aumento do ntimero de casos de problemas respirato- rios. Ena mira dessas doengas estéo principal- mente as criancas e os idosos. Atualmente, o uso de corticoides é considerado como um dos procedimentos mais eficazes para o tratamento dessas doencas. Entre os corticoides mais uti zados, inclui-se o dipropionato de beclometaso- na (DBec}, que possui solubilidade em agua de, aproximadamente, 49,39 mg/L e sua estrutura molecular esta representada na figura a seguir. A DBec é um corticoide que é apresentado na forma tépica nasal. Isto é, € um medicamen- Solugées, termoquimica e eletroquimica to que é consumido por ingestdo pelas fossas nasais. A ingestao de um jato de DBec contém 50 Ug do principio ativo. Assim sendo, qual 0 volume aproximado de um jato para a solugao saturada do medicamento? a 1p b. 500 iL ¢. 1.000 pL d. 50 iL e. 100 pL 79, Mackenzie-SP Mondxido de carbono — Perigo & vista © monéxido de carbono é um gas incolor ¢ inodoro presente na queima de combustiveis, fumaga de cigarros ete. Quimica Quando inalado, compete com o gas oxigénio ao combinar-se com a hemo- globina do sangue muito mais facilmen- te que esse. Assim, as células do corpo vio receber quantidade de oxigénio bem menor do que 0 necessario, pois a he- moglobina disponivel para o transporte de oxigénio diminui, causando danos A sade, podendo, até mesmo, levar a morte, Em recintos fechados, onde 0 fumo é liberado, tanto fumantes quanto nao fumantes sofrem a ago desse gas no organismo. Considere que um fumante, em um recinto fechado, tenha ficado ex- posto das 22h as 6h do dia seguinte, a 450 ppm de monéxido de carbono pro- veniente da fumaga de cigarros. {ppm — partes do monéxido por milho de partes de ar) ‘Quantidade de CO necesséria para desativar a hemoglobina (ppm) Porcentagem de hemoglobina desativada Tempo de exposicao: 1h Tempo de o Ffeitos na sade exposigao: 8h Diminuicao da atividade cardiaca, 55-80 15-18 3% a i alteragao no fluxo sanguineo Problemas de viséo, diminuicéo da 110-170 30-45 &% capacidade de trabalho 980-575 y555 10.20% Pequenas dores de cabeca, problemas psicomotores 575-860 155-235 20.30% Dores de cabeca intensas e néuseas 860-1155 235-310 30 a 40% Nauseas, vamitos e diminuigio da visio 1.430-1.710 390-470 40 a 60% Convulsdo, coma a7102000 | 470-850 60270% Coma, diminuigao da atividade cardiaca e respiratéria 2,000-2.280 550-630 70 280% Morte Consultando a tabela acima, percebe-se que 0 efeito desse gis nessa pessoa serd: a. a diminuigdo da atividade cardiaca. b. pequena dor de cabeca. ¢. convulséo. d. dor de cabega intensa e nduseas. e. a morte. Quimica 80. Unicamp-SP Em 2008, uma contaminacao de leite na China afetou a satide de mais de 300 mil criancas. 0 leite, um importante alimento infantil, estava contaminado com uma substancia denomina- da melamina (ver formula estrutural abaixo). A legislacdo, em geral, admite 2,5 ppm como uma concentracao segura de melamina em alimentos, mas no leite em pé chinés foi en- contrada uma concentracdo de até 6.000 ppm dessa substncia. Revelou-se que a contami- nagdo foi proposital. Pequenos e grandes pro- dutores, além de uma grande empresa, foram responsabilizados. a. Sabendo que 0 leite é uma emulsio que contém agua, acticares, proteinas, sais minerais e lipidios, explique por que 0 nitrogénio é 0 tnico elemento quimico que permite determinar o teor de proteinas no leite. Suponha que um dos produtores con- denados tivesse adicionado 1.000 litros de agua a 9.000 litros de leite puro e sem melamina. Quantos gramas de melamina ele deveria adicionar 8 mis- tura resultante para que a andlise indi casse o teor de proteina igual ao do lei- te sem adulteracao? Considere que um litro de leite puro contém 0,50 grama de nitrogénio. 81. Fuvest-SP Tem-se uma solugaio aquosa 1,0: 10 mol/L de ureia (composto ndo dissociado). Calcule para 2,0: 107 ml da solu¢ao: Dados: massa molar da ureia = 60 g/mol; cons- tante de Avogadro = 6,0 - 10” mol * a. a massa de ureia dissolvida; b. o nimero de moléculas de ureia disso!- vidas. 82. Unicamp-SP Aquecendo-se 4,99 g de sulfato de cobre I! pentai- dratado, CuSO. : 5 H,0, obteve-se o sal anidro. Este foi dissolvido em agua até completar o volume de 1,00 dm’. Solugées, termoquimica e eletroquimica a. Escreva a equa¢do quimica correspon- dente a desidratago do CuSO, : 5 H,0. b. Qual a concentracao, em mol/dm*, da solugéo? 83. Vunesp Dissolveram-se 2,48 g de tiossulfato de sddio pentaidratado (Na,S,0; - 5 H.0) em agua para se obter 100 cm? de solugdo. A concentracdo molar dessa solugdo é: Dado: massas atémicas: H = 1; O = 16; S = 32; Na=23 a. 0,157 b. 0,100 . 0000100 d. 1,00 e. 0,000157 84. Uespi O fosfato trissédico (Na,PO,) é um agente de limpeza, utilizado com frequéncia como remo- vedor de manchas e desengraxante. Neste sen- tido, caso se necessite preparar 2,0 litros de uma solugo 2 molar, para usé-la na limpeza de uma cozinha industrial, quantos gramas de Na,PO, (massa molecular = 164) deveremos utilizar? a. 164 b. 328 ©. 656 d. 820 e. 984 85. UFPE Uma solugo aquosa de carbonato de sédio 0,125 mol/L reage com quantidade rigorosa- mente estequiométrica de solugdo aquosa de acido cloridrico. O gas formado na reacdo foi totalmente recolhido em um recipiente de 250,0 ml de capacidade 8 temperatura de 27 °C. Sabe-se que a presso que o gas exerce no recipiente é de 2,46 atm. O volu- me da solugdo de carbonato de sédio utiliza- do nessa reagdo é igual a: Dados: Na = 23 u, C= 12u,O=16u, R= 0,082 L- atm/mol - K a, 300,0 mL d. 125,0 mL b. 150,0 mL e. 200,0 mL ¢. 400,0 mL 82 Solugées, termoquimica e eletroquimica 86, Uespi Solugdes aquosas de sulfato de aluminio séo usadas para o tratamento da dgua de pisci- nas. Se prepararmos uma solucdo 0,2 M de Al,(502)3, esta deverd apresentar uma concen trago molar de fons At* de: Dados da massa atémica: O = 16; Al=27; $= 32 a.0j1M b.0,2M 03M d.0,4M e.0,6M 87. FEPECS-DF ‘As Aguas salgadas possuem concentragdes de ions maiores do que as aguas doces. Analise a tabela a seguir, que apresenta a composi¢ao em mol - L de alguns ions em aguas salgadas e doces. fon Aguadoce Agua salgada (mol - +) (mol - +) Nat 23-104 47-10" Me™ 14-104 53-107 ca 33-104 1,0: 107 sor 9,0-10% 28-107 ce 1,6: 104 55-10 Em uma amostra de 2 litros de dgua salgada, a massa, em gramas, de on cloreto é, aproxima- damente, igual a: a1 b.3,2 cil d. 20 e. 39 88. UERJ O sulfato de aluminio é utilizado como clari- ficante no tratamento de agua, pela ago dos ons aluminio que agregam o material em sus- pensdo. No tratamento de 450 L de gua, adi- cionaram-se 3,078 kg de sulfato de aluminio, sem que houvesse variacao de volume. Dados: massas molares em g/mol: O = 16; 83 Quimica Admitindo-se a completa dissociagao do sal, a concentragdo de fons aluminio, em mol - L-', é igual a a. 0,02 b. 0,03 €.0,04 4. 0,05 89. UERJ Em processos de gravacao de letras e figuras em pecas de vidro, o dcido fluoridrico reage com 0 diéxido de silicio, principal constituinte do vidro, de acordo com a seguinte equaco: SiOy,) + 4 HF aq) > Sify) + 2 HO Na gravacdo de uma determinada peca de vidro, foi empregada uma solugdo aquosa de HF com concentragio de 2,0 mol, verificando-se a for- mago de 1,12 L de Sif, , medidos nas CNTP. 0 volume, em mililitros, de solugo dcida utilizado correspondeu a: a. 50 b. 100 ¢. 150 d. 200 90. Unesp modificado Durante uma campanha de vacinagéo con- tra a gripe A (H1N1), surgiram comentarios infundados de que a vacina utilizada, por conter merctirio (metal pesado), seria preju- dicial a satide. As autoridades esclareceram que a quantidade de merciirio, na forma do composto tiomersal, utilizado como conser- vante, é muito pequena. Se uma dose dessa vacina, com volume igual a 0,5 mL, contém 0,02 mg de Hg, calcule a quantidade de ma- téria (em mol) de mercurio em um litro da vacina. Dado: massa molar do Hg = 200 g: mo!* 91. UFIF-MG As bebidas alcodlicas contém etanol e po- dem ser obtidas pela destilacdo do alcool (ex.: ufsque e vodca) ou pela fermentacao de uma variedade de produtos como frutas e outros vegetais (ex.: vinho e cerveja), que consiste na conversao de agticar em etanol, realizada por microrganismos (leveduras) na auséncia de oxigénio. Quimica a. 0 dlcool etilico é miscivel com a agua e, por isso, é rapidamente distribuido e absorvido pelo organismo. Por que 0 4lcool etilico é miscivel com a gua? A maior parte do dlcool ingerido € oxi- dado a acetaldefdo (etanal), substncia altamente téxica que é convertida pos- teriormente a dcido acético (dcido eta- noico). Escreva as formulas estruturais do acetaldefdo e do acido acético. O abuso de élcool tem um forte impacto negativo na satide do homem, podendo causar lesdes hepaticas e neurolégicas, dentre outros problemas. A desnutricdo 6 também comum entre os alcodlatras, jd que a bebida produz calorias, mas nao fornece nutrientes para o organismo. Sabendo-se que 7 kcal sao fornecidas por grama de alcool etilico, quantas calorias equivalem a uma taca de 150 ml de vi- nho tinto, cujo teor de alcool seja igual a 12% m/V? Demonstre os calculos. No processo de fermentacdo, também ocorre a producio de didxido de carbo- no, Represente a reacao desse éxido com 2 gua. Como se classifica esse Gxido? A maioria das leveduras no consegue crescer quando a concentracao de lco- ol é superior a 18% V/V. Se a andlise de uma amostra de bebida alcodlica reve- lou 0 teor de etanol igual a 7 mol-L, essa bebida seria destilada ou fermen- tada? Demonstre os cdlculos. Dado: densidade do etanol = 0,800 g/ml. 92. UFPR ‘A mistura de 26,7 g de NaCé (massa molar 53,4 g - mol) em Agua suficiente para que a solugao apresente 0 volume de 500 mL resul- ta numa concentraco de: a. 26,7% (m/V) b. 26,7g-L" ¢. 1,0 mol-L d. 0,0534 g- L* e. 13,35 L- mol 93. UFRR O cloreto de sédio (NaCf) é conhecido popu- larmente como sal de cozinha. Determine a massa dessa sal, em gramas, contida em 1 L de solugdo de concentragdo 1M. « e. Solugées, termoquimica e eletroquimica Dados: Na = 23,0 u, Cé= 35,5 u Aalternativa que corresponde massa do so- luto é a. 0,585 g de NaCf b. 5,85 g de NaCf c. 585 g de NaCé d, 58,5 g de Nace e. 5.850 g de NaC¢ 94. UESPI Asaacarose é 0 acticar comum e uma das subs- tncias quimicas mais puras do dia a dia. Para adogar uma xicara de café, uma pessoa usa, em média, 1,71 g de sacarose (C,H,.0::). Su- pondo que o volume final de café assim adoca- do seja de 100 mL, qual a concentracao molar (mol/L) aproximada de sacarose no café? Dados: massa molar em g - mol: C= 12, H= 1e0=16 a. 10 mol/L b. 1 mol/L « d. - 0,5 g/mol |. 0,05 mol/L e. 0,01 mol/L. 95. FEPECS-DF ‘A manutengdo da qualidade da 4gua é impor- tante para a protecao do meio ambiente e tam- bém para a satide da populagdo. Governos de todo o mundo tentam regularizar a qualidade da dgua, estabelecendo niveis maximos de con- taminago (MCL). Segundo os MCL, a presenca do fon nitrato em uma agua potavel ndo deve ultrapassar 1,6 - 10 mol - L¥, De acordo com 0s MCL, em um reservatorio de 100 litros, a quantidade maxima de fon nitrato (em grama) permitida é, aproximadamente: a. 0,16 b. 1,0 16 4.32 2.62 96. UCS-RS A dengue é uma doenga infecciosa febril agu- da causada por um virus da familia Flaviridae, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti Para o tratamento, é recomendada a reidrata- 84 Solugées, termoquimica e eletroquimica 0 oral com soro. A composicao de um enve- lope de soro tipico utilizado para a reidratagdo oral de pacientes com dengue encontra-se no quadro abaixo. ‘Substancia Quantidade (g) Cloreto de sédio 35 Cloreto de potassio 15 Citrato de sédio di-hidratado 29 (NaCcHsO, - 2 H20) ” Glicose (CsH120s) 20,0 Com base nessas informagées, é correto afir- mar que: a. 0 cloreto de sédio é 0 NaCfO,, € 0 clo- reto de potassio é 0 KC/. b. a glicose é um polissacarideo obtido a partir da celulose. ¢.a quantidade de glicose, no conteido de um envelope, ¢ de, aproximada- mente, 111 mmol. d. a ligacdo quimica que ocorre entre os ions de sédio e citrato é do tipo covalente. @. a glicose se dissolve em gua por ser bas- tante apolar. 97. UFT-TO Um estudante de quimica preparou 250 mL de uma solucao aquosa de carbonato de sédio e constatou que a solugo contém 3,01 - 10% &tomos do metal. Quais as concentragées de fons carbonato e fons sédio, respectivamente, nesta solucdo. a. 0,5 mol/L e 1,0 mol/L b. 1,0 mol/L e 2,0 mol/L ¢. 0,1 mol/Le 2,0 mol/L d. 1,5 mol/L e 2,0 mol/L e. 3,01 10” e 6,02 - 10” mol/L 98. ENEM ‘Ao colocar um pouco de agticar na agua e me- xer até a obtencdo de uma sé fase, prepara-se uma solugio. 0 mesmo acontece ao se adi- cionar um pouquinho de sal 8 agua e mistu- rar bem. Uma substancia capaz de dissolver 0 soluto ¢ denominada solvente; por exemplo, 2 gua é um solvente para o acucar, para o sal 85 Quimica e para varias outras substancias. A figura a se- guir ilustra essa citacao. SS Soluto Solvente Solugo Disponivel em: . Acesso em: 27 abr. 2010, Suponha que uma pessoa, para adogar seu cafezinho, tenha utllizado 3,42 g de sacarose (massa molar igual a 342 g/mol) para uma xica- ra de 50 mL do liquido. Qual é a concentragdo final, em mol/L, de sacarose nesse cafezinho? a. 0,02 b. 0,2 2 d. 200 e. 2.000 99. Ufla-MG Quando mergulhamos uma lémina de zinco (Znys) em uma solugao aquosa de dcido cloridrico (HC.q), corre a seguinte reag3o quimica, com produgdo de cloreto de zinco e gas hidrogénio: Zn + 2 HCl oq) > ZNCLajoa) + Hater a. Calcule a massa de gas hidrogénio (H,) formada apés 0 consumo de 1 mol de Zn na reagéo. b. Calcule a massa de HC/ necesséria para preparar 100 mL de solucao desse 4c do na concentragao de 0,1 mol 7 100. UEG-GO Para o fertilizante sulfato de aménio (NHz),SOz, recomenda-se a aplicacao de 1 litro de solu- 40 com concentracao 0,5 mol/L de sulfato de aménio por m’ de area plantada. A figura a se- guir indica as dimensdes de um terreno para plantacao. 450m 130 m 50m Quimica A massa de sulfato de aménio, em kg, que de- veré ser utilizada para adubacao desse terreno 6 de, aproximadamente a. 376 ©. 3.762 b. 1.132 d. 2.850 101. UFC-CE Qual a concentragdo molar de uma solucdo aquosa de etanol, C,H.0, de concentracdo igual 4,6 g/L? a. 46 b.1,0 ¢. 0,50 4. 0,20 e. 0,10 102. Unifesp Em intervengées cirdirgicas, é comum aplicar uma tintura de iodo na regio do corpo onde serd feita a incisao. A utilizagdo desse produto deve-se & sua acdo antisséptica e bactericida. Para 5 litros de etanol, densidade 0,8 g/ml, a massa de iodo sdlido, em gramas, que devera ser utilizada para obter uma solucio que con- tém 0,50 mol de |, para cada quilograma de Alcool sera de: a. 635 d. 254 b. 508 e127 ¢, 381 103. Uma solugdo aquosa de Fe,(SO,); tem con- centracdo igual a 320 g/L e densidade igual a 1,20 g/mL. Calcule o titulo e a concentracao molar da solucao. Massas_molares: H,0 = 18 g/mol 104. Vunesp © limite maximo de concentracao de fon He” admitido para seres humanos no sangue é de 6 ppm. O limite maximo, expresso em mols de He” por litro de sangue, é igual a: Dado: Hg = 200 g/mol a.3-10° b. 6-107 ©.3-10? d.6 e.2-10 Fe,(SO,)3 = 400 g/mol; Solugées, termoquimica e eletroquimica 105. Unifor-CE 0 dcido cloridrico é uma solugao aquosa de cor clara a ligeiramente amarela, de odor penetrante e irritante. £ um Acido forte, devendo ser manuseado com equipamen- tos de protegdo individual: jaleco de algo- dio, éculos de seguranca, sapatos fechados e calca comprida. Apés vocé ler a ficha de seguranca do produto quimico, solicitaram- -Ihe que preparasse 250,0 mL deste dcido na concentraggo de 0,5 mol : L*, partindo de uma solucao estoque do dcido cuja con- centraco do dcido é 37% (m/m) e densida- de 1,19 g-m‘* . Para preparar esta soluao, vocé usaré, aproximadamente: Massas molares em g- mol: H=1eCé=35,4 a. 1,0 mL da solugdo estoque mais 250,0 ml de agua. b. 10,0 mL da solucio estoque mais 250,0 ml de agua. ¢. 1,0 mL da solucdo estoque e dgua até 250,0 mL. d. 100,0 mL da solucdo estoque e dgua até 250,0 mL. e. 10,0 ml da soluco estoque e dgua até 250,0 mL. 106. UEG-GO Osoro fisiolégico é uma solucdo bastante utiliza- da pela populacdo humana e possui diferentes fungdes: na higienizago nasal, no tratamento da desidratagdo e no enxague de lentes de contato. Se a composigéo de um determinado soro fisio- logico contiver 0,900 grama de NaC em 100 mL. de solugo aquosa, sua concentragao expressa em mol - L" seré de, aproximadamente: a. 0,009 ¢. 0,100 b. 0,015 d.0,154 107. UPE 20,0 mL de uma solugdo de aménia reagem exatamente com 0,392 g de H,SO,, proveniente de uma soluco 0,25 mol/L desse Acido, origi- nando um sal de aménio. A concentragaio em g/L da solugo de aménia é: Dados: C= 12u, 0 = 16u, H= 1u, N= 14u a. 12,6 4.68 b. 14,3 8,2 ©. 16,4 86 Solugées, termoquimica e eletroquimica 108, UFIF-MG ‘Aconcentracdo em mol/L de uma solucdo de éci- do sulfiirico de concentragdo 35% em massa e densidade 1,4 g/mL é, aproximadamente, igual a a2,5 5,0 e.20 b. 10,0 4.75 109, Udesc O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabelece que os limites de concentraco de Cr e Mn em aguas na- turais so, respectivamente, 0,50 mg/L e 1,0 mg/L. Os valores limites em molaridade para estes dois fons (Cr** e Mn’*) so, respectivamente: a. 50 mol/L e 100 mol/L b. 5,010 mol/Le 1,0 - 10° mol/L ¢. 96-10? mol/Le 1,8: 10? mol/L. d. 0,50 mol/L e 1,0 mol/L e€. 9,6 10 mol/Le 1,8 - 10% mol/L 110. UFPE Um bom vinho apresenta uma graduacdo al- codlica de cerca de 13% (V/V). Levando-se em consideraco que a densidade do etanol € 0,789 g mL“, a concentracdo de etanol, em mol - L*, do vinho em questo, seré: Dados: C= 12 g= mol, H=1g=molteO = 16g mol? 111. FGV-SP © HBr (pK, = -9) e 0 HCE (pK, = -8) so dois dcidos fortes utilizados na industria quimica Uma solugao de HBr 48% em massa apresenta densidade igual a 1,5 g/mL a 20°C. A solubilidade do HBr em dgua, em fungao da temperatura, é apresentada na tabela. Solubilidade Sereg esesay 70 406 87 Quimica Asolug3o aquosa de HBr a 20 °C, que tem den- sidade 1,5 g/mL, apresenta concentracao, em mol/L, aproximadamente igual a a.5,8 b. 7,2 ©. 8,9 d.1s e. 26 112. Uncisal Glutaraldeido (OHC—CH,—CH,—CH, —CHO, mas- sa molar = 100 g - mol) é um potente bacte- ricida utilizado em hospitais para desinfeccdo de diferentes materiais, inclusive em salas de cirurgias. Essa substancia é empregada para tal finalidade sob forma de solucdo aquosa de concentrago igual a 2 g/100 ml. A concentracéo em mol/L dessa solucdo é, portanto, igual a: a0. b.0,2 0,3 d.0,4 2.05 113. Unioeste-PR Numa lista de 82 paises pesquisados pela In- ternational Center For Alcohol Policies, a nova lei seca brasileira com limite de 2 decigramas de dlcool por litro de sangue é mais rigida que 63 nacdes. O método mais antigo para deter- minar este limite é utilizando um Bafémetro (ou Etilémetro), onde 0 alcool liberado nos pulmées é assoprado para o interior do equi- Pamento e reage segundo a equacdo abaixo: 3. CH,CH,OH +2 K,Cr,0; +8 H»SO,—> 3 CHsCOOH +2.Cr,(SO,), +2 KSO, +11 H,0 Atualmente, 0 método mais utilizado é um sensor que funciona como uma célula de com- bustivel, formada por um material cuja con- dutividade é influenciada pelas substancias quimicas que aderem a sua superficie. A con- dutividade diminui quando a substancia 6 o oxigénio e aumenta quando se trata de dlcool. Entre as composicdes preferidas para formar o sensor destacam-se aquelas que utilizam poli- meros condutores ou filmes de éxidos cerami- cos, como éxido de estanho (SnO,), deposita- dos sobre um substrato isolante. Quimica Dois decigramas de etanol por litro de ar expi- rado (2 dg - L*) apresentam, aproximadamen- te, a concentragaio molar de: a. 3,4- 10° mol-L* b. 4,3 - 10° mol -L* ¢. 2,0- 10% mol-L* d. 2,0 mol - L* e.3,4- 107 mol -L7 114. PUC-RJ Na gasolina combustivel comercializada no Brasil, 0 etanol (CH,CH.OH) esté presente como aditivo, sendo sua quantidade (em vo- lume percentual) fixada entre 24 a 26%. O eta- nol é miscivel, em todas as proporgées com a gasolina e com a dgua, porém a dgua ndo se mistura com a gasolina Indique a alternativa que mais se aproxima do valor da concentragdo em quantidade de matéria de etanol em 100 ml de gasolina, combustivel que contém 25% de etanol em volume, sabendo que a densidade do etanol € 0,80 g- mL*. a. 1,2 mol- b. 3,6 mol «. 4,3 mol 4. 5,6 mol: e. 8,6 mol- re fe ie fe o 115. UFSCar-SP O fluor tem um papel importante na preven- 30 e controle da cérie dentaria. Estudos de- monstram que, apés a fluoretacdo da agua, os indices de cdries nas populagdes tém diminuido. O fldor também é adicionado a produtos e materiais odontolégicos. Supo- nha que o teor de fluor em determinada agua de consumo seja 0,9 ppm (partes por milhdo) em massa. Considerando a densi- dade da agua 1 g/ml, a quantidade, em mi- ligramas, de fluor que um adulto ingere ao tomar 2 litros dessa 4gua, durante um dia, é igual a a, 0,09 b, 0,18 ¢. 0,90 d. 1,80 e. 18,0 88 Solugées, termoquimica e eletroquimica 116, Fuvest-SP Para evitar a propagagio de doencas como cé- lera, a dgua para beber é desinfetada pela adi- go de cloro (Cé,) razio minima de 0,20 mg/kg de agua. Para obter essa dgua clorada, quantas moléculas de gua séo necessérias, aproxima- damente, para cada molécula de cloro? Massas molares: Cé, = 71 g/mol; H,0 = 18 g/mol a. 0,25 b.0,4 c. 25 mil d. 4 milhdes e. 20 milhées 117, UFES Temos as seguintes solucdes concentradas: Densidade Porcentagem eoeee) (g/ml) em massa Hidréxidode 4 4 200 sédio Acido sulfurico 1,70 78,0 As concentragées em mol/L das solugées hidréxido de sédio e dcido sulfdrico so, respectivamente: a. 13,53 e 14,30, b. 14,30 e 27,06. ¢. 27,06 e 1,35. d. 14,30 e 13,53. e. 1,43 e 1,35. 118. Fuvest-SP A seguir, 6 representada a concentracao, em mg/kg, de alguns fons na gua do mar. fon Concentragio Me” 1.350 sor 2.700 Nat 10.500 ce 19.000 Dentre esses fons, 0s que esto em menor e maior concentragao molar so, respectivamente: Massas atémicas: — O = 16; Na = 23; Mg = 24, S = 32; Cf = 35,5: Solugées, termoquimica e eletroquimica a. Cee Mg™ b. SO} e Na" c. Mg” e Nat d. Mg® e CE e. SOF e Ce 119. Fuvest-SP Uma enfermeira precisa preparar 0,50 L de soro que contenha 1,5 - 107 mol de KC¢ e 1,8 - 107 mol de NaC/, dissolvidos em uma solucdo aquo- sa de glicose. Ela tem a sua disposicdo solucBes aquosas de KC/ e NaC de concentragées, res- pectivamente, 0,15 g/ml e 0,60 - 107 g/mL. Para isso, teré que utilizar x mL da solugao de KCL e y ml da solugo de NaCé e completar o volume, até 0,50 L, com a solugio aquosa de glicose. Os valores de x e y devem ser, respectivamente: Dados: massa molar (g/mol) Kcé 75 Nace 59 a. 2,5.€ 0,60: 10? b.7,5e1,2-10° 6 75e18-10 d.15e1,2-10? e.15e1,8- 10" 120. UFPI ‘A nova legislacao de trnsito prevé um limite maximo de 6 decigramas de dlcool — CHsOH — por litro de sangue do motorista (0,6 g/L). Con- siderando que a porcentagem média de alcool ingerida que fica no sangue é de 15% em mas- sa, indique, para um adulto com peso médio de 70 kg cujo volume de sangue é de 5 litros, o ntime- ro maximo de latas de cerveja (volume = 350 ml) ingeridas sem que o limite estabelecido seja ul- trapassado. Dados complementares: a cerveja tem 5% de dlcool em volume, e a densidade do 4lcoo! é de 0,80 g/ml. ad a4 b.2 eS «3 121. UFTM-MG Um estudante de quimica foi solicitado para preparar 250 mL de uma solugo “molar” de dcido cloridrico. No rétulo do dcido cloridrico encontram-se as informacées d = 1,19 g/cm’; porcentagem do dcido = 36%. 39 Quimica Determine o volume de solugo inicial de 4c do, bem como o volume de agua utilizado nes- ta diluigao. Dados: H=1u; C¢=35u 122. Vunesp © volume final, em L, de suco diluido obtido a partir de 300 mL de suco de tangerina de alto teor de polpa, seguindo rigorosamente a su- gestio de preparo, é: SUCO DE |TANGERINA| a.0,9 b. 1,0 15 4.18 22,3 123. UFPE Os médicos recomendam que o umbigo de recém-nascidos seja limpo usando-se alcool a 70%. Contudo, no comércio, 0 lcool hidratado 6 geralmente encontrado na concentracao de 96% de volume de dlcool para 4% de volume de agua. Logo, é preciso realizar uma diluicdo. Qual o volume de gua pura que deve ser adi- cionado a um litro (1 L) de alcool hidratado 80% V/V, para se obter uma solugdo final de concentragéo 50% V/V? a. 200 mL d. 800 mL. b. 400 mL e. 1.600 mL ¢. 600 mL. 124, PUC-RS © esquema a seguir representa um conjunto de solucdes de sulfato de cobre. As solucdes foram obtidas, sempre diluindo-se com dgua, sucessivamente, 5 mL. da solucdo anterior para se obter 10 mL da nova solugo. Quimica 1 ul uw v v vw Diminuindo-se a concentragao da solugio lem dez vezes, por diluicdo, a solucdo resultante terd concentragdo intermediria as soluces da{s) alternativa(s): a.lell. b. Hell cc. Ile lV. d.VeVv, e.VeVl. 125. Vunesp No descarte de embalagens de produtos quimi- cos, é importante que elas contenham o minimo possivel de residuos, evitando ou minimizando consequéncias indesejaveis. Sabendo que, de- pois de utilizadas, em cada embalagem de 1 tro de NaOH sélido restam 4 gramas do produto, considere os seguintes procedimentos: embalagem I: uma tnica lavagem, com 1 L de agua. embalagem II: duas lavagens, com 0,5 L de gua em cada vez. Dados: massas molares: Na: 23 g/mol, O = 16 g/mol e H = 1 g/mol a. Qual a concentragio de NaOH, em mol/L, na solugao resultante da lava- gem da embalagem I? b. Considerando que, apés cada lava- gem, resta 0,005 L de solugo no frasco, determine a concentragéo de NaOH, em mol/L, na solugdo resul- tante da segunda lavagem da emba- lagem Il e responda: qual dos dois procedimentos de lavagem foi mais eficiente? 126. UFRN Num laboratério de quimica, 0 estoque de reagentes disponivel pode ser formado por soluges concentradas. Partir-se de uma so- lugo concentrada para se obter uma solu- 20 diluida é um procedimento de rotina em laboratério. 90 Solugées, termoquimica e eletroquimica Na preparagdo de uma solucao diluida, com base em uma mais concentrada, re- tira-se um volume de solucao concentrada de hidréxido de sédio (NaOH) 1 mol/L para se preparar 500 mL de uma solugao diluida de 0,2 mol/L. Se Ml -V =’ -V’, o volume inicial de solugao de NaOH 1 mol/L retirado para se obter a so- lucdo diluida corresponderd a: a. 40 mL b. 200 mL 125 mL d. 100 mL 127. UEMG O dicromato de potdssio, KxCr;0;, é um sal alaranjado muito soldvel em agua. O quadro a seguir apresenta a massa de dicromato de potassio e 0 volume de quatro solusées aquosas desse sal. sown (ees eam Sobre essas quatro solugdes, mostradas no quadro, é correto afirmar que: a. a solugio | é a mais diluida. b. a solucdo Ill é mais concentrada do que al. ¢. aconcentragio da solucao II 6 0,005 g/L. d. a concentrago de IV 6 4 vezes maior do que a Il 128. UEM-PR Considere uma solugdo, que chamamos de "solugo original", preparada pela dissolu- cdo completa de 0,78 - 107 g de CaF; em 1 litro de agua pura a 25°C e assinale o que for correto 01. Ao se retirar uma aliquota de 10 mL. dessa soluco, transferir para um reci- piente e adicionar agua suficiente para completar 100 mL, a concentrago des- sa nova solucao sera 1,0 - 10% mol - L*. Solugées, termoquimica e eletroquimica 02. Se 0 volume da solugio original for reduzido a 800 mL por evaporacdo da gua, chega-se a uma solucdo de con- centracdo 1,25: 10“g-L*. ‘A massa do soluto, em gramas, contida em um quinto do volume da solugdo original é 0,156 g. ‘Ao se adicionar 8 solugéo original 1,56 - 107 g de CaF, e agua até com- pletar 3 litros, apés a dissolugo com- pleta do sal, teremos uma solucao de concentragdo igual a concentracao da solugo original . Se retirarmos 100 mL da solugao original e diluirmos a 1.000 ml de modo a prepa- rar uma solucao denominada "solucdo 2" e, a seguir, retirarmos 100 mL da solucdo 2 e diluirmos para 1.000 mL. de modo a preparar uma soluc3o denominada "so lugdo 3" @ assim consecutivamente até chegarmos a uma soluco denominada "solugao 13", a concentracao da "solucdo 13" serd 1,0-10° mol -L* 129, UTFPR Para preparar 1.000 mL de uma solugdo aquosa com 0,5 g/L de cloreto de sédio (NaC?) e 10 g/L de sacarose (C;H,,0,;), um laboratorista ndo possui os dois compostos na forma sdlida, ape- nas em solugdo aquosa. Se as solugdes disponi- veis so de 50 g/L de NaCé e 200 g/L de sacarose, assinale a alternativa que apresenta os volumes necessérios de cada solugdo e de agua para pre- parar a solugio final. a.10 ml de solugio NaCé; 20 mL de solugd0 C,,H,;0;,; 970 mL de dgua b.10 mL de solugo NaCf; 100 ml de solugdo C,,H;;0;,; 890 mL de dgua ¢. L mL de solugo NaCf; 20 ml de solucgo CxgH2011; 979 mL de gua. d. 0,01 mL de solugdo NaCé; 0,05 ml de solugdo CzH;20s:; 999,94 mL de agua 10 mL de solugdo NaCé; 50 mL de solugd0 C,,H,,03;; 940 mL de gua 130. Unifor-CE 04, 08. 16, Um farmacéutico precisa preparar com exa- tiddo 1,0 L de solucdo de glicose de concen- trago 5,0 g/L. Partindo de uma soluco esto- que de concentra¢ao 50,0 g/L, ele deve medir: a1 Quimica a. 100,0 ml da solu¢do estoque e adicio- nar 1,0 L de agua destilada b. 10,0 mL da solucdo estoque e adicio- nar 1,0 L de dgua destilada c. 1,0 mL da solugao estoque e adicionar gua destilada até completar 1,0 L. d. 10,0 ml da solucdo estoque e adicionar gua destilada até completar 1,0 L. e. 100,0 ml da solucao estoque e adicio- nar gua destilada até completar 1,0 L. 131, Uninove-SP Uma porcao de caldo de carne, um frasco de soro fisiolégico ou um copo de agua de coco so exemplos de solucdes aquosas. A expresso "semelhante dissolve semelhante" é utilizada ha muito tempo para explicar a capacidade da 4gua de dissolver substncias e formar solugdes. Em uma solugo aquosa diluida, a concentra- do de soluto 6: a. menor do que a solubilidade desse so- luto em agua. b. maxima e independe da quantidade de solvente utilizada. ¢. independente da natureza do soluto, pois o solvente é a dgua d. a maxima possivel e esté em equilibrio com soluto nao dissolvido. e. tdo baixa que as propriedades quimicas da solugo so idénticas &s da gua pura 132. UEPB Uma das alternativas viaveis ao Brasil para 0 uso de fontes renovaveis de energia e com me- nor impacto ambiental é 0 biodiesel. No Brasil foi instituida a Lei 11.097, de 13 de janeiro de 2005, que obriga, a partir de 2008, em todo o territétio nacional, o uso de uma mistura em volume de 2% de biodiesel e 98% de diesel de petrdleo, denominada de B2. Em janeiro de 2013, essa obrigatoriedade passard para 5% (BS). Este biocombustivel ¢ substituto do dleo diesel, que é um combustivel féssil, pois 6 obtido da destilagdo fracionada do petréleo. © procedimento normalmente utilizado para obtencao do biocombustivel é através da tran- sesterificacao catalitica entre um dleo vegetal com alcool de cadeia curta, sendo obtidos ésteres graxos, como pode ser representado pela equaco quimica a seguir.

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