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INTRODUGAO A AROMATERAPIA & FITOAROMATOLOGIA en QR Ky ° © aa Abrdo Neto ay TH= nail CTH ee K 1 0195 - 7 MG/BR Cont neh com Parceria com: i, % c mh Goer . *“ © io wl f ee a 2. 2 DESTILARIA BAURU & % CONCEITUACAO, Etimologicamente a palavra “aromaterapia” & composta de aroma, significando fragrincia, e terapia, que quer dizer tratamento. A Aromaterapia ¢ 0 ramo da Fitoterapia que, através da aplicagao de éleos essenciais extraidos das plantas, pretende promover a satide e o bem-estar dos individuos. A cigncia e a arte da Aromaterapia tem seus alicerces no principio de que diferentes aromas acionam respostas especificas no cérebro, conduzindo a resultados proprios. Os dleos essenciais so formas altamente concentradas de energia das plantas e, costuma-se dizer, constituem a sua alma, a suasfosya vital ‘A Associacdo Americanagdél cao ‘TelefetSeyaos dleos essenciais como “dleos voliteis, altamente cong Peas © Scvores,contendo GOPa0 cérebro —é um propriedades semelhasifes central. Como ntou um dia, O sentidad@ olfato de evocar sentimentos como lgges como a poderoso dispafadar do sist alguns aromifls t8ma capacit niuisea, gfffeage légicas como a “fgua na boca”. E, geralments Miesmo: um aroma wwoca um efeito imediato. 03 Bleos essenciais tenham aquela aplicagao através de ificos, também ym diversas outras numerosas e importantissis pprietiades farunaeol le os caracterizam como antibidticos, anti-sépticos, antivirals, ete. De modo ett 08 61208 essenciais penetrain no corpo por inalagio, através das vias ou eatiio por absorgao, diretamente pelalpele, atingin sma forma, muitos dos 6leos essen at s, podem e devemaser e de Outros, por sua -nte sangitinea, stias propriedades anti-sépticas os de queimaduras, feridas, picadas ados em infeegdes pro’ por 6 praticada atualmente, @ dello mblicacio da obra rom je, do Dr. Jean Valnet, most ir de entfio, basta lnida, principalmente na Franca e na Inglaterra, ent es, onde 6 exerelda por médicos, enfermeiros, terapeutas e demais profissionaisida, Satide, Em a 9 0 Brasil e os Estado§ Unidos, a retomada d ica 8) muito recentey data \cos anos atras. O eal essencial t elagao muito recente ‘No Satanto, da ut osfileos essenci Se anos atras, antes dos tempos do Bgito Antiggy Na Ri verdad 2 india desde mnilfanos mantém a pritica da Aromaterapia s 80 ats iy, Mi de hojeye a deve ter surgido, ha mais tempo ainda Muito da histéria do eiiprego dos ak homem antigo parece estar envolvido em mistérios. Pesquisas antropologicas e paleontologicas, no entanto, identificam as primeiras priticas com a queima de gomas e resinas vegetais como incenso. Acredita-se também que, eventualmente, plantas aromiticas foram misturadas a gorduras e dleos vegetais que eram passados sobre 0 corpo, fosse para cerimOnias rituais ou pelo simples prazer de desfiutar dos respectivos aromas. Segundo Kathi Keville ¢ Mindy Green, “entre os anos 7.000 e 4.000 a.C., gorduras ¢ dleos de sindalo e de oliva devem ter sido combinados com plantas aromiticas, prodnzindo assim a primeira pomada neolitica”. Inimeras pesquisas arqueolégicas conduzidas na india, no Egito e no Afeganistao demonstraram a utilizagio de pomadas e incensos aromiticos desde periodos anteriores a 2 3.000 a.C. Nas eras mais remotas da historia da Immanidade, fumigagdes arométicas eram utilizadas em rituais didrios e em cerim@nias misticas para “expressar uma realidade difiisa”, nas palavras de Marcel Lavrabe. Os usos tém variado, mas os principios tém permanecido os mesmos. © Livro Chinés de Medicina Interna do Imperador Amarelo, escrito no ano de 2.697 a.C., explica diversas utilizagdes do uso aromatico das plantas. Chineses, hindus, egipcios, gregos, romanos, enfim, todos os povos antigos conheciam e utilizavam as fragrincias naturais. Com fins terapéuticos, no entanto, a Asomaterapia parece ter se originado no Egito Antigo, conduzida pelos sacerdotesi@ae ieeonheciamialiiipostincia da satide fisica e mental, além dos aspectos espiriy 3.000 a. pratica da importacdo de sfragrancia quanto 4 @.Jen especial, os pela sua capgefflade de tratamentogi@e pele s faziam uso de massagens coi Agonh Atica do embalsamamento era uma das mie els das substangl sobretudo pelo poder anti-séptico dos dleos esseheiai ia faz"Teferéncia A utilizacio de dleos essenciais e de incei meras Cristo recém-nascido receben, nas oferendas dos Rei s do nso (olibano). do Egito, a pritica da eee disseminou-se para do * agragdes de seus templos e altares. sacerdotes confor © de Exodos) prevé a ut do de do, para uso cerimo constituigdio era mirra, ere ‘gregos ant p mata — significava a um s6 tempo , medicina aromaue . No século VIL a.C, era un onde centenas de per -omercializados, Algumas efvast 5 das, eram comercializ finissimos potes altame e decorados 4 alt valioso contetido. ° VII 4.C., 2 obra O Livyirda Destilacao e ca Quin Perfiine, do arabe’ Waka creve imimeros dlegs/essenciais, inclusive a cAhforay importada da China. sélebre Se dee ps Avicenna desilasio to Ba aes 4 proceder 4 destilagao fa crete A prot yam 05 pipeessos de Bpoca, como imes!Bem o peso dos Sleos essenciais. Um dos I ot wieenna Iedicado as rosas. Os perfumes "€58 eee @ Bitfopa pelos Cruzados medievais no século XIE me mesino seculo howve tim incremento no cultivo, produgo e consumo destes produtos maEutopaymas sem, no entanto, haver utilizagao terapéutica significativa, predominando a perfumaria. © aperfeigoamento dos processos da destilagdo deu-se com os trabalhos dos alquimistas, principalmente por aqueles da Alemanha do século XVI. O uso dos dleos essenciais na perfumaria e na medicina comegou a declinar no século XIX que, na verdade, marcou o declinio de toda a Fitoterapia no mundo ocidental, quando os cientistas da época aprenderam a isolar e sintetizar principios orgénicos em laboratério. Com © passar dos anos, percebeu-se que estes produtos sintetizados muitas vezes nfo atingiam a performance do produto natural, principalmente porque na Natureza as aces se dio em conjunto, um principio criando as condicdes para a adequada aco de outro. GATTEFOSSE E A INFLUENCTA DE SEU TRABALHO O termo Aromarerapia foi criado em 1928 por um quimico perfumista, o francés René- Maurice Gattefossé. Seu interesse pelo uso terapéutico dos dleos essenciais foi estimulado por ‘um acidente em que esteve envolvido, no laboratério de perfumes de sua familia, Apés uma explosio, sua mio foi seriamente atingida, provocando-lhe queimaduras severas Necessitando resfriar as mfos e sem vishumbrar nenhuma alternativa a sua volta, mergulhou a mio atingida em um recipiente que continha 6leo essencial de lavanda (Lavandula officinalis). Para sua suzpresa observou, durante os digs que se seguiram, que sua mio no s6 se recuperava rapidamente, mas tambgifi@ie as cleatrizes €iaimamninimas. Gattefossé passoy fades doVileo. de lavenda e de outros Sleos essenciais ©, deta Mujoridade no assunto. Hoje, credita-se af@sse quil Xio uso dos dleos essenciais de plantas, com le a @tigc30 do termo “Aromaterapiia” se vit atte! on cerca de 50 anos de estudos e pesquisas Oleos para peles norma: , / 4 Oteo de milho aed eava Oleo de gergelim Oleo de soja Oleo de apricot Oleo de jojoba Oleo de caléndula Geo de semente de uva Oleo de neen Oleo de maracuja prensado a frio ‘Oleos para peles oleosas: Oleo de semente de uva leo de girassol Oleo de avelat Oleo de noz Oleo de primula leo de germe de trigo Oleo de babacu, tucuma, céco da Bahia, palmiste e murumuru Oleo de canola Oleo de linhaca 13 Os dleos essenciais compreendem uma mistura de substancias volateis extraida de plantas. Podem se revelar como matérias-primas de importéncia para as indistrins cosmética, farmacéutica e alimenticia, sendo geralmente os componentes de aco terapéutica de plantas medicinais. Oleos essenciais no Mundo Desde ha muitos séculos airs, og 6IGSSeSsenelals SASIENBlorados, ainda que hoje nao se tenha completamente documey cio © que WSprimeizos usos primitivos ppara estes tenha sido fina@ique cram usadas para embalsamar caday@res em Ha relatos dogi8@ de essenci mundo, Shaft Nu © épio ("Bapar m3 ig0 lio de ervas do tas citadas eram o gengibre i aticum") eo ferum"). Outro uso documentado de dleos ess detjem 2.000 a.C. engflivros em sanscrito, pelos hindus. Em tal época, ja hi icimento mais aratos de destilacdo. Nesta época também hé relato; Bypovos que ssSes CoMpostos, como os persas e egipcios, ainda que dyivel quelesses: assem as técnicas de extracdo ha muito antes. Muitas das ervas jp na atyallidade j eram conhecidas, como por exemplo o capitn limao ("CymbopagOn ciftatus" Ainda que nfo fossem extratos puros, eram como s, mas também em cerimdnias religiosas Junto rruzadas, © conhee: os ar em pouco tempo alcodlicas, mio apenas usadas om fins terapéuticos. ‘por outros povos, se difundiu entre os aparatos de destilagiiay Tanto & que 0 mérito pelo primeiro indivi as foi de um fisico arabe conhecido na een crn oO ‘na alquimia, e nao por acaso sto oo juele momento da Hi terapi De fato, os arabes melho Perfeicoados na alquit dicina & publicaram muito mais co e ‘Naa obstante, com uma publicacao em 1563, por Giovanni Battis se essa dl qualquer outro pov: tem nahi um salto na evolucto nesta area de conhecimentosetinha-se entio docum@ntando: de separar os dleoséssenciais que até entdo ei Is SOlucdes aleoslicas: cat A partir Ge dos los e XVII, a cofércializacao dest Spullarizou pelo mundo, de¥ido 86 tecnologia e onhecis deddes ji mais explorado e divuilgado fe mundo, Ifo se deve esquecer 3 mititas delas ervas, arométicas de grande valor ico, eram produtos vali ®E por este motivo que Marco Polo empfea Driente. Um termo que est bem 188 4 bleos esseuciais ¢ a Yaromsterpia". Este foi criado por ‘um quimico francés em 1928, conheeide 66m0|Malirice René de Gattefossé. Foi em uma de suas destilagdes em seu laboratério, que Gattefossé sofreu um acidente e teve seus bragos seriamente queimados. Em meio ao panico, imergiu-os em uma tina de lavanda, que até ento pensava ser égua, Notou que em poucos minutos sua dor havia passado, e dias mais tarde jé no tinha mais cicatrizes. Passou a explorar mais as propriedades curativas desses extratos, a0 contririo de antes, que s6 os usava como perfumes para seus produtos ¢ criagdes. Também se deve a este quimico um dos primeiros relatos de que produtos sintéticos que imitavam esséncias naturais tendiam a nfo ter as mesmas propriedades curativas, assim como Cuthbert Hall em 1904 publicara sobre as propriedades anti-sépticas do leo de "Eucalyptus globulus" em sua forma natural, em detrimento do seu principal constituinte isolado, o 4 eucaliptol. Entretanto, hoje & sabido que como 03 dleos compreendem misturas complexas, a sintese e adicao de substancias puras aos preparados obviamente nao deve produzir 0 mesmo efeito Até mesmo durante as grandes guerras, as propriedades medicinais de Sleos essenciais foram exploradas. Como ocorreu com em situagdes em que alguns médicos nio tinham a disposigao antibidticos, e que eram forcados a usar 0 que tinham em mics. Oleos essenciais no Brasil Um dos produtos inicialmente explorados no Brasil para extracdo de dleos essenciais foi retirado do pau-rosa. Sua explovag@@lfoi tamanha que itéjos dias atuais o IBAMA colocou essa planta ma lista de, 0, Oulids.vegetais também foram explorados, como o © Sibafris. Devido 2 uma difiétildade fidial pela producto brasileira ocogfeu durante a elafificuldade dos paises do odidente de const fis}Com isso o rande guerra, que esses produtos de sens forne: Brasil tog @ arte de suas vendas voltadas para ae ue ajudou nificdth ‘© aumento producdo. Na década de 50, mais ui baron para de esséncias dentro do pais: empresas intemaci Iutoras icos, e produtos farmacéuticos e alimentares se instalaral eft tercado atual i a ~) Junto exploragio a partir de vegetais, n f eu significativamente, os . em especial décadas a indiistria de sintéticos © estimulo de “orgdos s setores, como o da de perfumes, tal fito é ruim. 16 vegetal, ¢: a espécie vegeta sssenciais podem estar jpresentes em diferent , tais como (folhas, . ramos, galhos, frutos, riz. Ass ese, so armazenados et e locais especiais, tais coi e bolSas seeretor de tricomas e glandulas. Esto presentes principal ies dasfamil \ceae, Lauraceae. Myristicaceaes Lamiaceae, Asteraceae, sae, Rosaceae - Pipeta@eae as quais podem et encontradas em pra fodos os continentes. Os 6leos €ssent mp1 lem uma complexa mistura de sul jodendathegar até re ha a ptedominanci ym questo, por virias centénas del sm, sei caracterizarant a @ caracteristico. Geralimente ité Es Substincias que wnferipdo um aroma tancias pertencem a cl como 05 mono e sesquiterpenos, ou GOS 5 (ou C6C3)., além AS outros grupos menores. Tais substancias possten varias -fimedes. orginicas, ais como alcoois, aldeidos, ésteres, fenOis ebidroeatbonstos. Net sempre os dleos essenciais possuem aroma agradavel e nem sempre as espécies que os contem apresentam propriedades terapéuticas, embora algumas sejam empregadas como condimento ou preparo de chs. Posstiem aroma forte, coloragio amarelada e consisténcia oleosa, so lipossoliveis e liquidos A temperatura ambiente. Os dleos essenciais podem ser extraidos das plantas por diferentes processos, tais come destilagio a vapor, extracdo por solventesorginicos volateis, por gorduras a frie ou a quente, adsorventes (silica, carvao ativado) ou por pressao (expresso). Algumas substancias, quando possuem valor comercial elevado, podem ser isoladas do Gleo que a contem ou mesmo sintetizada em laboratério, como o caso do mentol das espécies de Mentha. 15

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