You are on page 1of 13
sonia Maria Claret? * ‘ : 5 m 4 Travessia: construga0 deu campo problematico Agua da palavra Agua calada, pure ‘Agua da palavra Agua de rosa dura Proa da palavra Duro siléncio, nosso pat Caetano Veloso, ‘A terceira margem do tio um conto de uma vida que mergulha nas de um imenso oceano. Belezas € ? Infinitos. Um Um conto. Entre muitos, rias-claras-escuras estividade. Descaminhos? Caminhos dguas quent perigos. Intemp quase-sem-ar, Um quase-sem-respirar. Houve uma vez uma vida que queria endireitar os caminhos-descaminhantes daquelas dguas. Queria dguas quentes, sé quentes. Ou frias, sb frias. Ou claras, s6 claras. Ou escuras, s6 escuras. Inventou uma bolha e nela foi viver. Ld, dentro da bolha, é sem dificuldade. De la parece que dd para ver descaminhos dos possivel respirar quase todos os caminhos. Transparencia cristalina. Ld tem apotos. Vidas sempre-escuras. Aguas confortdveis. Aguas sempre-claras. Aguas Sulva. Sulva? ee respondide. Repo lva. Sol “A resposta. Respos da. Reconhecida. Re, ré 16, Ten ; delicia. Um frio. nsdvel. Repensada. Re Um quente. Um claro. Gvalha! Um salva-vidg Um mergutho. Uma surpresa. Uma “ana bothat Uma Um medo. Uma mostra. Um Le a vida-salva. Salvada, Salvaguardada. Sulva? Sulva? Sulva: Sulva, sulvar, sulvado, eh oI . Um sem-repondido. 0 e a Caen Centendrio. Cendrio. Um sem- Um ee bee rece respira na quase-ndo-respiragao. Sufoco! ma vida outra. a Uma vida, uma dgua. Vida-dgua. Agua-vida. Devir-dgua? Devir-peixe? Devir! dada-a-salvo. Salva. Selva. Silva. Soly, rdada- ? sulvador. Sulva' in: Un seo rea responder. J ee cendrio. Um sem. Uma vida i UM CONTO: A CRIACAO DA BOLHA. PESQUISA, CONHECIMENTO VERDADE Uma narrativa da modernidade: 0 mundo é 0 mundo das formas, Conhecer é representar 0 mundo, suas formas. Conhecer Oo mundo é ter acesso as verdades que constituem este mundo. Verdades que se lancam ao mundo como luzes, produzindo inteligibilidades. Esta narrativa descreve, enfim, a criacdo da bolha: lugar da verdade, do conhecimento verdadeiro, da seguranca, da certeza: Nao importa muito se a verdade é garantida s. Esse algo —a bolha, ou seria vei uro labirinto 4 a instaveis. A bolha, O fig de Ariadne, Teseu dessas Aguas tao . isaéb i nentos, € produzir conhecimentos, al i é a "abelecidas pelo Método investigatiyo. IS blematico Na Travessia: construgdo de um campo pro osta ou uM 4o que pede resposta ou or uma questao qi sen ae . : ae an arante o sucesso da empreitad ae oe como condi¢ao de se ating: da diivida. Morte do Assim, a_pesquisa é regida problema-e-ser-resolvido. oO ‘ori, correto do método que se estabelece, a prior eo ii igaca ister! a verdade daquela investigacao. Morte do m 7 monstro. Teseu-herdi mata 0 Minotauro. panna ei Lil A pesquisa quer matar a dualidade. Quer 4 -frias-claras-escuras. mono. Quer destruir o labirinto das 4guas quentes ae het Opera com o “ou”: quer a 4gua sempre-fria 0 one cae éncia a | , tran. . clara ow sempre-escura. De preferéncia 4guas sempre-claras. I. Transparencia total, E sempre-quentes. Conforto re eae Em 4guas sempre-claras-e-quentes, no conforto razao-luz empreende a pesquisa que categoriza conhecimentos vera A representacao se presta a esta categorizacao: ela purifica, reduzas ormas a uma identidade. Mas existe aquilo que resiste a representa¢ao e insiste emiuma) condicéo de “e”: aguas-quentes-e-frias-e-claras-e-escuras. Multiplicidade. Conflito. Agito na tranquilidade da bolha. Implosao da bolha? UM conto: A NAO-BOLHA, PEsQUISA E 0 INCONTROLAVEL MUNDO DAS AGUAS QUENTES-FRIAS-CLARAS-ESCURAS Bem, se a bolha se desfez — ou se desfez a imagem da bolha? — como entao, respirar sem a bolha? Quer dizer: destituida dessa imagem de seguranca, de busca da verdade, como a Pesquisa se move? Pelo menos trés possibilidades. Uma, continuamos presos 4 imagem da bolha © 4 perseguimos como a um ideal, Isso implica em se yi iver na falta — falta da bolha ou da imagem da bolha. Falta, ‘ E no excesso — excesso de Sguranca ¢ conforto da bolha ou da imagem da bolha. Duas, fica deriva neste mar indecifrdvel, selvagem, que nao 5. mos 4 indo, vez, na Constituicao de Sénla Maria Clareto valores Outros, de uma ética outra que se constitua na imanéncia das dp quentes-frias-claras-escuras, Sem imagens. Com o intempestivo, Se Tepresentacdes, Com a multiplicidade, , : Qual dessas erés possibilidades é a mais verdadeira? Oy Seja, gus delas fala da verdade sobre 0 que é0 mundo? Qual delas éa verdade sob © mundo? Oras, a verdade como verdade universal que é a Producao de adequagées ao que o mundo é... isso sé ene na bolha Ph naquily que € a imagem da bolha, Num mundo sem bolhas 0 caso nao é mais de verdade, an sentido e de valor (NIETZSCHE, | 887/200]; DELEUZR, 2001; MACHADO, 2009), Entao, a pergunta nao é mais: qual é q mais isso implica? Qual o sentido e @ valor? A Perguntag emolégico, mas antes ético, Entao, rente ds verdadeira?, mas 0 que ser feita nao é de cunho epi fies implicag6es, apostamos na tiltima possibilidade: poténcia para constituip um modo de existir neste mundo de 4guas quent -frias-claras-escuras que flua no fluxo das aguas de diferentes tons, dif entes temperaturas, Multiplicidades. Medos e monstros, Minotauro e Dionisio. Bem, entao, j4 € outro mundo. Outro conto... Neste outro conto 0 mundo nao é s6 0 mundo das formas institufdas, mas tem também um movente: uma usina de produgao de aquis e agoras que se constitui nos aquis e agoras... O atual € 0 virtual produzindo mundog, Como conhecer este mundo? Como conhecer neste mundo? Como viyer no intempestivo? Sufoco! Sem a imagem de pensamento que dia seguranca da bolha do conhecer. Salva. Com 0 emaranhado das forgas constituindo 0 mundo. Selva. Sem a miisica tranquila e transparente da bolha. Silva. Com s. Sulva, Sulva? Sem respostas prontas e imediat a sede do insaciavel. Solva VIVER EM AGUAS QUENT CAMPO PROBLEMATICO "RIAS-CLA RAS-ESCURAS, PEsQuisa Ri O campo problematico, como aqui se entende, resiste a dois modos, mais comumente adotados, de compreender a pesquisa educacional: a Pesquisa como solucionadora de problemas ea pesquisa como busca de invariantes, “ a ™ a} 1h omo solucionadora de problemas « s que colocam © método em sua centralid — netodolégicas sao evocadas para constituir aquilo que s foeel ‘questo a ser investigada. Ha que se ter uma questao para as renee : _ uma investigacao. Pois bem. Entretanto, como se consiste Mees es. i de investigacao? Parece haver um quase-consenso de ae ae eae, investigacao (em educagdo) deve pautar-se por uma oe ee que procura por um estado da arte da tematica a a investigada. . elma da questao, em suas bases tedrico-metodolégicas. eae ee inyestigativo que carrega a questao como estandarte e as ross tet aa metodolégicas como suporte do estandarte. As concluses da pesqu so tecidas no emaranhado dos fios teéricos que se alinham, em muitos dos casos, com os fios de um campo empirico. Mesmo que nao se diga das conclusées, ou nao se refira a solugdes da questao ou problema proposto, ha uma busca por apontar caminhos, solugées, prescri¢6es ou, no ia ides casos, criticas a situagdes vivenciadas em um campo empirico. Tais criticas tém como suporte as bases teérico-metodolégicas da investigagao e acabam por apontar as condi¢des ideais — do ponto de vista das ideias suporte de tais bases tedrico-metodoldgicas — de funcionamento das situagées vivenciadas no campo empirico. O campo da educagao, muitas vezes é visto como um movimento que varia a cada momento. Porém, trata-se de uma variacao que acompanha uma dire¢4o constante: ha uma finalidade definida, uma tendéncia ac equilibrio: tudo se relaciona com tudo harmonicamente. Relacées dadas “prior como condigao de existéncia do campo. Palavras-chave: inteireza, harmonia, equilibrio. Assim, dimensio, integraca4o a marca da pesquisa, nest: €a busca pelos invariantes. Compreende-se, portanto, o camp da educac4o como um campo que tende ao equilibrio. O que se pretende aqui, com o campo problematico, é resistir _¢stas abordagens mais hegeméi is h nicas na pesquisa educacional. Resistir constituicao dessas bolhas — ou imagens de bolhas — que tiram a poténci das aguas turbulentas, dinamicas, miltiplas em cores ¢ temperatura cheiros e sabores, Multiplas, = | a jcamente se vem também nao se refere, como eine “resultado duvidoso” ou eae ao pensamento de s is yrOpria uma acep¢ao muito P) a dando junto a encontros,{ Por, , acontecimento isa que evoca uma ; i im modo de pensar a pesquisa q' um: constituindo u: : BraRe : nas aguas |quentes-frias-claras-e: com-respiracao. ——— ioléncia, um estranhamento, uma § Ha paupresume piesa) um sofrer da vida, que algo que ts a, paradoxalmente, por intermédio da precy Bresenga «fo ne “do visivel, do dado, do concebido, Assin da estal ean dos métodos que se destinam ao equilib re A reprodutibilidade (ARAGON, 2010, p, 157), O campo problematico — assim como o vixey - oe Quentes frias-claras-escuras — é resisténcia: aos Pees Sessa los de Pesq aos modos-bolha de existir. Resisténcia eas Submersa nas Aguas miultiplas. Resisténcia: existéncia monstruosa, hibrida... Uma exist quase-aqudtica, quase-n4o-ai quatica. Existéncia no labirinto das Aguas Experiéncia no labirinto, Sem saida. Sem entrada. $6 entre, A experiencia no | flutuar sobre o la Iearo. A experiénc ser labirinto, de es abirinto nao é criar s birinto, vendo de lon, ia no labirinto é inven, ‘aidas. Nao é Teseu, Nem 5€ scus caminhos, Nio é 40 de um modo Outro de 40 de labirintos, Invengio | NDO, 2010, p, 595), tar no labirinto, Inven de si edo mundo (CLARETO; ROTO O problemético, enquanto acontecimento encontros, é estar nas que se da por meio de aguas, Inventar as agua: Ss. Nao aguas abstratas | roblematico Na Travessia: construgdo de um campo P| Itidao, Cada tratadas abstratamente, mas cada dgua em sua Conte a ciel agua em sua singularidade. Acontecimento- Inigus » Singularidade. Invengao de si ¢ do mundo. : SIA. SINGULARIDADE DE UM GRUPO: TRAVES CONSTITUIGAO DO CAMPO PROBLEMATICO upo! é também uma resisténcia: i is 1 de uma resistir_ a contar uma histéria, uma linearidade eure earns constitui¢4o. E também resistir As generalizagoes daqui lo que c eee do grupo, numa coletividade-grupo. F, ines» iruiu e constitul quilo que consti entao? Optou-se por Marcas NA Falar da singularidade de um gr' grupo econstituiu cadaum resistir a uma busca de invariantes na a processualidade desta constitui¢ao. Como fazer, perseguir marcas. ¢ estou chamando de marca séo exatamente estes Ora, o qu ear r das estados inéditos que se produzem em nosso corpo, a partir das composigées que vamos vivendo. Cada um destes estados constitui uma diferenga que instaura uma abertura para a criagao de um novo corpo, o que significa que as marcas s4o sempre génese de um. devir (ROLNIK, 1993, p. 2). Entdo, o desafio é dar corpo a esta criagéo de um novo corpo para o grupo. Devir. Perseguir marcas. Deixar-se perseguir por marcas. Marcas marcadas, marcas vividas, marcas sofridas, marcas engendradas. Marcas. Este grupo é 0 Travessia, abtigado no Nticleo de Educacéo em Ciéncia, Matematica e Tecnologia - NEC /FACED/UFJF. O NEC foi criado na década de 1980 por um grupo de professores de diferentes 4reas do saber e oriundos de diferentes unidades académicas da UFJF. Tem reunido, também, ao longo desses anos, profissionais de diversas instituig6es ligadas & eta especialmente professores das redes municipal e estadual, Hoje 0 NEC se constitui em um dos Niicleos que compéem a Faculdade de Educacao da UFJE : “Sy ote no Diretério de Grupos de Pesquisa no Brasil da Plataforma SRGNIPal (discon ivel. em: de Idi ca sell q (disponivel em: http://dgp.cnpq,br/dire Z ee iiewanoe igp-cnpq retorioc/fontes/detalhegrupo iM _Corpo-questao: territério questao que se coloca i: Bae orno res”. A questao do espago, ainda em foce, eo eis 2 uiltiplo, com o olhar propiciado por diferentes areas eee Eeeouires como geografia, matematica, pedagogia, filosofia, ee : a a aa ae (LOPES; CLARETO, 2007). O grupo cresce e se forta abertura da ‘em que a multiplicidade de olhares vai apontando para an re temdtica: espa¢o, processos de subjetivagao, COrPO educabili a foe. Ainda no interior de tal projeto foram desenvolvidas ee dissertag6es de mestrado em Educa¢ao, vinculadas a0 Berane pane Graduacéo em Educagao — PPGE/FACED (SA; 2006; SILVA, ‘a FONSECA, 2009; BENIZ, 2009). As pesquisas que originaram. i dissertacgées vao abrindo questées que comecam a povoay um gaa territério e que se desdobram: como o espa¢o escolar é vivenciado a professores e alunos? Que educabilidades estas vivéncias constituem: Como esta vivéncia no espaco escolar constitui-se em formativa para 0 professor? Como se da a forma¢ao do professor no espago escolar? Neste momento identificamos mais uma marca: 0 tornar-seé educador no espago escolar. Neste sentido, o grupo empreende uma investigacao acerca da formacao do professor de matematica cujo principal intento foi investigar a escola como espago de formacao do educador matematico e propds um estudo acerca dos saberes e fazeres matematicos e nao-matematicos que © professor de matematica precisa mobilizar, construire constituir para tornar-se professor no cotidiano das relagées no espago escolar‘. Junto a este projeto foi desenvolvida uma disserta¢ao no Programa de Pés-graduacao em Educa¢ao PPGE/UFJF (MALVACCINI, 2008). Esta dissertagao apontou na dire¢ao de problematiza¢ao do “tornar-se o que se é” nietzscheano, problematiza¢ao Essa pesquisa teve financiamento da PROPESQ/UFJF, através do seu Programa de Apoio a Grupos de Pesquisa (2005-2006), contando com trés bolsistas BIC/ UEJF. Desse derivou-se um subprojeto financiado pela FAPEMIG, através de seu Programa de Apoio a Recém-Doutor, com término em julho de 2006. Contou com um bolsista PROBIC/FAPEMIG, Pesquisa interinstitucional que enyolveu c professor Jader Janer Moreira Lopes, da Universidade Federal Fluminense (UFF) Tal investigac4o contou com financiamento da FAPEMIG, através de # Programa de Apoio a Jovens Doutores (EDIT 172/07) e teve trés bolsistas d Iniciagao Cientifica (PROBIC/FAPEMIG, PI BIC/CNPg e BIC/UEJF), 2 encontra-se mento, 0 BFUPO Aa ipee $4 (2006). Ne ie e e Foucault, constituindo, 3. ca a relacao com Nie! Filosofias da Diferenga. Os Pro jvpidade com. as ch isincensamente tematizados. Este é um p.- ee que o ainda nao pensado NO BrUpo co. : ‘configurand, a partir das pesquisas em ang, a er pa : dar 0 que pensar: ae tees tedrico-metodolégicos mais compativei, uma busca por proc 0. As discuss6es de textos €, sobretudo, aS invese; asinvestigagOes em curs ren do questionamentos, problemati,,” em andamento foram dens, mas que caminhavam para 78Gb ey «,quietacdes de diferentes ordens, A r tems inquie ae estudo do espago escolar, a discussao dos processos de Prod, Fe bc ivida des, a noc4o de pensamento vivo ou pensamento sem imagen DELEUZE 1988). Uma tese de doutoramento em curso yaj for , corpo junto ao corpo em constitui¢ao do grupo: processo de Subjetivacss aprendizagem e pensamento (ROTONDO, 2010). A cartografia atravessa 0 grupo de modo intempestivo (KASTRUp 2008), colocando-nos a pensar nossos procedimentos investigativos a poténcia do acompanhar processos. A marca da cartografia irrompe a grupo de modo a provocar uma dessubjetivacdo: arrancando-nogs de és mesmos. Uma experiéncia (LARROSA, 2002). No desenrolar deste processo, a questao da a invengao de si e do mundo (KASTRUP, 1999), Fs com Kastrup, constitui-se em uma poténcia: Pp, E 5 a abordagem larossiana de experiencia. Trés 01 tomam lugar no Stupo € constituem uma abertura a novos olhares com 9 mundo — e também novos ouvidos, novas maos, novas falas, novos narizes, novos corpos, enfim (BUNIER, 2009; NASCIMENTO, 2009; EUGENIO 2010). Assim, espaco, cor riencialwe prone aa ; i paso, PO; experiéncia, aprendizagem e formacao de Protessores passam a se constituir em interesse focal na produca oO grupo foi se abrindo e: d fithtke do ae Brupo. te a, : ab - © em duas frentes de estudo, fundamen. f 1gada a formacio de profess, i Professores de matemitica) ea outra ligad: : i Sores (especialmente de a ligada a sala de aula, A primeira frent deu origem 4 isa“ e. 4 5 Gf, igem a pesquisa A formacao do professor de matematica: cartografia 6 prendizagem como ’); NO encontro do grupo assim como o encontro com. utras dissertac6es de Mestrado -ensino tematica do ensino superior ¢ (CARVALHO, 2011). Encontra-se- hoje em -desenvol v ‘ de doutorado que toma como campo investigativo uma turma Ce ¢ eee curricular de matematica no curso de licenciatura e procura problema a formacio de professores de matematica a partir de uma discussao acerca do cuidado de si e da estética da existéncia de Foucault. Na segunda frente, abriu-se a possibilidade de investigar a aula como coletivo de forcas, a aula como acontecimento. Tal possibilidade nasce como resultado da investigagao realizada: ao pesquisar a formagao do professor de matematica na sala de aula, fomos colocados diante de um emaranhado potente de forgas que constituem a aula (de matemética) e comegamos a tematizar a sala de aula como coletivo de forcas. Mais uma marca. Nesta segunda frente, trés dissertages defendidas no PPGE abrem possibilidades: uma buscou pensar uma matematica menor no Ambito da sala de aula de Educagao de Jovens e Adultos (EUGENIO, 2009). A outra possibilitou constituir um olhar acerca da “aula” enquanto acontecimento, aula de artes como aula-proposic¢io (CARBOGIM, 2011). Uma ainda trouxe escapes € rupturas no A4mbito de uma sala de aula (no caso de danga) (RIBEIRO, 2011). As artes € a arte, a artistagem e o artistar vao irrompendo espa¢o junto ao grupo. Marcando o grupo. Uma marca. ‘Assim nasce um grupo. Mas, como diz o poeta juizforano Murilo Mendes: Ainda néo estamos habituados com 0 mund Nascer é muito comprid Murilo Mendes (reflexao n° 5 F Fi , Ae Este projeto conta com dois bolsistas de Iniciagéo Cientifica, graduandos curso de matemitica. 5 : "Digo: o } pesquisa Travessia faz coro com Guimaraes hee me a vas na saida nem na chegada: ele se ne ee das seguintes x A composi¢ao se institui na movimentag: >-como. prada produgao de conhecimento como criag4o ae matcnda de existir; a producao de si e do mundo; a es ni di inventividade no pensamento contemporaneo; aedu i Produ : de subjetividades; educac¢ao matemiatica. Os vee ee inte do grupo foram se constituindo ao longo de — oe . ‘ corpo, experiéncia, aprendizagem, tornar-se € es

You might also like