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Que tal rodar um sistema operacional dentro de outro, numa janela?

Teste diversos
sistemas, aprenda a instalá-los, rode programas dentro deles sem interferir com o seu
computador "real". Monte uma rede virtual, interligue máquinas virtuais e veja como os
sistemas se comportam. Simule operações que você nunca faria no seu computador
"real", como por exemplo, rodar um vírus só pra ver o que ele faz. E depois dê risada da
cara dele :P Veja como fazer tudo isso e muito mais.

Atualização: esta dica fala do VMware Workstation 5, que era comercial, e apresenta o
VMware Player, gratuito, que permite executar as máquinas virtuais sem alterá-las.
Mas algo melhor aconteceu: o VMware Server foi liberado gratuitamente, ou seja, as
limitações da versão Workstation (comercial) não existem mais. O texto não foi
alterado, mas adapta-se perfeitamente ao VMware Server. Depois de ler este tutorial,
conheça e baixe o VMware Server, comentado no Explorando:
http://www.explorando.com.br/2007/05/agora-o-vmware-server-gratuito.html

Virtualização... Rode um sistema operacional dentro de outro. Dentro de uma janela.


Benefícios disso? Muitos! Vou comentar um pouco sobre a virtualização e então mostrar
um tutorial do VMware, um excelente software virtualizador.

Já comentei várias vezes no meu site Explorando e Aprendendo sobre o uso de


máquinas virtuais... Inicialmente usei e comentei sobre o programa Bochs, que tem
versão para Windows e Linux, mas é muito lento. E criei uma interface gráfica para o
QEMU for Windows, o Kemula. Hoje vou mostrar como usar o VMware, uma poderosa (e
cara!) ferramenta de virtualização, com versão para Windows e Linux também. Não se
assuste pelo "cara", você verá que é possível usar praticamente por tempo
indeterminado, sem precisar pagar nada nem piratear.

O que é uma máquina virtual? É uma... Máquina virtual! Um computador que existe,
mas não existe... Enfim, uma máquina virtual é como se fosse um outro computador,
dentro do seu. Com direito a HD virtual e tudo mais. Você cria um arquivo, um "HD
falso", "HD virtual". Instala nele um sistema operacional qualquer, em teoria qualquer
sistema para PC (Windows, Linux, DOS, BeOS, etc). E roda esse sistema numa janela!
Isso é possível porque dá para emular muitas coisas via software. Um exemplo clássico
são os emuladores de vídeogames de consoles antigos, que permitem rodar os jogos
numa janela, jogos estes feitos para o console. É possível simular até mesmo
processadores de outras arquiteturas, permitindo uma vasta diversidade de aplicações.
A simulação é praticamente perfeita, salvo as limitações é claro. No caso dos PCs
virtuais, você verá que é fascinante!

O programa que gerencia a máquina virtual cria uma camada de software entre o
hardware real e o sistema operacional no PC virtual. O sistema operacional na máquina
virtual solicita e recebe informações de e para o hardware, e a máquina virtual cuida
disso tudo (assim como numa máquina real o conjunto hardware + software da BIOS
faz com o sistema operacional "real"). Normalmente o sistema virtual nunca tem acesso
real ao seu hardware. A máquina virtual simula um processador, um HD, uma unidade
de CD/DVD... O acesso a alguns dispositivos pode ficar um pouco prejudicado, mas
visto a grande variedade de recursos que a virtualização pode oferecer, vale a pena.

O que fazer com as máquinas virtuais? Você pode rodar mais sistemas ao mesmo
tempo, no mesmo computador. Empresas de hospedagem de sites podem se beneficiar
disso com os servidores virtuais: dedicam um servidor real para três ou quatro clientes,
ou mais até, cada um com um sistema operacional diferente, por exemplo. É possível
rodar o Windows dentro do Linux, o Linux dentro do Windows, etc. Fuçadores e geeks
podem testar novos sistemas diretamente do ISO, sem precisar nem mesmo gravar um
CD. Usuários de Windows podem acessar a Internet apenas por uma máquina virtual,
assim evita-se vírus e malwares em geral no PC real. Seus arquivos ficam protegidos,
pois a máquina virtual não tem acesso às suas pastas. Só ao HD virtual, que não passa
de um arquivo no seu HD real. É como se ela ficasse numa "gaiola". No entanto, o
VMware cria placas de rede virtuais, que permite que a máquina virtual faça parte da
rede. Se você tem um computador só, não tem problema: o seu computador também
recebe uma placa virtual, e é conectado a rede virtual com as máquinas virtuais.
Expetacular! Você usa a rede normalmente, compartilhando pastas e recursos e
acessando os computadores pelo "Meus locais de rede", tradicional "Ambiente de rede"
no Windows 9x/NT4. Desenvolvedores de software - como eu - podem testar suas
aplicações em diversas plataformas (por exemplo, no Windows XP e no 98), sem
precisar manter máquinas separadas para isso, nem mesmo em dual-boot. Criadores de
vírus e spywares (porque não?!) podem testar suas pragas em máquinas virtuais, em
vez de gastar horas e mais horas em PCs cobaias até ter certeza de que funcionará
como o esperado.

Deu pau na máquina virtual? Apague o arquivo dela! Pronto. Seu sistema continua
funcionando... E você não perde nada. Uma idéia mais prática... Copie a máquina virtual
para um CD (geralmente compactada antes), ou para outra pasta do seu HD. Se a
máquina virtual pegar vírus ou ficar muito danificada, apague-a, e restaure da cópia -
com o sistema já instalado, para não perder tempo. Seria como obter o computador
exatamente da forma como ele estava logo ao ser instalado, livre de qualquer
problema. Uma verdadeira "restauração do sistema"!

Existem diversos softwares que criam máquinas virtuais, emulando PCs, processadores
baseados na arquitetura x86. Em outras palavras, simulam desktops, servidores, enfim,
os populares "computadores pessoais", "IBM Compatível", etc.

O VMware, um software comercial e carinho por sinal, é muito eficiente. E rápido. Na


virtualização muitas tarefas são emuladas, e em muitos programas esse processo fica
lento demais. Resultado: o sistema operacional na máquina virtual fica com um péssimo
desempenho. Muitas vezes inaceitável. Com o VMware, muitas coisas são emuladas
também, mas grande parte dos recursos (especialmente os de gerenciamento de
memória e processador) são repassados ao hardware real, o que faz com que o sistema
virtual não perca tanto o desempenho.

Falando em desempenho... Dependendo do sistema que você quer ter no PC virtual, é


bom preparar um computador potente em memória e processador, com uns 2 ou 3 GB
livres para uso no HD. É recomendável ter 256 MB de memória para testar, 512 ou mais
para usar com conforto (embora eu testo e fuço com 160 MB no meu bom, velho e
único Pentium II, 266 MHz com Windows XP). Em termos de processador... Qualquer
um de cerca de 1 GHz com um bom cache L2 (um Pentium III por exemplo) pode se dar
bem. Mas mesmo assim sempre o desempenho da máquina virtual ficará um tanto
menor do que seria se o sistema fosse rodado diretamente. É recomendável usar o
Windows 2000/XP no computador para rodar o VMware, e na máquina virtual instalar
uma versão mais leve, como o Windows 98 ou o próprio 2000. O XP roda bem, mas é
mais pesado... Aí você deveria ter pelo menos 512 MB de RAM, para deixar 256 para a
máquina virtual e 256 para seu PC real. A máquina virtual usa uma parte da memória,
como se fosse toda a memória do PC virtual. Ao configurá-la, você determina essa
quantidade, que seria basicamente a mesma para rodar o sistema operacional escolhido
numa máquina real. Para rodar o Windows NT 4.0, por exemplo, 32 MB são aceitáveis
(64 é melhor para poder abrir mais programas na máquina virtual). Já para o
98/Me/2000, considere no mínimo 128, e 256 para o XP. Para rodar alguma distribuição
de Linux já é bem mais variável, sistemas mais antigos, até 1999, por exemplo,
normalmente se dão bem com 64 MB de RAM. Muitos de hoje até agüentam com 128
MB, mas os Linux estão cada vez mais pesados, pense em 256 MB para eles.

O nome do programa é VMware (de Virtual Machine Ware). Mas... Muita gente o chama
de WMware (com "W"), por uma simples confusão. Não tem problema, os produtores do
VMware sacaram logo isso e então eles mantém os dois domínios: www.vmware.com e
www.wmware.com. Se você quiser baixar, procure pela versão "Workstation" (a menos
que entenda da versão Server). É um programa grandinho, tem pra lá de 60 MB, e pode
ser usado sem registro por 30 dias. Ele possui o VMware Player, que é gratuito e serve
para executar as máquinas virtuais, mas não permite criá-las nem modificá-las. Você
pode instalar a versão de 30 dias, criar sua máquina virtual e guardar uma cópia dela, e
então usar o player para rodá-la depois dos 30 dias, pelo tempo que quiser :)
Não vamos nos deter muito com as diversas configurações do VMware. Explorando você
aprenderá. Irei mostrar os passos iniciais e básicos: como criar a máquina virtual,
gerenciá-la, instalar o sistema e darei algumas dicas. Vamos lá...

Com o VMware instalado, abra-o. Vá em "Iniciar > Programas > VMware" e escolha
"VMware Workstation". Ele demora um pouquinho mesmo... Veja a entrada dele (estou
usando a versão 5.0):

Na primeira vez, deve-se criar uma máquina virtual e instalar um sistema operacional
nela. Assim como você faria num computador real: dê boot pelo CD (ou disquete),
configure, formate o HD e instale... Todas as ações de formatação estarão sendo
realizadas no HD virtual, que não passa de um arquivo como qualquer outro - não se
assuste, portanto, você não irá perder nada. Depois de instalado, basta abrir o arquivo
da máquina virtual (de extensão ".vmx"), ou abrir o VMware, escolher "Abrir uma
máquina virtual existente", e você terá seu sistema virtual dentro de uma janela. Pode,
é claro, exibi-lo em tela cheia: a impressão é de que você está diante de um
computador real! Enquanto isso os outros programas no seu computador "real" podem
ficar abertos, desde que haja memória suficiente.

Vamos criar uma máquina virtual. Clique em "New Virtual Machine", na tela de entrada
do VMware. Surgirá um assistente, você deve selecionar as opções desejadas (tipo de
computador, dispositivos, etc)... E no final sua máquina virtual estará pronta. Ele
armazena diversos arquivos numa pasta, então você deve criar uma pasta para cada
máquina virtual desejada.
Iniciado o Assistente, clique em Next, e então escolha o modo típico:

Avançando, escolha o sistema que você pretende instalar na máquina virtual, o mais
próximo possível. Isso não impõe limites, você pode escolher Linux aqui e instalar
qualquer versão de Windows, por exemplo. Escolher o sistema mais próximo do que
será instalado faz com que o VMware otimize algumas coisas com base em
características especiais desse sistema.

Avance e dê um nome para a máquina virtual. Se você pretende criar mais de uma,
pode dar o nome do sistema que será instalado, para identificá-la facilmente. Digite ou
selecione a pasta para armazenar os arquivos da máquina virtual. Vários arquivos serão
criados, então é bom escolher uma pasta vazia ou criar uma nova pasta só para isso.
Por exemplo, crie uma em "C:\MeuPCVirtual".
Ao avançar, vamos aqui usar a opção NAT para a rede. Essa opção trabalha com uma
rede virtual, e funciona até mesmo em computadores SEM placa de rede! Você poderá
compartilhar arquivos, Internet, impressoras... Como se estivesse numa rede de
verdade. Escolha então a opção NAT e avance:
Escolha agora o tamanho do disco rígido. Virtual também :). É bom criar algo de 10 GB,
20 ou até mesmo 40. O tamanho da pasta da máquina virtual não ficará prejudicado
pelo tamanho que você escolher aqui: é apenas um limite, a capacidade do disco
virtual. O VMware vai salvando os dados conforme forem sendo adicionados, então um
disco virtual de 40 GB ocupará poucos MB quando vazio. Ao instalar o sistema, copiar
arquivos, etc. ele vai "crescendo" até a capacidade máxima. Como não será possível
aumentar esse tamanho depois, escolha algo agradável ao que você pretende fazer.
Depois você poderá adicionar mais discos... Se quiser pode colocar 160 GB, 300 GB,
não se preocupe (desde que o sistema que você pretende instalar suporte discos desse
tamanho, é claro). E se você escolhesse a opção "Custom" (personalizada) em vez da
típica, no início do assistente, poderia optar por simular um HD IDE (ATA/ATAPI) ou
SCSI (MESMO se seu computador NÃO possuir controladora SCSI!).

Clique então em "Concluir". A máquina virtual estará criada, e poderá ser usada. A
partir desse momento, é como se você estivesse diante de um computador novo, com o
HD não particionado nem formatado. Você precisa instalar o sistema operacional e
então "ligar" a máquina virtual quando quiser!

Por padrão, o VMware exibe a máquina virtual dentro de uma janela. Você poderá,
quando quiser, exibi-la em tela cheia. A resolução de vídeo da máquina virtual será
limitada pela resolução do seu sistema real. Dentro da janela, no entanto, após instalar
os drivers da placa de vídeo virtual do VMware, você poderá usar resoluções maiores
(aparecerão barras de rolagem na tela). Dica: para alternar entre tela cheia e janela,
tecle CTRL + ALT + ENTER.

Antes de começar, recomendo alterar uma opção do VMware. O padrão é ele


redimensionar a sua resolução para acomodar a da máquina virtual. O melhor
normalmente é fazer o contrário, então vá ao menu "Edit > Preferences", e na guia
"Display", marque a opção "Resize guest". Só para entender, "host" é o seu PC real, o
que roda o VMware, e "guest" é o sistema virtual. Dê OK. E agora vamos instalar o
sistema.

Insira o CD bootável (ou o disquete) do sistema que você pretende instalar. Ele tentará
dar boot pelo disquete, CD e depois pelo HD. Se seu sistema host exibir o conteúdo do
CD, cancele ou feche, mas deixe o CD na bandeja.

Para ligar o computador virtual clique no botão "Power On", ele tem o intuitivo ícone de
um botão do tipo "Play". A partir daí, é com você: instale e formate como preferir! A
formatação será no HD virtual, não se preocupe com isso. Você não vai perder NADA,
nem mesmo alterar o setor de boot do seu HD de verdade. Após instalar, retire o CD ou
o disquete de boot, para que o sistema não inicialize pelo disco novamente :)

IMPORTANTE: para que o teclado seja usado na máquina virtual, você deve clicar com o
mouse uma vez dentro dela. Aí, o que você digitar será enviado para o sistema virtual,
e o mouse ficará "preso" na janela da máquina virtual. Para soltar o mouse e retornar o
teclado ao seu computador real, tecle CTRL + ALT (CTRL junto com ALT). Toda vez que
você for usar o teclado na máquina virtual faça isso, clique dentro da tela do sistema
virtual. É bom saber que, ao teclar CTRL + ALT + DEL na máquina virtual, o sistema
host poderá responder, pois o Windows sempre interfere ao receber esse comando (e
abre o Gerenciador de tarefas ou a janela Segurança do Windows). Por isso, o VMware
recomenda teclar CTRL + ALT + INSERT, e ele enviará o CTRL + ALT + DEL para a
máquina virtual. Isso pode ser importante para se logar no Windows NT ou nas versões
de servidor, onde deve-se teclar essa combinação para poder digitar a senha.

Veja o Windows NT 4.0 inicializando, na máquina virtual rodando sob o host Windows
XP:

Agora olhe ele já iniciado e funcionando plenamente:


O sistema "host" aqui é o Windows XP, que estou usando, e o NT na máquina virtual é o
"guest". Para desligar, use os meios normais, clique em "Iniciar, Desligar" (no caso do
Windows, claro). Para forçar um desligamento, clique no botão "Power off", o
quadradinho vermelho, na barra de ferramentas do VMware - equivale mais ou menos a
meter o dedo no botão rs. Ele deverá ser usado também ao desligar os sistemas que
não detectarem a fonte ATX (he he como o DOS, o Windows 3.11, etc).

O VMware cria uma máquina virtual com peças "próprias", o que garante um alto
desempenho, visto a grande ligação dos mecanismos do VMware com o sistema
operacional, seja ele qual for, no computador virtual. Para que estes dispositivos sejam
usados com todos os seus recursos, no entanto, os drivers para eles deverão estar
instalados, assim como num sistema real. Isso inclui as placas de rede, a placa de
vídeo, e um driver "bobo", mas muito inteligente: o mouse. Após instalar os drivers do
VMware no sistema virtual, você poderá usar o mouse no computador virtual sem
precisar clicar, bastará passar o mouse por cima da tela, e automaticamente, o mouse
virtual será usado. E não precisará mais teclar CTRL + ALT para soltá-lo também, será
só mover o mouse para fora. Para digitar, no entanto, ainda será necessário clicar na
máquina virtual. Sem instalar os drivers, o desempenho gráfico será desastroso, e a
resolução de vídeo será o padrão VGA (640 x 480 pixels x 16 cores, no Windows).
Portanto, se você achou a instalação do sistema, o mouse, ou a movimentação das
janelas na máquina virtual lentos demais, não se preocupe, ao instalar os drivers isso
tudo passa.

Como instalar esses drivers? O VMware possui o pacote "VMware Tools", com algumas
ferramentas para isso. Ao rodar o Windows na máquina virtual, não há problema, a
instalação é muito fácil. Com o sistema virtual iniciado e pronto para uso, clique no
menu "VM > Install VMware Tools", da janela do VMware. Ele simulará a inserção de um
CD com os drivers na máquina virtual. O auto-run do Windows exibirá o instalador,
basta instalar e depois reiniciar o PC virtual. Se o auto-run não iniciar (o que volta e
meia acontece no Windows), abra o "Meu computador", a unidade de CD e então
execute o instalador. Isso deve ser feito apenas na primeira vez, depois é só iniciar o
sistema normalmente... E você perceberá a mudança, com e sem o VMware Tools. Note
que alguns sistemas mais antigos não suportarão isso, como o Windows 3.11 ou o
Windows NT 4.0 sem os Service Packs mais recentes. Nestes casos o desempenho ficará
um pouco prejudicado. Dica ++: no Windows NT eu instalei os drivers da placa de vídeo
e do mouse virtuais... Extraindo os arquivos do VMware Tools, e então indicando a
localização dos arquivos ".inf" na máquina virtual. O mouse e o vídeo funcionaram sem
problemas :), apesar de não ser possível instalar o VMware Tools no "Windows NT 4.0
Service Pack 0".

O básico é isso. Depois de instalar o sistema virtual, é bom fazer backup da pasta da
máquina virtual, caso precise recuperá-la depois sem precisar reinstalar o sistema. É
sempre recomendável fazer de tudo para melhorar o desempenho no sistema virtual.
Limpe os temporários, o cache das DLLs do Windows na máquina virtual, desative
efeitos visuais... Se usar o Windows XP, prefira deixar o tema clássico do Windows, o
autologon ativado, etc.

Não vou abordar a configuração da rede aqui, por ser um tutorial para iniciantes no
VMware. Se você usou o NAT, muito provavelmente o Windows 2000, XP ou superior irá
detectar a placa de rede e fazer a configuração automaticamente. Bastará compartilhar
pastas ou arquivos, ou até mesmo a conexão com a Internet, em qualquer uma das
máquinas que a outra detectará - como se fossem mesmo computadores reais! Se o
Windows pedir senha ao tentar acessar a rede, forneça um nome de usuário e senha
com direitos de acesso ao recurso compartilhado no computador. Com o NAT o VMware
cria uma rede virtual entre seu computador e a máquina virtual. Basta você configurar a
máquina virtual para obter as configurações via DHCP, que o VMware cuida de tudo. Na
listagem das placas de rede do sistema real você pode ver que seu computador
"ganhou" pelo menos duas placas de rede, após a instalação do VMware. Elas aparecem
também na guia "Rede" do gerenciador de tarefas do Windows XP.

USE O VMWARE PLAYER, GRATUITO, SEM PRECISAR COMPRAR O VMWARE


O VMware player pode ser baixado em:
http://www.vmware.com/download/player.
É um programa que permite rodar as máquinas virtuais criadas com o VMware, sem
alterá-las, e não permite criar novas máquinas. Entenda esse "alterá-las" como mexer
no hardware: você não poderá adicionar HDs virtuais, nem configurar algumas coisas da
máquina virtual. É mais ou menos como se você pudesse usar um computador, instalar
qualquer coisa nele, inclusive formatar o HD, mas sem mexer dentro do mesmo,
fisicamente. As máquinas virtuais do VMware têm até SETUP! Você poderá configurá-lo,
alterar a ordem do boot, essas configurações de software, tudo funcionará, não se
preocupe. Ao gravar arquivos no HD virtual eles não serão perdidos, ao ligar a máquina
virtual, estarão lá. O VMware Player não chega a ser "tão" limitante assim :)

Baixe o VMware e o VMware player, e nos primeiros 30 dias de uso, crie quantas
máquinas virtuais você quiser, de preferência já instale o VMware Tools. Depois basta
iniciar o player e rodar a máquina virtual, para sempre, sem se preocupar com
licenciamento ou com os 30 dias. Você só não poderá alterar os componentes da
máquina, como adicionar discos rígidos, por exemplo. Recomendo instalar o Windows
2000 na máquina virtual, por ser tão estável quanto e mais leve que o XP, e ainda roda
diversos programas recentes. Mas lembre-se que você pode instalar qualquer outro.

IMPORTANTE: Dependendo da quantidade de memória do seu computador, o VMware


pode reclamar que não há memória para rodar a máquina. A versão "Player" não edita
os arquivos, mas você pode facilmente alterar a quantidade de memória editando o
arquivo de extensão ".vmx" num editor de textos puro qualquer, como o Mep Texto ou
o próprio Bloco de notas. Abra o arquivo da máquina virtual, de extensão ".vmx" num
editor de textos puro, e altere a quarta linha, onde está:

memsize = "128"

Basta deixar com o valor desejado entre aspas e salvar o arquivo. Com menos de 256
MB no PC real, dificilmente ele deixará rodar a máquina virtual com 128; ele evita ao
máximo usar o arquivo de paginação para não prejudicar o desempenho. Se seu
computador tem menos de 256 MB, experimente deixar apenas 32 MB de memória para
o PC virtual e rode nele então o Windows 95, NT 4.0 ou melhor ainda, o Windows 3.11.

Dica ++: ao rodar a máquina virtual, você pode clicar com o botão direito na barra de
título do VMware e escolher "Hide controls", para ocultar a barra de ferramentas e de
menus do VMware, e assim obter mais espaço. Clicando novamente você terá a opção
"Show controls", que exibe as barras.

Bom trabalho e/ou divertimento!

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