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182 REVISTA TRIMESTRAL DE DIREITO PUBLICO-8 Visio (1998) “Qua Pode se FASQUINO, Gina. coir ZASOBSIO.NMIAMATTEUCCLNm,——‘Patbenot ed rnp 10 PERMUTA DE BENS PUBLICOS IMOVEIS Awa Fos San Mestre e Deutorando em Dito do Estado pela Pontificia Universidade Catlica de Sio Paulo -PUCSSP 1 Inrodgdo. 1 Delinamonto do reine uritico dos bens pbc: 1.1 Dacuoriogdo para elena de bers puibliees:I.2 Das mdalide- desde alienao de bens piblices. I~ Fundamnto gic di perma de bem piblice. IV ~ Outros aspects releantes do reine Juris ‘da perma de bers piblicos: 1V1 Da initia da operago: V2 Da Dermat como hipiese de dispena delta: V3 Da equvelenca (de reco dos bens dodex em permuta, V-Conclastes, “(.) Est ambigedades, redundancies y date recs ls que dose rane Kun atibuye cea encilopedia china ques Epon (Cele de ConocinentasBenéolos. Easis enos ppnas esther go lesanimales se dviden en) prenecirtesalEnpead,(b embalsamadoe (6) amacstados,()echones() ies, (0) fbulsos,() pros slo, (9) 'ncuids en esta casa, () que se astan camo loos () innumerable, (kudos com un pines isi de plo de earl (hers) the ‘can de romper eft, (a) que de le paesn moses)" (Et Idioma Analtico de Jol Wain, Yonge Las Borges) Resume: 0 presente ani delneia 9 regime juridicoaplicive a permuta de bens Diblics imaves no ambito fede Kenta. ‘tal regime juridico a partir da conjusseao dosertenes deyroprdale de dominilidade a exigncia de auorizagao leis para ‘perma ea dispense de lekago par sue realzagto, isa [REVISTA TRIMESTRAL DE DIREITO PUBLICO-° Abstract Tis paper lines te egal regime for he exchange of Sate possessions inthe federal pee Sacha legal vegies Src om teen of he io mertipand of publ dome being eg Soles setts wheter pos Jsrot reached by the lor. Neverthelors the uncorstitionaity of requirement of legislative suthorzton forthe taster and the exemption fom bidding process For ts ‘alization re sustained Key-words: Exchange — public posses- sonst om ein psiave I= Introdusao A atividade administrativa envolve ‘amples e complexos arranos normativos © materiais. Um trago comum 2 todos les consiste em sua dependéncia dos bens que o Estado produz ou de que se propria, compulséria (mediante tributa- ‘80 ou penalidades) ou consensualmente {emnpréstimospiblicns, doagoes ete). Nao inenato afar que 0 Estado s6 existe ‘© age, executando todos os cometimentos ‘que modernamente Ihe so atribuidos, Porque ena medida em que possua meios (receita e patrimdnio) para tanto, 0 que Jevou inclusive a se falar em “deveres fundamentas”, imputados aos cidadiios, de pagar tributo esuportar materialmente Estado, como condigio mesma da exis- téncia deste eda vida Socal juridicamente organizada! Isto posto investigagso da atividade de gestiopatrimonial do Estado gana re- 1. José Casal Nabais, O Dever Fndo- ‘mental de Pagar Inpostos, 2 rip. Coimbra, ‘medina, 2009. Cf, também, do mesmo ator: 1 Foce Ocala dos Dros Fudamentls: 03 Devers of Casts dos Diretos,dsponivel em hep esonuf portal itestdefoulfie! ‘texan 5 18418188: Biff sesso 62012, levo, pois permite elacionar de um lad, (0s limites possibilidades de atuagao de Estado enquanto ator condmico,e, de ou. ‘10, cariterinarredavelmentsinstumen. tal desta atuago com vistas realzagdo da tlidade piblica, fundamento ontoligieo ddo Estado enquanto ator politico. Aj enti & que entram em discussio as és sdimensbes bisicas da gestio parimonial do Estado: a aguisicd, a destinagio © & alienagdo de bens piblicos. A segunda dessas dimensdes (destinapio), que nada ‘mais équeaafetagdo dos bens materais satisfacdo do imeressepiblico,condicio- ‘ard as otras duas dimensbes aquisigioe alienago de bens), indicando se e quando estas deverto ocorrer. Neste contexto & ‘que a permuta de bens pablicos imaveis ‘deveserenquadrada: sua naturezaenvolve ‘simaultaneamente a saida ¢ 0 ingresso de ‘ens no patrimdinio pblico e ¢ balizada pela satisagio do interesse piblico pela destinagio quer do bem que passou & integrar o patriménio da Adminisragao Piblica permutante, quer do bem que foi alienado o particular (oemprego do bem 1a esfera patrimonial do particular tam- bem pode se revestir de interesse pico ¢ justiicar a permuta). ( presente artigo abordaré as refer as caratersticas do institut da permuta de bens piblicos, procurando formular um conceite teérico do instituto sob @ Direito Administrative, nfo se furtando de enfrentar quests juridias pritias da maior relevicia, emo as que se relacio- 2. de Mareslo Caetano a afirmagio: “Ene os mas importantes moos de que a Ad- rinisrago piblca lane no para desavelver 2s actividad, prossguid os infreses de Seauangac de benvetar que Ie esto coni= dos, comtam se os tens ~ bes prpries beak alhsiow” (Marcello Caetano, Marna de Divito ‘Adminisirativo, Ml, Rio de Jansto,Forens, 1970, p. 813) ‘am anecessidade (ou desnecessiade) de [inorizag2o legislative para a alienag0 © derealizagte de lcitacdo para ultimar tis tpegbcios. F 0 que se passa fazer ‘~Delineamentos do regime juridico dos bens pices ‘0s bens piblicos encontram a sua aisciplina genésica no Cédigo Civil (Lei fn 10-406, de 10.1,2002), em seus arts. 98 1103? Sinteticamente, de acordo.com tas Aispositivos, somente sio considerados bens piblicas os bens pertencentes is pessoas juridicas de dreto pblico, ex- ‘luindo-s, portant, osbens pertencentes fs pessoas juridieas de dreito privado ‘ontroladas pelos entesfederativos. Nels, também, ficou consagrada a tradicional 3. €£: “AM, 98 So pions os bens do ominio nacional peiecetes pesca ju ica de drt ablco nero edos 0 ee So particulars, ja qu fora pessoe 8 que rtencerem. Art. 9, Sto bens pics: = 8 {eso comm do ove, is come rcs, mare, sada rune pags 05 Jus espa ais emo edifice oa femenos desis aserig0 fv estabelecimento a administago federal, ‘staal tetra x municipal, nlisive os de Shas args: 0 dominic, qo const ‘herve ptrmdnl is esas rca de dito Palio, como objeto de deo peso ou real, Be cada uma desasendaes. Parra nico ‘Nto eispondo ale em conta, considera ‘ae dominicas es bens perencets pesoas jis de creo pblico & que se tenho dado ‘strata de dito pvado. Art. 10. Os bens piblces de uso comum do povo © <8 dé 50 ‘special soinalieniveis, enuanioconservarem ‘us gualifegon forma que I determina. ‘An 01, Os ens publica daminsai podem r alenads,obsrvadas as exits de ‘Ar 102 Os bens pins no et uit 9 Cmicpi, Art 13-0 wo comum dos bes Pi ‘ios pode se ratio ou reruideconfome for estabeecidolegalmente peli ena 9 je sdhninistago enter, [ESTUDOS ECOMENEAKUS repartigo dos bens palicos entre bens de to especial, bens de uso comum e bens dominicas. As dua primeiras categorias telacionam-se, de modo especifico ou ‘eral, satisfagdo de um interesse pibli- 0, a6 passo que a iltima compreende os bens que nio estio afetados a qualquer finalidade de interess pli, compondo apenas o patriminio pablico, sendo por isto também chamados de bens do patri- ‘ménio isponivel" ou bens do patriménio ceximinisratvo? ‘Uma nog teérea deve ser aduzi- 4a, a fim de que s2ja compreendido em ‘sua ineireza 0 regime juridico dos bens piblicos. Trata-se da nog de dominia- Tidade piblica, que no se confunde com fo conceito de mera propriedade (que € 0 elineado nos artigos citados do vigente digo Civil). Com efeto, dominialida- de piblica & conceito que se sobrepde 20 ‘de propriedade piblica, porque pressupse ‘9 vineulo material ou juriico entre um bem, independentemente de quem seja 0 seu proprietirio, ea obtengl0 da utilidade pibliea Deve-se nota, com bem acentua Ruy Cime Lima, “que 0 conceito de do- tminio piblico epatrimdnio administativo texcede ao de propriedade piblica e que, falém dos bens do dominio nacional, ainda ‘uttospodem edevem clasiticar-se como tais, Essa concluso € exata e outros bens cexistem, realmente, nfo pertencentes és ‘pessoas administativas € incorporados, ho obstante, a0 patrimonio administra tivo" 4.C£ Maia Sylvia Zanela DiPietro, Di ito dninstrativo, 19 ey Sto asl, As 3006, pp. 62-683; e Hely Lopes Meireles, Dire Admnisativ Bras, So Pao, RT, 196, p49, 5 Ruy Cime Lima, Prncpios de Direto Administrative, So asl, ESR, 1987, pa 6. dem, 4, 186 Assim & que a nope de dominia ‘idade piblica permite explicar o fato de que tragos préprios dos bens de uso special ou comum, conforme disposigao nstante dos as. 100 e 102 do Codigo “ivi, que tratam da inalienabilidade dos 2ens piiblicos sua insusceptibilidade & ssueapito(imprescritibilidade) e& onera- ‘Ao (impenhorabilidade), se estendam, em araus diversos, também a bens privados, somo aqueles detidos por eoncessionérios le servigo piblico e afetos & respectiva ‘oncessto, ou ainda as parcelas de ter {nos privados que sirvam a passagem le pessoas ou automdveis (estejam ou fo formalmente submetides 4 servidio sdministativa).” A incidéncia da nogdo de dominia- idade piblica impae a caracterizagio do ue Floriano de Azevedo Marques Neto hhamow “bens puibicas em sentido impré- "io", para designar os “bens que, apesar «se submeterem a um regime ~ total ow arcialmente ~ de dieito piblico, estao © dominio de pessoas juridicas de dire- » privado”.# No mesmo sentido reflete 1. Cf Luciano Paso Ans, “Dominio silico: un ensayo de rconstrccn desu ssi prea”, Revit de Adminsrtn Pa “fob, Mai Ceo de sedis altico y Contusionle jan-des1983 prsaa, ie ™ ‘loan de Azevedo Marges Neto, Bow ‘ble: Pg oct Eiporad Econ. 1.0 Regie Juric ds Uda, Paes, slo Heizonte, Finan, 2009, p. 236, Pat 0 ‘ex: "O ematoras omic spevianeie tando os bens de alums for aplieaes 3 ‘Widades de eres eral So depo ‘cps vd que ml tegrm s AGa sto Plea. Ale da ome ubacrt "ema steteae para ito de qo ele ca “zmuis ata pla pelo Des em aio confgraio da Adria Pilati? fae a rscentieacnde mesanismos de ero paca e dle de tvs [REVISTA TRIMESTRAL DE DIREITO PUBLICO-9 Juarez Freitas, nobstante se utlizando de ‘erminologiadistinta, 20 afrmar “que nig sepode deixar de reconbecer, pra além de ritulos, os bens quase publicas. Soaque- les que, embora no contemplados pela lasificagio civilista, slo especializados por uma afetagao publica, sem alterapio detitularidade, que permanece particular ‘ou seja, fazem-se como que publicizados, sem serem propriamente integrantes do dominio pablico”? Uma ressalva quanto atais bens: como anota Sergio Ferraz, nd0 a simples dedicagdo do bem privado a uma finalidade de interesse publico que determinara a submissto do bem a0 resi- ‘me jurdico administrativo, pois a “mera afetapio ou destinagao do bem a um fim de Utildade pibliea pode ser determinada por qualquer particular, sobre parte ou 0 todo de seu patrimdnio, com intuito de luero ‘ou com fins altristcos”.!” Necessiia, portant, para que se produza aineidéncia ‘doregimejuriico caracteristico da domi- nialidade pablica aos bens pertencentes a particulares, que a afetaglo se produza, ‘expressa ou implictamente-mas sempre de mode inequivoca por meio de um ato de voniade estat." piblicas 205 particulars. E em abo dstanova ‘onfiguagdo do Esta ue, pel crit fio nat, poder-sabranger sb denominagode tens abies, bens que num primeio momento sera asin considrado” (0, itp. 236). 9. ure Frets “Dances esl ‘ngio dos bens pblicor, in studs de Dieto “Adminisiraivo, Sao Paul, Mabie Eder, 1995, pp 60-73, p. 66 10. Seo Fer, “Desapropiago de bent bls" n 3 Esuaor de Diet, Sto Pal, Ed RE 19TT pA 1. José Esteve Pardo, “Consiersiones sobre la afectaccn de bene al sevisio pl 0 paride Is Hamas afecasone a n08 Atomino™, Revista de Adninisracin Piblca 1113, Madi, Coto de Eston Poiticos ¥ ‘Consiucionales,mai-ageJ/1987, pp 181-213. ESTUDOS E COMENTARIOS > Ben Greg on a ieee cr Bin a meeepon Deeemet enters pours oie aoe rer oa oon tens oma grea ee ee steed fags oe =e eee 12. Themisoctes Brando Covalent, Trade de Dee dinar, vl 3 2a ie de ani, elas Bass, 1956 p. 328 15. Na verade, os Bens das emprests ots do pvodon, pose ea 625 a, ‘Stee dat oo reo ind. oC Gui, Como em pout kiale Fis “Totus comers eon es PS ‘Totter seas tame 20 conc tos Tetons de Cot ~ ails ce edo ¢ gan aot pub, no eos 8 ‘EChnstt a Repblien prinesinene, repime juriico-iministativo por Seararen-se na domintdae pica Em decorci desin fea a0 igo pabea“Tambm pete eompaibiliar Prague rigiezJoceime utioapl- Cave aos bens publics (que a doutina Crnimemente sistent consist rae intend, imprest n= penhoroiliade) com as reas necesia- {ede Adnisraco Pica naqulidade de gsr de bes destino satisg80 do meee pbb ws acess {Squats os bens endo aftads, ov por Sera inerofs sua nara somes fivem sentido em apisuem-se aos bes wc it wt sneer eas ieee henacnaee Senaceruemts muah eeraete me ecoaatneatencee iaaermmronet icionicaeinecaor ~iseeaaetS es Soe ena Crecans eee ‘Deni pinion oinaiode pb), Poegeereces ionwesaneme. ierrecaeaitnts tate bso sobre ieee publico ol. tina gu deforma as no levad iss “amsegpanciss (0 que seria algo ltressnte de Se faa idee de Bentham sobre interesse pio, Coho Aatinio, a parcels da doutinn ue com ele concord, aturamente que at tina pio pina d de Rouse. "5. Hhonbert Avila, Teoria dos Principio, Sa, $0 Pail, Malbeios Etre, 2008, rp te, 6 Por esta raze & qu ecferimos subt- tuo tro peinpi da supremaciad inferese 8 REVISTA TRIMESTRAL DE DIRETTO PUBLICO-S9| + interesse pblico no sto dados pela ntiguidade dos interessesprivads, mas ‘pela devida consideragto do principio subsidiariedade, que 0 encapsala ‘Quanto ao conteddo do principio do eresse piblico, nlo haveria problemas 1 defini-lo, como 0 fez Renato Alessi, ‘mamparo na lio de Piccard, como 0 ateresse de uma eoletividade enquanto ido por todos os individuos dessa letividade”, como “expressio unitiria, ‘uma multiplicidade de intersses inivi- almente coineidentes” Isto porque se ‘ade uma definigio formal e, para nos, sce que interesse pblico seja defnido ‘malmente, isto & independentemente ‘onteidos pré-definidos, a definigto ‘menos nao servi para obscurecer 0 ieto a que se refere. Tal se deve ao fato ‘que a ideia de interessepiblico, como Je “justia” ou “merecimento”, é um xeeito de primeiridade: ele se define ‘seu proprio uso, como uma impressio uma qualidade, mais do que como.ume ‘onalizagio. Fstaorientapio encoatra- no plano pragmatic, eom a idcia de ‘cio Sampaio Ferraz Jinior, segundo 0 io sobre interes privad" simplesmente ‘expresso “principio do interes plc” 37-Renato Ales, ntciones de Derecho sinisrarv, «1 ta. da $e, alana por aventura Pelse Pras, Barcelona, Bosch, (vp. 184185 (nota de ode). 38, Em Peirce: “Paece, portant, que rerdadeias categorie da consiéncia sto: ira, senimento, «consiénca que pode ompreonida come um instante do tone, Seite passive de qualidade, om recone. nto ov eds; segunda, consti de ua rrup no campo ds eonsciéncin, seni de ‘tei, de um fto exer ou ota is; fia, coaseincn sina ceunindo tempo io de aprendizade pensment”(erifou-s) arles Sanders Pires, Somiico trd. José ra Coelho Neto, Sto Paulo, Perspectiva, 5p. 14. ual interesse public, sem desmerecer 8 sue utilidade juridico-dogmatica, no passa de um lugar-comum, que vale tanto ‘quanto puder ser aceito “silenciosamente", Sem maiores expliagées.” De toda forma, independentemente dos contornas materais que o interesse Piiblico assuma no easo concreto, pode- -secogitar de um teste para a aferigto em _geral doatendimento a0 interesse pablico ppela medida administraiva examinada, Pare idemtificar a existéncia, no caso conereto, de interesse publica, deve-se veritica:() antes de tudo, se 0 ato no padece de ilegalidades que inviabilizem 8 sux manutengo (via convalidagio ou mesmo por establizaglo); neste caso, independentemente de servir ou vir a servir a0 interesse pilico, deverd ser 0 ato falminado; (i) no padecendo de ile- tglidade inconvalidvel,cabe investigar se a medida atende, em termos abstratos, 2 um interesse piblico, que pode ou no ser aquele invocado pelo administrador pblico para justifcar a edica0 do ato; se no puder atender abstralamente a0 imeresse piblico, a medida perde seu fundamento lbgicoe somente poder ser considerada antijuridien; (ii) se puder tender abstratamente a0 interesse pi- blico, caberiidentifiar se esse interesse Piiblico especifco (vg, defesa nacional, moradia, habitagio sade) enconta-se ‘encartado nas competéncias do ente fo- derativo que 0 ado; , por fim, (iv) se, ainda que atendente a todas as condigdes cima relatadas, a medida nto pode set cexecutada diretamente (i., sem e inter vengio estatal) pelos particulares, em privilégio dos principios consttacionais a subsidtariedade e da efciéncia, 39. Térco Sampaio Ferraz Sno, “nt resse pico", Revita do Minstrio Pico «do Trabto do Eso ce S30 Panto 200, 1. dez/1998, pp 8-2, [ESTUDOS F COMENTARIOS 199 ‘No casoda permuta debens piblicos, temos, conforme ja ressaltado, que ela some pode eater gud o en de propriedade do Estado estver desafetad. Se a afetagiotiver ocorrido por le, este ser também o instrumento para sua de- safetagio, Poranto, uma ver dsaferado, 0 bem ser indiferente ao interesse piblico. (O quejustificaa operagio €aexisténcia de outro bem, de propriedade do particular, ‘que possa atender a0 interesse piblico. Para a Administraglo, seri um jogo de “soma positiva”, em que ela, em todas 2s ‘ocasibes, seré “vencedora”, pois trocar ‘um bem que the ¢indiferente por outro, {que Ihe iré trazer vantagem. FE, resta a ‘questo: como saber seo interesse pabli- ‘co restart atendido? Em nossa opinio, 0 “teste” acima delineado pode apontar o ‘camino para ess verificagdo, Imagine-se f seguinte exemplo: a Unido possut um imével no ediicado em rea residencial ‘de um dado munieipioetemanecessidade {de constuirhabtagbes populares para im= plementago de um programa habitacional de amplas dimensBes. Um particular, in- teressado no im6vel piblico em questio ‘prope @ Administragso a permuta do imével aie edificado por outro, de sua propriedade, no mesmo municipio, a set edificado com habitagdes populares que cle se compromete a construit. Ambos os imoveis (da Administragd0, ni edificado, ‘edo particular, a ser ecificado) possuem valor de mercado equivalente, Pergunta- -se: a permnuta ¢ possvel?Iniciando pela primeira etapa do teste acima exposto, analise-s a legalidade da operagio (no ‘aso, e particular detém titulo juridico ‘que obabiliteaalienaroimével, analistse sua idoneidade pessoal ea inexsténcia de gravame sobre o imovel, tamita-se 0 procedimento administrativo legalmente previsto, com as consequentesavaliag6es, Dareceres e autorizagdes);estando tudo regular, passi-se a segunda etapa. No ‘caso, conereto, éinepavel que a troca de um imével do qual no decorre qualquer ullidade &coletvidade (pelo contririo, a conservago de um imével nfo edifcado ddemanda gastos com seguranga e man- tengo, entre outros), por outro que seri utilizado para habitagdo de populagio ‘arent, atende abstratamente ao interesse piiblico (a moradia & um dos direitos so- Ciaiselencados no art. 6 da Constituipf). ‘A préxima etapa consstri em saber se a ‘medida adminstativa encontra-se no fei- ‘xe de competéncias do ente que orealiza: ‘nocaso.em anilise,aconstrupio de mora- dias pasard no teste, pois a Unido possul competéncia administrativa para atuar ‘no campo da habitagao (CF, at. 23, D0). Por dino, caberi examina se a medida, atende a0 principio da subsidiariedade, isto 6, se no caso concreto, na regio ob anise existe uma demanda da populaeio ‘arente por moraias es isto ja nfo esti ‘endo salucionado de outa forma (finan ciaments de longo prazo por empresas de ‘constr especializades em habitagdes populares, cooperaivas, mutes ee. Se-alguma dessa solugbesindependentes ‘da atuapo estatal estiver em andameato, entdo 0 Estado nfo poder atuar. Mas, se, por outro lado, houverefetiva demanda de solugdes por parte do Estado, nfo resolvidas pelas organizagbes menores (familia, cooperatvas, empresas, as ‘98¢5) eno permuta, no exemplo dado, Justficarse~ peranteo ineresse piblic. ‘Modificando-se um pouco 0 exemplo ado, imagine-se que a necessidade da ‘Administrago seja de um imével para acomodar repartigBes piblicas. Neste ‘aso, o particular, a invés de oferecer um imevel com eificagdes para moradias po- pulars (isto para ele ser indiferene, pois ‘ custo seré.o mesmo), devide ofrecer © prédio de eseritirios com capacidade para abrigar as reparties piblicas adequadas fs necessidades da Administragdo. Neste aw [REVISTA TRIMESTRAL DE DIRETTO PURLICO$9 ‘caso, passando pela primeira etapa (le= sgalidade), a perma também sera lita, porque: () atenderé abstratamente a um in, teresse pablico, pois as instalagdesfsicas ‘adequaids so essenciis para a prestacio se servigs piblicos; i) estar dentro das competéncias do ente federativo, pois todas as pessoas politicas possuem auto- ‘nomia para organizarem-se e, portato, definitem as caracteristicas dos prédios fem que se instalario;e (i) por fim, no se colocari a questio da subsidiariedade, ois obeneficidrio ret da instalagto ser 4 propria Administragio, no havendo, salvoem caso de doacées beneméritas em favor do Estado ou reversao de bens de intidades do tercero setor ou fundagaes {ue so excepeionais, mas que, no caso Donereto, poderdo ser analisadas pelo ingrio da subsidiariedade), como cogi- ar-se do stendimento desta nevessidade ‘specifica a nfo ser pela atuacio estata, ‘timando-se a permuta, Na hipétese ora ‘m comento, a permuta ser igualmente egitim Deve-se dar um sentido amplo a0 ateresse pablico a ser atendido com as ‘pcrapées envolvendo hens piblicos. Par indo-se da inegivel premissa de que um ‘em nio afetado € indiferent ao interesse Lblico (€ mesmo nocivo, se considera- 1s que a quase totalidade dos iméveis ‘ecessita de providéncias de conservagaio Uustosas, como seguranga emanutenga), ‘operapio que atenda de forma direta a 'interesse privado e de forma indireta 9 interesse piblico também legitimard ppermuta. A permuta de um imével que emmita a exploragdo econémica do imé- 2! piblico alienado, com a geragdo de {queza e empregos (valores constitucio- slmente querids, ex vidos as. 1, 1V, 3%, cll, 6,23, parigrafo nico, 43, 48,1V, 74, § 16182, entre outros, seré sempre “eferivel quela em que oimével pica fencontra imprestvel a qualquer pro- veito pilblico. A sua simples exploraggo, ‘com os efeitos sociis © evonémicos que aj advém, jd servi a amparat a penta, Um exemplo, muito expressivo, 60 ‘que se vem de expor, ocorreu, sobretudo no iltimo quarel do século XX, quando Iuitos municipios eriaram “distritos in. resentado, mediante avalagio preva, Reforca 0 sentido do quanto ex- sto acima o teor do art. 30 da Lei. 36/1998, que trata da permata de bens blicos, verbs: “Ant. 30, Poderd ser autorizada, na ma do art. 23, a peemuta de iméveis ‘qualquer natureza, de propriedade da ilo, por iméveis edficades ou nto, on edifcagSes a constr. “§ 1°, Os iméveis permutados com ‘© neste artigo mio podero ser utili- los para fins residenciais funciona, stomos casos de residéacias de carter igatério, de que tatam os arts, 80a 85 Deereto“lein. 9.760, de 1946 “$2. Napermuta, sempre quehowver igdes de competitvidade, deverdo ser ‘ervados os procedimentos lisitatérios vistas em li.” 0 que 0 referido dispostivo faz € arecer que o objeto da permuta pode clver iméveis existentes (prontas e Dados) ou eificagdes a serem cons- as. Isto apenas confirma diseussi0 ‘solvide pelo Superior Tribunal de isa, no mbito do acérdio profi Xecurso Especial n. 80.210, julgado 19.5.1997, nos teemos do qual ficow signada nfo apenas a legalidade calizagao de permutas por parte da inistragdo Publica, mas também a ibildade de se permutar edificages onstrupao ow a serem construidas, ‘rind plenos eftos ao contrato ‘minar de permet Configurada, no caso conereto, cs bens em permuta (i) sio iméveis cados ou a serem edificados (56 se tea permuta de um bem por outro de { natureza; (i) atendem ao interesse [REVISTA TRIMESTRAL DE DIREITO POBLICO-59 Diblico, ito é serdo apicados em una finaldade itil aos cometiments adminis. trativos; (i) foram avaliados de acordo, ‘com os padrbes de mercado, havendo ‘equivalnciafinanceita entee o que a Ad ‘ministragioalienard eo que receberé em toca, endo nfo resta endo conch pela absolut lezalidade da contatagtorealiza- 4a dietamente, por dispensa de licitagio, E esta a opinito de José dos Santos Carvalho Fiho, verbis: “Permutaé ocontratoem que um dos contratantes transfere a outrem bem de ‘seu patrimdnio e deste reeebe outro ber cequivalente, Hd uma troca de bens entre 6 permtantes. A permuta tem previo. hho art, $33 do Cédigo Civil ““A Administracdo também pode, em cera e especias stuagdes, celebrar con trato de permuta de bens. Os bens dados em permuta eram piblicas e passam a ser Privados; os recebidos se earactrizavam, ‘como privados e passam a ser ben pibi- 0s. Na verdade, a perma implica uma Alienagao e uma aquisigio simulneas “o “A lictagdo € normalmente dispen- sada, porque a ela juridia na permuta stende a situagdo especial da Administ #0 edo administrado permutante,™* Na mesma direslo se manifestaram Livia Valle Figueiredo e Sergio Ferraz, ‘omentando devisto judicial de iotensa relevincia, em que fica consignada a im- possibilidade de competio na permuta, hhaja vista que © bem ou bens iméveis ppermutados so sempre individuais, no ‘compatéveis ou fungiveis com outros, Vejasse “Appermuta, se bem que no contem- plada expresamente come hipstese exci 48. José das Santos Carat Filho, Mam te Divito Anica ob ct. 1100. ert etc nde pale var Strstgto dee, Mister, enetanio Sects se 4 ul aboltamente Secon wating sen dvd, trzems on- texto apa cv 45.155 PR 0 problema coocoe, endo em vista permutaenvoler aquisiao © aya, Quast 4 pms, bie 180 fon: Eat, no concent & Seng, ftv, parentement, sp Shiv eal enka. “0 Relator, Min, Déco Miranda, caraerigou a pei da seuite mi feu pemosa 0 toca abrange ois species: alin €agusie 0 0 tspeto du alert a. 43 do De erie 207967 capes toando fmpescineag™ “Troune, ands © Minis, & co- lag, parece do Prof, Washingion de Bares Moni, anexado aos autos do promo mrs Con, emer ecxagor refer pre "SO vena ig ovortew posnbilidade materi € Sica de contrac ene vents Atendents, Nea pert, pet, 2 ppcomeacia imps! visto como em apo bei corp bem dso, tre dbrnina Sem, via como fave De Page (Uri Elementi de Dra Ci 446) 0 ois contatos ho Ccitamenteapareades, mas enquato savvend oc len de ue coi Contra 0 prep, na permuta se verifea a Stenaglo e wa ea por our cos fm se euidando de vena a Tito € fevamente mpresingie (Deere Sto, de 22 1067, a 143) as, no cas0 dep cl rigrsementimrac- vel espe dips (~) “Eonco Reltor da necessidade dequs e peut dev ser absoluamente excep pre fig como hipose epens “Semen, sings consant 0 Min Désio Miranda sia possivel se res peitada a reservar du falda do Serna dias hower rte de se omy benescom sao Apes impesinel ford aqui perma avon ta uti um hese de dispens. “De consent, havendo posi dade de dns provincia, tis sam, aliens comprar, executen-se a Jus Fever conser sonata ‘ald perma *Namesmalinh, stove Min. Paulo “even Enanes deen vor, scans assager “Em inka de pine a per Peseomo fom ouespcie de agsito Camis inspendonemente de Go, sina pesado ov necessidade Sithgiel. No oserseatrdeeoss submis om gener equated 00, Sina de imbves qu, emboa singe ‘one cong fen entre rcs ins po dspoiio eeu alr ced ordpquecum meio exlisivo de prover fer nresse una das pres A prmua jsifin, pis, como nipéese ected itp, no re presen el de pr i una forma de oay. Entire bi para aio desea pla Amini So, ear a mesma albergad, interpre: ‘Etvament como ame ds iptses De se nota, também, qu, epee erm qu relizaos os cme. os es aut proseria old por eles referido, niio havia a cleigdio express Spa deve como iors de dioeme de ago, de oo gue 96 {4 Sei ear Lica il Fined Digna Lice Si Pal E RT, 18 mouse ‘esta a intrretagdo do negécio como nguaérado na hipéese de neni de, E que prmata€ nets inte, to havendo como ultapasar estar seg Garacerstic Fandamental Gualgoes que sj o seu enquadrameni, portant feconhece-se oafastamento do ever de liitarnahipstese de permuta de imévels, ‘obedecidos os requis tratados no pre Sent tpico, 113 Da equivaléncia de precos das bens dades em permuta E da esti a perma toca de bensdemesmanatrern develo cn sales Ne pert isa™enepes hem parson cs seceded qulgne complemen No mando real condo ements dois moves tern o messmo vos Porno € que eta caratescn 20 kal de perma deve se imerpretd ‘om temperaments, Assim, qusnd 6 em pemutado do partulr her sar afer dgucle do ive pica de ‘to pal province pay oe Opera Se ule, © pagunen a conte quale airenga aoe sea sein creme a Opal como consent pies > ri. Por oto ld seo sand ‘vel dado em perma pel parca ‘superior ao de ava dae die 45 En ei sma s pio in eck Moe Fernie Starks, wed “Cons ers ad ‘ods tom toc, ora a to (que aloe ingot arse ak ‘eracampla- (em Bocas oie ‘deVries Cena ae te Ger de eto Leto nah ental de Conraio ADC: Sa Pa heiros Exitoees, 2012, p. 369) ame EVISTA TRIMESTRAL DE DIREITO PUBLICO-» See hier id ‘no dmbito federal.** Soe ext aceite dita de lee sow ‘extiva. Qualquerpeeenial exes pence no litte, podarinconstitucionalmente a Zee ilaneentermee a sae ot cea 46-0 ar. 25 da Intro Nort da Seuctaia do Faiménio ds Uno mk 1.82010, determin em sc, gu “pe ‘adie fra Unie pane asin do conta, deers pen ees {de DARE, emi pel Sapertenncesgor sil pelo proceso, ede esia 452722 ee Ine. Vis qo “perad iecnga cos firedeteciv, Sve ost ase detergent nec conplemr Sanessse ESTUDOS E COMENTARIOS 207 iio va ser empregedo em qualquer fina- lidade coletiva, eo imével reeebido pelo particular também no vé ter utlizaga0 teconémica), terse permuta iit, Em {ais hipoteses ~e em cutrs,imaginaves, ddo mesmo gnero ~ 0s bens sero mero pretexto para a obteneio de dinero, quer por parte da Administaglo, que por pate ‘doparicuar,resultando iio oemprego do institut. V—Conclusdes Do quanto exposto, podem-se pon tuar as seguintes conclusdes: (8) oregime juridico dos hens pabi- 0s identifica ts eategorias, conforme a sua exploragio: bens de uso especial, bens de uso comum e bens dominicas. ‘Como eategoria de superposigto, tem-se ‘a nogio de dominialidade pitblica, que bens de uso comum, ineluidos em tais categoria os bens pertencentes a pessoas privadas que, de fatoou de dircito, estejam ‘afetados&satistigdo do imeresse pablico; (6) 0s bens pablicas dominicais no se incluem na noeio de dominialidade pilbles,razio por que podem ser disct- ionariamentedisposts pela Administa- ‘lo Publica; (6) 2 alienagdo gratuita ou onerose de bens pblicos pode ocorer mediante ‘qualquer das modalidades admitidas em diteto, nfo havendo peculiaridade do Direito Administativo em comparagdo com o Dirsito Privado, neste particular, (4) 4 Constitigdo Federal impoe a necessidade de autorizacdo legis! ‘apenas para aalienagdo de teras pb ‘cas com drea superior a 2.500 hectares (art 49, XVID, excegao que confirma & regia segundo a qual basta a autorizasi0 fe Chefs do Executive para a alienasio (cegra confirmada pelo art. 23 da Lei n 9,636/1998), cabendo, para as dem: hipdteses, spents a autorizaglo do Chefs 6o Executivo; (c)permuta, modalidade de aliena- «lode bens pibicos, conta com previsio ‘express de dispensa de lcitaglo (Lei n, §,666/1993, art. 17,1, “e"),existindo en- tendimento, anterior edigao do referido Aispostivo legal, de que, independente- ‘mene de previsboexpressa de dispense, ‘competigéo, nesta hipOtese,¢impossivel, ‘oque se coaduna, em verdade, coma pr pris natureza do insttuto, que se baseia ns singulridade dos bens permutados; (0 0 interesse piblico constitu 0 fundamento légico da permuta de bens piiblcos: estar presente, dependendo do ‘430, no bem incorporado 20 patrimonio pblico ou bem a sr alienado a particu lar. Em qualquer dos casos, sero interesse piilico, em sua compreenso maisampla, ‘que legitmard a permuta. Referincias ALESSI, Renato, fnstnuciones de Derecho ‘Aadministraivo. «Ted. da ed italiana por BenaverturaPlise Pras, Barclons: Bosch, 1970. ARAGAO, Alexandre Santos, AVILA, Hum: ‘bere, BINENBOIM, Gustavo et.al) in SARMENTO, Daniel (or). Interesex Picblicos Versus Interesses Privados: ‘Descanso Prin da Supemacia dd ntoreste Pili, tt Riode Jane: Loe Juris, 2007 AVILA, Humberto, Teoria dos Prncpios.° ce, Sto Paulo: Maeios Editors, 205. BANDEIRA DE MELLO, Celso Antnio. ‘Curso de Dirito Adminitrative, 29 eb. ‘So Pao: Maleiros Editors, 2012, BANDEIRA DE MELLO. Oswald Aran ‘Natureza Juridica do Estado Federal Publica da Prefetra do Municipio de ‘So Paulo, 1988 v0 REVISTA TRIMESTRALDE DREITO PUBLICO-9 EDENDI, Luis Fetipe Ferri, CARVALHO. ILHO, Joe dos Sunes, DI PIETRO, Ma ‘a Sylvia Zarella eral), DI PIETRO, “Marie Syvia Zane, e RIBEIRO, Carlos Vinicius Alves (coord). 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