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Teen « Mactan 40 Paixiosublinhs, especialmente, ® glo se toma pereta (At 7.5960). Tiberdade com a qual entregou ia No mati, © homem consuma vida na cruz. Jesus testemunhou. integralmente sua uniao com de modo imefutivel, a verdale Deus, ent na vids de Devs ©, ddaquele que 0 mandos (lo 7.19) tomando-ae instrument animade ‘181 mesmo, como 8 verdade © pelo Espo, cape de dar como 2 vida, © prdprio Cristo avi pelos ir- ‘A Pais de Cisse toma bom fos {10 316). 0 testemunho ‘edo, modelo paras estemunhas crstio, como se manifesta no ‘pe, Soren como 0 Cristo, ele Novo Testamento, diz respeto a0 se configura. Passa fazer pate coneidoessenial do Evangelho do gtnet lieritio do marist: @ em si, Do ponto de visa da 2, {os da realidade. O conceito repre senta am olhar com culos Cujo rau de miopia, cor € interesses ‘dover ser de antemso definios. Bsc texto pressupde um com- promisso ecesial que Visa a con- ‘inuidade e viabiidade do projeto Iistérico dos Outros, Necessitse portante, um conceto “cul que permite capta a reaidade plurcultral do continente © que io desvincule esta realidade cul ‘ural da realidade s6eio-eligiosa € histérica dos povos laino-ame- reanos. A partir desta opeB0 pre vi fazemos a avaliagio dos con- ceitos “cultura” que na praga dos cients socais, pastoralists ete- ‘logos tm livte trnsite, para ‘depois propor um conceito “cul- ura” que no entre em conrad ‘Gio com as exigéncias do Evan etho, nem como projet histéri- ‘ca dos povas. 11 Realizagdes do espirito human Uma corrente “idealists” con- sidera cultura as grandes reaiza- Bes do espirto humano (are, Titeraura, educapio, religio). 0 “undo da cultura”, por conse- guinte, € © mundo de anstas © fnteleetais. © povo simples teria pouca ou nenfuma cultura Neste sentido, por exemplo, a Gaudin cultura reclamam cesirios para gaan se fro, uma “legiima autonomia” (GS na tae na contemplagto. Nesta perspectiva no existem culturas cia conta a opressio da morte, ‘ja idenidade seria reduvel 4 Falar em “culturas oprimidas™ ‘opressio. Existem pessoas oprimi-_permitiia analogicamente, a ta- {dase opressoras. Os povos opti- tar das culturas dos pobres, falar mids resister, através do suas em “culturas pobres” ‘culturas, contra opresio. A cul- As culturas slo experigncias tura permite a cada povo resist milenares e coletivas dos povos. ‘contra as forgas da morte, cons- Funcionam como filtros pelos truirereconsiuir pemanentemen- quais deve ser passada qualquer te sua identidade expressar as proposta de inovasio. Exstem po- asprapbes de seu projelo de vida. vos, cujosfiltos parecer rache- {As culturas dos oprimidos sio dos. Para o observalor exigeno farmas de resisténcla contra sua muitos povos se abrem sem ert ‘opressio. Falar em “repressio ros Bs invasbes foesteiras. Atr- cultural”, de uma cera mancira, vés desta invasdes a6 “euluras ‘um pleonasmo. Os “anticorpos” rachadas” se tornariam “euluras ‘ulturais sempre sBo reprimidos. quebradas”. Das “cultura que- ‘A cultura 6 como uma vacina: 0 bradas” a os “povos sem cultu= ‘combateradoeaga defende a vida. #1" & um pequeno passo. As Con- 'Exaresistncia fem uma tadi-_clusdies de Medellin alam de “am ‘i lidicae uma taigo guertei- ato stor de homeas marginal Fa. A resisncia pode ser enfra- zados da cultura." Mas, exstem ‘quecida. A flecha do indio pode grupos humanos sem cultura? fer quebrada, Qualifiaro conjun- Nenhum grupo social consegue to das culturas dos povos oprimi- _sobreviver somente com “cacos ‘ds a partir das fechas quebradas cultrals” ow “maryializado da como “eultras quebradas” ou cultura". A cultura é um fenéme “eultras oprimidas significaen- 0 “a longo prazo”. O invasor fraquecer e desacreditar sua resis- cultural, em gera, no consegue ‘éncia, De uma cera matcira é desta totalidade cultural de um ums redundincia, porque culturas ovo, a nto ser pela matanga des- Sempre se consiroem na resistén- te povo, que dizer, plo genocidi, 15, Document finda VI Assembiin nec de Tedlogo do Tesi Mano {ASETD, relials em Oaxepe (Mexia) de 7 8 de deremtr de 1988 SEDOG, 217211 (ovedex. 1980. 4, 16. Contes de Medlin. Baas, m3.» C, Game Spe, 9. pevicrs pe [REVISTA DE. O einocidi, a destrigio cultural, 6, a médio prazo, sempre algo parcial, que os regis simbo= Tico imaginiio podem sobrevi- ver por muito tempo na clandest nidade histrica ov no subconsci- entecoltivo. Depois de 500 anos de repressio cultural, os povos indigenas ¢ a vitalidade de suas cultures testemunham este fato [Ni queremos nega a possibi- lidadee facticidade do etmocidio © etocidio, muitas vezes, € um ‘genocdio indieto, porque fa de saparccer um determinido povo, "Nunca porém, eriaum “ovo sem cultura". Os grupos sociais nao vivem num vacuo cultural. Nio perdem tempo cam reflexes n08- tilpicas sobre suas “clturas que- bradas”, Nio somente os povos indigenas, também um grupo de mendigos na escadaria da Igeja reelaboram imediatamentee ser- ‘re novos padraes culturais que Tes permitem sobreviver e, pot cconseguinte, airmar uma nova idemidade num contexo histrico que mudou. O que importa neste contexto 6 enfatzar a eapacidade estraégica dos povos de proeger svas euftras pela clandestinida- de, pola resistencia © pela reelaboragio histrica, (© Estado Nacional e a classe ae ominante, auitas vezes, se apro- veitaram de um suposte emocidio — pelo qual esponsailizam fot- «as oculas — para airmar que ee 6 aquele povo jf nio tem mais cultura espectfica: apostaram que este guarani ou aqoeleterena, na realidad, fnge ser indio enquan- ‘ona reaidade deveria sr ttado como brasileiro. Com esta argu rmeniagio jt tentou-se repetidas vezes reir de vtos povos indi- genas a proteyoespecifica de suas terms, prevista em lei 4.3. Evangelizagdo das culturas A cultura de um povo repre Senta um sistema, inserido na bs \éria de um povo ou grupo socal, ‘onde se entrelagam um saber cumulative com comportamentos internameate normaivos © peti= cas legitimadoras. A cultura for- rece a chave de leitura parn 0 significado dos simboos e do ima initio coletivo. Este sistema “cultura” permit aos diferentes povos constuir sua identidade, aravessar a historia resstir con. tra as ameagas de mone. A cultu- ‘este “segundo meio ambien- te" coleivamente consruido — 6 tum sistema de resiséncia ¢ uma 17.Ch.o Pict de “emancip de 1976, do eto presidente Gre cxtratura que ampara a vida. No ecorter da historia, grandes im- pétios jé foram desmantelados por ‘causa da resiséneia cultural de seus poves. A racionlidade cul- tural & uma racionalidade “peo idea", uma razio em favor da vid, Hoje existe um consenso nas Igrejas sobre a incoeréocia de uma evangelizagio que parte de um ‘ultra hegemenica. Mas &eviden- te que tampouco podemos pensar numa evangelizagio extra ou a- cultural. A partir de que lugar cultural evangelzamos os pobres f¢ 08 Outros? O paradigm da “evangelizago das culturas" pressupoe a aproximagio do Evan- ‘gelho a uma determinada cultura. ‘Como nao existe um Evangelho fora de cultura, ata-se sempre de tum Evangelho que, a partir de uma determinada cultura, pretende co- runicar a boa noticia a grupos sociais de uma outza cultura. Na Exortagdo Apostiiea Cateckesi tradendae (. $3) Joio Paulo Tt vert para este fato quando diz ‘que “1 mensagem evangélica no ‘isolvel purae simplesmente da cultura em que ela primeiramente se inser". A primeira cultura em que @ mensagem evangélica se inser era acuta dos primeiros seguidores de Jesus e no propri mente a “eivilzagao ocidental”. (© paradigma da “evangel zagio das cultures” dé margem para legtimar alitudes interven onisias, colonialist e reforms tas, De modo geral, esta evange- Tizago sempre ve refer as cul as dos Outros que supostamente ddevem ser reformadas. Como evi tar, neste caso, a miopia etno- cebntrica do agente exégeno? Por tratarse, no caso das cultras, de sistemas inseridos na histéra dos povos € grupos sociis, estes se fencaregam permanentemente de reorginizar a funcionalidade de suas culturas para servic methor Sua vid Outro questionamento da evangelizagio das culturas” a serlevado em conta éque #evan- selizapio se dirge,primeiramen- ‘fe, pissoas eno a sistemas, Nin- _guéapensa em evangelizaro is- tema capitalist, o sistema de €o- ‘municagdo ou @ estruturahospi- tala. Evangelzamos os povos, 08 ‘comunicadores profissionas, 0 agentes de sae. Os sisiemasém Tide propria, Nao evangelizamos ‘trabalho, mas 0 trabalho: 0 ‘© capitalism, mas 0 capitalist Falar em “evangelizar” os sste= mas ou estrutras é uma maneirs snalogica de se falar em evan- selizapio. E claro que a tansfor- rmagio de estruturas € sistemas também pode ser uma trea evan ce BRE Bvampstag « Tetras, 6 _Reangelioagie« tnculnar, 41-6 selizadora, As estraturas,porém, _conhec a emia das iferen- ‘conserva todavia em sialguma cot daria um ‘nunca sero objeto do anincio dates cultura, religibes e ideotog Sa nauraimente exsth (0). A Karl Rabiner, inspiravase em Ter- Boa Nova. elasrelagéesdetraba- as um mand gue, tericamcn Inve no permite “que ovange-wlano. ‘hoe mereado, a cultura 60 ara- te nf aceita a hegemonia de ne- Tho desteua nos vérios povos que ‘essadas por relagese esiuturas hum grupo humano sobre os de- ‘0 reeehem, qualqver parcela 625.2, Preparagdo evangélica e dominagdo, explorago ¢ aic- mais. 0 Vaticano I reonheee“le- bondade e beleza que enrique & ji nagio que gram a morte, Aevan- gma a autonomia que & cultura indole ¢ © génio de cada um, A Abiatria eas cultras dos po- slizagdo prope aos respectvos —reclama para si” (GS 56) e reou- Iare(..) no procede como quem 08 epresentam, segundo Eusébio ‘grupos socins mio areforma, mas pera as traigdes do cistianismo ‘com, langa por tera eextermina de Cesatéa, ums preparagdo 8 teansfomago desis relagdes € Que permite vee posiivament o= ta lores Tuxuriane, mas sim evangéiea, A Lumen gentium ‘etrtrasantievangéicas que io Ouyos. O textos concliaes lem ‘como quem emxerta vores bra- (0 16 rotons opaadigma de Eu dem ser confusilas cont cul- brama lgej unveral de topics fas com gualidades eocolidas sébio: “Tudo o que de bom ever- ura em si. Para aftr 0 cupim dog primérdios do eistanismo. (ou Bim face da “natural bon- dadiro se encontra entre eles, @ lo se qucima a casa, Seusitores, com excepia de Ea dade” dos povos, 0 missionério tea julg-o como uma prepara: sébio, todos So da era précons- “no tem o encargo de transplan- S40 evangélica, dada por Aquele S.RESPOSTAS DA _tiinians: sino de Rona (+ cer tara civilzagio espeificameate ie ikamina tao homem, pars que TRADICAO ‘ade 168), Iineu de Li (+ 202), ‘earopti paras eras de Misses. enfim tenha a vida". A Evangel ‘Clemente de Alexandria (+ amtes Mas dove prepara esses povos (x) Nuntand (a. 53) de 1975, assu- ‘A miséria socal em que vive ad 215), Eustbio de Cesaria + pata acolherem ¢ assimilarem os me 0 texto de Lumen gentium raiora absoluta deste continents 339) que, ao defender a validate ‘lementos de vida ede moral ris. 16) ao dizer que existem “por. ©. diversidade e complexidade do paganismo, justice 0 passado 1a, que Fic enaturalmente alap- Bes imensas da humanidade que cultural epresentam os grandes pagio do imperidor Constnting tame atx & verdadeira cultura praca religides no criss... desafios de uma Nova Evan & quem seve ‘roan (.)"2" © Vaticano tL nto Els podem consiur uma atén- selizagéo, Hé uma rupture ene ‘ta explictamente0 topico da lca “prepargao evangélica™. Na ‘© Evangelho ransmitido em rou 5.1, Anima naturaliter “alma naturalmente crisis” de mesma linha, porém mals rest pagem monocultral © at mili= ‘christiana ‘Teruliano, potém 0 espicto do tivo, os autores de Ad gents (n plas cultura latino-americanas. A Conclio, da Gaudium et spes, por 3) se apdiam em Irineu eClemen. Nova Evangelizagdo se prope es- Em seu tratalo De testimonio ‘exemplo, est profundamente im- te de Alexandria para afirmar que tabelecer uma ponte de comuniea- animae, Tertuliano desenvolve prepnado por esta visio otimista “as inciativas religiosas” dos po- ‘qo entre Evangelho e culturas e uma frase de seu Apologericum ‘do mundo. Tamibém a tese de que vos "possam alguma ver ser con Drocura sanar as ferdas causadas (€. 17) afirmando que a vida dos ‘em cada pessoa humana se hospe- _sideradas pedagogia para o Deus pela primeira cristanizagzo no in- neces verre 18, PIO XIL. Rangel prccones. AY mises cans. Pronaelanetos dos © Concitio Vaticano II fez um _enceliea Evungelit praecones, de aes pe ae trunde esforgo para air um dié- 1951, Pio XI retomao paradigm ecatisonlelacosieea ties esa ie ogo com a nova realidade do de Tetuliano, sem menciona sia 18. Ioi. .98 59), uno modemo. Ese mundo re- fone: “A natureza umn (.) 20 id p43 (0 27} € 94. 59, evista ve i nee SB ramen «ray 41-68 verdadeito ou preparaio evangé- Puebla (o. 401) explcitas “A lésofos, com o fim de adaptar oA Lumen gent (a. 8) fala ties evanglizago da grea nfo € um Evangelho, enquanto possvel, A de “uma nfo mediocre analogia™ esesa] el cern rea ‘apecidade de todos e's exigén- entre 0 mistério do Verbo enear- 4. Sementes do Verbo _onsoliagioefotalecimento des- ‘as dos bis. Esta manera apeo- nado ¢ & ssungso da realidad “ 1¢6 valores; uma contribuigio a0, riada de proclamar a palavra re- terrestre pela Igreja. A assungiio Namesina perspectivada“pre- crescimento dos “geanes do Ver tSinda deve pormancenrcomo lei een endsae psa da ler: arasdo evangélicn” esté 0 Kopico bo" presentes nas cultura de toda a evangelizagio”, A ban- ¢aa, “Os Santos Padres procla- “sementes do Verbo". Este Ver- -deira da insergdo inspirou muitas mam constantemente”, lembra Ad bo, universalmente atuante, est 54. Insergo rmudangas nas comunidades reli gentes (3), “que no foi sanado previamente presente nas cata ‘aligiona. ae eae loss, tanto.em sea estilo de vida 6 que no foi assumido por Cris ee nec eee eamee area cel colummael bey ‘ono em sua presenga junto 30st". Pucba (n. 400) explicit esta Bria e respeito", diz Ad gentes cristo, posiivamente qulificada a eect omauiore Sie an oe tea {G.I} sem mencione sta forte como “proparagao evanglca” ¢ won socilment Op crear paitstica, os eristios “descubram potenciada pelas “sementes do | ramen marpinalizais. sto prno cont one ane fs semenizs do Verbo si oul”. Verbo", a Ieeja quer inserise a so. lity pala erm pode ‘A Bvangell Matond (a 53), sem entablecer condigoes pvt | 5.5. Assungto fer considerada uma pal 4 anit que as relgites no as. J4 anes da vinds 60 “Fito | segundo Gaudium et spe (n, °° 83" Coneusdes de Puebla vist “achamse permeadas de encarulo” Deus “Talon de acor. | ao, unde s Cau et ses inamerveis‘semenes da Palava, do coma cultura propria dediver- | {7 a Prssova crt 98 mame | a aco cortvas: remete aos eentos de Justno ¢ sas epocas” (GS 38). 0 decrto ‘in pesengafespetesa, univer. INCULTURACAO E Ciemeatede Alerania Segundo Ad genes (0.10 cf. 22) € bom Se slice “Por Sua enca = ARTICULACAO Lumen gentum (9. 17)" Igre- preciso: “Como Cristo, por Sut nagdo, 0 Filho de Deus univ-Se jntrabalha de manera tal que two enearnagdo se Tigou 38 condigbes fe algim modo a tado fiomem, Os novos rumos da evange- ‘que de bom se encontra sem sciaise cutis dos homens com ‘Trabalhow com mos humanas, _lizago podem ser compreendidos do no coragio © nt mente dos quem conviveu, asim deve alre- pensou com inteigéneia humana, em tomo dos dois polos “incul- homens ou nos proprios rites e ja inseri-se em todas estas socie- faiu com voolade humana, amou tragio” e “articulagio”. © pi juluras dos povos, no s6 no “dades, para que a todas possaofe- | Som eoragdo humano.” Jesus, que _meiro visa adescentralizagao en- Aesaparega, mas se sano, ele> recer 9 mistrio da slvagio © & ‘ssumiu a natureza humana, sem camaco na mukiplicidade dos vado aperfeigoado para a gléria vida tracida por Deus.” f aniquilar, tomou-se “verdadei- conteatos cultuais, 0 segundo a de Deus, confusso do deménio e "A Gauaium et spes (0. 44) ramente um de nés, semelhante a unidade do projeto historico © da felicidad do homem".

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