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2orr02019 Portal Seca (home) ATENGAO INTEGRAL AS CRIANGAS SUBMETIDAS A PROCESSOS CIRURGICOS E PROCEDIMENTOS INVASIVOS RENATA PANICO GORAYEB m INTRODUGAO © adoecer esta associado a importantes alteragées biopsicossociais, promovendo, frequentemente, elevagdes nos nivels de ansiedade ‘Quando o adoecer é na infancia, essas ateragSes ocorrem tanto na crianga como em seus culdadores. ‘Quando ha necessidade de um processo cirirgico ou de um procedimento invasivo no tratamento, as preocupagdes e as ansiedades infantis, € parentals so elevadas, principalmente, em fungdo das crengas irreais que se consoldam pela falta de infarmacao fidedigna sobre 0 tratamento © sobre 08 procedimentos. Essas erengas e a generalizagao de situagées de ansiedade e de medo anteriores levam, muitas vvezes, a ctianga a néo permitr que o tratamento adequado seja realizado, 0 objetivo deste artigo é discutir os atendimentos de preparagdo para os procedimentas invasivos e suas caracteisticas especiicas de tratamento, de acolhimento e de orientagéo, tanto da crianga como de sua familia. Esses alendimentos levam em consideracao aspectos. Diopsicossociais, para que o paciente e os seus familiares se preparem da melhor forma possivel para os procedimentos que as criangas serdo submetidas Os alendimentas de preparagao para os procedimentos invasivas so realizados em um hospital piblico de ensino de alta complexidade, por uma equipe compasta por cirurgides pedidticas, psicélogos, enfermeiros e assistentes sociais, todos especializados em peialtia ou nos procedimentos citurgicas da clinica cirirgica infantil. A equipe responsavel pelo atendimento de criangas e de adolescentes com idade enre 0 e 18 anos, de ambos os sexos, que apresentam necessidades de atendimentes clnicos e cirrgicos, ambulatoriais elou com internagies. ‘equip dos atendimentos de preparagdo para 0s procedimentos invasivos trabalha de forma interdsciplinar,acrecitando, conforme indica a Iteratura,*S que essa modaldade de atendimento promove uma visdo mais ampla do paciente, da sua patlogia ¢ do contexto em que ela est insetida, mostrando que oatendimento conjunotraz benefcos para a realzagao do diagndstco, para o prognéstico e para a qualidade de vida do pacient, m OBJETIVOS ‘Ao final da letura deste artigo, 0 letor seré capaz de * infer a importincia de viabilzar a realizado de procedimentos invasivos necessérios de forma humanizada ¢ saudvel para criangas cuidadores, hitps:lwwn-portalsecae.com brartiga/6851 ane 2orr02019 Portal Seca identticar a psicoeducagahmune}éra para a reestruturacdo cognitva das crengas inadequadas; + preparar uma dessensbilizagdo em situagies aversvas, para a realizagdo dos provedimentos necessérios, sem prejuizo da saide swssetial cu nhesor que ¢ trial wo da equipe da psicologia hospitalar na preparagao para os procedimentos invasivos possibifta a methora na permiss&o de realizagao dos provedimentos e na adeséo ao tratamento elaborar questies relacionadas @ ansiodade e ao medo em relagio aos procedimentos invasivos; promaver a humanizagdo da hospitaizagao. m ESQUEMA CONCEITUAL a ea 9° Sa Graven panes ‘Aiendimento psicolégic infanil familar __| Maiev ulizado na preparagao infant parental __|Brenpie elnico 1— ———___________ | Procedimento invacivo Exemplos clnicos a | Exe elnico 2 — Procedimento crurgico {Concise m ATENGAO INTEGRAL AS CRIANCAS SUBMETIDAS A PROCESSOS CIRURGICOS E PROCEDIMENTOS INVASIVOS © adoscer representa uma modificago do funcionamento biopsicossocial, de forma particular e individual, configurando-se como um dos prncipis fatores de alteragao nos niveis de ansiedade, da qualidade de vida e do comportamento do individuo.245-"0 ‘Quando se fala do adoecer infantil, as alteragdes nos niveis de ansiedade serio forlemente infuenciadas pelos modelos relacionais e reacionais dos adultos signfcativos de seu ambiente, Quanto mais javem a crianga, maior seré a infuéncia do padréo comportamental @ de enfrentamento apresentado por seus adultos de referéncia em cada situagdo. 24-10 ‘A reagio infantil no contexto do adoeceré, frequentemente, reflexo do estio de enfrentamento parental. A forma como 0s pais ou os cuidadores ldam com a ansiedade diante do medo e da incerteza do diagnéstico efou do prognéstice infant, e sua habilidade para recodificar, de forma compreensivel e adequada para a crianga, a situagao a ser vivenciada, s20, portanto, fundamentais.*4"12 © adoecer infantil envolve inimeras alteragées na rotina e na dinémica psicoafetva da crianga e de todo o grupo familiar envohido, Quando ‘existe a necessidade de um exame invasivo ou de um procedimento cirirgico, asituagéo ¢ especialmente ansiégena, pois, com frequéncia, implica @ necessidade de tratamentos aversivos, que causam descontorto, medo e ansiedade nos pacientes e em seus familares 4 LEMBRAR A literatura da drea de psicologia hospitalar indica que, quanto maior o nivel de informagdo dos pacientes @ de seus familiares @ melhor a relagdo de confianga com a equipe, menores serdo os niveis de ansiedade que o exame invasivo ou o procedimento Citirgico desencadeard,favorecendo os niveis de adeséo aos tratamentos propostos.2-57-".'220 Na preparacio para o procedimento invasiva, propde-se que soja realizada, antes do tratamento, uma avaliagdo psicol6gica do nivel de ~ansiedade, da compreensdo e do enfrentamento dos procedimentos, tanto da crianca como de seus culdadores, Apés essa avalacdo, inicia 8 0 processo de preparagdo para o provedimento, que consiste em sessGes de psicoeducagdo em relagdo ao diagndslico, ao tratamento «lou ao prognéstico. Somente depois de esclarecidas todas as dividas iniciais comegam as sessOes de dessensibilzacdo ao procedimento proposto e o acompanhamento sistemtcointerdscipinar, com énfase nas questbes afetvas, 18157225 ‘A preparagéo para o procecimento invasivo inclu 'atender 0 paciente @ a sua familia deforma integral ou biopsicossocal; = auxllaro paciente e a sua familia a adquirrem melhor compreensdo do diagnéstico e do prognéstico de cada patologia; + favorecer a compreenséo, a elaboragao e a accitagdo de procedimentos invasivos e da hosptaizacdo; hitps:lwwn-portalseca.com brartiga/6851 ane 2orror2019 Portal Seca ‘= ajudar a compreender a ognitivos @ afetivos da percepgao das patologias e das suas intuéncias na qualidade de vida dos pacientes e dos familiares favoredendo o diagndstica e a adesio ao lratamento proposto,propiciando uma melhor evolugéo do quadro. © (o> colo de orapaveréu jara o procedimento invasivo esta apresentado na Figura 1 Ingresso da cranga na cirurgia pediatica Y ‘Atendimento interdisciplinar de acolhimento psicoafetivo orientagao sobre o problema € 0 tratemento proposto Casos cirurgicos € de tratamento crénicos v ‘Avaliagdo psicolagica do nivel de ansiedade, ‘comproorisd0 @ enfrentamento dos procodhmentos, da crianga e cuidadores: v ‘Ages psicoeducatves de acolhiment, dessensbiizagdoe orientagdo na preparacto Ae da crianga e de cuidadores para os procedimentos biopsicossocil necessaries ao tralamento proposto | Tralamente ou orurga, com acompanhameonto pscoldgioo ambullonal ode enfermaria aos pais ‘9 cranga com saguimento longitudinal até alla u encaminhamento do serugo Gagos no rrgicos ou extnicos Tratamonto ou ALTA Figura 1 — Potecoo de atondento a procecentos invasivs do Seiad Cha Pesitca do Hosptal das Cnc da Faculdade de Meoscin de Ribeiro Preto ds Universidade de Sio Paulo (HCFMRPIUSP),Ribeirdo PretoSP. ratura?-+-111818-202225 @ na experiéncia de mais de 0 protocolo de atendimento a procedimentos invasivos foi consttuldo cor como sendo um modelo de atencdo integrada a0 20 anos da equipe interdisciplinar do Servigo de Cirurgia Pedidtrica do HCFMRPIUSP paciente e aos seus familiares. No protocolo da preparagao para o procedimento invasivo, todas as familias e as criangas que sero submetidas a procedimentos invasivos ‘fo, inicalmente, atendidas em uma consulta com a equipe interdisciplinar de cirugides e de psicblogos. O objetivo ¢ investigar as principals dividas, os medos, as fantasias @ as ansiedades dos pais e das criancas relacionados aos riscos e aos diagnésticos, bem como a hospitalizaco, para, posteiormente, esclarecer os possivels pontos de confltes relacionados ao procedimento, tanto para @ crianga como para a familia, © assim orientéas, BB swoaves 1. Observe as afirmagdes sobre 0 processo de adoecer. 0 adoscer representa uma modificagéo do funcionamento biopsicossocial, de forma particular e individual, confgurando-se como um dos principals fatores de alteraco nos niveis de ansiedade, da qualidade de vida e do comportamento do individuo, | —A forma como os pais ou os cuidadores lidam com a ansiedade diante do medo e da incerteza do diagnéstico elou do prognéstico infant e sua habiidade para recodificar, de forma compreensivel e adequada para a crianga, a situagéo a ser Vivenciada, so fundamentals Ill —0 adoecer infantil envolve indmeras alteragdes na rotina ¢ na dindmica psicoafetiva da crianga, mas nao afeta o grupo familiar envalvido. Quais estéo coretas? A) Apenas ate al 8) Apenas ale all ) Apenas aI eal. D)AL.allealll Cora agarose hitps:lwwn-portalsecaé.com brartiga/6851 ane 2orr02019 Portal Seca home) nl, 2, Sobre o adoecer infant, assinale a allerativa coreta {As alteravives do funcionamento biopsicossocial da crianga quando adoece néo tém influéncia do modelo reacional dos pais. B) A infuSnc’e do padrdo comportamental ede enftentamento apresentado por seus adultos de referéncia em cade situagao ndo muda com a icade da crianca, C) Areagao da crianga no contexto do adoeceré, frequentemente, reflexo do estilo de enfrentamento parental, Dj Pelo menor entendimento das sitvagies, quando existe a necessidade de um exame invasivo ou de um procedimento cirirgico, as criangas ndo sao influenciadas pelo medo e pela ansiedade de seus familiares. Contra aqui a rosposta 3, Sobre o primeiro passo a ser realizado, antes do tralamenlo, com a ctianga e com os seus cuidadores, assinale @ allemaliva comreta, AA) Uma avaliagéo psicoligica do nivel de ansiedade, da compreensto e do enfentamento dos procedimentos, tanto da crianga como de seus cuidadores, 8) 0 proceso de preparagdo para 0 procedimento, que consiste em sessdes de psicoeducagdo em relagdo ao diagndslco, a0 tralamento elou ao prognéstico. C} 0 processo de preparacdo para o procecimento, que consists em sessées de dessensibiizagdo ao procedimento proposto, Dj 0 esclarecimento dos pacientes e dos seus familiares sobre o acompanhamento sistematco interdiscplinar, enatizando as questées afetivas Conta aqui resposta 4,0 que esta incluso na preparagdo para o procedimento invasive? Conta agua respasta m ATENDIMENTO PSICOLOGICO INFANTIL E FAMILIAR ‘Apés a primeira consulta interdsciplnar, nas sessBes com a equipe da psicolagia para o prepara para 0 procedimento invasivo, so utilzados como recursos técnicos: * instrugdes verbais de psicoeducagao e materiaislicico-didaticos, de facl compreenséo para leigos; * brinquedos hospitalares e materials hospitalares reais, que possam favorecer a dessensiblizacdo aos procedimentos a serem realzados. ‘A manipulagéo desses materiais hospitalares pela crianga é estimulada para que os procedimentos médicos reals sejam simulados previamente em ambiente lidico, na busca de promover a dessensibilzagao da situagéo potencialmente ansiogénica que os pais e as ‘tangas vivenciardo, So fomecidos também esclarecimentos em relagdo as dividas e as eventuaisfantasias inadequadas apresentadas, Como parte do procedimento de intervencSo psicoligica, os pais ¢ as criangas mais ansiosos vsitam o ambiente em que 0 procedimento seté realizado, ocasido na qual recebem uma demonstragao e uma explicagdo sobre os procedimentas que ocorerdo, sendo apresentadas & equipe pola psicéloga, Quando a crianga apresenta qualquer grau de dficudade na interagao com a equipe médica, a menos que seja uma ciurgia de trgéncia, sdo agendados retornos semanais ou quinzenais, até que ela tenha elaborado seus medas e fantasias e que interaja de forma adequada com a equipe durante as avalagdes, Realza-se, entao, uma adaptacao da crianga aos membros da equipe © aos materias hospitaares, por meio de aproximagSes sucessivas, e uma dessensibilizagdo sistemalca por inbigdo reciproce, pelo treino de relaxamento, nos casos em que a crianga apresenta resisténcia em ser examinada ou em permanecer tranquila no ambiente hospitalar. LEMBRAR Quando a cirurgia requer urgéncia, a crianga é intemada e 0 procedimento de dessensibilzacdo & equipe e ao tratamento & realizado de forma intensiva na enfermaria ‘As principais vantagens da preparagao do paciente para um procedimento invasivo séo:?® hitps:lwwn-portalsecaé.com brartiga/6851 4ne 2orr02019 Portal Seca = a redugéo da ansiedade eB UR hto dos indices de colaboracdo antes, durante e depois da crurgia ou de outto procedimento; ‘=a reducdo da quantidade necesséra de analgésico no pés-operatéri; += raviarae to te0% U3 recuperagio fisica pds-operatria 16 0 period de iternagao hospitalar, a reducdo da quantidage de recursos pessoais e materiais de suportesolictados pelo paciente para a sua recuperagao. No processo de preparagéo da crianga @ dos familiares para um procedimento invasivo, a psicoeducagéo e a dessensibilzagéo s4o as princinas técnicas de terapia cognitve-comportamental (TCC) a serem ullizadas. Dados de pesquisas mostra que quando pais e criangas ‘0 habilados @ compreender e a cuidar da saude infant, a ansiedade é reduzida e eles se tomam mais participativos, o que favorece 0 tratamento ¢ a recuperacdo da cranga, amenizando as alteragdes psicoafetvas que naturalmente permeiam 0 processo de adoecer-*#- miai6at 0 proceso de psicoeducagio pode ser definido camo 0 ato de explcar a0 paciente efou aos familiares, deforma clara, 0 quadro dlinico, 0 tratamenta propostoe 0 progndstico 2#&"t43618-2022 Para realizar 0 processo de psicoeducagao de forma adequada, é necessario que o profissional da psicologia este familarizado com as ‘ondutas e com os procedimentos médicos a serem realizados com a crianga. Além disso, o(a) psicdlogo(a) deve ser capaz de decodificar as Condutas e 0s procedimentas em uma linguagem acessivel ao nivel de compreensao dos pais e da crianca, expicando, muitas vezes, de forma liico-sidatica, para garantir a compreensdo deles, 46-11 18-18/8-2023 Procedimento invasivo, como 0 préprio nome sugere, é toda qualquer técnica operatva ou diagnéstica que envalva o uso de instumentos e que requeira a penetragao de um tecido ou a invasdo de um orfcio corporal Exemplos de procedimentos invasves incluem: * tirar sangue; faze uso do sor0; '= fazer um exame com instrumentas invasivos; = passar por uma crurgia, No contexto hospitalar, 08 procedimentos invasivos podem ser realizados pelos profssionais da salide habiltados (exames, procedimentos & Cirurgias) ou, até mesmo, pelos pais (trocar curatvos ou realizar um procedimento domicliar simples). AA técnica da dessensibilzacdo dove ser realizada por um profissional da psicologia habiltado para tal. Nesse procedimento, a ‘aproximagao do indviduo ao estimulo aversivo é realizada de forma sistemtica, progressiva e gradativa-*1* Cientes de que 0 procedimenta invasivo pode causar reagdes de desconforto, de medo e de ansiedade nos pacientes, & relevante estabelecer uma comunicagao efetiva com 0s pacientes e com os seus cuidadores, no intuito de reduzir essas reagées e tomar 0 procedimento invasivo menos aversiva, Para reduzir as reagdes de desconforto, de medo e de ansiedade nos pacientes e tornar o provedimento invasivo menos aversivo, busca-se garantir dois cuidados espaciais nasse processo, O primeiro cuidado especial consists no adequado relacionamento equipe-paciente, dado que, quanto melhor a interagao, melhores serdo as condigGes de absorver informagoes, dar credibildade ao tratamento e & palavra do prafissional,reduzindo, assim, os niveis de ansiedade e melhorando os niveis de adesdo ao tratamento e, consequentemente, a recuperagdo do paciente Ja 0 segundo cuidado especial implica fornecer um adequado nivel de informagao ao paciente e aos seus familiares, garantindo que as infrmagbes dade pela equipe de aide sejam bem compreenddas, tanto no que iz respto& realizacéo des procedmentas como no que ‘se refere a sua necessidade, aos beneficios diagnésticos e/ou clinicos e as provaveis consequéncias. Com isso, busca-se que os niveis de ansiedadesejam reduzidos © qu o procedimento possa ser ealzado com o minimo de ansiedade possivel Para alcangar as metas de redugdo da ansiadade nos procedimentos invasvos, so uiizadas civersas esvatéglas, que inclem técnicas cogritves & compertamentais, como * psicaeducago sobre o conhecimento do procedimento e do espago em que ele seré realizado, como, por exemplo, a sala de exames @ todos os equipamentos necessérios para a realizagao do procedimento; ' psicoeducagao em relagdo as possiveis sensagOes, razSes e necessidades do uso de determinado procedimento, comunicando sempre a verdade; * treino de auto-observacdo e de relaxamento (respiratorio, muscular e cognitive) visando que a crianga tenha melhor autopercepgéo dos eslados de ansiedade e melhor autocontrole diante dele, reduzindo os nivels de desconforto fsicae afetivo; 'estratégias de enfrentamento que valoizam os recursos apresentados pela pessoa, e que a levam a liar de forma mais adaptativa & stuagdo aversva, e ensina a outros (por exemplo, os pais) que possam favorecer esse processo. Muitas vezes, a modelagem é utiizada por meio da apresentacéo dos mesmos estimulos em alividades lidicasididalicas, nas quals @ crianga aprende com benecos e com hitps:wwn portalsecac.com brartiga/6851 sina 2orror2019 Portal Seca ‘material ico hospitalar €horeneimentos em uma situagao ludoterdpica; + presenca elou proximidade de figuras de referéncia, tais como os pais ou a acompanhante, para que o vinculo com esses referencias de ~ Ifanga conhacis = jam vaidadores do processo de confianga e de enfrentamento tin siuayves agus, so uilizadas as mesmas técnicas de redugdo da ansiedade nos procedimentos invasivos. Porém, como o tempo, em geral, € menor, focam-se os aontos de maior dfculdade do individuo, auxiiando-o no enfentamento, As técnicas de relaxamento muscular € respiratorio s80 especialmente enfatizadas neste conteto, Nao ha como determinar o tempo necessério para se preparar uma ctianga para um provedimento invasivo nem o nimero de sessbes, pols ‘sé0 muito variaveis. Mas pode-se afirmar que © numero minimo é de duas sessées, sendo uma de psicoeducagao parental e uma do dessensiilzacao infant, Enlretanto, o nimero de sessdes e, consequentemente, o tempo podem ser prorrogados de acordo com a necessidade de mais sessées para a dessensibilzacto infantil e com a orientagdo parental, até que se atria o resultado esperado. BB swoaves 5. Sobre as principais técnicas de ‘TCC: utiizadas para preparar uma crianga para um procedimento invasivo, cirirgico ou nao, assinale a alleraliva correla AA) Escuta ativa e reestruturagdo cognitva, 8) Psicoeducagao & dessensibilzagéo. CC Treino de auto-cbservago e de autocontrle. D} Dessensibiizagao e reforg diferencia Contra aqui a resposta 6, Sobre como deve sera relagéo entre @ equipe de salde, assinale a alternatva corela A) De coleguismo e simpatia. 8B) Hierérquica entre os membras, com clara distingéo entre os papa’. Colaborativa, no entanto, sem ervolimento na fungo do out. ) Cooperativae interativa, com respeito, conhecimento particinagao sobre a fungao do outro. 7, Sobre quem deve ser incuido no preparo para os procedimentos invasivos em uma crianga, assinale a altemativa coreta AN) Somente a eranga. 8) Somente os pais. ) Somente os profissionais da equipe, } Os pals, a crianga e os profssionais da equine. Conta aul vesposta 8, Sobre o tempo que leva para preparar uma crianga ara um procedimento invasivo, assinae a alternativa correta, ‘A Duas sessbes, uma de psicoeducagdo o uma de dessensiblzacéo 8) No minimo duas sessdes, uma com os adultos @outra com a crianca, ©) Pode durar de duas a véras sessBes, de acordo com 0 grau de envohimento no process. 1) No minimo, duas sessdes, sendo uma de psicoeducagdo parental e uma de dessensbilzao infant, podendo esse tempo ser prorrogado de acordo com a dessensibizagao infant com a orientacdo parental, até que se atnao resultado esperado, Cora agi araspasta 8. Em situagées de urgéncia, sobre ser possivel realizar as propostas relatadas neste artigo, assinale a alterativa corela A) Nao, 8) Sim, da mesma forma, apenas de maneira mais apressada, (C} Nao, mas é possivel orentaro cuidador. } Sim, mas de forma diferente, orientando e dessensibilzando a cranga o melhor possivele, especialmente, explcando para ela ‘0 que acontece antes @ depois dos procedimentos. Com 0s cuidadares, é fundamental realizar a psicoeducacao e auxiiar na reestruturagao de conceitos © condutas que eles tenham tdo dfculdade de compreender na integra, a aqua espsta 410, Sobre a importéncia de se reestruturar cognitivamente os erros de percepeao infant! e parental, assinale a altemativa coreta hitps:lwwn-portalsecaé.com brartiga/6851 ane 2orr02019 Portal Seca A) Sem eros de EIREBSL, ambos se enconram suetos a compreender melhor otratamento propost. 8) Ao se reestu'war a percepgo, ambos ndo sentem mais medo, 71 Sem eres de percepgao, tanto a crianga como os pais tém reduzidas suas preocupagdes, ansiedades e, consequentemente, ‘conseguer campreender melhor o tratamento proposto,favorecendo a adeséo ao tratamento ) Ao se reastruturar a percepgéo, ambos permitem o tratamento. Contra aqui a rosposta m MATERIAL UTILIZADO NA PREPARAGAO INFANTIL E PARENTAL Os maleriais uliizades nos atendimentos de dessensilizagao, usualmente, séo lidico-didaticos com temas hospitalares, que reproduzem os verdadeiros instrumentos que serdo utlizados nos procedimerts invasives. Por meio desse preparo, as criancas submelidas 4 esses tipos de intervengao apresentam maior controle afetivo-cognitvo e manifestam de forma reduzida os comportamentos negativs @ inadequados nos momentos pré e pés-ntervengéo. ‘As Figuras 2A e B mostram os materials ldico-didaicos utlizados na preparagdo de criangas para procedimentos invasivos, Figura 2— A) Bonecos de eto infant de mde ature, mac uma cringe de 6 anos desde 8) Anata nema do ‘bones com 0 mates ra uzedes ras procedmonto hosp, Fate: Aq ae irgan cara ‘A patticipago do psicblogo hospitalar na preparagao para os procedimentos invasivos possibilta uma melhora na permissao infantil para a realizacao deles, sem que ela seja forgada, e na adesao ao tratamento apés 0 diagndstico, que pode ser, inclusive, mais acurado, por meio cde um resultado de exames mais confiavl. Ter cuidado diante de uma internago ou de um procedimento © preparar © acompanhar as situag6es mais avorsivas para a crianga tem varios beneficios. Isso pode favorecer a elaboragdo de questoes referentes & ansiedade e ao medo relacionados aos procedimentas, e auxilar no austamento e no enfrentamento da patologiae dos tratamentos necessérios na hospitalizacéo ou até na melhora clinica, mesmo em domi. Qs alendimentos de orientagdo e de acolhimento so realizados, especialmente, em grupos, olimizando o tempo dos atendimentos oferecidos diante da elevada demanda do ambulatéro. Essa forma de atendimento vai ao encontra dos dados da literatura, que mostram que as atividades em grupo, além de permitiem uma maior abrangéncia dos atendimentos, auxilam 0 paciente a se identficar com outras ess0as portadoras das mesmas necessidades, propicianda um espaco para o esclarecimento de dividas e para a troca sobre situages, ‘semelhantes entre as familias 247-1. 1618-22228 Para os grupos de acolhimento e de orientagéo pré-operatéria, so realizados, geralmente, trés encontros de atendimento, com os procedimentas descrios adiante 01° encontro, com os pais (reunido psicoeducativa), visa fornecer e esclarecerinformagdes sobre a patologia, a intemagéo e a ciurgia de seus filhos, e sobre 0s objetivos das reunies de grupo com as criangas. Nesse primeiro encontro, terse como objetiva que 08 pais. adquiram um melnor conhecimento sobre a patologia de seus fihos e sobre as condutas © os procedimentos que serdo realzados pela fequipe. Ao mesmo tempo, a reunido tem o abjetve de conscienlizar os pals de que seus flhos ndo so os lnicos partadores do problema, propiciando, assim, que eles ajam de forma mais adequada frente as dividas das proprias crangas. 02° encontro, com a crianca, tom como objetivo avalaro nivel de ansiedade e de informagao da ctianga, da conscientizagdo que ela tom de seu problema de salide, do tratamento proposto e de como reage no contexto hospitalar. A ordem das atividades & a seguinte: hitps:lwwn-portalsecaé.com brartiga/6851 m6 2orr02019 Portal Seca = apresentagdo das crancagigatqejue: avalagdo do connecimento que aé criangastém da prépriapatologia, tizagdo de que ruras criangas sao portadoras do mesmo probleme; Zaye avide:2s idicas, com brinquedos hospitalares que favoregam a dessensilizacdo & hosplaizaao, investigacgo sone srpectatva da intemagéo e da crurgia; explcagdo liicae didatica feta pelo médico, com o uso de manequins, sobre os procedimentos aos quais as criangas sero submetias 1a interagao (eum pré-anestésico, acesso venoso, crugia, curatvos, cudados e atragées pés-cirirgicas) orintagdo sobre a sequéncia da cura, sobre os retomas e sobre a at + alividade lidica final em que as criangas simulam aintrmagao hosptalr. No 3° encontro, com os pais ¢ com as criangas, é avaliado 0 grau de compreenséo das informagées recebidas e realizada uma visita hospitalar, na seguinte ordem: * investigacdo sobre as informagées absorvidas e, quando necessério, repeti¢ao mals ilustrativa das orientagdes nao assimiladas; = oxplcagao lidica ¢ didatica, feta pola enformeira responsdvel pola crurgia infantil, com manaquins @ com material hospitalar, sobre os procedimentos realizados e sobre a permanéncia na enfermaria; 1 visita as acomodacées hospitlares (quarto, sala de brinquedos na enfermaria, parque infant exlemno, pré-anestésico e recuperagéo), em {que 0 médico e a enfermeira orienta sobre o que acontece em cada ambiente; * allvidades inteativas que proporcionam informago sobre a afnidade entre pares de crlangas, para que @ equipe possa selecionar, de forma adequada, as duplas que devem ser internadas em conjunto ‘= encerramento lidico com a equipe. Na enfermaria, quando a crianga ¢ intemada para um procedimento ou para uma cirurgia,realza-se a continuidade dos sequimentos dos atendimentos dos pacientes cuidados nos grupos pré-operatorios ou incividualmente no ambulatrio. Quando necessaro, sao iniciados novos atendimentos, com os mesmos citérios usados no ambulaorio, para pacientes que iniciem seu processo por meio dde uma transferéncia de outros centras de atendimento a sade, © srvoaves 11, Assinale a altemativa coreta que apresenta os materaisutlizados em atendimentos de dessensibilzacdo de pacientes que serdo ‘submetidos a procedimentos invasivo. A) Materiais e equipamentos que sero utiizados durante o procedimento. 8) Materiais de suporte solcitados pelo paciente elou por seus culdadores para a sua recuperacSo. CC} Materias lidico-didaticos com temas hesptalares, que reproduzem os verdadelras materais a serem utlizades. Dj Materias ldico-didéticos que fazem parte do dia a dia do paciente, tomando o ambiente mais amigavel e parecido com o seu la, ria aqu a resposte 12. 0 que a paricipagao do psicélogo hospitalar possibilta na preparagéo para os procedimentos invasivos em criangas? |A) Melhora na permisséo infantil para a realzac3o dos pracedimentos invasivos, sem que ela seja forgada, © na adesdo 30 tralamento apés 0 diagnéstic. 8B) Melhor conhecimento do procedimento invasivo e do espago em que ele seré realizado, faciltando a adaplagdo da crianga, CC} Melhor compreenséo e aceitagio das possiveis sensagées, razées e necessidades do uso do procecimento invasivo indicado. } Valorizagao dos recursos apresentados pela crianga, que a levam a lidar de forma mais adaptatva a stuagao aversva, © das habilidades dos culdadores que possam favorecer o pracedimento. Conta sui esposia 13, Observe as afimagdes sobre 0s atendimentos de orientagao e de acolhimento de criangas que serdo submetidas a procedimentos invasvos. — 0s atendimentos de orientagdo © de acolhimento so realizados, especialmente, em grupos, olimizando o tempo dos atendimentos oferecidos diante da elevada demanda do ambulatéro, I~ 05 atendimentos de orientagdo de acolhimento realizados em grupos permitem uma maior abrangéncia dos atendimentos, ‘mas, normalmente, provocam a inbigdo das criangas e dos seus cuidadores. Ill — Para os grupos de acolhimento e de orientago pré-operatéria, séo realizados, em geral, rés enconiros de atencimento: primeiro com os pais, depois com a crianga e, por fm, com os pals e com a crianga, Quais estéo coretas? AA) Apenas ae al hitps:wwn portalsecac.com brartiga/6851 ane bympaes se ome 6) Apeasa ee) DiaLateail nv ensess 14. Qual é 0 objetivo da reunido dos grupos de acolhimento e de orientagdo pré-operatéria com a crianca @ quais as atividades a ‘serem realizadas? Contra aqui arasposta 418. Com relago aa que o profissional deve fazer na psicoeducagdo sobre o adoecer e o contexto do tratamento proposto, marque V {verdadeir) ou F (falso). ( ) O profissional deve explcarteonicamente a doenga e os procedimentos a serem realizados. ()O ptofissional deve explcar, de forma lidica ¢ didatica, no nivel de entendimento dos cuidadores e da cranga, a paologia ¢ 0 tratamenta proposto, garantind a compreensdo dos concelts antes de prosseguir ( ) O profissional deve orienta, de forma supertical, atendo-se &s ansiedades e &s dividas que surgtem. () Optofissional deve ater-se &s ansiedades e procurer minimizé-las por meio de reestruturacGes dos modelos ¢ de dessensibiizagies necesséias Assinale a alternativa que apresenta a sequéncia correta. A)V—F-V—F 8)F-V—F—v cjV—-F—F—v D)F—V—V—F ra agua reeposa m EXEMPLOS CLINICOS ‘A sequit, sordo apresentados dois exemplos clinicos para iustrar como os conceitos apresentados neste artigo sao utiizados na prética hospitalar infant EXEMPLO CLINICO 1: PROCEDIMENTO INVASIVO B Marina, 6 anos de idade, primeira filha, tom um imo de 2 anos, pais (28 e 30 anos) casados @ com boa relagdo familiar. A menina {oi encaminhada ao ambulatro da cirugia infantil com queixa de constipagdo intestinal crOnica na dois anos. A mae relata jd ter tentado o uso de diversos medicamentes e passado em consulta com quatro médices diferentes, sem sucesso na tratamento da fina, Nos dtimos dois meses, a menina apresentou piora da constipagao, necessitando de duas lavagens intestinais(introdugdo de sonda anal com aplcagdo de uae de laxanes, para umidifcagdo © desempactacéo das fezes ressecadas),realizadas no hospital da cidade de orgem, Na primeira consulta neste servigo, a paciente apresenta-se ansiosa e assuslada, demorando a se comunicar com o médico, O médico solicta a presenca da equipe da psicologia para acompanhar a consulta 6, apés 15 minutos de interagao lidica com a terapeuta, enquanto a mae explcava o quatro clnico para o médico, a crianga permit que ele conversasse com el, AAp6s outros dez minutos de interagdo entre a psiodloga, 0 médico, a mae e a crianga, Marina permite que o proissional examine seu abdome, que apresenta distensdo e fecaloma (massa de fezes desidratadas) de grande volume, impossivel de ser eliminado com a ‘evacuagao espontanea, A cranga i encaminhadaimedatamente ao rao x (FS) para aavelao da densidad do fecaloma, elorataparaa consul em, aproxadarent, una hore, Apés © exame clio e FO que apeserou ala Genidade defzes ala Tego ansvesa do iene pronto e crue op pram a cance, ecoanhoaa pla rf, para qe ol hese sna envio Na internagio da crianca, foram preseritos as seguintes procedimentos: ‘= lavagem intestinal, realizada em centro cirdrgico, sob sedago, para o esvaziamento ical do fecaloma; ‘= lavagens intestnais duas vezes ao dia, para eliminaro restante das fezes acumuladas, realizadas em onfermaria, hitps:lwwn portalseca.com brartiga/6851 one 2orr02019 Porial Secad + irc raat gui nave apenas apt a eiminard compl coecaome * lavagens inlestinalé Goriliiares ddrias apds a alta, por, pelo menos, dois meses, para lavorecer a regressdo da dalagio ‘ausada no intestno pela constipagdofrequente dos itimos dois anas e pel fecalomas. Isso se 8 porque um intestino dlatado nig sotesen 01 nlragdo adequada para otreino da evacuagdo espontanea. © papel da eguipe da psicologia nesse contexto foi favorecer a intemagdo da crianga, orientar ambas (crianga @ me) sobre o funcionamanto da enfermaria, sobre toda o tratamento @ acerca de todos as procedimentas que seriam realizados, auxlliando a mae a se porceber apta a aprender a realzé-os junto & equipe de enfermagem, para poder fazé-los em casa. Para tal foi necessério que uma psicbloga atendesse a crianga e a mae diariamente e que acompanhasse 0s primeiros procedimentos invasivos. Com a crianga, além da psicoeducagéo voltada para a constipagao, para a almentagéo e para o autoculdado, foram realizadas sessdes de dessensibiizacdo, para que ela pudesse ser submetida aos procedimentos necessdrios ao seu tratament, Essas sessdes de dessensibilizagdo iniciaram com 0 uso de material lidico-ddatico, com a boneca hospitalar e com material semelhante ao que seria usado no procecimento infanti. A crianga foi estimulada a manipular os materia e a auxtiar a terapeuta a realizar o procedimento na boneca, como se essa fosse a paciente. Apés diversas repetgbes da brincadeira, fol explicado & crianga que ela precisaria passar pelo mesmo procecimento, pois a sua barriga estava repleta de fezes, que precisavam ser retradas. Nesse momento, a crianga relatou ter medo, pois, nas duas vezes que passou por esse procedimento, foi segurada a forga, o que gerou muito descontorto, AApés esse relato, a psicéloga explicou a crianga que neste servgo ela nao seria presa de forma alguma, que, se estivesse muito desconfortavel, deveria avisar a equipe e seria ouvida, o procedimento sera interrompido e reiniciado assim que ela se sentisse mais segura Essa conduta & sempre tomada pela equipe, no inuito de no gerarfobia ou resisténcia na crianga, dado que ela precisaré passar Por esse procedimento sequencialmente até a sua melhora clinica, e, dessa forma, fortalecendo o vinculo de confianga entre os Profssionais e a paciente. A dessensibilzaodo infant progrediu, levando em conta esse critéio; em conjunto, uma reestruturagao da ‘renga de que a machucariam pode ser realzada. ‘A dessensiblizagio da crianga val além das sessbes lidicas, pols a psicéloga acompanha o inicio do tratamento de enfermara, em {que participa do procecimento, garantindo que a crianga seja auvida e acolhida em seus medos, conversando, arentando, acolnendo « encorajando-a sobre a sua competéncia para realizar o procedimenta, assim como fez nas atvidades lidicas. Quando a crianga consegue permitir 0 procedimento, a terapeuta, unto com a equips, forecereforgos afetivos & crianga por meio de brincadeiras e de atividades; mostra-se, também, que a crianga esté conquistando recursos para conseguir realizar o tratamento Proposto para se sentir melhor. Apés a dessensibilzagao infanti, fo iniciada a dessensibiizagao materna, pois a mde precisaria realizar 0 procedimento em nivel domicliar por lango perfoda de tempo. A dessensibilzaco se dev, inicalmente, com uma aula da equipe de enfermagem sobre o manejo do proced mento, com treinos em bonecos especiais para tal conduta. Na sequéncia, a mae passou por atendimentos da Psicologia, para se sentir afetivamente apla a realizar 0 procedimento com Marina. ‘Apés Marina e a mée estarem orientadas, dessensibilzadas e com alguns dias de treino na enfermaria, com todo 0 suporte Profissional possivel,voltam para casa para realizar otratamento, que agora é domiciiar. Marina retorna com sua mae apés dois meses, realizando a lavagem intestinal diariamente, permitindo o procedimento sem intercorréncias, A mae relata que, por duas vezes, a flha soliitou para evacuar espontaneamente antes da lavagem, Assim, a medicagao laxativa & aumentada e as lavagens passam para dias alleriados, tratamento vai espagando as lavagens, e se inicia 0 treino de toalete adequado, sendo que em sels meses a crianga evacua eespontaneamente todos os dias, sem a necessidade da realizagao de procedimentos invasivos ou do uso de medicagées, ATIVIDADES 16, No Exemplo Clinico 1, como se justiica a necessidade de atendimento psicolagico & Marina e sua mae diariamente? 17. No caso de Marina, esté colocado que a dessensibilizagdo da crianga vai além das sessées lidicas. © que significa essa colocagéo? 18, Qual éa importéncia da dessensiblizagao materna no Exemplo Clinico 1? hitps:lwwn-portalsecaé.com brartiga/6851 son 2orr02019 Portal Seca (home) Con aqu ares 8 EXEMPLO CLINICO 2: PROCEDIMENTO CIRURGICO ‘André, 4 anos de idade, fiho de pais separados (26 e 23 anos}, com um irmo de 8 anos, foi encaminhado a crurgia infantil por apresentar dores abdominals e Inguinais frequentes. Em consulta, observa-se que André apresenta hérnia inguinal bilateral (abaulamento na regiao inguinal provocado pelo deslocamenta intestinal em cavidade abdominal ndo adequada, que provoca muitas dores e rsco de torgdo e de necrose intestinal) Para a corregdo da hernia inguinal bilateral, 0 menino necessita de cirurgia, Apesar de a ciurgia ser um procedimento frequente na idade de André, © a mae ja ter tido a mesma experiéncia com o irméo mais velho, ela se mostra signficativamente ansiosa e néo apresenta nenhuma clareza de como 0 procedimento e a rotina do tratamento devem ser realizados. O garato mostra-se também ansioso e com muito medo da equipe médica, permitide o exame clinica, mas chorando assustado o tempo todo. Quando se decide que André deverd ser submetdo & ccurgia, ele 6 encaminhado ao ambulatério de pré-anestésica © a0 atendimento da psicologia, para a orientagao e dessensibilzagdo. Como essa cirurgia é um procedimento eletivo, no tendo urgéncia absoluta, sto agendadas as sessdes com a mde e com a crianca; somente apés a dessensiblizago e a compreenséo da retina, @ crurgia da crianga sera agondada, 0 primero encontro da psicologia foi realizado com a mae (foram convidados ambos os pais, mas sé a mae compareceu) e com culras cinco mes em um grupo de orientagdo pré-cirigica, S40 sempre agendadas olto mes por grupo, € nesse grupo compareceram seis. Por més, so operadas, em média, 30 criangas com hémia neste servigo. Neste primero encontr, fi realizada uma psicoeducagéo sobre heérna, cuidados pré e pés-operatérios, anestesi, jejum e todos os outros cuidados necessérios com a cranga. Observou-se que a mae, além de nao ter connecimento da patolagia e do contexto hospitalar, apresentava crencas ireais em relagéo ao procedimenta e 20s riscos para a saide da crianga ‘As crengas da mae estavam impossibiitando que ela cuidasse de seu fo, que jé apresentava o prablema e as dares ha mais de um ano, Apés a psicoeducagao o o acolhimento das angistias maternas, a mae encontrava-se apta a trazer 0 menimo, sem transmitr a ele a sua ansiedade, podendo auxlé-o a superar os seus medos. Na primeira consulta com André, fol necesséria uma dessensibiizagao do ambiente terapéutico (sala padrdo de atendimento hospital), © os brinquedos e as atvidades lidicas foram gradualmente ullizados. Apés explicar que ninguém naquele atendimento iia fazer um exame ou um procadimento nele, André percebeu que a terapeuta, apesar de estar em uma sala hospitalar, era diferente do médico. Nesse dia, o garoto, até o fim da sesso, desenhou e brincou com materia lidicos normals. Na segunda sessdo com André, foram inlroduzidos os brinquedos hospitalares, ¢ ele foi estimulado a reproduzir 0 alendimento médico, no qual ‘malrata' a bonecao diz que ela estéchorando muito, pois fi machucada, André fl orentado pola outra médica da brincadera (a terapeuta) a cuidar da bonaca com carnho, a explvar a ela 0 que estava avontecendo e a fazer o exame sem machucar ou sem ela charar. Apés algumas tenatvas, e consequent dessensiblizacéo, André elatou que o menino fi “bonzinho" & ez 0 exame sem chorar, ‘mas 86 porque o mético era legal. Nessa situagao, foi realizada a reorganizagéo cogritiva de que os médicos podem ser “legais" e que André néo precisa temer todos (0s médicos porque um néo fo! legal, ou porque oirmo ou a mae falaram algo que o fez sentir medo. Na terceira sesso com André, foram introduzidos brinquedos e materais reais hospitalares, e, em ativdades lidicas, realzaram-se tedos os procedimentas pelos quais a crianca passaria acordada, sendo o intevalo entre dormir (anestesia) e acordar com curatvo Percebido como um periodo no qual o médica iia realizar uma crurgia para sarar a hérnia, Ao fm dessa terceira sessdo, André estava ciente de que a hérria que o incomadava muitas vezes precisava ser operada para sarar; que, para isso, ele deveria dormir ao lado da mae; que, enquanto dormia, ndo sentria nada; que, quando acordasse, ele estara 20 lado da mae novamente e com um curativa na bartiga, André sabia que o curativo doeria um pouco, mas que ole tomara remédio para a dor, cue logo poderia volta a brincar e que nao sentria mais a dor da hémia 0 fato de a mae estar ciente e tranqula em relagdo aos provedimentos proporcionou a oportunidade de ela auxlar na credibiidade do que estava send feito e favorecer que menino criasse um nova repertério. No fim desse atendimento, a terapeuta levou André e ‘a mae para conhecerem o pré-anestésico o a recuperagao do centro crirgico, como havam simulado na atvidade lidica, No dia da cirugia, 0 paciente, acompanhado pela mae e pela terapeuta, apresentou-se tranquilo e comunicativo, conversando com as enfermeiras e com os médicas no pré-anestésico, senda sedado sem complicagSes. Ao acordar, André estava naturalmente choroso, mas logo que a enfermeira se aproxmou, solicitou a mae ¢ aguardou a chamada dela sem dificuldades, Quando @ mae chegou e o bejou, ele “fez uma cara sapeca’, disse: ‘Agora eu jé sou amigo dos super-hertis, pos eu sou corajoso!” hitps:lwwn-portalsecaé.com brartiga/6851 wie 2orr02019 Portal Seca André voltou para os; ntos de rotina em 10 e 30 dias, sem qualquer outraintercorréncia, sendo lberado para as atividades, Foi reavaliado seis meses apés, apresentando total seguranca na consulta. A mAe relatou, na acasido, que o garoto estava mals ‘renquilo e sequro em suas aividades e interagdes pessoas, (BB atonves 19, No Exemplo Clinico 2, no primeiro encontro a que a mae de André compareceu, foi realizada uma psicoeducagdo sobre hérnia, ‘culdados pré © pés-operatérios, anestesia, jum e todos os autros cuidados necessérios com a crianga. De que forma se justfica esse procedimento? Contra aqui a rasposta 20. Na segunda sesséo do Exempla Clinico 2, com André, foram introduzides os brinquedos hospilalaes, e ele foi estimulado a reproduzir o atendimento médico, no qual “mattratou’ a boneca e disse que ela estava chorando muito, pois foi machucada, Qual é ‘significado da forma de agir de André? Conta aqui esposta 21. No Exemplo Clinico 2, apés a cirurgia, ao acordar, André estava naturaimente choroso, mas logo que a enfermeira se aproximou, solictou a mée e aguardou a chamada dela sem diculdades. Quando a mée chegou e o bejou, ele “fez uma cara sapeca,” & lisse: “Agora eu jé sou amigo dos super-heréis, pois eu sou corajoso!". Como se pode interpretar a fala de André? Contra aqui a rasposta = CONCLUSAO Nos titimos 20 anos de atendimentos pautados nas prncipios de preparagdo de criangas para os provedimentos invasivos apresentados neste artigo, observou-se que esse prepara, além de reduzir @ ansiedade matemo-infant,reduz os comportamentos infantis inadequados, & hd um aumento dos indices de colaboragdo, ante, durante e depois do procedimento. ‘A abordagem permitiu reduzir, também, os déficits de adesdo aos tratamentos invasivos propostos e a quantidade necesséria de consultas repetvas no pré e no pés-cirirgico. Consequentemente, essa abordagem reduziu o tempo de inlernagéo e a quantdade de recursos de suporte necessérios para a recuperagao do paciente,-2 m RESPOSTAS AS ATIVIDADES E COMENTARIOS Aiividade 1 Resposta: A Comentario: A afirmagio Ill esté incorreta porque © adoscer configura-se como um dos principais fatores de alteragao nos niveis de ansiedade, da qualidade de vida e do comportamento do individuo. O adoecer infantil, além de provocar inumeras alteragdes na rotina e na dindmica psicoafetiva da crianga, afeta todo 0 grupo familiar envalvido, Niividade 2 Resposta: C Comentario: Quando se fala do adoecer infantil, as alteragées do seu funcionamento biopsicossocialserdo fortemente influenciadas pelos modelos relacionais e reacionais dos adultos signifcativos de seu ambiente, Com relagao a essas alteragées, sabe-se que, quanto mais lover a crianga, maior sera a infuéncia do padréo comportamental e de enftentamento apresentado por seus adultos de referéncia em cada situagdo. Pode-se afrmar, também, que, quando da necessidade de um exame invasivo ou de um procedimento cirrgico, a crianga e seus familiares esto ciante de uma situagao especialmente ansiégena, pois, com frequéncia, implica a necessidade de tratamentos aversivos, {ue causam desconfoto, medo e ansiedade em todos os envalvides. Atividade 3 Resposta: A hitpsilwwn portalsecae.com brartiga/6851 ‘ae 2onor2019 oral Secad CComentano: Antes do trata se realzar uma avatagao psictogica do nivel de ansiedade, da compreensao e do entrentamento dos podmas tant da lone de ses cadres Soren apis exe ava devs caro rocoto de pear pars © nescegimento, que consie em sessGes de psicoeducagao em relagdo ao diagndsico, ao tratamento elou ao prognéstio. Depois de fas tn14s 28 ciuv das inal, comegam as sessbes de dessensbilzagdo 20 procedimento proposto e 0 acompanhamento sown icici, Lom Bnfase nas quests afetivas, Avda 4 Resposta: A preparagao para o procedimento invasivo inclui atender o paciente e a sua familia de forma integral ou biopsicossocial; auxiliar 0 pacientee a sua familia a adqutrem melhor compreensdo do dagnésicoe do prognéstco de cada patologa;favorece a compreensdo, @ elaboragao @ a aceitagao de procedimentos invasivos @ da hospitalizagao; ajudar a compreender aspectos cognitivos e afetivos da percepcao das palologias e das suas nfudndas na qualdade de vida dos pacenles e dos familiares, favorecendo o clagnsico © @ ades6o 20 talamento propos, propciando uma melhor evlugi do quad. Aiividade 5 Resposta: B Comentario: A psicoeducago e a dessensibilzagéo so as técnicas de TCC! mais utlizadas para preparar uma ctianga para um procedimentoinvasivo, cirurgico ou néo, pois elas permitem uma compreenséo global da situagao, tanto por parte dos pais como por parte das criangas, por meio da orientago e de uma aproximagéo gradativa e sucessiva,favorecendo a aquisi¢ao de recursos de enfrentamento da situacdo ansiégena Aiividade 6 Resposta: D Comentario: A relagéo enlre a equipe de salde deve sempre ser cooperatva e interativa, com respeito, conhecimento e partcipagto da fungao do outro profissional, para que se apresente ao paciante, sempre, uma viséo coesa e bem estruturada do que Ihe & proposto © para que cada profissional possa se aprimorar na sua fun¢ao, podendo trabalhar em cooperacdo com os demais profssionas, Alividade 7 Resposta: D Comentario: © preparo para os procedimentos invasivos deve inclu os pais, a crianga e a equipe, para que todos estejam famiiarizados, orientados e dessensibilzados de forma una e coerente com o procedimento a ser realizado. Alividade 8 Resposta: D ‘Comentario: O tempo necessério para se preparar uma crianga para um procedimento invasivo é variavel, com, no minimo, duas sessées, sendo uma de psicoeducagao parental e uma de dessensiblizacéo infantil, O tempo poderd ser prorrogado de acordo com a dessensibilzagao infantile com a orientagao parental, até que se atinja 0 resultado esperado. Atividade 9 Resposta: D Comentario: Em situagdes de urgéncia, ndo é possivel realizar as propostas relatadas neste artigo, mas & possivel preparéas, oientando e dessensibilzando a crianga o melhor possivel e, especialmente, explicando para ela o que esta acontecendo, antes e depois dos procedimentas. Com os culdadores,é fundamental realizar a psicoeducagao e auxlar na reestruturago de concetos @ de condutas que eles tenham tdo dficuldade de compreender na integra. Atividade 10 Resposta: Comentario: € importante reestutuarcogrtvaments os eros de percep ital parental, pois sem os ers de percepgdo a cianga & ‘0s pais tém reduzidas as preocupages, as ansiedades e, consequentemente, conseguem compreender melhor o tratamento proposto, favorecendo a adaséo ao tratamento, Atividade 11 Resposta: Comentario: 0 material utlizado nos atendimentos de dessensibiizagao de pacientes que sero submetidos a procedimentos invasiv: normalmente, & composto por materiais lidico-idéticos com temas hospitalares, que reproduzem os verdadeiros instrumentos que seréo utiizados. Atividade 12 Resposta: A Comentario: A participagao do psicélogo hospitalar na preparagao aos procedimentos invasivos em criangas possibiita uma melhora na permissao da crianga para a realizagdo deles, sem forgé-a, A parcipagao do psicblago também possibiita maior adesdo ao tratamento apos ‘o diagnéstico, que pode ser, inclusive, mais acurado, por meio de um resultado de exames mais confidvel Aiividade 13, Resposta: B Comentario: A afirmagdo Il est incorreta porque os alendimentos de orientagao e de acolhimento realizados em grupos véo ao encontro dos ddados da literatura, que mostram que as atvidades em grupo, além de permitrem uma maior abrangéncia dos atendimentos, auxiiam © paciente a se identiicar com outras pessoas portadoras das mesmas necessidades, propicianda um espago para o esclarecimento de dividas e para atroca sobre situagées semelhantes entre as familias. Aiividade 14 Resposta: Na reunio dos grupos de acolhimento e de orientagdo pré-operatéria com a cranga, o objetivo é avaliar o nivel de ansiedade e de informagdo da crianga, da Conscientizago que ela lem de seu problema de saude, do tralamento proposto e de como ela reage no contexto hospitalar. A ordem das atividades & a apresentacéo das criancas e da equipe; a avaliagdo do conhecimento que as criangas tém da prépria hitps:wwn-portalsecae.com brartiga/6851 sn 2orr02019 Portal Seca patologia: a conscientizagao (hawedjuras criancas so portadoras do mesmo problema; a realizagao de aividades lidicas com brinquedos hospitalares que favoregam a dessensibilzacdo & hospitalizagdo; a investigacso sobre a expectativa da intemagao e da crurga; a explicagéo I" datiea feita nelo rédico, com os manequins, sobre os procedimentos aos quais as criangas serdo submetidas & internacdo (jum ei. ssi, 22ess0 2m 8, crugia,curatvos, cuidados eateragdespés-crrgicas); a orentagao sobre a sequéncia (crugia,rlomos © aay atividade liza final, em que as criangas simulam a interna hospiala. ividads 15, Resposta: B Comentario: A primeira e a lerceira afirmagées s&o falsas porque, na psicoeducagao sobre o adoecer e 0 contexto do tratamento proposto, 0 prafissional deve explicar de forma lidica e didatica a patologia e 0 tratamento proposto, no nivel de compreensdo dos cuidadores e da ‘tianga, garantindo 2 compreenséo dos concsitos antes de prosseguir,atendo-se, tamoém, as ansiedades, e procurar minimizélas com reestruluragdes dos modelos e com as dessensiblizagdes necesséras, pois, apenas com a combinagéo de conhecimento adequado do Contexto ¢ a dessenstbilzagao das situagées ansidgenas, a crianga pode ser submetida aos procedimentos sem aumentar a ansiedade dela (04 dos pais, Atividade 16 Resposta: Camo o procedimento com a crianga requer certa urgéncia, e ela e a me se apresentam ansiosas e com recelos quanto ao que seré realizado, & preciso promover a dessensibiizagao da situacdo potencialmente ansiogénica que ambas vivenciardo, Assim, 0 procedimento de dessensibizagdo frenle & equipe e ao tratamento deve ser realizado de forma intensiva, Aividade 17 Resposta: Para entender melhor a situagdo da crianga, seus receios e sua ansiedade, a psicéloga acompanha 0 inicio do tratamento de cenfermaria, partcipando do procedimento, garantindo que a crianga seja ouvida e acolhida em seus medos, conversando, orientando ‘encorajando a crianga. Quando esta consegue permitr 0 procedimento, a terapeuta, em conjunto com a equipe, fornece reforgos afetivs & ctianga por meio de brincadeias @ atividades. Mostra-se também que ela esta conquistando recursos para conseguir realizar o tratamento propasto para se sentir melhor. Alividade 18 Resposta: Como a reagéo infant frente ao contexto é frequentementereflexo do estlo de enfrentamento parental, a forma como a mae lida ‘com a ansiedade frente ao medo e a incerteza do procedimento precisa ser transformada em sentimento de confianga de que tudo iré corer bem. A mae precisa recodiicar, de forma compreensivel e adequada para a cranca, a situagao a ser vivenciada Atividade 19 Resposta: Esse modo de proceder se justtfica, pois, apesar da crurgia ser um procedimento frequents na idade da crianga @ a mae ja ter tido ‘essa experigncia com 0 irmo mais velo, a mde est signficativamente ansiosa e no apresenta nenhuma clareza de como o procedimento 2 rotina do tratamento devem ser realizados. André também se mostra ansiaso e com muito medo da equige médica, permitdo 0 exame clinico, mas chorando e assustado o tempo todo. Como a cirurgia a que André sera submetdo é um procedimento eletvo, nao tendo urgéncia absolut, s4o agendadas as sessdes com mae e ctianca, e somente apés a dessensiblizacao e compreensdo da rotina a ciurgia da orianga seré agendada. Aivdade 20 - PROXIMO (home) ‘Acompanhe o ¢ (http(eitpeiwiavetnkdcdronretSdcadtfarigl)I 2745877 lickedVertical%3Acompany%2CclickedEntityld%3A1274587%2Cidx%3A2- 2%2Ctarld%3A1459119034753%2Ctas%3Aartmed%20paname) hitps:lwwn-portalsecaé.com brartiga/6851 sane

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