You are on page 1of 129
PUC Retr Pe, Joafi Caso de qui S} Vie Retr Pe. Fanci vern Sims S} Vie Retr para Astor Aedes Pk Jot Rid Bergmann Ve Reto ane Anos dines Pio Luis Calo Senvards do Carmo Vie Retr pave Arunar Comair Prof Auto Liz Dare Lopes Sampo Vice Rei para Asunts de Deerobinents Prof Seo Bei Decora Pf Paulo Fernando Cara de And Po Le Rberto A. Cura (CCS) Prot Lae Alencar Rei da Siva Mello (CTC) Prof Hilton Aust Koch (CCBS) (crc) CULTURA E REPRESEN TACKO STUART HALL (Organiza revs nite Ath eats Tiadust: Dani Miranda ¢ Wiliam Olivia apicuri mr Coprigh © i ealgto base, 2016 Copright © Sige Pabcions Led, 2013 “Toga: epeacon~ Ed ySar al fen En and Se oe “dos os deos ds eo seas (Cn Beer R= 2031-204 ‘Ene 0 2534735 esac Fun gece Vine 235 Pj Comair gcd 2b 100| Gis Be ein ‘Ts cnpsrivarase sins Coordenaio Eitors Ape Rosngla Dis Conte God aera PUC Rio ‘Aap Samp Coot Romeo sty on Agua Koc, Fran Si, Jon nde Benn, La Alencar Rida Sk lo, Liz Rober Cah, Plo endo Cama de Ande «Seo Br “Teadaoe Dail Mirae Will Oli. Reve de rigs Sear Cre Dini Revs de provan Cinina de Co Pein Projet rc de capa elo Fav cd Mata Dsgn astra de cape: Tigo Rio “oder dios tendon. Nenana prt des eg pode sr tia, ‘epee gulch, je ecto ele, por stp, oresario qe apoprinn ou toed esse denen de ds ‘ron surged eon ei fo reid endo re regi de Lng Pre de 1350, {reenter ne Brae 2003 (Cre pens Sat Hl Opa tit Ti Arras Tale Dnt Manda Wii Oi. eso 4 PU Rn: pe 2016 Boop sialon In og ISBN (UCR sTess06:96 ISBN (peu rasa 1a 2. Ren Ta SUMARIO APRESENTACAD Hill, comunicagfoe a poltica do real intRoDucko. CAPITULO | - © PAPEL DA REPRESENTACAO, 1. Representagio, sentido elinguagem 1.1 Produindosigniicads,representando objets 1.2 Linguagem e rpresentagion 1.3 Compartlhando os eédiges 1.4 Teoria da epresentagso 1.5 A linguager dos semdforos 1.6 Resumo 2.0 legado de Saussure 2.1 A parce social da linguagern 2.2 Cetca a0 modelo de Saussure 2.3 Resumo 43. Da linguagem a culeurs da lingustica & semiética 3.1 O mito hoje wv a1 31 32 a 3 sa 7 6 8 6 6 n 4. Discurso, poder € 0 sujeito 4.1 Dallinguagem ao discurso 4.2 Historicizando o discus: piteas dacursivas 4.3 Do discuso a poderleonhecimento 44 Resumes Foucault erpresentasio. 4.5 Charcot ea performance da histera 5. Onde ests “sujeito”? 5.1 Como exptaro sentido de Las meninay, de Veisquer 5.2.0 suelo dana represen 6. Conclusio:representagio, sentido e Hinguagem reconsiderados REFERENCIAS LerTunas oo carrutor Teitura A "Lingua, reflex e natureza-mort’ Norman Bryson Leitura B:“O mundo da lua livre”, Roland Barthes Leitura C: “Mito je", Roland Barthes Leieura D: *Reeérca da imager, Roland Barthes Leicura E: Nove flee sobre a reli do nos tempo, Emesto Laclau ¢ Chantal Mout Leica “A performance da his”, Elaine Showalter 76 3 as 2 93 98 101 108 108 m4 14 v8 122 124 126 130 CAPITULO lI ESPETACULO DO“OUTRO” 1 lntrodusio 1.1 Herts ou vile? 1.2 Qual a imporeincia da “iferengs”? 2. Racializando 0 “Outro” 2.1 0 raclsmo como bern comercial lmpério © 0 mundo doméstica 2.2 Enquanco iso, Ki nas grandes plantages 2.3 Significando a "diferenga” racial, 3. Acencenagdo da “diferenga” racial “ea melodia demorouse..” 3.1 Corpos clestias 4. A catoreotipagem como pritica de produsso de signifcados 4.1 Reprseenasio,diferenga e poder 4.2 Poder fantasia 4.3 Fetchismo e reo 5. Comtestagio de um seyime racializado de representagio 5.1 A inversio dos esterestipos 5.2 Imagens positivas enegaivas 5.3 Auavts do olhar da representagio | 139 139 vat 153 161 161 166 169 ws 183 193, 197 an 22 216 219 6. Conclusio REFERENCIAS Lerunas D0 caPiruLo I Leivara A: *O espectealo do sbi e das mereadoris", “Anne McClintock Leitura Bs Aiea’, Richard Dyer TLeirua C2 estrutra profunda dos estereipos", Sander Gilman Leieua Ds "Leitar do ftichismo racial", Kobena Mercer 223 228 22 232 239 22 246 APRESENTACAO Hall, comunicagao ea politica do real Arthur tuassu Pfetr aa Oxpaamentoe Em um dos seus enssios mais importancs, “Space, Time and Communications, um tibuto ao tebrco da comunicagio Harold Innis, James Carey escreveu que acreditava ser possivel desenvol- ver uma forma de estudos culurais “que ni sedurssem culeura 8 ideologa, confito social a0 conflto de classe, consentimento com complactncia, agi com reprodusdo ou comunicayfo com coergio" (Carey, 1989: 109). Ao fazer isso, a partir de sua formaco pragmé tica, Carey possivelmente esava se referindo & tradicéo europea ‘cos estudos cultaris foram fortemente influenciados pelo mar. xismo desde a Escola de Frankfurt, algo que havi, inclusive, abafa- cdo um pouco o impacto intlecesle incemnacional da obra de seu mestre John Dewey. Mais especifcamente, no entanco, na segunda metade do século 20%, Carey talver esivesse mesmo dialogando com os estados culurais que vinham da Universidade de Birmingham, capecialmente aquces produsidos sab a diregia do professor Seuare Halla parte do fim dos anos 1960, na Inglaterra, com quem James (Carey se cortspondia, de tempos em tempos. 1 _ cuTunAEeeasseacho | STURT HAL Naguele momento, Saute Hall obtinha destague académico se perguntando como as imagens que vemos conseantemente 2 nos- sa volta nos ajudam a entender como funciona © mundo em que vivemos, como essss imagens apresentam realidades, valores, iden- tidades, 0 que podem acarretar, sto é, quem gana e quem perde com clas, quem ascende, quem descende, quem é inclufdo e quem é cexcludo, como fica a situagio parccular dos negros nesse process. ‘Com tal areabougo de questées, Hall tomou seulugarnatradiggo os estudosqueanalisam oseftitos da midianassociedades econsttul ‘que chamou de polite of the image, ums “politica da imagem”, 0: questionamentos e as dispuras sobre © que 2 imagem representa ‘final, um dos efeitos clars dos aparatos miditics éconstcuir um cexpago aurSnomo (em bea parte imagétco) de visibilidade piblice (Gomes, 2004), onde politicos, atores, jogadores, celebridades € até mesmo institugGes ascendem e descendem, nascem e motrem, muitas vezes de maneira bastante veloz [Nesse contexto, Stuart Hl procutou entender 0 papel da midia as sociedades, psicionando os estudos culeuais como uma epise- mologia no positivist para or media efit tendo a tepresenragio” ‘como seu conceito central, Uma nocio de “representagio", no entan- 10, que se afsta da visio comum (metafsica) de “reflexo", “verdade por correspondénciz”, que informa a ciéncia modema como “com- provasSo positiva da verdade” ox “positivism” (Oliva, 2011), ese praxima de uma perspeciva mas aiva e constiutiva sobre 0 ato representative, nos procesos de construgio social da realidad Nese sentido, Halles ligado is epstemologias ndo positvists informadas pela hermenéuica(Gadamer, 1998), pelo consruivismo socal (Berger e Luckmann, 2010) e pela teria crtca (Habermas, 1991; Kellnes, 1995; 2009), especialmente nos cruzamentos que * Apo ci sa pane, 2015; Deg 198 a 193 oi foul ete 171 Cosy 198, Ham, 19K) Kr, 01 He 138s 197 econ 204 posesnagho 11 cavolvem estas duas dltimas correntes. Como um construtvista, ‘Sruart Hall vu o “ral” como uma “construc socal”, amplamente ‘macada pela midia e suas imagens nas sociedades contemporineas. Como um teérico mais ertico, procurou, por meio de Foucault, entender como o poder se inser, se coloca ou que papel exerce nes se procesto,Instido em uma longa linha de estudos que passa por Durkheim, Saussure, Barthes, Foucault ¢ Derrida, Hall presenta ‘uma nogio de representagio como um ato criativo, que se refere 20 {que as pessoas pensam sobre o mundo, sobre o que “so” nesse mun- do.e que mundo & ese, sobre a qual at pessoas estio se referindo ttansformando esas "representagGes” em objeto de anlise critica € cientlica do “eal”. Asim, ¢com base na “critica imanente” adomniana, Stuart Hall sugereo“inerrogatéro da imagem, um exame, um questionamento, dda €& imagem, sobre os valores contidos na imagem e além del, ‘A petspectiva parte do pressuposto de que vivemos hoje imersos ‘no mundo das imagens, afb in the wazer~ tomando emprestada 2 finse de Marshall MeLaban (1971). Kantisnamente, os estudos culturis de Stuart Hall procuravam ssir da égua e olhar 0 mundo do alto, para examinaro conteido da dgua, or este vigs, somos seresenneimagens e cada ver mals entre ‘agen, do péx-guctra industrial 3s formas diferenciadas das midis sociaiscontemporineas. Absorvemos corriqueiramente uma sri de ‘imagens a nossa volta, “como peixe na gua", imagens esas que sio, objetos de dspuca do mundo epresentado ~a politica da imagem, a dlispura do sentido, Para Stuart Hall, a midia produr amplos efeitos na sociedade, relacionados umm dererminado tipo de poder que se cexerce no proceso de administragio da visibilidade pablica midit- co-imagética. Com iso, sua erccao eva & busca pela emancipasio, por meio do questionamento da imagem. Em relagio a esse posicionamenco, no entano, vale embrar que, somos sere entreimagen, somes também sees entretetos,diatia- 12 _ CURR EREPRESENTNo | STUART HAL ‘mente bombardeados por lcs e palavas das mais difrenciadss, bjetoevaiosos pars at metodologias de anilie de discuro ¢ de conte, hoje apoladss por uma série de softwares para amostas conabilzadas em miles de rue (Vargo etal, 2014. ‘Além dso preciso atecar para que 2 tejeigo 0 posivismo, coma posicionarnentoepstemolégica, fo sigailique uma posicio ‘no metodolgica, que Sere Hall provavelmente no aprovar ‘final, hoje uma enorme gama de metodologiasdsponivels no mando epstemoldgico no petit, como aandisesdecontetido ¢ de dseutso, mencionaas, andes de sentiment emografas © ebseragSs de todos o5 ios, bem coma enteisas, grupos fess, para enumerar apenas alguns dos todos qualitasivos elsicos. A opctoepiscemolégia nao dev, ou no deveria, sr vst como um. dscarte do método, qu especfica a linguagem cinta Finalmente com relagio ao eomenticio de James Carey, que inci exa apresentaro, tates do ponco que bascamenteciferen- cia os estudoseuleuras american dos europe, especialmente os britnieos. Sure Hil foi um académico nero, vndo da Jamaica, aque anal crtcamente srepeesntagio do negro nas imagens do ‘xptlismoe do imperilsmo brtinizo. Nese contexc,ndo ha vidas de que a questo da “emancipasi’, bastante cara prspetiva critica, gaa devid import Para James Carey, no entano, part os pragmtios em geal, sem toda comnicasso deve ser vita como forma de opesso ot domingo, que deve ser desveladapara que os opsinidesedomina- dds posam vee a, emancipados pela rao, Hi comanicasio para todos os gstse, ors mesmo, a empitia se toma to importante pata or pragmésicor, de modo ques partir dla epost eli sabre ‘© contexo no qual cada objeto de anise esecfico se inser. Bote ‘0 consecutive ea teria cca, por que no fcr eom os dois? Assim, leltor tem em mos neste lio tks textos Fundamen- ts de Stuart Hall, nos quis autor desevolve sua anise plitca arneseacho 18 cla cultura, a partir de uma nogio especifica de representagio. Na Introdusio, que acompanha os dois textos principals posterores, Hill faz uma contexcualizcio mais ampla do seu pensamento, em relagio As discussbes sobre o sentido da culeura. No primero capi- tulo, “O papel da representago", Hall sistematiza sua tora a partie dos trabalhos de Saussute, Barthes e Foucault, apresenta exemplos € disloga com o leitor sobre imagens do nosso arquivo social, No segundo texto, “O espeticulo do ‘Outro”, esti sua pesquisa sobre ‘imagens do negro produzida na culcura bricinca, desde aquelas que acompanhavam 0s produtos do capitalism colonizador na Attica as representagBes académicas eda intlecrulidade brtinica, nos seus primeisos contator com 0 negro, © autor também discute, nese ‘eto, 0 negro na publicdade e no cinema moderno, bem como as possibilidades de uma “politica da imagem’, fazendo referéncia a noms como 0 de Spike Lee. [Nao hi dividas, avira epistemoldgicae © rompimento com a nogio metafisica de “representagio” posibiliaram outras percep- bes da pritiearepresentaiva, que ganha assim um eardterforce- ‘mente “constcutivo”, como sugere Hill, Nesse momento, 2 repre- sencasio surge como “representagio politica” que, em seu ato de ‘representa, consttui nfo somente identidade, masa prépria quar lidade existencial, ou "realidade” (ontologia), da comunidade poll- fica, cendo representada em seus valores, interesses, poscionamen- 105 prioridades, com seus membros (e nfo membros), suas regras instieuigSes, Nesse context, da “representacio como politica”, nio ter vor ou no sever representado pode signficar nada menos que ‘opresio existencal. 16 _ utTuanenePesenTACo | STUART HALL REFERENCIAS steno; Hannah, A promasa da poles. Rio de Janeito: Difel, 2008. (0 que politica? Rio de Janeiro: Bererand, 2009. ‘aris, Roland, Mitlogiar. Rio de Janeito: Bertrand, 1993, sence, Peter Ludwig e WCKMANN, Thomas. A construpdo social dda realidad: tatado de sciologia do conbecimento. Peropolis: Vores, 2010, caney, James. Communication as Culture, Nova York: Routledge, 1989, DERRIDA, Jacques. A ous eo finimenst introdusio ae problema do sign na fnomenologia de Huserl Tadcio de Lucy Magalhies. Rio de Jancito: Zabar, 1994 ewey, John. The Public ana ls Problems: An Esay in Political inguin. ensibvinia: The Pennsylvania State University Press, 2012. ‘capanser, Hans-Georg. O problema da consciénca histriea, Rio de Jianeio: Edivora rev, 1998, cones, Wilson. Thanformarses da politica na era da comunicarto de ‘ata, Sio Pal Pais, 2004. HanERWAS, Jlngen. Mudana estrusural da efi publica: investiga quanto a uma categoria da racedade burgue. Rio de Jancivo: “Tempo Brasileiro, 2003, ALL, Seuart; oRsoN, Dorothy; Lows, Andrew e wituis, Paul (Orgs). Culture, Media, Language. Nova York: Routledge, 1980. sanz, Stuare (Ong). Representation: Cultural Representation and Signifing Practices Los Angeles: Sage, 1997. nis, Hatold A. Ovi da comunicago. Peerdpolis: ones, 2011. sano, Eduardo, Hannah Arende pensador da erie de um novo inicio, Rio de Jancro: Cvilizaco Brasileira, 2011 veatisen, Douglas, A cultura de midia:estudoseulturts, identdade «poles entre madera opé-medern. Bauru: Edusc, 200). tarentan, Walter. Opinio pblice, Pecripolis Vores, 2015. possentgho 15 cconas, Maxwell E, Sting the Agenda: The Mass Media and Public (Opinion. Massachussets: Blackwell, 004. seuuntan, Marshall. Guera pas na aldeia global. Rio de Jancto: Record, 1971 ‘our, Alberto, Teoria do conbecimenta, Ria de Janeiro: Zahar, 2011 ‘vanco, Chris J; Guo, Lei; mcconss, Maxwell; suaw, Donald L. Neework Issue Agendas on Twicter During the 2012 US. Presi- dential Election, Journal of Communication, ° 64, p. 296-316, 2014.DOI: 10.111 1/jcom.12089. INTRODUGAO (Os capitulo dese livrolidam, de diferentes manciras, com a ques- to da reptesentagio, Esta ¢ uma das pritica centais que produz a culzura ese apreenta como um momenco-chave naguilo que tem sido chamado de “cireuito da cultura” (Du Gay etal, 1997). Maso _queaareprerentagso tem a ver com “cueurs"? Que conexio existe en presenta tua dia respeito a “significados compartilhados”. Ora, a linguage nada mais € do que o meio prvilepiado pelo qual "damos sentida’ as coisas, onde o significado € producido e intercambiado. Significa- dos s8 podem ser comparilhados pelo scesso comum a linguagem. ‘Assim, esta seroma fundamental para os sentidos e para a cultura © ‘vem sendo invaiavelmente considerada orepositério-chave de valo- ¢ “ealeura”? Colocando em termos simples, cul ese significado culrurais. 18 _ CULTURA EPRESIAGAO | STUARTHALL ‘caRcUITO DA CULTURA Mas como a linguagem const6isignifcados? Como sustenta 0 clidlogo ent partcipantes de modo a permitir que eles construam uma cultura de signficados compartlhados e inezpretem o mundo cde mancira semelhante? A linguagem & expat de fazer isso porque cla opera como um sistema rpreenteional. Na linguagem, fizemos uso de signose simbolos seam ees sonoro,escritos, imagens ele- trOnices, notas musicaise até objesos — para signifiar ou represen- ‘ar para outros individues nossos concetos, idelas ¢ sentimentos. Alinguagem & um dos “meios” através do qual peasamentos, idlas csentimentos so representados numa cultura. A representaio pela linguagem &, portnto, essncial 2s procesos pelos quis os signif- cadossio produzidos ~¢ ests a ideia primordial e subjacente que sustenea este live, Cada um dos capitulos subsequentes examina “produsio e circulagso de sentido por meio da linguager em relagio diversas exemplose diversas fteas de pritica socal. Juntos, cesses textos avangam e desenvolvem nossa compreensio de como a representagio realmente fimciona moouge 19 “Cale” € um dos conesitos mais compleos das citi ha ‘ hi vrias manias de precio, Nas defies cradicioais do temo, “eukurs’& via como algo que engloba “o que de mehor foi penadoe dts” numa sociedad, E o soma- Gro das grands ides, como representadas em obras clisicas da lkercur, da pinsre, da sca eda los ~ € “lea cular? de uma época,Prtencente a um mesmo quado de ferns, mas com um sentido mas modern, &o wo do terme “clr” para © refs formas amplamenteenebuidas de nic populs, publ cages, ate, desig eliersar, ou tvdades deter e eneeten- ‘mento, que compéem ocotdano da maida "pessoas comin achamada “clara de mass ou cule popular” de uma époc. Pormuitorempo,oconfon entre ala clr caus pop lar fa mania clade se enquadraro debate ob o tema ~em ae exes tecmos se vim ineitavelmenearelados «uma poderosa carga de valor (grso mode, ala = bons popula = degradade). Nos ikimos anos, prim, em um conresta mas primo das ciéncis soci, plas “curs” patow a ser tad pares refre a tudo o qu sa caracteritco sobre o modo de vida" de um pov, de umn comunidade, de uma nagio ou de um grupo socal ~ 0 que velo ser conheido com a defini “sntopoligis™. Por outo lado pala amb pasow a ser slzad para descreve 0 “va loves compartthados" de um grupo ode wa sociedad ~ 0 que de certo modo se ssemlha a dfnigioanopolgic, mas com uma Enfiescilgiea maior No decorte dee Ineo, oeitorenconark evidéncias de todos ee signifeados. Encanto, como o pepo tia do liv suger, otermo “cular” srk gesimenteusizado aqui de uma forma diferente, mas expecta, ‘A importncin do sonido pata a defnggo de clus ceshew Znfise por aqulo que psiou aserchamada de “vrada eultura” ras céncas humanase sci, sobreudo nos estudos cultures cna socolgia da cultura, Argumentse que cultura nio € nto

You might also like