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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 19286 Premera sdgéo mae 216 Muros em solos mecanicamente estabilizados — Especificagao Mechenicdly Stabiized Earth Walls — Speciation tes e300 Is6N970-96-0700506-4 sassten Nimer de efertnla serous 2Epigas @ABNT 2016 ABNT NBR 19286:2016 ©Aenr 2016 “Todos 0 dibcs reservados. Amenos que especiicad de auto mado, nenhuma pre desta pubcagdo pode sor ‘epreduzi ou uizada por qualquer mel, eernico ou mectsco, nego fototpia e mero sem permiesdo por ‘voto de ABN. AaNT ‘AvTeeze de Maio, 13 28 andor 20091-901« Rio Ge Jane RO ols 8521 30747900 Fax: #8521 3074-206 an@ebetorgbe vwmabotorgbr i ©AGNT 2016 Todo ot doe enor ABNT NBR 19286:2016 Sumario Pegi Tormo e definigto.. Requisitos gerais Classificagio das obra Em fungdo da vida dtl projetada. Em fungao da agressividade do meio. Concepgao das obras.. . Comportamento dos macigas face ao solo de fundago... A Investigagées geotécnicas. o...g . 4 Drenagem q oe. = 4 Encontros de pontes do viadutos. 5 Requisitos especificos 5a saa 5A2 513 514 52 524 522 52.3 Paramentos e acessérios. 524 Controle de qualidade. 53 Execucéo. 5.3.1 Antes do inicio da montagem 53.2 Durante amontagem...... Figures Figura 1 ~ Secao tipo... Figura 2 ~ Largura minima da banqueta ee 7 Figura 3 - Seco tipica.. i : 8 Figura 4 - Tipos de muro. 7 7 8 9 0 Figura 5 - Geometria dos muros. so ~ Figura 6 - Comprimentos de armaduras minimos a serem adotad0S «eee nnen enone ABNT NBR 19286:2016 Figura 9 Variagao do coeficiente de atrito solo-armadura com a profundidade. Figura 10 — Linha de tragées maximas. Tabelas Tabela 1 — Critérios mecanicos para seleco do material de aterro para armaduras nervuradas. - se ~ - 14 Tabela 2 ~ Critérios mecanicos para selecao do material do aterro para armaduras lisas 15 Tabela 3 - Valores de “e,” 7 - 2 ABNT NBR 19286:2016 Prefacio ‘A Associago Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ¢ 0 Foro Nacional de Normalizagao. ‘As Normas Brasiliras, cujo contetdo 6 de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissbes de Estudo Especiais (ABNTICEE), s80 elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas ‘tema objeto da normalizagao. 0s Documentos Técnicos ABNT sioelaborados conforme as regras da ABNT Direiva 2 'A.ABNT chama @ atencdo para que. apesar de ter sido soistada meniestagdo sobre eventuais Gireitos de patentes durante a Consita Nacional, estes podem ocorer e devem ser comunicados SABNT a qualquer moment (Loin? 9.279, do 4 de mato de 1996). Ressalta-se que Normas Brasleras podem ser objeto de citagdo om Regulamentos Técnicos. Ness casos, 0s Orgaosresponsdves pelos Regulamentos Técnicos podem determnar outras dalas para exgencia dos equistos desta Norma AABNT NBR 19286 foi pela Comissio de Estudo Especial de Terra Armada (ABNTICEE-222) (0 Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 04, de 26.04.2016 a 25.05.2016. (0 Escopo em inglés desta Norma Brasiira 6 0 seguinte: Scope This Standard specifies the minimum requirements for the design and execution of mechanically stabilized earth wails, wth precast concrete facing panels, and soil reinforcement elements, in steel, irectly connected tothe panels. EAENT 206 Tas on dretoesaratoe v NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 19286:2016 Muros em solos mecanicamente estabilizados — Especificacao 1 Escopo Esta Norma especifica os requisitos minimos para o projeto ¢ execugo de muros em solos mecanica- mente estabilizados, com paramento em escamas pré-moldadas de concreto e elementos de reforeo do solo, em aro, ligados diretamente as escamas. 2. Referéncias normativas. (Os documentos relacionados a seguir so indispensaveis & aplicago deste documento. Para referéncias datadas, aplcam-se somente as edigbes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigSes mais recentes do referido documento (inciuindo emendas). ABNT NBR 5739, Concreto ~ Ensaios de compressio de corpos de prova cilindricos ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto ~ Procedimento ABNT NBR 6323, Galvaniza¢so de produtos de ago ou ferro fundide ~ Especiicagao [ABNT NBR 8044, Projeto geotécnico ~ Procedimento [ABNT NBR 9062, Projato © execugdo de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 9981, Parafuso soxtavado de alta resisténcia para uso estrutural ~ Dimensées [ABNT NBR 8855, Propriedades mecénicas de elementos de fixagio ~ Parafusos prisioneiros — Especitcacéo [ABNT NBR ISO 6892-1, Materiis metélicos ~ Ensaio de tragdo ~ Parte 1: Método de ensaio & temperatura ambiente 3. Termo e defini¢ao Para os efeitos deste documento, apica-se o seguinte termo e defnicao, 3A ‘muros em solos mecanicamente estabilizados sistema constituido pela associagdo do solo de aterro com propriedades adequadas, armaduras (tiras-metdicas ou nao) flexiveis, clocadas, horizontalmente em seu interior, & medida que o aterro val sendo construldo, ¢ por uma pele ou paramento flexivel externo fixado as armaduras, destinados a limitaro aterro L@ABNT 2016 Taso toe eservaos 1 ‘ABNT NBR 19286:2016 4 Requisitos gerais 44. Descri¢ao do processo 4.414 Elementos construtivos pré-fabricados. O processo de muros em solos mecanicamente estabilizados ulliza,além do material do atero, ele- ‘mentos pré-fabricados, que S20: a) armaduras: )_escamas (acabamento extemno do macico}; © ©) acessérios complementares. 4AAA Armaduras Constituem, em conjunto com o material de atero, os dois elementos essenciais do processo de ‘muros em solos mecanicamente estabilzados. As armaduras $20 pecas lineares que trabalham por airito com o solo do aterro, responsaveis pela maior parte da resisténcia interna a tracdo dos muros ‘em solos mecanicamente estabilizados, devendo ter as seguintes qualidades: fa) resistencia & tragiio com ruptura do tipo no frag b) geometria que garanta oficiéncia na aderéncia com o solo; ©) lexibidade suficiente para nao limitar a deformabilidade vertical dos muros em solos mecanica- ‘mente estabiizados, e permitirfaclidades construtvas; 4d) durabildade compativel com a vida ull projetada 4.4.4.2 Escamas (acabamento externo do macico) ‘As escamas tém funcio estrutural secundéria no proceso de muros em solos mecanicamente estabi- lizados, sendo responsavets pelo equilbrio das tens6es de perifera unto ao paramento externo. Estas ‘do em geral placas pré-moldadas de concreto, armado ou nao, interigadas, mas conservando juntas abertas entre si para efeito de drenagem e de articulago das pecas, conforme ABNT NBR 6062.0 a ‘ABNT NBR 6118. 4.44.3 Acessérios complementares (0s acessérios complementares sao consttuidos de: 1) dispositvos de igaglo entre escamas e armaduras; bb) talas de emenda de armaduras; ©) juntas entre as escamas; 4) parafusos; ) chumbadores, que auxliam no igamento das escamas, permitindo seu manuseio e montagem:; 1) _sistoma de pino e furo veticais, para permit lexbilidade horizontal e movimentos diferenciados entre as escamas 2 ABN 2016 Too dition eendoe ABNT NBR 19286:2016 44.2. Mentagem ‘Amontagem deve ser feita ao mesmo tempo que a terraplenagem do aterro, conforme as fases cons- ‘rutivas desertas em 5.3.2.2. 42 Classificagao das obras 4.2.1. Em fungio da vida itl projetada 4.2.4.1 Em fungao da vida il projetada, as obras podem ser classificadas em duas categoria: 8). vida dtl projetada até 30 anos; ) vida ati projetada a partir de 30 anos. 421.2 Esta cassificacao permite estabelecer premissas para a qualficacao e quantiicacdo dos mate~ fis de construcao a serem utlizados (conforme descrito em 5.2.2) 4.2.1.3 Entende-se que, em todo 0 periodo estabelecido como vida uti projetada, os materiais em uso devem oferecer uma seguranca no minimo igual aquela estabelecida na Seco 5. 4.2.2. Em fungao da agressividade do melo Em fungao da agressividade do meio, as obras s8o classificadas em quatro categorias: 1a) obras nao inundaveis; ) obras inundéveis por agua doce; (©) obras inundaéveis por dqua salgad: 4) obras especias. 422.1 Obras nao inundaveis Obras que no so nem parcial nem totalmente submersas 4.2.22 Obras inundaveis por égua doce Obras que podem ser, total ou parcialmente, permanente ou temporariamente, submersas em agua cuja salinidade, medida em teores de cloretos @ sulfatos, nfo ulrapasse A da agua potdvel (conforme escrito em 5.2.12) 4.2.23 Obras inundaveis por agua salgada Obras que podem ser, total ou parcialmente, permanentemente ou temporariamente, submersas em ‘Agua do mar ou égua salobra. 4.2.24 Obras especiais Obras submetidas a condigdes de agressividade especiais (por exemplo, obras de estocagem de rotegao contra liquidos agressivos). [©ABNT 2016 Taos ot toe ears 3 ABNT NBR 19286:2016 43. Concepcao das obras 4.3.1 Comportamento dos macigos face ao solo de fundacao ‘Uma obra de muros em solos mecanicamente estabilizados comporta-se como um aterro face a0 solo de fundaedo. A grande drea de fundacdo e a flexiblidade do macico de muros em solos mecanicamente estabilizados, que the possibilta suportar recalques diferencias signicativos, permitem adotar, em relagio & ruptura do solo de fundago, coefciontes de seguranca menores que os das fundacées comuns. A articulago das escamas permite que elas se movimentem, umas em relacdo as outras, ‘com deformaces diferenciais da ordem de até 1:75. 4.32. Investigagées geotécnicas A importancia da invetigagao geotéenica depende do tipo de obra a constuir e das informagbes | existentes sobre o solo de fundaeao, conforme ABNT NBR 8044 4.3.21 Reconhecimento normal 4.3.2.1.1 De uma maneira geal, 0 solo de fundagto deve ser objeto de um reconhecimenta normal Constituido essencialmente de sondagem a percussio e extraco de amostra deformada a cada ‘metro. O espacamento das sondagens deve permitrdefinir os perfis geotécnicos do local da obra 4.3.2.2 Uma vez que informagées jé disponiveis permitam definir quaidades aceitaveis do terreno de fundago, pode ser dispensado um novo reconhecimento normal 4.3.24.3 Caso reconhecimento normal indique um solo de fundaglo de qualidade duvidosa, torna-se necessirio um reconhecimento especifico, 43.22 Reconhecimento especifico 4.3.22.1. Para obras sobre solos de baixa capacidade de carga, o reconhecimento especifco deve verticar a seguranga a ruptura do solo de fundagao, com base em pardmetros de resistencia intema obtidos por meio da caracterizagdo do solo e de ensaios “in situ" elou de laboratério sobre amostras indeformadas. 4.3.2.2.2 Para obras sobre solos muito compressiveis, oreconhecimento especifico, além de ver ficara seguranca 4 ruptura do solo de fundago, deve conduzir a um estudo da evolugo dos recalques ‘20 longo do tempo, com base em parametros da deformablidade do solo obtidos de ensaios de aden- ‘samento efou de outros ensaios. 4.3.22.3. Para obras sobre encostas instaveis, 0 reconhecimento ¢ andlogo a0 especificado em 432211 e 4.32.22, devendo-se considerar também as hipdteses mais desfavordveis de ruptura profunda na verificacao da estabilidade da obra. Quando necessario, deve iqualmente compreender a ‘execugdo e a interpretacdo de medidas piezométrcas. 43.3 Drenagem Quando se utlizar material de aterro pouco permeével, ou onde ocorrer surgimento signficativo de ‘gua, deve-se prever dispositivos que permitam aumentar a eficéncia da drenagem, escoando a agua ‘sem carreamento de finos, e evitando comprometer a establidade da obra tanto na fase construtiva, ‘como apes sua conclusio. Este objetivo pode ser alcangado por solugbes com uso de ftros(colchées € valas drenantes) com material granular adequado e/ou geotéxteis, ou outras que produzam desem- penho satisfatério. 4 ABT 2016. Todo to earndos ABNT NBR 19286:2016 43.4 Encontros de pontes e de viadutos 43.44 Os muros em solos mecanicamente estabilzados podem ser utiizados como encontros Portantes. Neste caso, eles s’0 a0 mesmo tempo arrimo de aterro e fundago do tabulero. 43.42. Podem também constitur encontros mistos (o tabuleio repousa diretamente sobre um ou mais plares independentes dos muros em solos mecanicamente estabilizados, que arrimam o aterro do acesso). 43.43 0s encontros portantes exigem sempre um reconhecimento especifico, com estudo de recal- ues do solo de fundacao. 5 Requisitos especificos 5.1. Justificativa técnica 5.1.1, Premissas 5.1.1.1. funcionamento dos muros em solos mecanicamente establizados baseia-se prncipalmente na existéncia de atrito entre o solo e as armaduras. Sua|ustificativa técnica é feta a partir da resistencia, 4o solo ao cisalhamento, considerada nas condigGes mais adversas de umidade a que a obra possa vira ser submetida, 5.1.1.2 Inicialmente deve ser feito um pré-dimensionamento e depois a veriicacao da estabilidade intema e extema do macico. Se necessario,o proceso segue, poriteragdes sucessivas, com a fxacao {de novos pré-dimensionamentos, até que as condieSes de establidade venham a ser satisfeitas. 5.41.2. Pré fh =G x0 im c Ore 0,015 mm > Dao f rr 6 sais || comm coe "| sorte ceiomacnico | |9¢ Soa? | mm>og | S0¢225* o Barsinm> | chino ,015 mm < Do utitco ws z a DarBinm> de_| Ursa dots eel TSThi_ 74a ro oe too peice psy oe ceerwas oe Tr sot Son tac sans Stocco sas Woes woo Seat ence esos saeco TOIk? Ortosinms comments untoangm penn meat gn * ¢° @ 0 Angulo de atrito intemo do solo determinado para efeito de correlacdo apenas, por ensaio de Sct Settrraaree amch Manta aa eo ei ines cna er 4 @ 0 Angulo de atrito interno do solo, determinado pelo ensalo de cisalhamento direto rapido inundado Paste ieee ionomers faint 4 (© AGNT2016 Tad os dios esenacoe Tabela 2 ~ Critérios mecanicos para selegéo do material do aterro para armaduras lisas Diametro dos gréos ‘Atendimento aos critérios mecénicos 0,08 < Dis CGritério mecénico atendido 0,018 = Dio Critério mecnico atendido Crtério ‘ngulo de atrito solo-armadura > 22° Be iio 0,08 > D5 | D2020,015 > Dio ; Uilizagao depende Ainguo de arto solo-armadura < 22° | ,Jluzageo Cepende 0,015 > Dao Utlizagao depende de estudos especiais 54.322 Acaracterstica mectnica das armaduras, a ser usada nos céleulos, ¢ 0 seu limite eéstico (). 5.1.3.2.3 0 paramento externo deve ser calculado para suportar as tensdes horizontals ¢ verticais, 4s quais 6 submetido. Para as tensdes horizontals, devem ser adotados valores de o, calculados a partir das equagdes conforme descrito em 5.1.3.3. 54.33 Calcul 5.1.3.3. 0 principio do método consiste em calcula a forga de trago maxima nas armaduras (Tmax) @ partir das tonsées que ocortem dentro do macico. No ponto M, de trago maxima, a tansiio {angencial entre o solo e armadura 6 nula as tensdes horizontal evetical 80 principals, respectva- mente 0, oy, Portanto, a tensbes 880 equilbredas pelas ermaduras ao longo da ina de rages méximes (ver Figura 10) 5.1.3.3.2 Sendo AH 0 espacamento vertical entre duas camadas de armaduras, dispostas @ raza0 {de N unidades por metro linear horizontal de paramento, cada armadura equilibra uma forga de: oH Tax = ina = sendo aye K 04+ Aa onde ‘Ang 60 aoréscimo de tensao horizontal proveniente de esforgos horizontais extemnos de qualquer natureza; K Go coeficiente de empuxo adequado a hipdtese de célculo, ©ABNT2016 Toko toe eso 6 AH 6 oespacament verieal enve dois ives de armaduras + Gatensto angencial ent o solo ¢ a armada: és tonaio horizontal principal: 6 tensto vertical principal, Figura 10 — Lina de tragdes maximas 5.1.3.3.3 Quanto aos critérios de resisténcia a tragdo das amaduras, deve-se considerar que duas ‘segdes sfo crlicas; a segao submetida a Tmax, que ocorre no interior do macigo, © a seg8o de fixagdo. da armadura a0 paramento, onde, devido ao furo para passagem do parafuso, ha uma reducao. de segdo; nesta Ultima seg8o ooorre uma forga de tragao nunca superior a aTmax.como verifcado ‘experimentalmente assim sendo: Toa Tra tt $6 onde Tr 6 a forga-imite de tragdo, na segdo plena das armaduras; 1e 6 ocoefcinte de seguranca (defiido em 5.1.3.8); Ty €2a carga de escoamento da armadura, sendo T= fy -€9bi 9 @ 8 espessura nominal e¢ € a espessura de célculo 16 AGNT2018 Toon oe Soe sera ABNT NBR 19286:2016 2) «= 0,75 (para paramentos flexiveis — pele metalica); «= 0,85 (para paramentos em escamas tipicas de conereto); = 1,00 (para paramentos monoblocos de concreto) onde Tez 6a forgatlimite de trago, na se¢30 com furo; ‘tr 60 coeficiente de seguranga (conforme deserto em 5.1.3.3.5); T, @.a carga de escoamento da armadura, sendo T; =f, €9 bj > 6a espessura nominal ec 6a espessura de célculo; ba largura nominal da armadura; 1b) 6a largura reduzida pelo fur. 5.1.3.34 Averiicagio da aderéncia de solo-armadura se destina a assegurar que as armaduras nao deslizem quando submetidas ao esforgo de tragao; a forga de tragio Tmax, deve entdo ser igual ou inferior a uma forga-timite Ty , calculada conforme a seguir: Tnae ST morph ov (nex onde 1 60 coefciente de seguranca (conforme descrilo em §.1.3.3.5) ff éocoeticientedeatrito aparente de calcul (constante paraumamesmacamada de armaduras) ay &2 tensdo vertical a uma distinc x do paramento: Lg 6.0 comprimento da armadura na zona resistonte (comprimento de ancoragom — ver Figura 8); L_ 60 comprimento total da armadura. 5.4.33. Os coeficientes de seguranca y,@ 1, relativos aos célculos de tragdo e aderéncia, respec- tivamente, devem ser de 1,5, NOTA _ Os cooficientes mencionados na Seco 5 podem eventualmente vi a Ser reduzidos, caso venham {8 se adotar majoragbes dos esforgossolicitantes(introdugao do coeficienta de ponderagso), como se provede Uusualmente em outras Normas. {©ABNT 2016 Taos oa cdidos ecarectos 7 ABNT NBR 19286:2016 5.14 Verificagdo da estabilidade externa Quanto & estabilidade externa, os muros em solos mecanicamente estabilizados assemelham-se {s obras de contencéo por gravidade, exceto no que se relere a sua capacidade de tolerar deforma- Ges (longitudinais e transversais), que é sensivelmente maior do que a de estruturas convencionas. Deve estar conforme descrito em 5.1.4.1 a 5.1.44, 5.1.41 Seguranga contra 0 deslizamento do macico ao longo da base Deye-se assegurar que 0 sforgo horizontal (Qh) @ que esta submetido o muro em solos mecanica- mente estabilzados, seja inferior & resistencia de calculo (Qh ) devida ao elrito entre o macico eo solo de fundagao. Op < Op sendo Oy =F tay ¥8 onde f=tg¢ €0.coeficiente de atrto na base do muro: 4 @ 0.c0eficiente de seguranga minimo contra o deslizamento igual a 1.5; 4 6 0 Angulo de atrto interno do solo de fundago (ou do material de aterro do macico, se este for menor do que aquele): Q, Ga resultante dos esforgos verticais atuantes 5.1.42 Seguranga contra 0 tombamento Deve-se assegurar que a resultante dos esforgas extermos solctantes atve dentro do tergo central da base, ou sje: Mo_8 Rv's onde Mo 6 0 momento dos esforg extemnossolctantes em relagdo.a0 centro geométrice da base; Ry 6 aresultante dos esforos verticals; 8 Ga largura da base 5.1.43 Seguranga contra a ruptura do solo de fundagio Deve ser assegurado que a pressio vertical (qy) aplicada na base do macigo, seja inferior & pressio ‘admissivel (@}), obtida a partir da tensdo de ruptura do solo de fundacao. Esta titima 6, por sua vez, determinada a partir de ensaios de laboratério, ensaios “in situ’ ou de equagbes consagradas da mecéinica dos solos: aa 18 (@ABNT 2016 Todo one reservados ABNT NBR 19286:2016 —2Mo =8-2he B’ a base reduzida — efeito de excenticidade. 1 dp +5 Age FS onde ] @apressao admissivel, 6. pressio vertical proexistente ao nivel de fundagio; 11s 60 cosficiente de seguranga minimo contra a ruptura do solo de fundacéo, igual a 2,0; Aq, 6 0 acréscimo de pressfo que produz a ruptura do solo de fundacao. ‘54.44 Seguranga contra a ruptura por grandes superficies envolvendo © macico ‘A semelhanga do que se faz para qualquer obra de contengao, deve ser analisada, principalmente nas ‘encostas © nos locais de subsolo fraco, a possibilidade de ruptura ao longo de grandes superficies fenvolvendo 0 macigo. Para subsolos razoavelmente homogéneos, 0 calculo normalmente é feito ‘considerando superfcies circulares. coeficiente de seguranga a ruptura deve serigual ou maior que 15, salvo em casos justficéveis. Na ocorréncia de camadas com resisténcias muito diferenciadas, ‘deve também ser veriicada a ruptura por meio de supericies nao circulares. 5.2 Qualidade dos materiais 52.4 Aterro ‘Os materiais de aterro podem ser solos naturais ou materials de origem industrial. No podem conter terra vegetal nem tampouco detritos organicos. Sua selega0 deve atender a: 2) critérios geotécnicos; b)citérios quimicos e eletroquimicos, 52.44 Critérios geotécnicos 5.2.4.4.4 Para armaduras lisas, 0 angulo de atrito de solo-armadura, avaliado por ensaios de cisa- Ihamento direto répido,feitos em laboratério sobre amostras moldadas em condigdes de umidade préximas do limite de liquidez, deve ser igual ou maior que 22°, obedecidos os limites de composico ‘granulométrica definidos pela Tabela 2 5.2.1.1.2 Para armaduras nervuradas, deve-se respeitar 0s limites definidos pela Tabela 1, de compo- ‘igo granulométrica e de Angulo de atrito interno, [©ABNT 2016 Tetot os dtoe sora 9 ABNT NBR 19286:2016 5.2.1.1.3Adimensio maxima dos gros do material no pode utrapassar 150 mm. E conveniente também lmitar 0 teor de umidade nos materias sensiveis & agua, a fim de evitar difculdades na compactagto 5.2.1.1.4 0 grau de compactagao deve ser de no minimo de 95 % da densidade aparente seca ‘maxima, obtida no ensaio de compactagio com energia Proctor Normal Os caitérios quimicos @ eletroquimicos de qualificagdo de aterro, dos quais depende a durabiidado das armaduras, so 0s indicados conforme desorito em 5.2.1.2.1 a 5.2.1.23, 5.24.24 Resistividade ‘As medidas de resistividade do material de aterro tomadas para todos os casos, em amostras saturadas 420°C, devem ser superiores a 10 0.m para obras nao inundaveis e 30.0.m para obras inundaveis, 5.2.1.2.2 Atividade em ions hidrogénio (pH) © pH, determinado igualmente para todos 0s casos em amostras do aterro, deve estar compreendido entree 10. 5.21.23 Teores de Em principio, devem ser determinados apenas para os casos em que a resistvidade apresentar valores compreencidos entre 10 0.m © 50 Om e para materiais de alerro de origem industrial (Os valores das concentragées idnicas devem respeltar as seguintes condicSes: 2) obras nao inundéveis: (Cy $ 200 mgikg: (S04)-~< 1.000 mg/kg; )_ obras inundaveis: (Cis 100 mgikg: (S04) -~s 500 mgikg, 5.22 Armaduras ‘As caracteristicas mecénicas so determinadas por ensaios de tracdo, efetuados em amostras de armadura. O dimensionamento da seco das armaduras & feito a partir de uma espessura de célculo “e<" definida pela equacao: ec = ees onde en @ a espessura nominal 65, @ a espessura de sacrifici, epresentando a espessura de metal suscetivel de ser consumida por corroso, uniforme ou quase uniforme, ao longo da vida da obra; os valores de e, esto dispostos na Tabela 3, em funcao da vida util da obra, da agressividade do meio e do material das armaduras, 20 AGN 2016 Toso dion rserdos ABNT NBR 19286:2016 5.23 Paramentos ¢ acessérios 5.2.31 Paramentos Os paramentos constituem-se de pecas pré-moldadas de concreto (escamas), com resistencia carac- teristca (f.) compativel com as hipdteses de caiculo estrutural. Devem ser evitados aceleradores de pega ou outros aditivos nocivos a galvanizacao das ligagdes embutidas nas escamas. O concreto utlizado na fabricagao das escamas deve ser submetido a0 ensaio referido, conforme descrito em 5242, 5232 Acessérios 5.2.32. As juntas verticais e horizontais, s80 cobertas com tiras de geotéxtil nao tecido, ou outro ‘material equivalente, que tenha funcdo de fir. 5.23.22 Nas juntas horizontais, so aplicadas placas de elastimero com densidade compativel ‘com as pressies vericais solcitantes. Tabola 3 - Valores de “e,” Dimensoes em malmetros Vida itil minima projetada Sanos | 30anos | S0anos | 70anos Classificagéo da obra Material da armadura A [AZ] A [AZ] A | AZ| A | AZ ‘Obras nao inundaveis 00 | 0 | 1.50 | 0.50 | 225 | 075 | 3.00 | 1.00 ‘Obras inundaveis por agua doce | 0,50 | 0 | 2,00 | 1,00 | 3,00 | 1,25 | 4.00 | 1,0 ‘Obras inundaveis por dgua salgada | 1,00| 0 | 300| - |400| - | 500| - (Obras especiais ‘Asser determinado em cada caso, por estudo especial ‘A= apo sem revestimento ‘AzZ~ ago zincado 52323 Os paratusos devem ser de aco de alta resisténcia, zincados a quente, conforme descrito om 52.4.3. 52.324 As ligagdes, assim como as armaduras, s8o obtidas a partir de tras laminadas de avo, zincadas por imersio a quente, Devem atender ao controle de qualidade conforme deserito em 5.2.41 5.2.4 Controle de qualidade 5.241 Armaduras e ligagbes ‘As atmaduras e ligagdes devem atender as especificagdes de tragao da ABNT NBR ISO 6892-1, No tocante & zincagem, deve ser utiizado 0 especificado na ABNT NBR 6323. 5242 Concreto © concreto utlizado na fabricagao das escamas deve ser ensaiado conforme ABNT NBR 5739. [©ABNT 2016. Toon orton resend a

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