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2107/2020 DELI001 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juri Cédigo Penal Militar (Vigéncia) (Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aerondutica Militar, usando das atribuigdes que Ihes confere o art. 3° do Ato Institucional n® 16, de 14 de outubro de 1969, combinado com o § 1° do art. 2°, do Ato institucional n’ 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam: CODIGO PENAL MILITAR PARTE GERAL Livro UNICO TiTuLo | DA APLICAGAO DA LEI PENAL MILITAR Principio de legalidade * Art. 1°Nao ha crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominagéo legal Le upressiva de incriminagéo # Art, 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, om virtude dela, a propria vigéncia de sentenca condenatéria irrecorrvel, salvo quanto aos efeitos de natureza civil Retroatividade de lei mais benigna § 1° A ei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando jé tenha sobrevindo sentenga condenatéria irrecorrivel ‘Apuragao da maior benignidade § 2° Para se reconhecer qual a mais favordvel, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicdveis 20 fato. Medidas de seguranca * Art 3° As medidas de seguranga regem-se pela lei vigente ao tempo da sentenga, prevalecendo, entratanto, se diversa, a lei vigento ao tempo da execugao. Le »xcepeional ou temporaria ® Att. 4° A |i excepcional ou temporaria, embora decorrido 0 perfodo de sua duracao ou cessadas as circunstancias ‘que a determinaram, aplica-se ao fato praticade durante sua vigéncia, ‘Tempo do crime # Art. 5° Considera-se praticado o crime no momento da ago ou omissao, ainda que outro seja 0 do resultado. Lugar do crime www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him vat cator2e20 DeLi00t # Art. 6° Considera-se praticado 0 fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, & ainda que sob forma de participagao, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se 0 resultado, Nos crimes omissivos, 0 Tato considera-se praticado no ligar em que deverarealizar-se a agdo omitda Terrtorialidade, Extrateritorialidade PAT? Aplca-se a lel penal militar, sem preulzo de convengies, tralados ¢ regras de dito inlemacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no teritéio nacional, ou fora déle, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgad pela justia estrangetra Territério nacional por extenséo § 1" Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extenséo do tertsrio nacional as aeronaves @ os navios brasiloros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou mitarmente utlzados ou ocupads por ordem logal de autoridade competent, ainda que de propriedade privada, ‘Ampliagio a aeronaves ou navios estrangelros § 2° E também aplicavel a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que ‘em lugar sujeito & administragao miltar, eo crime atente contra as instituigées militares. Conceito de navio '§ 3° Para efeito da aplicago déste Cédigo, considera-se navio t8da embarcagéio sob comando militar. Pena cumprida no estrangeiro * Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela 6 computada, quando idéntices. Crimes militares em tempo de paz Art. 9° Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: |- 08 crimes de que trata éste Cédigo, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela nao previstos, ‘qualquer que seja 0 agente, salvo disposigao especial; praticados: I-08 crimes previstos neste Cédigo e os previstos na legislacao penal, quando praticados: (Redacdo dada pela Lei n® 13.491, de 2017) 42) por militar em situago de alividade ou assemelhado, contra militar na mesma situagéo ou assemelhado; b) por militar em situagao de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito @ administragdo militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; ©) por militar em servigo ou atuando em razao da fungao, em comissao de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito & administragao militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil, (Redacao dada pela Lei n® 9,299, de 6.8,1996) 4) por militar durante 0 periodo de manobras ou exercicio, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil ) por militar em situagao de atividade, ou assemelhado, contra o patriménio sob a administragdo militar, ou a ordem administrativa militar; www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 281 2107/2020 DELI001 f)revogada, (Redacdo dada pela Lei n® 9,299, de 8.8,1996), IIL -08 crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituigdes militares, considerando- ‘se como tals ndo $6 os compreendidos no inciso |, como os do inciso II, nos seguintes casos’ 4) contra o patriménio sob a administragao militar, ou contra a ordem administrativa militar; ) em lugar sujeito & administragao militar contra militar em situago de alividade ou assemelhado, ou contra funcionério de Ministério militar ou da Justiga Militar, no exercicio de fungdo inerente ao seu cargo} ) contra militar em formatura, ou durante 0 periodo de prontidéo, vigilancia, observagao, explorago, exercicio, ‘acampamento, acantonamento ou manobras; d) ainda que fora do lugar sujeito & administragao militar, contra militar em fungao de natureza militar, ow no desempenho de serviga de vigilincia, garantia e preservagdo da ordem piiblica, administrativa ou judiciéria, quando legaimente requisitado para aquéle fim, ou em obediéncia a determinagao legal superior, § 12 0s crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, serdo da ‘competéncia do Tribunal do Jiri. (Radacso dada pela Lei n° 13.491, de 2017) § 22 Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forgas Armadas contra civil, sero da competéncia da Justica Mlitar da Uniao, se praticados no contexte: _(Incluido pala Lei n® 13.491, de 2017) I — do cumprimento de atribuigSes que Ihes forem estabelecidas pelo Presidente da Repiiblica ou pelo Ministro de Estado da Defesa; —(Incluido pela Lain’ 13.491, de 2017) II_- de ago que envolva a seguranga de instituigo militar ou de misséo militar, mesmo que no beligerante; ou I~ de atividade de natureza militar, de operacio de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuigdo subsidiéria, realizadas em conformidade com o dispasto no art. 142 da Constituicdo Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: (lncluido pela Lei n® 13.491, de 2017) a) Lei n® 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Cédigo Brasileiro de Aeronéutica; _(Incluida pela Lei n® 13.491, de 2017) (lncluida pela Lei n? 13.491, de 2017) ) DecretorLei n® 1,002, de 21 de outubro de 1968 - Cédigo de Processo Penal Militar; _(Incluida pela Lei n® 13,491,.de 2017) a) Lei 4.737, de 15 de julho de 1965 - Cédigo Eleitoral. _(Incluida pela Lei n® 13.491, de 2017) Crimes mi res em tempo de guerra » Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: | 08 especialmente provistos neste Cédigo para o tempo de guerra I-08 crimes militares previstos para 0 tempo de paz; www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him ist 2107/2020 DELI001 IIL - 08 crimes previstos neste Cédigo, embora também 0 sejam com igual definigao na lei penal comum ou especial, ‘quando praticados, qualquer que seja o agente: a) em territério nacional, ou estrangelro, militarmente ocupado; b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparagéo, a eficiéncia ou as operagées militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a seguranga externa do Pais ou podem expé-la a perigo: IV - of crimes definides na lei penal comum ou especial, embora nao previstos neste Cédigo, quando praticados em zona de efetivas operacdes militares ou em territério estrangeiro, militarmente ocupado. At 11. Os militares estrangeiros, quando em comissao ou estagio nas férgas armadas, ficam sujeitos a lei penal militar brasileira, ressalvado 0 disposto om tratados ou convengées intemnacionais. Equiparacao a militar da ativa # Art. 12, O militar da reserva ou reformado, empregado na administracao militar, equipara-se ao militar em situagao de atividade, para o efeito da aplicagao da lel penal militar. Militar da reserva ou reformado # Art 13. 0 militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades ¢ prerrogativas do pésto ou graduacéo, para o efeito da aplicagao da lei penal militar, quando pratica ou contra éle é praticado crime militar. Defeito de incorporacao At 14. 0 defeito do ato de incorporagio néo exclu a aplicagio da lei penal militar, salvo se alegado ou conhecido antes da pratca do crime ‘Tempo de guerra * Art, 15, © tempo de guerra, para os efeitos da aplicagao da lei penal militar, comega com a declaragao ou 0 reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilizagao se néle estiver compreendido aquéle reconhecimento; e termina quando ordenada a cessagao das hostiidades. Contagem de prazo ® Art. 16, No cémputo dos prazos inclui-se o dia do coméco. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendario ‘comum, Legislacao especial. Salério-minimo * Ait 17. As regras gerais d8ste Cédigo aplicam-se aos fatos incriminados por lei penal militar especial, se esta no cispe de modo diverso. Para os efeitos penais, salério minimo é 0 maior mensal vigente no pais, ao tempo da sentenga, Crimes praticados em prejuizo de pais aliado Art. 18, Ficam sujeites as disposigées déste Cédigo os crimes praticados em projuizo de pais em guerra contra pais inimigo do Brasit | - se 0 crime ¢ praticado por brasileiro; II se 0 crime 6 praticado no territério nacional, ou em territério estrangeiro, militarmente ocupado por férga brasileira, ‘qualquer que seja o agente. Infragées disc * Ait 10, Este Cédigo néo compreende as infragées dos regulamentos disciplinares. Crimes praticados em tempo de guerra www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him ais 2107/2020 DELI001 # Att. 20, Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposigao especial, aplicam-se as penas cominadas para ‘0 tempo de paz, com 0 aumento de um térgo, Assemelhado # Att. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou no, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aerondutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de le! ou regulamento, Pessoa considerada militar # Art 22. € considerada militar, para efeito da aplicagao déste Cédigo, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de uorra, soja incorporada as féreas armadas, para nelas servir em péslo, graduagéo, ou sujeigo 4 disciplina militar. Equiparacao a comandante > Art 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicagao da lei penal militar, t8da autoridade com fungao de direcao. Conceito de superior * Art, 24, O militar que, em virtude da funcdo, exerce autoridade sobre outro de igual posto ou graduagao, considera-se superior, para efeito da aplicacdo da lei penal militar. Crime praticado em presenga do inimigo > Ait 25, Dizwse crime praticado em presenca do inimigo, quando o fato acorre em zona de efetivas operagées militares, ou na iminéneia ou em situagao de hostlidade. Referéncia a “brasi # Att 26. Quando a lei penal militar se refere a “brasileiro” ou brasileiros na Constituigao do Brasil ‘acional", compreende as pessoas enumeradas como Estrangeiros Paragrafo tinico, Para os efeitos da lei penal militar, so considerados estrangeiros os apairidas e os brasileiros que perderam a nacionalidade, Os que se compreendem, como funcionérios da Justiga Militar # Ant. 27. Quando éste Cédigo se refere a funcionérios, compreende, para efeito da sua aplicagdo, 0s juizes, os representantes do Ministério Pablico, os funcionarios e auxliares da Justica Milter. Casos de prevaléncia do Cédigo Penal Militar # At 28. Os crimes contra a seguranga externa do pals ou contra as instituigées militares, definidos neste Cédigo, excluem os da mesma natureza definidos em outras les. TiTULon DO CRIME Relacao de causalidade # AM. 29, O resultado de que depende a existéncia do crime somente 6 imputvel a quem Ihe deu causa, Considera-se causa a ago ou omissdo sem a qual o resultado nao teria ocorrido. § 1° A superveniéncia de causa relativamente independente exclui a imputagao quando, por si s6, produziu o resultado, 3s fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou. § 2° A omissio € relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar 0 resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obriga¢ao de cuidado, protegao ou vigilancia; a quem, de outra forma, assumiu a www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him sist 2107/2020 DELI001 responsabilidade de impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de sua superveniéncia, # Art, 30. Diz-se 0 crime: Crime consumado | - consumado, quando néle se retinem todos os elementos de sua definigao legal Tentativa II-tentado, quando, iniciada a execugo, néo se consuma por circunstancias alheias a vontade do agente. Pena de tentativa Paragrafo tinico. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuida de um a dois tergos, podendo 0 juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado, Desi \cia voluntaria e arrependimento eficaz # Art, 31, 0 agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execugao ou impede que o resultado se produza, s6 responde pelos atos ja praticados. Crime impossivel # Ant. 32. Quando, por ineficdcia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto, ¢ impossive! ‘consumar-se 0 crime, nenhuma pena é aplicével. # Att.33. Dizsse 0 crime: Culpabilidade | - doloso, quando 0 agente quis o resultado ou assumiu 0 risco de produziclo; Il - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atencao, ou diligéncia ordinaria, ou especial, a que ‘estava obrigado em face das circunstancias, ndo prevé o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supée levianamente ‘que nao se realizaria ou que poderia evita-lo. Excepcionalidade do crime culposo Pardgrafo Unico, Salvo 0s casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, sendo ‘quando o pratica dolosamente, Nenhuma pena sem culpabilidade # Aa 34, Pelos resultados que agravam especialmente as penas s6 responde o agente quando os houver causado, pelo menos, culposamente Erro de di ito Art 35. A pena pode ser atenuada ou substituida por outra menos grave quando o agente, salvo om so tratando de crime que atente contra o dever miltar, supée licito 0 fato, por ignorancia ou érro de interpretagao da lel, se escusaveis. Erro de fato * Art 36, E isento de pena quem, ao praticar o crime, supse, por érro plenamente escusavel, a inexisténcia de circunstancia de fato que o constitui ou a existéncia de situagao de fato que tomaria a acao legitima, Erro culposo '§ 1° Se 0 érro deriva de culpa, a éste titulo responde o agente, se o fato é puntvel como crime culposo. Erro provocado www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him est 2107/2020 DELI001 § 2 Se o érro é provocado por terceiro, responder éste pelo crime, a titulo de dolo ou culpa, conforme o caso. Erro sobre a pessoa & Art. 37, Quando 0 agente, por érro de percepgao ou no uso dos meios de execugo, ou outro acidente, atinge uma pessoa em vez de outa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela que realmente pretendia atingir. Devem terse em conta ndo as condigées e qualidades da vitima, mas as da oulra pessoa, para configuragao, qualificagéo ou ‘exclusio do crime, e agravagdo ou atenuagao da pena. rro quanto ao bem juridico § 1° Se, por érro ou outro acidente na execugai por culpa, se 0 fato é previsto como crime culposo, é atingido bem juridico diverso do visado pelo agente, responde éste Duplicidade do resultado § 2° Se, no caso do artigo, é também atingida a pessoa visada, ou, no caso do pardgrafo anterior, ocorre ainda 0 resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 79. # Art, 38, Nao é culpado quem comete o crime: Coagao irresistivel a) sob coagdo irresistivel ou que the suprima a faculdade de agir segundo a propria vontade; Obediéncia hierdrquica b) em estrita obediéncia a ordem direta de superior hierarquico, em matéria de servigos. '§ 1° Responde pelo crime o autor da coagao ou da ordem. § 2° Se a ordem do superior tem por objeto a pratica de ato manifestamente criminoso, ou ha excesso nos atos ou na forma da execucao, 6 punivel também o inferior. Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade Art, 39, Nao é igualmente culpado quem, para proteger direito proprio ou de pessoa a quem esta ligado por estreitas relagdes de parentesco ou afeigao, contra perigo certo e atual, que nao provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que nao lhe era razoavelmente exigivel conduta diversa, Coagao fisica ou material # Art 40. Nos crimes em que ha violagdo do dever militar, 0 agente nao pode invocar coagao iresistivel sendo quando fisica ou material Atonuagdo de pena ® Art. 41, Nos casos do art. 38, letras ae b , se era possivel resistr 4 coaco, ou se a ordem néo era manifestamente ilegal; ou, no caso do art. 39, se era razoavelmente exigivel 0 sacrficio do direito ameagado, o juiz, tendo em vista as, ccondiees pessoais do réu, pode atenuar a pena, Exclusao de crime * Att. 42, Nao ha crime quando o agente pratica 0 fato: | em estado de necessidade; Il- em legitima defesa: I= em estito cumprimento do dever legal IV- em exercicio regular de direito www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 81 carer 2020 Dets0ot Pardgrafo tinico. Nao hd igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praga de guerra, na iminéncia de perigo ou grave calamidade, compele os subaiternos, por meios violentos, a executar servigos @ manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar 0 desanimo, terror, a desordem, a rencicdo, a revolta ou 0 saque. Estado de necessidade, como excludente do crime # At 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica ofalo para preservar direlto seu ou alheio, de perigo certo atual, que nao provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e importancia, & consideravelmente inferior 20 mal evilado, 0 agente nao era legalmente obrigado a arrostaro perigo. Legitima defesa Art. 44. Entende-so om legitima defesa quom, usando moderadamente dos meios necessérios, repele injusta agressdo, atual ou iminente, a dieito seu ou de outrem. Excesso culposo # Art. 45, O agente que, em qualquer dos casos de exclusdo de crime, excede culposamente os limites da necessidade, responde pelo fato, se ste é punivel, a titulo de culpa. Excesso escusavel Pardgrafo ‘inico. Nao é punivel o excesso quando resulta de escusavel surprésa ou perturbacdo de animo, em face da situagéo. Excesso doloso 2 Att 46, 0 juz pode atenuar a pena ainda quando punivel 0 fato por excesso doloso Elementos ndo constitutivos do crime * Art 47, Doixam de sor elementos consttutvos do crime | qualidade de superior ou ade inferior, quando no conhecida do agente: Il - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de servigo ou de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantéo, quando a agao é praticada em repulsa a agressao. TITULO I DA IMPUTABILIDADE PENAL Inimputaveis # Ait 48, Nao 6 imputével quem, no momento da ago ou da omissao, no possui a capacidade de entender o caréter ilicto do fato ou de determinar-se de acérdo com ésse entendimento, em virtude de doenca mental, de desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Redugio facultativa da pena Pardgrafo ‘nico, Se a doenga ou a deficiéncia mental nao suprime, mas diminui consideravelmente a capacidade de entendimento da ilcitude do fato ou a de autodeterminagao, nao fica excluida a imputabilidade, mas a pena pode ser atenuada, sem prejuizo do disposto no art. 113. Embriaguez * Att 49, Nao igualmente imputavel o agente que, por embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou forga maior, era, ao tempo da ago ou da omisséo, inteiramente incapaz de entender o cardter criminoso do fato ou de determinar- se de acérdo com ésse entendimento. Paragrafo Unico. A pena pode ser reduzida de um a dois tergos, se o agente por embriaguez proveniente de caso fortuito ou férga maior, nao possula, ao tempo da ago ou da omiss4o, a plena capacidade de entender o cardter criminoso www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him ist 2107/2020 DELI001 do fato ou de determinar-se de acérdo com ésse entendimento. Menores # Art 50. © menor de dezoito anos ¢ inimputdvel, salvo se, jé tendo completado dezessels anos, revela sufciente desenvolvimento psiquico para entender 0 cardter ilcto do fato e determinar-se de acérdo com éste entendimento, Neste ‘caso, a pena aplicével é diminuida de um térgo até a metade. Equiparacao a maiores # Att 51. Equiparamese aos maiores de dezoito anos, ainda que néo tenham atingido essa idade: a) 0s militares; ) 08 convocados, os que se apresentam a incorporagao @ os que, dispensados temporariamente desta, deixam de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento; ©) 08 alunos de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob direcao e disciplina militares, que ja tenham completado dezessete anos, # Art, 52, Os menores de dezesseis anos, bem como os menores de dezolto e maiores de dezesseis inimputdveis, ficam sujeitos as medidas educativas, curativas ou disciplinares determinadas em legislacao especial TiruLo iv DO CONCURSO DE AGENTES Co-autoria * Ait 53, Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a éste cominadas. Condigées ou circunstancias pessoais § 1° A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, determinando-se segundo a sua propria culpabilidade. Nao se comunicam, outrossim, as condigSes ou circunstancias de cardter pessoal, salvo quando elementares do crime. Agravacdo de pena § 2" A pena 6 agravada em relagao ao agente que: |- promove ou organiza a cooperagao no crime ou dirige a alividade dos demais agentes; II coage outrem & execugéo material do crime; IIL- instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito a sua autoridade, ou néo punivel em virlude de condigdo ou qualidade pessoal; IV-- executa o crime, ou néle participa, mediante paga ou promessa de recompensa, Atenuagao de pena '§ 3° A pena 6 atenuada com relagao ao agente, cuja participagao no crime é de somenos importancia. Cabecas § 4° Na pratica de crime de autoria coletiva necessaria, reputam-se cabegas os que dirigem, provocam, instigam ou excitama — agdo. § 5° Quando o crime & cometido por inferiores © um ou mais oficiais, so stes considerados cabegas, assim como os inferiores que exercem fungao de offcial www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him ist 2107/2020 DELI001 Casos de impunibilidade # Art 54, O ajuste, a determinagao ou instigagao e 0 auxilio, salvo disposigéo em contrario, néo s4o puniveis se 0 ‘crime néo chega, pelo menos, a ser tentado, TITULOV DAS PENAS CAPITULO! DAS PENAS PRINCIPAIS Penas principais > Art. 85. As penas principais sé a) morte; b) reclusdo; ) detencao: 4) prisdo; ©) impodimento; f) suspensio do exerccio do pésto, graduagso, cargo ou fungao; 9) reforma, Pena de morte Art. 56, A pena de morte 6 executada por fuzilamento Comunicagéo # Art 57. A sentenga definitiva de condenagéo a morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da Repilblica, e ndo pode ser executada sendo depois de sete dias apés a comunicagdo. Pardgrafo tinico. Se a pena é imposta em zona de operagées de guerra, pode ser imedialamente executada, quando o exigiro interésse da ordem e da disciplina militares. Minimos © maximos genéricos Ait. 58. 0 minimo da pena de rectustio 6 de um ano, @ 0 maximo do trinta anos; o rinimo da pena de detengao é de trinta dias, © 0 maximo de dez anos. Pena até dois anos imposta a militar ecumprida: # Art. 59 - A pena de reclusdo ou de detengéo até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em pena de prisao e ‘cumprida, quando néo cabivel a suspenséo condicional: | - pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar; II - pela praca, em estabelecimento penal militar, onde ficara separada de presos que estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 1081 2107/2020 DELI001 Separagao de pragas especiais e graduadas Paragrafo Unico. Para efeito de separagao, no cumprimento da pena de prisao, atender-se-d, também, a condi¢ao das pragas especiais e a das graduadas, ou no; e, dentre as graduadas, das que tenham graduagao especial. Pena do assemethado 2 Ant 60, 0 assemelhado cumpre a pena conforme 0 pésto ou graduago que Ihe & correspondente. Pena dos nao assemelhados Pardgrafo tnico. Para os nao assemelhados dos Ministérias Militares © érgéios sob contréle déstes, regula-se a correspondéncia pelo padréo de remuneragéo. Pena superior a dois anos, imposta a militar # Art, 61 - A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, ¢ cumprida em penitencidria militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento sujeito ao regime conforme a legislagao penal comum, de cujos beneficios e concessées, também, poder gozar. (Redacdo dada pela Lei n' 6.544, de 30.6.1978) Pena privativa da liberdade imposta a ci comumfeande-sujeite-ne-regime-de-estabeleeimente-e- que-sejereesthide- Art. 62-0 civil cumpre a pena aplicada pela Justica Militar, em estabelecimento prisional civil, ficando ele sujeito 20 regime conforme a lagislagao penal comum, de cujos beneficios © concossées, também, podord gozar. (Roda dada pola Loin? 6.544, de 30.6.1978) Cumprimento em penitenciaria militar Pardgrafo tinico - Por crime militar praticado em tempo de guerra poderé o civil ficar sujeito a cumprir a pena, no todo ou ‘em parte em penitenciaria militar, se, em beneficio da seguranga nacional, assim o determinar a sentenga (Redagao dada pela Lei n® 6.544, de 30.6.1978) Pena de impedimento At 63. A pena de impedimento sujeita 0 condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuizo da instrugao militar. Pena de suspensio do exercicio do pésto, graduagio, cargo ou fungao * Art, 64, A pena de suspensio do exercicio do posto, graduagao, cargo ou fungao consiste na agregacao, no atastamento, no licenciamento ou na disponibilidade do condenado, pelo tempo fixado na sentenga, sem prejuizo do seu ‘comparecimento regular a sede do servigo. Nao sera contado como tempo de servigo, para qualquer efeito, 0 do ‘cumprimento da pena, Caso de reserva, reforma ou aposentadoria Pardgrafo tinico. Se o condenado, quando proferida a sentenca, ja estiver na reserva, ou reformado ou aposentado, a pena prevista neste artigo seré convertida em pena de detengao, de trés meses a um ano. Pona de reforma 2 Art. 65. A pena de reforma sujeita 0 condenado a situagao de inatividade, nao podendo perceber mais de um vinte © cinco avos do sdldo, por ano de servigo, nem receber importancia superior & do séldo. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 181 2107/2020 DELI001 ‘Superveniéncia de doenca mental # Art. 66, 0 condenado a que sobrevenha doenga mental deve ser recolhido a manicémio judiciério ou, na falta déste, a ‘outro estabelecimento adequado, onde Ihe seja assegurada custédia e tratamento. ‘Tempo computavel Art 67. Computam-se na pena privatva de liberdade o tempo de pisdo proviséria, no Brasil ou no estrangeio, internagao em hospital ou manicomio, bem como 0 excesso de tempo, reconhecido em decisdo jal iecorrivel, no cumprimente da pena, por outro crime, desde que a decisao seja posterior ao crime de que se trata, # Art. 68. O condenado pela Justica Militar de uma regido, distrito ou zona pode cumprir pena em estabelecimento de ‘outra regio, distrito ou zona. CAPITULO IL DA APLICAGAO DA PENA Fixagao da pena privativa de liberdade * At. 69. Para fixagao da pena privativa de liberdade, o juiz aprecia a gravidade do crime praticado e a personalidade do réu, devendo ter em conta a intensidade do dolo ou grau da culpa, a maior ou menor extensdo do dano ou perigo de dano, os meios empregados, o modo de execugdo, os motivos determinantes, as circunsténcias de tempo e lugar, os antecedentes do réu e sua atitude de insensibilidade, indiferenca ou arrependimento apés o crime. Determinagio da pena § 1° Se sao cominadas penas alternativas, o juiz deve determinar qual delas é aplicavel Limites legais da pena '§ 2° Salvo 0 disposto no art, 76, 6 fixada dentro dos limites legais a quantidade da pena aplicavel. Circunstancias agravantes # Art. 70, So circunstancias que sempre agravam a pena, quando nao integrantes ou qualifcativas do crime: | a reincidéncia: lI-ter o agente cometido o crime: 2) por motivo futil ou torpe; b) para facilitar ou assegurar a execugao, a ocultago, a impunidade ou vantagem de outro crime; ©) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez decorre de caso fortuilo, engano ou férea maior; d) a traigai defesa da vitima; . de emboscada, com surprésa, ou mediante outro recurso insidioso que dificultou ou tomou impossivel a 8) com 0 emprégo de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum; {) contra ascendente, descendente, irmao ou cOnjuge; 9) com abuso de poder ou violagao de dever inerente a cargo, offcio, ministério ou profissdo; h) contra crianga, velho ou enférmo; i) quando 0 ofendido estava sob a imediata protegdo da autoridade; www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 2161 2107/2020 DELI001 j) em ocasiéo de incéndio, naufragio, encalhe, alagamento, inundagao, ou qualquer calamicade piiblica, ou de desgraga particular do ofendido; 1) estando de servigo im) com emprégo de arma, material ou instrumento de servigo, para ésse fim procurado; 1) em auditrio da Justiga Miitar ou local onde tenha sede @ sua administragao; ©) em pais estrangeiro Pardgrafo Unico. As circunstancias das letras c , salvo no caso de embriaguez preordenada, |, me 0 , s6 agravam o crime quando praticado por militar. # Att. 71. Verifica-se a reincidéncia quando 0 agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentenga ‘que, No pais ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. ‘Temporariedade da reincidéncia § 1° Nao se toma em conta, para efeito da reincidéncia, a condenacao anterior, se, entre a data do cumprimento ou extingdo da pena e o crime posterior, decorreu periodo de tempo superior a cinco anos. Crimes ndo considerados para efeito da reincidéncia § 2° Para efeito da reincidéncia, ndo se consideram os crimes anistiados. # Ait 72, Sdo circunsténcias que sempre atenuam a pena: Circunstani atenuantes | = ser 0 agente menor de vinte © um ou maior de setenta anos; |N-ser meritério seu comportamento anterior; Ill -ter 0 agente: 1a) cometido 0 crime por motivo de relevante valor social ou moral; b) procurado, por sua esponténea vontade e com eficiéncia, logo apés 0 crime, evitar-the ou minorar-Ihe as conseatiéncias, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; ©) cometide o crime sob a influéncia de violenta emogéo, provocada por ato injusto da vitima; 4) confessado esponténeamente, perante a autoridade, a autoria do crime, ignorada ou imputada a outrem; €) softido tratamento com rigor néo permitido em lei, Nao atendimento de atenuantes Pardgrafo Unico. Nos crimes em que a pena maxima cominada 6 de morte, ao juiz é facullado atender, ou nao, as circunstdncias atenuantes enumeradas no artigo. Quantum da agravagao ou atenuacao # Art.73, Quando a lei determina a agravacao ou atenuacao da pena sem mencionar 0 quantum , deve o juiz fixé-lo centre um quinto um térgo, guardados os limites da pena cominada ao crime. Mais de uma agravante ou atenuante Art. 74, Quando ocorre mais de uma agravante ou mais de uma atenuante, o juiz poderd limitar-se a uma s6 agravago ou a uma sé atenuagao. Concurso de agravantes e atenuantes www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 1981 2107/2020 DELI001 # Art. 75, No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstancias Preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente, e da reincidéncia. Se ha equivaléncia entre umas e outras, ¢ como se nao tivessem ocorrido, Majorantes e minorantes # Art. 76. Quando a lei prevé causas especiais de aumento ou diminuigéo da pena, nao fica 0 juiz adstrto aos limites da pena cominada ao crime, sendo apenas aos da espécie de pena aplicavel (art. 58). Pardgrafo ‘nico, No concurso dessas causas especiais, pode o juiz limitar-se a um s6 aumento ou a uma sé diminuigao, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua Pena-base * Art.77. A pona que tenha de ser aumentada ou diminuida, de quantidade fixa ou dentro de determinados limites, 6 a que 0 juiz aplicaria, se nao existisse a circunstancia ou causa que importa o aumento ou diminuicao. Criminoso habitual ou por tendéncia * Art. 78, Em se tratando de criminoso habitual ou por tendéncia, a pena a ser imposta sera por tempo indeterminado, (0 Juiz fixaré a pena correspondente & nova infragao penal, que constituiré a duragao minima da pena privativa da liberdade, no podendo ser, em caso algum, inferior a trés anos. Limite da pena indeterminada § 1° A duragdo da pena indeterminada ndo poders exceder a dez anos, apés o cumprimento da pena imposta Habitu: idade presumida '§ 2° Considera-se criminoso habitual aquéle que: 4) reincide pela segunda vez na pratica de crime doloso da mesma natureza, punivel com pena privativa de liberdade ‘om periodo de tempo nao superior a cinco anos, descontado o que se refere a cumprimento de pena; Habitualidade reconhecivel pelo juiz b) embora sem condenagao anterior, comete sucessivamente, em periodo de tempo nao superior a cinco anos, quatro ‘ou mais crimes dolosos da mesma natureza, puniveis com pena privativa de liberdade, e demonstra, pelas suas condigdes de vida e pelas circunstancias dos fatos apreciados em conjunto, acentuada inclinagao para tais crimes, Criminoso por tendéncia § 3° Considera-se criminoso por tendéncia aquéle que comete homicidio, tentativa de homicidio ou lesdo corporal ‘grave, e, pelos motives determinantes e meios ou modo de execugao, revela extraordindria torpeza, perversdo ou malvadez. Ressalva do art. 113 '§ 4° Fica ressalvado, em qualquer caso, o disposto no art. 113, Crimes da mesma natureza § 5° Consideram-se crimes da mesma natureza os previstos no mesmo dispositive legal, bem como os que, embora previstos em dispositivos diversos, apresentam, pelos fatos que os constituem ou por seus motivos determinantes, caracteres fundamentais comuns, Concurso de crimes # Art 79. Quando o agente, mediante uma sé ou mais de uma ago ou omisséo, pratica dois ou mais crimes, idénticos ou no, as penas privativas de liberdade devem ser unificadas, Se as penas sfio da mesma espécie, a pena tinica ¢ a soma de tédas; se, de espécies diferentes, a pena tinica e a mais grave, mas com aumento correspondente & metade do tempo das menos graves, ressalvado o disposto no art. 58. Crime continuado www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him we 2107/2020 DELI001 # Art. 80. Aplica-se a regra do artigo anterior, quando 0 agente, mediante mais de uma agdo ou omissao, pratica dois ‘ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condigdes de tempo, lugar, maneira de execugao e outras semelhantes, devem (0s subseatientes ser considerados como continuagao do primeiro. Pardgrafo Gnico. Nao ha crime continuado quando se trata de fatos ofensivos de bens juridicos inerentes a pessoa, salvo se as ages ou omissdes sucessivas so dirigidas contra a mesma vitima. Limite da pena unificada Art. 81. A pena unificada no pode ultrapassar de trinta anos, se é de reclusdo, ou de quinze anos, se é de detengao. Reducio facultativa da pena § 1°A pena unificada pode ser diminuida de um sexto a um quarto, no caso de unidade de ago ou omissao, ou de crime continuado, Graduago no caso de pena de morte § 2" Quando cominada a pena de morte como grau maximo e a de recluse como grau minimo, aquela corresponde, para o efeito de graduagao, de reclusao por trita anos. Calculo da pena aplicavel a tentativa § 3° Nos crimes punidos com a pena de morte, esta corresponde a de reclusdo por trinta anos, para calculo da pena aplicdvel a tentativa, salvo disposi¢ao especial. Ressalva do art. 78, § 2°, letra b * Art 82. Quando se apresenta o caso do art. 78, § 2°, letra b, fica sem aplicagao o disposto quanto ao concurso de crimes idénticos ou ao crime continuado, Penas ndo privativas de liberdade * Art. 83, As penas nao privativas de liberdade sao aplicadas distinta e integralmente, ainda que previstas para um s6 dos crimes concorrentes, CAPITULO IN DA SUSPENSAO CONDICIONAL DA PENA. Pressupostos da suspensao A At. 84 - A execugdo da pena privativa da liberdade, no superior a 2 (dois) anos, pode ser suspensa, por 2 (dots) anos @ 6 (seis) anos, desde que: (Redagdo dada pela Lein® 6.544, de 30.6.1978) |.-0 sentenciado nao haja sofrido no Pais ou no estrangeiro, condenagao irrecorrivel por outro crime a pena privativa da liberdade, salvo 0 disposto no 1° do art. 71; (Redagao dada pela Lein’ 6.544, de 30.6.1978) delinatie: II- 0 seus antecedentes ¢ personalidade, os motivos € as circunsténcias do crime, bem como sua conduta posterior, utorizem a presungdo de que nao tornard a delinair. (Redagao dada pela Lel n? 6.544, de 30.6.1978) Restrigdes www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 1581 2107/2020 DELI001 Paragrafo Unico. A suspensao nao se estende as penas de reforma, suspensao do exercicio do pésto, graduagao ou fungao ou a pena acesséria, nem exclui a aplicagao de medida de seguranga nao detentiva. Condigées 2 An 85, A sentenga deve especificar as condigées a que fica subordinada a suspenséo. Revogacao obrigatéria da suspensio 2 Ant 86, A suspensio é revogada se, no curso do prazo, o benefcirio: | + 6 condenado, por sentenga irrecorrivel, na Justiga Militar ou na comum, em razéo de crime, ou de contravengo reveladora de ma indole ou a que tenha sido imposta pena privativa de liberdade; nao efetua, sem motivo justificado, a reparagao do dano; IIL - sendo militar, 6 punido por infragao disciplinar considerada grave. Revogacao facultativa § 1° A suspensao pode ser também revogada, se 0 condenado deixa de cumprir qualquer das obrigagées constantes da sentenga. Prorrogagao de prazo '§ 2° Quando facultativa a revogago, 0 juiz pode, ao invés de decreté-la, prorrogar o periodo de prova até o maximo, se ste nao fol o fixado, § 3° Se 0 beneficiario esta respondendo a process que, no caso de condenagdo, pode acarretar a revogagao, considera-se prorrogado o prazo da suspensio até o julgamento definitvo. Extingdo da pena # Att.87. Se 0 prazo expira sem que tenha sido revogada a suspensao, fica extinta a pena privativa de liberdade. Nao aplicacao da suspensao condicional da pena # Art, 88, A suspensdo condicional da pena ndo se aplica: | - a0 condenado por crime cometido em tempo de guerra; I~ em tempo de paz: a) por crime contra a seguranga nacional, de aliciagéo e incitamento, de violéncia contra superior, oficial de dia, de servigo ou de quarto, sentinela, vigia cu plantéo, de desrespeito a superior, de insubordinago, ou de desercao; b) pelos crimes previstos nos arts. 160, 161, 162, 235, 291 © seu pardgrafo Unico, ns. | IV. CAPITULO IV DO LIVRAMENTO CONDICIONAL Requisitos # Art. 89, O condenado a pena de reclustio ou de detengao por tempo igual ou superior a dois anos pode ser liberado condicionalmente, desde que: | -tenha cumprido: a) metade da pena, se primario; b) dois tercos, se reincidente; www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 16181 2107/2020 DELI001 II-tenha reparado, salvo impossiblidade de fazé-lo, 0 dano causado pelo crime; IIL- sua boa conduta durante a execugao da pena, sua adaptagao ao trabalho e as circunstancias atinentes a sua personalidade, ao meio social e & sua vida pregressa permitem supor que nao voltara a delingiit. Penas em concurso d frages '§ 1° No caso de condenagao por infragdes penals em concurso, deve ter-se em conta a pena unificada, Condenagio de menor de 21 ou maior de 70 anos da 3,27 S2,2,condenado 6 primério © menor de vin © um ou maior de setenta anos, o tempo de cumprimenta da pena pode ser reduzido a um térgo. Especificagées das condigées * Art. 90. A sentenca deve especificar as condigdes a que fica subordinado o livramento Preliminares da concessao Art. 91. 0 livramento sdmente se concede mediante parecer do Conselho Penitencidrio, ouvidos o diretor do estabelecimento em que esté ou tenha estado 0 liberando e o representante do Ministério Pablico da Justiga Miltar; ¢, se imposta medida de seguranca detentiva, apés pericia conclusiva da nao periculosidade do liberando. Observagéo cautelar e protegao do liberado # Ast. 92. 0 liberado fica sob observagio caulelar e protecao realizadas por patronato oficial ou particular, dirigido ‘aquéle e inspecionado éste pelo Conselho Penitencidrio. Na falta de patronato, o liberado fica sob observagao cautelar realizada por servigo social penitencidrio ou érgao similar. Revogagdo obrigatéria # Art 93. Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado, em sentenga irrecorrivel, a penal privativa de lberdade’ | - por infragao penal cometida durante a vigéncia do beneficio; Il por infragao penal anterior, salvo se, tendo de ser unificadas as penas, nao fica prejudicado o requisito do art. 89, n° I tetra a Revogagao facultativa § 1° 0 juiz pode, também, revogar o livramento se o liberado deixa de cumprir qualquer das obrigagdes constantes da sentenga ou ¢ irrecorrivelmente condenado, por motivo de contravencao, a pena que ndo seja privativa de liberdade; ou, se militar, Sofre penalidade por transgressao disciplinar considerada grave. Infragdo sujelta a jurisdigao penal comum § 2° Para os efeitos da revogagio obrigatéria, sfio tamadas, também, em consideragao, nos térmos dos ns. |e Il déste artigo, as infragdes sujeitas a jurisdigao penal comum; e, igualmente, a contravencao compreendida no § 1°, se assim, com prudente arbitrio, o entender o juiz. Efeitos da revogagao # Art, 94, Revogado o livramento, nao pode ser novamente concedido e, salvo quando a revogagao resulta de ‘condenagao por infragao penal anterior ao beneficio, néo se desconta na pena o tempo em que estéve sélto 0 condenado, Extingdo da pena ® Art. 95. Se, alé 0 seu térmo, o livramento ndo é revogado, considera-se extnta @ pena privativa de liberdade Pardgrafo Unico. Enquanto néo passa em julgado a sentenga em processo, a que responde o liberado por infragao penal cometida na vigéncia do livramento, deve o juiz abster-se de declarar a extingdo da pena. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him ie 2107/2020 DELI001 Nao aplicacao do livramento condicional # Att, 96. O livramento condicional nao se aplica ao condenado por crime cometido em tempo de guerra, Casos especiais do livramento condicional # Att. 97. Em tempo de paz, o livramento condicional por crime contra a seguranga exterma do pais, ou de revolta, motim, aliciagao e incitamento, violéncia contra superior ou militar de servigo, s6 seré concedido apés 0 cumprimento de dois tergos da pena, observado ainda o disposto no art. 89, preambulo, seus ntimeros Il ¢ Ill e §§ 1° e 2°. ‘CAPITULO V DAS PENAS ACESSORIAS. Penas Acessérias ? Art, 98, Sao penas acessérias: | - a perda de posto e patente; Ia indignidade para o oficialato IIL -a incompatibiidade com 0 ofcialat IV a exclusao das férgas armadas; V = 2 perda da fungéo publica, ainda que eletiva; Vi 2 inabiltagéo para o exercicio de fungao publica; Vila suspenséo do patrio poder, tutela ou curatela; VIll-@ suspense dos iretos poltcos Fungao piiblica equiparada Paragrafo iinico. Equipara-se a fungao publica a que ¢ exercida em emprésa publica, autarquia, sociedade de economia mista, ou sociedade de que participe a Uniao, 0 Estado ou © Municipio como acionista majortario. Perda de pésto e patente * Att. 99. A perda de pésto e patente resulta da condenagdo a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecoragdes, Indignidade para 0 oficialato 2 Att 100. Fica sujeto & declaragao de indignidade para o oftcialato o militar condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traigéo, espionagem ou cobarcia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304,311 0 312. Incompatibilidade com 0 oficialate # Att, 101, Fica sujeito a dectaragao de incompatibilidade com 0 ofcialato o militar condenado nos crimes dos arts. 141 0142, Exclusao das fércas armadas ® Art. 102, A condenagao da praga a pena privativa de liberdade, por tempo superior a dois anos, importa sua exclusao das forgas armadas. Perda da fungéo publica www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him a6 2107/2020 DELI001 ® Att, 103, Incorre na perda da fungao puiblica o assemelhado ou o civil I- condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violagdo de dever inerente & fungdo publica: II condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos. Pardgrafo Unico. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no exercicio de fungao publica de qualquer natureza. Inabilitagao para o exercicio de fungao publica Art. 104. Incorre na inabiltagdo para o exercicio de fungao publica, pelo prazo de dois até vinte anos, 0 condenado a reclisao por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou violagao do dever militar ou inerente & fungao publica. Termo inicial Pardgrafo Unico, © prazo da inabilitagao para o exercicio de fungao publica comeca ao térmo da execugao da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranga imposta em substituicao, ou da data em que se extingue a referida pena, Suspensao do patrio poder, tutela ou curatela # Ast, 108. O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual f6r o crime praticado, fica suspenso do exercicio do patrio poder, tutela ou curatela, enquanto dura a execugo da pena, ou da medida de seguranga imposta em substituigdo (art. 113) ‘Suspensio proviséria Pardgrafo tinico. Durante o processo pode o juiz decretar a suspensio proviséria do exercicio do paitrio poder, tutela ou curatela, Suspensao dos direitos politicos # Art, 106, Durante a execugao da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranga imposta em substituigao, ou ‘enquanto perdura a inabilitacao para funcao publica, o condenado nao pode votar, nem ser votado. Imposigao de pena acesséria # Att. 107. Salvo 0s casos dos arts. 99, 103, n° Il, e 106, a imposigéo da pena acesséria deve constar expressamente da sentenca. ‘Tempo computavel # Ar. 108. Computa-se no prazo das inabilitagdes tempordrias 0 tempo de liberdade resultante da suspensdo condicional da pena ou do livramento condicional, se néo sobrevém revogagao. CAPITULO VI DOS EFEITOS DA CONDENAGAO Obrigagao de reparar o dano # Art, 109, Sao efeitos da condenagao | - tomar certa a obrigagao de reparar o dano resultante do crime; Perda em favor da Fazenda Nacional Ila perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado 0 direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 1981 2107/2020 DELI001 4) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienagao, uso, porte ou detencao constitua fato ilicito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a sua pratica TITULO VI DAS MEDIDAS DE SEGURANGA Espécies de medidas de seguranca # Art 110. As medidas de seguranga séo pessoais ou patrimoniais. As da primeira espécie subdividem-se em detentivas © nao detentivas. As detentivas sao a internagao em manicémio judiciario e a internacao em estabelecimento psiquiatrico anexo ao manicémio judiciério ou ao estabelecimento penal, ou em segao especial de um ou de outro. AS nao detentivas sdo a cassacao de licenga para direcao de veiculos motorizados, o exilio local @ a proibigao de freqilentar determinados lugares. As patrimoniais sao a interdigao de estabelecimento ou sede de sociedade ou associagao, © 0 confisco Pessoas sujeitas as medidas de seguranca 2 Art 111, As medidas de seguranga sdmente podem ser impostas: | 208 civis Il - 20s militares ou assemelhados, condenados a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, ou aos, que de outro mado hajam perdido funcaio, pasto e patente, ou hajam sido excluidos das férgas armadas; IIL- aos militares ou assemelhados, no caso do art. 48; IV aos militares ou assemelhados, no caso do art. 115, com aplicago dos seus §§ 1°, 2° 3° Manicémio judiciario # Ant. 112, Quando o agente é inimputavel (art, 48), mas suas condigdes pessoais @ o fato praticado revelam que éle oferece perigo a incolumidade alheia, 0 juiz determina sua internagao em manic6mio judiciario. Prazo de internagao § 1°A internagao, cujo minimo deve ser fixado de entre um a tr8s anos, é por tempo indeterminado, perdurando ‘enquanto nao fér averiguada, mediante pericia médica, a cessago da periculosidade do internado. Pericia médica § 2° Salvo determinagao da insténcia superior, a pericia médica & realizada ao término do prazo minimo fixado & intemagao e, no sendo esta revogada, deve aquela ser repelida de ano em ano. Desinternacao condicional § 3° A desinternagao & sempre condicional, devendo ser restabelecida a situagao anterior, se 0 individuo, antes do decurso de um ano, vem a praticar fato indicative de persisténcia de sua periculosidade, '§ 4° Durante 0 periodo de prova, aplica-se 0 disposto no art. 92. Substituigao da pena por internagao * Art, 113, Quando 0 condenado se enquadra no pardgrafo Unico do art. 48 e necessita de especial tratamento curative, a pena privativa de liberdade pode ser substituida pela internagao em estabelecimento psiquidtrico anexo ao manicémio judiciario ou a0 estabelecimento penal, ou em secdo especial de um ou de outro ‘Superveniéncia de cura www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 20181 2107/2020 DELI001 § 1° Sobrevindo a cura, pode o intemado ser transferido para o estabelecimento penal, nao ficando excluido 0 seu direito a livramento condicional. Persisténcia do estado mérbido § 2° Se, ao término do prazo, persistir o mérbido estado psiquico do intemado, condicionante de periculosidade atual, a internagao passa a ser por tempo indeterminado, aplicando-se o disposto nos §§ 1° a 4° do artigo anterior. Ebrios habituais ou toxicémanos § 2° Aidéntica intemagao para fim curativo, sob as mesmas normas,ficam sujeitos os condenados reconhecides como Sbrios habituais ou toxicdmanos. Regime de internagao # Art 114. A intemagao, em qualquer dos casos provistos nos artigos precedentes, deve visar nao apenas a0 tratamento curativo do internado, sendo também ao seu aperfeigoamento, a um regime educativo ou de trabalho, lucrativo ou nao, segundo 0 permitieem suas condigSes pessoais Cassagao de licenga para dirigir veiculos motorizados # At. 118. Ao condenado por crime cometido na diregdo ou relacionadamente a diregdo de verculos motorizados, deve ser Cassada a licenga para tal fim, pelo prazo minimo de um ano, se as circunstancias do caso ¢ os antecedentes do condenado revelam a sua inaplidéo para essa atividade e conseaiiente perigo para a incolumidade alheia. § 1° 0 prazo da interdigo se conta do dia em que termina a execugo da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranca detentiva, ou da data da suspenséo condicional da pena ou da concessdo do livramento ou desintemagao condicionais, § 2° So, antes de expirado o prazo estabelecido, é averiguada a cessagao do perigo condicionante da interdigéo, esta revogada; mas, se o perigo persiste ao térmo do prazo, prorroga-se éste enquanto ndo cessa aquéle. § 3° A cassagao da licenga deve ser determinada ainda no caso de absovi¢ao do réu em razao de inimputabilidade, Exillo local # Att, 116. 0 exilio local, aplicével quando o juiz 0 considera necessario como medida preventiva, a bem da ordem publica ou do préprio condenado, consiste na proibigéo de que éste resida ou permanega, durante um ano, pelo menos, na localidade, municipio ou comarca em que o crime fol praticado. Pardgrafo Gnico. © exilio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa condicionalmente a execucao da pena privativa de liberdade. Proibigao de freqiientar determinados lugares # Ast 117. A proibigao de freqientar determinados lugares consiste em privar o condenado, durante um ano, pelo menos, da faculdade de acesso a lugares que favorecam, por qualquer motivo, seu retémo & atividade eriminosa Pardgrafo iinico. Para o cumprimento da proibigdo, aplica-se o disposto no pardgrafo tinico do artigo anterior. Interdigao de estabelecimento, sociedade ou associagao * Art. 118. A interdigao de estabelecimento comercial ou industrial, ou de sociedad ou associagao, pode ser decretadia por tempo nao inferior a quinze dias, nem superior a seis meses, se o estabelecimento, sociedade ou associagao serve de melo ou pretexto para a pratica de infragao penal. § 1° A interdigao consiste na proibigéo de exercer no local o mesmo comércio ou indiistria, ou a atividade social § 2°A sociedade ou associagao, cuja sede & interditada, no pode exercer em outro local as suas alividades. Confisco www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 2st 2107/2020 DELI001 # Art. 119. O juiz, embora n&o apurada a autoria, ou ainda quando o agente é inimputavel, ou nao punivel, deve ‘ordenar 0 confisco dos instrumentos e produtos do crime, desde que consistam em coisas: | -cujo fabrico, alienagao, uso, porte ou detengao constitu fatoillcito; Il - que, pertencendo as féras armadas ou sendo de uso exclusivo de miltares, estejam em poder ou em uso do agente, ou de pessoa nao devidamente autorizada: Ill abandonadas, ocultas ou desaparecidas. Pardgrafo ini. € ressalvado 0 direito do lesado ou de terceiro de boa-é, nos casos dos ns. 1 I Imposigao da medida de seguranga # Att. 120. A medida de seguranga ¢ imposta em sentenga, que Ihe estabeleceré as condigdes, nos térmos da lei penal mifitar. Paragrafo unico, A imposigao da medida de seguranga nao impede a expulsdo do estrangeiro. TiTULo vu DA AGAO PENAL Propositura da ago penal # Art 121. A agdo penal smente pode ser promovida por dentincia do Ministério Piblico da Justiga Militar. Dependéncia de req igo # Art, 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ago penal, quando o agente for miltar ou assemelhado, epende da requisigéo do Ministério Militar a que aquéle estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o agente fér civil e no houver co-autor militar, a requisigdo sera do Ministério da Justica TITULO Vi DA EXTINGAO DA PUNIBILIDADE Causas extintivas # Art 123, Extingue-se a punibilidade: | - pela morte do agente; II pela anistia ou indulto; IIL- pela retroatividade de lei que no mais considera o fato como criminoso; IV- pola prescrigéo; V - pola reabiltagao; VL- pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art, 303, § 4°) Paragrafo tinico. A extingaio da punibilidade de crime, que & pressuposto, elemento constitutive ou circunstancia agravante de outro, nao se estende a éste. Nos crimes conexos, a extingao da punibilidade de um déles nao impede, quanto ‘08 outros, a agravagao da pena resultante da conexao. Espécies de prescrigao # Att. 124. A prescrigéo refere-se & agéo penal ou a execugao da pena. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 281 2107/2020 DELI001 Prescrigao da agao penal # Art, 125. A prescrigao da agao penal, salvo o disposto no § 1° déste artigo, regula-se pelo maximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se | em trinta anos, se a pena é de morte; II--em vinte anos, se 0 maximo da pena é superior a doze; IIl-em dezesseis anos, se o maximo da pena é superior a oito e ndo excede a doze; IV- em doze anos, se 0 maximo da pena é superior a quatro e no excede a oito; \V- em oito anos, s0 0 maximo da pona 6 superior a dois © néo excode a quatro; VI- em quatro anos, se 0 maximo da pena ¢ igual a um ano ou, sendo superior, nfo excede a dois; Vil-em dois anos, se 0 maximo da pena é inferior a um ano. Superveniéncia de sentenca condenatéria de que somente o réu recorre § 1° Sobrevindo sentenga condenatéria, de que sdmente 0 réu tenha recorrido, a prescricdo passa a regular-se pela pena imposta, e deve ser logo declarada, sem prejulzo do andamento do recurso se, entre a tilima causa interruptiva do curso da prescrigéo (§ 5°) e a sentenca, ja decorreu tempo suficiente. Termo ini da prescrigéo da ago penal § 2° A prescrigdo da ago penal comega a correr: 2) do dia em que o crime se consumous b) no caso de tentativa, do dia em que cessou a alividade criminosa; ‘c) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanéncia; 4) nos crimes de falsidade, da data em que o fato se tomou conhecido. Caso de concurso de crimes ou de crime continuado § 3° No caso de concurso de crimes ou de crime continuado, a prescrigao é referida, nao a pena unificada, mas a de cada crime considerado isoladamente, ‘Suspensio da prescrigao § 4° A prescrigéo da ago penal ndo corre: | - enquanto nao resolvida, em outro processo, questéo de que dependa o reconhecimento da existéncia do crime; I~ enquanto 0 agente cumpre pena no estrangeiro. Interrupgao da prescrigéo § 5° O curso da prescrigéo da ago penal interrompe-se: | - pela instauragao do processo; II pela sentenga condenatéria recorrivel, § 6° A interrupgao da prescricao produz efeito relativamente a todos os autores do crime; e nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, a interrupgao relativa a qualquer déles estende-se aos demais. Prescrigao da execugdo da pena ou da medida de seguranga que a substitul www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 2a 2107/2020 DELI001 > At. 126, A prescrigio da execugao da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranga que a substitu (art. 113) regula-se pelo tempo fixado na sentenca e verifica-se nos mesmos prazos estabelecidos no art, 125, os quais se ‘aumentam de um térgo, se o condenado ¢ criminoso habitual ou por tendéncia, § 1° Comega a correr a prescrigao: a) do dia em que passa em julgado a sentenga condenatéria ou a que revoga a suspenséo condicional da pena ou 0 livramento condicional b) do dia em que se interrompe a execugao, salvo quando o tempo da interrupgo deva computar-se na pena. § 2° No caso de evadir-se 0 condenado ou de revogar-se o livramento ou desinternagéo condicionais, a prescrigao se regula pelo restante tempo da oxecugao. § 3° O curso da prescricdo da execugao da pena suspende-se enquanto o condenado esta préso por outra motivo, interrompe-se pelo inicio ou continuagao do cumprimento da pena, ou pela reincidéncia, Prescrigao no caso de reforma ou suspensao de exercicio * Art. 127. Verifica-se em quatro anos a prescrigao nos crimes cuja pena cominada, no maximo, é de reforma ou de suspensdo do exercicio do pésto, graduagao, cargo ou fungao. Disposiges comuns a ambas as espécies de prescri¢ao # Art 128. Interrompida a prescrigéo, salvo o caso do § 3°, segunda parte, do art. 126, todo 0 prazo comega a corre, novamente, do dia da interrupgéo. Redusé # Ait 129, Sao reduzidos de metade os prazos da prescrigdo, quando o criminaso era, ao tempo do crime, menor de vinte © um anos ou maior do setenta. Imprescritibilidade das penas acessérias ® Art, 130, € imprescritivel a execucao das penas acessérias. Prescrigao no caso de insubmissao Art, 131, A prescrigo comega a correr, no crime de insubmissio, do dia em que o insubmisso atinge a idade de trinta anos. Prescrigao no caso de desergao * Ast. 132, No crime de desergéo, embora decorrido o prazo da prescrigdo, esta s6 extingue a punibildade quando © dosertor atinge a dade de quarenta e cinco anos, e, se ofcial, a de sessenta Declaragio de oficio # At 133. A prescrigao, embora néo alegada, deve ser declarada de ofici. Reabilitagéo Art, 134, A reabiltagao alcanga quaisquer penas impostas por sentenca definitiva, § 1° A reabiltagao podera ser requerida decorridos cinco anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena principal ou terminar a execugao desta ou da medida de seguranga aplicada em substituigo (art. 113), ou do dia em que terminar 0 prazo da suspensao condicional da pena ou do livramento condicional, desde que o condenado: 4) tenha lide domicilio no Pais, no prazo acima referido, b) tenha dado, durante ésse tempo, demonstragao efetiva e constante de bom comportamento puilico e privado: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 281 2107/2020 DELI001 ) tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre absoluta impossibiidade de o fazer até 0 dia do pedido, ou exiba documento que comprove a reniincia da vitima ou novagao da divida, § 2°A reabiltacdo nao pode ser concedida: ‘a) em favor dos que foram reconhecidos perigosos, salvo prova cabal em contrétio; b) em relagao aos atingidos pelas penas acessérias do art. 98, inciso VII, se o crime for de natureza sexual em detrimento de flho, tutelado ou curatelado. Prazo para renovagio do pedido {§ 3° Negada a reabiitago, néo pode ser novamente requerida sendo apds 0 decurso de dois anos. § 4° Os prazos para o pedido de reabiltagao serao contados em débro no caso de criminoso habitual ou por tondéncia. Revegaséo § 5° A reabilitagao sera revogada de oficio, ou a requerimento do Ministério Pilblico, se a pessoa reabiltada for ‘condenada, por decisao definitiva, ao cumprimento de pena privativa da liberdade, Cancelamento do registro de condenagées penais Art. 136, Declarada a reabilitagao, serdo cancelados, mediante averbacdo, os antecedentes criminals. Sigilo sdbre antecedentes cri nals Pardgrafo tinico. Concedida @ reablltagdo, o registro oficial de condenagées penals no pode ser comunicado sendo & autoridade policial ou judiciéria, ou ao representante do Ministério Pilblico, para instrugo de processo penal que venha a ser instaurado contra o reabiltado. PARTE ESPECIAL Livro! DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ TiTULO| DOS CRIMES CONTRA A SEGURANCA EXTERNA DO PAIS Hostilidade contra pais estrangeiro * Ait 136, Praticaro militar ato de hostlidade contra pais estrangeiro, expondo o Brasil a perigo de guerra Pena - reclusao, de oito a quinze anos, Resultado mais grave § 1° Se resulta ruptura de relagdes diplomaticas, represalia ou retorsao Pena - reclusdo, de dez a vinte e quatro anos. § 2° Se resulta guerra: Pena - reclusdo, de doze a trinta anos. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 2581 2107/2020 DELI001 Provocagao a pais estrangeiro # Att. 137. Provocar o militar, diretamente, pais estrangeiro a declarar guerra ou mover hostiidade contra o Brasil ou a intervir em questdo que respeite a soberania nacional Pena - reclusdo, de doze a trinta anos. Ato de jurisdigae indevida * Art 138, Praticar 0 militar, indevidamente, no teritério nacional, ato de jurisdigéo de pais estrangeiro, ou favorecer a prtica de ato dessa natureza: Pena - recluséo, de cinco a quinze anos. Violagao de territério estrangeiro ® Att. 139. Violar o militar terrtério estrangeiro, com o fim de praticar ato de jurisdigao em nome do Brasil Pena - reclusdo, de dois a seis anos. Entendimento para empenhar o Brasil a neutralidade ou a guerra Av. 140. Entrar ou tentar entrar o miltar em entendimento com pals estrangelro, para empenhar o Brasil & neutralidade ou 8 guerra Pena - reclusao, de seis a doze anos. Entendimento para gerar conflito ou divergénc * Art. 141. Entrar em entendimento com pais estrangeiro, ou organizagao néle existente, para gerar conflto ou divergéncia de cardter intemacional entre o Brasil e qualquer autro pais, ou para hes perturbar as relagées diplomaticas: Pena - reclusao, de quatro a oito anos. Resultado mais grave § 1° Se resulta ruptura de relagdes diplomaticas: Pena - reclusao, de seis a dezoito anos. § 2° Se resulta guerra: Pena - reclusdo, de dez a vinte e quatro anos. Tentativa contra a soberania do Brasil & Ast 142. Tentar: | - submeter o territério nacional, ou parte déle, a soberania de pais estrangeiro; II desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, 0 terrtério nacional, desde que o fato atente contra a seguranga externa do Brasil ou a sua soberania; IIL -internacionalizar, por qualquer meio, regiao ou parte do territério nacional: Pena - reclusao, de quinze a trinta anos, para os cabecas; de dez a vinte anos, para os demais agentes. Consecugao de noticia, informagao ou documento para fim de espionagem # Art. 143, Conseguir, para o fim de espionagem militar, noticia, informagaeo ou documento, cujo sigilo seja de interésse da seguranga externa do Brasi! Pena - reclusao, de quatro a doze anos. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 2681 2107/2020 DELI001 § 1° Apena é de reclusdo de dez a vinte anos: | - se 0 fato compromete a preparagao ou eficiéncia bélica do Brasil, ou o agente transmite ou fornece, por qualquer meio, mesmo sem remuneragdo, a noticia, informagao ou documento, a autoridade ou pessoa estrangeira; II- se o agente, em detrimento da seguranga externa do Brasil, promove ou mantém no territério nacional atividade ou servigo destinado a espionage; IIL- se o agente se utiliza, ou contribui para que outrem se utlize, de meio de comunicagéo, para dar indicaglo que ponha ou possa por em perigo a seguranca externa do Brasil Modalidade culposa {§ 2° Contribuir culposamente para a execugao do crime: Pena - detengao, de seis meses a dois anos, no caso do artigo; ou até quatro anos, no caso do § 1°, n’ | Revelagao de noticia, informagao ou documento # Att. 144, Revelar noticia, informagao ou documento, cujo sigilo seja de interésse da seguranga extema do Brasil: Pena - reclusdo, de trés a olto anos. Fim da espionagem militar '§ 1° Seo fato & cometido com o fim de espionagem militar: Pena - reclusao, de seis a doze anos. Resultado mais grave '§ 2 Se o fato compromete a preparagao ou a eficiéncia bélica do pais: Pena - reclusao, de dez a vinte anos, Modalidade culposa '§.3° Se a revelagdo 6 culposa: Pena - detengao, de seis meses a dois anos, no caso do artigo; ou até quatro anos, nos casos dos §§ 1° e 2. ‘Turbagao de objeto ou documento # Art. 145. Suprimir, subtrair, deturpar, alterar, desviar, ainda que temporariamente, objeto ou documento concemente & seguranga externa do Brasil: Pena - reclusdo, de trés a olto anos. Resultado mais grave § 1° Se 0 fato compromete a seguranga ou a eficiéncia bélica do pals: Pena - Reclusdo, de dez a vinte anos. Modalidade culposa '§ 2° Contribuir culposamente para o fato’ Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Penetracao com o fim de espionagem www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 281 2107/2020 DELI001 ® Art. 146. Penetrar, sem licenca, ou introduzir-se clandestinamente ou sob falso pretexto, em lugar sujelto & administragao militar, ou centro industrial a servigo de construgdo ou fabricagdo sob fiscalizagao’ militar, para colhér informagao destinada a pais estrangeiro ou agente seu: Pena - reclusdo, de trés a oito anos. Pardgrafo Unico. Entrar, em local referido no artigo, sem licenca de autoridade competente, munido de maquina fotogrétfica ou qualquer outro meio habil para a pratica de espionagem: Pena - reclusao, até trés anos. Desenho ou Ie ntamento de plano ou planta de local militar ou de engenho de guerra * Art. 147. Fazer desenho ou levantar plano ou planta de fortificagao, quartel, fébrica, arsenal, hangar ou aerédromo, ‘ou de navi, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado, utlizados ouem construgéo sob administragao ou fiscalizagao militar, ou fotografé-os ou flmé-os: Pena - reclusdo, até quatro anos, se o fato nao constitui crime mais grave. Sobrev6o em local interdito ® Att. 148. Sobrevoar local declarado interdito: Pena - reclusdo, até trés anos. TiTuLon DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR CAPITULO! DO MOTIM E DAREVOLTA Motim & Att. 149, Reunirem-se militares ou assemelhados: | - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpr-la; lI recusando obediéncia a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violéncia; IIL - assentindo em recusa conjunta de obediéncia, ou em resisténcia ou violéncia, em comum, contra superior; IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fébrica ou estabelecimento militar, ou dependéncia de qualquer déles, hangar, ‘aerédromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utiizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ‘ago militar, ou pratica de violéncia, em desobediéncia a ardem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar: Pena - reclusdo, de quatro a oito anos, com aumento de um térgo para os cabegas. Revolta Paragrato ‘inico, Se os agentes estavam armados: Pena - reclusdo, de oto a vinte anos, com aumento de um térgo para os cabegas. Organizagao de grupo para a pratica de violéncia Att. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material bélico, de propriedade miltar, praticando violéncia & pessoa ou a coisa publica ou particular em lugar sujelto ou nao a administragao miltar: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 281 2107/2020 DELI001 Pena - recluséo, de quatro a oito anos. Omissao de lealdade militar * Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta de cuja preparagdo teve noticia, ou, estando presente ao ato criminoso, nao usar de todos os meios ao seu alcance para impedi-lo: Pena - reclusdo, de trés a cinco anos. Conspira & Att 152. Concertarem-se milltares ou assemelhados para a pratica do crime previsto no artigo 148: Pona - recluséo, de trés a cinco anos. Isengao de pena Pardgrafo Unico, E isento de pena aquéle que, antes da execugao do crime e quando era ainda possivel evitarihe as conseaiiéncias, denuncia o ajuste de que partcipou. Cumutagao de penas # Art. 183. As penas dos arts. 149 © 150 so aplicaveis sem prejuizo das correspondentes a violénci. CAPITULO I DA ALIGIAGAO E DO INCITAMENTO Aliciagao para motim ou revolta * Art. 154. Alciar militar ou assemelhado para a prética de qualquer dos crimes previstos no capitulo anterior: Pena - recluséo, de dois a quatro anos. Incitamento # Art 185. Inctar & desobediéncia, a indisciptina ou a pratica de crime militar: Pena - reclusao, de dois a quatro anos. Paragrafo (nico. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distibul, em lugar sujeito @ administragao militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento a pratica dos alos previstos no artigo. Apologia de fato criminoso ou do seu autor Att 156. Fazer apologia de fato que a lei miltar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito & administragao militar: Pena - detengao, de seis meses a um ano. CAPITULO IN DA VIOLENCIA CONTRA SUPERIOR OU MILITAR DE SERVIGO Violéncia contra superior » Att, 157, Praticar violéncia contra superior: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 20181 2107/2020 DELI001 Pena - detengao, de trés meses a dois anos. Formas qualificadas § 1° Se o superior 6 comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general: Pena - reclusdo, de ts a nove anos. §§2° Se a violencia 6 praticada com arma, a pena é aumentada de um térgo. §2° Se da violencia resulta leséo corporal aplica-se, além da pena da voléncia,a do crime contra a pessoa § 4° Se da violencia resulta morte Pena - reclusdo, de doze atrinta anos. § 5° Apena é aumentada da sexta parte, se 0 crime ocorre em servigo. Violéncia contra militar de servigo # Art. 158, Praticar violéncia contra oficial de dia, de servigo, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou plantao: Pena - reclusdo, de irs a cite anos. Formas qualificadas §§1° Se a violéncia¢ praticada com arma, a pena é aumentada de um térgo. § 2° Se da violéncia resulta lesdo corporal, aplica-se, além da pena da violéncia, a do crime contra a pessoa. § 8 Se da violénciaresuta morte Pena - reclusdo, de doze atrinta anos. Ausénela de doto no resultado # Art, 159. Quando da violéncia resulta morte ou leso corporal ¢ as circunsténcias evidenciam que o agente nao quis, © resultado nem assumiuo risco de produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa 6 diminuida de metade. CAPITULO IV DO DESRESPEITO A SUPERIOR EA ‘SIMBOLO NACIONAL OU A FARDA. Desrespeito a superior ® Att, 160. Desrespeitar superior diante de outro militar: Pena - detengao, de trés meses a um ano, se 0 fato ndo constitui crime mais grave Desrespeito a comandante, oficial general ou oficial de servico Pardgrato tinico. Se o fato é praticado contra 0 comandante da unidade a que pertence o agente, oficial-general, oficial de dia, de servigo ou de quarto, a pena é aumentada da metade. Desrespeito a simbolo nacional # Att. 161. Praticar 0 militar diante da tropa, ou em lugar sujeito & administragao militar, ato que se traduza em ultraje a ‘simbolo nacional: Pena - detengao, de um a dois anos. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 2081 2107/2020 DELI001 Despojamento desprezivel # Art, 162, Despojar-se de uniforme, condecoragao militar, insignia ou distintivo, por menosprézo ou vilipéndio: Pena - detengdo, de seis meses a um ano. Pardgrafo ‘nico. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da tropa, ou em pubblico. ‘CAPITULO V DA INSUBORDINAGAO Recusa de obediéncia * Ait. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de servigo, ou relativamente a dever impésto em lei, regulamento ou instrugao: Pena - detengao, de um a dois anos, se o fato nao constitu crime mais grave. Oposigao a ordem de sentinela # Art. 164, Opor-se as ordens da sentinela: Pena - detengdo, de sels meses a um ano, s¢ o fato no constitui ctime mais grave. Reuniao ilicita # Att. 165. Promover a reuniéo de militares, ou nela tomar parte, para discusséo de ato de superior ou assunto atinente {& disciplina militar Pena - detencao, de sels meses a um ano a quem promove a reunido; de dois a seis meses a quem dela participa, se 0 fato néo constitui crime mais grave. Publicagao ou critica indevida # At. 166, Publicar o militar ou assemelhado, sem licenga, ato ou documento oficial, ou criticar puiblicamente ato de ‘seu Superior ou assunto atinente a disciplina militar, ou a qualquer resolucao do Govérno: Pena - detengéo, de dois meses a um ano, seo fato néo constitu crime mais grave. capiTuLo vi DA USURPAGAO E DO EXCESSO OU ABUSO DE AUTORIDADE Assungao de comando sem ordem ou autorizagao > Art 167. Assumir 0 miltar, sem ordem ou autorizagso, salvo se em grave emergéncia, qualquer comando, ou @ diregdo de estabelecimento militar: Pona - reclusdo, de dois a quatro anos, se o fato nao constitui crime mais grave. Conservagao ilegal de comando * Art, 168, Conservar comando ou fungao legitimamente assumida, depois de receber ordem de seu superior para deixé-los ou transmit-los a outrem: Pena - detengao, de um a trés anos. Operacao militar sem ordem superior www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 318 2107/2020 DELI001 # Ax, 169. Determinar 0 comandante, sem ordem superior e fora dos casos em que essa se dispensa, movimento de tropa ou agao militar: Pena - reclusdo, de trés a cinco anos. Forma qualificada Pardgrafo ‘nico. Se o movimento da tropa ou ago militar é em terrtério estrangeiro ou contra férga, navio ou aeronave de pais estrangeiro: Pena « reclusdo, de quatro a oito anos, se 0 fato no constitu crime mais grave. Ordem arbitréria de invasio # Art 170. Ordenar, arbitrariamente, 0 comandante de forga, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado a entrada de comandados Seus em aguas ou territério estrangeiro, au sobrevode-los: Pena - suspensio do exercicio do posto, de um a tras anos, ou reforma, Uso indevido por militar de uniforme, distintivo ou insignia * Att. 171, Usar o milltar ou assemethado, Indevidamente, uniforme, distintivo ou insignia de posto ou graduagao superior: Pena - detengao, de sels meses a um ano, se 0 fato nao constitui crime mais grave. Uso indevido de uniforme, distintivo ou insignia militar por qualquer pessoa Att. 172. Usar, indevidamente, unitorme, signia miltar a que ndo tenha direito: Pena - detengéo, até seis meses. ‘Abuso de requisicéo militar # Att. 173. Abusar do direito de requisi¢ao militar, excedendo os podéres conferidos ou recusando cumprir dever impésto em lei Pena - detengao, de um a dois anos. Rigor excessive # Art. 174, Exceder a faculdade de punir 0 subordinado, fazendo-o com rigor nao permitido, ou ofendendo-o por palavra, ato ou escrito Pena - suspensio do exercicio do pésto, por dois a seis meses, se o fato ndo constitui crime mais grave. Violéncia contra inferior # Art. 175. Praticar violéncia contra inferior: Pena - detengao, de trés meses a um ano. Resultado mais grave Pardgrafo tnico. Se da violéncia resulta lesdo corporal ou morte 6 também aplicada a pena do crime contra a pessoa, atendendo-se, quando fér 0 caso, ao disposto no art. 159, Ofensa aviltante a inferior * Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violéncia que, por natureza ou pelo meio empregado, se considere aviltante: Pena - detengdo, de seis meses a dois anos. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 22161 2107/2020 DELI001 Pardgrafo tinico. Aplica-se 0 disposto no paragrato tinico do artigo anterior. CAPITULO VII DARESISTENCIA Resisténcia mediante ameaca ou violéncia * Art 177. Opor-se & execucdo de ato legal, mediante ameaca ou violéncia ao executor, ou a quem esteja prestando auxilio: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Forma qualificada § 1° Se 0 ato ndo se executa em razdo da resisténcia: Pena - reclusao de dots a quatro anos, Cumulagao de penas § 2° As penas déste artigo so aplicavels sem prejulzo das correspondentes a violéncia, ou ao fato que constitua crime mais grave. CAPITULO VII DA FUGA, EVASAO, ARREBATAMENTO E AMOTINAMENTO DE PRESOS Fuga de préso ou internado vt. 178, Promover ou facitar a fuga de pessoa legalmente présa ou submotida a modida de seguranca detentva Pena - detengéo, de seis meses a dois anos. Formas qualificadas § 1° So 0 crime 6 praticado a mao armada ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombament: Pena - reclusao, de dois a sels anos. {§ 2° Se ha emprago de violencia contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente a violéncia. '§ 3° Se o crime ¢ praticado por pessoa sob cuja guarda, custédia ou condugdo esta o pr6so ou Internado: Pena - recluso, até quatro anos. Modalidade culposa Aut. 179, Delxar, por culpa, fugir pessoa legalmente présa, confiada & sua guarda ou condugéo: Pena - detengio, de trés meses a um ano. Evasio do préso ou internado * Art, 180, Evadir-se, ou tentar evadir-se 0 préso ou internado, usando de violencia contra a pessoa: Pena - detengao, de um a dois anos, além da correspondente a violéncia. § 1° Se a evasao ou a tentaliva ocorre mediante arrombamento da prisdo militar: www planalio govbrlecvi_08/Decrete-LeiDeI1001.him suet 2107/2020 DELI001 Pena - detengao, de seis meses a um ano. Cumulagao de penas § 2° Se ao fato sucede deser¢o, aplicam-se cumulativamente as penas correspondentes. Arrebatamento de préso ou internado ® Att. 181. Arrebatar préso ou internado, a fim de maltrat lo, do poder de quem o tenha sob guarda ou custédia militar: Pena - recluséo, até quatro anos, além da correspondente a violénecia. Amotinamento Art. 182. Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de priséo militar: Pena - reclusao, até trés anos, aos cabecas; aos demais, detengao de um a dois anos. Responsabilidade de participe ou de oficial Paragrafo Unico. Na mesma pena incorre quem participa do amotinamento ou, sendo oficial e estando presente, nao usa os meios ao seu alcance para debelar o amotinamento ou evitar-ihe as conseqiiéncias. TITULO DOS CRIMES CONTRA 0 SERVIGO MILITAR E © DEVER MILITAR CAPITULO! DA INSUBMISSAO. Insubmissao # Art, 183. Deixar de apresentar-se 0 convocado a incorporagao, dentro do prazo que Ihe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporagao: Pena - impedimento, de trés meses a um ano. Caso assimilado § 1° Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da incorporagdo, deixa de se apresentar, decorrido 0 prazo de licenciamento. Diminuigdo da pena § 2° Apena é diminulda de um térgo: a) pela ignordncia ou a errada compreensdo dos atos da convocagao militar, quando escusaveis; b) pela apresentagao voluntaria dentro do prazo de um ano, contado do timo dia marcado para a apresentagao. Criagdo ou simulagao de incapacidade fisica # Art, 184, Criar ou simular incapacidade fisica, que inabilite 0 convocado para o servigo militar: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Substituigéo de convocado www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him sae 2107/2020 DELI001 * Art, 185, Substituir-se 0 convocado por outrem na apresentagao ou na inspegao de saiide, Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Pardgrafo tinico. Na mesma pena incorre quem substitui o convocado. Favorecimento a convocado # Art. 186, Dar asilo a convocado, ou tomé-lo a seu servigo, ou proporcionar-Ihe ou faciltar-Ihe transporte ou meio que obste ou dificulte a incorporago, sabendo ou tendo razo para saber que cometeu qualquer dos crimes previstos neste capitulo: Pena - detengo, de trés meses a um ano. Isengao de pena Pardgrafo iinico. Se 0 favorecedor 6 ascendente, descendente, canjuge ou irmao do criminoso, fica isento de pena. CAPITULO DA DESERGAO Desergio ® Ad. 187. Ausentar-se o militar, sem licenga, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias: Pena - detengéo, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena & agravada Casos assimilados ® Art. 188. Na mesma pena incorre o militar quo: | ndo se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, fd 0 prazo de transit ou ferias; Il - deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados daquele em que termina ou 6 cassada a licenga ou agregacao ou em que é deciarado o estado de sitio ou de guerra; IIL - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias; IV- consegue exclusao do servico ativo ou situagao de inatividade, criando ou simulando incapacidade. ® Att. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. |, Ile Il: Atenuante especial I. se 0 agente se apresenta voluntariamente dentro em olto dias apés a consumagao do crime, a pena é diminuida de metade; e de um térgo, se de mais de oito dias e alé sessenta; Agravante especial II-'se a deserpo ocorre em unidade estacionada em fronteira ou pals estrangelro, a pena é agravada de um térgo. Desergao especial # Art. 190. Deixar 0 militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que é tripulante, ou do deslocamento da unidade ou forca em que serve: (Redacao dada pela Lei n° 9.764, de 18.12.1998) www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 3681 2107/2020 DELI001 Pena - detengdo, até trés meses, se apés a partida ou deslocamento se apresentar, dentro de vinte e quatro horas, & autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, a autoridade policial, para ser comunicada a apresentago ao comando militar competente. (Redagdo dada pela Lei n° 9.764, de 18.12.1998) § 1° Se a apresentago se der dentro de prazo superior a vinte e quatro horas e nao excedente a cinco dias: Pena - detengao, de dois a oito meses. $21 Se superior a-cinee-diace-nde-cnsedentea-dezdias: § 22 Se superior a cinco dias © nao excedente a oito dias: (Redacdo dada pela Lel n? 9.764, de 18.12.1998) Pena - detengfo, de trbs meses a um ano. § 22. Se superior aoito dias: (Pardgrafo incluido pela Lei n® 9.764, de 18.12.1998) Pena - detengao, de seis meses a dois anos ‘Aumento de pena §-3°Se-se-tratarde oficial a pena-éagravada: § 32A pena 6 aumentada de um tergo, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e de metade, se oficial (Redagao dada pela Lei n® 9.764, de 18.12.1998) Coneérto para desercao # Att. 191. Concertarem-se militares para a pratica da desergao: | - se a desergéio no chega a consumar-se: Pena - detengdo, de trés meses a um ano. Modalidade complexa Il--se consumada a desergao: Pena - reclusao, de dois a quatro anos. Desergao por evasdo ou fuga * At, 192, Evadir-se o militar do poder da escolta, ou de recinto de detencao ou de prisao, ou fugir em seguida a pratica de crime para evitar prisdo, permanecendo ausente por mais de cito dias: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Favorecimento a desertor # Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomé-o a seu servico, ou proporcionar-the ou facilitar-he transporte ou meio de cocultagdo, sabendo ou tendo razdo para saber que cometeu qualquer dos crimes previstos neste capitulo: Pena - detengao, de quatro meses a um ano. Isengdo de pena Pardgrafo iinico, Se o favorecedor é ascendente, descendente, cénjuge ou irmao do criminoso, fica isento de pena. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 26081 2107/2020 DELI001 Omissao de oficial # Att. 194, Deixar 0 oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo saber encontrar-se entre os seus ‘comandados: Pena - detengdo, de seis meses a um ano. CAPITULO IN DO ABANDONO DE POSTO E DE OUTROS CRIMES EM SERVIGO Abandono de pésto Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, 0 pésto ou lugar de servigo que Ihe tenha sido designado, ou o servigo que Ihe cumpria, antes de termind-lo Pena - detengao, de tr8s meses a um ano. Descumprimento de misao * Att. 196, Deixar 0 miltar de desempenhar a missdo que the fol confiada Pena - detengao, de seis meses a dois anos, se 0 fato nao constitu crime mais grave. § 1° Se € oficial o agente, a pena é aumentada de um terg. § 2° Se o agente exercia fungo de comand, a pena é aumentada de metade. Modalidade culposa § 3° Se a abstencdo é culposa Pena - detengéo, de trés meses a um ano. Rotongao indevida # At. 197. Deixar 0 oficial de restitur, por ocasido da passagem de fungi, ou quando Ihe 6 exigido, objeto, plano, carta, citra, cédigo ou documento que the haja sido confiado: Pena - suspensio do exercicio do pésto, de trés a seis meses, se o fato nao constitui crime mais grave. Paragrafo iinico. Se 0 objeto, plano, carta, cifra, cédigo, ou documento envolve ou constitui segrédo relative & seguranga nacional: Pena - detengdo, de trés meses a um ano, se o fato ndo constitul crime mals grave Omissao de eficiéncia da forca # Att 198. Deixar o comandante de manter a frga sob seu comando em estado de eficiéncia: Pena - suspensio do exercicio do pésto, de trés meses a um ano. omissé de providéncias para evitar danos # Art. 199. Deixar © comandante de ompregar todos os meios ao sou alcance para evitar perda, destruigéo ou inutiizagao de instalagGes militares, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado em perigo: Pena - reclusdo, de dois a oito anos, Modalidade culposa www planalio govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him are 2107/2020 DELI001 Pardgrafo (nico, Se a abstengao 6 culposa: Pena - detengao, de trés meses a um ano. Omissao de providéncias para salvar comandados # Ast 200. Deixar o comandante, em ocasio de incéndio, nautragio, encalhe, coliséo, ou outro perigo semelhante, de tomar tédas as providéncias adequadas para salvar os seus comandados e minorar as conseqliéncias do sinistro, néo sendo © Uikimo a sair de bordo ou a deixar a aeronave ou o quartel ou sede militar sob seu comando: Pena - reclusdo, de dois a seis anos. Modalidade culposa Pardgrafo inico. Se a abstengao ¢ culposa: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Omissao de socorro # Art, 201. Deixar 0 comandante de socorrer, sem justa causa, navio de guerra ou mercante, nacional ou estrangeiro, ou aeronave, em petigo, ou naufragos que hajam pedido socorro: Pena - suspensdo do exercicio do pésto, de um a trés anos ou reforma. Embriaguez em servigo * Att 202. Embriagar-se o miltar, quando em servigo, ou apresentar-se embriagado para presté+lo: Pena - detengio, de seis meses a dois anos. Dormir om servigo Art, 203, Dormir 0 militar, quando em servigo, como oficial de quarto ou de ronda, ou om situagao equivalente, ou, no sendo ofcial, em servigo de sentinela, vigia, plantéo as méquinas, ao leme, de ronda ou em qualquer servigo de natureza somelhante’ Pena - detengao, de trés meses a um ano, CAPITULO IV DO EXERCICIO DE COMERCIO Exercicio de comércio por oficial # Art 204. Comerciaro oficial da atva, ou tomar parte na administragao ou geréncia de sociedade comercial, ou dela ser s6cio ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade andnima, ou por cotas de responsablidade limitada: Pena - suspensio do exercicio do pésto, de seis meses a dois anos, ou reforma TITULO IV DOS CRIMES CONTRA A PESSOA CAPITULO! Do HomIciDIO Homi io simples www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 2e8 2107/2020 DELI001 # Ast, 205, Matar alguém: Pena - reclusdo, de seis a vinte anos. Minoragao facultativa da pena § 1° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o dominio de violenta ‘emogdo, logo em seguida a injusta provocacao da vitima, o juiz pode reduzir a pena, de um sexto a um térgo. Homi '§ 2° Se o homicidio é cometido: | - por motive fit; I. mediante paga ou promessa de recompensa, por cupidez, para excitar ou saciar desojos sexuais, ou por outro motivo torpe; IIL - com emprégo de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosive, ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - a traigéo, de emboscada, com surprésa ou mediante outro recurso insidioso, que dificultou ou tornou impossivel a defesa da vitima; \V- para assegurar a execugdo, a ocultagao, a impunidade ou vantagem de outro crime; VI- prevalecendo-se o agente da situagdo de servigo: Pena - reclusdo, de doze a trinta anos. Homi culposo # Att 208. Se o homicidio & culposo: Pena - detengao, de um a quatro anos. § 1° A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservancia de regra técnica de profissao, arte ou oficio, ou se 0 agente deixa de prestar imediato socorro a vitima, Multiplicidade de vitimas § 2° Se, em conseqiiéncia de uma sé ago ou omisséo culposa, ocorre morte de mais de uma pessoa ou também lesdes corporais em outras pessoas, a pena é aumentada de um sexto alé metade. Provocagao ireta ou auxilio a suicidio 2 At 207. Instigar ou induzir alguém a suicidar-se, ou prestarthe auxilo para que o faca, vindo o suicidio consumar- Pena - reclusdo, de dois a seis anos. Agravagao de pena § 1° Se o crime 6 praticado por motivo egoistico, ou a vitima & menor ou tem diminuida, por qualquer motivo, a resisténcia moral, a pena é agravada, Provocagao indireta ao suicidio § 2° Com detengao de um a trés anos, sera punido quem, desumana e reiteradamente, infige maus tratos a alguém, sob sua autoridade ou dependéncia, levando-o, em razo disso, a pratica de suicidio. Redugdo de pena www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 298 2107/2020 DELI001 § 3° Se 0 suicidio é apenas tentado, e da tentativa resulta lesdo grave, a pena é reduzida de um a dois tergos. CAPITULO Do GENOCIDIO Genocidio Wt 208, Matar membros de um grupo nacional, étnico,reigioso ou pertencente a determinada raca, com o fim de destruigéo total ou parcial désse grupo: Pena - recluséo, de quinze a trinta anos Casos assimilados Pardgrafo nico. Seré punido com reclusao, de quatro a quinze anos, quem, com © mesmo fim: | inflige lesdes graves a membros do grupo; Il -submete o grupo a condigées de existéncia,fisicas ou morais, capazes de ocasionar a eliminagao de todos os seus membros ou parte déles; IIL -forga o grupo & sua dispersdo; IV-- impée medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo: \V - efetua coalivamente a transferéncia de criangas do grupo para outro grupo. CAPITULO IN DA LESAO CORPORAL E DA RIXA Lesao leve * Art, 209, Ofender a integridade corporal ou a satide de outrem: Pena - detengao, de trés meses a um ano. Lesao grave § 1" Se se produz, dolosamente, perigo de vida, debilidade permanente de membro, sentido ou fungao, ou incapacidade para as ocupacées habituais, por mais de trinta dias: Pena - reclusdo, até cinco anos. § 2° Se se produz, dolosamente, enfermidade incuravel, perda ou inutilizagao de membro, sentido ou fungao, incapacidade permanente para o trabalho, ou deformidade duradoura: Pona - reclusdo, de dois a oito anos. Lesées qualificadas pelo resultado § 3° Se os resultados previstos nos §§ 1° e 2° forem causados culposamente, a pena seré de detengao, de um a quatro anos; se da lesao resultar morte e as circunstancias evidenciarem que 0 agente nao quis o resultado, nem assumi o risco de produzi-lo, a pena sera de reclusao, até cito anos, Minoragao facultativa da pena § 4° Se 0 agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor moral ou social ou sob 0 dominio de violenta ‘emogao, logo em seguida a injusta provocacao da vitima, o juiz pode reduzir a pena, de um sexto a um térgo. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 4081 2072020 Det s001 § 5° No caso de lesbes leves, se estas so reciprocas, nao se sabendo qual dos contendores atacou primeiro, ou ‘quando ocorre qualquer das hipéteses do paragrafo anterior, o juiz pode diminuir a pena de um a dois tergos. Lesao levissima §6° No caso de lesdes levissimas, ojuiz pode considerar a infragao como aisciplinar. Lesio culposa # At. 210. Se a lesio é culposa: Pena - detengao, de dois meses a um ano. '§ 1° A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservancia de regra técnica de profisséo, arte ou offcio, ou se 0 agente deixa de prestar imediato socorro a vitima, ‘Aumento de pena § 2° Se, em conseqiléncia de uma s6 agao ou omissao culposa, ocorrem lesdes em varias pessoas, a pena é aumentada de um sexto até metade. Participagao em rixa # Art 211. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detengdo, até dois meses. Pardgrafo Unico. Se ocorre morte ou lesao grave, aplica-se, pelo fato de participago na rixa, a pena de detengdo, de seis meses a dois anos. capITULO IV DA PERICLITAGAO DA VIDA QU DA SAUDE Abandono de pessoa Art. 212, Abandonar o militar pessoa que esta sob seu cuidado, guarda, vigilancia ou autoridade e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - detengdo, de seis meses a trés anos. Formas qualificadas pelo resultado '§ 1° Se do abandono resulta lesdo grave: Pena - reclusdo, até cinco anos. '§ 2 Se resulta morte: Pena - reclusdo, de quatro a doze anos. Maus tratos * Art, 213, Expor a perigo a vida ou satide, em lugar sujeito @ administragao militar ou no exercicio de fungao militar, de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilancia, para o fim de educagao, instrugao, tratamento ou custédia, quer privando-a de alimentagdo ou cuidados indispensaveis, quer sujeitando-a a trabalhos excessivos ou inadequados, quer abusando de meios de corrego ou disciplina: Pena - detengao, de dois meses a um ano. Formas qualificadas pelo resultado www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him at 2107/2020 DELI001 § 1° Se do fato resulta lesao grave: Pena - reclusdo, até quatro anos. § 2° Se resulta morte: Pena - reclusdo, de dois a dez anos, ‘CAPITULO V DOS CRIMES CONTRA A HONRA Calinia # Art 214. Caluniaralguém, imputando-the falsamente fato definido como crime: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. §§ 1° Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputacao, a propata ou divulga. Excecdo da verdade § 2° A prova da verdade do fato imputado exclul o crime, mas nao & admitida |e, constituindo o fato imputado crime de ago privada, o ofendido néo fol condenado por sentenga irecorrivel I1- se 0 fato 6 imputado a qualquer das pessoas indicadas no n? | do art. 218; IIl- se do crime imputado, embora de ago publica, o ofendide foi absolvido por sentenga irrecorrvel. Difamagao # Att. 215. Difamar alguém, imputando-the fato ofensivo & sua reputagéo: Pena - detengao, de tr8s meses a um ano, Pardgrato tinico. A excegao da verdade sémente se admite se a ofensa é relativa ao exercicio da fungao publica, militar ou civil, do ofendido, Injaria # Art. 216. Injuriar alguém, ofendendo-the a dignidade ou o decéro: Pena - detengéo, até seis meses, Injaria real # At. 217, Se a injria consiste em violéncia, ou outro ato que atinja a pessoa, e, por sua natureza ou pelo meio cempregado, se considera avitante: Pena - detengéo, de trés meses a um ano, além da pena correspondente a violéncia. Disposiges comuns # Art. 218. As penas cominadas nos antecedentes artigos déste capitulo aumentam-se de um térco, se qualquer dos crimes € cometido: | - contra o Presidente da Republica ou chefe de govémo estrangeiro; |I- contra superior IIL - contra militar, ou funcionério puiblico civil, em razéo das suas fungées; www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him aie 2107/2020 DELI001 IV - na presenga de duas ou mais pessoas, ou de inferior do ofendido, ou por meio que facilite a divulgagao da caliinia, da difamagao ou da injaria. Pardgrafo Unico. Se o crime & cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em débro, se 0 fato no constitui crime mais grave. Ofensa as férgas armadas * Att 219. Propalar fatos, que sabe inveridicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das f6rcas armadas ou a confianca que estas merecem do piblico: Pena - detengéo, de seis meses a um ano. Pardgrafo iinico. A pena serd aumentada de um térco, se 0 crime 6 cometido pela imprensa, radio ou televisdo. Exclusao de pena * Art, 220, Nao constitui ofensa punivel, salvo quando inequivoca a intengao de injuriar, difamar ou caluniar: | - a irrogada em julzo, na discussao da causa, por uma das partes ou seu procurador contra a outra parte ou seu procurador; IIa opiniao destavordvel da critica lteréria, artistica ou cientifica; Ill -@ apreciagao critica as instituigées miltares, salvo quando inequivoca a intengao de ofender; IV- 0 conceito desfavordvel em apreciago ou informagao prestada no cumprimento do dever de oficio. Paragrafo dinico, Nos casos dos ns. |e IV, responde pela ofensa quem Ihe da publicidade. # Att. 221. Se a ofensa 6 irrogada de forma improcisa ou equlvoca, quem se julga atingido pode pedir explicagdes om julzo.'Se o interpelado se recusa a da-las ou, a critéio do juiz, ndo as da satisfatsrias, responde pela ofensa CAPITULO VI DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE ‘Segao I - Dos crimes contra a liberdade individual Constrangimento ilegal # Art, 222. Constranger alguém, mediante violéncia ou grave ameaga, ou depois de Ihe haver reduzido, por qualquer auto mei, a capaciiade de resisténcie, ano fazer o que a le permite, ou fazer ou atlear que se fag, que ela ndo Pena - detengdo, até um ano, se 0 fato ndo constitul crime mals grave. Aumento de pena § 1° A pena aplica-se em débro, quando, para a execugao do crime, se retinem mais de trés pessoas, ou hd emprégo de arma, ou quando 0 constrangimento é exercido com abuso de autoridade, para obter de alguém confissao de autoria de crime ou declaragao como testemunha. '§ 2° Além da pena cominada, aplica-se a correspondente a violéncia. Exclusdo de crime '§ 3° Nao constitu crime: www planalio gov.brleciv_08/Decrete-LeiDeI1001.him ait 2107/2020 DELI001 Salvo 0 caso de transplante de érgaos, a intervengao médica ou cinirgica, sem o consentimento do paciente ou de ‘seu representante legal, se justificada para conjurar iminente perigo de vida ou de grave dano ao corpo ou a satide; Ia coagao exercida para impedir suicidio. Ameaga 2 Art 223. Ameacar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbdlico, de he causar mal injusto e grave: Pena - detengao, até seis meses, se o fato néo constitui crime mais grave. Paragrafo Unico. Se a ameaga motivada por fato referente a servigo de natureza militar, a pena é aumentada de um térgo. Desafio para duelo ® Ast, 224, Desafiar outro militar para duelo ou aceitar-Ihe o desafio, embora o duelo nao se realize: Pena - detengao, até tr8s meses, se o fato ndo constitul crime mais grave, Seqilestro ou carcere privado > Att 225. Privar alguém de sua liberdade, mediante seqiiestro ou cércere privado: Pena - reclusdo, até trés anos. Aumento de pena '§ 1° A pena é aumentada de metade: | - sea vitima é ascendente, descendente ou cénjuge do agente; II-se 0 crime 6 praticado mediante internagao da vitima em casa de satide ou hospital; IIL - $0 a privagdo de tiberdade dura mais de quinze dias. Formas qualificadas pelo resultado '§ 2° Se resulta a vitima, em razdo de maus tratos ou da natureza da detencao, grave sofrimento fisico ou moral Pena - reclusdo, de dois a oito anos. § 8° Se, pela razdo do pardgrafo anterior, resulta morte: Pena - recluséo, de doze a trinta anos. Sega Il - Do crime contra a inviolabilidade do domicilio Violagae de domicilio * Art, 226, Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tacita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependéncias: Pena - detengdo, até trés meses. Forma qualificada '§ 1° Se 0 crime @ cometide durante © repouso notumo, ou com emprégo de violéncia ou de arma, ou mediante arrombamento, ou por duas ou mais pessoas: Pena - detengdo, de sels meses a dois anos, além da pena correspondente a violéncia, www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 4a 2107/2020 DELI001 Agravagao de pena § 2° Aumenta-se a pena de um térgo, se 0 fato é cometido por militar em servigo ou por funcionario piiblico civil, fora dos casos legals, ou com inobservancia das formalidades prescritas em lei, ou com abuso de poder. Exclusdo de crime '§ 8° Nao constitu cme a entrada ou permanéncia em casa alheia ou em suas dependéncias: | - durante o dia, com observancia das formalidades legals, para efetuar prisdo ou outra diligéncia em cumprimento de lei ou regulamento militar; Il - a qualquer hora do dia ou da noite para acudir vitima de desastre ou quando alguma infragao penal esta sendo ali praticada ou na iminéncia de o ser. Compreensio do térmo “casa” '§ 4° 0 termo "casa" compreende: | - qualquer compartimento habitado; II aposento ocupado de habitagao coletiva IIL - compartimento nao aberto ao pubblico, onde alguém exerce profisséo ou atividade. '§ 5° Nao se compreende no térmo "casa": | + hotel, hospedaria, ou qualquer outra habitapo coletiva, enquanto aberta, salvo a restrigo do n° II do pardgrafo anterior, II taverna, boate, casa de jago e outras do mesmo género, IIL Dos crimes contra a in Segi labilidade de correspondéncia ou comunicat Violagao de correspondéncia # Att 227. Devassar indevidamente o contedido de correspondéncia privada dirigida a outrem: Pena - detengéo, até seis meses. {§ 1° Nas mesmas penas incor: | quom se apossa de correspondéncia alhoia, fechada ou aberta, e, no todo ou em parte, a sonega ou destréi I quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza, abusivamente, comunicagao telegrafica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversagao telefénica entre outras pessoas; IIL - quem impede a comunicagao ou a conversagao referida no numero anterior Aumento de pena '§ 2° A pena aumenta-se de metade, se ha dano para outrem, § 3° Se 0 agente comete o crime com abuso de fungao, em servigo postal, telegrafico, radioelétrico ou telefénico: Pena - detengdo, de um a trés anos. Natureza militar do crime '§ 4° Salvo o dispasto no pardgrafo anterior, qualquer dos crimes previstos neste artigo s6 é considerado militar no caso do art. 9°, n? Il, letra a www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 4siat 2107/2020 DELI001 ‘Segao IV - Dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos de carter particular Divulgagao de segrédo Art, 228, Divulgar, sem justa causa, contetido de documento particular sigiloso ou de correspondéncia confidencial, de que ¢ detentor ou destinatario, desde que da divulgagao possa resultar dano a outrem: Pena - detengdo, até seis meses. Violagao de recato # Art, 229, Violar, mediante processo técnico 0 direito ao recato pessoal ou o direito ao resguardo das palavras que no forem pronunciadas publicamente: Pena - detengao, até um ano. Pardgrafo ‘inico, Na mesma pena incorre quem divulga os fatos captados. Violagao de segrédo profissional * Art 230. Revelar, sem justa causa, segrédo de que tem ciéncia, em razao de fungao ou profissao, exercida em local ‘sob administragao militar, desde que da revelagao possa resultar dano a outrem: Pena - detengao, de trés meses a um ano. Natureza militar do crime # Art. 231. Os crimes previstos nos arts. 228 € 229 sdmente so considerados militares no caso do art. 9°, n? Il, letra @ CAPITULO VII DOS CRIMES SEXUAIS Estupro * At 232. Constranger mulher a conjungéo camal, mediante violéncia ou grave ameaga: Pena - reclusao, de trés a oito anos, sem prejulzo da correspondente a violéncia, ‘Atentado violento ao pudor * Art, 233. Constranger alguém, mediante violéncia ou grave ameaga, a presenciar, a praticar ou permitir que com éle pratique ato libidinoso diverso da conjungao carnal Pena - reclusdo, de dois a seis anos, sem prejulzo da correspondente a violencia Corrupgao de menores # Att. 234, Corromper ou faclitar a corrupgao de pessoa menor de dezoito e maior de quatorze anos, com ela praticando ato de libidinagem, ou induzindo-a a pratica-lo ou presencié-lo: Pena - reclusdo, até trés anos. Pederasti ou outro ato de libidinagem ® Att, 236, Praticar, ou permitir 0 militar que com éle se pratique ato lbidinoso, homossexual ou nao, em lugar sujeito a administragao militar: Pena - detengao, de seis meses a um ano. Presungao de violencia www planalto govbrlecivi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 461 2107/2020 DELI001 Act 236, Presume-se a violencia, se a vitima: | - no ¢ maior de quatorze anos, salvo fundada suposigao contréria do agente; II 6 doente ou deficiente mental, e 0 agente conhecia esta circunsténcia IIL- no pode, por qualquer outra causa, oferecer resisténcia. ‘Aumento de pena * Att. 237. Nos crimes previstos neste capitulo, a pena & agravada, se 0 fato & praticado: | + com 0 concurso de duas ou mais pessoas; II por oficial, ou por militar em servigo. ‘CAPITULO VII DO ULTRAJE PUBLICO AO PUDOR ‘Ato obsceno * Att, 238, Praticar ato obsceno em lugar sujelto & administracéo militar: Pena - detengdo de trés meses a um ano. Paragrafo tnico. A pena ¢ agravada, se o fato é praticado por militar em servigo ou por oficial. Escrito ou objeto obsceno # Att 239. Produzir, distribuir, vender, expor & venda, exibir, adquirir ou ter em depésito para o fim de venda, distribuigao ou exibigao, livros, jornais, revistas, escritos, pinturas, gravuras, estampas, imagens, desenhos ou qualquer outro objeto de cardter obsceno, em lugar sujeito 4 administragao militar, ou durante o periodo de exercicio ou manobras: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Paragrafo tinico. Na mesma pena incorre quem distribui, vende, oferece a venda ou exibe a militares em servigo objeto de carater obsceno. TITULOV DOS CRIMES CONTRA 0 PATRIMONIO CAPITULO! Do FURTO Furto simples * Axt 240. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia mével: Pena - reclusdo, até seis anos. Furto atenuado § 1° Se o agente é primério © & de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusdo pela de detengao, diminui-la de um a dois tergos, ou considerar a infragao como disciplinar. Entende-se pequeno o valor que ndo ‘exceda a um décimo da quantia mensal do mais alto salério minimo do pais. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him aviet 2107/2020 DELI001 § 2° A atenuagao do paragrafo anterior é igualmente aplicavel no caso em que 0 criminoso, sendo primario, restitui a coisa ao seu dono ou repara 0 dano causado, antes de instaurada a agao penal. Energia de valor econémico § 3° Equipara-se & coisa mével a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econémico. Furto qualificado 4° Se 0 furto € praticado durante a noite: Pena reclusio, de dois a ito anos, '§ 5° Se a coisa furtada pertence a Fazenda Nacional Pena - reclusdo, de dois a seis anos. § 6° Se o furto 6 praticado: | - com destruigao ou rompimento de obstaculo a subtragao da coisa; I--com abuso de confianga ou mediante fraude, escalada ou destreza; IIL - com emprégo de chave falsa: IV- mediante concurso de duas ou mais pessoas: Pena - reclusdo, de trés a dez anos. § 7° Aos casos previstos nos §§ 4° ¢ 5° so aplicdveis as alenuagdes a que se referem os §§ 1° e 2°. Aos previstos no § 6° 6 aplicavel a atenuacdo referida no § 2°. Furto de uso Att, 241, Se a coisa 6 subtraida para o fim de uso momentaneo e, a seguir, ver a ser imediatamente restituida ou reposta no lugar onde se achava: Pena - detengao, até seis meses. Paragrato tinico. A pena é aumentada de metade, se a coisa usada ¢ veiculo motorizado; e de um térgo, se é animal de sela ou de tio, CAPITULO IL DO ROUBO E DAEXTORSAO Roubo simples * Att 242. Subtrair coisa alheia mével, para si ou para outrem, mediante emprégo ou ameaca de emprégo de violéncia contra pessoa, ou dopois de havé-la, por qualquer modo, reduzido & impossibiidado de rasisténcia Pena - reclusdo, de quatro a quinze anos. § 1° Na mesma pena incorre quem, em seguida a subtracao da coisa, emprega ou ameaca empregar violéncia contra pessoa, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detencao da coisa para si ou para outrem, Roubo qualificado '§ 2° Apena aumenta-se de um tarco até metade | - se a violéncia ou ameaga & exercida com emprégo de arma; www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him a1 2107/2020 DELI001 II-se ha concurso de duas ou mais pessoas; IIL - se a vitima esta em servigo de transporte de valores, e o agente conhece tal circunstancia; IV- sea vitima est em servigo de natureza militar \V- se dolosamente causada lestio grave; VI- se resulta morte e as circunsténcias evidenciam que 0 agente ndo quis ésse resultado, nem assumiu o risco de produzit. Latro« § 3° So, para praticar 0 roubo, ou assegurar a impunidade do crime, ou a detoncao da coisa, 0 agente ocasiona dolosamente a morte de alguém, a pena sera de reclusdo, de quinze a trinta anos, sendo irrelevante se a lesao patrimonial deixa de consumar-se. Se ha mais de uma vitima dessa violencia a pessoa, aplica-se o disposto no art. 79. Extorsao simples # Act, 243, Obter para si ou para outrem indevida vantagem econémica, constrangendo alguém, mediante violencia ou grave ameaga: a) a praticar ou tolerar que se pratique ato lesivo do seu patriménio, ou de terceiro; b) a omitir ato de interésse do seu patriménio, ou de terceiro: Pena - recluséo, de quatro a quinze anos. Formas qualificadas § 1° Aplica-se a extorsio o disposto no § 2° do art. 242 § 2° Aplica-se & extorséo, praticada mediante violéncia, © disposto no § 3° do art. 242. Extorsio mediante seqiiestro * Ar. 244, Extorquir ou tentar extorquir para si ou para outrem, mediante seqiiestro de pessoa, indevida vantagem ‘econdmica: Pena - reclusdo, de seis a quinze anos. Formas qualificadas § 1° Se 0 seqliestro dura mais de vinte e quatro horas, ou se 0 seqliestrado é menor de dezessels ou maior de sessenta anos, ou se 0 crime & cometido por mais de duas pessoas, a pena é de reclusao de cito a vinte anos. '§ 2° Se a pessoa seqliestrada, em razo de maus tratos ou da natureza do seqiiestro, resulta grave soffimento fi moral, a pena de reclusdo 6 aumentada de um térgo. § 3° Se 0 agente vem a empregar violéncia contra a pessoa seqiiestrada, aplicam-se, correspondentemente, as disposigSes do art. 242, § 2°,ns. Ve Vie § 3. Chantagem # Art. 245. Obter ou tentar obter de alguém, para si ou para outrem, indevida vantagem econémica, mediante a ameaga de revelar fato, cuja divulgagao pode lesar a sua reputacao ou de pessoa que Ihe seja particularmente cara: Pena - reclusao, de trés a dez anos. Pardgrafo tinico. Se a ameaca é de divulgagao pela imprensa, radiodifusao ou televisdo, a pena é agravada Extorsdo indireta www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 4981 2107/2020 DELI001 # Art, 246. Obter de alguém, como garantia de divida, abusando de sua premente necessidade, documento que pode dar causa a procedimento penal contra o devedor ou contra terceiro: Pena - reclusdo, até trés anos. Aumento de pena * At. 247. Nos crimes previstos neste capitulo, @ pena é agravada, se a violéncia é contra superior, ou miltar de senvigo. ‘CAPITULO IN DA APROPRIAGAO INDEBITA Apropriagdo indébita simples > Art, 248, Apropriar-se de coisa alheia mével, de que tem a posse ou detengao: Pena - reclusdo, até seis anos, Agravagao de pena Pardgrafo Unico. A pena é agravada, se 0 valor da coisa excede vinte vézes 0 maior salério minimo, ou se o agente recebeu a coisa: | + em depésito necessério; II em razo de oficio, emprgo ou profisséo. Apropriagéo do coisa havida acidentalmonto * Att 249. Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por érro, caso fortuito ou férga da naturoze: Pena - detengao, até um ano. ‘Apropriagao de coisa achada Paragrafo ‘nico. Na mesma pena incorre quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, Getrando de restu-a ao dono ou lglime possudor,ou de envegéia a autordade competent, dente do prezo de quince # Att. 250. Nos crimes previstos neste capitulo, aplica-se 0 disposto nos §§ 1° e 2° do art. 240. CAPITULO IV DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES Estelionato Ast 251. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilicita, em projuizo alheio,induzindo ou mantendo alguém em érr0, mediante artfici, ardil ou qualquer outro meio fraudulento Pena - reclusao, de dois a sete anos, '§ 1° Nas mesmas penas incorre quem: Disposigao de coisa alhela como prépria | - vende, permuta, dé em pagamento, em locagao ou em garantia, coisa alheia como prépria Alienagao ou oneragdo fraudulenta de coisa propria www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 50/81 2107/2020 DELI001 I= vende, permuta, dé em pagamento ou em garantia coisa prépria inalienavel, gravada de nus ou iiigiosa, ou imével ‘que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestagoes, silenciando sobre qualquer dessas circunstancias; Defraudagao de penhor lil - defrauda, mediante alfenago néo consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoraticia, quando tem a posse do objeto empenhado; Fraude na entrega de coisa IV - defrauda substancia, qualidade ou quantidade de coisa que entrega a adquirente, Fraude no pagamento de cheque = detrauda de qualquer modo 0 pagamento de cheque que emit a favor de alguém § 2° Os crimes previstos nos ns. 11a V do paragrafo anterior sao considerados militares smente nos casos do art. 9°, n® Ii letras ae 6 Agravagao de pena § 3° Apena é agravada, se o crime & cometido em detrimento da administracao militar. ‘Abuso de pessoa # Art 252. Abusar, em proveito préprio ou alheio, no exercicio de fungo, em unidade, repartigéo ou estabelecimento militar, da necessidade, paixéo ou inexperiéncia, ou da doenga ou deficiéncia mental de outrem, induzindo-o a pratica de ato ‘que produza efeito juridico, em prejuizo préprio ou de terceiro, ou em detrimento da administragao militar: Pena - reclusdo, de dois a seis anos. * Art 253. Nos crimes previstos neste capitulo, aplica-se o disposto nos §§ 1° e 2° do art. 240. CAPITULO V DA RECEPTAGAO Receptagao # Art, 254, Adquirir, receber ou ocultar em proveito préprio ou alheio, coisa proveniente de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusao, até cinco anos. Pardgrafo Unico, S40 aplicéveis os §§ 1° @ 2° do art. 240. Receptagio culposa ® Art. 255. Adquirir ou racober coisa quo, por sua natureza ou pela manifesta desproporgio entre o valor © 0 prego, ou pela condigéo de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio eriminoso: Pena - detengao, até um ano, Paragrafo unico. Se 0 agente é primario e o valor da coisa nao é superior a um décimo do salério minimo, o juiz pode deixar de aplicar a pena Punibilidade da receptacao ? Art. 256. A receptacao é punivel ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa CAPITULO VI www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 51181 2107/2020 DEL001 DA USURPAGAO Alteragao de limites # Art, 257. Suprimir ou destocar tapume, marco ou qualquer outro sinal indicativo de linha diviséria, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imével sob administragao militar: Pena - detengdo, até seis meses. § 1° Na mesma pena incorre quem’ Usurpacao de aguas | - desvia ou represa, em proveito préprio ou de outrem, aguas sob administragao militar; Invasdo de propriedade Il sinvade, com violéncia & pessoa ou a coisa, ou com grave ameaga, ou mediante concurso de duas ou mais pessoas, terreno ou edificio sob administragéo militar. Pena correspondents a violencia '§ 2° Quando ha emprégo de violéncia, fica ressalvada a pena a esta correspondente. Aposicao, supressao ou alteracdo de marca # Art. 258. Apor, suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, sob guarda ou administragao militar, marca ou sinal indicativo de propriedade: Pena - detengéo, de seis meses a trés anos. CAPITULO VII Do DANO Dano simplos # Art. 259. Destrui, utilizar, deteriorar ou fazer desaparecer coisa alheia Pena - detengao, até seis meses. Pardgrafo tico, Se se trata de bem pilblico Pena - detengao, de seis meses a trés anos. Dano atenuado # Art 260. Nos casos do artigo anterior, se 0 criminoso é primério e a coisa ¢ de valor nao excedente a um décimo do salério minimo, 0 juiz pode atenuar a pena, ou considerar a infragéo como disciplinar. Pardgrafo ‘nico. O beneficio previsto no artigo é igualmente aplicavel, se, dentro das condigées nele estabelecidas, o ccriminoso repara o dano causado antes de instaurada a aco penal. Dano qualificada # Att. 261. Se 0 dano é cometido: | - com violéncia a pessoa ou grave ameaga; I-com emprégo de substancia inflamavel ou explosiva, se o fato nao constitui crime mais grave; IIL- por motivo egoistico ou com prejulzo consideravel www planalio govbrlecivi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 52161 2107/2020 DELI001 Pena - reclusao, até quatro anos, além da pena correspondente a violencia, Dano em material ou aparethamento de guerra # Ast. 262. Praticar dano em material ou aparelhamento de guerra ou de utiidade militar, ainda que em construgao ou fabricacdo, ou em efeitos recolhidos a depésito, pertencentes ou ndo as férgas armadas: Pena - reclusao, até seis anos. Dano em navio de guerra ou mercante om sorvigo militar * Ast 263. Causar a perda, destruigao, inutlizagao, encalhe, colisdo ou alagamento de navio de guerra ou de navio mercante em servigo militar, ou néle causar avaria Pena - reclusdo, de trés a dez anos. § 1° Se resulta lesdo grave, a pena correspondente 6 aumentada da metade; se resulta a morte, 6 aplicada em dobro. § 2° Se, para a pratica do dano previsto no artigo, usou 0 agente de violencia contra a pessoa, serthe-A aplicada iguaimente a pena a ela correspondente. Dano em aparethos e instalagées de aviagao e navais, e em estabelecimentos militares > At 264. Praticar dano’ ||- em aeronave, hangar, depésito, pista ou instalagdes de campo de aviagdo, engenho de guerra motomecanizado, viatura em comboio militar, arsenal, dique, doca, armazém, quartel, alojamento ou em qualquer outra instalagao militar; Il--em estabelecimento miltar sob regime industrial, ou centro industrial a servigo de construgdo ou fabricagéo militar: Pena- reclusso, de dois a dez anos. Pardgrafo unico. Aplica-se o disposto nos pardgrafos do artigo anterior. Desaparecimento, consungae ou extravio # Art. 265, Fazer desaparecer, consumir ou extraviar combustivel, armamento, munigao, pegas de equipamento de navio ou de aeronave ou de engenho de guerra motomecanizado: Pena - reclusao, até trés anos, se o fato nao constitui crime mais grave. Modalldades culposas # Art 266. Se o crime dos arts. 262, 263, 264 e 265 € culposo, a pena é de detengdo de seis meses a dois anos; ou, se 0 agente & oficial, suspensao do exercicio do pésto de um a trés anos, ou reforma; se resulta leso corporal ou morte, aplica-se também a pena cominada ao crime culposo contra a pessoa, podendo ainda, se o agente é oficial, ser imposta a pena de reforma, CAPITULO VIL DA USURA Usura pecuniaria # Art. 267. Obter ou estipular, para si ou para outrem, no contrato de miituo de dinheiro, abusando da premente necessidade, inexperiéncia ou leviandade do mutuario, juro que excede a taxa fixada em lei, regulamento ou ato oficial Pena - detengdo, de seis meses a dois anos. Cases assimilados www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 58 2107/2020 DELI001 '§ 1° Na mesma pena incorre quem, em repartigao ou local sob administragao militar, recebe vencimento ou provento de ‘outrem, ou permite que éstes sejam recebidos, auferindo ou permitindo que outrem aufira proveito cujo valor excede a taxa de trés por cento Agravagao de pena '§.2° Apena é agravada, se o crime & cometido por superior ou por funcionério em razao da fungéo. TITULO VI DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PUBLICA, CAPITULO! DOS CRIMES DE PERIGO COMUM Incéndio # At. 268, Causarincéndio em lugar sujeito & administracéo militar, expondo a perigo a vida, a integridade fisica ou 0 patriménio de outrem: Pena - reclusdo, de trés a olto anos. § 1° Apena é agravada: Agravacao de pena | - se 0 crime 6 cometido com intuito de obter vantagem pecunidria para si ou para outrem; II-se 0 incéndio ¢: a) em casa habitada ou destinada a habitacao; b) em edificio publico ou qualquer construgao destinada @ uso piiblico ou a obra de assisténcia social ou de cultura; c) em navio, aeronave, combolo ou velculo de transporte coletivo; 4d) em estagao ferrovidria, rodovidria, aerédromo ou construgao portuaria; e) em estaleiro, fébrica ou oficina: 4) em depésito de explosivo, combustivel ou inflamavel; {9} em pogo petrolifero ou galeria de mineragao; h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta, § 2° Se culposo o incéndio: Incéndio culposo Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Explosao & Att. 269. Causar ou tentar causar explosdo, em lugar sujeito & administracao militar, expondo a perigo a vida, a integridade ou o patriménio de outrem: Pena - reclusdo, até quatro anos. Forma qualificada www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 54/81 2107/2020 DELI001 § 1° Se a substancia utilizada 6 dinamite ou outra de efeitos andlogos: Pena - reclusdo, de trés a oito anos. Agravagéo de pena § 2° A pena é agravada se ocorre qualquer das hipdteses previstas no § 1°, n® |, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no n° Il do mesmo pardgrafo. § 3° Se a explosio é causada pelo desencadeamento de energia nuclear: Pena - reclusdo, de cinco a vinte anos. Modalidade culposa § 4° No caso de culpa, se a explosao ¢ causada por dinamite ou substancia de efeitos andlogos, a pena é detencao, de seis meses a dois anos; se 6 causada pelo desencadeamento de energia nuclear, detencao de trés a dez anos; nos demais, casos, detencao de trés meses a um ano, Emprago de gas téxico ou asfixiante # Art. 270. Expor a perigo a vida, a integridade fisica ou 0 patriménio de outrem, em lugar sujeito a administragao militar, usando de gas toxico ou asfixiante ou prejudicial de qualquer modo a incolumidade da pessoa ou da coisa Pena- reclusdo, até cinco anos Modalidade culposa Pardgrafo unico. Se o erime & culposo: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Abuso de radiagao * Art 271. Expor a perigo a vida ou a integridade fisica de outrem, em lugar sujeito & administragao militar, pelo abuso de radiagao ionizante ou de substancia radioativa: Pena - reclusao, até quatro anos. Modalidade culposa Paragrato inico. Se 0 crime 6 culposo: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Inundagao * Art 272. Causar inundagdo, em lugar sujeito & administragao militar, expondo a perigo a vida, a integridade fisica ou © patriménio de outrem: Pena- recluséo, de trés a oito anos. Modalidade culposa Pardgrafo unico. Se o crime 6 culposo: Pena - detengao, de seis moses a dois anos. Perigo de inundagéo ® Ax. 273, Remover, destruir ou inutilizar obstaculo natural ou obra destinada a impedir inundagao, expondo a perigo a vida, a integridade fisica ou o patriménio de outrem, em lugar sujeito & administragao militar: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 5581 2107/2020 DELI001 Pena - reclusdo, de dois a quatro anos. Desabamento ou desmoronamento # At. 274. Causar desabamento ou desmoronamento, em lugar sujeito & administracao militar, expondo a perigo a vida, a integridade fisica ou o patriménio de outrem Pena - reclusdo, até cinco anos. Modalidade culposa Pardgrato iinico, Se o crime 6 culposo: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Subtragdo, ocultagao ou inutilizagao de material de socorro * Art, 275, Subtrair, ocultar ou inutiizar, por ocasiao de incéndio, inundagao, naufrigio, ou outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado a servico de combate ao perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou dificultar servigo de tal natureza: Pena - reclusao, de trés a seis anos, Fatos que expéem a perigo aparelhamento militar # Att.276. Praticar qualquer dos fatos previstos nos artigos anteriores déste capitulo, expondo a perigo, embora em lugar no sujeito & administragéo militar navio, aeronave, material ou engenho de guerra motomecanizado ou néo, ainda que ‘em construgao ou fabricagao, destinados as fércas armadas, ou instalagbes especialmente a servigo delas: Pena - reclusdo de dois a seis anos. Modalidade culposa Pardgrafo iinico. Se 0 crime 6 culposo: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Formas qualificadas pelo resultado * Att, 277. Se do crime doloso de perigo comum resulta, além da vontade do agente, lesdo grave, a pena é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesao corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicidio culposo, aumentada de um t&rco Difusdo de epizootia ou praga vegetal * Att 278. Difundir doenga ou praga que possa causar dano a floresta,plantago, pastagem ou animais de utlidade ‘econémica ou militar, em lugar sob administragao militar Pona - reclusdo, até trés anos. Modalidade culposa Pardgrato iinico, No caso de culpa, a pena 6 de detencao, até seis meses, Embriaguez ao volante # Art, 279, Dirigir veiculo motorizado, sob administragéo militar na via publica, encontrando-se em estado de ‘embriaguez, por bebida alcodlica, ou qualquer outro inebriante: Pena - detengdo, de trés meses a um ano. Perigo resultante de violagdo de regra de transito www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 56/81 2107/2020 DELI001 # Art. 280. Violar regra de regulamento de transito, dirigindo veiculo sob administragao militar, expondo a efetivo © ‘grave perigo a incolumidade de outrem: Pena - detengdo, até seis meses. Fuga apés acidente de transito Art. 281. Causar, na diregdo de veiculo motorizado, sob administrago militar, ainda que sem culpa, acidente de transite, de que resulte dano pessoal, e, em seguida, afastar-se do local, sem prestar socorro a vitima que déle necessite: Pena - detengéo, de seis meses a um ano, sem prejuizo das cominadas nos arts. 206 © 210. Isengio de prisio em flagrante Pardgrafo iinico. Se o agente se abstém de fugir e, na medida que as circunstancias o permitam, presta ou providencia para que seja prestado socorra a vitima, fica isento de prisdo em flagrante. CAPITULO IL DOS CRIMES CONTRA OS MEIOS DE TRANSPORTE E DE COMUNICAGAO Perigo de desastre ferroviario # Art. 282. Impedir ou perturbar servigo de estrada de ferro, sob administrago ou requisigao militar emanada de ordem legal: | - daniffcando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de trag4o, obra de arte ou instalagao; II colocando obstaculo na linha; IIL transmitindo falso aviso acérca do movimento dos vefculos, ou interrompendo ou embaracando o funcionamento dos meios de comunicacao; IV-- praticando qualquer outro ato de que possa resultar desastre: Pena - reclusdo, de dois a cinco anos. Desastre efetivo § 1° Se do fato resulta desastre: Pena - reclusao, de quatro a doze anos. '§ 2° Se o agente quis causar o desastre ou assumiu o risco de produzito: Pena - reclusdo, de quatro a quinze anos. Modalidade culposa '§ 3° No caso de culpa, ocorrendo desastre: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Cones § 4° Para os efeitos déste artigo, entende-se por “estrada de ferro” qualquer via de comunicagéo em que circulem veiculos de tragdo mecanica, em trihos ou por meio de cabo aéreo. Atentado contra transporte www planalio gov.brlecivi_08/Decrete-LeiDeI1001.him sriet 2107/2020 DELI001 * Art. 283. Expor a perigo aeronave, ou navio préprio ou alheio, sob guarda, protegao ou requisi¢ao militar emanada de ordem legal, ou em lugar sujeito & administragao militar, bem como praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegacao aérea, maritima, fluvial ou lacustre sob administragdo, guarda ou protegao militar: Pena - reclusao, de dois a cinco anos. Superve de sinistro §1° Se do fato resulta naufragio, submerséo ou encalhe do navio, ou a queda ou destruigo da aeronave: Pena- reclusso, de quatro a doze anos. Modalidade culposa § 2° No caso de culpa, se correo sinistro: Pena - detenglo, de seis meses a dois anos. Atentado contra viatura ou outro meio de transporte # Art. 284. Expor a perigo viatura ou outro meio de transporte militar, ou sob guarda, protegao ou requisigao militar ‘emanada de ordem legal, impedir-Ihe ou diffcultar-Ihe o funcionamento: Pena- recluséo, até trés anos. Desastre efetivo § 1° Se do fato resulta desastre, a pena é reclusto de dois a cinco anos. Modalidade culposa {§ 2° No caso de culpa, se ocorre desastre Pena - detengao, até um ano, Formas qualificadas pelo resultado # Art 285, Se de qualquer dos crimes previstos nos arts, 262 a 284, no caso de desastre ou sinistro, resulta morte de ‘alguém, aplica-se 0 disposto no art. 277. Arremésso de projétil # Art 286. Arremessar projétil contra veiculo militar, em movimento, destinado a transporte por terra, por Agua ou pelo ar: Pena - detengdo, até seis meses. Forma qualificada pelo resultado Pardgratfo tinico, Se do fato resulta les&o corporal, a pena é de detengdo, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena 6 a do homicidio culposo, aumentada de um térgo. Atentado contra servico de utilidade militar * Art, 287, Atentar contra a seguranca ou o funcionamento de servigo de agua, luz, fOrga ou acesso, ou qualquer outro de utilidade, em edificio ou outro lugar sujeito @ administragao militar: Pena - reclusao, até cinco anos. Pardgrafo tinico. Aumentar-se-a a pena de um térgo até metade, se 0 dano ocorrer em virtude de subtragao de material ‘essencial ao funcionamento do servigo. Interrupgao ou perturbacdo de servico ou meio de comunicagéo www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him se/8 2107/2020 DELI001 # Art, 288, Interromper, perturbar ou dificultar servigo telegrético, telefénico, telemétrico, de televisdo, telepercepgao, sinalizagao, ou outro meio de comunicagao militar; ou impedir ou dificultar a sua instalagao em lugar sujeito a administracao militar, ou desde que para esta seja de interésse qualquer daqueles servicos ou meios: Pena - detengéo, de um a trés anos. Aumento de pena ajo NM: 288-Nos crimes provisos neste capulo, @ pena seréapravad, se forem comeldos em ocasido de calamidade piblica CAPITULO IN DOS CRIMES CONTRA A SAUDE ‘Trafico, posse ou uso de entorpecente ou substancia de efeito similar # Art, 290. Receber, preparar, produzir, vender, fomecer, ainda que gratuitamente, ter em depésito, transportar, trazer cconsigo, ainda que para uso préprio, guardar, ministrar ou entregar de qualquer forma a consumo substancia entorpecente, ‘ou que determine dependéncia fisica ou psiquica, em lugar sujeito @ administragao militar, sem autorizagao ou em desacbrdo com determinagao legal ou regulamentar: Pena - reclusdo, até cinco anos. Casos assi jlados '§ 1° Na mesma pena incorre, ainda que o fato incriminado ocorra em lugar ndo sujeito a administracao militar: | -o militar que fornece, de qualquer forma, substdncia entorpecente ou que determine dependéncia fisica ou psiquica a ‘outro militar, | - 9 militar que, em servigo ou em missao de natureza militar, no pais ou no estrangeiro, pratica qualquer dos fatos especificados no artigo; IIL- quem fomece, ministra ou entrega, de qualquer forma, substancia entorpecente ou que determine dependéncia fisica ou psiquica a militar em servigo, ou em manobras ou exercicio. Forma qualificada § 2° Seo agente é farmacéutico, médico, dentista ou veterinario: Pena - reclusao, de dois a oito anos, Receita ilegal # Art 291. Prescrever 0 médico ou dentista militar, ou aviar 0 farmacéutico militar receita, ou fornecer substéncia entorpecente ou que determine dependéncia fisica ou psiquica, fora dos casos indicados pela terapéutica, ou em dose ‘evidentemente maior que a necessaria, ou com infragao de preceito legal ou regulamentar, para uso de militar, ou para ‘entrega a éste; ou para qualquer fim, a qualquer pessoa, em consultério, gabinete, farmacia, laboratério ou lugar, sujeitos & administragao militar: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Cases assimilados Paragrafo ‘nico, Na mesma pena incorre: | 0 militar ou funcionétio que, tendo sob sua guarda ou cuidado substancia entorpecente ou que determine dependéncia fisica ou psiquica, em farmédcia, laboratério, consultério, gabinete ou depésito militar, dela langa mao para uso préprio ou de outrem, ou para destino que nao seja licito ou regular; www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 59/81 2107/2020 DELI001 Il - quem subtrai substancia entorpecente ou que determine dependéncia fisica ou psiquica, ou dela se apropria, em lugar sujeito & administragao militar, sem prejulzo da pena decorrente da subtragao ou apropriagao indébita; IIL- quem induz ou instiga militar em servigo ou em manobras ou exercicio a usar substancia entorpecente ou que determine dependéncia fisica ou psiquica; IV- quem contribui, de qualquer forma, para incentivar ou difundir 0 uso de substdncia entorpecente ou que determine dependéncia fisica ou psiquica, em quartéis, navios, arsenais, estabelecimentos industriais, alojamentos, escolas, colégios ou outros quaisquer estabelecimentos ou lugares sujeitos 4 administragao militar, bem como entre militares que estejam em serviga, ou 0 desempenhem em missto para a qual tenham recebido ordem superior ou tenham sido legalmente requisitados. Epidemia * Art, 292. Causar epidemia, em lugar sujeito 2 administragao militar, mediante propagagao de germes patogénicos: Pena - recluso, de cinco a quinze anos. Forma qualificada § 1° Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em débro. Modalidade culposa '§ 2° No caso de culpa, a pena é de detengo, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos. Envenenamento com perigo extensivo 2 Aat.293. Envenenar agua potével ou substéncia almenticia ou medicinal, expondo a perigo a satide de militares em mangbras ou exercicio, ou de indefiido nimero de pessoas, em lugar sujeito a administragao militar: Pena - reclusdo, de cinco a quinze anos. Caso assimilado § 1° Esta sujeito a mesma pena quem em lugar sujeito @ administragao militar, entrega a consumo, ou tem em depésito, para o fim de ser distribuida, agua ou substancia envenenada. Forma qualificada § 2° Se resulta a morte de alguém: Pena - reclusdo, de quinze a trinta anos, Modalidade culposa '§ 3° Se o crime 6 culposo, a pena é de detengio, de s: anos; ou, se resulta a morte, de dois a quatro Corrupgao ou poluigao de agua potavel ® Att, 294, Corromper ou poluir égua potdvel de uso de quartel, fortaleza, unidade, navio, aeronave ou estabelecimento militar, ou de tropa em manobras ou exercicio, tomando-a imprépria para consumo ou nociva a saiide: Pena - reclusdo, de dois a cinco anos. Modalldade culposa Paragrafo iinico, Se o crime é culposo: Pena - detengdo, de dois meses a um ano. Fornecimento de substancia no www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him ot 2107/2020 DELI001 ® Art. 295. Forecer as forgas armadas substancia alimenticia ou medicinal corrompida, adulterada ou falsificada, tommada, assim, nociva a sade: Pena - reclusdo, de dois a seis anos. Modalidade culposa Pardgrafo inico, Se o crime é culposo: Pena - detengdo, de seis meses a dois anos. Ant 296. Fomecer as férgas armadas substéncia alimenticia ou medicinal alterada, reduzindo, assim, 0 sou valor nutritive ou terapéutico: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Modalidade culposa Paragrato tinico, Se o crime 6 culposo: Pena - detengao, até seis meses. Omissao de notificagao de doenca # Ast 297. Deixar 0 médico militar, no exercicio da fungéo, de denunciar a autoridade publica doenca cuja notificagéo & ‘compulséria: Pena - detengdo, de seis meses a dois anos. TITULO vu DOS CRIMES CONTRA AADMINISTRAGAO MILITAR CAPITULO I DO DESACATO E DA DESOBEDIENCIA Desacato a superior # Ast 298. Desacatar superior, ofendendo-Ihe @ dignidade ou o decéro, ou procurando deprimi-the a autoridade: Pena - reclusao, até quatro anos, se o fato no constitul crime mais grave. Agravagao de pena Pardgrafo Unico. A pena é agravada, se o superior é oficial general ou comandante da unidade a que pertence o agente. Desacato a militar ® Ast 299, Desacatar militar no exercicio de fungao de natureza militar ou em razao dela: Pena - detengao, de seis meses a dois anos, se o fato nao constitui outro crime, Desacato a assemelhado ou funcionario * Art, 300, Desacatar assemelhado ou funcionétio civil no exercicio de fungao ou em razao dela, em lugar sujeito & ‘administragao militar: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him oust 2107/2020 DELI001 Pena - detengao, de seis meses a dois anos, se 0 fato nao constitui outro crime, Desobediéncia # Art 301. Desobedecer a ordem legal de autoridade militar: Pena - detengdo, até seis meses. Ingrosso clandestino At 302. Penetrar em fortaleza, quartl, estabelecimento miltar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito & administragao militar, por onde seja defeso ou nao haja passagem regular, ou iludindo a vigiléncia da sentinela ou de vigia Pena - detengéo, de seis meses a dois anos, se o fato néo constitu crime mais grave. CAPITULO IL DO PECULATO Peculato # Ast, 303. Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem mével, publico ou particular, de que tem a posse ou detengdo, em razao do cargo ou comissdo, ou desvié-lo em proveito proprio ou alheio: Pena - reclusao, de trés a quinze anos. § 1° A pena aumenta-se de um tergo, se 0 objeto da apropriacao ou desvio é de valor superior a vinte vézes o salério Peculato-furto § 2° Aplica-se a mesma pena a quem, embora ndo tendo a posse ou detengio do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraido, em proveito proprio ou alheio, valendo-se da facilidade que Ihe proporciona a qualidade de militar ou de funcionario, Peculato culposo § 3° Se o funcionério ou 0 militar contribui culposamente para que outrem subtraia ou desvie o dinheiro, valor ou bem, ‘ou dele se aproprie: Pena - detengdo, de trés meses a um ano. Extingao ou minoragao da pena § 4° No caso do paragrafo anterior, a reparagao do dano, se precede a sentenca irrecortivel, extingue a punibilidade; se Ihe 6 posterior, reduz de metade a pena imposta Peculato mediante aproveitamento do érro de outrem * Att 304. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utiidade que, no exercicio do cargo ou comisséo, recebeu por érro de outrem: Pena recluséo, de dois a sete anos. caPiTuLo It DA CONCUSSAO, EXCESSO DE EXAGAO E DESVIO Concussio www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him eet 2107/2020 DELI001 # Art. 305. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da fungao ou antes de assumia, mas ‘em razao dela, vantagem indevida: Pena - reclusdo, de dois a ito anos, Excesso de exacao * Att 306, Exigirimpésto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou, quando devido, empregar na cobranga melo vexatério ou gravoso, que a lei no autoriza: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Desvio # Art. 307. Desviar, om proveito préprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente, em razao do cargo ou fungao, para recolher aos cofres publicos: Pena - reclusdo, de dois a doze anos. CAPITULO IV DA CORRUPGAO Corrupgao passiva * Ax 308, Receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da fungo, ou antes de assumila, mas em razio dela vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - recluso, de dois a cite anos, ‘Aumento de pena § 1° A pena 6 aumentada de um tergo, se, em conseqiiéncia da vantagem ou promessa, o agente retarda ou deixa de praticar qualquer ato de oficio ou o pratica infringindo dever funcional. Diminuigao de pena § 2° Se o agente pratica, deixa de praticar ou retarda 0 ato de oficio com infragao de dever funcional, cedendo a pedido ou influncia de outrem: Pena - detengdo, de trés meses a um ano. Corrupgao ativa Art, 309, Dar, oferecer ou prometer dinheira ou vantagem indevida para a prtica, omisslo ou retardamento de ato funciona Pona - reclusdo, até oito anos. ‘Aumento de pena Pardgrafo Unico, A pena é aumentada de um térgo, se, em razéo da vantagem, dadiva ou promessa, é retardado ou ‘omitido 0 ato, ou praticado com infragao de dever funcional. Participacao ilicita # Art. 310. Participar, de modo ostensivo ou simulado, diretamente ou por interposta pessoa, em contrato, fornecimento, ou concessdo de qualquer servigo concernente a administracao militar, sobre que deva informar ou exercer fiscalizagao em razo do oficio: Pena - reclusdo, de dois a quatro anos. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him eaves 2107/2020 DELI001 Pardgrafo tnico. Na mesma pena incorre quem adquire para si, direta ou indiretamente, ou por ato simulado, no todo ou ‘em parte, bens ou efeitos em cuja administragao, depésito, guarda, fiscalizagao ou exame, deve intervir em razéo de seu ‘emprago ou fungao, ou entra em especulagao de lucro ou interésse, relativamente a ésses bens ou efeitos. CAPITULO V DA FALSIDADE Falsificagao de documento Art. 31. Falsificar, no todo ou em parte, documento piiblico ou particular, ou allerar documento verdadeiro, desde que 0 fato atente contra a administragao ou o servigo militar Pena - sendo documento puiblco, reclusio, de dois a seis anos; sendo documento particular, reclusdo, até cinco anos. Agravacao da pena '§ 1° A pena é agravada se 0 agente é oficial ou exerce fungao em repartigao militar. Documento por equiparagao § 2° Equipara-se a documento, para os efeltos penals, o disco fonogréfico ou a fita ou flo de aparelho eletromagnético a ‘que se incorpore declaragao destinada & prova de fato juridicamente relevante. Falsidads eolégica * Art 312, Omitr, em documento piiblico ou particular, declaragéo que déle devia constar, ou néle inserr ou fazer inserir declaragao falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigagao ou alterar a verdade sdbre fatojuridicamente relevante, desde que o fato atente contra a administragao ou o servigo miltar: Pona -reclusao, até cinco anos, se 0 documento é pico; reclusdo, até trés anos, se o documento & particular. Cheque sem fundos # At, 313, Emitir cheque sem suficiente provisdo de fundos em poder do sacado, se a emissao 6 feita de militar em favor de militar, ou se o fato atenta contra a administragao militar: Pena - recluséo, até cinco anos. § 1 Salvo o caso do art. 245, & irelevante ter sido o cheque emitide para servir como titulo ou garantia de divida Atonuagdo de pena {§ 2° Ao crime previsto no artigo aplica-se o disposto nos §§ 1° @ 2° do art. 240. Cortidao ou atestado ideolégicamonte falso * Att 314. Atestar ou certficar falsamente, em razéo de fungao, ou profissao, fato ou circunstancia que habilte alguém a obter cargo, posto ou fungao, ou iseneao de Gnus ou de servigo, ou qualquer outra vantagem, desde que 0 fato atente contra a administragao ou servigo militar Pena - detengao, até dots anos. Agravacao de pena Pardgrafo Unico. A pena é agravada se o crime & praticado como fim de lucro ou em prejuizo de terceiro. Uso de documento falso www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him east 2107/2020 DELI001 # Art. 316, Fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados por outrem, a que se referem os artigos anteriores: Pena - a cominada a falsificagao ou alteragéo. ‘Supressao de documento 4 Att 316, Destrui, suprimir ou ocultar, em beneticio préprio ou de outrem, ou em prejuizo alhelo, documento verdadero, de que ndo podia dispor, desde que o fato atente contra a administragao ou 0 servo militar: Pena - reclusdo, de dois a seis anos, se o documento pablico; reclusdo, até cinco anos, se o documento é particular. Uso de documento pessoal alheio # Art. 317. Usar, como préprio, documento de identidade alheia, ou de qualquer licenca ou priviégio em favor de ‘outrem, ou ceder a outrem documento proprio da mesma natureza, para que déle se utilize, desde que 0 fato atente contra a administragao ou 0 servigo militar: Pena - detengao, até seis meses, se o fato nao constitui elemento de crime mais grave, Falsa identidade # Art. 318. Atribuir-se, ou a terceiro, perante a administragao militar, falsa identidade, para obter vantagem em proveito préptio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detengéo, de trés meses a um ano, se fato néo constitu crime mais grave. CAPITULO VI DOS CRIMES CONTRA 0 DEVER FUNCIONAL Prevaricagao # Art. 319, Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de oficio, ou praticé-lo contra expressa disposigao de lei, para satisfazer interésse ou sentimento pessoal Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Violagao do dever funcional com o fim de lucro Art, 320. Violar, em qualquer negécio de que tenha sido incumbido pela administragéo miltar, seu dever funcional para obter especulativamente vantagem pessoal, para si ou para oulrem: Pena - reclusdo, de dois a oito anos. Extra , sonegago ou inutilizagao de livro ou documento # Act. 321. Extraviarlivo oficial, ou qualquer documento, de que tom a guarda om razéo do cargo, sonegélo ou inutiizéslo, total ou parcialmente: Pena - reclusdo, de dois a seis anos, se o fato nao constitui crime mais grave. Condescendéncia criminosa # Att. 322. Deixar de responsabilizar subordinado que comete infragao no exercicio do cargo, ou, quando the falte ‘competéncia, ndo levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - se o fato foi praticado por indulgéncia, deteng&o até seis meses; se por negligéncia, detengdo até trés meses. Nao incluso de nome em li www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him sit 2107/2020 DELI001 Att, 323, Deixar, no exercicio de fungao, de incluir, por negligéncia, qualquer nome em relagdo ou lista para o efeito de alistamento ou de convocagao militar: Pena - detengdo, até seis meses. Inobservancia de lei, regulamento ou instrugao, * Art 824. Deixar, no exercicio de fungdo, de observer le, regulamento ou instrugao, dando causa direta & pratica de ato prejudicial & administragao militar Pena - se 0 fato foi praticado por tolerdncia, detengao até sels meses; se por negligéncia, suspensio do exercicio do pésto, graduago, cargo ou {ungdo, de trés meses a um ano. Violagao ou divulgagao indevida de correspondéncia ou comunicagao ‘Art. 325. Devassar indevidamente 0 contetido de correspondéncia dirigida @ administragao militar, ou por esta expedida: Pena - detengao, de dois a seis meses, se o fato nao constitui crime mais grave. Pardgrafo Unico. Na mesma pena incorre quem, ainda que néo seja funcionério, mas desde que o fato atente contra a administragao militar: | indevidamente se se apossa de correspondéncia, embora ndo fechada, ¢ no todo ou em parte a sonega ou destrdi Il-indevidamente divulga, transmite a outrem, ou abusivamente utliza comunicagéo de interBsse militar II impede a comunicagéo referida no niimera anterior. Violagae de sigilo funcional * Art. 326, Revelar fato de que tem ciéncia em razo do cargo ou fungao e que deva permanecer em segrédo, ou faciitarthe a revelagao, em prejuizo da administragao militar: Pena - detengao, de seis meses a dois anos, se o fato nao constitui crime mais grave. Violagao de sigilo de proposta de concorréncia # Art. 327. Devassar o sigilo de proposta de concorréncia de interésse da administracao militar ou proporcionar a terceiro 0 ensejo de devassé-o: Pena - detengdo, de trés meses a um ano. Obstéculo a hasta publica, concorréncia ou tomada de progos * Att 328. Impedir, perturbar ou fraudar a realizagao de hasta pliblica, concorréncia ou tomada de precos, de interésse da administragao militar: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Exercicio funcional gal * Art, 329, Entrar no exercicio de posto ou fungao militar, ou de cargo ou fungao em repartigao militar, antes de satisfeitas as exigéncias legais, ou continuar 0 exercicio, sem autorizagao, depois de saber que foi exonerado, ou afastado, legal e definitivamente, qualquer que seja o ato determinante do afastamento: Pena - detengao, até quatro meses, se o fato nao constitui crime mais grave. Abandono de cargo # Ad 330. Abandonar cargo publico, em reparticao ou estabelecimento militar: Pena - detengdo, até dois meses. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him eit 2107/2020 DELI001 Formas qualificadas § 1° Se do fato resulta prejuizo a administragao militar: Pena - detengdo, de tr6s meses a um ano. § 2° Se 0 fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira Pena - detengéo, de um a trés anos. Aplicagao ilegal de verba ou dinheiro & Ast 331. Dar as verbas ou ao dinheiro pubblico aplicagao diversa da estabelecida om lei Pena - detengéo, até scis meses. ‘Abuso de confianga ou boa: # Art, 332, Abusar da confianga ou boa-fé de militar, assemethado ou funciondirio, em servigo ou em razao déste, apresentando-the ou remetendo-Ihe, para aprovacao, recebimento, anuéncia ou aposi¢ao de visto, relagdo, nota, empenho de despesa, ordem ou félha de pagamento, comunicagao, offcio ou qualquer outro documento, que sabe, ou deve saber, serem inexatos ou imegulares, desde que o fato atente contra a administragao ou o servigo militar: Pena - detengdo, de seis meses a dois anos, se o fato no constitui crime mais grave. Forma qualificada § 1° A pena 6 agravada, se do falo decorre prejuizo material ou processo penal militar para a pessoa de cuja conflanga ou boa-fé se abusou Modalidade culposa §2° Se a apresentagao ou remessa decorre de culpa Pena - detencao, até seis meses Violéncia arbitraria * Att. 333, Praticar violencia, em repartigao ou estabelecimento militar, no exercicio de fungao ou a pretexto de exercé- Pena - detengdo, de sels meses a dois anos, além da correspondente a violencia, Patrocinio indébito # Ast. 334. Patrocinar, direta ou indiretamente, interésse privado perante a administragao militar, valendo-se da ‘qualidade de funcionario ou de militar: Pena - detengao, até trés meses. Paragrato inico. Se 0 interésse 6 ilegitimo: Pena - detengao, de trés meses a um ano. CAPITULO VII DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAGAO MILITAR, www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him ovat 2107/2020 DELI001 Usurpagao de fungao * Ast 335, Usurpar 0 exercicio de fungao em reparti¢ao ou estabelecimento militar: Pena - detengdo, de trés meses a dois anos. Trafico de influéncia 2 Ad 336, Obter para si ou para oulrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de inuir em miltar ou assemelhado ou funciondro de repatigao mila, no exereicio de fung&o: Pena - reclusao, até cinco anos. ‘Aumento de pena Pardgrafo nico. A pena é agravada, se 0 agente alega ou insinua que a vantagem 6 também destinada ao militar ou assemethado, ou ao funcionario. ‘Subtragdo ou inutilizago de livro, processo ou documento # Art, 337, Subtrair ou inutilzar, total ou parcialmente, liv oficial, processo ou qualquer documento, desde que o fato atente contra a administragao ou o servigo militar: Pena -reclusdo, de dois a cinco anos, se ofato ndo constitu crime mats grave, Inutilizagao de edital ou de sinal oficial * Art. 888, Rasgar, ou de qualquer forma inutlizar ou conspurcar eda afixado por ordem da autoridade militar; violar ou inutlizar sélo ou sinal empregado, por determinagao legal ou ordem de autoridade militar, para identficar ou cerar qualquer objeto: Pena - detengao, até um ano. Impedimento, perturbagao ou fraude de concorréncia # At, 339, Impedir, perturbar ou fraudar em projuizo da Fazenda Nacional, concorréncia, hasta publica ou tomada do pregos ou outro qualquer proceso administrativo para aqusigéo ou venda de coisas ou mercadorias de uso das forgas armadas, seja elevando arbtrriamente os pregos, auferindo lucro excedente a um quinto do valor da transa¢ao, seja alterando substancia, qualidade ou quantidade da coisa ou mercadoria fornecida, seja impedindo a livre concorréncia de outros fornecedores, ou por qualquer modo tornando mais onerosa a transacao: Pena - detengao, de um a trés anos. '§ 1° Na mesma pena incorre o intermediario na transagéo. §2° E aumentada a pena de um tergo, se o crime ocorre em periodo de grave crise econémica TITULO vill DOS CRIMES CONTRA AADMINISTRAGAO DA JUSTICA MILITAR Recusa de fungio na Justica Militar Art. 340. Recusar o militar ou assemethado exercer, sem motivo legal, fun¢ao que Ihe seja atribuida na administragao da Justiga Militar: Pena - suspensio do exercicio do pésto ou cargo, de dois a seis meses. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him oat 2107/2020 DELI001 Desacato Art 341, Desacatar autoridade jucicidria militar no exercicio da fungao ou em razao deta Pena -reclusdo, até quatro anos Coacao Ant. 342, User de violéncia ou grave ameaca, com 0 fim de favorecer interésse proprio ou alhelo, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona, ou é chamada a intervir em inquérto poliial, processo administrativo ou julia militar: Pena -recluséo, até quatro anos, além da pena correspondents @ violéncia Denunciagao caluniosa # Art 343. Dar causa & instauragao de inquérito policial ou processo judicial militar contra alguém, imputando-the crime sujeito a jurisdigao militar, de que o sabe inocente: Pena - reclusdo, de dois a oito anos, Agravagao de pena Pardgrafo Unico. A pena ¢ agravada, se 0 agente se serve do anonimato ou de nome suposto. Comunicagao falsa de crime Art. 344, Provocar @ agéo da autoridade, comunicandoshe a ocorréncia de crime sujeit &jursdigae militar, que sabe néo $e ter verificado Pena - detengao, até seis meses. Auto-acusagio falsa > Art 345. Acusar-se, perante a autoridade, de crime sujeito a jurisdi¢ao militar, inexistente ou praticado por outrem: Pena - detengao, de trés meses a um ano. Falso testemunho ou falsa pericia * Art, 346, Fazer afirmagao falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perio, tradutor ou intérprete, em inquérito policial, processo administrativo ou judicial, militar: Pena - reclusdo, de dois a seis anos. Aumento de pena § 1° A pena aumenta-se de um térco, se o crime é praticado mediante subémo. Retratago '§ 2° O fato deixa de ser punivel, se, antes da sentenga o agente se retrata ou dectara a verdade. Corrupgao ativa de testemunha, perito ou intérprate Art, 347, Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, tradutor ou intérprete, para fazer afirmagao falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, pericia, tradugao ou interpretagao, em inquérito policial, processo administrative ou judicial, militar, ainda que a oferta nao seja aceita: Pena - reclusdo, de dois a oito anos. Pul lade opressiva www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him oat 2107/2020 DELI001 # Art 348, Fazer pela imprensa, radio ou televiséo, antes da intercorréncia de deciso definitiva em processo penal militar, comentario tendente a exercer pressao sdbre deciaragao de testemunha ou laudo de perito: Pena - detengdo, até seis meses. Desobediéncia a decisao judicial » Att 349. Deixar, sem justa causa, de cumprir deciséo da Justiga Militar, ou retardar ou fraudar 0 seu cumprimento: Pena - detengdo, de trés meses a um ano. § 1° No caso de transgressio dos arts. 116, 117 e 118, a pena sera cumprida sem prejuizo da execugio da medida de seguranga. § 2° Nos casos do art. 118 e sous §§ 1° @ 2°, a pena pela desobediéncia é aplicada ao representante, ou representantes. legais, do estabelecimento, sociedade ou associagao. Favorecimento pessoal * Art. 350. Auxiliar a subtrair-se & ago da autoridade autor de orime militar, a que ¢ cominada pena de morte ou reclusdo: Pena - detencéo, até seis meses. Diminuigao de pena § 1° Se ao crime & cominada pena de detengao ou impedimento, suspensio ou reforma: Pena - detengéo, até trés meses. Isongéo de pona {§ 2° Se quom presta o auxiio 6 ascondente, descendente, cénjuge ou irmo do criminoso, fica isonto da pena. Favorecimento real * Art, 351, Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptagao, auxilio destinado a tomar seguro 0 proveito do crime: Pena - detengao, de trés meses a um ano. Inutilizagéo, sonegagao ou descaminho de material probante # Att 352. Inulilzar, total ou parcialmente, sonegar ou dar descaminho a autos, documento ou objeto de valor probante, que tem sob guarda ou recebe para exame: Pena - detengéo, de seis meses a trés anos, se 0 fato néo constitu crime mats grave. Modalidade culposa Pardgrato tinico. Se a inutlizagéo ou 0 descaminho resulta de agéo ou omissao culposa: Pena - detengao, até scis meses. Exploragao de prestigio # Art, 363, Solictar ou receber dinheiro ou qualquer outra utlidade, a pretexto de influir em juiz, 6rgao do Ministério Publico, funcionario de justiga, perto, tradutor, intérprete ou testemunha, na Justiga Militar: Pena - reclusdo, até cinco anos. Aumento de pena www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 70181 2107/2020 DELI001 Paragrafo tinico. A pena é aumentada de um térgo, se 0 agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas no artigo. Desobediéncia a decisao sébre perda ou suspenso de atividade ou direito * Art 354. Exercer fungéo, atividade, direito, autoridade ou minus, de que foi suspenso ou privado por decisdo da Justiga Militar: Pena - detengéo, de és meses a dois anos Livro DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE GUERRA TiTULO | DO FAVOREGIMENTO AO INIMIGO CAPITULO I DA TRAIGAO Traigao Att, 365, Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado allado, ou prestar servigo nas forgas armadas de nagao ‘em guerra contra o Brasil Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau minimo. Favor ao inimigo Art. 356. Favorecer ou tentar o nacional favorecer o inimigo, prejudicar ou tentar prejudicar o bom éxito das operagées militares, comprometer ou tentar comprometer a eficiéncia militar: | - empreendendo ou deixando de empreender ago militar; Il entregando ao inimigo ou expando a periga dessa conseqiéncia navio, aeronave, férca ou posigo, engenho de guerra motomecanizado, provisées ou qualquer outro elemento de acao militar; IL perdendo, destruindo, inutiizando, deteriorando ou expondo a perigo de perda, destruigdo, inutllzagdo ou deterioragao, navio, aeronave, engenho de guerra motomecanizado, provisdes ou qualquer outro elemento de acao militar; IV-- sactiicando ou expondo a perigo de sactificio forga militar; \V-- abandonando posigao ou deixando de cumprir misso ou ordem: Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau mfnimo. Tentativa contra a soberania do Brasil * Ast 357. Praticar o nacional o crime definido no art. 142: Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau minimo. Coagao a comandante * ‘Ast 388. Entrar 0 nacional em conluio, usar de violéncia ou ameaca, provocar tumulto ou desordem com o fim de obrigar 0 comandante a nao empreender ou a cesar ago militar, a recuar ou render.se: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 71181 2107/2020 DELI001 Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo. Informagao ou auxilio ao inimigo Att 359, Prestar o nacional ao inimigo informagao ou auxilio que the possa facilitar a agao militar: Pena - morte, grau méximo; reclusdo, de vinte anos, grau minimo. Al lagao de mi 2 Art 360. Aliciar © nacional algum miltar a passar-se para oinimigo ou prestar-ihe auxilio para ésse fim Pena morte, grau maximo; reclusdo, de vite anos, grau minimo. Ato prejudicial fic ia da tropa ® Att. 361. Provocar 0 nacional, em presenga do inimigo, a debandada de tropa, ou guamigao, impedir a reuniao de uma ou outra ou causar alarme, com o fim de nelas produzir confusao, desalento ou desordem: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo. CAPITULO DA TRAIGAO IMPROPRIA Traigéo imprépria Art. 362. Pralicar o estrangeiro os crimes previstos nos arts. 356, ns. I, primeira parte, Il, Il e IV, 357 a 361 Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de dez anos, grau minimo. CAPITULO IH DA COBARDIA Cobardia Art, 363, Subtrair-se ou tentar subtrair-se o militar, por temior, em presenga do inimigo, ao cumprimento do dever mititar: Pena - reclusao, de dois a oito anos, Cobardia qualificada Att. 364. Provocar o militar, por temor, em presenga do inimigo, a debandada de tropa ou guamicao; impedir a reuniao de uma ou outra, ou causar alarme com o fim de nelas produzir confuséo, desalento ou desordem: Pena - morte, grau maximo; recluséo, de vinle anos, grau minimo Fuga em presenga do inimigo 2 Act 365. Fugiro miltar, ou inctar & fuga, em presenga do inimigo: Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau minimo. CAPITULO IV DA ESPIONAGEM Espionagem www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 72161 2107/2020 DELI001 Art, 366, Praticar qualquer dos crimes previstos nos arts, 143 e seu § 1°, 144 @ seus §§ 1° © 2°, © 146, em favor do inimigo ou comprometendo a preparagao, a eficiéncia ou as operagdes militares: Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau minimo. Caso de concurso Pardgrafo Unico. No caso de concurso por culpa, para execugio do crime previsto no arl. 143, § 2°, ou de revelagao culposa (art. 144, § 3°) Pena -reclusdo, de rés a seis anos. Penetragio de estrangeiro Art. 367. Entrar o estrangeiro em territério nacional, ou insinuar-se em férca ou unidade em operagées de guerra, ainda que fora do terrtrio nacional a fim de colnér documento, noticia ou informagao de caréter miltar, em beneticio do inimigo, ou em prejuizo daquelas operagses: Pena -reclusao, de dez a vinte anos, se 0 fato nao consti crime mais grave CAPITULO V DO MOTIM E DA REVOLTA Motim, revolta ou conspiragao # het 368, Praticar qualquer dos crimes definidos nos arts. 149 e seu parsgrafo nico, e 152: Pena - aos cabegas, morte, grau maximo; recluso, de quinze anos, grau minimo. Ags co-autores, reclusdo, de dez a trinta anos. Forma qualificada Paragrato tinico, Se 0 fato é praticado em presenga do inimigo: Pena - aos cabegas, morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo, Aos co-autores, morte, grau maximo; reclusdo, de quinze anos, grau minimo. Omissao de lealdade militar # Adt. 369. Praticar o crime previsto no artigo 181 Pena - reclusdo, de quatro a doze anos. CAPITULO VI DO INCITAMENTO Incitamento * Att, 370, Incitar miltar a desobediéncia, @ indisciplina ou a pratica de crime militar: Pena - reclusao, de trés a dez anos. Pardgrafo unico, Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribul, em lugar sujeito @ administragao militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento a pratica dos alos previstos no artigo. Incitamento em presenga do inimigo # Ait 371. Praticar qualquer dos crimes previstos no art. 370 e seu pardgrafo, em presenga do inimigo: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 7218 2107/2020 DELI001 Pena - morte, grau maximo; reclusao, de dez anos, grau minimo. CAPITULO VII DA INOBSERVANCIA DO DEVER MILITAR Rendigao ou capitulagao * Att 372. Renderse o comandante, sem ter esgotado os recursos extremos de acéo militar; ou, em caso de capitulagao, néo se conduzir de acérdo com o dever militar: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo. Omissao de vigitancia # Att. 373. Deixar-se 0 comandante surpreender pelo inimigo. Pena - detengao, de um a trés anos, se 0 fato nao constitu crime mais grave. Resultado mais grave Paragrafo Unico, Se o fato compromete as operagdes militares: Pena - recluso, de cinco a vinte anos, se o fato ndo constitul crime mais grave. Descumprimento do dever militar * At 374. Deixar, om presenga do inimigo, de conduzinse de acérdo com o dever militar: Pena - recluséo, até cinco anos, se o fato no constitu crime mais grave. Falta de cumprimento do ordem * Ast, 375, Dar causa, por falta do cumprimento de ordem, & ago miltar do inimigo: Pena - reclusao, de dois a oto anos. Resultado mais grave Paragrafo tinico, Se o fato expe a perigo forca, posigéo ou outros elementos de ado militar Pena morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau minimo. Entrega ou abandono culposo * A. 376. Dar causa, por culpa, a0 abandono ou & entrega ao inimigo de posicdo, navo, aeronave, engenho de guerra, provisées, ou qualquer outro elemento de agao rnilitar Pena - reclusdo, de dez a trinta anos. Captura ou sacrificio culposo ® Att. 377. Dar causa, por culpa, ao sacrificio ou captura de forga sob 0 seu comando: Pena - recluséo, de dez a trinta anos. Separacao reprovavel Art. 378, Separar o comandante, em caso de capitulagao, a sorte propria da dos oficiais e pragas: Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau mfnimo. www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 74/91 2107/2020 DELI001 Abandono de comboio * Att, 379, Abandonar comboio, cuja escola the tenha sido confiada: Pena - reclusdo, de dois a oito anos, Resultado mais grave '§ 1° Se do fato resulta avaria grave, ou perda total ou parcial do comboio: Pena morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau minimo. Modalidade culposa '§ 2° Separar-se, por culpa, do combolo ou da escolta Pena - reclusdo, até quatro anos, se o fato nao constitui crime mais grave. Caso assimilado § 3° Nas mesmas penas incorre quem, de igual forma, abandona material de guerra, cuja guarda the tenha sido confiada ‘Separagdo culposa de comando # Ast 380, Permanecer o oficial, por culpa, separado do comando superior: Pena - reclusdo, até quatro anos, seo fato néo constiul crime mais grave. Tolerdncia culposa Art. 981. Deixar, por culpa, evadinse prisioneiro: Pena - recluséo, até quatro anos. Entendimento com 0 inimigo * Art. 382. Entrar 0 militar, sem autorizacao, em entendimento com outro militar ou emissario de pals inimigo, ou servir, para ésse fim, de intermediario: Pena - reclusao, até trés anos, se 0 fato nao constitui crime mais grave. CAPITULO VI Do DANO Dano especial * Act 388, Praticar ou tentar praticar qualquer dos crimes definidos nos arts. 262, 263, §§ 1° ¢ 2", e264, em beneficio do inimigo, ou comprometendo ou podendo comprometer a preparagéo, a eficiéncia ou as aperagées militares: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo. Modalidade culposa Paragrafo unico, Se o crime 6 culposo: Pena - detengao, de quatro a dez anos, Dano em bens de interésse militar www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 75181 2107/2020 DELI001 * Art, 384. Danificar servigo de abastecimento de agua, luz ou forga, estrada, meio de transporte, instalagao telegratica 04 outro meio de comunicagao, depésito de combustivel, inflamaveis, matérias-primas necessarias a produgao, depésito de viveres ou forragens, mina, fabrica, usina ou qualquer estabelecimento de produgao de artigo necessario a defesa nacional ‘ou ao bern-estar da populagdo e, bem assim, rebanho, lavoura ou plantagao, se 0 fato compromete ou pode comprometer a preparagao, a eficiéncia ou as operagées militares, ou de qualquer forma atenta contra a seguranga externa do pais: Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau mfnimo. Envenenamento, corrupgao ou epidemi ® Wt 385. Envenenar ou corromper gua potavel, viveres ou forragens, ou causar epidemia mediante a propagagao do germes patogénicos, so 0 fato compromete ou pode compromoter a proparagao, a eficiéncia ou as operagées militares, ‘ou de qualquer forma atenta contra a seguranga externa do pais: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo. Modalidade culposa Pardgrafo unico. Se o crime & culposo: Pena - detengao, de dois a oito anos. capiruLo ix DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PUBLICA ® Aoi 386. Praticar crime de perigo comum definido nos arts. 268 a 276 e 278, na modalidade dolosa: | se 0 fato compromete ou pode comprometer a preparagéo, a eficiéncia ou as operacées militares; U1 se 0 fato 6 praticado em zona de efetivas operagées militares e déle resulta morte: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo. ‘CAPITULO x DA INSUBORDINAGAO E DA VIOLENCIA Recusa de obediéncia ou oposi¢ao, > Ad. 387. Praticar, em presenga do inimigo, qualquer dos crimes definidos nos arts. 163 e 164: Pena - morte, grau méximo; reclusdo, de dez anos, grau minimo. Coagao contra oficial general ou comandante * ‘At, 388, Exercer coago contra oficial general ou comandante da unidade, mesmo que nao seja superior, com o fim de impedir-Ine o cumprimento do dever militar: Pena - reclusdo, de cinco a quinze anos, se o fato nao constitui crime mais grave. Violéncia contra superior ou militar de servigo > Art, 389, Praticar qualquer dos crimes definidos nos arts. 157 © 158, a que esteja cominada, no maximo, reclusao, de trinta anos: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau mfnimo. www planalto gov.brleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 7618 2072020 Det s001 Paragrato ‘nico. Se ao crime nao 6 cominada, no maximo, reclusao de trinta anos, mas é praticado com arma e em presenga do inimigo: Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de quinze anos, grau minimo. CAPITULO XI DO ABANDONO DE POSTO ‘Abandono de pésto * Ast, 380. Praticar, em presenga do inimigo, crime de abandono de pasto, definido no art. 195: Pena - morte, grau maximo; reciusdo, de vinte anos, grau minimo. CAPITULO Xi DA DESERGAO E DA FALTA DE APRESENTAGAO_ Desergio Pena - a cominada ao mesmo crime, com aumento da metade, se 0 fato no constitu crime mais grave. Pardgrafo Unico. Os prazos para a consumagao do crime so reduzidos de motade. Desergio em presenga do inimigo # Art, 392. Desertar em presenga do inimiga Pena - morte, grau maximo; reclusfo, de vinte anos, grau minimo, Falta de apresentagao # Art. 393. Deixar 0 convocado, no caso de mobilizagao total ou parcial, de apresentar-se, dentro do prazo marcado, no centro de mobilizagao ou ponto de concentragao: Pena - detengao, de um a seis anos. Pardgrafo unico, Se o agente é oficial da reserva, aplica-se a pena com aumento de um térco. CAPITULO XIII DA LIBERTAGAO, DA EVASAO EDO AMOTINAMENTO DE PRISIONEIROS Libertagao de prisioneiro * Att 394, Promover ou faclitar a libertago de prisionero de guerra sob guarda ou custédla de f6rca nacional ou aliada Pena morte, grau maximo; reclusfio, de quinze anos, grau minimo. Evasio de prisioneiro www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 7781 2107/2020 DELI001 * Art, 395. Evadir-se prisioneiro de guerra e voltar a tomar armas contra o Brasil ou Estado aliado: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau mfnimo. Pardgrafo Unico. Na aplicagdo déste artigo, serdo considerados os tratados @ as convengées internacionais, aceitos pelo Brasil relativamente ao tratamento dos prisioneiros de guerra ‘Amotinamento de prisioneiros # fet 396. Amotinaremse prisioneiros em presenga do inimigo: Pena morte, grau maximo; recluséo, de vinte anos, grau minimo. CAPITULO XIV DO FAVOREGIMENTO CULPOSO AO INIMIGO Favorecimento culposo * Att, 397. Contribuir culposamente para que alguém pratique crime que favorega 0 inimigo: Pena - reclusao, de dois a quatro anos, se 0 fato nao constitu crime mais grave. TITULO DA HOSTILIDADE E DA ORDEM ARBITRARIA Prolongamento de hostilidades * Art. 398, Prolongar 0 comandante as hostlidades, depois de oficialmente saber celebrada a paz ou ajustado 0 armisticio. Pena - reclusdo, de dois a dez anos. Ordom arbritaria * Att. 399. Ordenar 0 comandante contribuigao de guerra, sem autorizagao, ou excedendo os limites desta: Pena - reclusdo, até trés anos. TITULO I DOS CRIMES CONTRA A PESSOA CAPITULO! Do HomiciDIo Homi io simples # Art 400. Praticar homicidio, em presenga do inimigo: | -no caso do art, 205: Pena - reclusdo, de doze a trinta anos; Ino caso do § 1° do art. 205, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um tergo; www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him Tai 2107/2020 DELI001 Homicidio qualificado INl- no caso do § 2° do art. 205: Pena - morte, grau maximo; reclusdo, de vinte anos, grau minimo. CAPITULO I Do GENocIDIO Genocidio * Att 401. Praticar, om zona miltarmente ocupada, 0 crime provisto no art. 208: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo. Casos assimilados ® Ast 402. Praticar, com o mesmo fim e na zona referida no artigo anterior, qualquer dos atos previstos nos ns. | Il Il, IV ou V, do paragrafo tnico, do art. 208: Pena - reclusao, de sels a vinte € quatro anos. CAPITULO IH DA LESAO CORPORAL Leséo leve * Act 403. Praticar, em presenga do inimigo, crime definido no art. 208: Pena - detengao, de seis meses a dois anos, Lesio grave § 1° No caso do § 1° do art. 209: Pena - reclusao, de quatro a dez anos. {§ 2° No caso do § 2° do art. 209) Pena - reclusdo, de seis a quinze anos. Lesées qualificadas polo resultado '§ 3° No caso do § 3° do art. 209: Pena « recluso, de oito a vinte anos no caso de lesdo grave; reclusdo, de dez a vinte e quatro anos, no caso de morte. Minoracao facultativa da pena '§ 4° No caso do § 4° do art. 209, 0 juiz pode reduzir a pena de um sexto a um térco. '§ 5° No caso do § 5° do art. 209, o juiz pode diminuir a pena de um térgo. TITULO IV DOS CRIMES CONTRA 0 PATRIMONIO Furto www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 79181 2107/2020 DELI001 * Art, 404, Praticar crime de furto definido nos arts. 240 241 e seus pardgrafos, em zona de operagées militares ou ‘em territério militarmente ocupado: Pena - reclusao, no débro da pena cominada para o tempo de paz. Roubo ou extorsdo * Ast 405. Praticar crime de roubo, ou de extorséo definidos nos arts. 242, 243 e 244, em zona de operagées militares ou em terrtério miltarmente acupado: Pena morte, grau maximo, se cominada pena de recluséo de trinta anos; recluso pelo débro da pena para o tempo de paz, nos outros casos. Saque # Att 406. Praticar 0 saque em zona de operagées militares ou em teritério miltarmente ocupado: Pena - morte, grau maximo; reclusao, de vinte anos, grau minimo. TiTULoV DO RAPTO E DA VIOLENCIA CARNAL Rapto * Ad. 407, Raptar mulher honesta, mediante violéncia ou grave emeaca, para fim libidinoso, em lugar de efetivas coperagies miltares: Pena - reclusdo, de dois a quatro anos. Resultado mais grave § 1° Se da violencia resulta lesao grave: Pena - reclusdo, de seis a dez anos, § 2° Se resulta morte: Pena - reclusdo, de doze a trinta anos, Cumulagao de pena § 3° Se 0 autor, ao efetuar 0 rapto, ou em seguida a éste, pratica outro crime contra a raptada, aplicam-se, ‘cumulativamente, a pena correspondente ao rapto e a cominada ao outro crime. Violéncia carnal # Ast 408. Praticar qualquer dos crimes de violéncia carnal definidos nos arts. 232 e 233, em lugar de efetivas ‘operagées militares: Pena - reclusao, de quatro a doze anos. Resultado mais grave Paragrafo tinico, Se da violéncia resulta: a) lesdo grave: Pena - reclusdo, de oito a vinte anos; b) morte: www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him 081 2107/2020 DELI001 Pena - morte, grau maximo; reclusao, de quinze anos, grau minimo. DISPOSIGOES FINAIS # Art. 409, Séo revogados o Decreto-ei niimero 6.227, de 24 de jansiro de 1944, @ demais disposicées contrérias a Este Cédigo, salvo as leis especiais que definem os crimes conira a seguranga nacional e a ordem politica e social & Aa 410. Este Cédigo entrard em vigor no dia 1° de janeiro de 1970. Brasilia, 21 de outubro de 1969; 148° da Independéncia e 81° da Republica, AUGUSTO HAMANN RADEMAKER GRUNEWALD ‘AURELIO DE LYRA TAVARES MARCIO DE SOUZA E MELLO LUIS ANTONIO DA GAMA E SILVA Este texto nao substitui o publicado no DOU de 21.10.1969 www planalto govbrleevi_08/Decrete-LeiDeI1001.him ayst

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