HISTORIA COSTUMES Direccdo de Jean Poirier ETICAS E ESTETICAS EDITORIAL ESTAMPA‘Titulo original: Histoire des Moours Colaboradores: Pierre Quist, Claude GalGNeBer, Jean Sexvier, Joffre DUMAZEDIER, Jean DUVIGNAUD ‘Tradugdo: Filipe Guerra Capa: José Antunes Composigao e fotolto: Grafica 99, a Impressio e acabamento: Printer Portuguesa, Ind. Grafica, Lda. 1 edigdo: Fevereiro de 2002 Depdsito legal n.° 157608/00 ISBN 972-33-1336-7 (obra completa) ISBN 972-33-1715X (vol. 7) Copyright: © Editions Gallimard, 1990 (© Editorial Estampa, Lda., Lisboa, 2002 para a lingua portuguesa aHISTORIA DOS COSTUMES Direcgéo de Jean Poirier 10 volumes Sao quatro as formas que, esquematicamente falando, regulam as sociedades: a regra Juridica (o direito propriamente dito e o costume formalizado), a lei moral, ideal herdado pelo grupo, interiorizado, mas também reinterpretado pelo individuo ¢ as normas formuladas pela religido, entendida no sentido lado do termo; o quarto imperativo é o do ethos — 0 dos costumes. E 0 nico que nao comporta qualquer sango formalizada: modelo facultativo, em principio, que, no entanto, é o mais exigente de todos e o melhor obedecido. A pressiio social € tal que ninguém se pode subtrair aos costumes, sejam eles convengdes ou conveniéncias, cuja observa¢io condiciona a insergdo do individu na sociedade. E este ethos, so estes costumes que constituem o objecto desta Hist6ria monumental, “inica no seu género, magistralmente redigida, superiormente dirigida por Jean Poirier. 1-0 TEMPO, 0 ESPACO. EOS RITMOS ‘© Homem na Natureza. O Homem ¢ o Espago. (© Homem ¢ a Cor. Histéra do Cmputo e de Aiguns Calendiios. © Ano Religioso, a Festa e os Ritmos do Tempo. 2- AS TECNICAS DO CORPO ‘© Compo e 0 Espirito. Mutilagdes e Deformagies. AA Higiene e 0 Arranjo Corporais. O Homem ¢ 0 Perfume. Modas do Penteado. As Modas Médicas. 3-OHOMEM E 0 OBJECTO © Vestuitio nas Sociedades Tradicionais. Modas ‘Vestimentares na Sociedade Ocidental. Histéria do Mobiliio e dos Apetrechos Colectivos 4-O0HOMEM EO SEU MEIO NATURAL (© Homem ¢ o Vegeta, o Animal e 0 Mineral. ‘As Modas Alimentares. Histéria da Alimentagdo, 5-0 AMOR, A PALAVRA, 0 GESTO. EOS MODOS DE PENSAR (© Homem ¢ a Sexualidade. O Amor, do Fisico 20 Psiquico. A Palavra e 0 Discurso. A Simbélica Manual. O Homem eo Riso. Historia das Ideologias. Os Modos do Pensar Filos6fic. 6- CODIGOS E MODELOS Socializagio € Educago. As Hierarquias Sociais, ‘A Economia, Sociedade ¢ Publicidade. O Homem £0 Direto. Pena e Repressio. Toxicomanias. (0 Homem e a Morte. 7- ETICAS E ESTETICAS © Homem e a Moral. Histria Critica das Priticas Superstciosas. O Pensamento Simbslico. O Lazer. Estilo e Modos de Criagio. 8-0 HOMEM E 0 OUTRO RelagSes entre Grupos ftnicos. A Guerra nas Sociedades Tradicionais e Modemas. Edvcasio. O Homem ea sua Loucura. 9- CULTURAS E CIVILIZACOES As Civilizagdes Indiana, Chinesa ¢ Japonesa Ritos e Simbolos da Civilizagio Judaica. © Mundo Iraniano. A Civilizagio. Ocidental. (Os Mugulmanos. Valores Negro-Africanos ‘Tradicionais. A Oceania. Amerindios. Cagadores-criadores © Cagadores-colectores. ‘Inuit € Lapbies. Pigmeus ¢ Boximanes. 10-O REINO HUMANO- Inovagio © Invengio. Humanismos © Utopias. Museus-Colecgdes Pilblicas e Privadas. © Homem 0 Livro, Culturas ¢ Civiizagdes. Da Tradigio & 6s-Modernidade: a Maquina de Civiliza. os: haoF & 9€ 6 @ a eI st 2u10u © sojoquuys snas so 9 wo8enduy y oojpoquuts ojuatvstiad op POISIL] ~ [It eyesion erst slojouowapisiop nwn ted sogSnsiodns sep 02st 0 qos ousueA © ‘msg sop 0109 ra seyjop-ea sop oduiny 6 no opeastans 19783 saghisiodns st 2 SOIqys sO iso-1a ng -warsyxa ope seiatuynb se ‘sounrwua00dH 50 ‘seIaH98 SY Suey ap star Sop oosfimewnea sapod 0 2 nosKeW "§ Ps ~ “vs g}0qa9 ep OdWHD) Son 5090} S0p «uotuoy, sogdnsiodns sep soprieay omenogt‘osoraniadas © -= spapjndod sowuajeainbo snas $0 2 mupnuo waneyed van ‘oxonsiodng se ssn soigps so ab -pSpenquuo 2 sonod 90 weatznpos onb svsoxousuadns sound spp OND PLONE IT napaioncis sednsniur sep orSezed>y 13108 eBfojonuoap ap on sosasinb onb 0 zej 9 cary serajoud $0 9 71 V ew op 2 w2q op wonby 2140) ens PM [eIOW8 FV rout Faapneau © souaito82y0r poiow v9 wowog 9-1 opSnposruy S01puyAescrita... (0 naimero... A letra. ‘ps teenicas da materia €0 seu simbolsmo = (© homem, a existéncia humana ¢ os seus simbolos .... O santuitio sn Os simbolos do espaco e do tempo. De aimbolismo céamico aos simbolos da cidade ‘© homem e os simbolos do espaco © sacrificio criador de espaco € de tempo ‘© homem e os simbolos do tempo. : Oe ation da condigao humana © 08 seus simbolos Bibliografia coon a IV- Lazer valores residuais ou existenciats? ‘Uma reaidade problemen Origem do lazer... . Paturo do aumento do tempo livre © segundo trabalho em questio Tipos de periodos de nao ocupacio . Equivoco das «actividades familiares» Pe nsag ds nigacoes oocyte das dnigasbes excepts ‘Tres componentes essenciais da dinimica produtora do lazer Sociedade francesa: um periodo de mudanga do lazer (1955-1965) rl da proc de ens sersigs cutis pels avdoos ‘Tomada de conscigncia colectva Quatro definicoes do lazer. Definigdo M21 Defnigao n° 2 Definigao n° 3 Defnugao ne 4 ‘Quatro periods. aracteres espectficos do lazer Gandcter liberate... Caracter desintoressd. Caricter hedonista Gandcter pessoal Laver festivo ¢ evolugao das fests Significado cultural do lazer Do lazer fisico a cultura corporal Do lazer pritico & cultura manual Do lazer artistico & cultura estética Do lazer intelectual a cultura racional Do lazer colectivo 2 cultura social. Tntereses soca lazer A propiisto des cafe. Necessidade de repOUs0 verre Necessidade de divertimento..$62 os S82 uz gee uaz 692 892 892 Lo t92 loz 992. 997 992. ssz rz Ke ez ze. We Be see sez ez see vee ew lez oz az ez ootyyoun ownson Somunsse sop a>ypuy spossad ap sotuou sop 224pt) onyfoutoo® ommpus smptusa @ sonod ap sowou sop aoipuy se ation soqns> sop ofiaudurs 9p opow sess ay EXON OT usps ouside sync ous ousyndeg uusiuossauday ousting sowsupuon» ousyangru 9 omsy rivap}oo orSezmfa1o vu sojnse sop oxny O Conde ep mt penne) oi oom pu ¥ wD SOAS sp OXSLUPARLY napa sprains soso on ogo son “sopppossuesoiod sop ousfuruost sepinusaass no spn sd op omouost : sep59 Op SEUEAPEN SBOSEZTEAT) ‘ogSeuD op sopout sop 2 sojnse sop BiBO[OPO ‘pun ap S998. 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Por vezes, a imagem do lazer € muito ampla, S il def de pode tomnar-se lazer, se nos agradar, incluindo o trabalho, a actividade de parti- ipacao politica, religiosa ou familiar... (segunde{D. Riesman, B. Bill ou M. Kaplan) Ha quem, pelo contririo, tenha do lazer uma imagem estrita — ir ao museu & cultura, no ¢ lazer. Fazer desporto € desenvolver 0 corpo, nao & lazer. O lazer seria uma actividade «nenon», como 0 passeio, a pesca 2 linha, etc. Para outros, ver tclevi- sao nao seria um lazer, mas uma perda de tempo. O lazer suporia um esforco manual, fisico ou intelectual. Devemos pois, em primeiro lugar, interrogar-nos sobre as dimen sdes do fenmeno lazer. Colocaremos seguidamente alguns problemas sociais, éticos € politicos que esta producto ainda mal conhecida das sociedades industriais levanta E por um melhor conhecimento da dindmica produtora do lazer nestas sociedades que devemos comecar, a fim de reduzirmos ao minimo as interpretagdes subjectivas ou ideolégicas do fenémeno. $6 depois dle uma anilise semethante poderemos artis. car uma definigao numa base sociol6gica Origem do lazer A propria origem do lazer levanta um problema tal que muitos se interrogam, ‘como assinalémos no inicio, se se trata da realidade ou de uma ficcio. As leis do seu desenvolvimento continuam controversas, tanto entre 08 socidlogos Como entre os historiadores, Pode falar-se de lazeres a propOsito dos dias de festa ¢ dos dias feriaclos da sociedade tradicional: © lazer seri uma criaco especifica da sociedade industrial? Qual teria sido a dindmica da sua criagao e, tendo em conta essa dindmica, qual seria a do seu desenvolvimento? Que futuro se pode prever para o lazer nas civilizagdes as Quais as sociedades industriais avancadas esto em vias de dar origem? Apesar de uma abundante literatura que esta na moda sobre este assunto, tal futuro parece nebulado pelas profectas mais contradit6rias nos proprios meios da investigagao. Ha quem considere que o lazer sempre existiu, em todas as épocas, em todas as izacdes, Nao & esse 0 nosso ponto de vista. Trata-se da tese de Sébastien de Grazia (ver Of time, work and leisure, The Twentieth Century Fund, Nova lorque, 1956). O tempo fora do trabalho € evidentemente tio antigo como o proprio trabalho, mas o lazer tem tragos especificos, caracteristicos da civilizacao nascida da revolucao (industria Nas sociedades do periodo arcaico, o trabalho e © jogo integram-se nas festas elas quais o homem participa no mundo dos antepassados (segundo J. Cazeneuve, 1a Mentalité arcbaique, Armand Colin, Paris, 1961), Estas duas actividades, embora diferentes pelos seus fins praticos, tém significados da mesma natureza na vida essen- cial da comunidade, A festa engloba o trabalho © 0 jogo. Além disso, trabalho e jogo to muitas vezes misturados. A oposicio entre eles € minima ou inexistente. Do mesmo modo, seria abusivo ver na categoria dos xamas ou dos feiticeiros dispen- sados do trabalho vulgar a prefiguraco de uma «lasse de lazer» no sentido em que © entende T. Veblen (ver La Théorie de la classe de loisir, Gallimard, Patis, 1970). xamis ¢ feiticeiros assumem fungdes magicas ou religiosas essenciais para a comuni- dade. O lazer € um conceito que nao se adapta ao periodo arcaico. M8ejed eproreas eaeisa apepsqeas eu opuenb ousoui ‘OESeZIAD ep so1OPA some sqeUE so epriy arcuias EAEIsa SalgoU Sop apEpIsoo ¥y “opeIUOY WoOY Op > wIstURUINY op [rapt © uHRIEXa no WresIUDAUT LIPSW apep] E so1oLIaIsod seIadoma souD Sep SOB[EpYy SO “«ejODso» 9 «apepIso!do» odwlar owusaw OF JazIp eLIANb gyogos waared 's2uqoU Sa10[eA SOP aUIOU Wa sajaIOsuy Jod EpEDUHsN! exo alos OYTeaeA Op O¥SraloN y ‘oUeqEN WS EpIA essep [rapt o wD ‘omsdsa 2 odsoD wo ‘oI9jdwO> uIaMoy OP oquautlajoauasap 2189 “ruOpaqes ¥ OfPPOU ais UIEDOSSE SOBAIB SOjOSOIy SO “caTA|ND ep oiuaweuyar o tued oinqinuos ososopod WN LPIANP ap EIqUIOS WS 105 #: -O}SUE SPEPISOISO ap ofopour aisa “oUTEqEN op omNsqns win seu ‘oESESUadULOD © luau onawis{dwos wn 9 OFN “oUTeqEN OF LIES UD DUYOp as OFU aprPIsO!DO [eI ‘Ofte Sop no sajdunts Sop ‘soaes9sa sop ouTeqeA Ojad aprpIso1s0 ens v reed wer “ovt no soyno ‘eunuoy ep sopertiapiaud sassg “s07e] epEUTLIOUDP 498 wssOd 1AX O|ND2S ‘op soBjepy sop ¥ No eBHUE LDN FP So;OsOIY SOP aprpIsODO F anb soWENpAE ou wiaquina ‘oiueua ON “(eIZEID ap “~) [eUOKIPEN OLSEZITAD Ep SeIMEIOISUE sos Sep Sep eptA ap opow OF eIUOUIaS Jaze] © anb uMIapisuoD sazOpeBnsaaut suNsTY ‘opndazosep oduiay ap seu ‘aze] ap souatu epure ‘Djs 9p oduiar ap ‘ora ‘souareyey OLN “orSeINp tund ap soo1ppiodsa soupeqen re rUAp uo No OFasduwa ap eaud os1BojouD o1waUEAjoaUasapans o wanb x sasopEyTEqEN sososoumu sourestuodua ‘Jenioe e>0de ep stemisnpur-aid sapeparsos seN “OyreqeN ap ‘apey 0d no ono op sapeprssanau sejad so\sodui sajap euoreur e UeEUTeceA Was Our op Seip sor wearssed ‘ueqnea opuntias ‘(saropeyfeqen sop cua 40d ¢6) saoysi 2 sosauodures so ‘eSursg ua ‘e20dp msou ‘OIUEUOd “08 ap #9190 ‘(19 ‘OU Ojad "eS -uaop sod» seyeqen eypod as Ogu anb wo Seip So 9s-WEAKIUADSAINE $9889 V “FB OPOI ot weia sopeisay sawsa ‘Suey WI TAX OfND9S OP O|IU! 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O conceito de lazer nao é conveniente para designar as actividades destas castas ociosas. O lazer nao € a ociosidade; nao suprime o trabalho, supde-no. Corresponde a uma libertagao periédica do trabalho no Final do cla, da semana, do ano ou de uma vida de trabalho para o todo dos trabalhadores Devem ter sido satisteitas duas condigdes prévias na vida social para que o lazer se tenha tornado possivel para a maioria dos trabalhadores A-~ As actividacles da sociedade jé nao devem ser reguladas na-sua totalidade par obrigacoes rituais impostas pela comunidade. Uma parte destas actividades, pelo menos, deve escapar aos ritos colectivos, nomeadamente 0 trabalho ¢ o lazer. Este deve decomer da livre escolhia dosindividuos, embora os determinismos sociaisincidam, evidentemente, nesta livre escolha B — 0 trabalho profissional se tenha destacado das outras actividades. Ha um limite arbitratio, nao regulado pela natureza. A sua orgunizacao ¢ especifica, de modo que 0 tempo livre € claramente bem separado ou separiivel dele Estas duas condigdes coexistem apenas nas sociedades industriais e pés-industrais | Tomam o conceito de lazer inaplicivel As sociedades arcaicas e pré-industriais. Quando Jo lazer penetra na vida rural ds socieclacles modemnas € porque o trabalho rural tende. {a organizar-se como o modo de trabalho industrial © porque a vida rural foi impreg- | nada dos modelos da vida urbana que Ihe correspondem (ver H. Mendras, La Fin des | Paysans, Sedeis, Paris, 1967, e Voyage au pays de l'utopie rurale, Acte Sud, col. «spa {[ce-temps, Arles, 1980). Reparos do mesmo tipo impoem-se para os meios rurais das sociedacles agririas do Terceiro Mundo que tém o projecto de se transformar em socie. dades industria. Futuro do aumento do tempo livre Todavia, 0 aumento incontestivel da durac3o do tempo livre verificada desde 0 inicio das sociedades industriais até aos tltimos anos (4000 horas anuais de trabalho reduzidas a menos de 2000 desde 1982 com a semana das 39 horas) ser um facto Portador de futuro? Nao seri este crescimento, pelo contrario, em grande parte ilus6- tio para muitos trabalhadores de todas as categorias, dos mais ricos € mais responsé- Yes (gestores) aos mais pobres e desprovidos de responsabilidades (mao-de-obra nao qualificada, muitas vezes estrangeira)? Tal crescimento, ja contestado na sua extensio, nao terd chegado a uma espécie de apogeu que de modo algum anteveria o futuro as sociedades industriais, mas antes reflectiria 0 passado? Duas grandes teses se confrontam, ra © ano 2000, H. Kahn e A. J. Wiener profetizam um capitalismo produtivista humanitério que reduziré o horario de trabalho na sociedade americana: poder-se-ia ‘rabalhar apenas sete horas e meia por dia durante trés dias por semana (H. Kahn e A. J. Wiener, L'4n 2000, Laffont, Paris, 1958). A duracao do fim-de-semana passaria Para quatro dias (sexta, sibado, domingo e segunda) ¢ as actuais férias dos professo- res poderiam ser alargadas & maioria dos trabalhadores, ou seja, treze semanas por ano. Na perspectiva eventual de um socialismo pés-industrial, E. Mandel (ver Socialist conomy, em «ls economics relevant», RL. Heilbronner ¢ A. M. Fords Editores, Goyyear pub. Co., Pacific Palisades [Cal , 1971) acha possivel uma semana de vinte a vinte € quatro horas repartidas por cinco ou seis horas de trabalho por dia, se a taxa 150“qeinsnpur-sody no so51as9s sop Joas ‘ow uns sew ‘[eInsnpu! 1019s OU UIDU OHEIBE JO_As OU ENUODUD as OBL Hf UOTE efno range orsendod eum ap omnsy ops oxSNposd ap start ste ‘siodaq “o“Inposd ap siaatu sopeaaya stew so aytuad (soproyttenb suauioy ‘saoseztuEdu0 ‘seuinbpat) seannposd sv510} sep OprSuRAr OTUDLULAJOAUASAP ap OpHAso O “sBH] OuoWd Wy "IS anus sopediy ste}90s-oo1m9UOD9 sora}NEIED sop ap OESEIAIUT Bad apepa!oos ap odn aise sezuaIseED WD soU-OWNIUSTUOD ‘a[> 40d sourEprEnse owenbug ‘epenbape ova “yop eum rSnsnf woo sayjooso mnnuad & useyUDA J9zr] Op opsuRdxe v UEquEdWOIR anb sweanyjn> seSeuuojsuen se asqos sasied aos ure osing wo aqowTense Canes “edutoo opnisa wn ap soprjnsas so anb sourtiadsa "sooSts98 ap somyuod sop ‘Tenxas ‘opSnjoaad ep ‘Sesseut ap oxSnnsut Ep ‘OWNsUOD ap aprPADS EPEUTLIOUSP EpUTE 2 NO “e9 -qugnooje ‘epeuesfioad ‘eotusp10aU ‘eaNgUIARD "vOHUDDI-OOYHNUD!D OWIO D]UDUIEAISSID -ns nooigyenb as apepa_os essa anbaUISse 10, (6961 ‘Sed “]20URC ‘Baxsismputssod pig120§ 77 ‘SULEINOL, "Y £6961 ‘Sed ‘SOdONpUY “enofaaiys NE UOLDSHIAD VT PUR A {000z HY,7 ‘s9021,4 "["¥ “BYEX “H {696I 9p OStEWN (L) «@snsto7 pur AiO Wo ‘tT SAunsta] Pun So}}9}90s [PUISNPUNIsOd ‘YENUEES °N,‘seIpazewnc] “f 19a) sas So ayULOS “Yoo SESIOAIP OMMUE SHIIBUEW ap OpEZHa_EIeD 9 Sapepa_os op odn oWNIN asa. sqeunsnpur-sod sapepaos sep 2 steinsnput sopeparos sep ogSnjoaa ep Ossnoap ou s9zP} Op tYOMpod voIUeUIP kU eisUBIAAuOD EWN ap ORSEAIDSGO EP asmodiy ¥ s£I0I0D apod as ‘seontjodo!s0s 2 seaquiquos2010s saQdez|ueB10 somuarasp sep sesade ‘as saqes SoWeIINDOEd “SOP “epa}pos senno ap a PUDLAUTE apEpalDos Ep sopryToDas sopep WAquIE) OpuEzTTAN “es -29Ur4} apepa!IOS Lu SOPEZiTEAY SOMIgNbUE SOE SAOSEAIDSGO SESSOU Se SOUIOTEIUIT OF ‘wnyudU swiBajiaud UIDs soIre] SAUALAR|P SO seATaSqO 40d sOUIEDaWOD ‘asad Op aued ruin ap ogdezuo[ea t anb op sie ‘ose ap ‘9 OfU oRSIpasd x S9zaA SENN ‘souaty SoWasaIEqap O 794 PED ‘SHE HfEuEg eSIAAUOD ‘2p o1unsse wn ap ‘opepifeas Bu ‘vssed Opu epEBieye aTuoW}aAEs2pIsuOD JOZx] ap vAOU EID feuin 9p eiopr y Jaze] souaW! teUPPDos > oypeden Ou Odwi9 steus wsEssed su2WIOY 90 aqos ‘oquaturpuas nas o anb eprpaus Y ~(<961 ta SLIOY Th “TH6T WHE SeIOY O°OF) aIUOUIEPrsapOUL OISUINE FENSNpUE TY [eURUIDS OUTEEN Op vIPPw x ‘oNDas ap oN wn EY Ops. apresqieo “M “f OJOsoTy- 978] OU SIEINSNPUF-sod sapEpaIos sep @ steMNSNpUL (© waga wNqudU OpoU ap ‘orsodo a1uaW}EIO: opnuas WNL OFA sour 06 Sop 294 Wa» souR QF TULINP STIOY OF ap SEUELIAS OF WIE SEpIPIAIP “SEIP Sossot SOP SePESULAL SIBNSNPUL SOPEPA!OS SLU SEIOY OOO & GOBL SeP ZA WHO» stenur oyfeqest ap sey GZL smUapuasap soNbUIZUO] SossoU SOR WeLAq seuade ~ 9912 ap wyjoa sod “990z Our Op vf wed onnur O¥SezsTeAI ENS ¥ ERIS JOE 6 anb pf ‘sayuaprud steur a srusour steur odwar ousow oF oes seu ‘opnuds OuISau ou oga «seUp!DIA SopEPaG se a1Gos gnsemog “f op ozeId O8uo] v sagxAyar sy ‘sazmy|ius so8ivoUd sopesad snas Sop seuoqy| 9s LUEIHaUIE ORSEU vas 9 seas sapepissaoau sep opSuny wo zeoya OpSroYTUE|A Eun sod epEjonuOD 10} eILUOuOS a8 ‘(01420 10d ¢ no ouad 40d 7 eed 6/61 WO FXE) EISaP OLdNURUEP Ep sesade ‘yaatsnejd 9 anb 0) oue oF oIUaD Jod ¢ ap 404 apeplannposd yp ouDUIDSO19 ap of adaeee 1962 1968 197 1984 “Agricultura 20% 158% 959% we Indiistia 38,206 38.8% 39,206 30% Servigos aime | 46.2% 51.3% 60% Desde 1954, as transformagées tecnol6gicas em Franca aceleraram; dat a redugio do sector primario € o crescimento do sector terciirio, que se tomou o sector dominante. A sociedade francesa entra numa economia de servigos que condiciona o desenvolvimento do consumo ¢ do lazer de massas, {As primeiras observacdes empiricas deste novo tipo de sociedade mostram que o principal motor da economia continua a ser a industrializacdo € que as relacdes sociais continuam a ser caracterizadas pelos conflitos (de classes, de sexos, de gera- (0e8...). Mas estas relagdes € estes conifitos j no sio de modo nenhum os mesmos. Produzem-se transformacoes sociais € culturais que mudam profundamente nio s6 0 contetido das telagdes sociais, como também a relacao entre as obrigacoes co- thas, os deveres sociais ¢ os direitos individuais, os sistemas de valores individuais € os sistemas de valores colectivos. Pensamos que tais transformagdes introduzem as mudangas mais importantes nos significados do lazer € nas suas relacbes com as obrigagoes de base da civitas. Seja como for, desde os acordos de Grenelle, em Maio de 1968, entre os sindicatos, © patronato € 0 governo, 0 movimento de diminuigao da duracao da semana de trabalho voltou a ter lugar em Franca. Assim, a duracao média do trabalho no sector nao agricola, que era de 46 horas até 1967, baixou pars 45 horas em 1969, ¢ depois para 41 horas em 1978 ¢ 39 horas em 1982. Por outro lado, durante o periodo de 1968-1971, a semana de cinco dias de trabalho teve tendéncia para se gener 1978, uma empresa da Lorena (patrlo € empregados) decidiu mesmo, apesar da Inspeccio do Trabalho, inaugurar a semana de quatro dias. E, numa sondagem leva- daa cabo na sede nacional das fibricas Renault, 65 por cento do pessoal de Bolonha € 70 por cento do pessoal de Le Mans declararam preferir a diminuicdo do horirio de trabalho do que um aumento dos seus rendimentos. Esta preferéncia verifica-se, mes- mo entre os operiirios médios, de maneira surpreendente: Bolonha Te Mans ‘Operirio médios, trabalho normal 784% Operirios médios, trabalho em equipa sro | Contudo, poder-se-a generalizar estes resultados & populago operiria em geraP ‘Mesmo que vejamos aqui apenas uma tendéncia numa fabrica-piloto, num momento de campanha sindical intensa pela reducao do horirio de trabalho (segundo H. J.C. Bracke, Enquétes sur les loisirs et le mode de vie personnel de la RNU «Consommation», anais do Crédoc, 2 Abril-Junho de 1971), no deixa de ser um Facto ‘que a semana de 35 horas é um ideal sindical bem vivo para que o trabalho seja mais bem partilhado face ao desemprego dos anos 80. No que respeita a sociedade americana, alguns autores puderam sustentar que este movimento geral para a diminuigao do hordrio de trabalho devia ser posto em 152est ‘so2yuu1gu0>9 Sop sa sod 9 sgouey ronsnesg ap [EUOPEN OININSUT jad sopeztTeas odusar-oruauEESIO ‘dp sopnisa sou epeoyuaA yl PUYpUDT & EIS 10F ‘CREE E SLOL ap ‘wSURIE Wy ‘sazoa slos ap sieur aLat] Oduim ap seioy Sep © ‘8 sazan san ap souat BUOUIRE OYTEqEN ap SPIOY SE UID ® ‘OT # OS6I ACL "TENEISAP onus 9 ONNO ap 9 WN sp OINJOSGE JOpEA WIE OWALLDSII 0 oN ‘OssIp WIE ‘SOUL -aION “(EI OP O1Uad 0d BE -000Z ‘O1UAD 10d F€ :OS6T ‘oWNeD 40d Zz :906T) sIUALINE so aunty odwiay op ovdemnp v ‘OURNUOD ope “omuEnbUa (CIUaD 40d ¢ "990 £0199 sod Of :0G6t 01U99 40d ¢1 :006T) 1a9sa}Dap P FASS OFSeU Ep odwWar-onsaIUESVO OU OUECEN op woficiuaoiad e ‘oanejos soTea wa ‘anb seIuadsa198 op $oU-OWOIINDso ‘OPr] ONO Jd ‘eurrpnonb epia eu ouregen ap ouRioy op oquoumne.o anb op steur ‘(snsuaD dtp Jo neasN EL ‘gngatutuoD Jo wuaunredacy $7 ‘UOIBUTYSE,A\ 727 291 Jo SOUSIDIS /POLOISHHY WD 'SOUK OL, {L961 ‘SOUE 2'9 ‘0061 WA O¥Se|ndod, yp Clunuo> o eXEd sOprun) sopEIsY sou EPA ap vSueiadsa) epia ap eduesadsa ep CquSuINE O 9 OsyyIBOWAP OwDWIDSAID O “WRN ontowud wa gsouistrese ste ‘apeplvas vu ‘wapaw anb 0 seyy “auar] oda) op ouawne ‘ou anb op oypeqen ap ourioy Op CuAUINE OU E>TUOL v 39d waI9Jaxd onb sojonbe ovzer atuauiauarede Oxp ssodealosqo SteL, “007 CUL OU S2QYHW [MW 90Z 2p "9S foeSnjoaa ep apepiqeqoid v augos Sopmisa OpunBas ‘> “OL6L We ‘SoOyTE TU ZEL aed essed ‘Q¢61 wo ‘SeJOY ap SAQUT [fw 98 ap UuISsT ‘3998919 ap wABd OPU ORSEU EP oypeqen ap odum op aued v anb ‘ouaoap ‘o19exa J “TeRnsnpul-sod apeparos wsoU oduiay op o8oidura op [e108 opnuas O aiqos eptanp Janbyenb worexjap wed afoy ap sop samuazayip aluatariarsyns Ogs opepnise oporrad op osindap ou vanse OBSEINdod vp aay] oduta ap seioy sep orSinqusstp ep vzapuTad ap suapi0 sv ‘Oo!8O]O1DOs-O1DeUE ‘9 o9;tguOs20.5eUF OpMIs> [eI ap OPEWIKOIdE a1uDUIEsOSs03 JoIDEID op Iesady “(O96 fanboy EAN “4 “W 'f ‘uoHBauzay soopIno fo soRuOUODY “>! “Tf > UOSAETD W) 007 our 0 wed vanewns> ap Oexayar rN exoduIo> anb ‘9S6I ¥ OOS! 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Tempo dle trabalho profissional e paraprofisional, incluindo a formagio, mesmo voluntaria, em diversos assuntos 28h 07 m 2h Adm DURAGAO COMPARADA DOS DIFERENTES TEMPOS SOCIAI DE 1975 A TO85 REFERENTE A POPUIAGAO ADULTA ‘CoM mals DE DEZOFTO ANOS. Média semanal incluindo sabado e domingo, INSEE: Enguéve nationale sur les emplois dus temps, 1975-1985, ctadinos e rurais. Ghislaine Grier € Caroline Roy. Se os administradores do INSEE nao tvessem empolado artificialmente a duragio do taba Iho familiar incluindo os wabalhos de costura, de jardinagem e de bricolage Feitos antes de mais por [prazer, sem necessidade, bem como o tempo gasto nos trajectos para o lazer... & provavel que o tempo livre fosse o tempo social mais longo.) Quanto ao walor do trabalho» como motor da evolugao, temos de nos render & evidéncia; mesmo numa sociedade industrial avancada como era a da URSS, que fez mais do que qualquer outra sociedade por esses valores, se observava o seguinte: no inquérito sobre os trabalhadores (18-30 anos) de vinte e trés empresas industriais de Leninegrado (1966), os que sio dominados pelas «orientagdes para o trabalho de producdo» representa apenas 7,7 por cento (segundo A. G. Zdravomyslov, V. P. Rogin, V. A. Siadov, L’Homme et son travail, Moscovo, 1967). No conjunto destes factos, 0 que podemos nds defender? Por um lado, apesar d: possibilidades crescentes de tempo, as sociediades pés-industriais ou cientifico-técni- cas livre no serao, para todos, sociedades marcadas pelo tempo livre. Uma parte dos trabalhadores, quer seja porque o trabalho é para eles uma fonte de criacio cultural ou de responsabilidade social, ou porque as necessidades de consumo sio mais fortes, ou ainda por desinteresse pelas actividades de tempo livre, assumira dias, semanas, anos de trabalho tao longos como na sociedade anterior. Esquecermo-nos de evocar estes factos, quando falamos da evolucio actual e futura, € truncarmos a realidade; € fazermos uma representacdo ideol6gica do tempo livre ou do lazer; mas estas observacdes apenas dizem respeito a minorias. Para a maioria dos trabalhadores, nas sociedades industriais avanadas, 0 sentido dominante da evolucio esta de facto no aumento do tempo livre, quer se trate de sociedades capital ocialistas. Seria mais mutilar a realidade do que isolar um indicador relativo & duracao da semana de trabalho durante um perfodo limitado, ou entdo a evolucio do néimero global de horas de trabalho durante a vida, sem situar a importancia relativa de tal evolugdo em relacio a do tempo livre no orgamento-tempo global; esta mutilacao dos factos comporta generalizagdes abusivas sobre a prepon- derancia do trabalho na evolucao, Tais generalizagdes sao mais motivadas pela von- tade de ver o trabalho tornar-se «a primeira necessicade do homen» do que por uma reflexdo objectiva global sobre 0 conjunto dos factos relativos & evolucao das relacdes entre o trabalho o tempo livre em todos os tipos de sociedades industriais avanca- das. (Sobre um ponto de vista diferente do nosso, ver P. Naville, Le Nouveau Léviathan, ti «De Valignation a la jouissances, Librairie Marcel Riviere et Cie, Paris, 1957.) Sob o efeito desta influéncia do progresso cientifico-téenico aplicado & producao, da acco econémica de alguns empregadores, do consumo de massas e da accao 154sst op souriado sop ownlucs op vaneiuasaidas ensoure wun aigos ogSearsqo wun (OL61-SS61) AoauLY a1qos ONbUT WON “WaLBiOD o wIed seUPSSIDIU S9OSeULIO}UE sep waiod opuodsip ogu ‘opnqo oroumnu oF seasosou SeLUSAUU SP LEDO[O9 S9S9OUEL} 2 sourotoure seoine SO ‘WoBeluso.ed PUSOW e P[psa4 ‘TeuOUHIEdxS ouR|d wn opuns s eionb od sopeuojaoayas ‘asnojnoy, ap sosi#infriow soursado Zz] a1gos nuploUt anb (961 ‘tEH ‘UOINOWY ‘StemMsnoqnos SoNsIRanypDIBUU Sa] ZaqD StaLUANO SUISIOT ‘onUsey “f Jaa) Oanbul wn ‘eSuesy Wy “aIISIq OMI ENXD OYTEqeN uIDz] so|sEIado 3p ‘omuad 10d ¢ ap eora9 anb ureo‘pur (9961) OuRsHoUTE OUTEqRS, OP [eIAPA{ OSLALDS OP srepyo seonsneisa sy “sopese|pap somuauELOdwO> sop rand Pjad So}-1BtsI09 wpInBas ap smuay 9 soouiduia sowgnbur ap sen] ostoumd wo sed [paplosop sou-asared ‘esnea ep sapeprssanau svjad sviqnp seprusor seuemgre soodeanye se seysa ered ‘woiog “star soruaumuodio> so searasqo ap sozedeo ‘seaneunsa Stnno B 9S-I91109 -24 ougssa09u stod 9 ‘sopessazaiur satidoud sofad sopsausoy sosoumu sou rSuEyuOS 8 epor se1sodap [!oyIP OLaDap 9 ‘SoIMEWAISIS soIANbUF SON “sesasdwuD sejad OPE -nuinso seiuauio}dns oujeqen op woneid v setounuap weyundosd 9s anb seis}]eOIPUIS salves ap oyuntuorsar ou seuade seus ‘ooUIduIe OwaNbuT uMU OU YpEaseG ware Ud9Id JaNb 3s anbsod WaquIER seus ‘ostayunp steur apuaiaid as anbiod 9s oru ‘offasdur opungas wn wos no soper -aunurar wiaq sare2sIq WOD opiysuaasd 9 anb a ouour odusa oWOD opnuas 9 oujeqER op auay voy anb odwar o anb seunye oF oxSisod masa wag ouinsas UUEWpaLE saiuoa5 gecuruny apeprssaoau esraurud & 9 oyeqen o»anb 9 ‘s97e ap opmasgos ‘C19 do ‘exzt35 ap ‘s) axa] Oda 0 seuRWOP ap ZedeoUT 9 woUIOY O anb ap RAO E FISS| B28 OEN {Cojrom HuNysqUOOUD ‘SOUR W «IOU PeALID) eOmeostep © “OUeCIeA ON sod opednoo 9 aiay, roy anb oduiar o as jeuorssyoud opeqen ap ouzI0Y O su anb wed 19 onydu no onsydxe ougiuawio> o ‘epugnbay eunus Wop “ster soiestia ap a sroi¥9jo1s0s seiqo op ameuoKsaiduyy O1whU WU sopipunyip we SoIpey Sats “‘OEssyoud ypungias rum od OuISaW OPEPAraAUa WELD O1Ne9 10d ZT sauviuattia|dns soypeqen oprluesre urei9 oMpI0Y OAOU 3189 (OD So{TBI9dO Sop O1UE sod op ‘sosopuonsa sorauinu sunfie ouo> unsse ‘wslaueD 72} O[nIN 98 “(LSE *T ontaID Jo ssaid AaH ALLL, “@INsIa] SsEPY UPS UYOSIOADYY Y EU) aunsjay sap GON Ss savjnoepadsa ofmMn tin Wod OBNE WN soyleqen op vIBo]OKOS ep WaLIOD9p OYfEqes-OEU ap sapepraAnde seiso anb woHd p weuo1senbo ‘oufeqen-oru o arznposd 9 yemnsnpur ofeqen op Foto] & anb op -uadoyuoras Poquia ‘anb oyfeqE.n Op soBO|OIDOs $0 4eI0A9 FI-Os-r9A9q) “wasteAdeD odn ap sepedurae steunsnpul sapeparos seu seyo#aI9 se SepoI ap sasopeytEqes Sop PHOII Ep PIEISo y EPEarasqo apepieas v sezasdsop 9 ‘KIX ONS OP $903 emis sep eprostu ‘oueqen op woruoroeUE o¢Sdazu0D rum op sostouorsid seAUNUOD ‘sopepryvas sod solasap snas so 1eMioe 9 ‘oyjeqen op sosistjeiews so eed ‘oUrEqEs op eifiojoap: euin epure sazey 9 ‘oyregen to} war 9s anb o ezHoyea anb odwor op ogSeuaqy] ap OouOASIY OIUALHTAOU 0 OUlEqen Op soxO}ea Sop aWOU Wa seZNUTUN no seBou “(eLOIeU E SOARE|As) SONINO SO BURL ‘SOIDHY $OISO JwIABEXD ‘TIAEPOL ‘seanpraadit] no SepenuarD SeHOUIUE tH OYf -eqeat op opesnsauisap osad 0 sms0Ust ‘sqeID0s sapEplEABsap se seyNUNED ‘ovSEMS Up eoi8ooap! 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Apesar do novo impulso da publicidade comercial, 0 reforco das politicas de melhoramento social ou de aceleracdo da instrugio em tecnologias mais produti um ndimero crescente de empresas de todos os tamanhos tem sido obrigado a supri mir postos de trabalho, apesar das miiltiplas tentativas dos politicos para se oporem a tal tendéncia, Neste periodo, o tempo sem trabalho cresceu inexoravelmente. Sera oportuno evocar, face a esta crise econémica e social, os problemas do tempo livre? Perante este malogro da revolucao tecnoldgica na nossa economia liberal, nao sera pelo menos inoportuno colocar a questio da revolucao cultural do tempo livre? Nao significara isso ratificar a divistio econémica e social da «Franca a duas velocidades»? Nio sera abordi-la do ponto de vista dos problemas ade luxo» que s6 a Franca dos «ganhadores» pode colocar & Franca produtiva? Propomo-nos demonstrat que nao € assim. Esperamos revelar a solidariedade profunda dos problemas do tempo livre de trabalbo (lazet) e do que chamamios tempo desocupado (desemprego, subemprego...) na dindmica actual da nossa economia. Mais ainda, parece-nos impossivel nao distinguir os diferentes tipos de tempos sem trabalho tal como se diversificam hoje na nossa sociedade de transic2o e tal como so vividos por uma parte da populagao. Nos discursos dominantes dos politicos e nos estudos mais frequentes dos jomalis- tas, € muitas vezes avaliada a amplitude do desemprego em geral. Lembremos os factos muito rapidamente. Desde o primeiro choque petrolifero, 0 desemprego pas- sou de pouco mais de 300 000 pessoas para quase 3.000 000 em 1990... A taxa de dlesemprego em Franca ultrapassou 10 por cento da populacao activa. No conjunto da Europa, as zonas de desemprego superiores a 10 por cento sio preponderantes. sses_| ses | 1507 | 990 Fig. 1 ~Taxa percentual de desemprego da populagio activa (OCDE, 1988). 158 BRS Seaeveavunavcacse & R RESR EB RR6st wus o1auspUaL ‘TWA 0) SosIMDaL Was sopeBardurasap so sed jessaATUN OMpISqns wn e atueyadsas 19] vuin seaosde sazey vsed seiougpual se sepor ap sopeindap ap ‘HOreUr Ewin as-nooesaq “SOUMIURLH SosiMoa Sop sewHa|qosd sop OsTaUTUd soMaNES no sodruB sawarapp sojad epiala [EOS apeptvas EU essed as anb © ‘spine steur sepuayar oBaidwasap ap seonsneise sep so1zensqe sour -uatwo> sou eppanbsa aluauyfewOU 9 OeIsanb esa ‘oMEIUa ON ZoBardurasap 40d op -eufisap jaaruodstp odurat assa santa ap saiuaragip omnur sestauen pseuoDuodord ogy oureqen op eo) epia v ‘eoon01d o8axdwe op epiad v anb ensnue ep no ogseiainbut vp sesady zoessaidap ap ‘oxSeiuayosap ap ‘ontiauutaxiog ap oduion tun opus OW ofaidurasap op opSednoo was oduia) o ures9a1 9 OYfEqEN Op P{BfEsoU eUIN wy soyfes no soynpe. ‘suaao{ sopesasduzasap so sopor anb seu/Sewy saycuns operseurap Bas ON Sopefaiduiasap sop opessed ou oYTeqeN Op kIOJ Oda: Op a oyTeqEN op seongad seu Soandaye somUMSaaU Sep OEE & JOYpPUT J99aYUOD NN ELS ON grastreaumyoa oxsnyt sonbjenb wos seu ‘sofaidura seu ap apeuoa rd auduros sopems o1uauretiap10 ap sou 0 opuniias ‘sopradepe uraq ste srep0s 9 so>jwiguOZa SoLIgTHD OpUnas OBaxduLas -ap ap saodemys st aiuayy 1azey & Japualde jaarfasap euas OLU ‘SAQSIpUOD SEISAN ‘ewojdip sanbjenb lwias sejoosa eUaIsis Op WaES SapEpI SE SEPOI ap suAAol Sop O1UaD sod OF "LO “(ELEL wa oad sod ¢ ‘wipaur wa) o1uad Jod cI ap tia Wafeiuadiad ¥ssa seBUO] NO SeUND saroyiadins saoSeunioy se exed anb ossed ov ‘(9361 ap OLN ap 61 ‘sndwe> apuow aT ‘ou sopeoyiqnd ste10s sopep “JASNI 0 opunfas) o1us9 30d 09 IED ER6T Wo ‘sepeBord -wrasap tearisa svossad sessap o14a9 sod OT ‘EZ6T ta “OUfeqen JeNUODUD WH sopEP -{noUTP souoTeUL Se eNUODUD seWOIEEP Wor ORE WON ‘oBaxduIo OmSud O wINDo1d nb so anug ‘ofaiduro ap enueses JOypoUr & 19s UTENUNUOD seWHO|AIP $0 ‘9SUD op OFS -emys FIsoU OUNsOUI ‘epIPUNIIP wud eUM y ATUDUTETENUOD “OUO} SHeAL Z9A EPED PIS (Ins op erasoy “yseIg) opunw os129!9 Op sopeinoesNUEUT a sxJOouHe somposd sop epougHODUOD V “[eMIsNpUT No LUFABE eRUOUODA eAUN anb op saxe{naeZadse sOUAUE ‘sf |p stews apeprannposd ap soyuEs wear vssoU e OWOD eUPKD! aIuWEUT NOTE EL -ouoDa ew] “sepEUUIepUNY Wag UIelas OMOpEINp OBaudWIasap ap seULIOS se AIqOS ACDO ep sagsiaasd se anb ogzes Wood JawiAI v UMeAal ‘OIUTIUA OU ‘SaIO_E SOsINO, ‘azaqy odwiar op owuawine oxou win x ‘oUfeqen ap OLEIOY OP sagSnpar seAoU e WeH -eaaj anb apepiannpoid ap soyues smnuad ‘opessed ou owos yea ‘ewapod soannposd soluawmnsaaut sop ‘o1uay OWIsauE ‘o1uaUNISA:D O ‘eSuELA tis “ONpRID v SOPEDIaUT SOAOU ap visinbuoo © arueipaur sazaa sod as-wasapeyoy Opunus Os192I01 0 WOD stEIDIaWOD sooStjau Se ‘[EUORDEUNINUE steut ZaA epED vasiTedeD OpuNUs OU OIINUE as-naxfoatasap TeOuaLZosUOD apepauepyos ap eUuaIsIS o— rAoU OESENUS CUI as-tOde asTEUE TIS soffaidura ap THOpEUD LomUIUODD ORsURAXD Ep soOSIPUOD seAoU sep BsInbsad run ap orSuny ura seprsteur sas v urenuMuod jaaraosd OYSNIOAa eIsA a [eas OLSENNS FIs, SIEUOZES NO steUOIstDO ‘orSeINp END ap soarssaons sofiardurs ap opidys ouauajoauasap or orsejas wo aud y odnus win Sieur zaA Epes urommsuos orSenp eAuo] ap soprsfadwasap so ‘auaupemsy ‘our tun ap steur py Offaidwasap ou sso sopesfasdurasap sjop epro wo win ‘snadouna sated sonnou oulos eSueng wa o1uel ‘aluEALIOp ‘ap O 9 epUtE aazsB ste ODE eSejndod ep o1as sod 9'0T taed ninyoaa oBarduiasap 0 ‘9g6t wig -s01d eunue as ea anb eSuesg wa 9 seu ‘eH/EIT waa ryueWary cu auaurepeauiou ‘as-repessap & epute eUtA ovSenms t “edosng EN oede insergio). Esta medida deveria ser acompanhada de encorajamentos a uma maior solidariedade entre aqueles ¢ aquelas que podem ganhar a vida e os que nao podem fazé-lo apesar da sua vontade de trabalhar: solidariedades familiares, solidariedades de vizinhanga, solidariedades de trabalho, solidariedades sociais, politicas, espirituais de todos os géneros, a estimular numa maior escala. A partir daqui poderemos abordar a questao dos significados sociais das diferentes formas de desemprego. Para 0 socidlogo, 0 estatuto administrativo do desempregado esconde situagdes sociais muito diferentes que evoluem com a sociedade. «Para 0 trabalhador manual idoso, sem qualificacao, desprovido de economias, que sofre a0 mesmo tempo a desprofissionalizacao,e a dessocializacdo, para o jovem artista inser do no meio dos seus pares, que aproveiti o desemprego para desenvolver e enrique: cera sua vocacio, o desemprego define muito precariamente uma condicio comump, Dominique Schnapper, em L'Epreuve du chémage, a propésito dos resulta dos do seu inquérito de 1978-1980. Desde logo, os seus resultados eram muito dife- rentes dos que obtiver Raymond Ledrut (ver Sociologie du chémage) no seu inquérito de 1961 sobre 0 lado dramatico ou marginal do desemprego, que apenas afectava 2 por cento da populacio. Em vinte anos, o volume de desempregadas e desempre- gados declarados subiu para 10 por cento as mentalidades evoluiram muito quanto as relagdes do trabalho € do tempo livre. Assim, Dominique Schnapper teve ra730 20 distinguir trés categorias de desemprego: o«desemprego total, que provoca humilha- a0, aborrecimento, dessocializacio para os operirios © os empregados mais worecidos, para os quadros em fase de envelhecimento € os rejeitados; 0 «de- semprego invertido», que faz de alguns jovens trabalhadores no manuais pessoas com «tendimentos provis6rios», gozando férias suplementares ou acedendo & «ida de artista»; por fim, o wlesemprego diferido» dos quadros ainda jovens que inventam a tuto de substituica0— estigio de formagao, «actividades desportivas culturaisy. isa hoje em dia quanto a esta modalidade? Segundo os estudos mais ios, parece ter-se instalado por um longo periodo. Escapa cada vez menos 2 «revo- lugao cultural» do tempo livre (offre Dumazedier, Révolution culturelle du temps libre, 1968-1988) que se vem infiltrando aos poucos, desigual, mas fortemente, na vida das mulheres € dos homens de todos os meios sociais em todas as alturas da vida. Pode defender-se, como afirmava D. Schnapper em 1979: «© nao-trabalho continua a ser apenas 0 reverso, 0 negativo do trabalho’ O nao-trabalho nao seri um conceito negativo e que mete tudo no mesmo saco, misturando trabalho familiar, compromis- s voluntarios e actividades de expressdo espontanea, de si mais escothidas, ‘mais variadas, denominadas lazer? Dissimula o problema mais importante ao nivel das novas relacdes entre 0 espaco de liberdade € 0 das imposicdes institucionais, E certo que o trabalho & uma imposi¢ao social de primeira necessidade nao s6 para desenvolvimento de uma sociedade, mas também para a maioria dos meios de vida de cada um. Responde, a maioria das vezes, a uma exigéncia de dignidade que nao aceita a dependéncia, 0 parasitismo econémico para viver. No entanto, esta auséncia mais ou menos longa de trabalho remunerado faz. surgir praticas, atitudes, valores que compete ao socidlogo trazer a lume, sobretudo quando se encontram escondidos, Face a esta nova situaciio das relacdes entre trabalho profissional, o trabalho fami- liar, a educagao permanente ¢ as actividades de tempo livre para os jovens e os adultos, propomos uma andlise do desemprego em seis categorias. Sem diivida que 160 tai na wilt en Ihe ide po co ide pa pr un ou de cor 63; 30 op cuj gra dat lan im: cid des der de est tral na a0 cortot SoULIOS SestOAIp Se OESEIOIUE eu EpUTA-tWaq Eas ‘sopeBardurasap ap ruofiores Tsou suptaqoauasap aiuauure|nonted sas wapod sapepianse seasa sepor ‘feBn{uo> oBoprIp © ‘saiuaosajope sop eiouapYuoD x ‘SedUEKD sep OeSeONpa x ‘senor sep OES92sUOD ‘esto yp OfueIE © ‘SfeUl aS-saqjoauasap apod ‘SUEALOG “JeUOISSYoId OYpEqEN OF azaa smn aIS9 OpUAS “TUNES OUTER O ‘OUTeREN ap eusIOy E2INO eUIN 9 strut op soiur ritioo anb o ‘sarsa wed “wosezr|vat as sed apepianor wun OWOD OU 2 “epia e zeque ered rupssooou apeplanse ruin owoD seuade feuorssyoud oujeqest © wesesapisuod aiduras anb sejanbe. a sajanbe. sourrsre20]09 eUOBIED PsI2D191 EN S9051puOD SEUAD qos EIOPazanbuUD epUuguodxs wun eed SOFE|AWNSS euapod ‘oueqen oF opeiuare aso sod sopriune stews souudso so vsed ‘soBoqp>1sd ap epnle ep a ogSejoqu euin ap o1alqo s9s ELDpod sagseposse sep opdedionsed & ‘o1wap -aoaid euoBaIeD eH OOD [eY, “[EIDIUE OESEULIOY ENS e eIDIYE NO reBUO|OAd “IEID|CMIOD ap try ¥ eHYIUN [Oa OLSEUIOJo.AIY ap NO OESeMIOYoInE ap Opoysod wINU OBa:dkuDSOp ap oda nas op aued ewin sewwoysuEn & so|-epnie euapod ovSeuojoIne ap aprPP -edeo ep @ ofasap op seiuau1ajduioo eanemrut ewn ‘pour owsaut Og “UrEIUNbay sO anb saitepmisa sop no soun|e sop OBSeUHIOY ep eHOYT>UT LLIN EXE SarOssajoud sn98 sop oun smqunuos wassepnd anb sougstosd no soantuKap soBasdura sope J98 WELOpOd “ses ap wrEqUIE apo ap SOIMNSUI SapuEsT NO sapepIssaATUN “qT ‘SOME] -o0s9 sagSiminsut se FpHABO 39s vHOpod ‘o1uawrosiapode o exed ypequouo ‘apepanep 08 sofeur rum anb sou-ooareg “OreIpau OYTEqRN WIN seNUODUD op ope apueE ewn ap 2 ewojdip ui ap wogdsip ‘sey29r ap wresDAN s9Q5"09 seUPSSIIOU sein ‘sejoosa oeSinmsut ep waues oF ‘anb suaaol so souruED0 09 eHOFoED ypunsas EN, svjoopife soupiodo sor 9 soursodo soe enladsas anb ou auoy awuouuejnonsed 9 Owaueacifie aig "eyTeqen wonb vsed TOE 2 ZHI enuOD ‘OFardurasap ou saroytUL ¢}9 9 SUDLIOY OOO OOL EPED Wo sea £69 as-URIYHOA “sauaYINU Se AIUEIOR OU JOUadnS sazaA senp a sao soe radsaL anb ou vane ogsendod eu somproins ap sexei se souradns sozaa omen opuas oWo> (otASNI O1Od CHUANbUT ‘uospIAEC “A 49a) ePLUMSA TOF OIPHIs ap seanmuar ap xn) ‘sopedardurasap so anug ‘siaainp stu sose> sou ovdoe esa stiajdusoo tuapod ‘ofojoo1sd no soprumue ‘ostoyfasuoD WN ¥ OssNDAI O “IEINpeS BAS yeNILIdSDOID08 nO wodo1os ‘jeNN_NOs Ordo” ¥ esed asAy Oda Op OeSeMALIOA exapEpsoA CUI, ‘seisuaiajasd Sens st aIUFOSUOD ‘saQsEDOSSE seSIOAIP ap “(O|dwOXe 10d ‘sopesasd -wlasap ap oro1puls) sepezitepadse saoSeRosse ap rpnie: & woD sazaa stun “epessed epia ens eu WeseZUOJEA eoUNU anb sapeprAnoe SEsNO sUqODsap ap ‘SOUISDU IS TD eSueyuoo suinbpeas ap apepissaoau rai sopeBasdurasap sassy (SuopnaaL D 4sUaRK.T ‘sane sa1aeX Jaa) suaao! ste sospenb ap Orasoad wi9 sen] Nas Op SOpEITAL SOSOPE Sieur sospenb sungje esed apepyaa auauurenonmed 9 ors} “ofmD nas v rypUMEy WO sopeoytfenb o¢u saxopeqteqen so Woo sazaa sean asaiuode oulsaus © “@BmUog? np oanaudg.7 ‘soddeuyps “q 3A) eotBen sozaa seunus ‘esoso|op ouNW Jas apod anb oyfeqen ap otdeaud euin ‘stear ap saiue ‘2 oBaidwiasap © ‘219 ‘sapod ‘apepnuapt ‘qepos oammeasa ‘oarayump ap apeprssanau isaozes saluaLaytp steus Sead ‘TeUoISsYosd OU -egen nas o wrrzHOTA anb sejanbe. 9 sajanbe soures1eI0}09 ‘eUOReD estou EN ‘odap no 9661 w> ‘6L61 Wa owod ‘1961 We Oe ‘eHOHaITD rxJoUIUd YE ONAdsaL sozZIp ¥ anUAUOD OWA aisa ‘auauratuapiaa ‘anb wag as ‘oujeqen oudosd o opurssedenn ‘sepeBiepe Sieur Za epto [esny]N9 a [DOS Epa ep seuoZ ‘wOBE ap med x ‘opueDaye WA anb ssuEU -fUOp ap as-eien SEM ‘Sazan seu uDQdaiqOs 9S 9 uIENDUAdIAIU as StUOBOIED sre opeoyjust e 4 P o1 ey eu sai un Pi oF ste “ey ot ow ou tat om 3 n ‘au ani ors ow opr, sau sien sopt wapde economia de convivio que podem completar este trabalho familiar ¢ transformar de eons as actividades colectivas, de bricolage, de ajuda no trabalho familia, de fuarda de eriancas, etc, poderiam também desenvolver-se. O tempo de desemprego Aare sevia mals naquilo.a que Roger Sue chama «actividades de utilidade colectivar (Yom une socitté du temps libro). Sao estas as mesmas actividades que Jacaues Delors fevoca no preficio do livro La Révolution duu temps chotst. ‘ima quarta categoria poderia ser ocupada sobretudo por jovens que deaissam © cescoly sem qualifieagao nem formacio profunda. Nao suporaram a discipling do carottha encolar, Fsta0 expostos mais do que 08 outros aos actos de delinguéncia, 4 marginalidade, aos divertimentos selvagens em bandos, mas podem também, em aacamvondigdes ser sensiveis&iniciaca0, ao descjo ea capacidade de se autoformarem for meio de una uiilizagao parcial do tempo livre. Os estigios dios ade insercao pote de qualificagao» comegaram muitas vezes por accoes edlucativas deste Bonet Nas serio eles sempre orientados pelos melhores métodos de estimulo para as feBrts a se formagao individual e colectva libertas dos modelos do trabalho escolar que Heancran A esperanca de encontrar um emprego apés a formagio s6 abrange > & 10 por cento dos jovens em estigio (ver Gérard Malglaive, Observation ¢ évalution ddu alsposinif de formation des jeunes de 16 a 18 ans). Nao estars 0 essencial noutro caminho? Uma quinta categoria diria respeito aos que so particularmente: se recunos do tempo livre em relacio ao trabalho profisional, como os precedente® Si aes uabalho escolar (B. Galambaud, Les Jeunes Travailleurs danjourd Put Refus et attontes des jeunes face au travail salarié: «Quando esti desempregada, @ pessoa sente-se mais ou menos excluida da sociedade, mas eu nao me site excluido Porque faco outra coisa» (23 anos, nivel médio de escolaridade). Ove, da mesma Pinde, nao lamenta o seu desemprego: «Fui despedido, mas de qualquer manci seine. ade de sait» O desemprego de modo nenhum embaraca a jovem de 20 anos (nivel secundario de escolaridade) que diz: «Aproveito o desemprego PA viajar» Muitos jovens desportistas nao aproveitam uma paragem no trabalho para nuuntificarem os treinos? Em 1976, no Canada, trés campedes de esqui de pista Dor aquipas levavam escrito nas camisolas semployeck estavam, de Facto, Qesembieee™ caer cram factos deste género que Illich visava quando falava de um «lese prego criadon? E uma assercio exagerada, mas mio haverd wm problema novo? veeeitambaud tira a conclusdo: para estes desempregados, «0 trabalho ja nao f VIN aaa aieveal de realizagao prwvilegiado, pelo contrario, € uma obsigacio da qual se procura escapat», Nao se passard a mesma coisa em final de carreira laboral com muitos pré-reformados voluntirios (ver Claudine Atias-Donfut «Mary. ont Gognalons-Nicolet, Apres cinguante ans, la redistribution des inégalit) ave prefe- cam rol de actividades que os apaixonam a uma tarefa profissional cufas Are SS repettivas ou 0 constrangimento de relagdes pouco agractiveis os deixam insatis- feitos? ext categoria seria constitufda por jovens que tém um interesse principal pelts actividades extra-escolares do tempo livre: militantes politicos, sociais ou religiosos, paixonados pelo desporto, por viagens, pelo cinema, pelo teatro, Por ign que aofam um salario minimo garantido e encorajamentos para continuarem a ait & & . eaveentido da sua paixto. Poder-se-ia criar escolas dle amadores para ele- de tempo livre, apoiadas por formulas de RRRDESEOR WB SORAER cultiva var 08 1 jo nas actividad 162