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» Colegdo Primeiros Passos «nD Uma Enciclopédia Critica “p positivo, em oposigao a filosofi ISA0 apenas criticava, nao Possuia carat i , fer destrutivo, estava exatamente Preocupado em organizar a realidad, | Em seus trabalhos, Sociologia € posi : mamente ligados, uma vez que a criacd it mente | 7 riagao énci Marcaria 0 triunfo final do Positivismo ni etiam mano. O advento da Sociologia represent Coroamento da evolugdo do conhecim ientifico, ja aevo lento cientifico, - lido €m Vérias areas do saber. A matemati ‘stone a Laq “a € a biolagia eram cié fisica, ncias qu een formadas, faltando, no entanto, fundar te ica social’, ou seja, a Sociologia. Ela deveria utilizar em i 0 que é Sociologia al suas investigagées os mesmos procedimentos das ciéncias naturais, tais como a observagao, a experimentagao, a com- paragao etc. O positivismo procurou oferecer uma orientacao geral para a formacao da sociologia ao estabelecer que ela deve- ria basicamente proceder em suas pesquisas com 0 mesmo estado de espirito que ia a astronomia ou a fisica rumo. a suas descobertas. A sociologia deveria, tal como as de- mais ciéncias, dedicar-se a busca dos acontecimentos cons- tantes e repetitivos da natureza. Comte considerava como um dos pontos altos de sua sociologia a reconciliagao entre a “ordem” e o “progresso”, pregando a necessidade mtitua destes dois elementos para anova sociedade. Para ele, 0 equivoco dos conservadores ao desejar a restauracao do velho regime feudal era postular a ordem em detrimento do progresso. Inversamente, argu- mentava, 0s revoluciondrios preocupavam-se tdo somente com o “progresso”, menosprezando a necessidade de or- dem na sociedade. A sociol a ordem existente era, sem dilvida alguma, o ponto de parti- da para a construgdo da nova sociedade. Admitia Comte que algumas reformas poderiam ser introduzidas nd socie- dade - mudangas que seriam comandadas pelos cientistas e industriais -, de tal modo que o progresso constituiria uma conseqliéncia suave e gradual da ordem. Também para Durkheim (1858-1917), a questo da or- dem social seria uma preocupacao constante. De forma si tematica, ocupou-se também com estabelecer 0 objeto de esiudo da sociologia, assim como indicar 0 seu método de NS 42 ere E através dele que a sociologia penetrou a 2 Daunte a esta disciplina o reconhecimen- Sua obra foi elaborada num periodo de constantes cri- Ses econdmicas, que causavam desemprego e miséria en- tre os trabalhadores, ocasionando o agugamento das lutas de classes, com os operarios passando a utilizar a greve como instrumento de luta e fundando os seus sindi ste, Nao obstante esta situacao de conilito, 0 inicio do século XX também marcado por grandes progressos no campo tec- Noldgico, como a.utilizagao do petréleo e da eletricidade como fontes de energia, o que criava um certo clima de euforia e de esperanga em torno do progresso econémico. Vivendo numa época em que as teorias socialistas ganhavam terreno, Durkheim nao Podia desconhecé-las, tanto que as suas idéias, em certo sentido, constitufam a tentativa de fornecer uma resposta as formula des - listas. Discordava das teorias soci ae quanto @ énfase que elas atribuiam aos fatos econdi Para diagnosticar a crise das sociedades européias. De tkheim acreditava que a raiz dos problemas de seu tem Nao era de natureza econdémica, mas sim uma certa fra i dade da moral da época em orientar adequadamente o Comportamento dos individuos. Com isto, procurava des- tacar que os Programas de mudanga esbocados pelos so- cialistas, ue implicavam modificagées na propriedade e na redistribuigdo da riqueza, ou seja, medidas acentuada- Mente econémicas, nao contribuiam para solucionar problemas da época. it Carlos 8. Martins que é Sociologia 43 Para ele, seria de fundamental importancia encontrar novas idéias morais capazes de guiar a conduta dos indivi- duos. Considerava que a ciéncia poderia, através de suas investigagdes, encontrar soluges nesse sentido. Comparti- Ihava com -Simon a crenga de que os valores morais constitulam um dos elementos eficazes para neutralizar as crises econémicas é politicas de sua época histérica. Acte- ditava também que era a partir deles que se poderia criar relagdes estaveis e duradouras entre 0s homens. Possuia uma visdo o' ‘a da nascente sociedade in- dustrial. Considerava que a crescente diviséo do trabalho que estava ocorrendo a todo vapor na sociedade européia acarretava, a0 invés de conflitos sociais, um sensivel au- mento da solidariedade entre os homens. De acordo com ele, cada membro da sociedade, tendo uma atividade pro- fissional mais especializada, passava a depender cada vez mais do outro, Julgava, assim, que 0 efeito mais importante da divis&o de trabalho nao era 0 seu aspecto econdmico, ou seja, o aumento da produtividade, mas sim o fato de que ela tornava possivel a uniao e a solidariedade entre os homens. Segundo Durkheim, a diviséo do trabalho deveria em geral provocar uma relacao de cooperagao € de solidarieda- de entre os homens. No entanto, como as transformagées sécio-econémicas ocorriam velozmente nas sociedades eu- ropéias, inexistia ainda, de acordo com ele, um novo e et ente conjunto de idéias morais que pudesse guiar 0 com- portamento dos individuos. Tal fato dificultava 0 “bom funt ‘onamento” da sociedade. Esta situagao fazia com que a sociedade industrial mergulhasse em um estado de anomi 44 Carlos 8. Martins 45, o que é Sociologia ou seja, experimentasse uma auséncia de regras clara- Mente estabelecidas. Para Durkheim, a anomia era uma demonstracao contundente de que a sociedade encon- trava-se socialmente doente. As freqlientes ondas de sui- Cidios na nascente sociedade industrial foram analisadas Por ele como um bom indicio de Que a sociedade encon- trava-se incapaz de exercer controle sobre o comporta- mento de seus membros. Preocupado em estabelecer um objeto de estudo e um método para a Sociologia, Durkheim dedicou-se a esta ques- tao, salientando que nenhuma ciéncia poderia se constituir Sem uma area propria de investigacao. A Sociologia deveria tornar-se uma 1a independente, pois existia um con- Junto de fenémenos na rez idade que tinguia-se daque- les estudados por outras ciéncias, néo se confundindo seu objeto, por exemplo, com a Bi lologia ou a psicologia. A soci- Ologia deveria se ocupar, de acordo com ele, com os fatos Sociais que se apresentavam aos individuos como exterio- fes @ coercitivos. 0 que ele desejava salientar com isso é que um individuo, ao nascer, j4 encontra Pronta e constitu da a sociedade. Assim, 0 direito, os costumes, as crencas Teligiosas, 0 sistema financeiro foram criados no por ele, mas pelas geracdes Passadas, sendo transmitidos as novas através do processo de educagao. As nossas maneiras de Comportar, de sentir as coisas, de curtir a vida, além de serem criadas e estabelecidas “pe- los outros”, ou seja, através das geragdes passadas, possu- m a qualidade de serem coercitivas. Com isso, Durkt es assinalar o cardter impositivo dos: fatos sociais, pois segundo ele, arp anneleiean segundo 0 figurino das re- i rovadas.. ed reed Ba longo de sua obra 0 caréter exterior € coercitivo dos fatos sociais, Durkheim Menosprezou a criati- vidade dos homens no processo historico. Estes arial sempre, em sua sociologia, como seres passivos, ies como sujeitos capazes de negar e transformar a realidac Feo einen durkheimiano acreditava que a —— de poderia ser analisada da mesma forma que os. po nos da natureza. A partir dessa suposi¢ao, recomendava a 0 socidlogo utilizasse em seus estudos os mesmos ais iz mentos das naturais. Costumava afirmar que, du rante as suas investigagGes, 0 socidlogo precisava se en- contrar em um estado de espirito semelhante ao dos fisicos Disposto a restabelecer a “salide” da sociedade, sy criar novos habitos e compor- tamentos no homem moderno, visando ao “bom funciona- mento” da sociedade. Era de fundamental importancia, nesse sentido, incentivar a moderacao dos interesses eco- némicos, enfatizar a nogado de discip| lae de dever, assim como difundir 0 culto a sociedade, as suas istente. f : : Rtn da sociologia, nessa pees ele ade buscar solugdes para os fais “normalidade social” e se convertendo dessa 1 ma numa técnica de controle social e de manutengao do poder vigente. XN 46 O seu pensamento marcou decisivamente i contemporanea, principaimente as tendéncias Goan Preocupado com a questéo da manutencao da ordem soci- al. Sua influéncia no meio académico francés foi quase ime~ diata, formando varios discipulos que continuaram a desen- piled Suas preocupacées. A sua influéncia fora do meio a ae francés comegou um pouco mais tarde, por vol- le , quando, na Inglaterra, dois antropélogos, Mali- Radcliffe Brown, armaram a partir de seus traba- aga0 e culturais em termos da contribuigao que estas fornecem para a manu- tengao da estrutura social). Nos Estados Unidos, a partir da- quela data, as suas idéias comegaram a ganhar terreno no. meio universitario, exercendo grande fascinio em indimeros Pesquisadores. No entanto, foram dois soci logos america- nos, Mertom @ Parsons, em boa medida os responsaveis pelo desenvolvimento do funcionalismo moderno ¢ pela in- tegragao da contribuigao de Durkheim ao Pensamento soci- olégico contemporaneo, destacando a sua contribuigao ao Progresso tedrico desta disciplir ee Se a preocupacdo basica do positivis i manutengao_ © preservacdo da orden Soe open samento Social ista que procurara realizar uma crtica radical a esse tipo historico de sociedade, colocando em evi 08 seus antagonismos e contradig6es. Pectiva tedrica que a sociedade capi Carlos 8. Martins —_— O que é Sociologia a7 lisada como um acontecimento transitério. O aparecimento de uma classe revolucionéria na sociedade — 0 proletariado des para o sutgimento de uma nova teoria critica da sociedade, que assume como tarefa tedrica a ex- plicaco critica da sociedade e como objetivo final a sua superagao. A formagao e o desenvolvimento do conhecimento sociolégico critico e negador da sociedade capitalista sem duvida liga-se 4 tradigao do pensamento socialista, que encontra em Marx (1818-1883) e Engels (1820-1903) a sua elaboracdo mais expressiva. Estes pensadores nao estavam preocupados em fundar a sociologia como dis- ina especifica. A rigor, nao encontramos neles a in- tengo de estabelecer fronteiras rigidas entre os diferen- tes campos do saber, tao ao gosto dos “especialistas” de nossos dias. Em suas obras, disciplinas que hoje chama- mos de antropologia, ciéncia politica, economia, sociolo- gia, est&o profundamente interligadas, procurando ofere- cer uma explicagao da sociedade como um todo, colo- cando em evidéncia as suas dimensées globais. Grosso modo, seus trabalhos nao foram elaborados nos bancos das universidades, mas com bastante freqliéncia, no ca- lor das lutas pol A formacao teérica do socialismo manxista constitui uma complexa operagdo intelectual, na qual séo assimiladas de maneira critica as trés principals correntes do pensamento europeu do século passado, ou seja, 0 socialism, a dialét cae a economia politica (Para maiores informagdes sobre a corrente ver nesta colecdo “O que é socialismo?”). : Carlos B. Martins Oqueé Sociologia 49 aN A persisténcia na nascente sociedade industrial de re- lag6es de exploracao entre as classes sociais, gerando uma situacao de miséria e de opresso, desencadeou levantes revolucionarios por parte das classes exploradas. Paralela- mente aos sucessivos movimentos revolucionarios que iam surgindo nos primérdios do século XIX na Europa Ocidental, aparecia também uma nova maneira de conceber a socie- dade, que reivindicava a igualdade entre todos os cidadaos, nao s6 do ponto de vista politico, mas também quanto as condig6es sociais de vida. A questéo que varios pensado- res colocavam ja nao dizia respeito 4 atenuacdo dos privilé- gios de algumas classes em relago a outras, mas a propria iminagdo dessas diferengas. O socialismo pré-marxista, também denominado “so- cialismo utdpico”, constituia portanto uma clara reacao anova realidade implantada pelo capitalismo, principalmente quanto 7 as suas relagdes de exploracdo. Marx e Engels, ao tomarem sta da época, assinalaram as brilhantes idéias de seus antecessores. No entanto, nao dei- xaram de elaborar algumas criticas a este socialismo, a fim de dar-Ihe maior consisténcia tedrica e efetividade pratica. Geralmente, quando faziam o balanco critico do soci- alismo anterior as suas formulacdes, concentravam suas atengdes em Saint-Simon, Owen e Fourier. Salientando sempre que possivel as idéias geniais destes pensadores, ' procuravam, no entanto, apontar as suas limitagdes. Assi- nalavam que as lacunas existentes neste tipo de socialis- mo possufam uma relacdo com o estagio de desenvolvi- ismo da época, uma vez que as contradi- fee oe Carlos 8, Martins O que € Sociologia es entre burguesia e proletariado no se encontravam ain- da plenamente amadurecidas. istas utOpicos elaboraram uma cri- tica @ sociedade burguesa mas deixaram de apresentar os meios capazes de promover transformagées radicais nesta sociedade. Isso se devia, na avallagdo de Marx e Engels, ao carter profundamente apolitico desse socialismo. Os “uté- picos” atuavam como representantes dos interesses da hu- manidade, nao reconhecendo em nenhuma classe social 0 instrumento para a Concretizacao de suas idéias. Acredita- vam eles que se 0 socialismo Pretendesse ser mais do que mero desabafo critico ou sonho utépico, seria necessario empreender uma andlise historica da sociedade capitalista, colocando as claras suas leis de funcionamento e de trans- formagao e destacando ao mesmo tempo os agentes histé- ricos capazes de transformé-la, A filosofia alema da época de Marx encontrara em Hegel uma de suas mais expressivas figuras. Como se sabe, a dialética ocupava Posigao de destaque em seu sistema filoséfico (para maiores Informag6es sobre este tema, ver, nesta colegio, “O que é dialé ?”), Ao toma- tem contato com a dialética hegeliana, eles ressaltaram 0 seu carater revolucionério, uma vez que 0 método de and- lise de Hegel sugeria que tudo o que existia, devido as ‘suas contradigées, tendia a extinguit-se. A critica que eles faziam a dialética hegeliana se di igia ao seu carater ide- alista. O idealismo de Hegel postulava que o pensamento U0 espirito criava a realidade. Para ele, as idéias possu- fam independéncia diante dos objetos da realidade, acre- SCS SIU se eee ~ ditando que os fenémenos existentes eram projegdes do pensamento. : Ao constatar o carter idealista da dialética hegeliana, procuraram “corrigi-la”, recorrendo para tanto ao materialis- s6fico de seu tempo. Mas para eles o materialismo entao existente também apresentava falhas, pois era essen- cialmente mecanicista, isto é, concebia os fenémenos da realidade como permanentes e¢ invariéveis. Segundo eles, este materialismo estava em descompasso com 0 progres- so das ciéncias naturais, que ja haviam colocado em relevo 0 funcionamento dinamico dos fenémenos investigados, desqualificando uma interpretagao que analisava a natureza como coisa invariével e eterna. Paralelamente ao avango das pesquisas sobre o carater dinamico da natureza, os. frequien- tes conflitos de classes que ocorriam nos paises capitalis- tas mais avangados da época levavam Marx e Engels a des- tacar que as sociedades humanas também encontravam-se em continua transformagao, e que o motor da histéria eram 0s conflitos e as oposigGes entre as classes sociais. Aapli- cacao do materialismo dialético aos fenémenos Sociais teve ‘0 mérito de fundar uma teoria cientifica de inegavel alcance explicativo: o materialismo histérico. Eles haviam chegado a conclusao de que seria necessério situar 0. estudo da socie- dade a partir de sua base material. Tal constatagao implica- va que a investigagao de qualquer fendmeno social deveria partir da estrutura econé da sociedade, que a cada épo- ca constitufa a verdadeira base da hist6ria humana. A partir do momento em que constataram serem 0s fatos econémicos a base sobre a qual se apoiavam os ou- 52 Carlos B. Martins O que é Sociologia 53 tros niveis da realidade, como a religio, a arte e a politica, e que a andlise da base econdmica da sociedade deveria ser orientada pela economia politica, 6 que ocorre o encontro deles com os economistas da Escola Classica, como Adam ‘Smith @ Ricardo. Uma das principais criticas que dirigiam aos econo- mistas classicos dizia respeito ao fato destes suporem que a produgao dos bens materiais da sociedade era obra de homens isolados, que perseguiam egoisticamente seus in- teresses particulares. De fato, assinalavam Marx e Engels, na sociedade capitalista 0 interesse econdmico fora tomado como um verdadeiro objetivo social, sendo voz corrente nessa sociedade que a melhor maneira de garantir a felicidade de todos seria os individuos se entregarem a realizagao de seus negdcios particulares. No entanto, admi- tir que a produgao da sociedade fosse realizada por indivi duos isolados uns dos outros, como imaginava a escola clas- sica, nao passava, segundo eles, de uma grande ficgao. Argumentando contra essa concepedio extremamente lualista, procuravam assinalar que 0 homem era um animal essencialmente social. A observacao historica da vida social demonstrava que os homens se achavam inseridos m agrupamentos que, dependendo do periodo histérico, Poderia ser a tribo, diferentes formas de comunidades ou a familia. ; : A teoria social que surgiu da inspiraggo marxista nao sé limitou a ligar politica, flosofia e economia. Ela deu um Passo a mais, a0 estabelecer uma ligacao entre teoria e pra- tica, ciéncia e interesse de classe. O problema da verace ~) nao era para eles uma simples questao tedrica, distante da realidade, uma vez que é no terreno da pratica que se deve demonstrar a verdade da teoria. O conhecimento da realida- de social deve se converter em um instrumento politico, ca- paz de orientar os grupos e as classes sociais para a trans- formagao da sociedade. A fungao da socioiogia, nessa perspectiva, nao era a de solucionar os “problemas sociais”, com o propésito de restabelecer o “bom funcionamento da sociedade”, como pensavam os positivistas. Longe disso, ela deveria contri- buir para a realizagao de mudangas radicais na sociedade. ‘Sem divida, foi o socialismo, principalmente o marxista, que despertou a vocagao critica da sociologia, unindo explica- Gao e alteracdo da sociedade, e ligando-a aos movimentos de transformagao da ordem Acontrario do positivismo, que procurou elaborar uma. ciéncia social supostamente “neutra” e “imparcial”, Marx e varios de seus seguidores deixaram claro a intima relagaéo entre o conhecimento por eles produzido e os interesses da classe revolucionaria existente na sociedade capitalista - 0 proletariado. Observava Marx, a este respeito, que assim como os economistas classicos eram os porta-vozes dos interesses da burguesia, os socialistas e os comunistas cons- titulam, por sua vez, os representantes da classe operdria. Vimos anteriormente que a sociologia positivista preo- cupou-se com os problemas da manutengao da ordem exis- tente, concentrando basicamente sua atengdo na estat dade social. Como conseqtiéncia desse enfoque, as situa- Ges de contflito existentes na nascente sociedade indust

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