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Para fins de cdiculo: se AC > 2/3 AB: se AC < 2/3 AB: Planta de lajes A aA 4 El ou B 4 L2 em ambos os casos Cc Figura 7.13 — Consideragées sobre os apolos em bordes sem continuidade completa b) Nao se considera a continuidade entre lajes de niveis diferentes. Na Figura 7.14, sendo a laje L2 rebaixada, as lajes L1, 13 e L4 serao calculadas considerando os bordos comuns a L2 como apoios simples. Para fins de céleulo: Planta de lajes Yy LB rebotcade L de 20cm, em ralagiio ao nivel de Li, Lela X13, nif aS apoios singles Figura 7.14 — Decomposi¢ao de painéls de lajes com niveis diferentes Ge emit Pou | Lo | 2 “xs 7.5 CARGAS DAS LAJES NAS VIGAS Para avaliaras reagées de apoio nas vigas de bordo de lajes macigas retangulares com carga uniforme, a NBR 6118 => 14.7.6.1 adota um processo baseado numa analise rigido-plastica, segundo a qual a laje no estado limite ultimo se divide em painéis rigidos, que giram em toro de "charneiras ou rétulas plasticas". Nessa configuragao de ruptura, a laje fica dividida em trapézios e triéngulos, por linhas de ruptura partindo dos seus vértices, conforme mostram os exemplos da Figura 7.15. O processo admite que toda a carga referente a cada um desses painéis € transmitida como uniformemente distribuida por unidade de comprimento a viga de bordo que é a base dos trapézios/triangulos Procede-se como se a laje fosse dividida em areas de influéncia, por retas inclinadas a partir dos vértices, com os angulos seguintes: => 45°- entre dois apoios do mesmo tipo (ambos engastes ou apoio simples); => 60° - a partir do apoio engastado, se o outro for considerado simplesmente apoiado; => 90° - a partir do apoio, quando o bordo vizinho for livre. p = carga unitdria por drea nas lajes Carga na viga Vi = p.(érea i) /1i Carga na viga V3 = p.(drea 3) /12 Figura 7.15 — Cargas nas vigas de bordo de lajes retangulares (Método da NBR 6718) A Tabela 7.7, apresenta expressées para o calculo aproximado das reagées nas vigas. de bordo em lajes macigas retangulares com carga uniforme, pelo processo da areas de influéncia, para os casos 1 a 6 do método de Marcus (ver Figura 7.11). 7.6 DIMENSIONAMENTO DE LAJES RETANGULARES 7.6.1 Verificagao da espessura da laje As lajes macicas apoiadas em vigas no contorno séo armadas com armadura simples, em uma s6 camada, na grande maioria dos casos da pratica, pelas razées expostas no item anterior 7.2.3. Deve ainda ser atendido o limite imposto a profundidade relativa da linha neutra, x/d, pela NBR 6118 => 14.6.4.3, para melhorar a dutilidade nas regides de apoio sobre as vigas, conforme descrito nos itens 5.4.3.2, alinea b), e 5.4.4, alinea e), do Capitulo 5. A espessura das lajes de um painel deve ser verificada, portanto, no inicio do calculo, para duas condicées: dutilidade adequada aos momentos negativos (k md< 0,272 ou 0,228, conforme a resisténcia do concreto) e viabilidade de calculo com armadura simples para momentos pasitivos (kK md < kmd, lim). Na maioria dos casos, basta a verificac&o ao momento negativo maximo equilibrado de todo o painel. Da expressdo (5.5), para faixas de laje de largura unitaria como vigas de bw = 1,0 m, devem-se verificar as expressdes seguintes: ‘ momentos fletores negativos nos apoios Se fy SIF MPG OM oa VM ge $ O5272 HEF (7.42) Se f,> 35 MPa © M, Samar = 7M... < 0,228 df, mamentos fletores.positivos Mo gar = VM ae © ¥ tin OS ng (7.13) onde: M = momentofletor maximo (positive ou negative), em médulo, para faixas mar de largura unitaria em lajes de mesma espessura /i; = coeficiente adimensional do momento fletor, no limite entre os dominios 34 da flexdo, corm um valor para cada ago (Tabela 5.2— Capitulo 5); mellow d=h-~c~ 2 = altura ctil da laje, sendo ca espessura do cobrimenta nominal de concreto e Do diametro das barrras da armadura principal (ver Figura 7.5); b,=J metro = para ocalculo como viga de largura um metro. Para obter momentos em kgf, em falxas de largura unitarla, adota-se: d cm; f,, © kgficm’. 7.6.2 Calculo das armaduras As armaduras de uma laje, positivas e negativas, sao calculadas, em cada diregao, como uma viga de largura bw = 1m. Conhecida a espessura da laje e o momento fletor de calculo por metro.de largura de laje, em cada diregdo, procede-se como no calculo de armadura de vigas, exposto no Capitulo 5: Mg, (7.14) a? Soa com: M,, © em kgf.m; d > em om; f,,% em kgffcm*. Kua Calculado o coeficiente Kings obtém-se o valor de ke (da Tabela 5.2), com o qual se determina a armadura por metro de laje, em uma dada diregao: A, = Mya (cm?/m) (7.15) kd fu com: M,, = em kgf.m; a> em metros; Fu em kgffem 2. Obtidas as areas de armaduras positivas (4 .*, 4 y J enegativas (A, A yen cm?/m, a Tabela 7.5 fornece as bitolas das barras e espagamentos, comas seguintes observagdes: a) E recomendavel adotar espagamentos s =/0 cm, visando obter um bom langamento e adensamento do concreto. b) Ouso do ago CA-60 em lajes resulta em economia, pelo maior valor da tensdo de escoamento f, a & pela disponibilidade de bitolas mais finas que 5 mm. Especial ateng¢do deve ser dada as precaugdes quanto ao calculo no dominio 2, situagao muito comum em lajes, em especial para os momentos positives, para prevenir a ruptura fragil e deformagoes excessivas das armaduras, As disposigées para armadura minima, do item 7.6.3.1, a seguir, devem ser atendidas, Para valores de k, < 0,05 (ow k,, $ 0,014), pode-se adotar diretamente A ,= A,.,,.- 7.6.3 Prescrigdes da NBR 6118: 2003 7.6.3.1 Armadura minima em lajes Conforme dispée a NBR 6118 => 9.3.3.1: "Os principios basicos para o estabelecimento de armaduras maximas e minimas s4o os dados no item 17.3.5.1. Como as lajes armadas nas duas direcées tém outros mecanismos resistentes possiveis, os valores minimos das armaduras positivas s4o reduzidos em relacéo aos dados para elementos estruturais lineares”. Quanto as armaduras minimas, estabelece: “Para melhorar o desempenho e a dutilidade 4 flexao e 4 pun¢ao, assim como controlar a fissura¢ao, sao necessarios valores minimos de armadura passiva, dados na tabela 19.1. Essa armadura deve ser constituida preferencialmente por barras com alta aderéncia ou por telas soldadas“. A Tabela7.3, a seguir, extraida da Tabeia 19.1 da norma, apresenta as taxas de armadura minima para as lajes de concreto armado. Como esclarece a norma, as lajes em cruzou calculadas nas duas diregdes dispd6em de mecanismos resistentes adicionais ao elementos lineares, pelo funcionamento como placa, e, por isso, valores menores so admitidos para as armaduras positivas minimas. Tabela 7.3 — Taxas de armadura minima para lajes de concreto armado Armaduras Positivas Lajes em uma diregao Principal Secundaria Armaduras Negativas inci Ps 2 OSD mi Principal: p, 2 0.67) mi, me =A,Hb,h)| p,2p aes “ = A, 20,24 rine Ps 2M(b,h) mm | Secundatia: A, 202A sorte Ps 7 P min A,3.0,9em¥m As taxas p, da Tabela 7.3 sdo referidas aos vaiores de 7,,,,, da Tabela 7.4, também extralda da norma. Para se obter as armaduras minimas da laje, positives e negativas, em cm?/m , entra-se com hh em cm e@ 6, = 100 cm na expressao: Aig Pg lOO (7.46) Tabela 7.4 — Valores de p,,,, (NBR 6118 — 47.3.5:2.1) 7.6.3.2 Bitola das barras da armadura Nao é definido um limite inferior para a bitola; entretanto, nao devem ser utilizadas barras com bitola inferior, a 3,4 mm, a menos de telas soldadas. A NBR 6118 => 20.1 determina a bitola maxima da armadura em fung&o da espessura da laje: @ < h/8 (h = espessura da laje) (7.17) 7.6.3.3 Armadura de distribuigao em lajes em uma so diregao Aarmadura de distribuigao de lajes em uma sé dire¢ao é paralela ao maior vao, sendo fixada como 1/5 da armadura principal, calculada, como indicado na ultima coluna a direita da Tabela 7.3, na forma seguinte: A ny =A sprine 19293 Py, % 99 om?/m (7.18) 7.6.3.4 Espacamento das barras da armadura Segundo a NBR 6118-* 20.1: "As barras da armadura principal de flexéo devem apresentar espagamento no maximo igual a 2h ou 20 cm, prevalecendo o menor desses dois valores na regiao dos maiores momentos fletores. Aarmadura secundaria de flexao deve ser igual ou superior a 20% da armadura principal, mantendo-se, ainda, um espagamento entre barras de no maximo 33 em. As alternativas seguintes podem ser adotadas peio projetista para o detalhamento das armaduras, condicionando os espagamentos e 0 comprimento das barras: a) Armadura corrida (1) Barras retas de mesmo comprimento em cada diregao, de face a face (externas) das vigas de bordo. Espagamentos: armadura principal o s < 2h ou 20 em; secundaria => s=<33; (2) Barras retas com dois comprimentos em cada diregéio: metade das barras de face a face (externas) das vigas de bordo e a outra metade concentrada na regido central, a distancia 0,2Ix do centros das vigas, sendo Ix o vao menor. Espagamentos: armaduras principal e secundaria => s < 16,5 cm (Figura 7.16 a). b) Armadura alternada Barras retas alternadas, a partir da face externa de cada viga de bordo, de mesmo comprimento em cada diregao, igual ao respectivo vao tedrico menos 0,2Ix, sendo Ix o vao menor. Espagamentos: armaduras principal e secundaria O s < 16,5 cm (Figura 7.16 b). Leh armadura principal: s < {aan h armadura secundaria: s' = 33cm Figura 7.16 - Arranjo de barras das armaduras positivas em lajes apotadas em quatro vigas 7.7 DETALHAMENTO 7.7.1 Recomendagées basicas O desenho das armaduras das lajes ¢ feito diretamente sobre a planta de formas da estrutura do pavimento. A Figura 7.17 mostra um exemplo de detalhamento de armaduras positivas, com 0 desenho feito sobre um trecho da planta de formas. As seguintes regras basicas devem ser observadas: Figura 7.17 - Detalhamento de amadures positivas em lajes sobre quatro vigas (exempio) a) Na planta de armadura de lajes, desenham-se em cada laje, no maximo, duas. barras representativas da armadura de cada diregao, positiva ou negativa. Ao longo dessas barras, anotam-se as informagdes seguintes: nlimero de barras iguais naquela diregao, bitola, espagamento entre barras e comprimento unitario. b) Uma convengao comum nos desenhos de ferragens de lajes adotava a representagao das barras da armadura positiva por linhas cheias e da negativa por linhas tracejadas. Com o advento do calculo informatizado, essa pratica caiu em desuso. c) Nao devem ser superpostos os desenhos de armaduras positivas e negativas, quando houver possibilidade de confusdo na planta. Em estruturas com simetria em planta, podem-se desenhar as armaduras positivas de um lado e as negativas do outro. d) Todas as barras da planta com mesma bitola, comprimento e formato recebem um numero de ordem ou posig¢ao, com que serao identificadas no quadro analitico de ferros. e) Na planta de armaduras de lajes devem constar as informagées: resistén: caracteristica do concreto, fck a(s) classe(s) de ago empregada(s) e os respectivos quadros de armadura “analitico" e "resumo", descritos no item 7.7.3. 7.7.2 Arranjo de armaduras negativas As barras da armadura principal de tragaéo sobre os apoios, denominada “negativa", situadas na face superior da laje, devem se estender para cada lado, a partir do eixo da viga de apoio, de acordo com um diagrama triangular de momentos (ja deslocado), com 0 espagamento das barras nao excedendo 20 cm ou 2 h. Em lajes retangulares continuas de edificios sob carga distribuida uniforme, com a sobrecarga e a carga permanente observando a relagdo q =< g, nao é necessario determinar o diagrama exato dos momentos negativos. Conforme dispGe a publicagéo Pratica recomendada Ibracon — comentarios técnicos NB-1 (2003), na auséncia de determinagaéo das distribuigdes de momentos, desde que as vigas de apoio sejam suficientemente rigidas (ou seja, deve-se ter cuidado especial no caso das chamadas "vigas chatas") e nao seja necessario considerara alternancia de cargas, as armaduras negativas podem ser dispostas conforme os arranjos seguintes, representados sinteticamente na Figura 7.18, a seguir. Em bordos simplesmente apoiados, portanto sem continuidade, em se tratando de lajes com valores de cargas e vaos elevados (em geral, superiores a 6,0 m), devem- se prever armaduras especificas junto as faces superiores, para prevenir fissuras paralelas as vigas na regiao préxima a esses bordos. As barras sAo normais ao bordo, com espagamento uniforme, sendo sua area uma frag&o (0,25) da armadura positiva da laje paralela ao bordo, como mostra a Figura 7.18. Nos cantos sem continuidade, é necessaria ainda uma armadura em ambas as faces, para se combater os "momentos volventes", originados de uma tendéncia de elevagao dos cantos da placa, com a inversdo das reagdes nessescantos, de cima para baixo, nos extremos das vigas de apoio. Elas tém por objetivo evitar fissuras. diagonais nos cantos, que surgem na face superior, quando ha restrig¢ao ao deslocamento vertical da borda, e na inferior, em caso contrario. Essa armadura @ estabelecida como uma fragao (0,75) da maior armadura positiva na laje, com barras nas duas diregGes, dispostas nas faces superior e inferior. Na face inferior, a area dessa armadura adicional incorpora as barras positivas existentes. Para momento volvente; face superior ambas as faces da laje i Au20,25 Ast Av20,75 Ama As30,75Aut badls 4As>0,25Ay Sace superior Figura 7.18 —Armaduras negativas para duas lajes apciadas em vigas - No caso de cruzamentos de vigas, mostrados em planta na Figura 7.19, a norma néo estabelece um procedimento especifico para detalhamento de armaduras negativas. Nesses cruzamentos pode ocorrer uma concentragéo excessiva de ferragem que dificulta o langamento e o adensamento do concreto. Um critério pratico que pode ser adotado, quando apenas um apoio é interrompido, como mostra 0 esquema em planta a esquerda da figura, consiste em interromper a ferragem negativa sobre ele, entre as lajes L2 e L3, no exemplo. Quando duas vigas se cruzam no mesmo nivel, como no esquema a direita, mantém-se a continuidade da armadura de maior area, representada na figura pelas barras negativas entre L1-L3 e L2-L4, interrompendo-se as demais. Esses critérios, mostrados na Figura 7.19, sao recomendados no livro Curso pratico de concreto armado, vol.1, do prof. Aderson M. Rocha, a publicagao mais usada por projetistas de concreto no Brasil, nas décadas de 1960-1980. No entanto, como nao constam da norma, seu emprego deve ser bem avaliado em casos de lajes com grandes vos e/ou cargas. interrompeni-se as armaduras de menor drea interFompe-se a.armadura sobre a viga gue farming Figura 7.19 — Interrupgiic de armaduras negatives de Iajes sobre o cruzamente de vigas Nas lajes em balan¢go, como os momentos fletores diminuem no sentido do engaste para a borda livre, a armadura negativa ndo € necessaria em toda a sua extensao_ Dessa forma, pode-se adotar 0 arranjo da Figura 7.20, conforme disp6e a Pratica recamendada Ibracon — comentarios técnicos NB-7 (2003). Ametade das barras da armadura negativa total deve ser disposta na face superior em toda a extens4o do balango, sendo ancoradas na laje interna com o mesmo comprimento reto. Para a segunda metade, as barras so intercaladas com as da primeira, estendendo-se até a metade do balango e ancoradas com o mesmo comprimento na laje interna. lajeem balango Figura 7.20 — Arranjo de armaduras negatives de lajes em balango 7.7.3 Quadros de armadura Em todas as plantas de armadura de estruturas de concreto armado, devem constar dois quadros de armaduras, Analitico e Resumo Para cada painel de lajes, o Quadro Analitico apresenta a quantidade total de barras de mesma posigdo ou nlimero de ordem N, que identifica barras de mesma bitola, comprimento e desenho, para as diferentes bitolas utilizadas, com os respectivos comprimentos unitario e total Esse quadro é utilizado para 0 corte e a montagem das armaduras No exemplo simplificado a seguir, as posigdes N1, N2 e N3 indicam barras retas de mesma bitola (5 mm] mas com comprimentos unitarios diferentes. Essas barras podem ser usadas em diferentes lajes do painel, mesmo que os espacamentos sejam diferentes nas lajes. Em geral, as posig¢6es so ordenadas com as bitolas crescentes, como no exemplo. Quadro Analitico (examplo) N° de ordem p Comprimento (m) (Posig&o) (mm) Quantidade Ni 200 N2 N3 N¢ NS A partir do Quadro Analitico, elabora-se 0 Quadro Resumo, usado na elaboragdo de orgamentos e compra de armaduras. O peso total das barras correspondentes a cada bitola é obtido multiplicando-se o comprimento total referente a cada bitola, do Quadro Analitico, pelo peso por metro linear, fornecido na Tabela 4.4. Deve-se prever, ainda, um acréscimo no peso total, da ordem de 5 a 10%, para prevenir perdas inevitaveis com o corte de barras na obra. Quadro Resumo (exemplo) Bitola ® | Comprimente total (m) 5,0 1000 6,3 500 Total: Peso (kaf)_| 160 120 2.120

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