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IDENTIDADE, ETNICIDADE, GLOBALIZAGAO E POPULACOES INDIGENAS EM FRONTEIRAS: A PRESENCA KAMBA EM CORUMBA (MS) (1945-1987)* Giovani José da Silva** Resumo Este artigo tem como objeto de estudo as relagdes entre identidade, etnicidade e globalizag3o na América Latina. Tomando como ponte de partida da reflexio a presenga de populagées indigenas em fronteiras, verifica-se que 0s processos socioecondmicos, politicos e culturais que se intensificaram nas ltimas décadas do século XX, designados em conjunto por globalizagdo, so altamente complexos e provocam fortes impactos nas priticas culrurais e nas identidades de diversos grupos, desenvolvendo situaydes contraditGrias, hete- rogéneas ¢ fragmentadas, Porticularmente, analisa-se, ainda em cardter preliminar, a trajetéria histérica dos indigenas Kamba, na fronteira Brasil-Bolivia, Em um didlogo entre a Histéria © a Antropologia, considera-se 0 desenvolvimento histérico das identidades assumidas pelos Kamba a partir de suas particula- ridades, em uma perspectiva situacional Palavras-chave: Identidade, etnicidade, globalizacio, América Latina, Kamba, Consideragies iniciais presente texto, de dimensdes exploratérias, tem como objeto de estudo as relagdes entre identidade, etnicidade e globalizagao na *Tinbatho elaborado para a conclusao da disciplina Identidade, Etaicicade ¢ Globalizagio nna América Latina, do Programa de Pés-Greduacia em Histiria da UFC, ** Dautoranda de Programa de Pés-Craduagio em Histéria da UFG. Exmnail: glovanijosedasilvag@ig.com.br Historia Revisia, 10 (2) : 255-272, jul/dez. 2005 Recebido em 3 de agosto de 2005 Accito em It de novembrode 2005 América Latina. A partir da analise da presenga de populagses indigenas ‘em fronteiras, verifica-se que os processos sociveconémicos, politicos ¢ culturais que se intensificaram nas iiltimas décadas do século passado, designados em conjunto por globalizagao,’ so altamente complexos ¢ provocam fortes impactos nas praticas culturais ¢ nas identidades dos diversos povos indigenas. Os priprios conceitos de identidade, etnicidade e fronteira, dentre outros, precisam ser repensados @ luz das transformagdes sociais mais recentemente ocorridas. Particularmente, analisa-se, ainda em caréiter preliminar, a situagio dos indigenas Kamba? localizados atualmente no municipio sul-mato-grossense de Corumbs, na fronteira Brasil-Bolivia (Jost pa Si.va, 2004) Os Kamba, da familia lingitistica Chiguitano, figuram na relagao dos povos indigenas que vivem no Estado de Mato Grosso do Sul, embora existam poucos estudos que se refiram especificamente ao grupo (Mancoum, 1993). Desqualificados regionalmente como “indios sem terra”, “bolivianos”, ou, ainda, “bugres”, o que chama a atengao & que se discute muito, até hoje, se eles sio, de fato, indigenas. Academica- mente, o problema parece ter se resolvido quando, em 1980, a antropéloga Yara Maria Brum Penteado, defendeu a dissertagao de mestrado intitulada 4 condieao urbana: estudo de dois casos de insergdo do indio na vida citadina, na Universidade de Brasilia (UnB), descreven- do € analisando seu modus vivendi no meio urbano.? Entretanto, a parti- cular trajetéria histérica dos primeiros Kamba que chegaram a Corumba, apartirde 1945, ede seus atuais remanescentes, tanto do lado brasileiro quanto do lado boliviano, ainda é, em grande parte, desconhecida. Embora se reconhega a presenca de nove povos indigenas vivendo na atualidade em Mato Grosso do Sul (Atikum, Guarani-Kaiowa, Guarani-Nandeva, Guaté, Kadiwéu, Kamba, Kinikinau, Ofaié e Terena), hd um incémodo siléncio sobre pelo menos trés deles: Aukum, Kamba Kinikinau. Cré-se que 0 silencio se deve em muito ao fato de essas eviias nfo terem sua presenga em solo sul-mato-grossense oficialmente reconhecida pelo drgio indigenista brasileiro, a Fundagiio Nacional do {ndio (Funai), e nfo possuirem terras demarcadas em Mato Grosso do Sul, Os Atikum tém seu territério tradicional, a Serra do Uma, em Pemambuco, local de onde uma parte do grupo saiu em meados da década de 1980.4 Os Kinikinau vivem, sobretudo, em terras da Reserva Indigena Kadiwéu, desde o inicio dos anos 1940.5 Os Kamba, por sua 236 Suva, Giovani José da. Idenuidade, emictdade, glebulizario & populagées. vez, teriam chegado a Corumba no final da primeira metade do século XX. A presenga indigena em Mato Grosso do Sul, assim como em outras, regides do pais, configura, portanto, uma enorme diversidade sociocultural em terras brasileiras. De acordo com Jorge Larrain, [...] Ja mayoria de las scciedades latinoamericanas no esti culturalmente unificada y[..],« pesar de algunas formas centrales, de integracién y sintesis que indudablemente existen, las diferencias culturales son todavia muy importantes. Estas son ms acentuadas en los paises ¢on un importante componente Einica indigena y negro como Pert, Bolivie, México, Venezuela, Brasil y América Central en general, En estas sociedades plurales subsiste ima enorme diversidad cultural. (LaRRAmN, 1996, p. 207) A enorme diversidade cultural citada pelo autor provoca reflexes sobre identidades e etnicidade em tempos de globaliza¢do na América Latina. A situagao torna-se ainda mais complexa quando as populagdes indigenas em questo se encontram em regides de fronteiras de Estados nacionais. Assim como 0 trabalho do antropélogo Stephen G. Baines (2003) sobre os povos indigenas Makuxi e Wapixana, que habitam a fronteira internacional entre Guiana e Brasil, o estudo sobre os Kamba, na fronteira Brasil-Bolivia, “[...] fornece uma interface entre 0 estudo de sociedades indigenas suas relagdes com Estados nacionais nas suas fronteizas” (Barves, 2003, p, 2). Dessa forma, em um didlogo entre Historia e Antropologia, considera-se o desenvolvimento histérico das identidades assumidas pelos indigenas Kamba a partir de suas particularidades ¢ praticas culturais, em uma perspectiva situacional Referenciais teéricos no estudo de populagdes indigenas em fronteiras: ferramentas Oestudo de populagies indigenas em fronteiras instiga os pesqui- sadores, sejam eles antropSlogos, socidlogos ou historiadores, a buscar ferramentas teéricas mais apropriadas para lidar com questdes contem- pordneas altamente complexas. Para 0 socidlago José de Souza Martins (1997), fronteira algo muito mais do que 2 fronteira demarcada pela expansio geogrifica da economia capitalista, pois é fronteira do humano, Historia Revista, 10 (2) : 298-272, jul/dee, 2005, 287 onde 0 outro é degradado para viabilizar a existéncia de quem domina, subjuga e explora. E 0 espago proprio de encontro de sociedades ¢ cultu- ras diferentes entre si. O autor afirma, também, que as sociedades latino- americanas estao ainda no estagio da fronteira, onde as relagdes sociais € politicas s40 conformadas pelo movimento de expansio demografics sobre terras “no ocupadas” on “insuficientemente ocupadas”. Ao tratar teoricamente da questao da fronteira, Martins realiza analises sociolégicas através de pesquisas sobre conflitos em varios espagas de fronteita no Brasil (na Amazénia e em Mato Grosso, por exemplo) e afirma ser a fronteira essencialmente o lugar da alteridade, da descoberta do outro, que pode sero préprio cu, mas também dos desencontros decorrentes das visdes de mundo de cada grupo. A situacao de conflito social, portanto, caracteriza e define a fronteira no Brasil, Concorda-se com Martins ao refletir sobre a historia contemporanea da fronteira no Brasil, considerando-a espaco de lutas étnicas e sociais, de confronto pela terra, dos encontros/desencontros das diferentes concepgies de vida ¢ de temporalidades histéricas diversas. Dessa forma, as fronteiras dos Estados nacionais podem ser consideradas como verdadeiros ambientes culturais marcados pela coexisténcia de miultiplas formas de alteridade, nos quais as relages de diferenga emergem de forma mais contundente. Esses ambientes, entendidos a partir da nogio de sociedades de fronteira, se caracterizam pelo encontro/ confronto/ conflito/ amélgama de diversas etnias, linguas, culturas e tradigées, abrigando uma intensa circularidade de elementos culturais, muitos deles ainda bastante antigos. Tais sociedades de fronteira se criam e se recriam tanto em seu marco geografico como também para fora dele, mostrando-se, assim, Joc/ privilegiado para os estudos de identidades e praticas culturais, além de fenémenos migratérias. Um periodo hist6rico tio proximo dos dias atuais, como € 0 caso da migragao dos Kamba para o Brasil, iniciada provavelmente a partir de 1945, enquadra o estudo a respeito desse povo indigena no que os historiadores denominam “histéria do presente”. Nesse aspecto, a migra- go é um importante tema de pesquisa: [.-1 incluindo tanto migragées internacionais quanto intrana- cionaise, [...] [enxergando-se] a passagem fisica da migragao de tum lugar para outro como apenas tum evento em uma experiéncia 258 Suva, Giovani José da, Menttdade, einicidade, globalizcedo ¢ populagdes. migratéria que abarca velhos € novos mundos e que continua por toda a vida do migrante ¢ pelas geragdes subsegiientes, (Tuomson, 2002, p. 341-342) Essa ampla definigo chama a atengZo para uma sobreposigo entre 0 estudo da migrago e 0 estudo das comunidades étnicas, pois a historia da migragao estd interessada nos processos pelos quais ‘0s migrantes, individual e coletivamente, se estabelecem em uma nova regio ou pais, e pelas maneiras em que as redes de trabalho cos estilos de vida do local de origem sio rceriados © modificados no nove mundo. Evidentemente,a experiéncia de um grupo étnieo particular no local de destino é um clemento necessirio & histéria da migragio. (Tomson, 2002, p. 342) As comunidades ou grupos étnicos podem ser entendidos como formas de organizagao eficientes para a resisténcia ou conquista de espagos, ou seja, formas de organizagdo politica, Vistos a partir da idéia de grupos de interesses, os grupos étnicos permitem entrever a eficdcia estratégica da etnicidade como base para fazer reivindicagdes. A ctnicidade nao é exatamente a mesma coisa que grupo étnico: é, antes, a expresso da condig&o de membro de uma comunidade étnica e, portanto, faz parte desse conceito. A nog&o de etnicidade é uma importante ferramenta tedrica a medida que a forga dos movimentos indigenas na América Latina contemporinea,§ por exemplo, demonstram a fragilidade dos conceitos de aculturacdo ¢ assimilag3e.’ De acordo com 0 etndlogo Jotio Pacheco de Oliveira, a etnicidade supde, necessariamente, uma trajetbria (que ¢ hist6- rica e determinada por miltiplos fatores) e uma origem (que ¢ uma cexperigncia primdria, individual, mas que também est traduzida ‘em saberes e narrativas aos quais vem a se acoplar). O que seria proprio das identidades étnicas é que nelas a atualizagao histérica ‘no anula o sentimento de referéneia & origem, mas até mesmo 0 reforga. E da resolucao simbdlica ¢ coletiva dessa contradicao que decorre a forga politica e emocional da etnicidade. (Quivers, 1998, p. 64) A etnicidade , assim, percebida como uma categoria objetiva de auto-reconhecimento de diferencas, a demarcacio de territérios Historia Revista, 10 (2) : 285-272, jub/dez. 2008 259 simbélicos. As caracteristicas culturais ou raciais Visiveis, muitas vezes arroladas como definidoras de um grupo étnico, perderam importincia conceitual. O principal critério para a definigo de comunidade ou grupo Einico € a identidade étnica, fundamentada na nogio de etnicidade Diferentemente de outras formas de identidade coletiva, a identidade Etnica € orientada para o passado. Com essa breve explanagio, ndo se pretende colocar uma camisa-de-forga nos conceitos ¢ tratd-los estatica ¢ impositivamente. Ainda que para os povos indigenas a autodeclaragio da identidade étnica possna algo (ou muito) de essencialista, a rigor, 0 tatamento tedrico dado ao conceito de identidade étnica deve afastar qualquer perspectiva de essencialismo. A argentina Liliana Giorgis alerta La pretensién de superar las fronteras rigidas que separa [5 identidad de los sujetos sociales, supone una defini de los supuestes epistemaldgicos que orientan el ordenamiento de los saberes sobre el hombre y su mundo. Tales supnestos bien pueden sustentarse o en los principios de una ldgica formal y abstracta 0, por el contrario, en los apottes de una légica social @ histérica, Esta altima properciona mecanismos de analisis y reflexién a través de los cuales In problematica de laidentidad es siempre susceptible de ser remitida a los sujetos sociales coneretos y a sus priticas cotidianas de identificacién. Desde esta perspectiva se puede afirmar que las respuesta [sic] han de tener una significacién histérica y socialmente determinada (Giorcts, 1993, p, 5-6) Fatos ¢ fenmenos sociais envolvendo etnicidade, identidades e fronteira em tempos de globalizagiio na América Latina podem ser vistos como construfdos e operados por parte dos atores sociais que interagem. es dotam de significados, interpretando-os ¢ ressignificando-os. Assim, © coneeita de campo semintico de etnicidade, citado por Baines (2003), a partir do trabalho de Carlos Guilherme do Valle, pode ser igualmente interessante para uma anélise da trajetéria dos Kamba em torras bolivianas ¢ brasileiras. Essa historia ainda esta por ser desvelada, retirada do esquecimento ¢ investigada para que se entenda a passagem fisica dos Kamba na regio da fronteira Brasil - Bolivia ea passagem simbélica e cultural desses individuos de origem boliviana que reivindicam ser indios brasileizos. 260 Siva. Giovani José da Kemidudle. emmicilade, globelleagio ¢ poputacdes De Chiquitano a Kamba, de Kamba a “indio boli ano”: trajetérias O gedgrafo e especialista em Antropologia José Eduardo F, M. da Costa (2002) j demonstrou que, em Mato Grosso, presenga dos Chiguitano forma um continuum junto a fronteira com a Bolivia, adensando-se no sentido leste-oesie, O termo Chiquitano, criado no século XVI pelos europens, é a designagdo genérica atribuida a etnias distintas que habitavam uma vasta regido compreendida ao norte pelo paralelo 15, ao sul pelo Chaco, a leste pelo rio Paraguai e a oeste pelo rio Grande. Foi a partir dz 1691, no oriente boliviano, que os padres da ‘Companhia de Jesus fundaram varias missdes em Chiquitos, na Provincia de Santa Cruz de la Sierra. As Missdes de Chiquitos renniram varias etnias, muitas sem afinidades culturais e de filiagdes lingiiisticas diversas, deflagrando um processo de reorganizacao sociocultural cujos elementos sio constitutivos da identidade émica atual. Ainda de acordo com Costa: Tudo indica que 0 enraizamento da identidade dos Chiguitano perpassa i ¢poca das missdcs, fimdando-se nos diversos grupos éinieos que a compunham, e que, certamente, 0 fio condutor foi mantido pela afirmagao de valores contrativos (sic), baseados um proceso de selegio de tragos e emblemas culturais de uma origer comm, (Costs, 2002, p. 78) Os trabalhos da antropéloga Joana A. Fernandes Silva (1999; 2000; 2003) auxiliam na compreensio da trajetéria dos Chiquitano na regidio de fronteira, Femandes Silva problematiza a idéia estabelecida de que os Chiquitano sejam, todos cles, emigrantes da Bolivia, procurando demonstrar que o tertitério desse povo indigena alcancava a margem do rio Guaporé e fazia divisa com as terras dos Nambikwara e Peresi, atual Estado de Mato Grosso. Portanto, segundo a autora, os indios que vinham da Bolivia para o Brasil estavam, na verdade, percorrendo as regidies mais periféricas de seu grande territério. A antropSloga ainda demonstra ‘que as tertitorialidades indigenas, bem como as historicidades particulares os iniimeros agrupamentos que deram origem ao povo hoje conheeido por Chiquitano, foram completamente arrasadas pela presenga dos colonizadores ibéricos e, mais recentemente, de brasileiros ¢ bolivianos na fronteira. Historia Revista, 10 (2) : 255-272, jul/dez, 2005 261 Os Kamba, reconhecidamente filiados 4 familia lingiiistica Chiquitano (Pauta, 1979), teriam vivenciado um processo diferente dos Chiquitano encontrados por Fernandes Silva em Mato Grosso. As pesquisas, ainda incipientes, desenvolvidas no Ambito do Programa de Pds-Graduacio em Histéria da Universidade Federal de Goiés (UFG), nao permitem apresentar dados conchusivos sobre essa trajetoria, Sabe- se que seréi necessério conhecer melhor a situagao dos Kamba na Bolivia, antes da partida do grupo para o Brasil, pois ensina 0 socidlogo franco- argelino Abdelmalek Sayad (1998) no existir imigracdo sem cmigracio. O termo Kamba (ou Camba) ainda merece uma investigagio de cunho hist6rico-antropol6gico pormenorizada. De acordo com o antropélogo Sidney AntOnio da Silva: ‘A divis2o entre os que vivern no Altiplano e no Oriente boliviano remonta ao império incaico, o qual foi derrotado pelos moxes & tupi-guaranis, na regitio dos Andes oriental, gerando assim uma conflitiva luta pelo poder na sociedade boliviana, em que cada ‘grupo passou a ver o outro com certa desconfianga ¢ inimeros preconceitos. A partir dcsse momento, todos os que vivem no Altiplano até os vales de Cochabamba sio identificados como Collas (palavea origindtia de Qollasuy, setor meridional do império inca) ¢ 0s que vive no Oriente boliviano, como Cambas (palavra Guarani que significa “moreno”, talvez pela influéncia africana na regio) independentemente da classe social a que pertengam. Segundo Steartman, o termo pode significar também “amigo”, ¢ no principio se aplicava somente aos pedes, que estavam vineu- lados a alguma Fazenda pelas suas dividas. (Sitva, 197, p. 73) Essa possivel origem dos Kamba ainda esta por ser estudada ¢ merece atengfio, em pesquisas a serem realizadas no Brasil e na Bolivia. Em Mato Grosso do Sul, os Chiquitano, autodenominados Kamba, concentraram-se, a partir da segunda metade do século XX, na regitio periférica da cidade de Corumba. A pesquisa de Yara M. B. Penteado sobre os Kamba desenvolveu-se no final da década de 1970 ¢ foi solicitada pela Funai, resultado do [ Encontro da Pastoral Indigenista de Mato Grosso, ocorrido em agosto de 1978, na cidade de Aquidauana. A propria autora revelou-se surpresa com o pedido do érgio indigenista, “[..] uma vez que os indios em questo nao eram aldeados, nem eam sequer 262 Siva, Giovani José da, Mentidade, emicidade, globultzacio ¢ populacées

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