You are on page 1of 6
, AQUISIGOES & REESTRUTARAGOES DE EMPRESAS yk #09 tne, “, », a 0g» wo” DEPARTAMENTO DE CIENCIAS SOCIAIS E ECONOMICAS CURSO DE CONTABILIDADE E AUDITORIA & GESTAO DE EMPRESAS FUSOES, AQUISICOES & REESTRUTARACOES DE EMPRESAS {PAGE \* MERGEFORMAT} FUSGES, AQUISICO: eS & REESTRUTARAGOES DE EMPRESAS Que _rdacios para _a_andlise financeira? A anilise de racios néo permite retirar conclusées sobre o desempenho das empresas, mas antes entender a sua evolucao em determinados contextos. As tomadas de decisao devem ter por base a analise e interpretagdo dos indicadores econémico-financeiros, observados ao longo do tempo, e tendo por comparacao a andlise sectorial e dos concorrentes, apoiadas na leitura das demonstragées financeiras. Neste sentido, vamos fazer a apresentagdo dos principais indicadores que poderdo ser tteis na interpretacao e compreensao da andlise financeira de uma empresa, nomeadamente os indicadores relacionados com a estrutura financeira, liquidez, rendibilidade, funcionamento e risco. Estrutura financeira A estrutura financeira evidencia a importancia entre as fontes de financiamento e a forma de aplicagao desses recursos, pelo que havera uma estrutura éptima de capital quando o custo do capital for minimo. Deste modo, sera possivel maximizar o valor de uma empresa. Vamos, entao, analisar os principais racios relacionados com a estrutura financeira: Autonomia financeira e Solvabilidade. A Autonomia Financeira reflete a solidez financeira e a capacidade das empresas para cumprirem as suas obrigacdes nao correntes. Por outras palavras, representa a percentagem dos ativos totais da empresa financiados pelos capitais préprios. Quanto maior for o seu valor, menor € 0 peso dos capitais alheios no financiamento dos ativos. Autonomia Financeira pital Préprio / Ativo * 100 Solver uma divida significa pagar uma divida. Assim, 0 racio de Solvabilidade permite avaliar a capacidade de uma empresa garantir {PAGE \* MERGEFORMAT} FUSOES, AQUISIGOES & REESTRUTARAGO &S DE EMPRESAS a liquidagao do seu passivo com recurso aos seus capitais proprios. Se isto nao acontecer, a empresa esta insolvente, ou seja, falida. Solvabilidadegeral~ Capital Proprio / Capital Alheio Liquidez De forma simplista, liquidez significa ter dinheiro disponivel ou consegui- lo de forma facil, para satisfazer compromissos imediatos, normalmente com prazos inferiores a um ano. Assim, vamos analisar os racios de liquidez geral, de liquidez reduzida e de liquidez imediata. O racio de Liquidez geral evidencia em que medida as obrigagdes de curto prazo esto cobertas pelos ativos que podem ser convertidos em “liquidez” no prazo de um ano. Liquidez geral = Ativo Circulante / Passive Circulante Este racio deve ter um valor superior a 1 (ou 100%), 0 que demonstrara que o valor dos ativos correntes é superior ao valor dos passivos exigiveis a curto prazo. Nestas circunstancias, a empresa encontra-se numa situacdo de equilibrio financeiro, mas isto nao é sinénimo de inexisténcia de problemas de liquidez. O racio de Liquidez reduzida (também conhecido por Acid Test), tem a mesma finalidade do anterior, mas excluiu do numerador os ativos correntes menos liquidos. Se o valor deste racio for superior a 1, significa que mais de 100% das responsabilidades de curto prazo poderao ser satisfeitas recorrendo aos meios financciros liquidos (caixa ¢ depésitos bancarios) e a cobranca de créditos de curto prazo. Liquides reduzida ~ Ativo Circulante - Inventarios / Passivo Circulante A Liquidez imediata ¢ utilizada para conhecer 0 grau de cobertura dos passivos circulantes pela liquidez imediata, ou seja, a capacidade de a empresa cumprir com as suas obrigagdes no curto prazo, apenas com os seus meios financeiros. Liquides imediata = Meios Financeiros / Passive Cizculante Ao se efetuar a analise aos racios de liquidez, deve-se ter em conta 0 ciclo de exploracao e os prazos médios de pagamentos e de recebimentos. A semelhanga de outros indicadores, os racios de liquidez nao devem ser utilizados isoladamente para analisar a situa¢ao financeira da empresa a curto prazo porque tém uma natureza estatica e refletem a situagao da empresa em determinado momento. {PAGE \* MERGEFORMAT} FUSOES, AQUISIGOES & REESTRUTARAGOES DE EMPRESAS Rendibilidade O estudo da rendibilidade permite avaliar se uma empresa é rentavel ¢ a eficiéncia da utilizagdo dos seus recursos. Neste tipo de racios, analisamos a Rendibilidade das Vendas, a margem EBITDA, a Rendibilidade do Ativo e a Rendibilidade dos Capitais Préprios A Rendibilidade das Vendas reflete a rendibilidade da empresa apés terem sido considerados os gastos de exploracdo. Indica, de forma genérica, quanto é que cada venda contribuiu para a obtengao do resultado do exercicio. Rendibilidade das Vendas ~ Resultado de Exploracdo / Volume de Negécios A margem EBITDA (Earnings Before Interests, Tax, Depreciation and Amortization), ou em portugués «Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciacdo e Amortizacao», tem sido considerada de interesse para se ter uma perspetiva de rendibilidade da empresa sem afetacdo dos financiamentos, das amortizacées e provisées ¢ impostos sobre lucros. Ao nao incluir as despesas com depreciacao e amortizac4o, a margem EBITDA pode ser vista como uma aproximagao do fluxo de caixa (e nao do lucro) da empresa em cada unidade monetaria que vende, antes de descontar despesas financeiras ou impostos. A margem EBITDA é calculada da seguinte forma ‘Margem EBITDA = EBITDA / Volume de Negécios A Rendibilidade do Capital Proprio ¢ a medida de eficiéncia que os analistas (sécios, investidores ou outros) mais usam, uma vez que representa a remunera‘ capital. 0 do capital investido pelos detentores de Rendibilidade Capital Praprio = Resultado Liquide / Capital Proprio Funcionamento Os racios de funcionamento sao utilizados para analisar a eficiéncia na gestao das empresas, tendo em conta 0 seu ciclo de funcionamento. Dado que as condicdes de funcionamento diferem entre os diversos setores de atividade, estes racios s6 tém sentido quando comparados com empresas semelhantes, em atividade e em carateristicas econémico-financeiras. Os racios de funcionamento podem ser baseados em unidades monetarias ou em unidades fisicas. Vamos analisar 3 indicadores principais: Prazo Médio de Pagamentos, Prazo Médio de Recebimentos e Prazo Médio de Rotacao dos Inventarios. {PAGE \* MERGEFORMAT} FUSOES, AQUISIGOES & REESTRUTARAGO &S DE EMPRESAS 0 Prazo Médio de Pagamentos ¢ 0 racio que mede a celeridade (em dias) com que a empresa costuma pagar as suas dividas aos fornecedores: PMP = Fornecedores / Compras + FSE x 365 Quanto mais baixo 0 seu valor, menor o financiamento obtido pelas empresas através dos seus fornecedores. Isto pode revelar que falta poder negocial junto dos fornecedores ou ser uma politica para obter descontos ou vantagens econémicas por parte desses fornecedores. O Prazo Médio de Recebimentos traduz a rapidez com que a empresa recebe dos seus clientes: PMR = lentes / Volume de Negécios x 365 Um PMR alto é desfavordvel e pode demonstrar ineficiéncia nos recebimentos ou falta de poder de negociacdo. Por outro lado, o aumento de dias, ou maior crédito concedido a clientes, pode ser uma forma de conseguir mais clientes. © Prazo médio de rotacéo dos inventarios traduz 0 tempo que os inventérios estéo em armazém PMRI inventarios / CMVMC x 365 ‘A redugao deste indicador pode significar que se esta a vender mais rapidamente, mas devemos atender que uma redugdo drastica pode implicar a falta de inventario e por conseguinte de vendas. Risco No exercicio da sua atividade as empresas as empresas enfrentam um conjunto de riscos que influenciam 0 seu desempenho. Assim, risco pode ser definido como a hipétese de perda e quanto maior essa hipotese maior © risco. Na anélise financeira, 0 risco deve ser visto como a variacéo provavel dos fluxos de caixa futuros e divide-se em dois grupos: 0 risco do negécio e 0 risco financeiro. 0 risco do negécio esta associado A gest4o de exploracéo da empresa e 0 risco financeiro esta associado a estrutura de capital ¢ aos fluxos de caixa e gastos de funcionamento. ‘A nivel do risco do negécio temos como indicadores relevantes 0 Ponto Critico e a Margem de Seguranga. {PAGE \* MERGEFORMAT} FUSOES, AQUISIGOES & REESTRUTARAGO &S DE EMPRESAS O primeiro corresponde ao nivel de atividade em que a empresa nao tem lucro nem prejuizo operacional. Quanto maior o Ponto Critico, maior o isco. Ponto critica = Gastos Fixos / (1- Gastos Variaveis / Volume de Negécios) © segundo traduz o nivel de seguranca com que a empresa trabalha. Quanto maior a margem de seguranga, menor 0 risco. -Margem Seguranga = Volume de Negicios / Ponto Critico -1 © risco financeiro traduz a probabilidade de uma empresa nao conseguir resultados operacionais suficientes para cobrir os juros suportados e outros gastos de financiamento, sendo 0 indicador a analisar o Grau de Alavancagem Financeira. Este indicador define-se como a variacdo percentual que ocorre nos resultados antes de impostos decorrente de uma variagao percentual nos resultados operacionais, e quanto maior o GAF maior 0 risco financeiro. GAF = EBIT / Resultados Antes de Impostos O calculo e interpretacao destes diferentes tipos de racios nao devem ser isolados das carateristicas especificas de cada empresa, do sector onde operam, dos critérios de valorizagao e mensuracdo utilizados na contabilidade nem de informacao complementar de qualidade para uma adequada anilise da situacao cconémica ¢ financcira da sua empresa A nossa folha de calculo Andlise Financeira é um recurso muito ttil para o auxiliar na andlise do desempenho financeiro ¢ o valor da sua empresa a partir das Demonstracées Financeiras. {PAGE \* MERGEFORMAT}

You might also like