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JANETE M. LINS DE AZEVEDO A EDUCACAO COMO POLITICA PUBLICA POLEMICAS DO NOSSO TEMPO Consetho Eto, Casemiro dos Res Filho, Deva Sava, Cilberta de M Fane, ier B, Garcia DirworBee Flv Baldy dos Diagramagsoe Conpigso Vlad Camas capa Cian Miton Joséde Asa Arte Fins lad Camars J. 19 by Bion Ks cos IRN AUTRES ANCIADOS Caixa Postal CEP: 13081.53 Campinas St Het an(019) 239939, ed. autores @ale.eom br A EpucacAo como PoLftica. PUBLICA JaNETE M. Lins Ds AZEVEDO Asta opts ne OO ng) 10031021 ‘iso UEFS Conegio Poutaaicas bo Nosso Tero andSEE8@, APRESENTAGAO inicio da década de 80, 05 estudos sabre as potas pba passoram a ganar ua cetraidade no Brasil Posstitando a airmagio de um capo investigative & respite desta temic campo este neato, sobretudo, 8 ‘Citnca Poltica «4 Sociologia ‘O impuso 4 realzagao de pesquisas desta ratreza ocortis ‘em concamiiea comm 0 proceso d abertra que terminow pr ‘einstacrarademocraca pala no pals. Neste cortexto, pode (Grd tona as perversasconsequncis do estate auzoric” prépeia do rege inealado no 65-4, o qua fora um paso peculiar de pola socal ue entio seer, ‘Naat momento, Ena-seoesFagp poltico que peri desvlarpuzarente 0 quanto a plticas econémicas e™mpre= halts pone autor taro cotrbulram para aprfurdt 3 Fen dos Geis soda 8 rai, malrado olargamento formalde suas plas socais ‘Os gowsnos miftares, como se sabe, a0 mesmo temp ‘em que consoldaram uma irea de atuaco soca do Estado, 1, Vale rememorar que a organixagio deste campo devas inpatients svn de expgos fads no bo de casos d= Pos Gradua ow —— Er —CCCCCCC#é#é#é#4....... === 2A Bongo com Poutnca Pach fzeram nos moles em que a priatizacio dos espacos pabl- cos apudzara re. tease, 20 spontar para pesengade ura inrineada e nebuosa tela de relages radeirigioe esto das poles esti, susctava a necesidade de se conhecerides- ‘lar ae pritcar af subjacertes, na perspectia da cnstrgso de rovos padrdes de poitica com visas & democratizacio subs tanta do Estado e da socedade, Fruto, pois, princpalmente de tal contexto, & que val danas arma das paltcas pias enquato ira de co nhecimento espactico no campo académico, "Neste process a afrmacio da fre, por meio dos es- tudos desenvolvidos, tha necessaramente de corsiderar a {se instalade no inle dos anos 70 no expago internacional {5 suas repercusiées no pals em tormos da organizagSo & redirecionamenta dos serigos piblicos. to sigiicou, por Um lago, ter como cendrio a propria crise que pexpassava 0 modo de reglagso ds sociedades, impicande a abordagem te tematiat como a cise fa do Estado eas necessiides {de sua reforma, as proposigdes neoliberal, as ameasas 205 testados de bem estar socal nas democracas avangadss, a ‘debe do socalsmo rel tudo isso raquo que se somava ‘no sentido de aprofunda anda mal as precrascondgdes ‘donotso esta de “mal-estr socal" Por out lado, e100 fem seguda/osertcdos sobre as poltica pubis passarama ter por parimetroo movimento lobalzagc, no boj das novas tendénciss de ariculago da producio e dos mercados, bbem coma dos novos padres de sodabildade que passaram se friar naste contexto Hi que se registrar no entanto, queaspreocupagdes em investiqar as polticas pdbicas exrapolaram 0 campo di Socio logia eda Cini Pllc, pelo proprio carder interdscpinar ‘que necesaramanta, ers impcado 0 enfoque do fenBmeno, ‘Neste set, tl coma ocorau com outas eas volte ‘das para a questio socal, no campo edvcacinal passou-se a produairestudos que privlgiam aabordager da edcagio na $a dimensio de paltica esata Tatam se, pois, de estos ‘que, em sua maior, mo prépo crnpo educaconal como, Avserpmncio 3 referéncla primeira, e, portant, uilzam-se de ferraments te- trica-metodolgies comumente empregadas nas nvestigngbes deste campo, ‘Considerando-se tal reaidade, bem como o conjunto de questbes anteriormente aroladas, que se stuao presente trabalho. Neleprocurou-se partir de uma postrainverss, na tortatva de s contibur para o debate de possives caminhos ‘edrico-metodologics na nvestigagio da educacio como ura poltica social de ratureza publics. ‘Daste modo, a discusses que aqusetravam partem do cenfoque de stints abordagens Que norteiam as estudosso- bre as poltics polis, para nels tar 0 tatamento que & recervado& edeagio nesta sua dimensio: como uma pala pibica de corte social Dest perspec, percorre-se um camino consti por um resgatehistrco-terica de abordagens proprias aos esti os da plticas pbs, 0 que &feto pelo exame das verten- ‘es neclberal, plurals, socia-democrata e marisa. Asi far- se uma probiematzagio de posses cantibugBes que estas abordagenstrazem para aan especiia di pla educa onal, sempre erfocando-a em sua dimensio macro-poltca, Fe percuso, por ua vez serve também de procesmerto para se colocar em debate, 20 fra, Uma sugesto de camino tebrco-metedeléco que, ace a espciciades da realidade brasiea, pode contour para furirar aniizes da pola educt- ona entre ns, rasa dimensio aqui prvlegadae, portant, a Pat de ferramentas que so préprias da ea em questi. | | | dlluia na sua insergo mais apa: a expago teérico- analtico préprio das pola pbs, que represen tama materiidade da intervengio do Estado, ou 0Extado emagio". Deste modo, pode se resgatay neste mesmo es- ago, as particularidades da poltica educacional contextua- Tzalas segundo as dsinta vertentesanalticae, Sendo assim, quando s© enfeca ax polices pleas erm tum plano mas geal e, portant mais absrato ist significa er presente as estruturas de poder ede dominacto, 0s confitos inftrados por todo © tecid social e que tém no Estado 0 locus da sua condensagio, como sugeriu POULANTZAS (1980), Em um plana mss coneeto! © canceto de poltieae pbs implica considerar ox recurso de poder que operam ‘a sa defigao e que tm nasinsttugbes do Estado, sobre ‘co na miquina governamenta, 0 seu principal refeente ‘Outra importante dimensto que se deve considerar nas andlss & que'as poliscas pba sia defnidas, implemen- tadas,reormulidas oy desatvadas com base na meméria da fociedde ou da Estadovem que t8m lugar e que por isso ard estreita relagio com as represertagbes soca que {ada sociedad desenvote sobre s!prépria. Neste seri, lo construgGes informadas pelos valores, simbolos, nor A bbordara edueagio como uma politica social, requer 6 AHoveieto como Pouines Pomsca _ maser, pls epresertacbes sci qu team ur- evo ete sooo desma ceternad side: timate, Gevese conser gue os febmenos da Iperf consleicgie do En, decorates do ap ‘Rarer de sateen rasodedie, «portato da trplemertaco depots pleas tem si abocenea de Gqesionumentesoricore pon, Hi es deat, como ‘Eosmon forma faye suri pl ado eco STarcue ose, cn cosequca ds pri ves eh ena pe odo de cumulc caplt dos runos Cats anda sn supers, No cote esa sea tuner se stuandoo proceso da obsteag do Ba a oniguando ura out geopole m aeno 23 Tequrmeros do news Geos feel gue sir fondo. rr da ore St te oe rl faocencouras concen, tom as preluns reper ‘Seis parao mundo do vate e portato, em repeal {Eco ato apt ees Cuando see ecb oral os aos 60 desnax ou cp et caus ad tina rere Sih geuram fore sort nes pes dcp svongdo, prblematiagi,o debate ea busca do enter mento dopo de replat foro pei mundo pas {20 tnd dow anes 66 es anon 70 assram a uae ‘Ene potugo tia no campo cata marta eran Suncor oerencado de eerie ed core {ts Neste mesmo cone os postuados 6 erat ‘pico tem Sveram ma te im espa propo de reigramento, ores, sobre, acre cenom ras dcreclbeal cj vgrtedio mane pcalmen- {Eade HAYEK (980) ee ouron economia gps is caine Chicago, a exemplo de FRIEDMAN (98%), ‘Apert meaty Goran 80 quotes into veagls ental dos dss Ga demorac psa as ‘Snatcafo er cura Greg, sca agro eres to dos novos patbes de sociblidateerepetes © Soh poet inden reed enpeprreaie her neoconservadaras em regio aos mercados e 8 protegio socal ‘As orientagSes neoliberisadotada por virios governos ‘nos anos 80 e 0 consequente aprofundamento das crises ‘econémicas e ambiental, decocrentes cesta ‘desre- "3 mucangas no mundo 6a produczo em face da Ihaiorufiizagio da microeletrOnca; suas repercuss6es no mundo do trabalho ena tendéncia globalzaglo dos merea- those, anda, a débdele da rocaiemo ral sio alguns dos f= tores que tém ameagado a formas de orgerizacio s6c0-po Iie deste sécuo, "Neste contexto, tem ganho certralidade o debate sobre ‘destino eo perfil que deverdo assum as olicaspiblicas, fem particular as que ze volam para o: setores soda. Ito pirtindo-se do entendimento de que estas polticas constitu fem-se em um elemento estrutural das economias de merca- do, representando tipos de regulacso que cada sociedad ‘olocou em pitca apart de um determinado estilo do seu ‘desenvolvimento, conigurando, assim, os mods de aticu- Iago entre o Estado es sociedad (ORAIBE, 1988: p. 2), 'Na perspective de burea de situa © campo teérico em que foram e vim sendo aralisadas, abe advert que a itera lira pertinent €enftica 2 reconhecer © modo heterogeneo ‘eambigua como se dassficam os varios autores na pluridade te abordagens teérico-metodolégcas extents sobre as po- Wicas pobcas! Apesr cae dfcldndes, pork, & possi iden tear os polos de convergtncae az iiculdadese controver- sias ra clasiieagio e no exame dos esudos concernentes & ‘rea em questi. (Or estudos que se utiizam de ferramentas dos paratig- ‘mas cisions si facimente agrupados identiicados: Ibe ras, manzstas, funconaistas, Revelamse problemstcos o: tuados, tericamente, em expagor de itersegio,scbret TW por een, MISHRA (1977), GOUGH (1980, TAYLOR ‘Gou8Y « BALE (1981), COMMBRA (1987) © DRABE (1980), 4A Hoeacto coup Pouca Ponca do no oa a bipalarcadeReralenofaro, «main terseibes sue Gecrrem de fturm geste os polos reepronmando-o, En aue pase a agiade ry ees rspgor de hsregio"cottvense por mua re Teens par oy esos sobre pots pubs Pra Terme ra suiladedeetrse cor uma terse de ‘omprreis coma res de paradpras ques cralaran Sularg dotenpo, epssand spect do cone Sins tnd "do tn sas questa, gas ues uemsdscutremos un count seat de borage, scarce evar dann conven qe nr ats podem ofrecer oer cana apn eds inal nga ua po pbs echo + CaP{TULO + UM A ABORDAGEN NEOLIBERAL, steers Incorporando os argumentos de Adam Smith as for- {nulgbes de Jeremy Bentham e james Mil, a concepgio "unlitarsta de democraca® concebe a conduct a avidats condmica pla "reso init” do mereade coma uma con aS 10. A Bovcsch cowo Pou Pomc icdo apropriada & maximizagio do bem-estar. Os funda: rmertos da liberdade edo indvidualsmo so tomados aqui para jstiicar 0 mercado como requlador e dstibuidor da Fiqueze eda rena, compreendendo-se que, ra medida em ‘que potencializa as habldadese a competitivdade individu Sis, possibiltanda a busealimtaéa do ganho, o mercado produ, inexoravelmente, 0 bem-esar socal Esta concept, vigoross durante 0 século XIX, fi cor ‘tudo se debitando em funca0 da indica do propio desen- Vohimento. A cescenteorgaizago do mundo do trabalho: a ‘eiculagi do deri socal; o progressotécnco e cenii- ora crise de 1870; a revolugéo de 1917; a recessio de 1930; as duas grandes guerra: os reordenaments polticos «soca a redaigio do espaco internacional so alguns des ‘marcos qe acabaram por apofundare consoliar outasfr= thas de arcuagio entre o Estado @0 mereado, num nove pa ago ede reglaco do capital e do aba “Apesar dts, esta tendénca tebricae politica de ordena~ «go do mundo cptalita nfo sau de cera a0 longo deste st ful. Ao contrsno, eneontr espago proplco para se rev- forar na crise econémica éos'anos 70, quando assumiu a Nersio que tem sido éenorinada de neoliberal. "As eorretesnealberas apbiamse fortemente nas for- muagées de Hayek tomada como expoente desta tracigio ddepensamento, Da por que ecorte-se, aqui 305 argumen- tos deste autor para apresentar os postulados gerais 6a abordager, Outra autor examinado Milton Friedman, Cujas formulagbes guarcam idenidade e coeréncla com 35, de Hayek, ainda gue construléas num nivel de menor Sprofundamente tesco." T A proto Vek ewe cae de 200 obras, As anos ai sretntasbeei e o sau esico Os Fundanenias tate (1969). De Mon Fracran use ose Cairne ‘dae (1964, tee em qu © ior tbo as tanente Spe en ea pbs © pes popnts lr a AAroumanNgcune. 1. 1D Que eB 2 ect ithe Cho pono de purta, deve-e te presente que one liberalism questiona e pée em xeque o préprio modo de rpritagi sole pliice gesado com o aprofundamesto. a itervencio estatal fends ERaHTE Mas mercadg] € a ‘Roma que snteta suas postlagBes, que tem como prio~ “pie chave a nog da iberdade nat como conce- bia pel ibertemo disico? ‘iberdadepressopde que cad indo "tenho osepe ade ume eforapivada, que est certo conto de crcuns- tdnciosno qu ovr os nda psa interfer HAYEK, 1983: 4), Ness acepgio, 0 Estado de deo s6 pode sr res- vronsivel por metas que se exabelegam como norms ge- Fir eo contro, produzta, necesprament, uma di trinago arbtrra one as pesons: ‘Uma sociedad re usalmente exige no sb ue 0 govern tena o manopéie da corso masque deters Slismcn este monapchoe que em todos = outros pecion atue de acordo comas esas condigGes 8 Fras todos os ndvdvos ever abedecer.) (RAVER 1965: p. 270), > E neste sentido que of neoliberal v8em as ingerénclas cesatas ra economia come coibidoras da lberdade individ 4 Par Hayek nip cabe 20 govero decir {..Jotre quem er permisio de forecerdiferen tes stivhos ousmurendra, a que pags 8 em ge Gah ‘aden em ouwrespalvrat, a0 Ihe caber] medias Goa petendem contolaraaceio ferent profes Toctpates os temos de venda co volume 3s ro ‘had ou vend [.) Com eft, apart da tte ber supor gue especies ne cap econo, 3 (orga ate epladors Go mercado de gma manera edo or accession ahustamertos Is rors condgSes E5983: pp. 275 8 470), [Nesta mesma giregio Friedman aponta para 05 rscos decorrentes da magnitude da interven estatall O grav de 12 A.Boweashacono Pouca Pomc, ingerénci do Estado na economia e demalsesferas da vida Privads, 20 seu jlo, estaraintroduaindo elevados inlces de tarts na vida social, Dal a su preocupagio com ontinua ampliagso dos programe soci, No mie, ange "éncia estatal 6 vista como uma tendncia que pode condu ‘i ao fotalifarisma, ou 20 “caminh da servicio", segundo Hayek. Defensores do “Estado Minimo", os neoibeais redtam, 1o mercado a capacidade de regdagio do capitals do taba hae cansideram as polticas publica as pindpas responsi vei pela crise que perpassa a sociedades.‘Aintervengio es- {atl estaria afetando © equilbro da orden, tanto no plano ‘econdmico come ne plano socal ¢ moral,'na media em ‘que tende a desrespettar os princpios da liberdade e da ie \ividuaidade, valores bisicos do ethos eapitlt, Enireoutras formas, as restigses iberdade manos. ssiam no estimulo,susctado por aquelas polis, 4 forma: 0 de monopélios nos mais distintos setores da vida 20 ‘ld Neste sentido, tem-se que sto elas as responsive pelo ‘orporatvsme encontrado entre a funclonsros da govern tepelos monopélio extents na ndcstria verre dstitas ca legos ce trabalhaderes (FRIEDMAN, 1984), Em elagi as athidades econdrmicas, afima-se quea sua poltzagio tem levado tanto A criagdo quanto a0 favore- mento © manutengio arta dos suetos econémicos. tntervengio governamental, de acordo com esa abordager, ‘enile a quar articlmente as conesgbes de concorréncl ‘ie compitvidade entre novos e velhor sucker, cobinda & ameasarlo as estimolos individuals necestirias& producio ‘1 compptigao numa socieade fre, Seu prox eviden- in-se «ano a potiea econémica volta-se para socorrer lletormetydos setores que perderam a competénciaperante p mercap. Como observa Hayek sta pote de governa nfo recanhece que nio& ‘milano em 3 ua dimenso ca empresa que sid Pres. mas somata os obticuls anges eh AN sma NOOUSEEAL 13 daterninada setor indus ou prsssonal, bem come ‘uta prices monapsla |] Urn ds curs verses (ica € que cartos tetas (tae cots vatagens ‘adit de determina orgtzages) so poder ser Imutieados E um absurd ghorar esa verse ‘rerr candies wiles de concorércla[-] Quando ‘© monopei se sustorta grasa condigSes cada por Tegsagto, que veda lngresio de concrretas na mar ‘aco i condgbesdever er eminadae (J Mat of fe: Sultedos ca ao dos governos ness campo itn sido to Seplordves, que & supreendente Raver ainda quem cue ‘sper ver trig de poerescncriondrs a0: fo ‘omnes radu out eli lim deur aumento do bs Yate eoncorénc (1983: pp. 321-2) 'No que diz respeto as poticas sci, a referdncia bi sica€ qualmente o livre mercado Os programas e a vis formas de protegio destinaéos as trabalhadores, aos excly- {dos do mercado e aos pobres so vstos pelos neolbersis, ‘como fatores que tendem atoher ale inciatva ea indvi- ‘didade, cabando por desestimular a competitvdede © in- fring a prépia dca do vabalho! Os Seguros de acidente, de \desemprego, as pensdes e as aposentadorassio considera dos formas de constranger ede akeraro equitrio do mer- ‘ado de trabalho. "Isto porque se julga que induzem 05 benefiirios & acomadagzo e dependencia dos subsiios stata, contrbuindo para a desagregacio das fami e do Pita poder. Enfim, considera-se que os recursos pablcos *simuiama indoléncia ea permissvcade soca. Na visio de Haye, [0 oforecimanto dessa asistnia sm dis in hz ag nepigesebr 3 crags de reson para dna ‘ncrgtua come paderiam ze por neta propa lalacetdnca nto eine, Prece ent ttt Io 1 eng daquoes que ape para ete tipo de 2p "oe cet pare Ga poder repre ‘ier ds nocesiaces een avai, do dese reg, ds dean ete reeonnonda coro deter da co HL A Boveicio com Poutmes Poses letvidede,indepandansemente de o proprio indivdios poderam au deverem provera eens evertualaades, ©, fem particular, uma vez que a ajuda grat, lvando os ins 2 red sus intra peso, parece 6b ‘oer cern compel-or ase gerani (ou se pro ‘er por conta pra eortra esas eles norma a a (1983: p 346), Os males athindos dos subsilos que sam atenuar as tayat de desemprego sfoconsderads também em outa tiregio: como bloqueadores dos mecanismos ale 0 préprio Imerado copa de adorar pra resale o seu elo, ‘Afrmase que o sali desemprepo tende a desesimula as prestoes sobre a quaiade de vabaho oferecda impecin 0 a diminugio dos slriose, portato, o reequlbric do movimento da oferta © da demands, Enfim,o subsiios mmantém artfidmente um excesso de oferta de taao, élevando, deste modo, 05 slros. Comprometer, asin, 4 produtvdade e podem provocar tas permanentes de de Semprego(RUEFFcpid BRUNHOFF, 1978). ‘uta questo central nos argumentosreolerais€ 9 “nchamerto" da mégun gvernamentl, Compreendemse como nefastos o efits qe as pola soca tem provo- ‘ado neste Senco, além dos seus desdebramentos eter mos do dct pao, Ao tomarem paras a responsabiga Ge pels programas soci, os governosgeram a neces ‘ie Ge meloresrecets,supndovas com o aumento daca {Ge Sibwtor odor encargs sacs (FRIEDMAN, 1984) Freda chama steno, ainda para os mals avindos do carter niolcratvo ds atvidades poblas. Seguro ele, ‘pessoal do Estado tence a stimula a expansdo dos pro sramas sodas viardo uicamente a dfesa de Ss interes Ses ea sua manutengaoenquart tal priia que rela na hipertrofa da migquine goveramenta Em decorrénc, a metas os gastos sais tems odesequilfxio ora {iio eo aumento do deft pico, tua qu lea ems So de moeca e2o aumento ds nas tibvras, conti indo paraaelevagio dos pregos e dos saris. No limit, as, Adwoanjor Neousens. 15 atividades produtivassio compromatida, 0 que se expres- sanainfagio e no desemprego (FRIEDMAN, 1984: p. 169). ‘Em relacio 2poltica educaional] pode-se dizer que © vue eobbealzantenE6 3 ctapasa mesma proporcto em ‘que ange outa potas socais A educagio racondicio de tm dos setores ploneiros de intervento esata, & uma das fangbes permitdas a0 "Estado Guardiso", Friedman, por texerplo, no india educaio entre as 14 dreas as quai jul- {2 inadrisivel serem subsiadss pelos recursos pablcos” "Muito ao contro, a ampliagSo das oportunidadesecucaci- nas € consderada um dos fatores mais importantes para a Fedo das deipualdades /__ Cumpre, enzetanto, expr melhor 05 parbmetros es {a concepso.\Coerente com as ideas liber, a abordagem | neoliberal ro quesiona a responsabldade do governo em 33: rant 0 acesso da todos a0 vel bisco de ensino, Apres, contudo, a necessidade de um ouo trataranto para sstema | educacional:Postulee que os poderespblcas devem trane- ferr ou dvr sus responsabldades admirisativas com 9 se- ter pevao, um meio de estmularacorpetizio eo aquecimen- 1t0.do mercado, mantendo-se 0 padro de qualidade ra oferta dos servos! falas teriam, ass a chance de weet 0 Aireto delhre esoha do tp de educacio desea pra oss fos. Ao mesmo tempo, minar-seia 0 monapélo esata ‘stent na dea, ciminindo-se 0 corpo burocrtco,amiqui- ‘a adminstrativae, consequentement, os gastos pbicos (FRIEDMAN, 1984), Esta mesma posigio & defendida também Por Hayek, apart de argumentos merase ios. ‘Apréria magntude do poe exerci sobre amen- 1 humana, que um site de eda altamente ce ‘rade © dominado pelo governo cloca ras mos eat 2. rire eas reas et, por exempo, ade hag, com ot ‘us prograas. Esto tbl os segurs sci desis 9 ehice © aporenadora. No seu etende ess so els ar ue deve ‘Muar a Inidativa privada (FUEDMAN, 1984: p. 40), 16_A Bovoxcio com Poutnca Pesca autres, deere plo menos esta res de Acatd-b1Navetdae, quarto mals cnet sive te de per desea poe orcs {shumena mai convenidor octane ar Go pera river ese pode’ a uma Sea autora. Hoje als fo ranca ao 8 nce 3a Ge q's fo, vera deve admnirar a eos come também 10 tals se justia «mala ds argumentas antes apesen- fados em seu for] Hoe como a adhe © ts tugdos da educagotriversl es vemente pant fae como amar ox peer chaos pea Oetnca it resohida el transporte modern, nfo € rate fessro que a edvagt seh no x6 franctaca mas ta Bm mintvada peo govern (1985: pp 0°51) Quanto aos outros nives de ensino, as proposigaes neoliberais sio tavativasfos subsidios& formagse profi sionalzante dos inves no podem ser jusificados pelo {que Wo proporconar aos benefits invdualente, esi pelagvantagens que poder resuitar para a comunidad em eral: Qualquer tipo de educagao que se vole para otreina- ‘mento vocacional ro deve, pois, ser subsiiada pelos fun- dos pics, dado que um melhor preparo profssional val se refer, no futuro, em melhores salros, Em se atando dde-um meio de valoriacao do capital humano, 9 ensino profesionaizante deve se, portant, totalmente privaszado, posto que “grande parte do aumento da renda que é posi. vel auerir em ocupacbes que exigem tal trenamento cons Uituird tie-somente um roterne sobre o capital ivestido” (HAYEK, 1983: p, 453) [Nas proposigbes de FRIEDMAN (1984) sio previtas, ‘contudo, oporturidades para que os indviduos sem recur- 0s, mas talentosos, possam valrizar este tipo de capital CConsiderese que seus talents e habldades i indica que n de pessoas presumivelmente aptas para fornecer (5 retornos dos investimentas que-fejam feitos na sua profisionalzagiofNestes casos, & propesto ofianciamel to desta formagio mediante empréstimos pUblics ou priv ds, asumindo os benefcirios a responsabiliace de papa A Avorn NeounssL 17 ‘a dhida quando comesarem a colher os frutos da valrizagio do seu capital humane, ‘Qutids, pit, & poltica educacional estudada segundo sa: caegoriasanalticas prdprine&traciedo de pensamento neoliberal, a sua dimensao enquanto politica bli ~ deto- ‘al responsabidade do Estado, & eerypre posta em xeque Neste contexto, os problemas que se identifica como cau- ‘adores da crise dos sisters educacionals na atualidade, sia vstos como integrantes da prépra crise que perpass2 aor ima de regulagio aesumida pelo Estada neste século.*No ex ‘remo, concebe-se que a polticaeducaciona, tal como ou ‘ras polticas soca, seré bem sucadida, na medida em que ‘enna por orientagSo princal os ctamese sls que gem ‘os mereados, 0 privado. ‘sto, cana a atengio par a ta do gue nia fous a itis Tec ue no nba afore que tem nrc proposes de Pula que sugerem a aca do purge uate toa 1 mo aotdo pels empress, por pte dossiers do enino. _€APITULO A Teoria Liperat, MODERNA DA CIDADANIA, 1. Const .GOES PRELIMINARES rm contraposigho & nogto de liberdade que informa a abordagem neoliberal eos postulados do individual» ‘no teoria liberal moderna da eidadariaapregea que ‘obenmatar ipualdade constituem-se em pré-requistos in- lispensivels 20 exerciiopleno da indvidualiéade e da liber~ dade. A propor orientar as polticas relatives 3 reproducio teconbmica# Social pelo objetivo de asogurar 0 maior bem ‘sar para 0 maior ndmero possvel de indvldues, esta abor. ‘dager bru spac para legtimar 0 aprofundamento da aio ‘esata na economia e em cutrasinstncasprvadas. ‘nova concepcio desenvolveu-se no selo das contra ‘dicBes engendradas pelo processo de desenvolvimento, ‘como frut,éas suas crises © das estratgias visando con- tomé-tas. € importante lembrar que este processo fol viabiizado por makiplaeorientages ecandmiease polias {ue incdiram sobre'a camposigio ds clases socials so- bre 0s modos de explictagdo dos confitos entre o capital © 0 trabalho: Construise, pols, a partir da tas historicas dos trabullidores por emprego © pales direitos de prote- ‘io ao trabalho, éemandas que, pauatinamente, enconta- ‘am algum aspago de vabilzagio nat metas do pleno em- ‘rego, do crescimento e da extabilidade dos preges. Como ‘observa O'Connor: 20_A Boss) cowo Poumea Pomsen [.:] 1 mexida om que a concep de uta social dos trablhadores Se combieava com on conto ioeris de igullase ce oportnigades sem comagitrca #6 ‘convert num greene da polis voce desambo- ou na ora lbera madera da cscana (O'CONNOR, Tar: 9.243), Em aun dasefcagio, O'Cannor destaca TITMUSS (1963 «¢ 1968) @ MARSHAL (1967) como expoentes principals desta tori, na cual ind também a correnteplraita, Nest trabalho, aptox-e por integer neste sgrupament ainda aabor- ‘age socal democrata, A jstfcatva paral € ornedo comm ‘como estas abordagens apreender e anaksam as polias $0 ‘hs como instruments impertantes no sentido de amenizar 3s ‘dsigualdadesoriginadas no mercado, Muito embora em cada ‘ma dea it Sela ential por distntos Anglos |. Num plano abstrato formal, a tearia liberal moderna da ‘idadaria€ norteaa por uma concepcio de Estado que pos tula.a sua responsablidade na promacio do bem contur Contrapbe-e, sm, ass potlados seco, gos iE tus poltieas como periciosas 4 ordem sociale ao seu equi Horo. No obstante, ha que se recanhécer qUe, ra tual dle, autores vineulados a esta tradgao de pensamento vm revendo suas pasgbes no sentido de postuarem a neces «dade de se constr novos padres de interveneéo, tendo em ‘Vota 0s requerimentos dos processos sodas que impBem reformas na esrutura das formas e fungbes do Eada) "Neste sentido, no se pode desconhecerqitea cohen «0 sobre o pape do Estado encontrida na teora em enfo- ‘ue, desdobra-se, por sua vez, em malls varares, que se ‘dstinguem, sobretudo pela maneira como apreendem os processos-pelos quais'© bem comum toma forma © se ‘abil, Tis especticidades & que posibltam stuar expo Fat, no interior da teoraaabordagem plralita, eos autores ‘denominados de keynesianor de exquerda, também identi ‘ados camo a corrente socis-democrata, ‘Antes, porém. cabe uma advertsreiaimportarte. Ado: ‘lo deste eritrio nao signca que os problemas detectados A Toma Lssas MoosnspACianuacd 21 fr outras formas de cassificagio foram superados, tam. pauco que o procedimento adotao sea neat etranqilo, Se por um lado el facta a pontuagéo das singularitades, por Dutro, 05 elementos convergentes ameacam a diferenciagio pretend. As abordagens, necessaramente, se itetgam, no sendo pessivelestabelecer marcos prcisas entre elas. Neste sontida, a segmentagso aqui proposta deve ser com: preendida como um recurso de exposicio dos arpector singulates, mais do que uma ferma de autonomizé-los, © ‘que, de resto, néo encontrara bases de sustanacso teérica 2. Ratas Da THOR: as Conrainurgous De DURKHEIM, Camo se.ape, pelo carter cisco «pion da sun cbr [urn orneces or presrypostos Funct 3 un onto de sbsagen prépo dar ness Soc. Se, por Umiade, ee fe um dos nspadores ce Tet Prins para 2 contigo de sus eanseredor tears neon, por cto. frnece elements teres que lam da subtinca 4 teoria iberarmederna da cidadania. Esta dltima, quando ‘comparada cam os postulados do liberalismo clissico e com osc vertenteneobera tem essa ava dimers mantra no ratmento das elagaes ene css part Colrmenteno que se elerebprotgao soc a orden c2 pitta io se pode desconhecer que tanto © neoiberslzme blicas e na constructo de uma escala de prioridades para a gio estatal Reconhecendo, parém, a evsténca de uma dstribuigio dsigual do poder, os pluralist postulam que esta participa- ‘glo deva ser mediads, f que nem todos os cidadios so ca pazes de atuar camo politicos raionas e decir qual a fr ma mais adequads de conducio das pois governamentas, hhunna democraiarepresenatva os eleitores podem delefar fs eltes 0 poder de tomar as decsbes, pois a estas sar bbue a capacidade de agr com maior grav de racionaldade, posto que detim um maior grau de conhecimento a respe 0 do soo (DAHI, 1956). Estes processor, na entanto, nio ocorrem lnearmente, nem de forma automatica. Requerem que certos mecanismos ‘ejam aclonados para vablizélos. Amultplidade das reivin- ‘Seagbes ea stuagio extrural de escassaz requerem certas ‘esratégs para que as excolas entre as diversas ateratvas ‘de polticas team sancionadase legitnadas pelos cidaSos. Os metladres deste processo si of partidos pofics, através ‘dos seus programas e candidates & deste modo que se ofe- Tecem aos eletores, no mercado poltic, a akernaivas de ‘quests a serem defends, seb a forma de proposggo de poles, Porana, s80 08 eetores quem sarcionam, por meio th voto da eeigi, as representantes legkimas das seus in- teresses, Neste sentido, ox praia apam-sena ‘teria do ‘onsomidor, constrldaapartieda ansiogia ere e mercado fecandico e/a mercado de bens pibicos (DAHI, 1956) 20-AHnueasto sono Poumon Powsa plraists nio desconhecem o peso da tecnobuto- ‘racaestatal e das press6es dos grupos de interesse sobre ‘© governo no procesto de definigko das poticay No contr: rio, atribuem a esas forcas, juntamente com ob servidores Pbiicoselitos, 0 poder de decsio, em him instincla, 0 bre aspolticas econdmicase soca a serem implementadas, Poder que éjustiiado pelo grau de rcionadade pola que estes atores detem, De acordo com esta abordagem, o poder de compra tos eleitores no mercado poltico constitu, na verdade, a fonte do poder de decisio sabre otipo ea esrutura ca oferta ios bens piblcos. Primeiro, porque so ees quer elegem ls representantes que v2o defender seus intersies nots ‘ior do sistema poltico, e depois, pelo fto de os bens pi blcos destinarem-se a0 consumo dos cidacios. Ademais, ‘mesmo que 0s eetores eleam seus representantes a partir de interessesindivduas, acabam por provoca, em conjunto € involinfanamente,aproducio de maior quantidade de bens Para um ntimero meier de incvidvos. Asim, poder real & visto como emanade dos cdadtos, Mesma admitindo-re que este nio se distribua por igual, vem ca massa de votos a le siimidade das decisbes tomadas (DAHL, 1956). ‘Ofeco analtco prépria da sbordagem pluraista sto os processos que converter as demandas em palticas pals. ‘Compreendias, de uma perspectva mais ampla, coma gu |e que os governs fazem ou debom de fazer”. Ou sj, con- sidersze que ie} 8 nosto de pola pala deve inch todas as ages do govern ~ eno apenas inlengBes estabe Teas pelo omnror opr sue encode [J NES porto da vita dos interested ua coalto de as ses que inca captains como vabahadoes org rizaos. Quando os vabahadoresadotam erates que onder a um eompremss,o Eta azo que pare terse necessro pra foproderr 0 apa porqos ‘sad escola coe trabacores, barr como. osc. Pastas [.] © Estado tam de itpor samba ae cs $es 0 eamprimanto dt condgGes de cada compromise { pretogur or sogmentor de tadacesse parcante oo ‘ompromisso do compoctamentonio-couneravo Je Iembresdesas mesma cates (PRZERWORSH, 1909 7.23910}. conponeatblad Sa mea Seat ny on re ATs Lvs Moose pa Cnunas 37 sins daculas em que inzeram o¢ pases de capitalism pe Fiéricoe, portanto, @ prépria Bras neste sentido que se mostram proficua as advertén- as de Esping-Andersen, autor que também pode se loca {ado no que aq esté se denominande ce espago de inter sesfo teorica ESPING-ANDERSEN (1991) sugere uma abordagem ‘ntratva para 0 etudo do Welfare State em cada realdade, ura ‘yz ue, segundo ee, no se pode absrairadimensio reacona estate inrente aos fenbmencs do poder, da democraca ‘do propria bem-esar No estudo ds poltias soc, portan= ‘to, mals importante do que se cetrar ra anise do pape! de- "empenado pale categoras soca, & desvelaro pad ast rid peas elagdes sodas em cada realdade. LUmaspedto pis, encontrado entre autores que se situa ra abordagem social-democrataé 0 da tendnca de conside- ‘aro empag da regulagio como um desvio no vErtce do ds $a confit entre a capital eo Wabalho. Exemples dito so os posicionamentos da Preerworkanteriormente comentados Tvl abordagem & ambéma de King {mint propos gral sugere que 0 desenvl- ‘iments da Eto de Sener eos dros socals dt ‘Snack associosrernodearam tnasmantimen tea naureza da soceades moderna, a uss so 3 Smente caracteradse por ura combing Gna dos "ado de em Esar economia A forma mada ou co ‘emporaaa desis focedaces cont a tanstorma ‘le iia em relia Bs domocracas insta oo pre 940: Order de eiaeanin de eidocorerram sts al eros eps) poli (tos de partparso oe ‘mocratea). com povessinpicagbes para a economia. O ado do Bern Estar ops 1945conlere deltas soc: 2 (pues miaimos dese, rend, eda, dreto {0 tabatha) or use, em sia imperentacaoeplona ve Dresto, tranformaram 9 papel do Estado © &relagio ‘rire Eada econo; em corsequenea, as causa 63 ‘atiresn do cori sacl esas ocedsde! moda 52° (GING, 1988p. 35) HonsAsio cone Pouca Pinca Considerando-se tas poscionamentos, pode smentos,pode-se afar ‘Que a abordagem aponta para um mado de concliagto do ue, em princo, seriairrecanciével face 20 modo cane es ica pblica para um setor, consttulsea parte de una ques- ‘to que se torra socialmente problematizada.A parr de um problema que pasa a ser eseutido amplamente pea soce- dade, exgindo'a atuarao do Estaco ‘A questio da mulher, por exemplo, a6 os anos 60, pode-se dizer que era uma questao menor para o mundo ‘cident, Com a organiagio das mulheres em seus movi- ‘mentos, a condigéo feminina passoua ser reconhecda como 10, OF eduares igo im stor expec ~ eda eduasio ~ ea exitisdopnd des taho, a0 mene tempo ie (lo Stor) exracm s emai da sus ieriade profesional Avie ‘otaaa, no eno, os leva a lzer pare oe etos vss stores, Prneplans ma condo de unre. do mano modo como 0 om els qu negam raft oor eres Deter, $5 pesca aa pst 49 ator anspor quando se desocar pls "a ra or spats ete, Eso no sete ae gua “ow so mien ons hein. Forecem 3 arf de eitincs > Sor tac, condo de ere «asm por dant | | 22 A Hnwercto cove Poumon Pouca uma stuaséo problemtica que deveriaser avo de stuagio © controle por parte do Estado. Exemplo conereto dito, na eaidade basics, €a preoapagao do governo coma ex- pansdo de crechese pré-escoas, que, dente outros mot ‘os, surgiu para atender 205 requerimentos da mulher raba- Thadora, Lembra-se que a educacio dacrianga de zero a seis anos, pelo menos nos terms dae, pastoua sr obrgncio to Estado a partir da Consttugio de 1988. Dentro deste ‘mesmo quadro, foram cides as delegaias ds mulher, coma lum instrumento de pola pabliea que visa coibr os aburos das relagSes entre 0s gineras, no sentido detente mineniaar avollnca presente nesta reiagbes, Um outro exemplo reaciona-se com os probleas que @ desenvolvimento tem trazdo para o melo ambient. Com ef 10,05 dinos causados pelo desenvohimenta aa meio ambien te, feeram desperaraconscénchecogie © 08 movimentos Aue hes sio correspondents, provocandotambim 4 ciagio {69 partido dos verdes Surg assim, a ecologs como um s6- to presonando ¢pravocanda 0 Eeado parao esabelecmento ‘de potas voltadas para preservagio ambient ‘Ainda outro exemplo é ¢ encontrado no setor saode hoje em dla. Foi a probiematizagio des rics da AIDS que levou 08 governos de diversos pafses a planejarem e acsta- belecerem polticas de informacio educative, vsando que a popula preserve-se do contigo desta doensa, Masi outras elementos que fazem parte das socieda- es setorizadase que infuencam drelamente na plarejamen- to das agSes de cads setore logo, no desenvolvimento e inmplementaci das polticas concermentes Um delesrata-se da consideracio da dimenséo da pol- tics dominio (8 paliics) no condicionamento da pala (a poly) ou plano de aco para cada stor Neste sentido, deve $e consderarar que os grup0s que atuam eintegram cada Seton vdo tar para que suas demandes sam stendidas © inserts na agenda dot governor. E estas tz serio mais ou ‘menos vtorioss, de acordo com o poder de presto daque les que dominam o setor em cada momento, a ‘ou Pronosta AuALISA 2488.8 Poiica. 63 NNa sociedade, portanto, a influéncs dos dversos seo "fs, dos grupos que predominam em cada setor val depen: der do grau de organizacio earticulaclo destes grupos om, «le envolvidos Este € um elementa chave para que se come reenda o padrio que assume uma determinds pole, Portanto, porque &escohida uma determinada sologio © nig Outre, para a questio que estava sende ah de probe, matzagio. Neste quacro, ao mesmo tempo em que 0 grupos que #0 hegeménicas no setor e pour cause, vio iuencar no modo como a sola parao problema concebida 0 que toma ©feto de um programa de ago. (0 proprio conta, «do desta solugio que se destaca também como von outro elemento fundamental de anise da pltica, segundo as or - oes. Pars, PUE 1988, MULLER, RUn scéma d analyse des pltiques sectors’, in ene Fengaise de Science Fotique, vo, 35. 2, 1985. MULLER. 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