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Mercado Financeiro 53 Os objetivos fundamentais destas quatro politicas se identificam com a politica econdmica global do governo, que consiste, em sintese, em promover o desenvolvi- mento cconémico, garantir o pleno emprego e sua estabilidade, cquilibrar 0 volume financeiro das transagGes econdmicas com o exterior, garantir a estabilidade de prego © 0 controle da inflagao ¢ promover a distribuigio da riqueza ¢ das rendas. Sabemos que © Produto Interno Bruto — PIB — 6 o somatério anual de todas as riquezas produzidas pelo Pais. Ele pode ser medido de varias formas diferentes. Uma dclas é pela renda gerada pelos diferentes setores da economia sendo, neste caso, re- presentado pela equagi CH)+1IM+ G+ (ix-m@)=r Onde: oe C() é 0 consumo das familias ¢ que é uma fungao direta da renda y por clas re- cebida. 1(F) € 0 investimento das empresas € que € uma fungdo indireta da taxa de juros r. G €0 gasto liquido do governo em todos os seus niv LX — M1) € 0 saldo entre as exportagGes X e as importagGes M, que € uma fun- fo direta da taxa de cambio de reais por délar. Y €a renda agregada como medida do PIB. A Politica de Rendas define o C@), a Politica Monetaria define 0 I(7), a Politica Fiscal 0 G, e a Politica Cambial o [X— M1(@). Cada uma delas tem sua dinamica propria no rumo de seus objetivos especificos € no contexto de politica econémica nacional, que, desde o final da década de 1990, tém como pilares a meta de inflacdo na politica monetdria, a taxa de cAmbio flutuante na politica cambial ¢ © superavit primério acima de 3% na politica fiscal. Ela pode ser definida como o controle da oferta da moeda ¢ da taxa de juro de curto prazo (um ano) ~a taxa Selie — que permita a liquidez ideal de cada momento econémico € garanta a meta de inflagdo no curto prazo, sem se descuidar do cresci- mento econémico no longo prazo. O executor dessas politicas € 0 Banco Central — BC, ¢ os instrumentos classicos dos sai 4. Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas 54 Eduardo Fort * depésito compulsério; + redesconto ou empréstimo de liquidez; # mercado aberto ~ open marker; e * controle ¢ selegiio de erédito. O depésito compulsério sobre os depésitos A vista e sobre os recursos de tey, ceiros regula o multiplicador bancério, imobilizando, de acordo com a taxa de reeg Ihimento de reserva obrigatéria fixada pelo CMN, uma parte maior ou menor dos de pésitos banefrios e dos recursos de terceiros que neles circulem ({itulos em cobrang, tributos recolhidos, garantias de operagdes de crédito), restringindo ou alimentand, 0 processo de expansio dos meios de pagamento. AMI = KAB; Onde: AMI = variago dos meios de pagamento tipo 1; AB = variagio da base monetéia: determinada pelo CMN, menor o multiplicador bancario. O redesconto ou empréstimo de liquide & 0 socorro que BC fornece aos ban- cos para atender as suas necessidades momentiineas de caixa. E, em tese, a tiltima | linha de atendimento aos furos de caixa das instituigdes monetérias. Por meio desse|_ ‘Aumento da taxa do redesconto Redugdo da taxa do redesconto Redugao dos prazos de resgate ‘Aumento dos prazos de resgate Reedugéo dos limites operacionais ‘Aumento dos limites operacionais MalorrestrigZo ao tipo de titulo, Menor restrigdo ao tipo de titulo redescontavel redesoontavel As operagdes de mereado aberto so o mais dgil instrumento da politica mone- tiria de que dispde © BC, pois, através delas, so, permanentemente, regulados a oferla monetéria ¢ o custo primario do dinheiro na economia referenciado na troca de re- servas bancérias por um dia, através das operagbes de overnight. | De forma reduzida, essas operagdes permitem: | ‘ 4, Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas | t a Mercado Financeiro 55 * ocontrole permanente do volume de moeda ofertada ao mercado; «a manipulagao das taxas de juros de curto prazo; © que as instituiges financciras realizem aplicagGes a curto e curt zos de suas disponibilidades monetarias ociosas; ssimo pra- «a garantia de liquidez, para os titulos ptblicos. Os dois primciros objetivos sao alcangados pelo mercado primério, rio qual 0 BC negocia diretamente com as instituigdes financciras, alterando a posigio de reservas das instituiges monetérias, bem como o volume e 0 prego do crédito. Os dois dltimos sdo alcangados pelo mercado secundario, entre instituigdes fi- nanceiras, no qual o BC intervém, através de seus dealers, que sao as instituigdes fi- nanceiras especializadas na negociagao de titulos ptiblicos ¢ autorizadas pelo BC para agir em seu nome, de forma a agilizar as condigdes de liquidez da economia. 0: Em resumo, os principais movimentos desse mercado * compra liquida de titulos pablicos pelo BC, com aumento do volume de re- servas bancérias e consequente aumento de liquidez do mercado e queda da taxa de juros priméria (Resgate de Titulos); + venda liquida de titulos pablicos pelo BC, com diminuicio do volume de re- servas bancarias e consequente redugio de liquidez do mercado ¢ aumento da taxa de juros primdria (Colocagio de Titulos). O controle ¢ a selegao de crédito constituem um instrumento que impée restri- ges ao livre funcionamento das forcas de mercado, pois estabelece controles diretos sobre o volume e o prego do crédito. Tal contingenciamento do crédito pode ser feito por: controle do volume e desti- no do crédito; controle das taxas de juros; fixagdo de limites e condigdes dos créditos Ele pode estender-se ndo s6 aos bancos comerciais, mas, também, as outras ins- tituigdes financeiras ndo-monetérias, atingindo outros passivos financciros que nao sejam representados pela moeda. Meios de Pagamento e Base Monetaria (Restrita e Ampliada) Vimos, no item anterior, que o modelo mais simples de oferta monetéria é 0 que relaciona os meios de pagamento, M1, ao valor da base monetéria, B, sendo esta tilti- ma composta pela emissao de moeda manual ou permissao de moeda escritural feita pelas autoridades monetérias. Assim, a base monetéria conhecida como restrita corresponde ao passivo mone- trio do BC, também conhecido como Emissao Primaria de Moeda; ela inclui toda a moeda emitida € os fundos existentes nas contas de Reservas Bancérias das institui- ¢6es financeiras autorizadas pelo BC a manté-las. 4. Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas ; Mercado Financetro a Atualmente, dentro do conceito de padronizagao internacional, foram introduzidas pelo BC allcragSes conceituais, de forma a definir os meios de pagamento ampliados (M2, M3 ¢ M4) pelo sistema emissor de titulos ¢ afins. O M2 €o conceito de moeda que, além do M1, inelui os depésitos especiais re- munerados, depésitos em poupanga e os titulos emitidos em mercado primério pelo sistema emissor representado pelo sistema financciro ¢ suas instituigdes financeiras tos a prazo, letras de cimbio, letras imobilidrias ¢ letras hipotecérias), af no cotas dos fundos de renda fixa. O M3 €0 conccito de moeda que, além do M2, inclui as cotas de todos os fundos de renda fixa — extramercado, curto prazo, cambial, multimercado, referenciado, demais fundos ainda nao regulamentados pela Instrugéio Normativa CVM 409 ¢ suas alteragées posteriores — (excluido o lastro cm titulos emitidos em mercado primario pelas instituigdes financeiras que j4 foram incluidos no M2), © as operagées compromissadas com titulos federais do restante da economia junto ao sistema emis- sor, representado pelo sistema financeiro, ¢ que funciona como moeda para o efeito de transages no sistema. Na realidade, 0 M3 agrega todas as captagdes do sistema financeiro no mercado interno, com instrumentos de alta liquidez. O M4 é 0 conceito que, além de abranger o M3 e, portanto, também o sistema emissor representado pelo sistema financeiro, inclui o sistema emissor representado pelos governos no que corresponde aos titulos piblicos federais (Selic) ¢ titulos esta- € municipais, em poder do setor ndo-financeiro. Durante a Era Collor, também existiu 0 M5, um conceito de moeda que, além do M4, envolvia os cruzados retidos no BC. Assim, & medida que iam sendo devolvi- dos os cruzados, caia o M5 e subiam os demais M. A partir de 17/08/92, apés a devolucdo da tiltima parcela dos critzados retidos e das LET esterilizadas, desapa- receu 0 M5 e os meios de pagamento voltaram a se limitar ao conceito de M4. Todos os conceitos de moeda so considerados sob a ética do aplicador, de for- ma a evitar qualquer dupla contagem. © Banco Central, através do controle do M4, que envolve os ativos monetirios — Mi —e nfio-monetarios — os demais M —, procura controlar a oferta total de moeda na economia, j4 que a oferta de dinheiro est diretamente relacionada aos pregos, ¢, dessa forma, impedir a violagao do principio de que a limitagao do volume de dinheiro em circulagao no Pafs uma condigio necessaria para que cle mantenha o seu valor. No Brasil, entretanto, enquanto os governos estaduais puderam “criar” moeda, sem o envolvimento do BC, através da emissao dos Titulos Estaduais, 0 poder do BC esteve limitado, pois existia uma fonte geradora de moeda inflacionéria fora do con- trole do BC. 4, Politicas Monetaria, Fiscal, Cambial e de Rendas Eduardo Fortus, a implementagio do Plano Real, fai criado © conecito de base moneté; ampliada, partindo da hipstese de que os agregados ampliados correlacionam-se me Thor com os pregos na economia brasileira, uma vez que refletem de modo mais pre. ciso a capacidade de substituigio do dinheiro, definido de modo restrito, ¢ outros ay, além da base monetiria restrita, obrigagSes do mente, fundos mantidos em depésitos de re va ¢ posigdes de custédia de titulos foderais, tanto do BC quanto do Tesouro Nacio. nal. As posigdes de custédia sio o resultado da adigdo das posigdes de carteira As po. sighes liquidas de financiamento dos titulos federais concedido pela Autoridade Mo. netiria — AM — ¢ as posigdes mencionadas na Resolugdo 2.308, de 28/08/96. Na contas analiticas da AM, os dadas relativos a0 passivo monetario ampliado res da compilagio de dados contibeis, de acordo com a metodologia proposta pelo Fi, Assim, diferem dos dados da base monetiria, que compilada para prop6s ticos na execugio da politica econdmica (ver site beb.gov.br). yas financeiras. O conceito incl edo Tesoury Nacional - mais provis Assim, a base monetéria ampliada fica definida como o passivo monetirio e mo. bilidtio interno federal. Por esse novo conceito, além do papel-moeda emitido e da, reservas bancérias, foram incluidos nesta base os saldos dos titulos emitidos pelo Bc, se for 0 caso, ¢ todos 0s titulos de emissio do Tesouro, além dos recolhimentos com. pulsérios feitos em espécie. ‘Também vimos que 0 M1 pode ser indiretamente determinado pelo Governo, ji que k é um pardmetro, em parte influenciado pelo BC, via recolhimento compulsério, B depende das operacées das Autoridades Monetérias — AM. E através do Orcamento Monetario que as AM definem as metas quantitativas do crédito piblico e privado compativeis com o volume desejado do M1. Analisando 0 orgamento monetério sob o enfoque da consolidagao do balancete contabil do BC, a base monetéria 6, portanto, o passivo monetério do BC. Como vimos até aqui, s6.as AM, via BC, podem autorizar a emisso de papel-moeda. Os bancos comerciais multiplicam esta moeda ou criam dinheiro por meio de em- préstimos. Assim, no seu sentido mais restrito, a moeda ou os ativos monetérios sao deno- minados como M1 e definidos como papel-moeda em poder do piiblico, mais os de- pésitos & vista nos bancos comerciais, pablicos e privados, af inclufdos 0 Banco do Brasil ea carteira comercial da Caixa Econdmica. Nesse sentido, o M1 € gerado pelas instituig6es emissoras de haveres estritamente monetdrios. OMI compreende, portanto, o dinheiro que tem liquidez total, € aceito livremente € nfo gera rendimentos por si s6. Existem, entretanto, outros conceitos de moeda mais abrangentes que envolvem 6s ativos financeiros ndo-monetirios, constituidos por diferentes tipos de titulos ¢ afins, «que dio sustentagio as operagées que se realizam nos mercados de crédito e de capitais. 4. Politicas Monetara, Fiscal, Cambial e de Rendas Mercado Financeiro 87 iment At dentro do conceit de padronizagio internacional, foram introduzidas pelo BC alteragGes conceituais, de forma a definir os meios de pagamento ampliados (M2, M3 © M4) pelo sistema emissor de titulos ¢ afins. O M2 € 0 conceito de moeda que, além do M1, inclui os depdsitos e: munerados, depésitos em poupanga ¢ os titulos emitides em mercado primirio pelo sister sor representado pelo sistema (depésitos a prazo, letras de cambio, letras imobil incluidas as cotas dos fundos de renda fixa. O M3 6 0 conceito de moeda que, além do M2, inclui as cotas de todos os fundos de renda fixa — extramercado, curto prazo, cambial, multimercado, referenciado, e demais fundos ainda nao regulamentados pela Instrugao Normati alteragSes posteriores — (exclufdo o lastro em titulos emitidos em mercado primério pelas instituigdes financeiras que ja foram inclufdos no M2), © as operagdes compromissadas com titulos federais do restante da economia junto ao sistema emis- sor, representado pelo sistema financeiro, e que funciona como moeda para 0 efeito de transagdes no sistema. Na realidade, 0 M3 agrega todas as captagdes do sistema financeiro no mercado interno, com instrumentos de alta liquidez. O M4 € 0 conceito que, além de abranger o M3 e, portanto, também o sistema emissor representado pelo sistema financeiro, inclui o sistema emissor representado pelos governos no que corresponde aos titulos piiblicos federais (Sclic) e titulos esta- duais e municipais, em poder do setor nao-financeiro. Durante a Era Collor, também existiu 0 M5, um conceito de moeda que, além do M4, envolvia os cruzados retidos no BC. Assim, & medida que iam sendo devolvi- dos os cruzados, caia 0 M5 e subiam os demais M. A partir de 17/08/92, apés a devolucao da tiltima parcela dos cruzados retidos e das LFT esterilizadas, desapa- receu o M5 e os meios de pagamento voltaram a se limitar ao conceito de M4. ‘Todos os conceitos de moeda sao considerados sob a 6tica do aplicador, de for- ma a evitar qualquer dupla contagem. © Banco Central, através do controle do M4, que envolve os ativos monetirios — M1 —e ndo-monetérios — os demais M —, procura controlar a oferta total de moeda na economia, ja que a oferta de dinheiro esta diretamente relacionada aos pregos, e, dessa forma, impedir a violagio do principio de que a limitagao do volume de dinheiro em circulagao no Pais é uma condigio necessaria para que ele mantenha o seu valor. No Brasil, entretanto, enquanto os governos estaduais puderam “criar” moeda, sem 0 envolvimento do BC, através da emissao dos Titulos Estaduais, o poder do BC esteve limitado, pois existia uma fonte geradora de moeda inflaciondria fora do con- trole do BC. 4. Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas 58 Eduardo Fon. © BC divulga, periodicamente, dados demonstrando saldos ¢ variagdes meng dda base monetéria e dos meios de pagamento. BASE MONETARIA E MEIOS DE PAGAMENTO (M1) Saido om AS mithoos Base Moneta ‘Wii Oat Reser Total res Helos de Pagamento (M1) Média Didriat Pipe ml 6904 eee 28S mde 7) =H NGYa0atS 804 102.908 wosdex 0620709 ORNZ 4S «63287 104.892 mote 61 MG TOM 51028 «76.105 —127.128 93308 57.051 118308 142.451 167.1768 MI Depistos Depistes Tbe M2 Quotas Tiulos _Titulos pan de pas! de compro~ federais estaduais Invest poopnga fundos missadas (elie) mntos decom rend thulos fixa* _federais? Boob MS - 11188 O7406 260765 259832 18961 GSG577 05.624 1.892 order $277 © — aN IITATS 21612 285929 18.115 625,057 128.569 2.555 faxone: so7sts —- 140895. 148781 367503 270580 11.205 680.269 117.932 1,922 0s Dez M0883 e418 159128 412805 408008 17394 838.986 119373 712 BotDer 12751 34 1SBSED 205SEG 400467 474817 20.908 988.622 120.069 828. wosDer 4477 1168 169320 257185 S844 559140 24.809 1.166.502 144914 989. ice Om 174078 9705 1e887S 284522 GB1079 685787 32.128 176.986 178.795 22. "rc ets pao seni puci asd nei * ci stem ies enti pret pret farsi hs alas tote oleate gees cngeniendas edo incldas no MO a pate do agosto de 1999, quand se elimi _eitina te as, eg ental cepts ceste oso de 185 Vale notar que o volume de moeda da base monelaria, que representa o passi das AM, é sempre menor do que o volume em moeda de M1, pois representa um parcela deste M1. | O papel-moeda emitido corresponde ao total de moeda Iegalmente existenten + ‘economia, cuja emissao foi autorizada pelo BC ou pelo Governo. 0 papel-moeda em poder do piblico corresponde ao papel-moeda emitido me! nos opapel-moeda depositado na Caixa Forte do BC (Reserva Compuls6ria dos Bar| os Comerciais e Malliplos com carteira comercial) e menos a Caixa em moeda cor! rente dos Bancos Comerciais, 4. Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas. Mercado Financeiro 59 As variagGes dos saldos da base monetéria como decorréncia das variagdes ocorri das no papcl-moeda emitido ¢ no volume de reservas bancdrias podem ser mais bem detalhadas ¢ avaliadas através da variagiio més a més dos chamados fatores condicio- nantes de base monetiria, que siio os elementos demandantes daquelas variagdes. Vejamos como exemplo a tabela de variagao desses fatores. FATORES CONDICIONANTES DA BASE MONETARIA Fluxo om RS mithoos ‘Tesouro, Operagdes Operacbes Operacées de. Depésito ‘Outras_Variagao Nacional’ com{itulos do setor redesconto Instituleses Fundos de contas* da base iblicos externo do Banco. financeiras? investimento monetiria federais Centra 2000 Dez =90 8085 «104 = 127 6955 2oo1dez 83881637 2m = = 614 7.022 2002 Dez 197 15954 — 4.982 =1 218 12743 20030ez «11.712 3.231 13 <4 ~ 1.686 10.02 2004ez - 2789 «12 184 7188 iy at sre 13.635 2005Dez = 1520 9.945 261 =0 928 15732 2008 Dez 2.159 13.309 5569 =o 1646 15787 * Niko incl eperages com tues, 2 Incul até novembro/2000 operagoes de assisténca financeira do lquidaz © Proos 2 Ineui compuisério sobre fangas, depésitos vinculados ao SBPE, depéstesreatves a ineulcéncia de apiagées em eréito rca, racahimerto {do Proagro, depésitos de institugées financeiras ~ Resolu;a0 2.461, adlantamentos sobre contatos de cAmblo, exigbiidade adicional sobre Tecursos& Vista, depésitos a prazo e depésitos de poupanga, depéet prévio para compensacao e recobhmento do depésos & vista nao apica- ‘dos em micrtinangas. “Inculeréitos a receber do Departamento de Liquidapses Extraudiciais, apicagdes da Roserva Monetria, despesas do Meci © material do ‘expediete,fotha de pagamento, depéstos para constiuiedo © aumento de capital, penalidades e custes scbre daficdncia om resarva bancdria e outa, Os itens negativos sfo contracionistas e, portanto, reduzem o saldo da base mo- netéria, enquanto os itens positives sao expansionistas e, portanto, aumentam a base monetéria. Ao final de 1994, foi aprovado pelo CMN um novo conceito de base monetaria ampliada, definida como o passive monetdrio ¢ mobilidrio interno federal. Por esse novo conceito, além do papel-moeda emitido ¢ das reservas bancarias, foram inclu‘ dos nesta base os saldos dos titulos emitidos pelo BC ¢ todos os titulos de emissio do Tesouro, além dos recolhimentos compulsérios feitos em espécie. A politica monetéria no Brasil, desde 1999, baseia-se no regime de metas de infla- gio. A operago deste regime se da via a fixagdo de uma meta em médio prazo para a inflagao. Com base na meta fixada pelo CMN, o BC opera a politica monetaria fixando seu principal instrumento: a taxa de juros bsica, a taxa Selic. A cada seis semanas, re- Gne-se o Comité de Politica Monetaria — Copom — que analisa detidamente a conjuntu- ra econdmica e fixa o valor da taxa Selic que deverd vigorar até sua préxima reuniao. Fixada a meta para a taxa Selic, a mesa de open do BC encarrega-se de implementa-la via operagdes de mercado aberto. Isto feito pelo staff do BC monitorando minuto a minuto a taxa Selic negociada em mercado. Se a taxa Selic cair muito abaixo da meta fixada pelo Copom, o BC enxuga liquidez, vendendo titulos pablicos, até que a taxa Selic volte para perto da meta, e vice-versa. 4. Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas 60 duardo Fon, Metas de Inflagao gundo semestre de 1999, a politica monetiria passou A Ser sub, A pantie do seg dlinada ao conecito de Inflation Targeting ou Meta de Inf s sio estabeleeidas por deereto pr jal c servem como, ini, além de calibrar a liquide, da economia de form, tettiz para a polit asseturar 0 creseimento econdmtico sustentado, wor ei, 0 BC tem a obrigagio de usar todos os meios necessério: o destas metas, sendo o principal deles a definigao py Selie que serve de refergneia para as demais taxas de juros da cco, ver estabelecidas, clas niio podem ser alteradas, seja por choques exten, ‘ow internos, dep, ro da Fi onda, ee metas sio definidas pelo CMN por proposta do Mini Para os anos de 1999/2000 ¢ 2001, as metas foram estabelecidas no dia 30/¢ 99, como sendo de 8% para 1999, 6% para 2000 ¢ 4% para 2001. Para os anos, f guintes, as datas para o limite de fixagio foram estabelecidas como sendo 30/06, segundo ano imediatamente anterior (2002 até 30/06/2000). O indice escolhido p. referdncia de inflagio 0 PCA do IBGE, sem qualquer tipo de expurgo. tic A meta de inflagio definida pelo CMN tem um intervalo de tolerdncia par: de ¢ para baivo, inicialmente estabelecido em 2%. de ta: : tr< Exemplo: 2 Ent 28/06/12, a Resolugio 4.095 estabeleceu que a meta de inflagdo para o ano de 2014 seria de 4,5% com uma variagdo para cima ou para baixo de 2%. Bc 6A Como pafses que jf utlizam este modelo, com suas variagGes especfficas, pal mos citar Africa do Sul, Australia, Canadé, Chile, Colémbia, Coreia do Sul, Fink dia, Israel, Inglaterra, México, Nova Zelindia, Peru, Poldnia, Reptiblica Teheca, Sx i cia, Suiga e Taikindia. é: , an Se O estabelecimento do sistema de metas provocou mudangas no funcioname: do Copom, ¢ obrigou o BC a produzir e divulgar a cada trimestre civil um “Relaté: de Inflagio”, Este documento, que é de conhecimento piblico, aborda o desempet fir do sistema de metas, os resultados das decisGes anteriores de politica monetariacus 4 avaliagio futura de inflagio, ou seja, qual a tendéncia dos indices e, se for o cas. EL idade de corregio de sua trajetéria para a adequacao da meta. au Gragas a este relatério, o sistema de metas fica transparente para o ptiblico e ge a confianga ea participacio necessérias ao seu sucesso, de forma que toda a soci! di de d2 sua contribuigéo possfvel para a convergéncia & meta de inflagdo. qu 4. Politicas Monetaria, Fiscal, Cambial e de Rendas 61 O Comité de Politica Monetaria — Copom © Copom foi institufdo em 20/06/1996, com o objetivo de estabelecer as dire- rizes da politica monetiria e definir periodicamente a taxa Selic. A eriagiio do Comi- buscou proporcionar maior (ransparéneia ¢ ritual adequado ao proc 1 autoridade monetiria, a exemplo do que ja cra adotado pelo Federal Open M Committee (FOMC), do Federal Reserve, nos Estados Unidos, © pelo Central Bank Council, do Bundesbank, na Alemanha, proccdimento também adotado, em 06/1998, sclo Bank of England na Inglaterra, com a criagio do seu Monctary Policy Committee (MPC), assim como pelo Banco Central Europeu desde a criagdo da mocda Gnica, em 1/1999, Desde 1996, o Regulamento do Copom sofreu ‘efere a0 seu objetivo, periodicidade das reunides, composi éncias de scus integrantes. Essas alteragdes visaram nao apena sesso decis6rio no Ambito do Comité, como também refletir: me moncetirio. ma série de alteragdes no que se s © compe: a apericigoar © pro- m as mudangas de reg se a ado Destaca fio, pelo Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999, da sistema- ica de “metas para a inflagio” como diretriz de politica monetaria. Desde entio, as Jecis6es do Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a in| Jefinidas pelo Conselho Monetario Nacional. Segundo o mesmo Decreto, se as me- as nao forem atingidas, cabe ao presidente do BC divulgar, em carta ro da Fazenda, os motivos do descumprimento, bem como as providéncias © prazo para o retorno da taxa de inflagiio aos limites estabclecidos. Formalmente, os objetivos do Copom sao “estabelecer diretrizes de politica mo- netiria, definir a meta da taxa Sclic ¢ scu eventual viés, ¢ analisar o Relatério de Infla- so”. A taxa de juros fixada na reunido do Copom é a meta para a taxa Selic (taxa média dos financiamentos didrios, com lastro em titulos federais, apurados no Siste- ma Especial de Liquidagio ¢ Custédia), a qual vigora por todo o perfodo entre reu- niSes ordindrias do Comité. Se for o caso, o Copom também pode definir 0 viés, que é a prerrogativa dada ao presidente do Banco Central para alterar a meta para a taxa Selic a qualquer momento entre as reunides ordinarias. O calendario de reunides do Copom de um ano é divulgado previamente até o final do més de outubro do ano anterior. Assim, desde © ano 2006, as reunides ordi- ndrias do Copom, cerca de oito por ano, ocorrem, mais ou menos, a cada 45 dias. Elas dividem-se em dois dias, sendo a primeira sesso As tergas-feiras ea segunda quartas-feiras, quando é anunciada a decisao. © Copom é composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do BC, com Jireito a voto, sendo presidido pelo presidente do Banco Central, que tem 0 voto de qualidade. 4. Politicas Monetaria, Fiscal, Cambial e de Rendas 62 Eduardo Fort, ‘Também integram © Copom os chefes dos Departamento Econdmico, Depar, mento de OperagSes das Reservas Internacionais, Departamento de Operag&es By cdriase de Sistema de Pagamentos, Departamento de Operagbes do Mercado Abgy ¢ Departamento de Estudos e Pesquisas do BC. Os chefes de departamento, ou se, eventuais substitutos, participam apenas do primeiro dia de reuniées, sem direit, voto. Integram ainda a primeira sesso de trabalhos trés consultores da Dirctoria ¢ BC, indicados pelo presidente, eo secreldrio-executivo da Diretoria, © assessor esp, cial, o assessor de imprensa e, sempre que necessétio, outros chefes de departamen, convidados a discorrer sobre assuntos de suas éreas. No primeiro dia das reunides, os chefes de departamento apresentam uma ang, se da conjuntura abrangendo inflagao, nivel de atividade, evolugio dos agregag monetétios, finangas péblicas, balango de pagamentos, ambiente externo, mer doméstico de cmbio, operagdes com as reservas internacionais, estado da liquig banediria, mercado monetirio, operagdes de mercado aberto e avaliag&io prospecy,, das tendéncias da inflagio. , { ‘ t No segundo dia, o diretor de Politica Monetéria apresenta propostas de direy zes de politica monetéria ¢ alternativas para a taxa de juros, bascadas na avaliagéiog conjuntura. Em seguida, os demais membros da Diretoria Colegiada fazem suas deragées e apresentam eventuais propostas alternativas. Ao final, procede-se a vo fo das propostas, buscando-se, sempre que possivel, o consenso. Ao término da rq io, ao mesmo tempo em que a decisio final é divulgada & imprensa, a partir das horas, é expedido comunicado através do Sistema de Informagdes do Banco Cent, = Sisbacen -, que informa a nova meta da taxa Selic e seu eventual viés. Cito dias apés o fim de cada reunido do Copom, as quintas-feiras da sema seguinte a da reuniio, é divulgado o documento Notas da Reuniaéo do Copom na gina do Banco Central na Internet ¢ aos jornalistas através da Assessoria de Impre) sa. A ata da reunio avalia detidamente a decisio tomada pelo Comité, tendo con foco a diretriz de transparéncia ¢ prestagéio de contas & sociedade. Para reforgar; compromisso com a transparéncia, sea decisio do Comité nao tiver sido consensu! as opinides alternativas dos membros da Diretoria so destacadas. No tiltimo dia de cada trimestre civil (margo, junho, setembro ¢ dezembro), ép. blicado 0 Relatério de Inflagao, que explicita as condigdes da economia que orient. ram as decises do Copom em relago & condugo da politica monetéria. | Para o sistema financeiro, a politica monetéria é fundamental, j4 que € pelos see canais de transmissfio que todas as decisées se refletirdio na economia. Todos os instr: mentos de politica monetéria, de uma forma ou de outra, sao transferidos para a soc: dade por meio do sistema financeiro. 4, Politicas Monetaria, Fiscal, Cambial e de Rendas i |" Mercado Financeiro E a politica de receitas e despesas do governo. Envolve a definigéio ¢ a aplica da carga tributdria exercida sobre os agentes ccondmicos, bem como a definigio dos gastos do governo, que tem como base os tributos captados, tudo feito de tal forma que permita ser atingido o superdvit primario desejado. A carga tributaria € composta pelos diferentes tributos arrecadados nas trés es- feras de governo (federal, estaduais ¢ municipais), a saber: (i) o imposto, cuja alocagio dos recursos nao segue uma predeterminagao especifica; (ii) a contribuigao, cuja alocagio de recursos segue uma predeterminagao espeeifica; ¢ (iii) a taxa que é 0 re- sultado da cobranga de determinado servigo prestado pelo poder piiblico. ‘Tem forte impacto sobre a politica monetéria ¢, especificamente, sobre 0 crédito, & medida que os prazos de recolhimento de impostos afetem o fluxo de caixa dos agen- tes econémicos. Do ponto de vista de sua integragio com as politicas monetéria ¢ cambial, uma politica fiscal adequada deve permitir neutralizar o endividamento interno do Tesou- ro através de um superdvit fiscal primario que, inclusive, gere recursos para a aquisi- gio dos titulos anteriormente emitidos. Para aumentar as receitas, 6 necessdria uma Reforma Tributaria que torne mais produtiva a capacidade arrecadadora. Para reduzir as despesas, uma Reforma Admi- nistrativa que diminua saldrios ¢ custeio ¢ uma politica monetéria mais suave que tra- balhe com taxas de juros menores. A Reforma da Previdéncia poderd ajudar tanto na redugio do custo quanto no aumento da receita. Caso 0 Governo Federal gaste mais do que arrecada, ele ser obrigado a recorrer ao endividamento, absorvendo recursos do setor privado e prejudicando a forma da poupanga interna necessdria ao financiamento do investimento produtivo. £ interessante conhecer a terminologia fiscal do Governo Federal: DéticivSuperavit Correcao Monetaria Despesas Financeiras Primario (menor) nao inclut nao inclul Operacional (médio) nao Inolul Inclut Nominal (maior) inclui inclui Assim, é sempre importante lembrar que um quadro fiscal deficitario representa um constrangimento A politica monetéria. Ou seja, a redugao significativa das taxas de juros esta atrelada ao equacionamento do déficit pablico. Com a consolidagao do processo de estabilizagéo, a partir de 1998, 0 governo, adaptando-se ao modelo internacional de déficit, eliminou o conceito operacional, passando a utilizar apenas os conceitos primario € nominal, incluindo neste as despe- sas financeiras e abandonando o conceito operacional. 4. Politicas Monetaria, iscal, Cambial e de Rendas O crescimento da Divida Piblica Mobiliéria Federal (DPMF) deve, muitas ve, Set visto com cuidado, pois precisa ser analisada a contrapartida no crescimento q| ativos da Unio, Um exemplo foi a eapitalizagio de cerea de RS 8 bi, feita NO Bay! Jo Brasil, que aumentow a DPME mas, também, fio da Uniti, BB, reforgando, portanto, os ativos da Unio, “i Para compensa suas dficukdades financeiras e garantir superdvit primdario, 9 vero Federal adota a pritiea de etiat Fundos que o livre das amarras do Orgame,. da Unio. A puttir de 09/98, coma ctiagio da Comissiio de Controle ¢ Gestiio Fiscal (Cop) © governo tornou obrigatiria, por Iei, a obtengio de supervit fiscal primério nog, bito do Governo Federal. 1 0 quadro a seguir mostra uma sequéneia dos Fundos eriados até 12/99, | 5 NonetaFends | tataaacibxbo Objtvo Otigem do Rescursos Resultado) Fewena | rane aveoagio |Adcinalsatreotrele | Esvaziou-ce: pare] eeu cata raves [das mportagtes recursos foi parang) fewe | Cet esresitns doe | Contibuigéo de 1% dos | Rombo giogantesco my) cts wt fes@etrem Ge [miurotecoe over [fede dvds fem Vanes feraFravcers cae | transi do SFH vem sendo secur sweety | ago como LE i Femiemale | Frais meinerios_| Oonpusiio de 25% so. | Valor pequeno. Asay) Desvovinens | «1885 restos cn recuses |e avenda decartose |talsvemserdo pigs) | fess once abi |conbustvels dos, eos tecurecse | rl foram devolvidos 4 Taba bead (Gear ears Gear | Reoasos deivestdo. | Fol extinto em 19665 Fanconi ts [opescpeapoese [res epleados emitulos | dvulgar os profess | |esecas piles) peciais Fenecle | Drscarsmiesinarss | Recizwos do orgamento | Néo funcionou Fala Enegieca FS] fpecetecmea’ | ereemilectiecs im | ldo pelo FEF 4 | x Fae (Geet eeqitafecl |[deneoFSE mais um | Acabaria em 1as7m esate gers conreceias |pecertal ds repasses | fol protrogado e sits Fel Ssreolre | eosestados, municipios | tuldo pelo DRU | hans consttulces O quatro a seguir mostra exemplo da execugio financeira do Tesouro Nacion: em que ¢ possivelavalar os diferentes elementos de receita e despesa que devem< controlados pelo governo. EXECUCAO FINANCEIRA DO TESOURO NACIONAL - JanJAgo/2004" — Wee Ma un Jue z ssu258 3589939 395289 34.411,0 3578 2583 W719 2269S 266757 TE a2 ap o | 8 sans 1asi7 4 4. Politices Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas ercado Financelro mM EXECUGAO FINANCEIRA DO TESOURO NACIONAL - Jan/Ago./2004 (Cont.)” aed SORES ncdaden TH mais Trarteroncion @ 12 Dogo eMuncipos 316.2 ransorecio a ei 119 Geplereniar 87 2038 wit. Outtas Vnewlagées 1685.7 ta, Liberagdes Ordinilas 25.8764 aoal © Ereargos Mae 75549 neargos da Divide, 22 esr 21994 i) ivi Contratal nt 109.8 i ivida Contratual Ext 2925.8 argos da OPME 28 tera 20022 124 Benelcles Prevderciios 9.4549 1125 Cisteoe Investimerto 3822.7 rages Olli de ne og zas2 IL RESULTADO FINANCEIRO Bo TESOURO (=I). a 1785 FLUXO DE FINANCIAMENTO WV. RECEITAS wana Vt Emissto de os Meteado 26.219.8 IW2 Outres Operagdes de Crlo 621 V.DESPESAS a22s2 V.1. Amortizag0 da Divide Interna e187 Vit Resgate de Thulos = Mercado 22.081,8 12 Divida Contratuat 100.0 V2 Amertizagao da Divida Externa’ 1.083,5 ‘VL ENDIVIDAMENTO MOBILIARIO. INTERNO LIQUIDO (IV.1=V.1) 4.1582 VIL RESULTADO RELACIONA- MENTO TESOURO/BACEN, 359.1 Vil. FLUXO DE CADKA TOTAL (isVeVe¥ID ~ 10522;3, (Cri Unerapto. Dass revstos, tos a aera. Fort Secreta do Tesouo Naver 193.9 147.5 7604.8 22 272743 75470 5.1626 2658 2633 12053 197272 65195 2128 ran at 12038 6.509.8 4973.7 03,5 6.0148 10.878,7 9.8823 1018 8.9202 9.693,7 95873 1083 735 750 12.296,8 20.070,0 297.8 18455 7650.4 20 338712 5.283,9 4973 08,5 203.3, 11094, 27.9878 6.336,1 23,1 1158 1533 3.4353 12.1678 5583.2 ain6 453 192135 18.3819 e918 24.989,7 248515 108.1 3779 ~ 84797 175008 = 29.206,0 br Wal 2429 © 2642 176.7 168.2 Tra 78918 29 26 20697,8 35.234,0 8.763,1 6.742,2 46928 5379.2 6058 9197 2833 2838 114491720 219947 28.491, 62059 5 860.0 1453 38.1 ta t01,7 72 2198 e173 60788 8.1840 © 9.600,1 66229 5569.2 1539 2088 6.7290 1,865.3 prey 84433 2re04 © 7.3528 21081 1.100,5 349928 29587 33.8792 28215 93.7819 1352 73 002 459,6 18:783,1 ~ 26.439,1 120127 5.0580 385976 - 19.1669 29.782.4 23.085,4 770 20.1614 16.858,9 185411 1179 3.502,8 65243 6.3949 13673,7 27.5194 6482.6 2279.0 1113 2187.7 2.3289 9.503,1 64959 4305 264.7 29.558,7 28.433,9 11288 29.375,9 27213,4 27:125.8, 85.8 21825 1.3073 = 2.4781 2.0307 ‘go. 90,8 191.8 197.4 98 35.003, 7555.8 4,758.7 98,2 358,9 4,440.7 27MA7 8 6.998,1 1.1684 108.0 18.156,8 1123.8 18,959,5 12.010.9 179181 92,7 4. Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas os Eduardo Fon, > no Federal a se financiar via mercado finan Secretaria do Tesouro Nacional. Os titulos a: Piiblica Mobilidria Federal Interna — DPMFi. Siio emitidos titulos de renda fixa com diferentes caracteristic: taxa, remuncragio aos investidores e prazos de vencimento, fixados pela taxa Selic ou pela TR: indexados pela taxa de cambio; © indexados », indices de progos. ooh A relagio Divida/PIB é um bom indicador da capacidade de solvén ao relacionar o volume do endividamento mobilidrio do Estado com sua geracio, riquera. E claro que a composigio da divida deve ser levada em consideragao, p; quanto maior o prazo de vencimento dos titulos e/ou menor as taxas de juros e, cdmbio a els vinculados menor serd o numerador relativo da relagao. Da mesma fy ma, una xa de rescimento do PIB signiicatva naturalmente redu o deneningl) relativo da relagio. O efeito dos indices de precos reflete-se tanto no numerador coy) no denominador. Esse indicador deve ser avaliado com cautela quando 0 que estig. jogo 6 0 risco-pats. ws. wel FS O FMI, para efeitos de divulgagio, utiliza como medidas basicas do crédito um pais o superdvit primério ea divida pablica/PIB. Entretanto, na prdtica, o merg| do financeiro e as agéncias de classificago de risco, preocupados com a probabil, de de que um pats soja capaz de manter o servigo regular de sua divida externa, ay liam o risco e o crédito de um pafs com outras medidas: o déficit publico/PIB, o dé cit da conta corrente externa/PIB, a divida externa/exportagdes ¢ 0 volume de rese vas internacionais, Além disso, os modelos utilizados para prever as crises de end damento dos paises usam dados nao apenas relativos ao tamanho, maturagao ¢ cus) da divida piblica, mas também dados macroeconémicos que influem na confianga | investidores no pafs, ls ee ee Assim, 0s critérios mais ébvios para medir o risco de um pais passar por crise sio os de solvéncia e iquidez, que incluem o tamanho da divida em relagios PIB, a relagio da divida externa com exportaces e reservas, taxa de juros devidac! relagio ao PIB a proporcao de vencimentos de curto prazo (este tiltimo critério vir cculado a liquidez). Os modelos acrescentam ainda alguns critérios macroeconémii {que estiio relacionados a crises, seja pela via direta ou pela percepgiio dos investi: res, lais como: baixo crescimento do PIB, pequena abertura comercial, condigées liquidez em pafses do Primeiro Mundo e dados fiscais. ‘Analisando com isengéo de &nimo os dados acima, poderemos julgar melhor. atual classificagdo de risco de nosso pais. ' | 1 4. Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas Mercado Financeiro = A Lei de Diretrizes Orgamentarias - LDO e a Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF Sio os dois instrumentos fundamentais de referéncia da Politica Fiscal, no que se refere & programagao, gestao e controle dos gastos do governo. ALDO de cada ano faz parte de um processo legal-administrativo que se inicia com o Plano Plurianual — PPA ~ ¢ se estende & correspondente Lei Orgamentaria Anual — LOA —, obedecendo a requisitos ampliados pela Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF. ALDO fixa os objetivos e pardmetros a serem observados na elaboragio da LOA para o exercicio fiscal do ano seguinte. Todos os gastos do governo deverdio seguir rigorosamente sua programagio. A Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF (Lei Complementar 101, de 04/05/00) ~ estabelece normas de finangas piblicas voltadas para a responsabilidade na gestao fiscal, mediante ages em que se previnam riscos ¢ corrijam os desvios capazes de afetar 0 equiltbrio das contas pablicas, destacando-se o planejamento, o controle, a trans- paréncia ¢ a responsabilizaco como premissas basicas. A Secretaria do Tesouro Nacional ~ STN — tem, dentre suas competéncias, as atri- buigdes de normatizar o processo de registro contabil dos atos ¢ fatos da gestio orga mentéria, financeira e patrimonial dos 6rgdos ¢ das entidades da Administragio PG- “blica Federal, consolidar os Balangos da Uniaio, dos Estados, do Distrito Federal ¢ dos Municfpios ¢, ainda, promover a integraco com as demais esferas de governo em assuntos de administragao financeira ¢ contabil, assumindo com isso as fungdes de Orgiio Central de Contabilidade da Unido, conforme o § 2° do artigo 50 da LRF ¢ inciso I, artigo 17 da Lei 10.180, de 6/02/01. ALRF criou condigGes para a implantagao de uma nova cultura gerencial na ges- tao dos recursos ptiblicos e incentiva 0 exercicio pleno da cidadania, especialmente no que concerne a participagdo do contribuinte no processo de acompanhamento da aplicagdo dos recursos piblicos e de avaliagao dos seus resultados. Para o sistema financeiro, que 6 o grande aplicador em titulos da DPMFi, seja com seus recursos préprios através das suas Tesourarias, seja com os recursos de terceiros por meio de suas empresas de gestdo de ativos, a politica fiscal determinadora de parte significativa de seus resultados operacionais ¢ estratégias de negécios. Estd, fundamentalmente, baseada na administragao da taxa de cambio flutuante, de acordo com as forgas de mercado, ¢ no controle das operacées cambiais. Embora indiretamente ligada A politica monetaria, destaca-se desta por atuar mais diretamente sobre todas as varidveis relacionadas as transagdes econdmicas do Pais com o exterior. 4, Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas ————eEE Eduardo Forty, A politica cambial, portanto, deve ser cuidadosamente administrada no que ta, BE AO Seu impacto sobre a politica monetiria, Um desempenho muito forte das ¢ s pode ter grande impacto monetirio porque o ingresso de divisas signify ‘conversio para reais e expansio da emissio da moeda, que tem enorme efcito inflag, rio futuro, ldéntea expansio acontece quando cresce o volume de recursos captados py emissio de ttulos no exterior, seja através de bonus ou commercial papers, Seja py entrada de recursos para aplcagio em bolsas de valores. No conjunto, representa! volume de fechamento de cdmbio referente ds chamadas compras financeira Assim, o aumento na pressio da oferta monetiria via efmbio (Compras finane, ras e exportagies) prejudica 0 controle dos juros, aumentando inclusive 0 custo 4 governo, que & obri a piiblica mobilidria (em tftulos) para g ugar a moeda que entra em circulagio pela troca de délares por reais. Tal fat faz rescer 0 volume de reservas em délar no BC, cuja remuneragio | exterior & menor do que o custo do carregamento interno da correspondente dij em titulos. A perda quantitativa resultante deve ser constantemente analisada vis-d.5| 6s ganhos qualtativos e de credibilidade no exterior em fungiio do tamanho das servas em moeda estrangeira. “Todo esse conjunto pode ser agravado pelas operagdes especulativas de vendag) dlares virtuais nos mercados derivativos, seja no Brasil ou no Exterior. ‘A menos que o BC decida deixar circulando na economia os reais que con) | pondem 3 entrada de délares, ou a menos que o real se torne uma moeda com ply conversibilidade (com as pessoas, as empresas ¢ instituigdes nacionais, incluing 0 Tesouro Nacional, sendo autorizadas a manter contas em délares no Pas), nao como evilar o aumento do endividamento interno quando os délares séio internalizad) no Pais, Em resumo, para o Brasil, uma boa politica cambial deverd permitir um elevai volume de fluxo de moeda com o exterior nos dois sentidos (exportagiio, importag compras ¢ vendas financeiras), garantindo que os eventuais déficits em transa¢é r correntes (ver item Operagies de Cimbio, no capitulo sobre Mercado de Cambs 1 sejam assegurados pelo conjunto de financiamentos externos, quer seja na forma 1 investimentos diretos nas eventuais privatizagdes, nas multinacionais, colocagio bonus, linhas de crédito de exportagio/importacao, em crédito de fornecedores. 3 © Cupom Cambial foi o elemento fundamental na antiga (até 15/01/99) poif 7 ca cambial de taxas de cimbio administradas, mas de importancia relativa na atu. politica cambial de taxas flutuantes, Ele nada mais ¢ do que a remuneragao efetiva de) 4,Politicas Monetérria, Fiscal, Cambial e de Rendas Mercado Financeiro 69 valor do cupom cambi do investidor estrangciro em apli- car seus recursos no Bra s © ganho que poderia obter em seu pais, levando cm conta 0 risco de crédito em aplicar aqui. O titulo do Tesouro que tem essas carac~ terfstis NTN-D, Para o investidor nacional que aplica em reais, a remunera desse titulo deve ser competitiva com os demais titulos do Tesouro — Lei do Prego Unico ou Principio da Nao Arbitragem —, ¢ a corregio cambial, se negativa (valorizagao do real), pode representar uma perda para o titulo, caso 0 valor do cupom cambial no scja suficiente para compensa-la. jal vai determinar o interes Supondo que a remuneracdo prevista dos titulos nos quais sdo aplicados os re- cursos dos investidores estrangeiros seja de 10,69% ao ano e a corregéio cambial posiliva, no mesmo perfodo, de 7,7% a.a. (0,62% ao més), o valor bruto do cu- pom cambial deverd ser de 1,1069/1,077, ou seja, 2,78% a.a. ‘A taxa do cupom cambial varia conforme a oferta ¢ a procura por délar ou hedge em délar. Se houver uma pressio vendedora de titulos lastreados em délar, a tendén- cia do cupom é subir, pois 0 vendedor estaré dando um prémio ou juros maiores para atrair 0 comprador. Sc houver uma pressio compradora (como aconteceu com a liberagio do délar em 15/01/99), a tendéncia é baixar o prémio, pois os compradores estardo procu- rando titulo © hedge cambial em délar, ¢ os juros pagos pelo cupom cambial podem até se tornar negativos. Os fundos de investimento, por exemplo, para diminufrem a volatilidade e con- seguirem ter rentabilidade e liquidez, adotaram, & época, a estratégia de encurtar o _ prazo do cupom cambial através de operagdes no mercado futuro, como swaps entre LFT € délar futuro ou DI futuro de mesmo prazo simulando um cupom cambial. As- sim, cles conseguiram acompanhar a alta dos juros, quando foi 0 caso. Em tese, com a adogao, em 15/01/99, do regime de livre flutuagéo do cimbio, diminuiu a necessidade de recursos de curto prazo, para reforgo da politica de acti- mulo de reservas adotada no periodo de banda cambial, reduzindo, portanto, a im- portncia relativa da gestéo de um cupom cambial atrativo ao investidor estrangeiro. O cAmbio flutuante, em si, ¢, em tese, desde que outras varidveis econdmicas de _ mereado nao sejam consideradas, j4 é um empecilho A entrada do capital de curto pra- zo, pois na entrada de délares cle, naturalmente, valoriza o real e, na saida, desvaloriza " seguindo a lei da oferta e da procura. Com o cmbio fixo, tal fato nao acontecia. Como alternativa de controle ao capital de curto prazo, temos a regulamentagio prudencial do Sistema Financeiro. No Brasil, como os fluxos de cmbio circulam pe- los bancos, ou seja, via o BC, a imposig&o de limites de posigdo de cAmbio dos bancos : 4. Politicas Monetaria, Fiscal, Cambial e de Rendas Eduardo Fort, \ limita o fluxo cambial, Outra alternativa seria ter um IOF de cntrada, calibrado, My, reduzir os ganhios de curlo prazo, E A mudanga fundamental introduzida pelo eimbio flutuante & que nele & 0 py; prio mercado financcito, ¢ nao o governo com seus titulos cambiais, quem deve fo, necet o hedge cambial a quem o necessitar, tirando 0 governo deste risco. Tal faty, no ocorreta se existirem condigdes especulativas motivadas por algum fator, cor, por exemplo, taxas dejuros internas dos titulos piblicos federais muito clevada wis.; vis os mestnos fituls no exterior, o que permitiria ganhos imediatos de arbitrage, para o capital estrangiro, Nese caso haveria a necessidade de intervengao do BC py, conter uma valorizagio excessiva da taxa de cambio flutuante ¢ as altcrnativas pod, riam sera compra de délar no mercado a vista, ou no mercado futuro através das op, rages de swap reverso. em um regime de taxa de cimbio flutuante, 0 BC deve intervir No mer, ddo de cambio em apenas trés circunstincias: (i) para formar reservas cambiais; (i) pi, cortigir um desequilfrio localizado © momentanco de liquide; © (iii) para cons ‘olatilidades excessivs eapazes de atrapalhar o funcionamento normal do meready, Exemrio: Sempre que o BC compra dilares deve ser com 0 objetivo de recother as sobras de liquidez do sistema, justamente a quantidade exata que, se ndo Sosse | enxuga- da, desencadearia volatilidade capaz de distorcer o prego. A preocupagdo da au. toridade dew ser a de néo interferir na tendéncia, mas moderar excessos e for- ‘mar reservas, Assim, o govern, querendo deixar o d6lar lutuar fivremente a0 sabor dos deo imentos externos cajustar os juros internos de acordo com sua infl wu us plicaisal ni deveiapreisar ter sua divida interna vineulads| quer press hilmente circulam todos os recursos externos legais que entram © si politica cambial reflee-se direlamente em seus resultados, de cambio flatuante cram; (i) interveng Fes des cabal deo ou eves, equivalnte a uma venda ow compra de di Fes no mercaulo futuro; (ii) elles de moeda com liquidagdo a lermo. Ao inicio’: sino de 2012, 0 BC também criow um recolhimento compuls6rio para limitar as poi des vendidas em U6lar das insttuigées finaneciras, com o objetivo de estimular us aumento da taxa de efmbio, 4 Polilcas Monotérla, Fiscal, Camblal de Rendas Mercado Financeiro a £ a que 0 governo cxerce, estabclecendo controles dirctos sobre a remuneraciio dos fatores dirctos de produgio envolvidos na cconomia, tais como salérios, depreciagoe lucros, dividendos ¢ pregos dos bens (produtos c servigos) intermediarios ¢ finai Os produtos ¢ servigos de uma economia podem ser divididos em: + tradeables (transacionaveis com o exterior) — cujos pregos dependem mais das condig6es vigentes nos mercados internacionais ¢ de cimbio; (ndo-transacionveis) — cujos pregos dependem mais das con- digdes de oferta ¢ demanda internas, tais como os servigos privados (aluguéis etc.) ¢ as tarifas pdblicas. 0 Plano Real, estabelecendo uma politica cambial que ancorou o crescimento do prego do délar (taxa cambial), © administrando de forma parcimoniosa os precos das larifas pablicas ¢ dos saldrios, que representavam, cstimativamente, 90% dos pregos da economia, deixou, praticamente, a inflagao ao sabor apenas dos pregos dos servi- vei gos nfio-transacior Essencialmente, © Plano Real dizimou, litcralmente, o maior imposto pago pela sociedade brasileira, o chamado imposto inflacionério, que prejudicava diretamente a cio de baixo poder aquisitive, que nao tinha como defender seus recursos da inflagio, pois nao usufrufa dos produtos de investimento dos bancos. EXEMPLo: Uma empregada doméstica que, ao inicio do més, acertava com sua patroa um saldrio de R§ 200,00, recebia-o ao final do més corroido por uma inflagdo, di- yamos, de 40% ao més e, portanto, com um poder aquisitivo de R$ 120,00. Ti- nha que correr para gasté-lo logo antes que este saldrio comprasse ainda menos. O imposto inflaciondrio levava R$ 80,00 do poder aquisitive. Com 0 Plano Real e uma inflagdo de 0,5% ao més, o imposto inflaciondrio leva apenas RX 1,00 de seu poder aquisitivo, o que Ihe representou um ganho efetivo de R$ 79,00. Aca- bou a correria para comprar e aumentou o consumo de comida, roupa ¢ dura”, de 1999, com a mudanga do regime cambial do sistema administrado de bandas cambiais para o sistema flutuante ¢, esperamos, a consolidagio definitiva da estabilidade da moeda em nivei nflagio, 0 estimulo ao consumo, através de uma politica de rendas focada na melhoria do poder aquisitivo da sociedade, como um todo, parece ter sido o principal objetivo da gestio governamental. A part 4, Politicas Monotaria, Fiscal, Cambial e de Rendas 72 Eduardo Fortun, Para o sistema financeiro, a melhoria da renda foi fundamental, pois, a0 final 4, 2002, apenas 20% dos domiefios brasileiros cra “bancarizado”, o que significava qu; Agpoca, eerea de 26 milhdes de famfias brasileiras ainda nao tinham qualquer acess, 3s contas bancairias. Em 2012 mais de 60% dos domicilios brasileiros j4 cstavan, bancarizados. Assim, reduzir o custo operacional das contas banedrias © criar prody. tos segmentados que permitam atender essa clientcla potencial deve ser um objetiy, competitvo de sobrevivéncia do sistema financeito. Sob a dtica da inflagio dos pregos, estudo realizado pela Tendéncias Consultoria ‘em 06/2012, mostra que dezoito anos aps a entrada em vigor do Plano Real, a inf. do passada continua explicando parte relevante do repasse de pregos na economi, brasileira, apesar da incorporagio de ganhos de produtividade nos reajustes de pre. gos administrados (monitorados) ¢ do uso mais comedido do {ndice Geral de Pregos. Mercado - IGP-M — como referdncia. Assim, 0 peso dos itens monitorados pelas te. agtas de indexagio, formal ou informalmente, no Indice de Pregos ao Consumidy, Amplo - IPCA—, que é 0 indice oficial da inflagio, ainda é de 38%. A globalizagdo financeira se ancorou no délar american, gerando nagdes pos. suidoras de moedas conversiveis - aceitas internacionalmente — e outras nao deten. toras dessas moedas, grupo do qual faz parte o Brasil, que precisou acumular reser. vas em délar, garantindo autonomia para suas politicas econdmicas internas © mai estabilidade frente a crises internacionais. A acumulagao de reservas nfo foi uma politica isolada do Brasil. Depois da cris: asiitica, virios pafses emergentes decidiram criar um colchao de liquidez para se preve. nir de futuras turbuléncias. Assim, as reservas cambiais dos pafses cresceram de um tod deUSS 2 trlhdes, no ano 1998, para estimados USS 7 trilhdes em 2007. Essas reservs cram majoritariamente denominadas em délares norte-americanos, cuja parcela repre sentava cerca de 60% do total. O Brasil contava em 10/2009 com US$ 230 bilhées en caixa, Assim, as reservas brasieiras representavam 15% do Produto Interno Bruto — Pik. Em pafses semelhantes, essa relagio era bem maior: de 40% na China, 20% na Riéissia, 17% na Turquia. Em 12/2012 essas reservas j4 estavam na casa dos US$ 378 bilhécs, Por principio, as aplicagdes dos recursos das reservas so dirigidas a ativos con servadores, com baixo risco de erédito ¢ baixa remunerac&o. Os titulos do Tesouw americano continuam sendo considerados pelo BC e autoridades monetarias mundo fora como a aplicagio mais segura, apesar do fortalecimento do euro e das fragilids- des apresentadas pela economia americana. A preferéncia do BC é por aplicar em t* tulos americanos de curtissimo prazo, o que permite o répido resgate dos recursos n0 caso de uma crise no mercado de eémbio brasileiro que exija uma pronta intervengéo 4, Politicas Monetaria, Fiscal, Cambial e de Rendas Mercado Financeiro aa com dinheiro das reservas internacionais, Assim, as reservas estao aplicadas princi palmente em délar, espelhando a composicao da divida externa, que é majoritariamente em moeda americana. Uma pequena parcela é aplicada em euro ¢ menos ainda em ouro. Com crescentes volumes de reservas os paises em desenvolvimento passaram a assumir um pouco mais de risco na aplicagao de suas reservas, ¢ dessa forma em 2007 6 Brasil anunciou sua intengao de diversificar a aplicagao de reservas, assumindo um. pouco mais de riscos. Em 06/2008, 8,5% dos investimentos em titulos estavam vin- culados a operagdes compromissadas de curtissimo prazo; 2,5% eram em titulos com até 1 ano; 74% em titulos com prazo entre 1 ¢ 5 anos; ¢ 14,7% em titulos com prazo maior do que 5 anos. O conceito de reserva mais tradicionalmente usado nos dltimos anos era 0 de liquidez internacional. A principal diferenga em relagdo ao conceito de caixa & que, no volume de reservas pelo conceito de liquidez internacional, esto incluidos como ativos as vendas de délares com compromisso de recompra ¢ também os emprésti- mos em délares. As reservas pelo conceito de liquidez internacional sé sao afetadas quando ha venda definitiva de délares, como nos leildes a vista de moeda estrangeira. As reservas pelo conceito de caixa sao afetadas quando ha vendas definitivas ou tempordrias de délares. Assim, sao sensibilizadas quando o BC faz vendas de moeda estrangeira com compromisso de recompra ou empréstimos para financiamento de comércio exterior. © conceito de caixa é uma medida do dinheiro que o BC tem prontamente disponivel para intervir no mercado de cambio. O conceito de liquidez internacional representa ‘os ativos em délar que podem ser usados prontamente e nos meses seguintes. O processo de acumulagiio de reservas tem um custo alto no Brasil. As reservas sdo aplicadas l4 fora a uma rentabilidade bem inferior ao custo de captagao do gover- no no mercado interno. Essa conta é afetada pelas oscilagdes do cambio, cujo efeito combina-se com o diferencial de juros para determinar o lucro ou prejuizo do BC (ou do Tesouro) na absorgao e manutengao das divisas. O principal custo da compra de divisas continua a ser a diferenga entre os juros internos e os externos. A compra de délares para as reservas leva 4 expansio do dinheiro em circulagdo na economia, que tem que ser esterilizado pela colocacao de titulos pablicos. Em 12/2012, a Selic esta- va em 7,25% ao ano, bem menos do que os 13,75% ao ano vigentes em fins de 2008, o que representava um custo menor. Mas, por outro lado, o BC também estava rece- bendo menos na aplicagéio das reservas - os juros basicos nos Estados Unidos esta- yam proximos de zero. Os custos financeiros so apenas um lado da equagao. O ou- tro sao os beneficios, representados, sobretudo, pelo reforgo resisténcia da econo- mia brasileira a choques externos. Em tese, também hé outros motivos para acumular reservas que no estdo diretamente ligados ao fortalecimento da economia para en- frentar choques externos — um deles é suavizar os movimentos na taxa de cAmbio. Embora as intervengdes ndo tenham 0 objetivo de determinar o nivel de cambio, é certo 4, Politicas Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas : a Eduardo Forty., Wes que 0 BC, ao comprar USS 80 em 2007, ajudou a suavizar 0 movimento 4, Valotizagio. Da mesma mancira, as vendas na crise de fins de 2008 evitaram Un, overshooting mais sério da taxa de cimbio. Os economistas divergem sobre qual seria 0 nivel étimo de acumulagao de res vas para o Brasil e para os paises emergentes, H4 os que defendem que as resery,, deveriam ser de, no miximo, o equivalente a um ano das importagdes. Para outros, ¢ paises deveriam acumular reservas no maiores do que trés vezes a divida bruta ¢, terna que vence no prazo de um ano. O célculo é dificil, ainda mais considerando., que, em momentos de crise, de uma hora para outra podem aparecer imprevistos, Py, manter o délar sem flutuagGes violentas, 0 BC terdi que absorver todo © fMuxo exp, que entrar no mercado, que é uma varidvel fora de seu controle. Aparentemente, ¢ beneficios decorrentes da manutengio de reservas internacionais superam 0s seq) custos, Isso é especialmente valido para um pais como 0 Brasil, no qual a restrig, externa é um problema crénico. Trata-se de um colchao de liquidez. internacional qq, cria importante margem de manobra para a politica econdmica. Assim, a existéng, de reservas prontamente disponiveis para intervengio no mercado cambial conf, muita agilidade ao BC, o que pode ser crucial em momentos adversos. (Os Fundos Soberanos ou Fundos de Riqueza Soberana ~ SWF na sigla em ingly ~ foram criados por paises que tém fontes de receitas constantes em moeda estras. geira, por serem grandes exportadores de commodities energéticas ou que te superdvitsfiscais muito elevados. O objetivo, em geral, é reservar recursos para wz futuro em que ndo se possa mais contar com a poupanca excedente. Os recursos dc fundos podem ser usados tanto para o financiamento de empresas nacionais no exe riot como para edquirir participagdes em empresas estrangeiras, com objetivos fina; ceitos €estratégicos. primeiro fundo soberano foi criado em 1953 pelo Kuwait. Até 1990, existizx 15 fundos scberanos, niimero que f0i triplicado nos dltimos anos, chegando a 4 pertencentes 2 35 nagies diferentes. Os fundos soberanos, como 0 proprio nome indica, so instituigdes dos gove: nos dos paises que os criaram. Todas as nacGes que possuem fundos soberanos té& (ou tiveram) um fluxo muito elevado de recursos em moeda estrangeira. E todos defrontavam com o mesmo dilema, Por conta de sua situagao externa, acabaram px acumular um volume de reservas internacionais grande. O uso das reservas foi d: rante muito tempo o de estabilizar 0 valor (ou o poder de compra em moeda estra> ‘gcira) da moeda do pais. Por esta razo, as reservas internacionais eram tradicions: mente investidas em instrumentos de renda fixa. Estes possuem liquidez normalme: te elevada e tém valor de mercado de determinacao relativamente simples, especi= 4, Politices Monetéria, Fiscal, Cambial e de Rendas — = OOO OO e§E

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