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AROLDOPLINIO GONCALVES YROFESSOR TTULAR DE DIREITO PROCESGUALCIVILNA FACULDADE DEDIRETODDAUEMG. UZ PRESDENTE DO “TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO“ TECNICA PROCESSUAL E TEORIA DO PROCESSO AIDE EDITORA BIGLIOTEGA Da a3 BETA ne BAsé| 9 Daa LOL. 9.3, Fedigio — 1992 GSt__ Gongalves, Arokdo Plinio, 193 "Técnica Procesaal teria do processoy Aroldo Plialo Gongalves a de Janeiro Aide Ea, 1992 220p. 1. Direito processual evi. Titulo cpp 341.45 ISBN: 85-321-00716 rumucacion® 6 face Reservades os dicltos AIDE EDITORAE COMERCIO DE LIVROS LTDA Rua Sigueira Campos 143 — 2 andar — Lojss 22 ¢ 23 “Tels: 235-2440 2365986. 2562975 FAX (021) 257-4585 Copacabana ~ 22033 — Rio) Printed in Brasil SPOYVVVGOVVIISIYVYVIVIIV§ YY VY YVIIU' u VYUYYUUUULY INTRODUGAO (0 movimento de renoragio do Diseito Processual, que clo- deem vtios Congressos exe manifesta em importantes obras do iret brasileiro, atua como fonte geradora de nova ids € rnovas reflexes sobre antigas questOes da coastrucio doutsing entre suas contibuigdes,anuncia a superacio do tele smo do século XIX, onde 0 tose fia pelo eto a forma se ‘compris pel forma, Fssa€ realmente uma boa-nova que século XX} caminhando para seu final, pode detsar como congwise para as geragdes fucuras. As novas ideas tendem, entretamto, & Aili, na propria superacio do tecnicismo do século passado, a ‘isto do processo como estrtira técnica qe se poe como Instrumento pars o exerci da jurisdic. ‘Quando se relete sobre as superacoes de velhos modelos produzidas pelos movimentos inovadores, em alguns momentos a histeia humana, temse a impzessio de que todos eumprem lum destino comum. NiO se passim como a8 agdes € reagoes cexplicadas pela Fisica, que envolvem Forgas iguais e contrrias eles, a forcas que se ucedem 3s antigas s40 mais porents,e ‘nem sempre vio apenas na diregio contira,'mas abrem-se em tum verdadero prima de possibilidades de multiplos caminhos. Pode serlembrado, nos anos sessent, deste século,o movimen: toda contraultur, que, reagindo contra ura cultura considera dda arcaica, propoese a fechar as Universidades, @ rerar Os professores ds slas de aula, ¢ a renovar 0 mundo a partir de Sutras bases, Seus efeitos se desdobyam em matchas sobre Pars, ‘no movimento bipple, aos woodstokes, e-em tantas Outeas ma nifestagbesInesquecivess, que fzeram dos anos sessenta. 05 805, das revolugbes. ‘0 movimento ile renovagio do Direito Processual parece cumpri também exse destino, Tent superar as insuficiéncas de tuma concepetio deficiente de process0, do ito pelo to e da forma pela forma, abolindo © formalismo. Tents soperst um dlireto insuficiente, porque nao dew respostas adequadas aos problemas socials da epoca, climinando o ftorjurdico, que se forma o elemento menos importante, confrontado com Uma oF dem social ou poles, Tenta substituir uma técnin jurdica Sefciente, porque construda sabre antigos conceitos que no passaram pelo necessrio ajustamento,eliminando a tenica Nega-se, ou se exci como algo necesstio, papel fundamental do conhecimento em relacao as necesidades Soca e humanas, teas necessdades da Ciéncia do Diteto Processual. O importan’ fe, no Dieito Processual, JA no sto os conceitos, mas € uma ‘nova mentlidade de reforma, que se quer efedv, ese fz urgen- te, porque & preciso transformar as condigées socials. Eo mec. sismo dessa transformacao € direcionado par proceso, que fe atrbui a miso de reformador socal, pelo cumprimento de fnalidades poiticas © socials” MARX é sempre selembrado, a {hot Kinase ee na pcs ces up cn pars ‘gue queremon ous arn conmigo dun nea poeta S90 5 Sadana oa ptr deca samy nae one 9 Itromenade do rota cdr ema» So lo. Edo passagem mais célebe das Teses Contra Feuerbach, a 118 ese Op filésofos se limitaram ainterpretaro mundo diferentemente, ‘abe transforma" Mas nio sett lembrado que MARX no cha maya os teéricos como agentes da transformagioe im os oper Flow do mundo, qe eram concamads ase unicem. Una teori ‘Seri Sempre uma cova, € por 8156 nZo tem o poder de ser outta ‘coisa, e MARK certamente perceba iso, Se for usada como arma ‘de reform, a forga que possuir exars no brago revolucionio, ‘ou no brago teacondrio, e nao nos conceitos por ela formul ‘dos. GALILEU nao foi processado pela forea de qualquer teria {de ARISTOTELES, mas pela orga de BELARMINO e de URBANO ‘IIL, ou pela forga da Inquisicio, que, conforme diz RU “Yok muito bem sucedida em seu empenho de acabar com @ ‘Gencia na Ili. NIETZSCHE cerumente nfo suspeitava da fuura exsténcia de GOBINEAU. £ intl pergunar se teria cles, se pudessem, dado autorizagio para © uso pratico que fo Feito de suas consrugoes, A responsibilidade que o teorco tem ‘om as idéas que coloca em circulagio®limiase & sux honest ade, pois nao se pode amordacar 0 pensamento, nem se colocar fem na camsardeforga a bberdade que constitu instrument ‘desua viculagio. Por sso, cosa so teoras ‘Os movimentos de reaoracio deste séulo, a0 campo da ‘cultura ocidental, como ocorren em outros momentos da Histé- Fa naseram da ese da razio, de uma rao qe CASTORIADIS ‘ve como wma cnacio humana enlouguecida' e que tem sido motivo de muitas angsstas, 0.38 — lida contd de Dro ete ormrusee, 10 7 OoaocnoonnaganoonnbnaAnonaunooanononnaannant DSOVPSVOHOOVVVVUVVUI 9 o fererererexerererererey Assim como, no limlar da Idade Média, SANTO AGOSTI. [NHO choraveamargamente por havercedido a entagio deter se entretido com a literatura grega, o Ocidente carga essa sia, ‘Ama a razio apaiionadamente,cultuaa como nenhom outro ove jamais o fer, HEGEL o mosttoy, mas depos se laments por hnaver cedido&suaseducio e far 0 seu mea culpa eepdiandont, Tenta encontrar sua absolvicio no cult dos procedimentos i racionais (no sentido Weberiano). A razio nio dew resposts| Adequadas aos problemas do munde? Excluise, eliminase a rato. Active di azo, com a negagio da racionalidade, altro. se pelo Ocidente, que mal pereebeu que, se no dew respostas| adequdas a seus problemas, o to no poderia set tibutado & ‘azio, mass raidades que foram dadas = seu uso, ceitas pelos proprios homens. Se a técnica se apereigoow tanto a ponto de Permit a efcencia em gra de excelencia para oculto da vids ‘8 para 0 culo da morte, 2 responsablidade que decorre esse aperfeigoamento aio €certamente da técnica, ou da eapacidade {que 0 homem posal de produrila, mas da wontade que a dite- ona para os fins. Porque a pedea fo, segundo os antigo textos sigrados, a primeira arma de um exe, para se aeabar com o8 mes no basta destruir as peda, ‘0 jogo de amor da cules ocidental com a suo & um estranho jogo, mas n4o mais estranho do que qualquer jogo de amor. E um Jogo diuigido e presidido pelas emogbes,e forma pect cheep et Seeeceieere coreterea and ce ene 5 cx wero AGOSTINO - Coin, mt de}. len Santon 6 ‘otecno dena 8}, Sh Po abi Gea, 9S rol eH psoas, * 10 no um curso rgulas, mas um discurso, que, como viu ROLAND BARTHES ¢ x unica via possivel em rods experiéncia amoros porque a sua tajetuia jamais se dem ama linha ret € cont- fut Arazio € to ama e o culeuada que o homem ocidentat Guise se dissole nela, Mas pele demais a ela, projeta demas fla, espera demas dela, e logo se resseate a rep, incsiml tnt por nio dar cespostas sausfatbras a todos 0s seus anscos TEntretnto, a separagio no dura multo, porque o ser humano Suidental ge fer un com a eszio © necesita dela para se reco Ihecer a st mesmo, e sem ela Se ve fragmentado €, par se ecompor, cabs refornando a ea. E porque ara o catia, cle A detem catia” "A penosa ciminhada de uma sociedade, que ainda nio resolve problemas de ordem vital para a maioea de seus mem: bros, desperta nos eetudiosos mais conscentes da dignidade feconhecida ca ser humana pelo Direto, a indignasio por Sabé-lo exstente por vedo, nfo obstante,negado. A indignacio {que nasce da pureza das intengbes tem press. A dignidade Inumina € valor que nto se negocia, como eealmente sempre 0 foi, por isso nasce 8 Ansia de promosela Ji. Compreende-se, fentan, apelo para que o Diteito sao elemento transformaddor dda sociedad, Mas nio Se pode esquecer que a sociedad con: temporines nio tem a pureza das primitivas, ej no accita profetas com suas ibuas de lei, Quer fazer o seu destino e quer ‘Seraigente da sus histGria. Seus confit 0 trazidos luz do dia t resolvemse no jogo dis pressbese das contadicoes. ‘O direto material, enquanto cinone de condutae de org plzagio social sera fats de tansformacto, se asim for constr 4 pelos seus Jestinatiies, que sto também os seus riadores. 0 rola dor Sons ade aco racic Aes 198 7 Repres, a 40 dupe siento a expecta" eco cnt n processo, como instrumento discipinado pela lei para permisiea ‘manifesto do Pode Jurisdicional, chamado a resolver 03 com fits, onde as autocomposicdes faiharem, € instrumento pelo ‘qual 0 Estado fala, mas ¢, mbm, insteumento pelo qual © Estado se submete ao proprio Direito que a nacio instiuiu. E ‘esse Diteito nico poder capaz de imitar a atuagso do Poder, Foia crise de confianga no Direto inwituido pela sociedad potiticamente organizada que Inspicou a Escola do Digeito Live nna Alemanha, 0 Fretrech de KANTOROWICZ, de EHRLICH, de PHILIP HECK, mas fortambém ela que, « partic de 1933, Insprou a"renovacio completa dos deai do direito © da miss do ul’, que repudiou as construgbes logis dos romanistas € fonfiou no senso inato do juiz @ condition sil soit de pure race et qull stnspie, om pas dun individuatiome désuet, ‘mais de la communauté nationale, que ada que lei € um aspecto do direto, mas noo mais importante, porque existe un droit non éerit qui se dégage de Tame du peuple allemand et ‘qui est conforme aux nocesités dela vie nationale, droit claire- ‘ment reconnu, ow mieux, sentt et énergiquertent réalisé par le Linge allemand. Como records DU PASQUIER, 0 congresso ju ‘ico germanovtaliano, realizado em Viena em maio de 1939, tranndo do problema do Direito e dos juizes, adowou tees no sentido de que 0 juz vnculase & le, resavandorse que cle inspire de Vesprit de (a nouvelle philosophic nom plus des rincipes individualises surannés de sacle paces? Essa nova Rilosofia que se impunka aos izes era nacional socalsmo, ‘© século 20 rompeu com o mito do séeulopassado de que 4 cincia ¢ um eonjunto de verdad ceitezss, permanentes, 1 inere manga de EAkademde fr denies Rc un 1954. Borate Be eae Bi ngER edn ke ‘re cinta ta Poop beds bro, Hes, iui Enlace 9 CLCLAUDE DU PSE ope, p96 R imutivels, definitvamente estabelecidas, Ao contririo de depor contra o conhecimento cientifico,esst posture ansea pelo Seu Deogresso, por sua connua complementagio, «condur Aquela palavra de fe, de que fala BACHELARD, do cietista que termina © seu dia de tabalho dizendo: ‘Amanha sabere © B nessa Drofissio de féacinciareeupera asua dimensio humana. Todo fonhecimento, em qualquer dre, €fruro de multos esforgos conjugados, em que conceitose todas se substituem e se reno- _vam, 6, no raras ezes, a renovacio se fz com estelo nas antigns ‘concepgoes repadiadas ou como resposta a elas. “Toda afirmagio sobre a invalidade, « impropricdade ou impossibilidade do reexame de conceitoss6 pov ser tomada ‘como wma attde de reninia ou como uma atitude atria, fu, ainda, como manifesto de extrorinéla puree, da qual Juma das formas se cevela naquela fe inabalavel no dogma que leva as pessoas a morrerem por suas verdades. Esa f€ € a dos santos, mas nio dos cients, pois, embrando aovamente BA CCHELARD, ‘verdades inatas mio podertam intervie aa ciénca™ A liberdade da investigagio centifca nfo pode scr rolhida, € ‘mesmo ale, quando fh definicdese extaelece concelts, 0 podria inpedira agdo da doutrina juries, Poderia, por certo, fear impedir a sua dvulgaeio, como ocorreu com a centr ‘quando legalmence admltida, mas 3 propria historia demonstra {ques liberdade de pensamento, mesmo quarilo no encontr Sua corrlas garantia de comonicagio, encontra outs can inhos para se expandie “Aautonomia do Dieeto Process, com 0 se bem dema ‘edo campo de Investgagto, com conceitos eateporias pro ris, no poderiaconstiulr azo para se dispensar ua revisio| de seus peincpais institut, A revista a cles no € movida por B econ ooooo ona acnconoonauoooonMnAannAaad VLVVULUUVOLOLLOS SG OOO VVODVVUUUUVUUE Aietantismo ou por qualquer afinidade com uma jurisprudéncia| ‘dos conceitos, hi multo desmistiieada pe erin de VON JHTE- RING sobre o ligubee céu dos conceitos descarnados, que pet. dem a vitalidade quando se distanciam do real. Longe, também, de sugerir postura consenadora, a tarefa que se constitu nio apenas no "repensar © que ji uma ver Toi pensado’, mas pinch palmente "em um penste até a0 fim o j4 pensido uma ver" ‘expressio utllzads por RADBRUCH' para defiie © proprio labor interpretaivo — é, ainda, a alternativa de se projet alguma luz Sobre a propria ealidade do Direto que tem vinculos Miretos com 0 fate humano. Assim, embors mio seja cert, porque intrincadas ftores nao astorizam tal previsio, sempre Seri possivel que o resultado dessa rela contrbua para ques transformagoes sociis possam se fazer no dle modo castico, mas com 0 minimo de sorimento possve, com 4 racionalidade ‘ques epoca alennce [No momento em que uma eiéncia renuncia a continuar Imvestigando seu objeto € as complemsrelagées a que pode set submesdo pela andlse, tert cenunciado, antes. si propria, ‘como competéncia explicatva da relidade, quando carifeat tealidade que elege como seu dominio de trabalho €, inegavel ‘mente, a missio socal comm de qualquer ciénca ‘Aretomada do exame de alguns dos conceitos Hl consider ‘dos seguramente extabeleccos no Diteito Processual pode com Porta certs surpeesis. A importinca crescente que os institutes do Direito Procesual adguiriram na época contemporines io chegou, ainda, 20 dpice de seu movimento ascendente, Nao ‘obstine, a doutria do Direito Processual nio resolve alguns roblemas que tm retardado sua marcha e cla no pode nei- ‘enciar seu proprio progresto justmente quand as formas Je Solugio de coats do mundo atual dela muito esperam [ste trabalho nio pretende e aio poderia pretender inven Moncada, Camorn Amine kn ton cra 198 Th BE ui tariar todas a8 inovagOes que se prenunciam no Digeto Prose ‘sual Civil. Mas pretende debar uma contrbuigo sobre a ora ‘concepgio de processo como procedimento realizado em con traditoro entre ss partes, que exige que fe pensem novamente Alguns concetos da moderna doutrina que Ht ndo se ajustam 20 ‘novo quatro do Direito posivo contemporineo: assim, a pro> pris concepeio de procedimento, de relagio puridica process, {Sr ago, da seach entre odirelto material eo proceaso. Peter 4c, também a partir de uma nova concepgio de processo, rfle- tir novamente sobre os escopos que Ihe so atibuis. ‘Anova concepsio de processo seri tabalhada com base mt ‘obra do lustre Profesor italiano ELIO FAZZALARI, que conten a intese de ws investigagdes sobre o tema. Nao hia preocupe ‘Gio de se citar pasagens no original a n40 See quando a opr hidade do tratimento do tema 0 autorizar, porque, na obra de FFAZZALARI, toda reflexio € profunda, 0 que tra o sentido dese ‘eevarem os aspectos mais importantes que jutifcaram a tras crigio academics, Ax constantes referencias em notas de pe de pigina supricio as exigéncias de ve indicar 0 pensamento do Autor ciado e do controle de sia autenticidade. 0 metodo ‘excolhido se expica pela opto que se fz entrea tentaiva dese ‘demonstra erudicio e a tenutva de se conquista a caveza, a preferéncia€ por essa ima, em cocréncia com o que se eaten desera funcio socal da clénca, ‘Areflexio sobre os escopos do processo tem inspiragio na ‘obra do ste jurista brasileiro, Professor CANDIDO R. DINK MARCO, ciudo, inclusive, por FAZZALARI, em nots de pe de ‘lgina Dele se va diverge em vriostopicos, mas este € apenas ©sinal do reconhecimento da grande inluéncia que seu pense mento tem exercido a formagio dos processualisus brasleios| anova geracio, ‘No Se negard, em neahum momento, direito fundamen tala doutrina de fazer suas opgbesflos6ficas.O que se colect fem questio S20 0s problemas da construgio juridic © de st fandamencacio. 5 As possivels elacidagbes sobre as ainda presents insufcén- clas ou contadigoes do quadeo conceitual utlizado pela out. rat do Direito Processual Civil para estabelecer as relagdes entre procedimentoe process, que incidem inevtaveimente em dife- fentes modos de se concther 0 procesio, eque se refltem no ‘onceito de acio, © que se projetam na finaldade do proceso, poderio se consituir em contebuigio tanto para a Ckénca do Direto Processual, como para o trtamento de questoes de or. dem pritca, to necessia nesve momento em que 4 nove Gr ‘dem consttucional brasileira abriu extenso campo de pos Sblidades de alteraghes no Direito Processual,aqu sferiio caviruLo 1 CIENCIA E TECNICA 11. AcENA Adivisio do campo do conhecimento, no curso da Hist, grou uma muliplcidade de cénciase, mals ainda determin logis para designtlas de acoedo com varados extsos refer dos, prncipalmente, 2 relacio entre toda e peica€ ao objeto dda investigagio lenis, "Nao se pretende, aqul,recuperar 0 elenco das diversas propostas de divsio e de designaso das ciéncias, mas explictar lguimas nogies cuja obscuidade tem prejudicao a compeeen- ‘to do tema que se poe como objeto deste estudo. , ainda, comum encontrarse 2 divsio das céncias entre te6ecase prtieas, ou especulatvase rica. ‘A quiificaio, impropria e ainda amplamente utlizada na doutrina juridiea, que contrapoe as céncias tericas 2 pdt (as, tema inca uulldade de ressltar que as peimeiras se volam © senor commision Sees ” COCOOCOOCOOOOOOEO EOE OO GUECLOOOL00000 BIGGOLOVVVUuUNUI 5 VELULOULSVO00U para producto do conhecimento-eas segundas para aplicagio os resultados adquiidos por aque “Tal terminologia certmente €reminiscénca da dvisto aris totélica entre 2 cencia © are (are, tadugio latina do grego ‘eX, de que derivou a paves "een ‘Sem necessidade de se aprofundar, aqui as transforma 49063 por que as duas concepsdes passaram na experiéneta historea, registrese apenas que ARISTOTELES restringe © ‘campo da ciencia a0 conhecimento teérica,cvjo objeto & com fexbido como necessiio, e projeta fora dena esfera do neces Ssisio © que, nfo sendo necessiro, €, entrtanto, possivel Subdlvidindo © possivel, quanto agio ea produgio, reserva fexpressio arte agio possivel que tem como objeto & produc Ho. Aarte € definida como o habito dirighlo pela razto de se produrie algumt coisa Hoje, 2 antiga denominagio, de que se tem ainda resqui clos, se substitu, mais adequadamente, por clénclas teria © clenciasaplcadss,admitindo-se que a lénca aplicada € apenas 2 cine, em sua constinicio intrisecamente teria, voltada para resultados determinados. ‘io se duvida mais de que qualquer iénca € sempre te ‘a, embora a aividade humana encoawe procedimentos para = aplicacio pritica das aquisigdes do conhecimento, Tora Cacia, seja natural, socal, cultura, dvises que se fazem pelo entéio do objeto da investigacio, pode ser entendl dda como um coajunto de coahecimentos fundamentadon, ot ‘como uma atividade enadora de coahecimento. De ma ou de ‘urea form, independentemente de qual sea seu objeto, toda ‘nia se quer como uma competéncia explicatva de uma deter ‘minada realidad, sej ela natural ou cual Nio édemais insist na dupa possiblidade de emprego do 18 BIBLIOTECA, PUC-MINAS/BETIM termo clénca, pow a fila dessa discriminagio tem gerado muitas isputasinstels, no campo do Direto” Em uma das cinco acepgOes registradas por LALANDE — ‘quatro dela referidsa "saber, a"divecio de condut’, a habll- dade técnic’, ea "temo usado para opasigto a letras" — 0 fermo citncia corresponde 2 "um conjunto de conhecimentos € 4e pesquisas que em um gra sufciente de unidade, de genet lidade,e suscepsiveis de lear os homens que aele se consagram 4 conclusbes concordantes que nio resultam de convenoes arbiririas ou de gostoseinteresesindividuais que thes sejam ‘comuns, mas de relagdes objetvas que se descobcem gradual mente e que possam ser confirmadas por métodos de venficagho efinidos ‘A definigio de LALANDE compreende a ciéncia tanto como ‘conjunto de conhecimento, anto como pesquisa. Encerra, tr bem, a idéia de que ciénca é descoberta gradual e de que seus resultados sto sujeitos verieablidae. HUISMAN e VERGEZ, com base em LALANDE, airmam que "a ciéncia pode ser entendida como descoberta progressiva das ‘elds objetivas que existem ao cea” (..) "umn esforgo para conhecer, para explicr o que €." Percebese, no exame das duas propostas, que 0 termo céncia referese ou 20 coahetimento obtido, Ou k atvidade \desenvolvida para se obo, sendo empreyado ou come prod oe aes ae 16 G, ANDRE LLANDE. - Voabulahe Technique ot Coquette Phubsopie Fa: ess Uncerisd rane 998s Scone 17 GE. Dens HUSH e ANDRE YERGEZ - Cuno Nemo e Flea modu so de een adc Ltn ce ice Conca ro Jac ace so 198392 19 ode uma atividade ou como propria atividade capa de produ Ho. ‘Quando se dir que a cineia & uma procura, uma investiga: ‘lo, uma tenativa de compreensio, ext implicio, nessa aime ‘Glo, que o intclecto se debroga sobre a eelidade procurando ‘catendéla, pois 0 conhecimento nao é um objeto natural que poss ser simplesmente encontrado em algum logar, mas [Enves, construido sobre una determinada realidade, Aaidade ‘Genttea, enquanto atidade que gera conhecimeato, se faz por fvultas forma, mas ma atwidade clentfearaconalizad, capa. ide compreender seu perio operar, exge alguma meta (em bom o resultado obtide sempre posta dein ccapar e cause Srpress) alguns metodo que Jé foram testalon, Ou mesmo © teste de nonce métcdon, eo mancjodo que usualmente se denom- fa instrumental e6rco, ou sj, alguns conceit, defines, 10+ ‘Goes. wor que alien a investigagio, Nenbuma realidad pene- {fa na mente humana seno pela epresentacio que se tenba dela, por bso 4 atiidade clentiea necesita encontar wm meio de {lage do inelecto com o real que se fz Obj da vestigacto,€| © enconaranesse instrumental, que também soe reticagOes, ‘medida em que novos conhecimentos S80 produzides ‘Aciénc, considera ja no como aidade, mas como con: Junto de conhecimentos & naturamente, a unificagio dae desc hers fragmentadas, dos esultados parca da investiga, ‘Asim, as duss scepgoes do termo, como atidade que produ conhecimento «como Conjunto de conecimentos fu ‘damentados, se complementam, “Convém, and, expliiar 0 que se enteade por eragio de conhecimento , pari tanto Yale pena telembrar duas dein ‘Bes proposts, em sintese magistal, por BRONOWSKI: "Toda ciéncia € a procura da unidade em seme- Iancas ocultas’ 18 JACOB BRONOWSI - cnc Yloe Homann, Tl de Ake Lt, 20 "A.Cléneia & um processo de eriagio de nows conceitos que unificam a nessa compreensio do ‘mundo ‘A auiidade essencial da cléncia € essa procusn dis sem Tanga no apacentes, da uniicacao, no entendimento, do que se encontrafragmentado e disperso em alga plano da reali de. E no momento dessa uniicao do real no conceito, que € Classicamente definido coma uma unidade mental pela qual se representa alguma parcel da realidade no ineleto, que a Cie ‘it exerce asia auvidade eriadora oportano ressalar, cambém, a qualificagio da atwidade cleniiea, edo proprio conhecimento que dela resulta, como um processo. A antiga concepcio de cléncia como saber defi mente adquindo em caster irretocive imutive no se contr ‘ma historicamente © nio € mais susentiel, © & peetensio 3 luniverslidade necessrla, eequerida pea imobilidade da pee ‘fo, to explicvel no peasamento greg, que acompanhou ss antigas concepeoes de cienca, fot substwida pela abjeridade ‘que admite, € quer, procestos de caregtes sobre todo co rhecimento que nao perden sua vitlidade pela murifiensio Seguida da decomposigt 0s processos e métodos utlzados na aiidade cientifica ‘sto miltiplos,esio, ambém, em seu apereigoamento, submeti- dos racionalizacio da ciencla. Recuperar sits manifests € suas avallagdes, no curso da Historia sera penetrarem toda historia do conheeimento em consequénca, podese det, a histria da hamanidede 19 of JACOB BRONOWSEA. 0 Sexo Comm da Céad, Tad de Nel 20 A esata dla de tema um pice econ oo wn see Inna, sige campers mem, ah IE a OoCeacHdovoocovooYUsgeouUggouvoeuUGaeooaouYBal VUOVUYOOULSOUOV HOGS 5500 0VO0D00000UUUU' 12, aTBCNICA A palavratéclea € objeto de dois verbetes em LALAND:, ‘que fez a critica de seu significado tomando-a como adjetivo € ‘como substantivo. A téenien, como substantive, que noma um ‘objeto, € por ele definida com dois senidos: “Conjunto de procedimentos bem definidos « transmissiveis destinados a produzitcertos re- sultados julgados vei eee Neeree acct tnetee peas amie ae Sooke coset ca aes: Serotec cececona x eoner ona Sano epee oe Se rts ce ncaa i eae oe aches aac Seerenmneeae sneer eae ee Shietae ores Se Re ca ceca ee ecaeee ‘Sage ree ee ae a fececetieeeersce: trum ara a, Sli iS opi aa ce pian smanvousa ain Setpegh cats “tino, €acess0 dreto a0 que existe de propriamente Sendo tulle que PSE ie ie remietoneriate tas Po ee eee eee eee re mdeicmiete na hentai rei ge en See ee ee, Fopeicentien geen re secon alee 2 “Em sentido especial (.) a para técnica se diz paricularmente dos métodoe organizadoe que se fandam sobre um conhecimento cientifico cor respondeate™. Anogio gerald téenica de conjunto de melosadequados para a consecugi dos esultads desejados, de procedimentos Incos pare a realagio de fnalidades bastante difundida aconcepcto de que a adequagio dos smeios aos ns Kdonedade do procedimento, que eso ta PeOpria concepsiode enie, supsem 0 conhecimento da fick {ads metos aloes para relzagio do fim, como s eet EDUARDO GARCIA MAYNEZ. que sustenta que toa tecnica ge- nuina deve encontarse mina pela lies da Cent, Por ito, toda tenia € ve indole dene, pois ura ec No ‘enti nao € tenia, porque se tora incapa de cooper © seu destino. "st noo deve ser tomada com enrema cael, por, to mado, aor Scena, 161,¥ lh pabses ENRIQUE R AFTALION, FERNANDO cascla LAN, JORE VIAGONA horonelon al Dea ley Buenos ten fa L196, p73 es RECASNS STCHES ‘eta ome aot Qs ior Men, is ‘Suiros mien, como a colo urdicn, » Anwopelogs Juridica, Ties tis, com dna pat own de FERELNAG, rece ‘ene do fan ee ANTORIO HEICANDEZ GI Neo (Sgt de nc del Dobe Mode, 17), pe STB 28 Jncernas, se ocupou do Drei em sua ntureza ecm seus fun rmentos; a Sociologia Juridica se preoeupo com at relagdes centre o8 fatos socais & & normatividade; a Ciencia do Direito| stringy seu campo ao Dieito que se posta, que se torna ‘manifesto na experiencia, como fendmeno, ofendmenojurdico ‘que se deimita pelo crtério espscio-emporal, Os ers dominios ino esgotam a5 possiblidades do estado do Direto e, se esas possiblidades se voltam também para 0 pasado, pela Historia 46 Direito, projetam-se, igualmente, para o fururo, com a peor ‘cupacio em torno de wma Politica Juridica, j4 admisda por RADBRUCH ?*e até mesmo de uma recente lnformética uric, ‘gue 6 pretend se sistematizr como campo autonome do €o- ‘hecimento juridiea. ‘© ponto de interessedessetpico, no entanto, no € 0 de fazer cartes epntemologicos no amplo espago em que se reals 8 investigagio juridica, mas spenas ode correlacionar a Ciéncia Juridica © a Técnica Juridica, superando algumas diiculdades ‘que se poem para 0 trato da técnica procesual 23, DoGMéntea jurioica 5 {TEORIA GERAL DO DIRETTO A Ciencia Juridica, eujo objeto ficou bem definido eomo "0 fendmenojuridico tal como ele seencoatrahistorcamente ea sade" "al como se concretiza no espago «no tempo’ >” em Siarese, © dieto positvo, a "lénci do sentido objedvo do Stncda, Combes amino mas Esse Stn 19 IOS. 29. CLPIERRE CATAIA-Liormatiq oa raat ds rot, nace Pp det Yow Soma a nae se 20-CL MIGUEL REALE -Liges Peon de Dito. Slo Fale Sani, wre poten COO CEOOGOOCOOOECEEOVOEOCLVALOOLOOOLOOY: SSIES TES Sees Oe avec nES See SEE ECEETETES Sees SESE ECE EETES SORES SESE EETETES OES SE ESO OUTETEECE SOE ESSE OEECE SEE ESTEE COREE SEES ESTEE? Aiceito positivo's* também se subdividiu na Dogmitiea Juridica «ena Teoria Geraldo Dieito,dnigida para 0 Dieito positivo em feral, sem fonteias de sistemas, fundada por JOHN AUSTIN ¢ mplamente aceita como "um substeuivo” da Filosofia do Dire. 10, no século passado, como mostra RADBRUCH= Enquanto a Dogmatia Juridica se volta pars o estudo do Direito positvo de um sistem Jurdico determinad, tendo por objeto de investigacio "a condta cm fungio de modelos jurii- 08 consagiados no ordenamentojuriico em vigor™, a Teoria Geral do Direto — que, seguado 28 proposts originrias de deveria extair de uma ordem juridica determinada ‘ogbes,conceltose distngBes fundamentals, para compariclos| ‘om noges,concetos disingdesfundamentas de outra ou futras orden juridias, estabelecendo, em um tereiro momen 10, os elementos comuns, as coselagbesIogicas entre eas, 38 Ssemelhangas existentes cm su estrutura, porque os conceitos| [gerais comparecem com cera uniformidade em todos os site mas juridi¢os que leancaram andlogo nivel de matridade — ‘desenvolveu-se comoa ciencia das nogbes elementares da ordem 2 CeMigu Ras© Bree oe ape, Sh Pl ai 26 4 GLJOH AUSTIN Lectures on htpnedenc London R Campbel 1988 Sete ants pe acm om Tes ee fnipradence Ge 9 p21 Cr EDGAR DODENTEDIER- Cle ‘60 Beto Poms e Menopause de Eas Mason Wo defn Foren 9p 19 ev AIDEN BAIMO ser cal Scent niobate Judea e dos principio fandamentas que reer seu conan: EEntretanto, com a diferenga de grau apontada, ambss, 2 oganética Jurca 3 Teora Geral do Direto, tem como objet Ge investigacio 0 Direto posvo™e, por 850, esto no quad {a Cigncia do Direio, Nem por out motivo, quando justificoy fo tuo de sua obra Teoria Pura do Direto, KELSEN defini « jteito positvo em geral endo, de ums ‘teem juridea especial, uma Ciencia do Direito positvo®” 24. Tacs JURIDICA JULIEN BONNECASE, fazendo 0 levantamento das doutr- fas juridicas surges em Franca, de 1880 até o fim da segunda ‘decads do século XX, considera que 0 estudo da eiéneia do Direito Civil nao aparece send pela via da técnica jurdiea & ‘que a distingio entre lencia e ténlca no Diteto foi 0 signo da frande revolucio do pensamento juridico.™® “Arevolucio, de due fala BONNECASE, produziy resultados realmente proficuos. Sob o tulo de Técnica Juridica, a Clénck 449 Direito anunciara que havia uma téenica de enagio, uma tenia de interpretagio e uma tecnica de aplicagao do Direito,€ SS con mn ik ene uence se gt a eda de Pee So Imprienés de L'Eta, 1960, pp. 7475. 7 sy Swim ere she ca ss pum mong ngage nf a rece lace arene mas at pss metic deta sun don proceimentoe Iretetats du cms frea™ Sine orden, conorme 4 deine CLAUDE DU PAS- quien" conn de rnctments pels aso Dist Ce Sates eras cas psc a cos da police fier i “Mas, no estudo desses procedimentos, embora a Técnica Jie, dosemolia no mayo da Ciena do Die, Jaquet una ico egaeuma "en relent cus etou ue conentram a formula do i cep wile dents fre © 5 ramos Jo Diet pai corto eer uioctetia qu tata ceo us, como dit ADDRUCH, execute ts tempos Ripka. Consrgio« Sisenatralo. «que correspon caer furan canes os genuine onc ‘extant ean 4 Gln do Dito const su instrument 5» tanetnganpemene mat cn er mans cee es Rn oes Sores ere cr i oj a Eset eben pen ac Sapa a ce sli ts nec cae Sone tsa Peis pets sme emabia cote chants nfbeasaeo er oon ‘CAUDE DU MASQUER, op. pI, * gapom iat ne Heli aera San ia Se cea eS chacs datargt dan intone, OS P17 x teérieo para trabalhar seu objeto, 08 procedimentos de crag da les e da aplicagto do Direito ao caso concreto nao consti trim preocupagio findamental do pensamento juidico. Este parava no limiar daquela iavesigacio, quando, do estado da Interpretasio da fel, fazin salto pars pesquisa os problemas de ‘dem éiea ou asiolgea da atvidade do juiz eo grau de sua Independencia em relacio 2 le. Ene esses momentos, fear sem explicacio, ou, antes, explcado como ne affaie des pratt lens, todo © procedimento que leva © Direto a inciit sobre ‘isos coneretos ota dar solugto para os conitos socials, sub- rmetids 4 decisio do Poder. [Na expressio de PIERRE PESCATORE, tis procedimentos constitulam 0 savoir fare daqueles que elaboram e praticam © Diteito, podendo assum duas fangbes distin: a de fazer les —a eéenca legisaiva ea de aplicar a fei en dures mos, la ratiquejudiciaire of administrative”. ‘Sua descrigio dessa atvidade ¢sigaifcaea para demons- tar a concepsao generalizada quanto 8 splicagio do Direito 0 feaso conereto, na epoca em que a técnica de castruciojuriea resplandescia: "concider comme pratique du droit la techn. (que juridique consiate 8 appliquer le dro des Suter, le mettre en oruure. C'est! habits pratique dda magistray, de Favocat, du noteire, da fonction. Inaire...Ces paticiens wont pas la mime Hiberté gue ‘ous qut font office de ligisateur et leur art we dis ‘ingue soncibloment de Vart de la ligisation. Pour les praticiens, il s'agtt avant tout de saistr la élite (det fits ot des situations concrtes, de manier ls egies de dvott avec inteligence et de faire emplot Judicles du powvotr discrétionnatre gut leur ext 4 CLPERNEPESCATORE op itp 4. 3B OQuanggnngqQgdnngouooUOooK4 DOOM OOHnOANnAAnnALX, OVOSSSSO0U009090000N0NU' VUGUUOULSOE Ise Leur art es la prudence juridique, la turis prudentia au sens etymolopique dis terme". mito compreensivel que, em decorréncia dos resultados do movimento da codiicacao, 2 Ciencia do Direito tenha 38 ssumido sus tre de rabalhar sobce essa ralidade juries, ‘Sobre 0 endmeno juridico, o Diteto posto, crado pelos Gros ‘ompetentes, reciando- no plano epistemologico, conferindo- the unidade, sisematizando-, elaborando conceitos, dedican- dose 8 construc juridcs, eno trabalho de agrupar as normas, ‘laborando caegoriasjuridicas, institutosjurdicose organizan- ‘do amos do Diteto postive. E também compreensivel que sob ‘ império do tecnicismo, ou ej, do dominio do toe da forma, © procedimenta de apliacio no fosse mais do que une affaire des praticiens ‘Arevolucio de que falou BONNECASE alcancaria também 0 Direto nese aspect, mas ria da Alemanha, onde se prepars- ‘ana renovasio dos conceitos produrida pelo movimento pan- dectista,eencontraria terreno fet para seu desenvolvimento na Telia, Passo, também, por sua fase de eonstrucho para uansfor mar esse campo de investgagio em una citaca autonoma com sou rferencal Sri prOpio, que, hoje se quer uma Teoria Geral do Processo®, “* GlowanevfTest catndo's cen do io de ROBERT CHAIN "Le Ison Fancy Satone de Faparal fare Le de Car tie clarion de CEaARD GUIOT, ana Star, Prt 16 [Reucn por ar de into, ns oa nego de apenas cr) Force qui ate onenontement de Pappa jae il at ‘enon tre stone om ps fe ueon nee pose ctr gui ce genre age de ro pons Ith comps ants shi de octet rs oe 3 Pome Rina on Dt Pais Sy, 998 eB. 45 ck auTOo casos be stato CiNTRA, ADA PELEGRINT GNOWER CeAND IDO DINANARCS Yenc rls fren, se esta Fa | ! | | Em seu desenvolvimento € apereigoamento tenia jurk dca tem oferecido excelentes resultados, como conjumnto. de meios idéneos para o wato do Dice. ‘© Direto, como sistema normativ, no €elaborado pelos Juristas, mas pelos drgios que sio legitimados pelo proprio ‘sistema para produztlo.O poder paraclaborara norma generic € absrata destiada a observincia geval, ou & difuso na coletiv- dade, quando o sistem jridicoacolhe o costume como forma de produgio normatia, Ou € centralzado pelo Bstado, que re- presentaa comunidade juridica sociedad poliicamente org Riza pelo Dreto, | Gigncia do Direto tem desenvolvido e aprimorado suas téenleas para apreendero fendmeno juridico realizar seu taba lho de eonsiruco juriiea. As norms criads pelo legislador sto recolhida,sistematzadas, classificadas,conceitos si0 formula dos, através da busca das semelhancas ocnltas na diversidade, unifcando realidades jurdieas em wm modelo generico aplick- ‘ela uma mulipicidade de sos, aocmas so agrupadss por um triténo ldgic de conexdo e coerencia entre A matéra soci regia, sobre princpios comuns, que conferem unidade a0 con junto, em geau eescente de eategoris jurcicas, nstleutos judi: fos e ramos do Dureto; constroem se feorasexplicativas ¢ crit: fs, que oferecem subsidios novamente 40 trabalho do legisla: dor. A consrucio juridica se desdobra em construcio técnica € fem construcio ciadora"™ “Toda essa atvidade nio poderia debar de ser extremamen- te vallosa para o cescimento do conhecimentojurlco, para 46 ce cau DU PASQUIER, op. ct pp. 167/172. Epeicamente sobre ‘nit de conopio telcn de ayrpmnenen sora CARDS NOUCHEYnicakbo ZORAQUIN BECU.iadueo ai Desh Oe ‘ew Er Daenes Ae: Basil Peo 197 pen 67s ‘Gitrao do ence RAFAEL ELS coer, SFC orgy eoral Cet 8,961. TH © RADHA, op nls de seus read, plo pps jr, € par 3 “Reem dese estos, no plano da auvidade da criagio e Spcago do Ds” 125. OAURILIO DA LOGICA 2.5.1. MIEICAGAO F DESMTTIFICAGO ‘igumas palavas sobre o ausio da Kigica, ma Ciéaca, es conseqentemtente, na cencia do Direto Process serio eis fara os temas discutidos neste tabalho. Essa uilidade € sali fia tanto em relagio ao prisma pelo qual muitos dos temas so ‘valizados, como para 0 aclaramento de algumas conelus6es, Teforentes no so. eta “tenicaeteora do processo" que agora se cacreve, mas, também, algunas reses douttindias que des pertaram polémicas Tol eorrente, no século passado (€ neste séeulo, ainda se cencoatea esse argumento), a discussio em rorno da afirmagio de {que aapliacio do Direito pelo julzresumia-se a um raciocinio “ogistco, em quea fel comparecia como premissa maior, oso Concret como premisss menor ea sentenca como conclisio" someone or des or JO AROS BARDON Sie Sei Ft cents Ba a TRIP ne so Pon ara, 1989, p12 Soe a nade da a ee eigen vc nies Pe espacio tne come: ey ‘ima gene eens Eanes torah ec by 2 tage, Be oe et Fora, 989.9978 36 £compreensivel que, na fala de uma consteugso cientiica mais aprmorada, em uma épocs em que 0 Direto "da apieagtot festava se "reconstruindo’, pela elaboragao de seus concelton, © pensamento juridco, necessitanda de um panto de apoio para explicar 0 procedimento da aplicagi, houvesse recorido 40 silogismo, ‘4s reages 20 silogismo da aplcao vieram,e vieram muito fortes, mas no aracaram 0 ponto que mereia © pronunciamento| ais incisio. Contomaram 0 problema com argumentos sabre a ‘omplexidade dos eaos concretos, x iberdade da iterpretagto do ji, op implicit na aplicagio pela ecotha da norma aplicives, A questo axoldgic que permeia odo ods”. (0 “sllogismo da aplicagio” podria ter tdo seu golpe de imisercéedia com © unio da propria gia, No porque fesse verdadezo ou fas, corto ou incoreet, provével cx improv vel, conveniente ou inconvenient, mas simplesmente pore ra logicamente inlével. Nao hava, na verdad, sequet siogi ‘m0, no modelo proposto, porque no havia como se estabelecer| 1s premissi para a inferéncia da cosclusto,j4 que no seria ab quo ems me nn ge SOE Ste lpr ain Res Napolion jgn's nos fous, prea pte de no obra Mbode at See arta ee eee em ae Reeling meee an eit Beit eo oman tierercno as Hcp ary Noes rege cst anspor tr nos paar rom Ta dbo cae Slama eceeeem earns Ce er Gefen te rene ae rite tten “© ‘SMgumenson came are GONG, oh Cope fo MapoNOS PO ‘Shree ngs ap ieperonnes 37 OogonDDDOOCOOUUeOeagobuUDvUOODNQOHDOODOOYN: sVVLOCVOVVVVVVVUUE VUGOUVOGUSOGOOU possi fos juizos. Nos tes juizs, "a let € a premissa maior, "0 caso foncreto € a premissa menor” e a sentenga €« conciosio", no Ind meio de se lentifear onde esté 0 termo maior e 0 tera menor. F essa kdenicacio seria de absolut necessidade para modelo de raciocnio que se postulava, pois 0 term maior € 0 termo predicado da conclusto, ea peemissa maior deve conto; © termo menor € 0 term sujeto da conclusio, e 4 premisea ‘menor deve conté-o, Nio ha como se identifica, 4guainente, © termo médio, que no aparece a conelusio, mas comparece mas remiss, Apenss depos de proferda a sentensa, seria possivel ‘acoatrar as proposes que Ihe teriam serido de base, mas Info antes. Palo modelo do silogismo, poderseia pensar em ‘estranhos aranjos eestrahas seriam as conclusoes eles infer as, i elaro que aio se nega que o “argumento’, no sentido ‘stro da Koga, como cadelas de proposigoes,estruturadas em premissase conclusdes, possa aus os fundamentos da dec ‘So judicial, mas nfo'se pode (por pura imposibilidade logic) conceber a ensténcia de um silgismo naquele modelo proposto para se inferira sentenca De qualquer forma, dentre as consequncias provocadas pelo “slloismo da aplicagao" houre uma especaimentecridente fem diversos eampos do Direito: um certo, ow acento, ango Slirigido contra a logics, Era natural e nto a6 a doutrina do to olhou a kigic de ves Se se meditar, por exemplo, na giea de Port Royal, que ‘ensina” condutas © que compos 2 formacio cultural de antos nomes iustres por longo tempo, | 1 fungio que Ie foi atribuida de "arte de pensar’ la deveria parecer come algo aeerador. ‘A ligica passou, no Dieto, por um cxvo ideologico, para ser julgada e condenada a ser excluida, ou quando nada, er relegada a permanecer i margem de uma cigncia que se propos 4 teahalhar com as coisas humanas, sob uma pesspectva hua: 38 a, eno sob aquela ria argumentacto gerada nos gabinetes da Mas algo muda em nossotempo. Comega-s adescobrir que 4 logica pode ser ura cola que nio comandos para 0 pensi- mento para a conduta ou pisto para uma rao vital, de que fala ORTEGA Y GASSET®, ou camisacleforga para o Diteto. Emer oinventiio do que mudou exigria um incomensurk- vel esforgo. Mas podem ser apontados alguns {tose conquists, ‘que sjudaram a desmitificaro mito sobre as les do pensamento, ddaverdad e da conduta e tornaralopica uma allada na verifies ‘oe na corregio dos temas de qualquer argumento da céncl, 2.5.2. UM INSTRUMENTO PARA UM RACIOCINIO ‘Alogicapassou peas vicissitudes histeicas que toda citncia cexperimenta em seu processo da construgio, "De Anstteles Bertrand Russell! sobre ela se ormaram grandes sistemas que foram tateando caminhos, em um processo muito humano, que a busca do conhecimento, TROBERT BLANCHE, em "Histria da Logica de Assttcles & Bertrand Russell faz 0 levantamento desses sistemas utilizando © eritrio temporal como metodologia da exposigio, para pene trac nas especificidades de cada um, comerando pelos precurso- 13 da Logica, dos chamados pré-socrticos 3 dialtea de Plato, «© prosseguindo pela Logica arstottica, pela Logica dos estSicon, pela Logica medieval, pela chamada"loglea de Post Royal™, pela logiaclissic,inictada por LEIBNIZ, pela liga moderna, euja constucio comeca na segunda metade do seeulo XIX, pel ogi 50 JOSE ONTEGA ¥ GASSET-Ongem « Stog da Flow de Le {eunigeon Ne de eo Ls eesonceano, 8 51 € pare otto da oes de ROBERT BLANCHE que er tide 2 3» tics, da primeira mete do século XX, que pretendia compreen- der, com essa denoinacio, logic algoritmic, a logic simbo- lick © logics matemitica e pela logica contemporines, que, "agora que a nova Logica se substiwiysufcientemente A antiga para que a confusto ji nao sejapossvel™, volta antiga deno- Ininagio de ligica formal, ov simplesmente lgica, englobando as Logica paraelas que renovam e alargim antgos sistemas, até 4 paroles, que se prope como uma linguagem da logic. ’ logic, seferida nos préximos epics, € a lgica formal contemporinea, mas miizdo que o nome, €convenienteesclare- ‘ceralguns dos pontes por ea estabelecidos. 11a nto 6, nem uma "arte de pensar’, nem uma ciéncia normativa™ Nio tem qualquer pretensso de extabelecer ou de recolher as "les do pensamento.O peasamento, como proces ‘So mental a pacologia jo revelou, © utizou tal achado para construe 0 método da live associagio, pole passir por mov imentos bastante complexos, nem sempre sujeitos 2 descrgio, ‘que nto se submetem les Hla ado & também, uma eiénea do raciocini®, porque este pode se formar por itrincadss vas, 80 lcancadas por citérios objetivos de descricio. "2 Alopica preocupa-s apenas com 0 aciocinio, que uma “spécic de pensamento.em que se inferem ou se dervam conc bes a partir de premissas, entzetanto, nao para estabeecer leis para seu desenvolvimento, mas to-somente para verifcar @ coe eco do resultado ji completado™, Prope, assim, "a estabe Tecer © enunciar expliciamente as leis da deducio, apresenta 5S CL ROBERT BLANCHE iad Lica de rites a Besta Rs ‘Sina de sna Mo Rtletsbon Eales wt 300 ‘Rods fancio El Foemse, BOI, Sel pO eS = 16 CL MING M. COM -Insodugo aL, Td, de aro Cava. 2 ShoPhao: eseeJou 17m 6 2 | ' | | I ddo-as clas propriss soba forma de uma teoria dedutivaaxiomati- wa 3. Agia no pretende estabeleerentrios de verdade ou falsdade sobre © contetido das proposes, enquanto simples fenuncaclos ou juzos. Ess podem ser verdadeiras ou falas, ‘mas sio afiemagbes ou negagdes que podem ser formuladas Sobre qualquer tema, sobre qualquer campo do conheciment0, apenas a cléncia do respectivo dominio compete o controle de Sh verdade ou falsidade. A Iogica no pretende ser onisciene, também o problema da enunciado vari, pel critéio daexistén- Ga, € deixado a clgncin, Ji nto se repudia a tautologa, porque 0 ‘que € evidente em um campo do eoahecimento pode mio 0 set moult, 80 vale wmbém para um campo, quanto a temas diferentes. “1 Os critérios de verdade € falsidade ineressam 4 gies apenas na estrutura formal das proposigbes, por iso podese falar nio em “enunciadosfalsos’, mas.em alsos enunciados” em sun estrus, © quando ests so tatados como propesicoes da dedugio.Asverdades da logic sto formals, porque referidas nio 30 contedido das peoposigoes masa elas na estrutura do argu ‘mento, como wm sistema proposicional de premissas © concls- Ses. Por i650, no argumento dedutvo, 0 valor de verdade € falsidade € substtuido pelos predicados de "vaidade e invalid de’, pela Forma de relagdes entre proposicbés que sto premis sas © proposigoes que sto conclusoes. 5-0 processo deifertncia émo ince sobre a relagio dos ‘teemos de um juizo, nos moldes da antiga gia formal, mas se S57 Ci RONERT BLANCHE op 348, 1 arcane sco pce eth ua, a ra SEIS coin pce cote lope etese gonna, om ANT on sooo foe toe pasenires © Sng co ‘spond ar cxegctn dr alae, plcinde crite (CF Cees (sane Puno ae enueis it or Secs © em Pesce a COOCOCO OE SOOCOCOOLEGLLOLOOOLOOLODONK: VOLLOOLHVVVVVVUVUI Sooo OUULLOULSOEGHUUE ddesenvolve em uma relagio que se di entre classes de objetos, oargumento”. ‘6.0 argumento dedutivo tem como ponto de partida uma premissa (uma proposigio que seri ueada como base paca Se {nferic uma conclesi). Essa premissa & um juizo ou uma propo ico, em uma posico de rela, e deve conteros elementos do Julzo:S (sujeto) -eSpla P= (predicate). 7. Uma premisst € uma proposigio nto islada, mas cela: re ee SRE Shasta cine Gi Houce ata enantio aoa Peed Ener ciprumneear a ena Eeoee ea anes meet eae Sentra smmereentioetinee ere eed Soe cae eee Eee snen yc emeenee So chmmmureyshntaarenae as Schrott as wansaratiayan Seeeece omentum earsearernae moeinecamucr sunnah mio thi bee fincate samira Eoctanieasame eames Eoin adpaitatencmeers ters {9 "Aesuur nen da open és jc amos de mueeo {ists nora nase eon de gio Cages bub deum sgumeno eos dm eter compan ceases ‘Ros ropes de do sor pone ROERT BL 2 cionada, Nenhuma proposigio tomada isoladamente € um premissa Tambem a conclusto € uma proposig20, mas nao so {, poraue nenhum juz tomado ioladamene € uma conc ‘io! 8. Oargumentoé um grupo de proposigbes dentto d cstrutura, em que a proposigoes 520 premissas ou conclusoes (G argumenta dedutivo pretende acerteza de uma conclusio, © fargumenta indutivo pretende ofececer apenas uma pro- babildade d aliemagio da conclusio® 9. Adedugio se faz entre clases, ue & apenas uma colegio de objetos que possuem algumas carateristeas especifias €O- mons. 0 que € necessério na Klentifcagio dos objetos para innegrilos a uma classe € que comparthem de caractersteas, ‘qualdades, determinagoesespecifias. Assim como o problema de propasigio vazia € debado & cgncia de cada campo do co- fahecimento, le da impleagfo, que rege a relagio de inclusio Entre clases, alo se detem mais sobre 0 problema das classes ‘sais? mas Ince apenas sobre 0 modelo formal da incluso. cx mANGM. COR, op. ep 2. 6 CIRANG COM, op. tp 2339. (2 ROMERT BLANCHE mote come aac de FREGE que € consi 0 ‘Sadr ds opcs moderne BERTHARD RUSSELL Sey prande sro ‘fn pers cosy tn tr co elena Cnc va "be [itipominse lo Spx; de uo anes pa onc na. Um Doce gmc ody vera pe a [Cpa spam mim una premio purs pees ope Se ‘Sngegse cone prembns”"tac, Cana 2 Jourdan, 110. 8O- [SizngS, rs pe, ato por BLANCHE) Cl ope ps0 A ice taper neon Mmm dna orci” (SSH Lior pooped apr, ‘retmpé 951, pp. 296 caso por BLING tm ope POD. ‘iti quent ene es um gatas ge, gu supe sa modo ‘ie lg or eu erage tan edad extn 90 ‘Ste enum inn oma ne cdocs poe acing epacovempoct cera wate oa “8 10. Uma classe pode ser inluida numa casse mais yas, segundo determinadascaracterstins de que compartilham. mas pode também pertencer a uma outa clase, cle elementos dife- fentes, quando uma caraceristca € tomas como torsidade desea Outra classe, e a clase includ posse tl earacteristica na ‘sua indvialidade propria. Mas deve aver uma hierarquia das lasses para a validade da inclusio, A classe 4 que pertence 0 Individuo deve ser de tipo imediasamente superior ac seu" ‘A preocupacio com 0 levantamento desses der t6picos, ‘xcofhidos denre as congulstas que a logicaaleangou, em seu desenvolvimento, teve em mira os temas que serio discutidos adiante e obedeceu apenas a uin propésite.o de “explicitar 0 implicit’ em ruzao da muliphiidade dos sistemas de ligica que ‘convivem no tempo presente. Como diz BLANCHE, lgiea tem 2 obrigigio de esclaecer 0 implicito’*. Houve uma Epoca em ‘que se dizi que ‘a clareza 2 eortesia do genic’, brocardo que legitimava as obscuridaes dos génios. Os génios podem ser como quiserem, obscuros 08 casos, asin coma 0 priprio pen samento que, em sua iberdade de expressto, escolle livemente a forma de se exprimir. Masa clareza nunca prejudica a enc, © 0 esforgo para se obtéla sempre pode fesular em algum Denefiio para seu desenvolvimento, ro gc" de ge quit oY plane’ de Ril on rouecenes in a ‘erenes, ¢ exemaliicatn por SLANCHL com 3 dame da da, ue rts fi nr dor meso wm ase on po ¢ wa {4 CNOMERT BLANCHE op. ck 287, 9304 no eam wed sel ave ech Conn th os tp ms 4 ‘capiruLo mt CIENCIA DO DIREITO PROCESSUAL E TECNICA PROCESSUAL 3.1, A CIENCIA DO DIREITO PROCESSUAL E SEU OBJETO ‘Nos sistemas juridicos que slang cert grav de raco- ralidade, 2 aplieagio do Disco € eeerda a enteios obj mente defnidoseJelimiades pels norms nteprantes do pr Pe O als alto grau de racionalidade atingide pelos ordena- mentor juriicoscontemporncos, se sequin aconguisa ds {rani constciona Imports na superago do erro de pelo dx jusiga do tipo somo, ispiada aperas ra ‘Mbecoria no equlcio ¢ ns paldades india o jul ‘or ov na scntlidade exremada do jul, sinboiata pelo ‘Tenomeno Magaaud™ Ese ceo € substitute por Uma (6 Le phinomine Megan expres de OENY, quando, sepa Sees ae mite eapepe plo J npn, oe ‘cry. cae decbes we elcbasem feo slebzaem como fe on age 4s OOS OOCOOOOOLLELEEEEEEUOCESCOOLELLEL: VUYECUGLOUSSSOUGSSEUOULV0SS9OUVUUUUUI ene deat do dso qu e vin elementos nox tion a uma srtars nora que posi aos ene for da socedade, que 140 Jeo, cntirem com mem segura, 0 process, due cia perancum flr ots de intlgencia, cultura serbia volves, que exam ante de um lz que no tea si aracado Com os meson predeados ‘aplicgt do Diteo pelo Poder Judi, que, em fs do século pasado, desprtow na tora do Dro ut inenso intrese em tnd a gue do fie, de sat miso de eo clveres perane let injta, pst, tbc po suse de raconalizago, no plano do Det potutoe da outing que sobre cle se desenvolvia. poss 7 ‘Acfencia do Diet Procesnal tee como qualquer sca, sa fase de consusio, que Ihe permis desenwole uss tent <8 para investiga ose objeto, consteldo plas notes ue ‘npanizam edispnas 3 propia nia de apiasto do Dek {© pelo stado, ates don Oo jus. ‘Scbre esa realidad norma, daa plas le qu organ 2am dsiplinam aura eo insumento desu mane S40, © DreitoFrocsoual ~ enquanta inci, ma aepyio de Hidade que predur conecimemo — tralia, abe eee tence sila pono decay genom, Sacre semelhangas no apatentes em seu cimpo de mesg, de. Senvolve su tei de aconaliago, de consttucio fein, no ‘mesmo conjunto, norms, plon cites spin da concaso da mati, ciando, asin, categoras Inston juries, ‘npc parts esses dados, os campos de seu desdobra. Monat for recieves Luge steer gna (390) © ts Horo gee Pe Seanad (on, Co tren ode gas eect ‘eeepra coat pm som rsa no cm adore lpi hrdigne owe harps Pas Dalog WS pee 46 mento que pocem, sob oaspecto diditico-metodologico, const tuirse em novas dsciplinas autonomss. ‘Na teflexo sobre a Ciencia €2 Técnica do Proceso, convém ‘elembrar com EDUARDO J. COUTURE, que "a Géneia do proceso flo € 96 4 céncia das peagbes, das prov, das apelagies, das texccusies, das formas € dos prazos. Seria dill constuit uma ‘encin de confecimento do real, com validade univers, servindo= Ss, apenas, deses elementos Antes, porém, de chegar a cles, a ‘dada do proceso necesita assent ma série de proposigoes de Conteido real © lgltimidade universal, independentemente de tempo e de expaco, sem as quis 0 abjeto da cca — 0 processo ‘ino pode se concebido, nem chegara ser realizado. 3.2 A NECESSIDADE DA DISTINGAO ENTRE ‘ACHENCIA E SEU ORJETO ‘Como a expressio “direito processual’ éutilizada para de- signar mais de im objeto, sendo empregida para denotar tanto ta cléncis, of seja, uma atvidade de conhecimento ou um Conhecimento organizado, quanto para designar 0 propio com- Plexo normativo que constitu! o seu objeto, surgem alguns pro- blemas no seu uso. ‘© Diceito Processual, no sentido de eiénca, enquanto con: junto de conhecimentos, organizado como disciplina, no sent Xo didatico- metodologico, que seinsere entre outras disciplins ‘lassiflerdas no campo do Diesto Pablio, nao "govern a tiv dade jurisdicional’, eno via Gegiosjursdicionas’, no ex fu regula o excreicio dos més jurdicos que tornam efetvo todo o ordenamento jurdico™, porque a cigncia,considerada 66 of EDUARDO J. COUTURE. nerpecaco da xo Mewes, Trae aspis? © ns Se Anbu CaRLOs BE AttTO CIN ADA PELLEGR ” ‘como aividade de conhecimento, ou considerada como conjun- ‘tw organizado de conhecimentos, no tem es fino, Considerado como complexo de normas, dbjeto 60 ¢o- inhecimento da eiéncia que dele se ocupa, 0 Diteto Processual fem a funco cradoca que toda norma poss, no sentido de Conferie significado jurcico a determinadas situaoes produ: das por fos ests que recebem a valoracio normativa 33. A NORMA PROCESSUAL As norma juridias so clasificadas com base em diversos ‘atérios, que permitem sejam recolhidas esistematizadas, den tee outs, os referents sun forma de produsio, a seu émbito de validade, a seu gras de obrigatoriedace,& garantia de sua cexigbilidade,& matéria pore regulamentada, ao objeto de sua Aiseiplina, 2 sua posicio na hierarquia do sistema normativo. “Tomando 0 objeto de sua regulamentacio como ponto de referencia, a doutina desdobra om critérios de clasifieagio pela pluralidade da mata disciplinada. Nesse sentido fala em nor. nas de dieito materia, ou substancal, c em normas de Dire Processual. Relacionando as dss categorise, com Base em cite fos ditos de complementagio, denomina as normas de dieito material como normas substantvas, norms prinirias, norma de primeiro gra, © as normas processuais normas secundirss, ‘hormas de segundo grav, norms insermentais. interessante verifiar que as teorias,embora ullzando a mesma denominacio, nem sempre falam 4 mesma linguagem sobre essa clssfcagio. alguns autores invertem a posigio das fnoemas, deatzo do quadeo defnido pelo eriterio, e denominam fnoemas de primeiro gra, noemas primaria, as normas proces: LGRINOVER ¢CARDIDO R DINAMARCO Teo Ge do Proce, ‘evens aE Res don Toba 98 Pa “8 sais © reservam a qualificagio de noemas Secunda, cle 8 undo gra, 3s normas materia E, anda, oportuno resaltar que as dus categorias de nor smas si plenas de substineia, de conte, de materia, ssts constatgies aio nficentes par que se dé eario a FAZZAIARI quando afiema que a qualifcagio das notmas eon norma de primeiro grate de segunda grau € meramente con venclonal “Amba discipinam condutas,inserem-se no mesmo ordena mento jurdicoe se complementam mowuamente ‘A distingio entre clas se mantém pelo contesido que com pportam, © nio pela referiblidade a qualquer hierarquia, poe {enquanto as norms materia se destinam a valorar a conduit, vali I ica, tendo como materia as New pono encores EON DUG i tie ea te mee stompraon inn sabe ous gles {inte com condi da mune dsc soe Da {Soforme ep on Sounds to eb as s ‘pete abe quo nso seconerm stn ppoeapercoe ee Sree pe tier rep sar te y cs thee eno sts Ns a aes as Shreparnccunins Mpootonneaneecoucnse rene ee ‘Spey sm esac de pot on ‘Shier eo alae os decboes A rep consis Ce some Sigontque att orate for Sr de» ope cence os at acti sync da tone hats NAN ence ee Semen ec a orm roca utan se cic es hc Pleas cases Raaa vs Gone Pans aon Se ‘pea en ges ene for on eds COQCCOLOOCEGOLOLOLLOLOLOOOLOOOLLOLOO: PCUYUUGLE SUSU U EE GU USUUUU SUS UU UU oe 34 ayunspicio (© Estado exerce a funcio jurisdicional, sobre © mesmo fandamento que o legitima a exercer, no quadro de uma ordem Juridica insti, as fengoes legislatva e administrativa, ‘As orden jurdicas contemporaness proclamam que todo poder emana do pow ¢ em seu nome € exereido, que 2 sober: fia pertence a0 powo ou A nagio, O Estado, enquanto repre Ssentante da docedade poliicamente organizada pelo Diseto, assume o poder em nome da nacio, legisla, estatuindo deveres, sarantindo dtetos, ordenando a vida social, administra, gerindo 1 negocios pablioose exerce a funcio jurisdicional, pela qual eage conta cto e promove a ttela de direitos. preciso, entretanto, cess que, nas ordens Juridicas soberanas, ou sea, no Estado de Direito,o poder legitimamente ‘constinudo se exerce nos limites dle, a fungio jurisdicional, ‘que txz implicito 0 poder uno e indivsivel do Estado, que fla pela nag, se exerce em conformidade com as norms GUE ‘sciplinam a jurisdic. “Toda jurisdigio, exereida em qualquer esfera, provém do Estado" — diz NELSON SALDANHA — pelo que "0 propeo pro- blema dos pressupostos processuas, stos sob certo ngulo, os levaraa ese problema: 0 processo existe, com seus elemen tos necessiros, pelo fto de se darem sob a égide do Estado (0X dentro do ordenamento jurdico demarcado pelo Estado) as situagées ¢0s coats que pedem que o processo exists”, ls Soeur 0p, i ' © antigo conceito de Estado foi referido jungto de duas nogGes: status, no sentido original de situagzo, condi, res opulires publica, a coisa publics, que se sintetizram 0 ‘Statuses pblica, em que a sitsacio de organtzasio politich 4a sociedade se coxporifiea no Estado”. As doutrinas conta twalistas, dos séculos XVII € XVIIL, com HOBBES, LOCKE © nuseram 0 estado de "narureza a0 estado "social ou “poliuco’, o direito natural a0 direito positivo civ adquitido —expressoesuilizadas para designer diteito exis. tente no esto ‘socal ou “politica” — na tentaiva de estabe- Tecer um fundamento sacional para o poder. Embora divergin~ do sobre 0 carter social do estado prespolitice, negado por OBBES, com violencia 2 manifesta ¢ latente do bom lupus ‘bomint, © sfirmado por LOCKE e ROUSSEAU, sobre 0 cariter cordial do ser humano, o seu ponto de convergencia seddeu na construcio teérica do “pacto social” Tais dovtrinas so ‘expressies de uma época em que dominava o voluntarismo, © a necessidade de se buscar um fundamento de legitimidade parso poder, sem refer-ioa um dieito alvino”, que permits: se de alguma forma limita, teoncamente, seu exercicio pelo Direit, foi trabalhada sob as eoncepedes disponivels na Epo. ‘ca. Na Epoca contempordnea, surgem vitids teorias sobre © Estado, eu tese di cisto enti Estado e sociedade, cuja forma lagio mais expressiva € devida a MARX — 0 Estado sendo coneebido como instrumento de opressio da classe Jominat te —, tem recebido virias analises da Ciencia Politica ¢ da Sociologia Juridica, Uma delas tem se desenvolvide sobre 0 conceito dé racionalidade do Estado contemporined, baseada ta legtimagio pelo peocedimento em detrimento da comple. xidade social, o que earacterizariaa crise resultante da conte posicio entre a superlegalidade politica ea legalidade consti. ‘Ee Prmoaie Gt 1Nenone Rt Coch oe! Sas 3 tuciona. 0 dimensionamento da “ers 10 a concepsto dt “Semocraci como eager iberdade que moan ape ines mantesagio de confios som se expan na reflec Junie ee vob eae enfaqu gue a 18a do comatose Essenvoteu como clemente fundamental do conceho. Je ‘On és enfoques mencionados, refers moments hi sores sno, foram coos para demon qbe 4 que {toda lgumidade do poder pote ser conempads 206 prisms ditrenes. Enea, quar gue poms ser an oi Je Senvoids sobre o Fata, dient srt poanel cone Sma angio arsdional ainda que se madi a formlagecs {Shee ow motel insrumenais de sul auagto. Ba fang jnnsciconal no fstdo comemporinen, no €apcnas expres fo de um poder mss & ante digit © dsipinada pla oom rc, ‘No que ein de epee a fing urinal subst a aueodefes eliminando recurso da tort, vnganst priv da repre, Do primtvo toda ego domenen, Eo eato don denes les quando 4 ropes er am dat fous de Obici pars com om Mane, pels igang de sn {ju resid plo membro do it oendn conte qungucr ‘presente Go lt de onde pata a fen, vngangh nee ‘Stag orepouso cana sma as mas ants esque 72 ct cuSTAvO Goz2- to Contempo, n Dison de ein RonsenTo nooo, scala masieuctc Slnrawe) meu, tte camer © Yt, Cacane tn Mon Jo Fee he Semin Ee” 5p wo. 11. Jost EDUARDO FARIA Saco Jr Cee do dt € pas pric to dee 88 ovens, 194, P3658 7G FTE, DE COULANGE A ibe Ap, Tn de om ame Finis suber unescedees soothe, erraka do pace dt Feito aESEN Fes uno Duc, pps hoje sto conhecidas as da Cidade-Reino de Esbmunma,tombado s0b 0 exército de Hammurabi, 0 Estado fi se organizando, Jurdicamente, © avocando, progressvamente, a repressao dos 50s repudiados pelo grupo social. Dntre as fotuagbes histor ‘as da racionalidad e da irscionilidade de que fala WEBER, | ‘Estado organizou sua funcdo jursdicional dirigila a dat resp tas sociedad sobre as condutas valordas negativamente, que serlam qualficadas de cits, e, em consequéncia, assum tutela dos direitos da sociedade. "Diretor da sociedad” & ‘expresso intencionalménte escolhids, para que nela se intr 42am os direitos individuals ¢ coletvos, em suas varias chs sifeagbes: socials, culturais, econdmicos © politicos. cujo reco "Bhecimento © ampliaio se cserva como uma tendencia commu nas sociedades contemporineas, ascando-se na mesina concepeto de RUDOLF VON JHE- RING, a quem reconhece otulo de Le plus grand jurisconsulte de FAlemagne moderne, segundo qual o Dieito era compento de dois elementos: a egra (Norm) e' realzagio da repre pela forca (Zwang), DUGUTT conclu que. se Esto tem 0 monopo- lo da forca sobre seu recto, nio so reras de dict seni aquelas que tém, ats elas, 2 forga esata O caciter de universalidade da sancio juridea, frente a ‘outros sipos de sancio que estio presentes em outrs formas rormativas, € lapidaemente posto em evidénca por MIGUEL REALE, quando, discorrendo Sobre a puralidade de ordens nor atias, ede ordens juridicas grupelists,exta ou inte estatas, demonstra que se pode escapar is sangoesgrupaisrenuncandos ‘eadioecamentn de BUANUEE BOLEON, Recep tase omemaig Ce cue pbk at Deane bare 33 CODCOHOCOOCOOLVOC ELE OLOLEBE000000L0L00% VUVVGOOIU VNU OUYVEUGULOUGUTUG se aos grupos, mas no se pode renundar ao Estado, porque mesmo ae Se ahndona o fern nacional, Junto 30 Fearne Ste un sede ormas de seu siema ura” onder er spurs on exesos da JouUnas qe conce bene sow coa ania. pos memo nos Itvesgarapense 0 stoma foridico postive, 3m 0 fecuso @ ‘ousor criteios moles” que mio sejum os dele decor temtesconsatrse que ua pluraiade de precio (em eviden- {CSpot da gn enon ar angbcs de moras do sem, tua como init ago {Eosinaivuos c sobresudo, com limited atagio do Poder © Semido logo Jc principio’ —o.que est posto como fanda- remo cline parse crera regen doratocio a0 init me perteiagiene aplicivel a0 Diet, quando se tan de “prince juios’ Os preston consuructonal, ue Se apr Sarum como principio iridicos, alam o stem normativo, impede ot través de pores que com ele possum srPincompntes’ tm dveio conta a findamenton do Sistema, elimi a suagto do poder, pols no Estado fundado Sve 6 Disco, poder ence nom mites determinados Den et, Os prinplos constituonas, mesmo quando dos c- fro nioauteapicives, 1 possicm cfc Intnseca porgve ‘Sbstando a crag de hoards nfaconsttctonls que ‘scomtariem, to permit powam ales e peojear sé Jo ‘Sema urdco, em diego contrarta a cle Pode-e confirma, ands sca instante, a cbservania do Diets sem 4 maiesao da sang, ols M80 se pode Remar 7 6k MGR, MAE tes Psi de it oP, Sa, 7 Nose ep aun oso misono uremamene re PEER br cover an sulenachabo « Drews © Coco, Heo Tsome, 388 que suture de que apn a ado otto tess miro wonopeto So aes emo fore pee ae pode (Eltunwrsnaen unto on oun stn 3 popes 54 efeitos juridicos nas atos licitos cumpridos espontaneamente, |quese desenvolvem ee esgotam sem oapelo a protesio juris ‘onal. F esses, em uma sociedade dotada de cert estabiidade, prevalecem sole as stuagdes de ltigio que, quando nao resol fas na esfera particular, sao levadas a apreciagio do Estado, através da provocacio da fungio jursdicion 'sjucsdigao se organira para a protegio de ditetos © das Lberdades,assequradas na ordem juridica, contra 0 iio, € fet, em qualquer campo do Diteto, € 2 inobservincia da ‘conduta normatiramente valor como devia, caja ocorrencia fa pita, se se admiuia iberdade do reino hustano, nao estard fora da esfera do passive 35. 0 PROCESSO © Direito Processual, como ramo autdnomo do co- nhecimento juridico, desenvolve sua investigacio sobre a norma que ordena e disciplina a jurisdic, a norma que regula 0 fexercicio do Poder Juisdcional,e, por 860, no € raro que se figa que seu objeto € a norma que disciplina o processo. A Jurisdigi, enuento, €organizada para que o Estado, através dos Srios junscicionals, se manifeste em stuagBes que envol ‘vem confit ltgiosos eem situagbes em que, havendo ou no divergeneias, encontrase ausente oligo. Por isso. afimagto de. que o_processo constitu o objeto por exceléncia do estado do Dirito Processual deve ser womada ‘Com certo culdado, pois para se compreender 6 seu alcance ecessirio se entender 0 que se est designanclo como "proces A questio se reveste da maior importincia, por vias 1+ 126es. Primeiro, pode considerarse que vem posta no proprio fordenamento jusiico posit, quando destin sss normas a regerajurisdicio contenciosae voluntri a regulae a proce: dimento comums” 08 "procedimentos especie 0 "proceso" 35 de conhecimento, de execu e cautelar™. Em segulda, obser tasse qe se encontra consolidada,no plano te6rico, a propos fa de um novo tatamento das relagbes entre procedimento € fprocesso, que suscita nova reflexdo sobre seus concelts. Por Fim, a Consttuigho ds Repablea de 5 de outubro de 1988, 20 ftrbwir, no ar 22, item, compeséncia privaiva A Unido part legisla sobre Direito Proceseval, eno art. 24, item XT, comets ‘Ge concorrente™ aos Estados e 20 Diserto Federal, para legslar etn meno era ea crits cori ‘Sotmarnvsveuar o-proceamen oman os procdiment® ep SEES oes Sire evant aer anaes Sarnia een Ae ome eee ieee ioe Peter cmieetoaatn SShimin aeduepeamatoeno o> tang wow ue sn tat © “omprccndcr eplagso exc Federaxio «leila comet nmacsieeeerrcaee esis Em ape scone nde ac ma dh ie iat denon gae noo Boateenenoy acommlenenOS ESSE Stace eS feo toss eae ne ec SLE Sees ties an {ein eqgoande-se, quanto a compettocia privatrae exctusiva, pela deci Sorieainaarae tee ecg ante Sah Seana enon aie Soi pamam eum inden areas SRR Rear oneso cs ins ta ener eae [Peiativa € emumerada como prépria de uma entice com possbilitace Pinieee ektogeeraccun ann 36 sobre "procedimentos em matéria processua" espera um no 10 interesve sobre procedimento © processo como objeto das ‘normas estudadas pelo Direito Proceswl, que ulerapassa 0 car poacadémico, ‘Anote-se que a doutina peocessal brs jé vislumbea, ‘nos arts. 22,1, 24, XL, da Constinuigio da Repablica de 5 de ‘outubro de 1988, dstingio entre “norma processal” c "noma procedimenta™ cumple spin a late de elo pena cee Sex dimiac ry ote en ge ee cn ‘ab dumm wakes cris compesrc iat pose ms SS cents ominivnee, 1 Sonpatici encores pouch ‘Shao ou sme por en dc tra ead ere,» ass {aio eau ng gi de orm gro compen enc Sinan a dae ons sey a ‘eran 2. Gomi de 19, CF JOSE AFONSO DA SNA Car de Dato Conseutoal Rn sio Filo, bora Re don Ts, "990. ppt. 9 aT mer et er ee Sa de 1968 abe dimen pan pr eo de Cos Speen i etter Reitumgeutenmeeacsenits euc egr onctrentancn, sabe "pocedcnnee ct tta rosso Reclama see ov pn Ve pi Sarena tans arin Soa a Sle Cam ty 2 oe abendothes dat our eaprevar © quanto anes, 9 Cedfeasbes Brie aee fe aive cam enmoaee ‘iat Es ADd son CHINOWER © CANDIDO A DIA 37 OCOOCKCOYUDKDOQYUGCOULc YugUQUnuUOOvUOOOHDOBDOKW, VUVEULULOUGOUUUS SOU GVOVVV UNG VVV UE ssa interpretagio s6 poderla se ajustar am contest tet ‘co.em que peocedimentoe process sto tatados como real des independents e distintas. bm uma concepsio de proce mento que comporta © processo, a diferenciagio teorica entre normas de procedimento © normas de processo perde todo 0 significado, mesmo diane das dieposgbes consitucionais refer: 4 competéneia concortente € a materia do Diteto Processual, tenquanto norma que disciplina o proceso furisdicional ‘A norma procesoual € a que disciplina a jurdigio seu instrumento de manifestcio, 0 process, mas a propria exten so do conceito de processo ainda no se esgotou na douttina Eee bie eee ae {hee coabetacreeen center Sala et ig Sane ee? Staotss wocls culeadh reicetticngsn, Seti toler ewes tion Se fatceyccaeptnes betta hemeeeat eee Spence mes ance ee ces regs adi ea cra 38 sees rr irr epraerer eo temereecermeraree THREAT Pan capitulo PROCESSO E PROCEDIMENTO 4 L.PROCESSO E PROCEDINENTO: "MULTIPLICIDADE DB ACEPGOES 4.4. PROCESO (© termo processo é muito rco em acepgbes. £ empregado fa inguagem comm, na linguagem cientifica, na linguagem Bilosstiea © a lingwagem juridica (com maioe Ou menor F180), ‘com uma yariedade 0 grande de sentidos que, quando se pretende darthe uma conotagi especfca, €conveniente deter fminar a acepcio em que € utlizado. ‘Nalinguagem coerente, fal-seiniferentemente em proces: s0 como etapa, como desenvolvimento, como método, como ‘movimento, como transformacio. Na linguagem cietiiea, com suas conotagoes expecteas,o termo €amplamenteutllzado em {qualquer dominio do conhecimento, Pode-se lembrar que, na {nformatica, por exemplo, a ia sugestiva de processo ine- grouse & linguagem dt ciéncia na expressio processumento de ‘adios, como tecnica de tansformagao de dados (nimeros) emt Informagdes, informacdes obsidas de varkveis quanticatvas Ou ‘qualitativas, depois que os dados io organizados, pois os nme 9 10s soznhos nto dizem ada. Frocessamento de dados, proces dor de textos, 0 exemplosfisantes dos mais recentes wos {do vocdbulo, que denotam a intensa carga simbolica sugenida pela palavra process 1a lingtagem flosofica, NICOLA ABBAGNANO registra t1és sentidos para o term: 1."Procedimento, mancica de operae ‘ou de gir’, exemphifcando com exteatos da Sunoma Tocologica de Sto. Tomas de Aquino, "0 Processo de composigio © de esolucio” que indica 0 método que consiste no descer das ‘cusas 0 efeRo, 08 no subig, de novo, do efeto as caus, € "processo 20 infinito” para indicaro subir de novo de wna cas para outta sem parar’ 2. "Transformagio ov desenvolvimento" ‘xcmplificando com WHITEHEAD (Process and Realty, 1929 "Processo da historia, 3. "Uma concatenagio qualquer s' exemplificando com expresses de campos cienticos Processo de digestio’ "Processo quimico' Em LALANDE, 0 vocibulo ¢ regitrado signiicando: Suite de phnomenes présentant une cetaine unite ou se reprodui- fant avec une certainerégulart0®. Fm meio is varies da acepgto do term, pode-te peree- ber uma constant implicita em seu sentido: de movimento & (Que vida, a vealidade, a experiéneia humana, a pabsbes, fs seatimentos e, também, 0 conhecimento, enfim, tudo que pertence a este mundo sublunas™, possuam seus processos", no 3 ANDRE LALANDE. Yalan Tei of Cag de Posh, | Leman a so espace qu v2 randoms 00 © ‘omens (como posse getto een, ae de pense © SS pomnde seb otro enon eo o | roe sentido de movimento, de desenvolvimento e de transformacio, jo havia percebida HERACLITO —‘rado Mi, "ninguem se Dbanha duas vezes no mesmo rio, e, na flosofia moderna, €| Ail imaginar que algum pensidor 9 tenha exposto com maior fardor do que HEGEL" "No Direto, palaera ests tambsém sxpregnada dessesimbo- liemo, mesmo quand tecaicamente enprega, embora se uso indferenciado, em diversifcadassituagies, a tenia tornado ue dos ermos mais equivocos do campo jrideo. 4.12, PROCEDIMENTO {plas proceiment, na lingam comm, assume fe quentementeo mesmo seni regitado por ABBAGRANO na Primes acepgio do termo proceso, "maneina de opest ou de aa : Tm geal, a dutta do Dito Proce elembra aor gem cimolica do termo precedent “procedes ‘segulseguirem rene, para dela fer devva a pal SF com lgnio sentido cuinologio. Eaquecese, etreano, deindicarum outro significado que cumolopeamento ocibu ‘Sp coment de te solos mots pa RERACATO, abe ‘dics MieT2ctiee HEIDEGGER “ov Mésocsacos —Feapme ‘ty, Dovopala «Comers eae dete emperato J Po ont chelagedeSou 3 oP sa aa 1978 921 ‘retest Fenomenolop do fps, ins retreat bic em pets cnne arta fate Lena rns ots ia 197, pn Cr ANOLDO PIO CONGR! ‘iS tour Ometip, n Niuress rn ecole Pra ‘Funo de Cxanta Por Tega de Sergent, 177 Cee ‘SeDowornen 9p 30% pansocne ps. a COC QOCOOOSOOLOUOLELCOLELOOLODOONON0KUK OVOVOS99 VU uN oe (ererererererexererexerexerelozers to proceimento comport « cm senile prbprio mesmo, nao apenas iguado,exraido de THTO LIMO, © ada hoje to co. ‘mum em nossa lingua, quando se ust 0 verbo proceder como trast indeo (to proceed) ©, enor orton Is cngens das palais nem sempre sue oactaramento de com, tein, a retomada do tema, pelo sentido de dervagio, com Preendido no temo procdiatento, pode serra de guna sida No nim, procrsus, 1m, €parcpio pasado de proce do, e proenan, sun € ubstantnd A engem de procera & fowao, do verbo procedo, ora -eet ctu ue soe dots sentidos propose lgune sentido hgursdes. © prime sco prop a por CESAK (De el Galt) eC 9 Tusulana) coresponde a wangarslongarsc osgundo usalo por TITO LIVIO,veereae s prolongar, continu Na tesa raz, bi, lt, 0 verbo prostate arena, -fenttum, com 0 saido propio de prolong args ene tendo, gra asam empregato pox CICERO (De Deaton), auto prgatus, 0m, como seni proprio deseo de, descendente dé, como utilizado por HORACIO (Sétiras)*”. rocede sea lembranga pode ser de alguma ulidade no tstamento ‘dos novos conceton que serdo examinados, 4.2.PROCEDIMENTO E PROCESSO: DDUAS TENDENCIAS TEORICAS DISTINTAS ‘A postra da doutrina contemporinea sobre 0 moslo de se compreender o procedimento € 0 processo, sobre os citxios| ‘que devem ser ulizades para a conceitagio de cada um deles, a sobrea relagn que pode entree, bisa para adogéo {todo um quae concept, um stead eneetos, ue Sern como istumental toi prs tatamento do proces 4s ous pura, undo poe nant srr siedanate campo to person rca oder br, nda, deignadas genercamente como "doutia’, mas a es ‘wesso se sons un determinado qualifentvo, que ssh 8 Shute pela qual se reconhecem o fundamentos que Sendo por as comuinados sustensm deen consragoes cries {cum dado ema, ese poe como objeto do conbecimento As “irene mtrnas que apesetem a ser importantes part Impedt seu receimentodento de a mesma tendéaca Je Pe nese sentido que se pode falar na existéncia, no campo do Duet Process, de dune tendencias dsnes, fracas Sobre dos fundamentor teonos diferentes, cada uma dels Teabathando com base em ses concelton suas defines, us aera su stun As disenci d quto ene epsto que % aote sabre procedinientoe sobre processo, por stabelecer todo um sistema de oncetos de que-o Dirlto Procesual necesita para suxs cons: ‘rugbesjuridias. SiN desenvolvimento do DititoProcessual Civil como cién- cia aurdnoma, doutrina, sob a ialuéncia de BULOW, reagiu Conte a posture wadicional de séculos pastas, que absorvia 0 Drocesso no procedimento e considera este como mera suces- ‘io de atos que compunham 0 rio da aplicacio judicial do ‘iteto. Em progresivos passos, buscou estabelecer a distincao 6 nice process € protedimenta,¢ encoetrou, em ritériosteleo- Togas, a base da diferenciacio, Se sua distingio perdurov por mult tempo de forma quase soberana, ate que comecou 4 despontar, dentro da doutrina, Jima outra proposta pela qual era possivel se considerar as relax bes entre pracedimento processo. Em movimentos concer. entes a desenvolvimento de ideas, flar-se em pioneirismos € igo bastante ariscado, mesmo porque, como ocorre em geral, fs ideing que conduzem 4 mudangas sio latentes nos sistemas frecedentes,¢, ademas, nto s¢ fer um levamtamentohist6rico Com esse objetivo. Mas dente os autores mais dnulgados, pode ‘encontear em REDENTL um esforgo bem conduzido em dre {Gio a cout nova visuslizacio do procedimento © do processo,€ ‘Sm FAZZALARI sistema aperfelgoado dessa nova postura 42.1, PROCEDIMENTO E PROCESSO: “A DISTINGAO BASEADA EM CRITERIO "TELEOLOGICO" Ania doutiniria que separa 0 procedimento do proceso firmouse sabre o entero tleologico, pelo qual se ati inal dates ao processoe se considera 0 procedmiento dels desi fo. Nela, 0 procedimento¢ ‘puramente formal’, algo que tanto fpade ser uma tecnica coma os atos de uma téenica, como a Sreenagio de uma técnica, enfim, separ-se do processo como ici impregnada de fnaidades por ser esranho a qualquer teleologa”. ee eer Ss pec AC SOR Serie Semeeacites ste So pee So i mere REE rac sm man “ ssa posigio predomins na doutrina procesual brasileira ‘contemporaine, em que.o procedimento comparece como tn ‘2 que "discipiaa, organiza ou ordena em sucessio Tégica 0 proceso” téenica de “onlenagio eraionalzagio da aude ea ser desenvolvia’(.) "ora imposta a0 fendmeno proces sual. A doutrina pita, em sua expressio mais jovem e bri- Thane, apeofundou'o conceito do. procedimento como "eo cextrinseco” de desenvolvimento do processo, meio pelo qual a igh tose formulas da ordem legal do processo", até ‘eduzilo a manifestagio exterior do proceso, "gua realidade enomenologica percepeivel™. 42:2 fay 1/215 im contrapesicio, 20 processo € abu naureza leat sic, ‘nee se caractriza sua finalidade de exercicio do poder" como ‘instrumento através do qual a junédigio opera (instru ‘mento par a positvagio do poder) ‘Adistinclo pelo eritério teleolgio propicia 20 processo a abertra de um leque de fnalidades™, dente as quais a auagio fo dizeito, mas suscit, dente outeas questdes, um problema para © qual nio se encontra resposta adequada. & que, se 0 io, epost sun cba Poe, aocmponten, Pp 1279 0 WRLLYGTON HRI miECTEL Comercio 0 Cin de eso ht 2d So al Bein de Puna 97, 9 92 aeronto CARLOS DE ABAJO CINTRA ADA PELLEGRINI GRUNOVER | ANTON CAMS Be AO CNT ADK PLECHNYGRNOVER 4 cL CANDIDO f.DINAMARCO = Insumeniae do Proceso, 2 95 086 CARLOS AARNOSA MOREIRA cfs Fates que io 0 “s COCOCOCOSOOCOCORLEOCOKEOLUELOOD0000000% OVVLLULULUUOVODSSTSVVVIVDIV VV VV procetimento se constitul em meio ecesstio, (pois nfo se boliu, ainda, 2 necessidade da existéncia do procediento), para a existéncia, ou 0 desenvolvimento, ou a ordenagio, JO process, tem, enti, o cariter teleologico que toda tenict fnxeinsecamente comport, como meio idéneo para ating fe lidades. Mesmo coasiderado como série de aos, como forma de ‘rsdenagio, como meio de se estamparem os atos do process, procedimento estar impregnado de sentido teleolgco, por ‘ques finalidade,j expla em sua funcionalidade, so pode. laser negada 422.4 mse DA DismyGio ‘PELO CRITERIO TELEOLOGICO As reagies contra as posigies tradicionais do século pas- sao gerarant miliplos resultados e um dels fol o esigma que Seabateu solve o procedimento. ‘Se. proceditiento envolvera 0 processo, a ponto de delut fomamera sucesso de atos, a aco vio to forte que provacout & postura doutinénaexatamente em polo contro. Adowtring processual madera, em sus larga maiora dit 0 procedimen: fo no processo. 0 processo absorveu-o e anulow sta importan- io obstane, essa postura nfo supers o quadro do século pasado, pois continua operando dent dele, emboranela se note a inteqrasid de varios conceltos renovados, que fazem Pensa em um pussoensaindo para um nove itinerisio, que ainda iio se completou. Mesmo teszendo latentes ss inovagoes da construgio uriica que se feelaboraram na shimas decadss, fest linha doutrndria wats 0 processo com apelo a uma catego. ‘a conceltual do século passado, a da relagio jeri, que ‘passou por graves cries na teora do Dieito e que é absolute ‘cate ImpiGpra par explicar as poses que assumem os Sujites envovidos no process, 42:3 PROCEDIUENTO E PROCESSO Ub7Ds S08 CA PERSPECTIVA LOGICA A cxosio dos conestos de procedimento «de proceso, como se pre a expo dos fe anteriores, nove orem {to liner a or bata ssomelnd ua iti de ‘pookio em que wamtteese leven conta ee para cg Mtge ncn o momento da sinae que aber a afemagcs he negagbes em anova eae ‘Gino anil E110 FAZZALARI™,o desenvovimento dos contomos ds ois istiiten «© proprio ‘empress apropiado ‘ox dow tcrmoe tarda muito™"O concede proxedmenta tmudonscompankando o Jsenvovineno dareaidade aon. ts do Diet postive, eno por aco que at maires ‘onium aleragio, iam do campo do Dirito ‘Admini gue in se neptarjstamente no modelo de proceso, busca nos dominos sequenci {um novo conceito de procedimento, os processualistas no aproveitaram essa contebuigio para a conceiuacio do processo « necesstando de um suporte toric para defino, prenderan- ‘se ao ansigo modelo da relagiojuridica processual”™ Este "velho {antigo cliché pandectista’, na exprestdo de FAZZALARI, teria Impezado, ainda, conforme expoe ele, em alguns decénios deste secur Entretanto, nio se pode tata a questdo no passado, como © faz FAZZAIAR, porque a relacio juridiea ainda precomina, ina appt com aun ani sober se fd 9 CBO rzzaLA- aon! Divito Poeun, gun tons Fado Cet ha ae ot noi ns 80, 723 97 COPAZZALAR op, e727 o elo critrio Kigco as caraceristicas do procedimento edo proceso no devem scr investaas em faza0 de elementos Trnaliscos, mas devem see buscadas dentro do proprio sistema jurtico que os dscipina 0 asta novmatvo revel que, mes que ‘isingio ht ere eles uma eclagto de incluso, promgueo process € una epi do gEneo procediment¢ poe ser dele separado € por wna dferenca especiich_uma, froprcdade que posal equ o torn, eno distin, a mesma Sea em que pide hier dingo entre geno e especie. A> Aiterengreapectncrenze 0 procedimento em ge que poe ou sos dense como ron, ¢o pent aie € jocesso, €# presnga neste do elemento que 0 especie: 0. [omeaaitorio/ process € um procedmeno, ras io qua tur prosedinent:€ 0 proceditento de que partiipam aaue- 1G ue sto interensadon no af Bra, de caries imperatvo, po ‘ce preparado, as nio apenas partcipam, participa de uma fora copctaem contadtrio ene ees, porque seu ines: Scoem elagio ao sto nalsio opostos. Tes evident que essa concepiio Wabi com un novo conceito de procedimento dele extal un novo conceto de Pron se conch exe pico, ao se pode dear de registrar as pulavas dinigidas por FAZZAIAM 3 propria cic do Direio Frocessual, ante a consatagi de am fitoqueos processalstas de ambas as correntes fa pereberam, oda crescete tendéncla {a sotedade contempordnen para resoer suas quests (85 {fuacstiones}adotando 9 modelo do proceso, com o contd Teno qu oeapectics: “insommna, la nostra eva assist alla difustone del processo in tut ksettortdellordinamiento,spe- te, per cost dire, in qual pi cas eH futuro ne Jar sontive maggiormente 1! bisogno. Rimane, per ‘i, compito della dattrina approfondivee perfeci~ nave + modull processualt (c10 dt partecipazione i } dogs interessat, tn contradditora, alter al for: ‘masione di un aio), enucloare prinip, ofr cbt {fall ogg od a cbt deve applicarte™ A doutrina do Direto Procesual, por ert, no ecusar 0 papel que constita a miso socal de toda a cienca de eluidae, Aeesclrecer de aperfeigoare apofundar a realidad, objeto de ‘sua investigacio, e, depois, tornar 0 resultado de seu trabalho — ‘Sconbcimento, pr minimo que seja — disponivel, no $6 para fos que devem fazer a leis e os que ilo apichlas, mas para 8 propria sociedad, CL EAZALAL op MAS Impending Ea ‘ten. Conn de 9 de ooo de 1 (e963 para iF pu da hn ty "oe diene ocenet!Cybtes pre Cope, Comes a, ‘Tne oo al eapecro wes no Cone’ regio Ce inde ‘HO" Como i eel mo ops, nota est, uae. Que ca ‘Sun la hem a Commune esis de 1m dps ‘ur ca comes prac Un gaa ere ‘process smite poss eg ee press faradiona excrement fos (o es Feta Cae ‘Socal os pects arian das asses Sp Ge cach som etc tn che © pa COO GCOCOOOKOLEOLODOUALOOVOOOUNOLER: SSOCOYLBVOVOOVVVUVOUI VYUVOBOOLVLUOL0DN cAPITULO V_ (© PROCESSO COMO RELAGAO JURIDICA 5.1, RELAGAO JURIDICA PROCESSUAL CHIOVENDA.20 lancar as bases a ciéncia do Direto Proce sual Gil, rou o canceito de proceso como rela jridic, “ilprocesio civil contione un rapport gluri co. idea gia nerente al tudiclum romano; nor che alla defitzione che del giudisie dawano {nest processualists medieval: Iniciar ext actus tris ‘personarum, actors, re, indicts (Bulgaro, De tude lis, § 8). Pidea che la doterina ela pratia espré Imetano gid inconsapovobmente colla parola hts: pendenca, intesa questa come la pondenza d'wna le nella pionezza dt suot effet guridicLitispen- ddonza eropporte giuridico processuale sono concet ed expresion! nom equtvalentt ma coincident. Ger Fondamnta- oma Dee om asap arena De ‘Bese Rp Gn ee a te ss 50 er ‘A figura da rlagio juviica que ja se consttuea como um dogma na doutina eilista, para explicar direitos e deveres, faculdades e obrigagbes, e aleangara outros ramos do Direito, alastrou-se também pelo Diteito Frocessual Civil que a adotou ‘Sem grandes polémicas. ‘A profundidade com que idéta do processo como "relagio Juridica” arraigow-se na enc do Diseto Processual Chil pode ser apreendicla na exposigio de CANDIDO R. DINAMARCO: "A ‘dovtrina da rela juridiea processual nasceu na Alemanha hi ppouco mais de um século e tem hoje ampla aeitago em toda Tteratura do mundo romano germinico. Embora a kléi fi aandasse pela douttina do process dela nose tinha sendo mera Inrulgioe fol apenas no século passco que se observou a st cexistfaca — ressaltando-se que se trata de relagio niidamente lstnta da de direitosubstancial, da qual difere, em seus pres ‘supostos, em seu objeto e-em seus sujetes'!" Ess ida intuida no século passado brotava realmente do ‘spirto da época, como se veri, eencontrou sua formulas nas feses de WINDSCHEID, no momento que se conciliow uma de terminada nogio de Dirlto subjetvo, que se frmava também segundo © espicito da época, com a de processo. Mas a ampla Aceitacio a que se refere DINAMARCO, dessa ie, na sta expos (lo, €uma formulacio clara e convincente, quase elementar 90 ‘Sstigio anual da ciéncia do process", eomegou a encontrar suas objegdes em outros campos da reflexto juridica, quando o pilar do conceto de rela Juridica, 0 Direto subjetiv, nas ‘mensBes concebidas no século passido, fo! posto em questo. ‘Adescobserta das semelhancas no aparentes e das felagoea ceistentes entre os conceltos com que a cléncia do Diteito Processual Civil tabalha tem sido retadada, tlvez porque © Direlto Processual Chil tenha se acomodado nos progresson Sao: ttc even oe bana 50 298 : 1o2 ci. eHD0 R DIRAMARCO esas Chic p98 n que obteve, dando por encerrada sun reflexo sobre a dequa Gio de seu proprio instrumental técnica para capturar © objeto Se sua investiga, EDUARDO COUTURE, airmando que Za dectrina dom rnante conctbe el proceso como soa relacion juridica™, men ‘ona os arguments que se levntaram conte ta concepclo € tenta demonstrar que a relagio é wma “oniio real ov ment, vinculo que aproxima uma colsa da outra, permitindo que tmantenham sia indWidualidade” Entretanto, ato € #6 de una correlagao, de uma inceracio, ‘quando se emprega 0 temo relagio juries, mas de vinculo ene sujetos, COUTURE © demonstra: Cuando on el longuage del derecho procesal se abla de relactin juridica, no se lende sino a salar el vince o.0 gamen que une entre si a los swetos del proceso y st poderesy deberes respecto de los diversos actos procesales.(.) Se babla, entonces, de la relactn juridica procesale en el sent do apuntada de ordenaciin de la conducta de los sueton del [proceso on sus conexiones reciprocas, al csmulo de poderes Jacultades on que se ballan unos respect de lor otros ‘Os grifces que representam as relacSes paralelas, as formas angulares de relacio,s4orepetdos habitualmente para carater: ara felago juridica procesual, essltando, jstamente, ese vinculo entre sujetor do qual fla COUTURE. ‘As feoras que trabalnam com os anigos conceitos de rela: ‘so juridiea e de Diceto subjetvo, na cssieaacepeo, sto ainda predominantes na ctneia do Dieito Processual™. OSKAR VON ‘a econ (pons), Repreon nabrada Boe fer Bales ‘patna ps2 104 EDUARDO COUTURE, opt pp 138094 ee Scions rca aropaoeriay 988, RAMI PODETT Sova Tec del Pron Top Erte de a enc de ‘cen a Duss te shar S0 An Eb, 1983, USO ROCCO n 'BOLOW, J. RAMIRO PODETMI, UGO ROCCO, SALVATORE SATTA, ‘CARNELLTT, LIEBMAN .. seria longa areagio dos nomes repre sentatios da dovtrna i cissica, que Se encontam nessa lina, €| Sela no diverge, nesse ponte, adoutrina processal bras, ‘CARNELUTT recorda que a intuiio da conexo entre rela: ‘0 juridica © proceso, tendo germinado na Alemanha € se lwansplanuaco para a Tella, continuou sendo cutvada. E fa a exitiea da concepsio de processo como relagio jurdica, © da ‘siena qe sustenta que no process a lac juridica assume significado dierenciado. Entetanto, sua resposta a0 problema € 8 pluralidade de relagses juridicas geradas no proceso: La st ‘ple verdad de que el proceso no os una relacion juridica sino ‘que genera una red, por no decir una maraia de relactones Juridtcas, no estd on absoluto consolidada en la clencia del “derecho proces eto bastarta para demonstar todo eam tno que esta cioncia ba do rocorer todavia a peear de conside- arse mugy avanzada. Em suas obras, pereebe-se que hi ua promunciada inruicio de que o coneeito de Direto subjetvo Geveria ser etrabalhado, mas seu quadro conceital ainda ode sipr-ordenacio e de subordinagio, do crater imperativo do Direito subjetvo, de obrigagbes como suengoes™” 5.2. A.QUESTAO Da RELAGIO JURIDICA * © mod de relasio juridca constrain se sobre a dla de que € ela wm enlace normativo entre das pessoas, das Zi i et et eo oa Phd elegant aca di Carmine Pra, Pcova: CEDAM, 1981, Lona orem ml * COCGOOCOVOCEEEOEOCOEELLORVOORQLOOLOEDL: CVV UVVOGVDOHLYUHADIOGVVUYOVOOYVVVVUVOK ‘ua uma pode exigit da outa 0 camprimento de um dever Juri. ‘0 desenvolvimento desse modelo é bem descrito por CLAU DE DU PASQUIER', que rlembra a isto de ORTOLAN (1802. 1873), segundo a qual "Todo dieito fem necessariamente um sujeitoativo © um ou vérios suetas passivos,e cjam eles ative ‘01 passivs, somente podem ser pessoas” Nasela asin, teoria dos dois syjetos, que comecaria ser aperfegoada quando ROGUIN neta inclu um rerceito elemen ‘ora prestagio.A conflutncia de direitos edevere pra pres ‘to permitia a afimagio do jus er obligato sunt corroata ‘Ateocia da lagio juridics nose ditinguia. cm sas bases fundamentals. das construgdex do Dieeta-privado do sue passido, impregnadas das concepebes individualistas da epoca, {JOKO BAPTISTA VILLELA descreve como esas concepes, assentadas na "idela de concorrencs’, se sefletieam no Diteito *0 principio eardeal que tudo informava era o da obrigagao concebida como vinculo juridico exerctivel pelo constrangi ‘mento Néo se vslumbrava outea forma de se organizarem a felagoes socais © humanas sento pela opressio, pelos elos de lum trinics dominasio de que, conforme diz, nem o Digeto de Fania com seu contetklo ético e aetivo excapava, “Todos 08 slceitos da ordem privada, segundo a idéia individualist se reduzem Aquelaformulacio dos cisscos COLIN © CAPITANT lembrada ainda por BERTRAND: "aculdades ou presrogativas—_ Pertencentes a um individu e das quais ele pee prevalecerse ‘em relacio a seus semethanses™®. Pompe rots ed, Nea Deacon ene BO 109 CE CLAUDE DU MSQULIER, 9p. p08 10 G,JOAO BAPTISTA VLLELA-Por uns om oi dos conta ei " (© conceito de selagio juridica fo elaborado nesse quadro Seus elementos se definiam com a coneribuigio defintva de WINDSCHEID para as novas bases cienticas do Diteto sujet {ova pati das qusiso “vinewlo de exigibldade’ ligando ‘sujeito| btvo'sujento passivo, por um poder da wontade, se estruturs ‘a para logo se alastrar por todo o campo do ireito, 53, AQUESTAO DO DIREITO SUBJETVO ‘Nous nous sommes longuemont attardés sur cette heure pretgie de Vhistoire du droit subjoc: pol cot enfant monstrucie ramble sortir des dim en As palavts de MICHEL VILLEY dio a dimensio das muta: oes que, dese sua génese, rim fuer do diceto subjetivo uma ratura monsttosa do Direito, até que a clénea juridica desper fou para a necessidade de refleur sobre a sun propria criacso, Fecuperandon ajustada aos novos tempos — 2 la recherche de Thorizont thiorique, como se express FRANCOIS LONG: CHAMPS sobre as novas "vias que levam 3 esse tema sedutor'*™= i kleia do direto subjtivo tem a sua fase mas profi, conforine nara HELMUT GOING, no Aufklarung, 1 luinis- fmo, em que flosesce 0 dieito natural do racionalismo"™ Mas Sua genese € mais remota e tem sido reesda pela doutrina que in set LEY ca Gent Dro ub bee Guloure de ‘Somber se Phsape duno Tome Be Dot ube en ‘Betton Son. te 12 GF FRANCOIS LONGCHAMIS - Qlqes Clanton: su fa notion de Stott ans faci, motes te Poospie dn Brot me te bro suopcfon con Pr sm 1984.70 1-6 A GONG Sito de mtn de dh rd Sib Quen toe, 194 oP. 7" se deca ao tema GUILITERME DE OCCAM, que segundo MICHEL VILLEY fo, provaelmente, 0 primelnoa defini ode. to subjetivo « a edilear sobre ele uma cori, As tesen de GU [EHERME DE OCCAM, formuladas para demonstar a hereia de Joo 20, em defesa de Michel de Cestne eds Ordem Frances: na, destinaramse a sustentar que Jesus Cristo © os apdstolos Tinham 0 uso dos bens, sem dels tera propriedade, A revolta dos Francscanos contr o papa de Avignon, aa defesa da dla da pobrera e do poder profino, conduzivo & concepgig de um Aleit inserido em una herarqua de posers, na qual ds conte ridos pela lls humanas podaim set renunciados. © poder s¢ cnganizavahierarquicamente em us panos no prmeito, esa & potestas absolute, fonte de toda ordem juriea, que ert & tberlade de Deus; no segundo, os Jura poll, coastcuidos pelo poder dos homens € no treet, os jure fort. eles quals 0 fovernane reebia por delegacio do povo, poder legislatvo [sles pontas engendraram o domi e o Jus wen € 08 dleitossubjetvos, no sentido esto, garantidon pela sangto da Autoeiade esta, importindo em potestas vindicandi. Os reitossubjetivs, como der, admitam renGnclae, enguanto ‘iret asegurados peli fi, poderam se reivndcados' De OCCAM, no sécilo XIV, a WINDSCHEID, no séculoX0K, 2 transformagdes se fizeram na quebra da herargla Jo regime feudal, ¢08 direitos subjesivos do racionalismo foram pensaos ‘em termon de una liberdade absolita que, erivada do dteto natural, ou a cle identifica, se opunha 20. propio. Dire Positive ea0 Estado. ae ‘Com WINDSCHEID, 0 conceit de.direto subjevo. dew coxigem ao_de lagi juridia, jd no senido prenunciado por ‘OCCA Oaneiga sinc urs spertegoow se como ovincilo ‘normative que liga sujeton, em dots ples, passvo ea, a ‘om aves ae Pisop tn Dr Tome te Dat ube ‘Gest fare pp 0, (sas buindo ao sujetoatvo 0 poder de exigie do sujeitopassivo deverminada condita eimpondo a eso dever de prestila ‘Como afrma HELMUT GOING: Allemagne, on os en, depuse Windscheid, & une rupture entre la fagon de voir die voit privé et du droit de la procure. Cest porguot on a remplacé ta notion d'acio par clle de “Anspruch' Le sons de Cillctconcite tt dane le crt subjecfaexiger dautrt qu'il Jasse quelque chose, ou qu'il s'abstinne™ ‘Vee por que o conceito de direito de ach, que iia surge das posture divergentes entre WINDSCHEID-e MUTHER, nasce 500 signo de um conceito de rlagio juridiea engendrado por Juma nogio de direito subjetio. Essa opcio ressurgida com WINDSCHEID conciana direito subjetvo da Anfarung. po. der absoluto decorrente da fiberdade, com o poder de exigir de aaa iss, Com a cisica obea "A agin do diet aE ad omano do ponto de vst do deo ch, de 1856, WINDS. CCHIEID tango as baes da moderna concep de de se. tiv, como mara FRANZ WIEACKER™= So conbcida as begs fel teoia de WINDSCHEID por outtas tess que pretenderam aperfeigoar 0 conceit de Sujet (de VON HERING, DABIN,JELLINEK. dente Cutras) tas, a procura de novos fundamentos,& dowtina nO feria nenhum pooto essen do conc, exabelecido como poder absolut soc « propria cond ou emo precogativa a cond alheia™ 115.6 Hat GOING sation de notion de det suber par owtantanta ates de Pitope de ro, oom te rot Sricenfen Qustion tat Se, 16K 9. ‘rewando alla Germania volun secondo, radeon Hata di Umber ‘e'temunc tin tomo 9 santo" Pc of ton Noo’ tai 956 8108 117 Bn eu esotimen, no pnd, x pa ci ata de se, ua jaca mm se 0 at ars Sem pesto cone 3 ” OCOOUGDCOUOCoOUcUK Ue bUoUO OHO DOOonnOANnAn, MV YUM UY YY YEE YM MYM MS Do campo do Direto Patado © conceito ganhow o do Direito Public, nessa passagem foi fundamental « contribu ‘Go da obra clisica de JELLINEK - System der Subjottiven Of Jentlichen Recht, de 1892. 0 transporte se dew com a mesma ‘conotacio do inculo normatvo ene sujeitas eda exigiblidade dda prestagio: 0 particular, no polo ativo da relagio juridi, ppodendo exigir do Estado, no polo passivo da relagio Juridica, ‘uma decerminada prestaco, |5-LAS DIFICULDADES Na aPLICAGAO DO MODELO ‘CLASSICO DE RELAGAO JURIDICA E DO CLASSICO (CONGETO DE DIREITO SURJETIVO ‘Ateoria a relagiojuidica em breve se revelou insuficiente paca responders situagées juridicas que, 4 evidencia, nto cor ‘espondiam a vinculos entre sujetos. O problema do direto de propriedade recebeu novas formulagses, mas 0 pitrio poder, racionalidide, 0 dieto & honra e, genercamente, 0 que mais tare se enominaia diceitos personalisimos cavam sem res. posta adeadas pelo incu farts LEON DUGUTT demonsia que a nogio que esté na base do sien. usa pos en page on dca Dr ‘Sor dic bjs rato» oui ao enone que fea eyes sn, Bene rte senses pet Sali dt dorsi Nn peo ean ne “uwutagio ov conection wadiaonaiseadogio de urna mova fase dos sin fn oma ice de ou spa erate ‘conceit de celago jurdica € a da autonomia da vontade, que ‘constitulo fundamento de todo 0 sistema individualist do sécu lo passado, da aoglo de contrat a nogio de liberdade™, ex: ttalndo do Codigo Ci francés os postulados que sustentam ‘suas concluses. As consequencas decortentes do principio da “autonomia da vontade, conforme discare, leno x0 dogma dt ‘doutrina do sécvlo pasado, com herangas no vinci juris ‘dos romanos, que nio permitiu que 0 Divito fosse concebido ‘senao como uma relagio ene sujetos, dos quais um deve uma prestagio negativa ou positiva ue o outro pode exigir™ as difculdades que a doutrina encontrou para sustentar ‘essa ese, perante situagbes que exigem protesio em razio de ‘seu fim social e que devem ser garantidas pelo Dirt, mesmo ‘em a existéncia de qualquer relacto entre a pessoas, fila DU GUIT, ressaltndo as concepy6es de MICHOUD, sobre a fealidade das nosbes de Direta objetivo diceita subjetiva, © ‘soa indispensabilidade para a cifncia do Direito; de PLANIOL, Sobre a excepcional stuagio dow direitos resis, por fim, & jursprudéncia administrative judicial que se formou em Fran ‘Gt peemitindo a criagio de fundacoes de Direo pivado, através oma qo sexs cout diy spies toc io fara ‘xan Em da astonomin pope, sb amp de DURANEI {Gein i rm soa Vy pi tae teigens dere petuns noir do goa i ne ies gece tare om meri ou pv eu gua e ‘Senta eg LEON DUGUIT rate de Drow Contato, Pat ‘Arconne iat Romomotn Gtr Depp ONG veto surement ce ae Sarina eae 'Porada cos Aes onal Hehaita SRE. BIB. paNe de testamento, contra as concepgoes dos chilis ¢ da propria “disposigio do Codigo de Napoleto, que no art 906, § 2, ex, par a validade da disposigio westamentira, que 0 benelcieio| Fosse ao menos coneebido antes da morte do testador © inclo| dessa construcio jurisprudencial se deu pelo eélebre caso do reconhecimento, pelos Tribunals franceses, da validade do 210 ‘que culminaria na cracdo da Academia Goncourt, 0 testamento deizado pelo esertor Edmond Goncourt (1822-1896), que, re- presentando também a vontade de seu Irmo, o escrtor Jules ‘Goncourt (1830-1870), dispunha que todos os seus bens deve- ‘am ser vendides para a cragio de uma sociedade Iaeriia que teria renda e a obsigacto de premiar, a cada ano, uma obra da Teeratura ‘Os argumentosutllzados, quando os hereiros dos irmios Goncourt pretenderam invalidar 0 ato, 2 polémicacriada em torno ds impossiildade de existéncia de direitos sem sujetos, cco fuindamentos dos arestos 80 amplamente relatados por DUGUTT, para demonstrar como se realizou uma profunda trane- ormagio nas concepcbesjurdicas, a0 se admit a possibilidade de que o sistema juridico protea e garanta certs situagGes, em rato de si Halidade social © sem que haa relagio entre (0 conceito de relaciojuridie, com suas conowagbes indivi. ualistas © seu precino aleanee, € rejetdo por DUGUIT de ‘modo absoluto, tanto pela sua fundamentasio quanto pela sua ‘steitera, que o tna inaplicivel aos aos Juridleos que se pro- jetam fora das figuras criadas pela autonomia da vontade. Em ‘isis capulos da obra aqu relerida, (Las Transformaciones..) ‘ica, como exemplo, o "contrat" de adesio, "contro" coletivo ‘de trabatho, e outras figuras, aque a doutrinn, mas tarde, acres cenaria, com muita facilidade, prazos, cipacidade, € tancas ou- 120 CE DUGUIT. Lar ramjormacone. ct pp 216220, 0 poe 5.5,AS REACOES DA DOUTRINA FA FORMULAGIO DE NOVAS PROPOSTAS ‘As reagbes que suegicam no campo dowrtiniso,ispiradas em quests teres e questOes de dem pric, discus 08 Tribunals, que, como se mostrou, desafavam sougoes, foram | sirecionadas para um ponto. saperagio do conceito de elagho| Juridica. Os fundamentos, entretanto, em que se assentaran 8 proposts, se dversificaram, e doutrinas que parti de bases “lferentes chegaram tambem a conclusbes diferentes, Quandose ‘compara a doutsina de KELSEN com as de BONNECASE, DU- GUTT, JRZE € ROUBIER percebe-se que em comum 56 tveram ‘um ponto essencial-areelgto do conceto de relagiojurdien, SGA NEGAGHO DA RELAGAO JURIDICA PELA SUA "REDUGAO A UMA CONEXAO DE NORMAS E A ‘CORRELATA NEGAGAO DO DIREITO SUBJETVO Em sentido diametralmente oposto so adotado pelas do trinas tradicionais, KELSEN anaisa 6 concelto de relacio juriicn cos possieis empregos da expressi, para demonstar que, em ‘todas as hipéteses em que se podria ilar em elagojurdic, {que existe mio € uma conexto de vontades, vn vnculo entre Sujit, mas uma conexio de normas que determina «condu- {a dos individuos, CComecando pela anise da concepeéo tradicional, KELSEN sfrma que: "Dizer que deveredireito se correspondem significa ‘que diceto € um reflexo do dever, ue existe uma relagio entre dois indviduos dos quais um € obrigido a una determinada ‘onduta em face do outro” esse pomto de partida, mostra a estrelteza da concep sis Dagens et pe a ee ere VODDOSOGOLVOHO OVO VVVOU' voEO CYYVEYOLU teadicional, ponquanto hi "rela jridicas’, sto 6 determina: das pela norma, na 56 ente dois individuos mas entre 0 indie. ‘duo que tem competéncia para criar normas gerais eos que tem ‘competénca paraapici as, entre individuos que tem competén- ‘ia para Imposigio de ator coativose individuos conta os quais, ‘ees atone dtigem, Essa extensto da relag jurdica nio significa, entretanto, ‘outea coisa que a relagio entre sujeitoe de deveres. A reac entre a sujeito do dever de ertar ou apicara norma eosujeito de direitos estabelecidos por essa norma é duplamente reflexa, pois esses direitos ndo so reflexosimedistos do dever do Srgio 208 ‘quals incumbe a crlagio ou a aplicagio da norma, mas dos ropriosdeveresestatudos por essa mesma norma or outro lado, afrma, nao hi qualquer posigio de supra: lordenagao olt de infexordenagio entre esses sueitos, pols Srgios, a quem Incumbe eriar ov aplicar a norma, somente podem atuar no exerecio de um poder juriico, ou sea, st40 Subordinados & norma que thes confere poder ou compeséncia para 0 exerico da fungio. Assim, alo sio esses Srgios que fsatuem os direitos coaferidos ou os deveres impostos mas, sim, a propria norma que Ihes adjudicou tl competéncia NAO hi, verddeiramente,relagio entre sujitos, mas apenas elagbes centre normas, «entre a condutis que 880 por elas cegulndas, formando.o seu contesd, Prosseguindo em sua anise, examina uma outra por sibiidade de "relago juries’ entre a conduta de dois indivi ‘duos: ‘Quando a ordem juries confere a0 individu, em fice {do qual um outo est obrigado a conduzirse de dererminada mmaneira, 0 podee jucdico de, através de wma aG30,iniciar um processo que conduza & norma individual a estabelecer pelo tribunal pela qual éordenada a sancio prevsta pea norma geal © dirigt contra 0 individuo que se conduz contiariamente 0 Soon 2 A -relaio jridica’ entre oindviduo dotado do pode jut: ici oindiiduo obrigado no 6 entretano, “outta cola scno ‘ conexio ou relacio entre a conduta que consste no exerciio este poder juridico, aa, ea condita contraa qual asangio & ‘irgida, 0 delito; so €, a conexio entre dos ftos deteminados pela ordem juridica como pressupostos para sangao"™, ‘Adisingio da teora tradicional que via na rela entre 0 Esado, represeatido pelo telbunal, € 0 réu, uma relagio de supra ordenacio ede subordinagio é segundo diz, mesma que Cite entre o autor £0 réu, pois o poder de iastaurar a aco, Oa "a poder juridico do titular do direiro de agio consistena sua competencia pars intervr na prodicio da norma individual ise fordena a sangio a dirigir conta o individuo que se conduz ‘contrariamente ao dever'™ ‘Assim, a relagio de supra-ordenacio © infa-ordenagio ‘na da mais € senio a supra-ordenagio e intr-ordenagio que existe tentre a ordem jurdiea © 0s individuos cuja condura ela regula’ fou seja, 0 fo de que a conduta desses individvos forma 0 contedido das normas da ordem juridica, ea autoridade que se fepresentou foi apenas a autoridade da ordem jurdica, que obriga econfere poderes"™. "A terceira possblidade de uma “eelagho jurdica’ se di yuando a obrigasio de um indiiduo em face do outro esti uma interconexio determinada pela ordem juridia, com a Obrigaci deste outro, em fice do primeiro™, KELSEN exe plifiea com 0 contrato de compea e venda em que a obrigagio de prestar a coisa est em conexdo com a obrigagio de pagar © prego. Esa relacao juidica nada mais é do que a conexdo entre 125 C1 KELSEN, op». 28. 8 ‘nocmas que prescrevem a conduta do vendelor € do compe oe Por iltima hipétese de “relagto juridis’, KELSEN toma a ‘retagio da via, em ctea A teoria de VON JHERING, do dietto Subjedvo como interesejuridicamente protegdo. ‘Cor oa dieito subjetivo nio €o interest protegido, mas 4 pripris protegto, que consste nas normas, tambem toda © ‘qualquer celagho da vida nao ¢ extrinsecamente regulada, mas toma forma no direto, através da norma. F nada mals €, eatio, "do que um insttuto juridico, um complexo de deveresjuridi- cove de dite subjetvo, a sentido tecnico do temo", Ou Sei. como KELSEN repete texto, orellexo daqueles deve- Sob qualquer tngulo, nessa perspec normatvs, a rela «io jucdia sent sempre negada © seu eoaceto substituide Por ‘in conexto de norma urd, enquanto conexio de cond tas rogladae pela normas. "Spi corclago com #negacio da relao jrdica, KELSEN rejit 4 concepeio tradicional de diretosubjetwo. De inicio, demonstra que nao hi ave para a dstingo tradicional ent? ‘iro subjetivosbaolo diteto subjesvorelasvo, poss ambos Sc unfeam no mesmo conceito,sendo que "um jus tm rem € também um jus tm persona podendo se considera, em tl distingo, apenas uma regio pemdia entre sueitos, secun- daramentecondt doje aio aco Apart 4 unifcagto dos conceitos demonsre + precaiedade das Constragdes tradicional , a ina de sa concepcio de diet fo centrada no ile, em que 4 norma € vista #00 0 aRpecto Coatvo, uma yer eduido 0 conceto de dtcto subjetivo & LUnidade conceit, KELSEN he eta asubstanca, conceben- ‘dow como wm refleno do dever Juridica” 8 57. A TEORIA DAS SITUACOES JURIDICAS [Em bases diferentes da adotada por KEISEN, mas destinan dose, também, 4 superagio do conceto de relacio juriicn, ‘desenvolveusse a teorla das stuagbesjuridicas. Ela ao eels facukdade, ovo dever do.campo do Ditto, que nio €concebido apenas como um instromento coats, mas no acelar, tanh ‘em, a clissica concepcio de relago urea como vine entre Sujetos,€ do direito subjeuvo como poder sobre a conde de ‘Como toda construsio dovtriniia, passou els pela fse polémica de elahoracto, desde atese de JULIEN BONNECASE™, ‘que dividia as situagbesjuriicas em concretas eabstatas, park nessas incur of direitos de liberdade, de persomalidade, em ‘quanto faculdades jridicas abstratas, até a de PAUL ROUBIER, que demonstrou que sitagées jurdieas ao nascem automa: ticamente da lei e que ofereceu a coatabulgio definitva para 0 twatamentotedrico do tema, 'ROUBIER sejeltou a proposta de BONNECASE, entendendo ‘que no era possve alarseem situagOesjuridiesabserats, que Slo apenas complexos normatvos. Somente 0 ato furidico € susceprivel de criar a situagio jurdica. As fontes genétcas do Digeto criam as normas, e estas definem os aos que do asc mento as sinuagdes legais, mas no sio em st mesmas ssas situacoes, notion de rapport de dot enone ar option la stain ‘etiam ip eee Se ‘oft on son onan ees en non geht aa ‘up cn ccs xa ion br ‘hom jiu tsa x spice fin ara soe ton omnia moduan En Dot a Soy, Be 9p WSO 85 COCKCOOSCOSECECELEEESCOOEDOUGLOOOORDR000: VS NE ‘Na douieina francesa, ROUBIER destaca cuss grandes con- ces part o desenvolvimento da teoria das sitoagoes ju «is, vindss do campo do Direito Public: a de LEON DUGUIT ea de GASTON JEZE- DUGUIT, no classi Trait le Drott Constite tonne, rejeiando a weoria da lag juridia, como uma cons: ‘rucio do indivdualismo do século pasado, e'aconcepgio cis sietde diretosubjtivo, que va como mera metafisica divi as ages jurdicas em legals ou objets, que dewartam direta mente da le, ¢ indviduais ou subjewvas, que resultariam de Imanifesaches indiiduais de vontade™. GASTON JEZE. cua ) >) > 2D 2 eI ° o ° DI 2) ° o ° Py COGLUOVELESEVOHNO tomo desi meso em foro do Sl, mas pela sigicagio, Jurca que he € confer pe er fo lepimente pre omo ldonco pao nascimento det un comple de di ton nas sages juries de divers cteporis com fbneo {ra pour dct pode cro fo harman. Aces dees fotos dofxado, sess da fugiolepsn, ‘News perspccts, pode far now dios que, conf randose como una pons de vantage do sje en lagi $m bem, maniexamrse na single juin, como pe iar na pogo furcea subj que ee ulin come um deer sm como um condita gue, pense nora, deve Scrobecrae Se se quter mater a clin terminloga dos dieios “sabes sobre o novo findamento, io eke posses ure czsdo sto, de vntgemem reltoaum bem Ease pongdes rites nao se ormam do na, maw so posits dean da Sig jis, que eben nto se forma do ada, ast (ow tt) que lel contre fore prs tao. S80, porn, posgderpendida quando se confona ato Jo sje com 2 qulicacio ques noms Ie cone, como per ou feu de Como sede quando ela vere poo sje ‘sacle concernen ose el cerns ina condita sub {ala outrem, masa uma condita que deve ser obser: pore “talc peion inomes nots conte desk ' clsfieago das ponigosjuics de ranagem de um sujet em elaio am bem, segundo st posi J vu Imanfeacioteorcamente constr poe ser fet porque O iret que decor ta saa juries sempre uma cue de on wm poder. © dever que dla decorc no tar Brandes tolem de cmicai, pao deer igor lc uma conta estab pa norm sound a valor dos atos pelo ordenamento juridico. me me Sob o slo da icade, a posiio saben de vantage do sujetoem reac mem dear dese uma merm clade abouts pela elas de un clade ques norma ern 34 20 suit, ou por um poder que «norma he contre opel Tonjucio dis cules on dow pester comes deere ee Souma tributa ourem ous genersidade das Joma pesos. TAZTATAR fac tela ao dense jr ai no, feantaments as ponsbidades de manifesto as 5 {goes ures dere subwtanca ow de deo mater, do hamao “rite mje, om Se, ela peso de vantagem dem sujeno em caso sum bem Seu quadeo pefetamente Spitchel a0 ornament jure brio, dee se poem Sheer as sequins hips 10 reo reavado poe ut {Reale do tay 2 0 ict realndo por um poder 3 {alr que corespond, em rermon, 0 chamiado dro pote. tush msn scm sclseaconotaio de poder sobre cond de ‘utr como, porexempo senna sum deo «conto fait), 50 Geno resend pela obrigago de outro (que Cemesponde, em tron, ao deo de reo, sem acon fo dnc a ela jrtia, 0 dite rela pla Suite do iralrc plo deveres de toden os dems qoe Contesponde cm ron 0 eto aot de prope) $ Sarco rind soment pelo dever de todo ene eto sth os diets da personalidad eon dito resem gut ‘SThcldade como sed net = ‘Nao € demas insirem-ue falas. «pees io significa feuds «padres de um isla de tts bee Sos de outras pessoas, mas pevogatee que deem da ‘ota c que quslficam ox do propio agenteem eagioasun- wpa conduta. Una ficuldade € 2 posto de vantage 90 Soyo én elas a um bem ereaizee pelo simples a0 om. dua sem aeesdade de pro decaagoes de ona, send due co consi consent deterinagio pa 0-30. Nt ‘ede comm determing no necesnia serexpicid, an fomec naruramene na onda, Un poder que decorre dt 12 Gt, 140 FAZZALAR eto el Dt Proce, Quinta Edson, norma é a posigio de vantagem do sujito em relagio a um bem, (que se realiza pela declaragio da vontade do agente, ou sein Guido € condi de ato a manifestaio, a exteriorizagto da nsciente determinacio que o produziu™™ 113 args, je 0a pone anor do enn seeatiab fe tsaor erin pecs e pac ngs em “Silo csv plo cherie da oponbiidne do creo 20 "sje pase So pane sds captained onus ‘ewe, Reses poser algun problems emergent do Deo pono ‘Shcmpsdaes sma se scues acini, wo dng tetra emanate do crs ic, 8 ‘Er Se apo, cen de pet dsm poo rie os eos ‘tee enn ca eo tomes tictnie (a tions de petmment, crn, de ies « Set penn op ren age one Saleunade bse concep, nn eae ea en ae Se renee nmnna poston ue me ves pero ‘dtaon en psi pel aso den deers dos ema tt Fe Ores abla nr nena cen deere Ae ‘Botan a dre ne nes como i ‘eum deco oj prteio ep. pia qu sun exit Se tay ae ema ene, oh ou pene Belo nce nein, es ape glo tort tos ane mio BS neptvo, crfonoe explcars REISEN (C.Teois Pra do Diet, oe pe oe" tera Gent de Nora tn de Jot Raven Beane ce lee: Fe, O08, pp E185) gir some aoe Pertie nonen ta taco Po ojo, © rena Mo oa Jp 5.10.4 QUESTO DA CONCEPGAO DO PROCESSO COMO RELAGAO JURIDICA © problema que se coloca 20 se considerar © processo como uma relagio juridica € © problema da propria relagio juridic, [Ase admitir 0 processo como sclago juridica, na acepcio tradicional do termo, tersevia que admit, consequenremente, {gue cle € um vine constituido entre sujitos em que um pee do outro ums determinad prestagio;u sea, uma cond ta determinada, Sera o mesmo que se conceber qu ha direita de uum dos sujeitos procemuais sobre a conduta Go outto, que perante o primeiro¢ obrigado, na condigto de sci pasivo, & Juma determinada prestagi, ou que hi diveitos da partes sobre 4 conduta do juir, que, enti, comparcetia como sujito pas sivo de prestagbes, ou, ainda, que hi direitos do juiz sobte a onduta das partes, que, entio, eriam os sujeitas passivos dt presagio, ‘Adoutrina processual uilizando igual selagiojusidica scree nt ot te nas sr ebioreriee wemiengeamane Sate SE ee ee sites Bath res coe pcre ori ere eececn eee Sgidinens eretcor emer Tanip irae ations eigmcea sae Se ioe peerres oe So ree ees gon ioe ore Sonia ieee eee ae tae Retatatiis cuteness hr COCOCOCOEOOEOCLLE EEE EOLOULOOLCOLLOON: BOUGOHSTOVVVVOVOOVVVUUVUUE oS OLLGLULEU “wiarera” inovow a velha bipolaridade do vinculo normativo existente n relago juridica, mas mesmo a inovacio nio poderia sispensar,narelagio “angular ou tilaterl, vinculojurdico de exigbilidade entre os sujeitos do process, vnculo que constitu marca de qualquer "elago juridic” E Gesse0 ponto significaivo da questio. Foi demonstrago ‘que, quer se negue ou se admita o dteto subjetvo, ja ao se pode afirmar que ele e constitu em “poder sobre @ conduta alheia’. Em consequéncia, nio hé como se amir que, no ‘processo, uma das partes possa exgir da outra o cumprimento ‘de qualquer condut, por um vinculo ene sujeitoaivoesujeto passive, © processo nio se confunde com a situagio de diseto material, ow siuagio de direto substancia,cuja existenca ou ‘ujos efeitos nee sediscutem, mas deve re relevr que mesmo nat sSituacio de direto material, como se expos, ja ndo'se concebe a possibilidade de que wm sujeito possua 0 poder de exigi ‘onduta de outro sujeito. E por to que 0 particular tet ht fungio da jurisigio, a possibiliade de pedir que o Estado 0 substi, na imposigio do ato de eariter imperativo, Assim, -mesino 3 situagio de diceto substancal id no se poserla, coe. rentemente aplicar a figura da rlagio juridica que, nascda do individualism do sécuo passado, constisin-se em vinculo entre sujitos,vinculo que, mesmo quando dito de “coordenagio", ‘expressava apenas, momentos alternades de subjugacio, No processo nao poderia haver tal vinculp entre as partes, ‘porque nenhuma delas pode, juridicimente, impor & outa a ritia de qualquer ata process [No exercicio de faculdades ou poderes, nos atos proces suis, a parte sequer se diige & outra, mas sim a0 jute, que conduz o proceso. F, do juz as partes nao exigem conduta ov tos. Mesmo a doutrina tradicional a via a difculdade de se sustentaro poder da parte sobre a conduta do jul, cesolvendoa ‘questio pelaconcepdio de ques ‘eacio" entre eles, jure parte ‘seta de “Suboedinagio" Nia hi elago Juridica entre 0 jue © (parte, ov ambas as partes, porque ele nto pode exgic delas ‘fualquer conduta, ou a pétea de qualquer ato, podendo, qual ‘quer das partes, resolver suas fculdades, poderes © deveres ery ‘nus, a0 suportar as consequéacias desfavorivels que possam ave de sua omissto, 7 panilise de algumas hipéteses pose ser iustrativa dessas sleuagbes, a comesae pelos deveres das partes ede seus procura: ddores, previsios no Capitulo I, do Ttuko Hl, do Livro 1, do (Cig de Processo Gil Brasileiro de 1973. Nenhum dees, bos Fé, nema lealdade, nema respoasabilidade por danos pela lniginca de mee, nem a responsabilidade por despesss © mul ‘as em asua ovigem na manifestacio de vontade de qualquer das partes, em vinculo de exgibilidade™% Bases deveres decorcem Hlosomente da situagio juridica que confere & pessoa a posgio de parte no proceso. ‘© mesmo se poderia dizer quanto aos deveres do juz, que se podem relacionar, no Codigo de Process Civil de 1973, com base nos arts, 125 a 128; asegurar as partes igualdade de tate mento; velar pla ripidasolucio do lig; preven ou ceprimir tos atentusrios 2 justiga; decidir; decdit 90s limites da le, ‘eciir nos limites da lide. A relacdo poderta prosseguir pelo at. 535 da Lei Complementar n# 035, de 14 de margo de 1979, que, ‘nos ens 1a VI, ano se relere a deveres no processo como a \deveres em relacio ao processo(cumprir fazer cumprir prazos, 60 relacionamento do juz com as partes), Contud, vec 4e plano que os deveres do juiz nio derivam de. poderes das partes sobre seus atos, mas sto deveres que decosrem da funcs0 Juisdicional, Seu fundamento estd nas_proprias-normas. i ddiscplian a junsdicao ew processo. que .-esteurura normat- wae que cla se manifests, onde_n_cxeaicio do poder €.a ‘eallzagio do poder de cumprir 0 dever.0 dever pelo qual 0 14 Soles ems. extent xpos de ost CAMO MARBOSA MORE 9 ‘Acxposigto que se fer sobre teora das stuagbesjuridicas ino fevard tafrmacio de queo processo€ uma sitio jurdic, ‘A teoria da situagzo juidica cumpre o sew papel quando de ‘Monstr a impossbilidade de se considecarvinculos imperatives ‘ent sjetos, quando substi a relagko juridica, mas nem por isto se pode dizer que o processo sja uma stsacao juries, Sieuagées juridias nele extario presetes, mis no © definem, porque, como instrumento do exercico a juriecgho, ele € un strutura normativa que as comport, Fess estima normatis {de um procedimento.que prepars um ato final, de caster impe: ratio, um proviment, eallzado em contraditrio entre as Pat tes, que se estudael a seguir Estado se obigow, quand asia fungi de se subtiuieaa parce ps aan ses dison prs rng contro ‘xercendo'um pes que, como wa per, no Esta de Die to limita pel Tmexrin vinculo ene sjetos, pelo sal aon possam se po plo ul onda psa se nos Se anlcaao proceso Agua se expin_consrids no-selo~ pasado rod aidalsmo uric. jn. etcont te ‘fo peiio gua condinarsiesjando no eo fk anda quese registrar problems que surgem quando se cepa a nauera do proce pa elnca mira de is {usros concen cfrene, Pog sea ofc Se povereedevere que decrem de wna sagt urea, — | tontnagiocsubjugeio so coneiton que x stam 0 ae Go da rlago jrten Asim, fculades, pers © devees see i nyen ted eta pee | omar como fl vio. sob seep dle Faculdade, fpoorese dcteres no quate conceal da ago jr, {etoren de vinculos de subosdinayo de vont de um sj Soire's wontade do otro. facades pores feet Sivas jd, si guaieagio deco aloeadas como algae poles cone posslsadsundiconent_ | : ‘Beograd, c Jeveres, com a-conduaasce-cumpra-0 310 ‘ero por ta vontae plc aculdade), oto grado por tina vontade declrads (poder) © 0 a0 de cumpamento da norms (deves) sto maitestagoes exeriorzads do comport ‘nena dos sujet, ou sj contedo de condutas ‘Quando se wa dentro do mesmo argument conceitos per 145 Aten de sopert da cone de pret como rela ae Icyou connie de ou eri dent tsa ees ‘ga meee rc GotDACh MT ema ‘rtund retexo de HELO TORAACHT: neste Process Rt cence enepres rs sents, cme iene Ce i im ee Sen calla puss compreensio 3 propo spun, Xe Sua ewe st sn Bowe desfeakifl cogs es deve nga oe Sloot pene Snes each Seprcend Sarr om ul lngugen © que o en cua feats rceas Pets fon com me oe forum deermino nme Sem toners queso clot Soiome raver scm eee ‘qualquer condicao de prosseguir em seu crescimento, {ho prowavo coms conto, qm sau sone pis. 100 101 COSCOCOCOSLGCOLLELECEOOLOLLOECLUOOEOULN: CUUEVUGLESUSOUOSGSIOTVIVUVOVOGVVUVUUUUE capiTuLo vr ‘0 PROCESSO COMO PROCEDIMENTO REALIZADO EM CONTRADITORIO + ENTRE AS PARTES (61. PROCEDIMENTO: ATIVIDADE PREPARATORIA DO ‘PROVIMENTO. ‘Acaracterizagio do processo como uma espcie de proce mento exgt a reelaboragio do coneeito de proeatimento, Para celica este como uma uridade ment, sullcientemente genera, fara comportar una muitplcidade de particulandades, 0 ponte de putida foi oato do Tstado, dotado de ariterimperativo, para ‘qual se volta toda a estrusora normtva que discplina a aiidade pve cence nor lites deo Edo camp stn fg Jot do quar Iegalqve dacipina sae aiden, Anivdae preparatra do provineno€0 procedimento «ue ncrmament, tga eat el com cdg do ato force prepara, polio, ae memo soe ates per fo germense Ga conchnto do pocednenta os st 8 62. ARENOVAGHO DO CONGEITO DE PROCEDIMENTO -Arenovagio do concelto de procedimento ji vinha despon rando na doutrina do process, mas de um modo sncompleto, indiferenciado, ou ainda bastante informe, com virts questoes ‘no resolidas ou resolidas de forma insatsati, Em estudos publicados a partir de 1936, ENRICO REDENTL | vislumbea 0 procedimento sob uma nora ica, entendendo 16 CL FAZZALA- een Dirt Proce Qui Eton, Pd 147 Conform meciona REDENTL ov ofl. pubadon pe Git em 1936 foram ts pogetones o Dio froctmat Cl pas pela oS enegou sae console CF booms aa Tse batsones Das ‘la Sond Estone mb Pocus Ge, fra an a. 103 « processo como aatvidade destinada a formagio do provimen- to jursdiional. Ale se ocupa de determinar os aos que devem Compor essa atvidade, quando sio legalmente necessirios ou Simplesmenteconsentios, como devem ser coordenados econ binados entre eles. A aiadace preparatorla do provimento en- olve tos do proprio autor do provimento eos outros sujeitos [gue devem concorrer paras sua formagio, por isso sa disiplina seitk por varios eaquemae normatvos. ses exquemas, segundo REDENTI, propostos para ss diversas possiblidads de proces- fos, devern tomar o nome dé"procedimento, que se entende Sino if modulo legate de fonomeno tn astratto™®. ‘0s paradigmas ou médulos legals como diz REDENT, nfo ‘se enconttam sempre perfeitamentetragados © prontos para © Mono temo dale. Muitasvezes énecessirio construttos pela Vindainexpretago, com auniio de trios geris, come i buon _geometra procede alle sue triangulazione dalla conosconaa di Tati e dtangoti:® “O meaiulo legal, 0 modelo normativo capaz de comport teva avariedade de procedimentos, se elabora pela mesma atv ‘Gade de generalizaco « absteagio desenvolvida a formulag2o ‘de qualguer conceto, Soa corstrugio € possvel a partir das txpecies de procedimentos previstos pela Ie, que, conforme diz REDENTI, podem set recolidos ou distinguidos em grupos ou Subgrupos (amigle) em razio da classificacio dos provimentos Finals que visam a formar plrmaaerelahorats da Tio Caracal «Maro lla = Nason © Scie Soa a are, 5. Seren ice Rass rampecndn co gal Se Fr Aspect cca eimpeenin REDENTIvckrese ao pcan oennscE to yn dragon gu Po uma miner Sree enenes mevontin posse mana 9 104 ‘Também LIEBMAN jé revela wna crea apeoximagio dessa nora concepcio, quando dscorte sobre aestutura do proce mento, em que 08 ats processuals formam clos de uma cot Fente- Masa aproximacao de LIEBMAN éapenas elatva, pos sa ‘doutrina separa o procesto do procedimento, mantendo quanto estes concepgio antiga, ainda deminante na teoria process, ‘quando enuncia que 0 termo process € mais amplo, porque pode compreender mais de um procedimento™" (0 ato estat de cariter imperatno para euja preparacio todo procedimento se volta € 0 Seu mouvo;sua ratormas nio € ‘elemento proprio para que dele se deduza a especificadinimica {do procedimento, que no € um mero encadeamento de ato. GPa conmamengio ve ex10 Fazzatant A contribuigio defiaitva para a renovagio do conceito de procedimento, no Direito Processal, orginica, sistematizaa, ‘oerentee lic, vem de ELIO FAZZALARL, que pars de uma bem estruturada visio do ordenamentojuridico e de um quadro conceitual muito bem definido para ivestigar as formas pos: sSveis de “enucleagio", ou de conexdes de norms, ou se, de agrupamentos normatives wstos quanto a espacial Torma do fentclagamento dessts normas; dos atos por els egidos, nko 5S ra qualificagho de sua juridicidade, mas na sua predicagio quae ‘do tls ator so corelaclonados com tals norms, para a crac Fizagio do procedimento edo processo. FAZZALARI preocupa-se em definie previamente os con ceitos que utiliza no desenvolvimento. de sua arguments 2 fms ei ea i ig mn ‘Ses pono apenas eben eis cor ANTONIO CaMLOS BE ‘wt civrta Abn PELLHORINY GHINOME€ CANDID 1 A Be eo roy co ue ft eo CCLCOOCOOLOLLLEUDOOOOLOULOKLOUBLOOU: OUDUVODGSVOYVVVUE GOODE CVEULOLLY <0, porque estes, muita ves designados com o mesmo nome don conceitos radiionals, nfo possuem a mesma conotgio consequentement,releem se reliades urd eres ‘A norma juris do ponto devs de wa eats fgie, € contemplada no apenae como clnone de aorago de ee ondut’ st como ops vnc eeaclosa qu expesst ‘snare da soleade, mas tb er elagao a com Porela desert. a queselgaaalorgto normative Sendo ato Sinonimodeconduta(quetem no comportumento seu conte do), dese alrago resulta a qualineagio do ao juries como to (0 ws do propria em). ou om devo. & pono do sueto em cago 8 orm pesmi fala em posi subj, ‘u posi fra subjea, equnlificar «condos como facut dade ov poder, € ylorada como lca, © como deve, 3¢ 6 ‘alorada Com devia Da posto do sujet em relado 4 objeto do comport mento deserito na nora, PAZZALAM ext oconceto dere Sabet, nfo como um poder sobre a conduta ake, ou de Aireho a presagio docrente de rg fui, as como tums posigio de vantagem do suelo asegurada pels norma, Tesco que Se apeende pel “ce do somporaments des {tom noma lon oso Sed norma decreas uldade ovum poe, pars ost, a posto de vantage Ine ore aie dna tide udu pode gue ‘© quad concetual com o qual FAZZALAR rabalha sect cxplicnd, na me em que for convenente pars latest desea exponigto. Tnwetn, € importante sublihas, dee J, que os atom tetoe qualia como lauds ou poveres nad em a Yer com a concen raiconal de dirs eubjeves,€ que seu 106 contraponto no €o cio, Os ats its constiuem poderes Setomtrem cm delrgoes de wmtade ma confinao fia) E tacutuaes, se conse em ator em quea vorade, embers fresente como em qualr st vio, io nocastaser dec Fa porguc np como tomncientedeterminacio do agen {Eide ero comportamentadesento na norma” >" Os exemplos ‘Sterecdos por TAZZALAR slam 3 distinglo: as partes tm prover de “pofen juamento decsoro, feuldade de alegar Eros deve de cub prove Quando hi consequat toca fas do exrcclo dos pderes falas, desvo- [rcs eo ular do ato suge airs do Onis. Como diz FAZZA- TAN os poderes facaldadescraerzamse come On, quan: toi fas de seu execico ale process lia umaconsequencla dstavorivel a nar doo fo sue € ago comprir on nao ate mac afta de cumprinento se resolve na posibtidade de Gano par cle™ *S segundo ponto que merece rlevo €explicagto de que a qualia do ato como cto (poderesefauldades)ndo se faem contapoxigio ao lio. © Mico ao €nealdo ma est turn do procedimenoe do ponte de vit gio, nem 0 posers Ser po no poder compor 0 conecto de ao juride. B€ Se tos juries que ela no procedimento, ces que O Compoem em doo seu fer, até © momento fina. Ela que toe exdur oo da experiencia do Diet, mas nel ele Comparece com inervani a conduta devi, descr pea froma subouncal, pela norma de veto material Tek le arlene ssn como o dct hater cj ata € requ: ‘dn, sone slags Com oat Bal, 0 proninemto no proceso, tas no negra bo era 157 CL. A anced de noma jue, ori coe de cond ica oS a str do cotemar ss cede oe 107 30 procedimento nio é aividade que se esgota no cumpri- mento de um nico ato, as requer toda uma série datos eum Série de normas que es discipiam, em conexio entie eas, Fegendo a sequéncia de seu desenvolvimento, Por iso se fala em procedimento como sequencia de normas, de at0se de posigoes Subjensas, sesobcende a ras orm) de qu deore uae om FAZZALA- ‘lenis STANMLE, ma de do Deke como um querer ela ‘0 emrcogney auc emenl e enon pel pio at ‘Sosa de pemamen, 8 Sear enna uc gat ‘Saerges do boric jr se ome sre jena. ‘Sn enn srs Sor Sm gens ening gers cn pa ‘Sto norm deeb eereat Bae es © sm pens 1S ei tsa ae dee su aban ar eps norm ds fongics gue decorem de sn vpetto fom 8 ‘Sau ep helo continuo de MORENTO BOBO Tear ‘Seeman orien oe de Claud de Ccto (ape 1) © Nae ctone Ch Stmon opi! 29), so Pu Poi Bemis bbs {eas ri Mu oem es ‘Scag em paso puma sc lo de fers Gea dan No tis as ingore i, gue at do pont de wt ‘cleo ow sb 0 proms foray an ies do, Deco. ennai “guano drccr coon em cise pi conde por cB “tip Pores tr ELSEN cate hangs com ‘dey mpongto de ums onda em sue ipongaa ¢ anon de Dest, qu sc dcenc de dorm Emu ve remve ago gue [isa fos prs peer ens csto pont precisa ‘Smo pig Conduct de un Gino, Pore @ conten ‘Sins Eompeconde'® tt namie psu ac impo ‘Socomprecnte ti apres en pegs pongo dee Sigma, eh impo door sce tet = pen. ‘ore qu pep co.) endows Eto ns arma, pus Bou. ge etic op rac. Sie 108, ato de catiterimperasvo, um provimento tem no proce: simento sua fase preparatéria, mas nio é entretanto,sulente para esgotar sua definigio, Aatiidde que precede sa emissio, ‘0 edigio, ov emanagio,€constiuida de atos que sio disciplin dos segundo umm modelo noemativ proprio, que determina 9 especial forma de coordenagioe de conexdo, no deseavolvinen 16,08, no iter do procedimento até 0 10 Bal ssa especial forma de coordenacio ser descrita a sei, ras, anes, convém recordar que, para FAZZALARL, © proced mento ndo € umm conceito particular de uma dsciplina, mas. conceito eral do Direito,edeve ser “olhido’, extend, de um complexo de normas que incidem sobre ato e posigdes subjet ‘as que peeparam 0 provimento, que é como se vie, um ato do Estado, emanado de seus degios, na Grbita de sua competéncla, dotada de carter imperato. [Nao € excessvo ressallar que a expresso ‘posi subjet + contém um sentido muito especfca. Nao se refered posicio de sujetos em uma relagdo com outeo sueito ou & posigio de sujitos em um quatro qualquer de lames. Posigio subyewva €2 posicio de sujetos perante a norma, que alors suas condutas como lita, facultadas ou devidas [No procedimento, os alos € a posiges subjetivas sho nor mativamente previstos e se conectam de forma especial pact ‘omar possivel oadvento do ao final, por ele préparado, Nios ue condu sem & poi, nm impor. © ar perio a 0 set thre im KELSE, o sao pn sre pose mga ue ‘ms aor que pte ua Sins dca ¢ scl ou rac ‘poe a onus € minds po oa (Ex prowitode matt iff tenn mao te ress import cn permit Ig €redun' foniode detromae (gue spree Com 2 cap So) ous» abst ou inka daa mm pre Ss de ps fr yp cr egies KALSEN als lngaente, as proscpat seme destin ropes eta exosn I KESEN Teor ec ds Nowa a. ‘Sod Frenne Duar, Rt ee Fate, om pp. 1204 109 CORCOCOOOVLECLOOLOEEOOLLOOOOLUOOLULOOL: OVGOVVGOHOyVVYVVYVUI COLVUYUOULESCOVO09S ‘ato final, em sua enisténcin, masa propria validade desse ato, ‘consequentement, sua elicicia, dependerio do correto desea ‘olsimento do procedimento ’A forma especial de conexso dos sts © poses subjetivas normativamente prevsts, que torna pensive a identificacso de ‘qualquer procedimento,€ descsta por FAZZALARL "Hl procedimento st engle quando ct trova dé Jronte auna sere dt norme, cascuna delle quali ‘rego una determinate condotta (qualificandota co- mo keto doverosa), ma enuncta come presupposto ‘ell propria snctdenza i compimento di un'atits regolata ca atra norma della serie, cos ta fino alla Imorma regoltrice di wn ao finale Quando pressuposto para incidéncia de uma norma é 0 ‘cumprimento de uma auvidade previa na norma anterior da série do compleso norma, alo se esté diante da simples ‘ordenagio de uma cadela normatia, que poderia ser linearmen reconcebid, Pressuposto, em linguagem flosOica eda gies, € premissa ao explicit, e esa, como se mostrou, em topico anterior, €a proposigio da qual sio extraldas outris proposiches, pelo processo de inertnca,e, como se recordou, as conclusoes po- ‘dem serornar aovas premissa de novas conclusbes, na cadeia de proposigées, no raclocinuo dedutio™, fsa € a nogio funds. 159 (AZAR enna co ii, om he psc dtr guano cape ‘oats desc strat" Dl poate gear dat fra Foros mo dati opp aa ba ee 2 pe div cine 9 descclvincrio do acco que 0 Leo ppt, gunn so ims de una tca, ures Oe no _mental pars a apreensio do now conceit de procedimento. Foi cle iniclalmentereferdo como uma estruturs que prepara umn 00 ral imperative, peovimento, e essa estrutura é constitu ‘etal Forma que, na eadeia normatia que dsciplina 0s aos e35| posigoes subjetias a incidencia de uma aormna so poder se Yenfcar valldamente sobre os atos dia sequéncia, se @ norma Anterior houwer sido observada e cumprida, na sua previsio de datos que poderiam ter sido exercidos ou que deveriam ter sid0 ‘cumpridos. Em ouuas palavras, na sequénca normativa que ccompoe a esrucura do procedimento, a observincia da inciden- ‘dada norma que prevéo to que pode ser exerci ou deve ser ‘camprido © prewuposto, € condigio de validade, da incidencia ‘de outra norma que dispbe sobte a realizagio de Outro a0, ‘endo deste 0 pressuposto, assim até que © procedimento se ‘esgotaatingindo seu ato final, quando se verficaram todos os Dressuposios normativamente previstos para a emanagio do provimento. A observancia da incidéncia da norma significa que ‘Os atos que ela peste sto reallzados ou tem a possibilidade de Sua relizacho gaantida, © 0 atos que ela estatul como devidos ‘io realizados, quando nao se permite a sua conversio em onus, ‘Se 0 procedimento fosse considerado apenas como uaa série de normas,atos e de posigbes subjeivas, 0 ato juridico Isoladamente considerado poderia produzir nele seus efeitos. Mas 0 procedimento é mais do que uma mera sequéncia norma- tiva, que disciplina aos e posicdessubjetvas, porque fz depen: der a validade de cada um de sua posigho na estrutura, que ‘equ o cumprimento de seu pressuposio. O ato praticado fora ‘ess estrutur, sem mobserancia de seu pressuposto no pode ser por ela acolhido validamente, porque nao pode ser net inserido 6.3.1.0 PROCESSO COMO ESPECIE DO GENERO ‘PROCEDIMENTO. ‘Como fot exposto, FZZALARI caracter20u 08 provimentos como ates imperatives do Esado, emanados dos orgios que am

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