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ler peace Seer eee eae eee pio i cpressio: “I yu com frio. Frio interno e ‘heres fu ene seta so ol exerend e upite!chnes Des 3. Autoria e resist@ncia A vida dos grupos marginalizadostendea ser representa distin. ta deforma "onecromatica”- come dra Lok Weeruant (201.9) c ‘stitca. Normalmente, seus integrantes nos sio apreseniados ox come ‘imas do sistema ou como eberragtesviolntas No enteno, sob ome erspectiva menos autocentrada, ¢ posivelvislambree,ente ees, une {nfinidade deestratégis cle resstincia ede deslccamento, oi entation de deslocamento, no espaco social. As impliacdes dessa etrattyas ne estécia das personagens, ena economia da narrative, tomamese aya questo crucial para o entendimenta de suss possiildades a's movie como elas s80 vistas desritasndo dea desler o ulgnmiento que ¢ feta, por vezes, de forma incnscente, do integranes dese grupos De um modo ger a personagem da narratva bras contempo- ‘nea “sabe o seu devido lugar” Na literatura, como as telenovelan’ ne Publicidade, no jomalismo, em suma, nas outasrepreseacdes de nesor realdade ainda que nao necessariamente ela propria), dvisto deoae, 8, ras e gnero € muito bem mareada: pobes enegros na fave ¢ "os presidios, homens brancos de clase media inectuals no expagee ppablicos, mutheres dentro de casa, negra na cozinha..Nasnaratives oe Contato enze os diferentes esvatos sto, em geal, pisces Quardis sparecem, quase sempre, esto marcadcs pela violencia - man at cooks _ma-seprivileglaraviolncia aberta com que, por vezes,cxpresannse ns ‘sgrantes das classes subalteras, em detimento da violencia alenciony, ‘strutural, que #exercida sobre os dominads, Pode ndo ser exatamente assim que se vive, is aadesfoa esses en- ‘quadramentos¢ fil para o eto, que os encontrarepicades nos mals Aiferentestipos de dscurso, Portanto,¢ fil também para exciton, que no precisa se arrscra lidar como estranhamento na construgao do fro. O que ndo quer dizer que ndo existam aguecles que o fan, com ompeténci, como j oi visto no captilo anterior De quelaver forma, & ‘cada vez mais dif gnorar a existnca de uma crise na representa terria.Se orepresetante, no sentido politico de palavia ssnumne = ange de port-vor 6 aquele que fala em nome de outos na esferapablcg 9 eseitor faz outros, suas criatras, ganharem voz por meio de sua ta No momento em que se agudiza a consciéncis de ne ety oe socalmente situadoa),« de que tudo o que ela) produ tras as mareas ‘dessa situago,aleptimidade de suas zepresentages tora-se passive de ‘guestonamenta. Istalada a dovida, abrem-se brechas mum sistema, em fer bastante unissno, porgue refatvio 8 presenca de grupos socials Alfereniados ~ sj autores(s),sejam suas personagens: Dai os rus ‘2 desconfort casidos pela intrasio desss vores ndo autoizadas no ‘campo literdrio brasil; dal a testo e oF deslocamentos grads en- tue os autres leptimados, que se véem dante da neessdade de ex- plictarem sua posgfo,abandonando a “perspectiva de alpenre", que limpregnava obras come Menino deengeto (1989 [193], de José Lins do Rego, porexemplo =o para assumiro pono de vista do outro, mas para eclvar uslament aimposiiidade desea propria, Nese capitulo esto reunias anlises sobre tes autores centras para se pensar ess tensto: Clarice Lispctor, Osman Lins e Seep Sant Anna Em tndos eles, teres protagonists escltores que, em plena ditadura m= liter, pem-se a pensar a propria escrita ao mesmo tempo em que a pro-

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