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A Formacdado Social da Mente a colo mai atiga da Martins Fonts erie obras de grandes autores - mamas posgubis _pleadas ~ ere pcloga, pace A Baga, 6 apresentar bras com fundamen Wins reconbeca que forma subsios para a pris (tensa, da oriontacao escola da cca L. S. Vigotski vy MERCED a opspuiso: aquay vp 1v1I0S i) Martins Fontes INDICE a ete Prefécio dos organizadores da obra _. XML Gero Introdugao (Michae! Col sylvia Scribner) 1 Nota biogréfica sobre L. S. Vygotsky 21 a 68 A FORMAGAO SOCIAL DA MENTE ser otganizadas de acordo com os tipos de classes e tornam-se organi zadas como conceitos abstratos, Nao hé divida de que lembrar de um elemento isolado, pensando em conceites, é completamente diferente de pensar em complexos, em. bora sejam processos. compativeis*. Portanto, o desenvolvimento da ‘meméria das eriangas deve ser estudado no somente com respeito is ‘mudangas que ocorrem dentro do préprio sistema de meméria mas, ‘Quando uma pessoa ata un né no lengo para ajudé-la a lembrar de algo, ela esti essencialmente, construindo o processo de memorizagao, Fazendo com que um objeto externo relembre-a de algo; ela transforma © processo de lembranga numa atividade externa. Esse fato, por si s6, é suficiente para demonstrar a caracteristica fundame Periores de comportamento, Na forma element bbradas na forma superior os setes humanos lembram alguma. imeiro caso, gragas 4 ocorréncia simultdnea de dois estimulos que afetam o organismo, um elo temporaria é formado; no segundo caso, (0s seres humanos, por si mesmos, criam um elo temporério através de ‘uma combinagio artificial de estimulos. A verdadeira essncia da meméria humana esti no fato de os se res humanos serem capazes de lembrar ativamente com a ajuda de si, nos. Poder-se-ia dizer que a caracterfstica bisica do comportamento hhumano em geral é que os préprios homens influenciam sua relagio ‘com 0 ambiente e, através desse ambiente, pessoalmente modificam ‘seu comportamento, colocando-o sob seu controle. Tem sido dito que a verdadeira esséncia da civilizagdo consiste na construgo propositada ‘de monumentos de forma a ndo esquecer fatoshistéricos. Em ambos os eas08, do née do monumento, tomos manifestagdes do aspecto mais Fundamental ¢ earacterfstico que distingue a meméria humana da me- sméria dos animais, oe egy hou and Langue eps 6, par a Sc9 ae capiTuLo 4 7 INTERNALIZAGAO DAS FUNGOES PSICOLOGICAS SUPERIORES cionados ¢ incondicionades, Pavlov usa lefGnica, Uma possibilidade & que dda pela conexio de dois pont Isso corresponde a um reflexo incondicionado. A outra poss que a ligago se complete através de uma estagao ce ‘com o auxilio de conexbes temporirias e de variabilidades sem tes. Iss0 corresponde a um reflexo condicionado. O eériex cerebral, sendo o érglo que completa os circuitos do reflexo condicionado, cu pre o papel dessa estapao central especial ‘A mensagem fundamental da nossa andlise dos processos subja centes &criagio de signos (signalizago) poderia ser expressa por uma forma mais generalizada da mesma metifora. Tomemos os exemplos de atar urn né para ajudar a lembrar de algo ou um sorteio casual como ‘meio de tomar uma decislo. Nao ha dGvida de que, em ambos os casos, forma-se uma associagio condicionada temporéria, ou seja, uma as sociagio do segundo tipo de Pavlov. Mas se queremos aprender aspectos essenciais do que estd se passando aqui, somos forgados @ con- siderar ndo somente a fungo do mecanisio telefOnico mas, também, a fungao da telefonista que manipula os conectorese, assim, completa li ‘gagiio. No nosso exemplo, a associagio foi estabelecida pela pessoa ue atou 0 n6. Esse é 0 aspecto que distingue as formas superiores de ccomportamento das formas inferiores. ‘uma linha espec lade 70 AFORMAGAO SOCIAL DA MENTE ‘A invengao € 0 uso de signos como meios auxiliares para solu cionar um dado problema psi (Cembrar, comparar coisas, re- latar, escolher, etc.) € andloga & inveingdo e uso de instrumentos, 36 que agora no campo psicol6gico. O signo age como um instrum a, como qualquer outra, no plica uma similares. No devemos espe- rar encontrar muitas semelhangas entre os instrumentos ¢ aqueles ‘meios de adaptaglo que chamamos signos. E, mais ainda, além dos as _pectos similares e comuns partilhados pelos dois tipos de atividade, ve- ‘mos diferengas Fundamentais. Gostarfamos, aqui, de ser 0 mais preci s0s possivel. Apoiando-se no significado figurative do termo, alguns psicélogos usaram a palavra “instrument” ao referit-se a funcao indi- reta de um objeto como meio para se realizar alguma atividade, Ex- presses como "a lingua € 0 instrumento do pensamento” ou “aides de ‘memoire” sZ0, comumente, desprovidas de qualquer contetido defini- do e quase nunca significam mais do que aquilo que elas realmente so: simples metiforas e manciras mais interessantes de expressar 0 fato de certos objetos ou operagdes terem um papel auxiliar na ativida de psicolégica, Por outro lado, tem havido muitas tentaivas de se dar atais Fazendo desaparecer a distingdo fundamental entre eles, essa aborda- gem faz.com que se percam caracterfsticas espectficas de cada tipo de atividade, deixando-nos com ura tnica forma de determinagio psico- ica geral. Essa € a posigdo assumida por Dewey, um dos represen- tantes do pragmatismo. Ele considera a lingua como 0 instrumento dos instrumentos, transpondo a definigio de Aristételes da mio humana para a fala Eu gostaria de deixar claro que a analogia entre signo e instramen: liferente das duas abordagens discutidas acima icado incertoe indistinto que comumente se depreende do uso figurativo da palavra Deveriamos entender que pensamento ou meméria Bo andlogos: ‘TEORIA BASICAE DADOS EXPERIMENTAIS 71 ‘dade externa? Teriam os meios de atividade simplesmente 0 papel inde finido de embasar 0s processos sos? Qual a matureza desse su porte? O que significa, em gral, ser um “meio” de pensamento ou de ‘meméria? Os psicélogos que tanto se comprazem em usar essas expres: Bes confusas no nos fornecem as respostasaessas questoes 108 que conferem Aquelas expresses ito mais geradora de confusdo. Con: ‘mas que realmente ndo pertencem & jzados” sem embasamento yualarfersmenos psicologicos psicologia - como absolutamente nenhum. S6 € poss! ce no psicolgicos na medida em que se ignora a esséncia de cada forma de atividade, além das diferengas entre suas naturezas ¢ papéis histori cos. As distingBes entre os instrumentos como um meio de trabalho para dominar a natureza,¢ a linguagem como um meio de interagio social, dissolvem-se no conceito geral de atefatos, ou adaptagbes artficiais, 'Nosso propésito é entender o papel comportamental do signo em tudo aquilo que ele tem de caracteristico. Esse objetivo motivou nossos 's para saber como os usos de instrumentos e signo es- jzados, ainda que separados, no desenvolvimento cul lacrianca. Admi esse trabalho. A primeira est relacionada & analogia ¢ pontos comuns ‘0s dois tipos de atividade; a segunda esclarece suas diferengas bisicas; ea terceira tenta demonsrar 0 elo psicol6gico real existente entre uma ‘© outra, ou pelo menos dar um indicio de sua existéncia, Como ja analisamos, a analogia bdsica entre signo e instrum repousa na Fungo mediadora que os caracteriza. Portanto, cles pode! a partir da perspectiva psicolégica, ser incluidos na mesma categoria. Podemos expressar a relagSo légica entre o uso de signos eo de it rmentos usando 0 esquema da Figura 4, que mostra esses cont

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