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Edward C.Whitmont e Sylvia B. Perera sigolbgico. (E, de fato, no final do sonho ela cconsiderado um desenvolvimento favors. wna (ysis. Contatando seu problema com a sombra .pressdo responsavel para seu lado carente, rebel. rdelingiiente, mesmo correndo 0 risco de ser co. vel, portanto, u ‘eadotando uma ex , potencialmente i i oe oie. a sonhadora estava contatando o “lar”. E, com isso, des. sr vin gua verdadeira identidade, que, enquanto recorre a0 “falso catrinegada so pode se expressar negativa edestrutivamente, oe te devanear, ela pode aprender a tornar-se assertiva, trabalhar tlutar de modo realista por aquilo que quer e precisa individualmente, Seria este 0 valor positivo da energia sociopata. Estdo representados na estrutura dramatica do sonho os opos- tos energéticos da psicologia da sonhadora: policia e tendéncias so. ciopatas, inércia e promiscuidade ou rebeldia. Por terem os opostos permanecido até entao separados, ambos os lados estavam negati- vvamente polarizados. O sonho enfoca isso ¢ serve como ponto de partida para construir a consciéncia da sonhadora de seus lugares no drama da vida. A lysis (ou catéstrofe) sempre aponta para o futuro, para aqui- Jo que, embora ainda nao esteja realmente presente na vic vias de sé-lo, é possivel ou até provavel. Nessa medida, se ¢ lysis (ou catastrofe) podem ser também proféticas nao sé no nivel do su- jeito, mas também no nivel do objeto. Contudo, s6 retrospec mente pode-se estar certo de que uma mensagem particular ante: Paya eventos no nivel do objeto, exteriores. Exceto pelas alusdes, que podem ser lidas como possiveis adverténcias sobre fatores objet negligenciados, é melhor tratar as aparentes profecias como possibi- lidades psicolégicas do nivel do sujeito. Elas podem mostrar aqui que est disponivel potencialmente, como uma resposta ao desafio ‘ou como saida para a dificuldade; mas continua sendo necessario realizé-lo na vida real. Levar a mensagem do sonho a s ajuda a tornar realidade consciente os aspectos favoraveis da fun- ‘sao prospectiva ¢, da mesma maneira, ajuda a evitar aquilo sobre que © sonho advertiu. aia Sher um problema s6 no sonho ndo basta. Deve ser acompa- Eee atividade equivalente na vida desperta. Relacionar-se emocional, nao Caan Por Compreensio abstrata ou até por insigth Stresional ndo basta. E preciso que vivamos com as imagens € men- sees 'ss0 cotidiano e que tentemos trabalhar com elas de mo- sponsdvel e realista. O sonho ‘NOs mostra onde esté nde er- amos € quais sao as possibilidad nie ahered nas, a menos ena Dosibildadese os caminhos abertos para n6s, cles lutando coe emibem tentemos testar esses caminhos indo por 1as dificuldades, a mensagem do ‘sonho sera em vao. 90 Capitulo Oito MOTIVOS MITOLOGICOS Pode faciimente acontecer que uma i sentada num sonho somente por umn flor, como quando um deus ¢ representado por um | A interpretacdo exige entao certos conhecimentos que tem menos a ver com zoologla mineralogia e mais com ar ‘questo, Esses “aspectos mitologicos” sempre e mesmo que num dado caso possam ser inconscientes (CW, pars. 55, 57). (0s arquétipos intervém na formagao dos contelidos conscien- tes, regulando-os, modificando-os (CW, 8, pat. 408) 0s sonhos podem apresentar e até podem ser estruturados por motivos especificos, procedentes do acervo mitolégico da humani- dade. Todas essas imagens sdo arquetipicas, expressam forma bsi- ca e padrées ordenadores e simbélicos que descrevem “da melhor ‘maneira possivel a natureza obscuramente pressentida do espirito... apontando para além de si, para um significado obscuramente pres- sentido, que escapa ainda & nossa compreensio”.! Transmitem 0 padrdes de energia coletiva nucleares, em torno dos quais podem se constelar quaisquer complexos? do sonhador indi Esses motivos mi presentam para a cons- ciéncia humana os principios fundamentais de forma e significado, padrdes ordenadores do poder criativo transpessoal e, provavelmente, suprapessoal, que vém sendo descobertos, expressos ¢ ce vvés das eras nos rituais, artes, lendas, contos ¢ relatos histéricos. Re- resentam as vias pelas quais o inconsciente col de, em suas diferentes manifestardes culturais, responde espiritual, filoséfica, social, ética e esteticamente aos grandes temas da vida. As imagens miticas que emergem na consciéncia onirica so padro- nizadas pelos principios formadores basicos, que denominamos ar- uétipos. Eles mostram uma via pela qual esses padrées alcangam a1 nossas percepgdes e subjazem a0s 103805 ritos religiosos, n des e nosso comportamento. Por intermédio de seu aparcasee em sonhos, capacitam a0 confronto direto com os elementos ae! nosos, transpessoais e, em ultima andlise, irepresentaveis, que truturam a atividade humana e a consciéncia — padrdes de vides fancia, desenvolvimento, sac rimento, cong mencionar apenas poucos. 6 dem ser altamente auxiliadoras; s6, porém, quando assimiladesey, termos de sua relevancia para a situacdo psicolégica e existenci pecifica do sonhador. Elas devem ser exp pessoal, psicoldgica. A imagem arquetipica, o complexo e a adapta- ‘cdo pessoal devem ser vistos e trabalhados juntos, como aspectos mu. tuamente entrelacados na situa¢do de vida do sonhador. Esses moti amplo acervo do inconsciente coletivo, muitas vezes so desconheci- dos para 0 sonhador até entao. ‘Mas, embora eles se assemelhem a partes de mitos ou contos de fada (antigo e modernos) existentes, também podem ser inéditos, individualmente criados/descobertos, para ecoar com os temas de vida em jogo na psicologia do sonhador. Pois, como Jung to ade- ‘quadamente escreveu, todos nés “sonhamos 0 mito progressivamente € 0 vestimos com trajes modernos””.? De fato, parece que a capacidade natural da psique de formar mitos ou de contar historias € um poderoso fator organizador e de cura, Ao tecer eventos, dores ¢ experiéncias numa historia dramati- ca significativa, atua no sentido de integré-los em uma totalidade or- ganismica de funcionamento global. i As imagens arquetipicas procedem de uma camada da psique que esta além, tanto do funcionamento consciente pessoal quanto ional-intelectual. Sao transpessoais, alids, em geral suprapessoal ois séo expressdes representativas de padres de poderes que esto além da vontade pessoal de controle e até da compreensao, atuando numa dimensao do campo consciente que parece independente das limitagdes de tempo e espaco como nés as conhecemos. Nisso elas ‘manifestam uma estreita analogia com aquilo que chamamos, livre- ‘mente, de funcionamento instintivo nos clas também nos conectam com a dimensio do espirito ¢ da expe- riéncia espiritual. Os motivos arquetipicos, portanto, indicam 0 de 2 wvimento potencial, ainda irrealizado. Mesmo diante das mais en mas constelacdes ou imagens aterradoras, 0 terapeuta de- ar que as energias arquetipicas, que podem estar formando ‘complexos destrutivos, esto destinadas a tornar-se fa- Ofim vez de softer essas energias ou exteriorizé-las de ‘vo ¢ obssessivo, elas podem vir a estar disponiveis de assim que a adaptaco pessoal, consciente, se trans- forma consruva a da celtagho expresso responsdvel da mar em ume « * fortjonalidade” arquetipica. fo cere dos tores de cura. RECONHECENDO OS MOTIVOS MITOLOGICOS dade esse motivos se itoldgicos quando o sonho nos confronta com ele! 2 et ecole racionts, esses personagens parecem ou agem estranhamente. As ve- nos exemplos a seguir, alguém leva um tiro no coracao ‘0, ou um gato se transforma numa leoa enfurecida, Gue pode ser apaziguada quando se dé a ela um chocalho. Esses com- Portamentos s6 acontecem por magica, nos mitos € nos contos de Fada, Sabemos que estamos nos reinos do mito ¢ da magia, no so- ho, quando a energia psiquica subjacente manifesta-se em mudan- gas de forma, quando flores podem falar e se comportar'como seres humanos, quando animais podem tornar-se principes ¢ princesas, quando deuses e deusas aparecem sob a forma de animais, e gatas podem virar leoas. Embora o surgimento desses elementos irracionais indique ao intérprete que é preciso procurar motivos sicos no sonho, tam- bém ¢ importante estar atento para a presenca de um poderoso ma- terial psiquico, tao separado da consciéncia do ego que sugere uma grande distancia psicol suldades em relacionar 0 As vezes es, como nO e continua viv Essa irracional fundidos com temas mitoldgicos e contos de fadas. Os motivos miti- ‘cos ¢ dos contos de fadas podem parecer irracionais ‘uma coeréncia formal, interna ¢ geral, uma consisténcia motivacio- nal ¢ estética e, até mesmo, uma. ldgica propria. Freqiientemente, diferenca entre estes ¢ a desordem cadtica tem afinidade com a dife- Fenta entre uma composigao musical atonal e um martelar err ae, ou entre um Picasso ou um Klee e uma dispersao dispara~ Ine eon fragments coloridos. E preciso que o terapeuta diteaareinado sua sensibilidade e seja experiente para captar essas 93 Quando ha incoeréncia nas préprias imagens oniicas ou uma representagao de elementos sem fla—H0 aarente Ou cB6tcos, fgg repre ealar a atvidade dos nivelslimitrofe ou pscbtico np sq. pode assipaparecimento de imagens arquetipicas destrutivas e/oy Sobrenaturais altamente impessoais, estranhas, nos sonhos, geralmente jnaies distancia ou até dissociacao da energia em questo, do sonha. jTor ou terapeuta. Nessa situagdo, a rela¢do com o fator potencial qe eura é improvével, pois, enquanto persistir essa dissociacdo, a ener. fgia nao pode ser canalizada construtivamente, ‘Embora os motivos miticos ou dos contos de fada, quando ge. nuinos, ndo devam ser reduzidos & mera psicopatologia,’ o apareci. Trento de certos temas miticos de destruigdo (como cenas de infer. no, decadéncia ou desmembramento, ou caos da batalha final) po- dem significar fases criticas de transico no processo analitico, com desfecho incerto.® "Além da aco similar & dos contos de fada, os motivos mitolé- ‘gicos também podem ser reconhecidos por uma forca aparentemen- te predestinada dramética, arrebatadora. Eles so imagens de estru- turas cujo padrao basico é subjacente a totalidade da vida do sonha- dor. Geralmente, seu aparecimento nos sonhos tem um tom pecu- liar, discretamente sobrenatural, uma “‘numinosidade’? que cria um senso de reveréncia no sonhador ¢/ou no analista. As vezes, mas nao necessariamente, a ago do sonho mitico tem Jugar em ambientes hist6ricos ou culturais nao atuais ou num tem- po/espaco manifestamente fantastico. Essas cenas nos avisam da pre- senga de um complexo distante da consciéncia do sonhador, tanto quanto o tempo ¢ o lugar estao distantes de sua realidade atual. Eles sugerem uma dindmica que ainda expressa ou est fixada nos cfno- nes desse passado histérico ou periodo cultural. Serao necessdrias associagées, explicagdes e amplificagdes pertinentes a esse periodo. Uma cena oni na Roma antiga, por exemplo, pode referir lorativas de forca de ‘mo, autocontrole, responsabilidade e servir 0 Estado ¢ a comunida- de; ou, negativamente, a nsia de uma impiedosa conquista elevada 4 categoria de virtude. Uma atmosfera rococé pode falar de leveza € graca de estilo, ou de uma postura jovial superficial, mas também € possivel que assinale o inicio de esclarecimento e ordem racional, conforme os tipos de associagdes e explicagbes dadas pelo sonhador. _ Quando confrontado com um dinamismo mitolégico-arquetl- pico, nosso julgamento sobre certo ou errado, valido ou ndo valido os comportamentos deve ser guiado pelas modalidades mitolégicas € dos contos de fada, € no por nossa racionalidade comum ¢ coli 4 (Q material assim representado procede de uma fonte profun- ‘stante da consciéncia diurna do sonhador, em que se aplicam niveis magicos da consciéncia.’ Sentar-se a beira de um as Go em atividade demonstra irresponsabilidade, pelos padr&es co- vis cotianos €, psicologicamente, revela um elevado grau de in- muveigncia e/ou de negacao de uma erupcio emocional. Por outro fofo, como indicamos acima,® em termos arquetipicos, o motivo da legrera vulcdnica simboliza um acesso @ dimensdo transpessoal a/Grande Deusa, com suas conotacdes de morte ¢ renascimento. Pade, enfim, assinalar capacidade para uma consciéncia do sobre- ral, que irrompe como uma emocionalidade eruptiva, vulcanica. ‘Havendo uma alusdo direta no sonho a um elemento “sobrena- "", mitico ou de conto de fada, como, por exemplo, uma criatu- furfjuniana brincando perto da cratera — sugerindo companheiros 2 Dioniso — ou um tripé — sugerindo a Sibila que recebia os ord- Solos —- o¥ uma voz misteriosa na fumaca ou até uma sensagao de siminosidade ¢ assombro, o foco da interpretacdo deve ser também Jiretamente dirigido para o nivel arquetipico da mensagem do so- ho. A mensagem entdo poderd enfatizar o aspecto sexual (fauno) ‘ou a possivel sabedoria profética (sibila) da fonte profunda. A i gem da atitude imprOpria perante aquele local (vulcao) adverte o in- térprete de que o sonhador esta brincando desrespeitosamente com poderes da dimensao simbélica, talvez com jogos mentais, “viagens mentais”” ou ‘‘caga ao simbolo.”” Embora todo sonho contenha alegorias e simbolos que exigem atengdo e compreenso, os elementos arquetipicos nos sonhos exi- ‘gem do terapeuta compreensao sensivel dos inimeros motivos do am- plo acervo mitolégico da humanidade. Assim, ¢ importante para to- do psicoterapeuta aumentar sua familiaridade com esse material, nao se contentando apenas com uma mitologia que, muitas vezes, é a mais préxima da propria mitologia do analista. Um estudo dessa amy tude proporciona material adequado a amplificagao de uma ampla gama de sonhos de analisandos. tur © CONTRAPONTO ENTRE MATERIAL ARQUETIPICO E PESSOAL Como explicamos acima, a amplificagdo é um método para che- 8ar & compreensio do sonho vinculando seus motivos ao sentido mi- [2l6eico geral, por comparagao desses motivos com 0 material mito- {Geico existente. Em vez de apenas reduzir 0 sonho ad primam cau- am. em termos de eventos da infancia ou de problemas atuais, a plificagao utiliza o conhecimento e as associagdes do sonhador 95 it jistrias tradicion: ‘o corpo dos mitos e hist ais, com ‘ou do terapeuta cor er o impulso provavel de um determinadg regrar o complexo pessoalmente consteladg ce ‘ ag seu cerne arquel ‘Sem essa consciéncia el ¢ abrangente, elemen. tos cruciais de um sonho podem ser perdidos ou reduzidos na inter. ca + incompreendidos ou Vslos apenas como distorgdes ra. Sedem do padréo determinado mitolos samente nao serao percebj. See Estes tém uma importancia particular, uma vez que algumas de fagdes sempre chamardo a atencao para elementos cr ha paicologia individual do sonhador, que requerem exame, Um pesadelo repetido com variagdes ao longo de vinte anos fo relatado em terapia por uma mulher de 38 anos que apresentava al- dzuns tragos limitrofes. Ela era ou vaga ¢ indefinida ou dada a uma negatividade rebelde, geralmente ao panico, e propensa a atos auto. destrutivos. Ela sonhou: HE Ele sido esconderijoe fica na minha frente. Sinto-me tao assusta- dda que nfo posso me mover. Ele sorr e, calmamente, me da um direto no coragdo. Eu no morro. Eu acordo. O trabalho comegou obtendo-se ass ¢gura escura lembrava a sonhadora de um “tipo zelador””. Ela o des- ‘reveu como apenas ‘‘terrivelmente quieto ¢ ameacador’’. Segundo sua explicacdo, zeladores jos e do lixo, ¢ vir vem no pordo". Levar um tiro no coragdo “certamente mataria, mas ali eu nfo morri ‘Os sonhos costumam ficar repetindo suas mensagens até que se~ jam compreendidas e integradas & vida. Esse sonho ja tinha sido tra- ‘balhado em terapias precedentes, como uma revelacao do desejo ocul- icagdo masoquista e como medo de base edipiana de pe- pai-analista. Hé uma verdade parcial e distorcida em 8 no conseguiram tocar 0 cerne es- sencial de seu problema; e, sobretudo, foram terapeuticamente ine- ficazes. Os temas arquetipicos aqui néo sto Edipo, mas Hades- Dioniso, 0 deus do mundo inferior (aposento escuro no subsolo) € jagdes para o sonho. A fi- terapeuta se calou sobre suas amplificacdes, de acordo com © preceite basico segundo o qual os elementos pessoais devem ser 96 3.9 Mas, como proporcionay: ica subjacente ‘am orienta 20 caso, se eo para uma vram ao a 3, onde fcam a de Dem © senhor do éxtase He Em vez de raptada, Core, €, 85 vezes, equiparado a Dionis ( soaho, porém, 0 tema tem uma variagao, propria sonhadora que desce 20 submundo e ai or elemento masculino de sua psicologia, O mot Seminiscencia dda busca de Ishtar pelo amante no mundo: inn {dimisturado com o de Eros-Cupido, cujas fechas causa Ge, agonia do amor. O entrelacamento dos temas sugere que hi um ime pulso-motivagao no ego-onirico, talvez ligado a uma busca do amor Fassional, que tira-a de sua vida cotidiana e confronta-a com ome do de estupro € morte € com uma conexdo com a painio extiticn, predestinada. : : (O terapeuta anotou 0 sonho apés a sesso e refletin a respeto: _Hé um espaco escuro e aterrorizante “no mundo inferior" ppleto daquilo que tem sido relacionado com o nivel de Esse yeino estd a cargo de Hades-Eros-Dioniso, wm poder chemedo hor” do éxtase, amor ¢ criatividade, disposto a penetrar 0 corasdo da sonhadora. Como ela estd com muito medo desse poder, sé pode sentir uma amieaga de morte no encontro. No entanto, de acordo com ‘0 proprio mitologema e com a lysis do sonho ("Eu ndo morro, eu acor- do”), podesse pressumir que, no caso dela, ser possivel um retorno Savorével ao ‘mundo superior”, ou seja, uma integragdo do material inconsciente & sua vida pessoal. O terapeuta também formulou algumas interpretagdes poss ‘mas, evidentemente, néo as compartilhou com a sonhadora. O te peuta anotou no prontuério do ¢: ‘com aquilo que estd cindido de sua psicologiae étemido — umasilen- sujeito, alegéricas ou simbdlicas, da dinmica psi cagbes Hosea devem ser examinads. Iso pode decorer das associa: Sgex ou explicagses pessoais para 25 partes do corpo em questo, as- oes so de aasociagoes ou explicagdes coletivas (ou mitol6gicas) sim come amente fixas para essas partes, Exemplos desis expla comPipletivas sto firmeza ¢ estrutura, para ostos;rava agressiva, Goes eae ou colera, para vesicula biliar ou bile; depresslo, para bi- amare Gntimentos e conexdo com o que é“percebido"” como um ae ree eapiritualtranspessoal, para coracdo; atividade auténoma des- trutivamente “‘infiltrada” ou ividade proliferadora de um complexo psicolégico, para cancer etc. ‘Nessa categoria também se pode considerar os sonhos com morte do sonhador e com agonia. Em contraposigao aos exemplos acima, ce eoniransformagoes nos ritmos biol6gico ou temporal, os sonhos com morte raramente se referem ao evento literal. Como dissemos no Capitulo 10, prognésticos a partir de sonhos, em geral, assina- lam um final radical de um cicl conseqiientemente, também um novo comeco. Essas imagens oniricas referem-se @ impulsos e dina- micas afetivas que estdo enraizadas profundamente nos padrées cor- porais e instintivos; portanto, ndo se pode esperar que se transfor- mem facilmente ou sem a “morte” psicoldgica que a transformacao costuma exigir. gagoes no nivel d ‘SEXUALIDADE Embora a sexualidade seja pensada em termos de género sexu, arquetipicamente, seu alcance é muito maior. O simbolismo yang yin, lingam-yoni, parece arquetipicamente entranhado em nossas PS- ‘ues como uma representacdo da polaridade fundamental entre par ceiros ¢ na psique individual. Socidvel-retraido, luz-treva, ativo- passivo, criativo-receptivo, assertivo-adaptativo, sao alguns dos pos, siveissignificados associados ao género nos sonhos, seja qual for © 153 sexo do sonhador. As associagBes pessoais ¢ explicagdes do son. dor também devem ser levadas em consideragao, © simbolismo sexual é uma forma costumeira de imagem men, tal do corpo nos sonhos. Em seu significado mais amplo, referee a atragdo e ao anseio de fundir e unir com o que quer que seja sentide como polaridade oposta. Essas imagens geralmente ocorrem quando ‘4 algum problema para reduzir a distncia emocional entre posigdes (por exemplo, entre analista ¢ analisando). Nesse sentido, po: pode prejudicar o desenvolvimento psicol6gico e/ou relagao ge ‘Um exemplo que pode ilustrar isso. Um rapaz com tragos li ramente obsessivos teve 0 seguinte sonho: Estou em meu carro, pronto para pisar no acelerador, quando reparo ‘que uma mulher & minha direita estd acariciando apaixonadamente ¢ ‘excitando meu pénis, que tem ejaculagSes repetidas. A sensagdo parece- me familiar, e gosto dela, mas estou um pouco preocupado quanto a dirigir desse jeto, uma vez que, a longo prazo, pode esgotar minhas energias e me confundir. EntZo, um homem que estava sentado atrds de mim, toca-me gentilmente na bochecha, e isso me parece uma cari- cia amorosa. Decido voltar-me para ele e ver quem &, pois gostei mais da sensagio do seu toque do que da intensidade dela. Mas, para poder me virar ever o que ele quer, tenho de me desembaragar dela e trat © pé do acelerador. Com a mulher & direita ele associou uma conhecida, por quem no sentia atragdo particular; chegava até a uma certa irritagdo Desereveu-a como um tipo amazona de mulher, muito ambi ¢ forcada, mas também inclinada ao que chamou de irramento se as coisas no aconteciam como ela qu ‘A personalidade dessa mulher lembrava-lhe sua mde, que caracteri- zou como um tipo semelhan © homem nao Ihe lembrava ninguém que conhecesse. Quando solicitado a visualizar essa figura em fantasia, o sonhador descreveu um artista quieto, afetuoso e sensivel. Esse homem era bem 0 op0s- to do modo como o préprio sonhador se via. Sua auto-imagem era de um homem de negécosraconal friamenteefcen mente ambicioso e excitavel, mas primordi ido Weampijon ¢excidvel, mas primordialmente sido e rd aa quando GAS Libiae 2 xe importantes insights. idinosa, o sonho trou- 154 desenvolvimento mostram 0 €g0 onitico no “corpo ao § Gutomével, pronto para pisar no acelerador. A ima- i eorporificagdo do impulso de prontidao, alerta. No mesmo 2 corp‘epo onirico descobre que esta libidinalmente fundido Orne sate excitado) com seu lado direito (cérebro esquerdo: acd (sexualine’gom uma encarnagao da ambigdo, compettividade ativa racine jo 4 histeria ¢ acessos de birra (suas associages com a mu- « propens! 9 ecebendo um conhecido, repetido e prazeiroso "'goz0". then Teura desperta seu falo, expressdo potente, asertiva do que ele Essa fuomo sua masculinidade. = <} ponto alto crtico do drama onirico é a inesperada interven sao do rapaz no banco de trés. O ego onirico se percebe sendo toca- G20 do rerlidades dele mesmo que desconhecia totalmente. O rapaz do po fetuoso, artistico, no banco de trds é uma figura que ale- seriza seu proprio potencial inconsciente. O sonho coloca que ele sored acesso a ele distanciando-se da figura excitante e tirando 0 Be do acelerador. Ambas as imagens referem-se ao seu problema com impulso. re seal represent um desvio do padrao comum daqui que co sonhador eo coletivo consideram masculino e feminino. A atra- go pelo atras do ego onirico expressa 0 anseio Pa tima masculinidade mais completa. Isso, nos termos do sonho, pods ser alcancado conectando a sensibilidade, a afetuosidade com as qua- lidades artisticas que o sonhador costuma considerar ‘femininas”. Por sua vez, a atitude herdica, masculina, € representada por uma figura de mulher. Ela representa uma fungao do lado auto-indi ¢“feminino” de seu ser, uma expresso de sua antiga fusdo nosa com a mae ¢ suas ambicOes para ele, e que ainda contin nando suas energias. sans Este sonho mee algumas nuangas diferencias na qualidade do envolvimento entre o ego onirico e as parte que se atraem. Com a Figura da mulher, hé um contato sexual diretamente excitante. A an ‘ma oesté “masturbando”; ele ndo participa conscientement O ho- ‘mem sensivel apenas toca-o e desperta uma resposta, ainda re, de atracao. O envolvimento intimo precedente express Gea isso: um estado de identidade com um complexo. Nele, 0 eg0 oniti- co é representado identificado com a anima obsessivamente ambi ciosa, histérica e excitante, A atragdo sexual ou emocional que mi fesultou, ov ndo ainda, em contato corporal intimo assinla que existe ‘uma puisio inconsciente, Isso significa um vetor libidinoso na dire, glo da es Cpa uma pulsdo, mas para um pc nda ndo foi consumado. i a Freee cclmente: podemos notar uma relagSo de polaridade entre ‘sonhos sexuais e sonhos com invasores ¢ perseguicdo. Enquanto 0s 155 que dit gem é sent sonhos sexuais mostram aquilo que atrai o ¢go onirico, os sonhos com invasor ou perseguidor mostram 0 que é atraido para o ego onirico ‘que “quer chegar até mim’”.* Representam contetidos do cciente que pressionam preementemente para alcangar a consciéncia, ‘isso contra o medo e/ou a resisténcia do sonhador. As chamadas ‘perversées” sexuais representam variagées da forma ou contetido inosa. Devemos ter em mente que toda tentativa de stamente, é “normal” ou “anormal” no ni- iva langa mao de normas sociais para o nivel uso pré-soci Ss arga pode ser julgado anormal; mas ndo podemos aplicar em absoluto tais pa- drdes a uma imagem ou sonho, que simplesmente descreve a nature za da pulsio libidinosa segundo diretrizes arquetipi as. sso nndo quer dizer que esses sonhos nao possam representar patologia, particularmente quando apontam para uma tendéncia de descarga au- todestrutiva. No entanto, isso se aplica igualmente a qualquer sonho, seja sexual ou nao. Motivos homoeréticos, como nosso exemplo mostrou, demons- ‘ou mulher mais completos, nos termos da imagem do Self Orienta- dor sobre aquilo que essa pessoa “pode vir a ser””, no caminho da individuacao. ralmente, masturbacao é auto-excitagdo. Ela pode sugerir +r inerente & capacidade de “ficar excitado” por se tornar mais mente auténomo, autoconfiante ¢ afetuoso. Esse voltar- para si mesmo e auto-excitagao podem representar potenciais ct vos a serem despertados a partir da profundidade do sonhador vando a uma capacidade para esforco individual criativo e a enfren- tar a tarefa de vida que se imp3e (hd um mito egipcio em que o mun- do foi criado por um ato masturbatério de uma divindade).5 Ou po- de assinalar tendéncias autistas ou de vicio sol que contém 0 0 da autocriagdo de forma ainda compulsiva. _Motivos sddicos as vezes podem apontar a preeméncia da ne- cessidade inconsciente de mais asseredo, dominio e controle. Em ou- {ros momentos, podem representar 0 meio pelo qual um certo aspecto da psique se compraz em dominar, violar ou maltratar os outros. Motivos masoquistas podem representar a necessidade ou do” ara uma adaptaséo mais submissa aquilo que tiver sido alegorizado elo parceiro, ou, contrariamente, uma tendéncia exagerada e im- Prépria a submissao. Esses motivos requerem um cuidadoso exame dos parceiros envolvidos, tanto no nivel do objeto como no do su- Jeito, ¢ devem ser vistos da perspectiva do principio da compensacao. 156 ‘ma mulher de meia-idade sonhou: Estou na cama com um homem idoso, meio parecido com meu pa, Ele me bate brutalmente e me estupra. Estou horrorizada, mas meno ‘assim sinto um intenso prazer e uma excitagdo sexual orgiistica, Ela lembrava do pai como “‘uma figura excitante ¢ inspiradora, as vezes uum pouco severo e com convicgdes fortes”, mas que ela con. Sjderava essencialmente benévolo e prestativo. S6 depois de intensa ‘Slaboracdo das lembranga relevantes evocadas associativamente por Sete sonho, ela conseguiu lembrar-se de que fora realmente brutali- 1a e mentalmente, e que nao Ihe foram consentidos modos proprios de sentir, pensar ¢ agir. No entanto, como fora dessa tinica praneira que a garotinha tivera a atenco do pai, tudo isso fora glo- ificado e sentido como manifestades de amor e protegdo paternais, Resultou disso que ela se tornara uma réplica das conviegdes e posi- g6es paternas, raramente pensando algo que fosse dela mesma e se Casou com um homem igualmente dominador, de quem se ressentia amargamente sem, porém, poder separar-se nem afirmar-se. Embo- ra se ressentisse conscientemente, inconscientemente ela glorificava ser vitima. ‘entanto, paradoxalmente, e contrariando a propria visio da sonhadora sobre ela mesma, as outras pessoas achavam que era uma pessoa muito voluntariosa, dominadora e forte. Seu marido, que sob uma superficie arrogante e rude era um homem bem fraco, ad em sessdes de aconselhamento conjugal que tinha medo del bém alguns dos membros do grupo de terapit Aqui, as implicagées do sonho no nivel do s ‘s, uma cuidadosa leitura do sonho deveria nos levar a sus- peitar de que o significado no nivel do sujeito € 0 primordial. A reti- a io sobre o pai e sobre sua influéncia sobre ela ficagdo de sua oj : ‘cram de importéincia vital. Mas, nos termos do sonho, deveria ape- nas servir como material associativo. Pois 0 sonho nao mostra o par- ceiro sexual sddico como seu pai, mas como um estranho, que ape- 'nas parece um pouco o pai. A figura representa uma parte da perso- nalidade interior (uma figura do animus, na terminologia junguia- a). Essa figura representa a semelhanca com o pai como uma parte de sua prépria personalidade; em outras palavras, sua prépria fore desconhecida — de fato, brutalidade ¢ dogmatismo ditatorial —, com 4 qual ela ¢ mostrada em estado de identidade psiquica (na cama: envolvida intima ¢/ou sexualmente). Ela se submete com delete esse brutal ditatorialismo e, inconscientemente, exterioriza em agressio Passiva. Ela domina por seu papel de vitima sofredora e maltratada- 157 E, projetivamente, induz ¢ atrai o papel complementar do agressor ativo nos homens que a cercam, inclusive seu terapeuta, Assim’ sentindo-se sempre ¢ novamente confirmada em seu ‘‘desamparg™” cla ndo consegue se valer de sua prépria forga oculta. Continua de” samparadamente atada a forga que a “estupra’”, mas que nao est disponivel para ela como sua propria forga. Se fosse capaz de assi milar o significado do sonho, aceitando e vinculando-se consciente. ‘mente (a imagem sexual) as capacidades assertivas potenciais repre. sentadas pela figura do sonho, ela seria capaz de integrar uma peca que estd faltando em sua totalidade psicoldgica que é relevante para sua individuacao. ‘As chamadas “‘perversdes”” sexuais nos sonhos devem ser con- sideradas como tentativas apaixonadas de fazer ou estar em contato com as tendéncias alegorizadas pela imagem. Embora seja necess4- tio primeiramente examinar essas imagens no nivel do objeto, elas apontam para uma dinamica psicolégica e, em geral, para anseios espirituais. O vampirismo, por exemplo denota “sede” pelo “san- gue da vida’. Representa drenar a intensa energia vital (correta ou incorretamente, conforme o contexto do sonho) do objeto do desejo vampiresco. No nivel do objeto, isso pode indicar um vampirismo ico, uma tendéncia a superdependéncia dos outros para apoio, ¢ forca psicolégica. Essa tendéncia, em virtude da indugdo , € capaz de drenar a vitalidade das pessoas escolhidas como objetos do vampiro. Esse ¢ um tema comum nos sonhos de criancas ‘quando as necessidades narcisicas dos pais esto drenando a energia vital e a autonomia da crianca. No nivel do sujeito, como Ansia oral, geralmente é uma alegoria de necessidades infantis simbidticas que estdo cindidas e atacam o ego onirico. O fetichismo expressa uma devocéo — mobilizada ou fixada e/ou Superenvolvente — pelas qualidades representadas no fetiche. Um exemplo relativamente comum seria o fetichismo masculino por sa- pato ou calcinha de mulher, que costuma expressar atragdo ou 4nsia inconscientes de devogdo pelo “‘ponto de vista” (sapato) ou pelo “‘mis- tério velado”” feminino, por aquilo que cobre ou oculta o ““segredo” feminino ¢ partes ‘‘sagradas”’. O voyeurismo tem uma conotagao si- milar, ¢ seu significado alegérico depende do objeto enfocado pelo sonhador. Todo sonho com imagens de “‘perversio”’ deveriam ser examinados a fundo. A3 indicagées gerais sobre significado aqui su- geridas devem ser tomadas como simples indicadores para amplifi- cagdo de tendéncias arquetipicas gerais — nem mais, nem menos. A aplicacdo especifica desses contextos sempre dependerd ¢ seré mo- dificada pelas explicagdes ¢ associagdes do sonhador individual, 158 IMAGENS DOS ORIFICIOS CORPORAIS 0s orificios corporas, principalmente boca, vagina, bicos dos finus ¢ uetra, assim como olhos, nariz ¢ ouvidos contém tm Saad gas) de ago com arealigde Eke funcio Femoto (cérebro reptiliano) de relacao . Ele funcio de entrada — e de saida — para o mun aa coe ert sobre exes oils e sobre a dindmica nels en- Contrada e projetada. Quando essas imagens aparecem nos Sonos, Efmportante que o intérprete tenha uma compreensio da literatura ‘dinica, mas ele também precisa ter uma compreensdo experiencia) ‘imaginal dessas metéforas corporais. A literatura e a arte em todo mundo estdo repletas dessas imagens. Flas podem ser proveitosamente tstudadas para que o terapeuta chegue a uma compreensao imaging Ssais completa dos ricos e polivalentes significados do sim! al. : compextravés da boca, do nariz e dos ouvidos entram substancias s6- i i ar, odores e sons; pela uretra ¢ pelo anus: substancias cee sd ‘querem e/ou exigem sair. Pelos bicos dos seios flui a nutric&o primodial, 0 leite benéfico ou 0 “‘amargo veneno’ ee = gina é a entrada para o poderoso e numinoso feminino, para 0 pt nseminagdo ou terrivel voragem. De suas trevas flui itmicamente otente sangue da menstruacdo, que assinala um estagio da femi- idade, e que apresenta o problema de acompanhar 0 fluxo, ae Gade, sujeira, comunhdo com as outras mulheres e a natureza. Po! ela luta o nascituro, e essa imagem é também encontrada como. Poe no retorno as trevas, que é a morte. Cada uma dessas imagens deve ser vista de acordo com a dindmica dos niveis do sujeito e do objeto. "A boca funciona como um érgdo do paladar, a entrada para ‘o alimento que sustenta a vida ¢ como 0 meio primério de ae poracdo. Pode servir de metéfora para tudo isso, assim como de expulsdo deliberada de ar, saliva, vomito, ¢ como ‘expresso de sen- ‘timentos em solugos, beijos, gritos ¢ fala. Motivos orais sugerem va- riagdes sobre temas como receber material de apoio a vida ou lesivos 4 ela, assim como auto-expressdo primédria e auto-afirmagdo. Fre- ‘Guentemente, referem-se a necessidades de dependéncia, & capacida- de pegar ou recusar o que ¢ oferecido, necessério ou requer metal fizago. (Motivos orais sexuais podem representear 0 anseio de “‘as- similar” a energia félica ou yonica.) Os dentes se ligam capacidade oral de morder, ‘“cravar os dentes em”, ‘‘mastigar bem’”. Eles pre- param o conteiido do mundo exterior para a assimilagdo. Mordem. Resse sentido, eles também podem referir a agresso oral, ambigao ce inveja devoradora. Perder dentes pode referir a perda de uma adap- seios, 159 ago ja subst i ‘ealidade, ¢ a esperanca de que seja sul ‘ao partua pics.Por out Idd, snhes 08 proprios dentes ¢s que i de re- Eo abalados ou sao perdidos sem chance sine perspectiva bem duvidosa da capacidade de Posie pode ene fungées representadas pelos dentes. te quanto as fungBes represe : 5. recuperacdo do cl Hjos servem como meio para a mais clemen: jo, no nivel animal. topreseryacior do queremos indicar uma perCeD= ‘do que mera compreensio in- tar orientagdo e autopresery’ vendo” ou “estou ouvindo”” quan pao que foi ‘assimilada””, que é mais amos” compli indicamos uma cons- ido “farejamos”” complicacoes, n ee covert! tintiva e/ou intuitiva de alguma coisa que ‘alme ‘mas mesmo assim orienta. M Jerir capacidade de “‘assi outro lado, a re cot conse “

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