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RONDO CAMEKON HISTORIA ECONOMICA DO MUNDO De uma forma concisa, de ha 30 000 anos até ao presente 2*edigao PUBLICAGOES EUROPA-AMERICA Obras publicadas na Colecgdo «Biblioteca da Histériaw: 1 — Misra da Revelugto Francesa —|, es Miele 12 Alara da Revougde Frncesa— Ii les Miche 2 — Hit da Revtugo Frncesa— I les Miche 4 Hira da RevolgdoFroneesa —1V, ules Micbele. 3 A Descobena de América Dir de bord da 1" ving (16921683)—1, Castério Calembo {6 A Descoberte de America — Relat dat quar igens(1483-1S04)—Ih Chit6rdo Colombo 7 Misra Conia de nglvera—I, 6M. Trevelyas 8 — Misia Cancza de laglterra— Ik. M. Trevelyan 9 — Hara de Portigl,lxe Hermano Sarva 10 —Adisroyrafo ns Descobrinenos Porgese, Anno Silva Ribeiro tata Eclesduia de Portege, P= Miguel de Otvera = His da tasiea Pornques, oto de res Branco 13 — Misra Geral de Europa Pere Gea, Inquts Pie Mill, Mazel Paco ‘René Raya 14 — Hs Goal da Europa — Ui, Jan Berger, Pipe Comin, Yves Ourand ‘Fret Rep = Misia Gera do Europe — FG, reyes, Rolané Mas, ReytondPidevie = Misia Conia de Fronga—I, Pane Oavbt Hinde Conesa de Frenga — li Pere Coober 18 — Hit do deo XIX, Serge Berson, Pre Ml (Diego de) Gite Dern, Serge Bere, oes ‘Guthie,Jean Gufen,Pee Mea 19 — Misra de Megambigue, Maya New 10 — Hiri Cones da rej, Pipe Tout 21 —istéria Ezonénica do Mando Dene forma concsa de hd 30000 aes co presente Rondo Caneron 22 —ABroluo do Mundo Meier: Sociedade, ovemo¢ Pezameno na Euraps: 32-150, Davia Nicholas 23 —Histéria da Europa Pop, Prudence Jones Nigel Pensick 24 — Mira a Indra Portapusa ~ Da Idade Média wo Noss Dias, Manwe Feria Rodrigues e Joc M, Arado Menges 25 —A Primera Bra imperial A Expanado Ulromarina Eurepeia 1400-1715, Geotiey Senne 28 — Hist do Séoulo 2X — Una Snes Mandl, William R. Keyl 128 — Aiea Dogrefa de Um Continent, eb Reader 30 — Misia do Roque, Coes Tp 31 — Hsiao Govern | MonergsaseImpris Ang, S. Eine 432 — Misra do Govomo As Epocas Dnemdday SE Poe 34 —Mistdna Cancaa de Expanha,ccrdenapio Se Reymond Cast HISTORIA ECONOMICA DO MUNDO De uma forma concisa, de hd 30 000 anos até ao presente BH 7 PUBLICACOES EUROPA-AMERICA. ONIVERSIDADE Anata ABERTA “Tuo sd Concie Keon Hay ofthe Word ‘From Paleo Tine ft Present “Tradaor label Versio ‘Tadao porugues © de. A, 2000 Cope: eidiosP.5.A, © 1969, 1993, 1997 by Otforé University Pres, ne. Bata radu de A Concise Economie History of he Wor, 3 elo, publieads oglaloewe em ings en 197, «&puliada paced com a Oxford University Pres ne. ‘attire no pe sr vendo ma Replies Federal do Bras Not for sate a Bras Dishes reseed por Pabbeagies Borpe Amfac, La Nembuera pate ds publics pode Ser epodania 08 tranamiida por qualquer form oo por qualquer proceso teenie, mecnico ou Igri, iehinde foteepa, ‘eroupi ov grave, sem antoagto prvi e exert dior Except nature 3 seigzo de pequenos \exot o pesagees parapescaaio cu cies dolvo. ita ‘steep mi deve Ge mado nen set ilerpeada como fend xtnsvaa eaveipa de exis om recalha antl sou sires donde retulprojiopar o interes pela (be. Os vanessa le pases de procdimens jd aoe The Lyon ge Casuo PUBLICACOES EUROPA-AMERICA, LDA, ‘pana as MEM MARTINS CODEX PORTUGAL. Emi: secretaisdo@euepn america pL seca ene (Gates Exopam, La Mir Sint — Mem Macing eign 20485 ‘Outre de 2008 CConsuteo nosso ste na Intemet: www. europa-ameria.pt Para os meus netos Lukas, Margaux Lisle, Kyla, Graham Zane INDICE me Lista de quadros 3 Lisa de figuras. is Prefécio.. v |. slntroducion: Histériaeconémicae desenvelvimento econsmieo 2 Desenvolvinentae subdesenvolviMeRD a neneerenrnnemennn mae ‘Crescimento, desenvolvimento € ogee eens oH a Deterinantes do desenvolvimento econsmico 7 8 Produgfo e predutividade 3 [Extutora econémiea e madanga estrura 3 A logistics do ereseimenteeconSmico... ae uM Arbiict 7 a 8 2. Desenvolvimento econémice nos lempos antigos » Dinimica econémica «a emergéncia da 2 ‘As Tundagoes econémicas do impo. ° ‘Comércio¢ desenvolvimento no mundo mediterinico 2 Empreendimentos econsencose limites da eivilzagso ania 3” 43. Desenvolvimento econémice na Buropa Medievat os ‘A vase agrria ry Sociedade rural. 6 Padres de etabildade 7” Fergas de mudanga a ‘A Europa expande-se % (0 renascimento da vida wibana 0 CComrenese éenieas comercial 2 “Tecnologia industrial eas orgens da forga mecnica oe ‘Acise da economia medieval %6 4. eonomias no ocldentais nas vésperas da expansio ocidenat 100 ‘© mundo do Ifo. c 7 00 0 Irmpétio Otomano nn 103 Asia Oriental oe ‘sa Merdional Kiva As Américas A segunda logétiea europein Popul © niveis de V8 nen Explerapo edescobetta wn ‘Aexpanstoulramarina sua repercussdona Europa. A revolugio dos pregos. zy ‘Tecnologia produlividade agricole ‘Teceologia eprodutvidadeindustiais Comercio, rota comerciais eorpanizagio comescal. "Nacionalismo e Imperialsmo econémicos ‘Mercanilismo: um terme incorrect... = Os elementot comune Espatha e América Expanhola Portugal... Europa Cental, OrcataleSetettion Colberismo ex Fran ne © deseavolvinentoproigioso dos Pals Bates. Colherisme Parlamentar» na Gra-Brecanha © despontar da indvstria moderna .. Carzcteristicas da indisina modema : ‘A stevolucto industrials: urn temo incoreet9 Fetes concomlanes de indutalznio Teenologi einovagSo industri. ‘axiagio regional ‘Aspects sociais do comeo da industializago Popalagt. Recureoe (O detenvoivimento ¢difesto de tecnolog Fontes de energia produgio de enegia.. Ag Bet “eansporte © comunicagdes ‘Fundamemos juridicos no nnn Politica epensamento eeonémicas Esirulora de laces e lata de classes Eucagioealfabetnsgio 14, Desintegragio econémica internacional wn nennninenne vewennen BED Relagées internscionals . ‘As consequéncas econdmicas ds {Guerra Mundial nce nnn 382 9. Padres de desenvolvimen(a: os primelros indusrlallzadores CConsequéncias conémicas da pr. ot Bas (Ora-Bretanh.. ia ei A Grande Depressio, 1929.93. 302 Estados Unidos 258 “Tentativasrivais de eeonsiugfo 397 Belgica 262 ‘As revolugdes sia ea Unido Sovieiea nv nnnosnonn 7 401 Franga Eee ae 261 ‘species econémicas dal Guer Mundi e 405 Alemania. 23 15, Reconstruind a economia mundial 408 10, Pages de desenvolviment Planeamento da econeria do pés-guer 409 Sige (0 Plano Marshal e weilagres» econémicos. NL a Pafses Baixos ¢ Escandingvi ‘A emergéncia do Bloco Soviten ae wnnsesne ml atT Impétio Ausuo-Hingaro a ‘A economia da descoloni2a980 ennenen as Europa Meridional e Oriental. 7 ‘As origens da Comunidade Euopeis.. 2 Peninsula Trica Ina 16. A economia mundial no fin do SECW0 1X one omens 4M ‘Sieste da Europa (© colapso do Bloco Sovisico 436 Russia Imperial ‘A esfoliagto da Comunidade Europeia at Japi 7 Limes 0 ereseimeto? 443 11. O crescimento da economia mundial... ‘A Gri-Bretanha opta pelo comécio iv ou as ‘Accrado comério livre an ‘A «Grande Depressio» eo repesso ao prteccionismo. (0 padrdo-curo intemacional oe ‘Migrag e investment interncionais (© renascer do imgerilismo ocidental “Africa Aino a Explicagies do imperil f 338 338 Bas iH 355 13, Visio de conjunto da economia mundial no século xx 360 Populate... - - 360 ‘Tecnologia. 368 Insiuigdes 374 Relagesimeracionais 315 (© papel do Governo an As formas de empresa oo oe eae 379 Mlo-de-obrasindicaizada 340 isms qunonos ewena ino antevAne 11 PNB per copia 12 — Indicadotes de desenvolvimento econémico 7.1 — Populagdes de Inlaierae Pas de Gales... 8.1 —Crescimento da popular. 82 —Ocrescimento dos eamlabos- defor. 83 —Alfabetizacdo adulia em patses velecconados 84 — fadices de maticula em escolas primdrias 9:1 —Taxas de erescimento da producio e ds produtvidade da mfo-de-obra na Alemanka, 1870-1913. c 13:1 — Populagio mundial por corinentes 13.2 —Taxas bruas de natalidade e mortalidade 13.3 — Mortalidade infant, pases selecsionados 1244 —Esperangs de vida bnascenga em palsessleccionados 125 — Populagdo urbana on 146 —Preducdo mundial de energa prima, 1988 137 —Produgdo de eleuicidade, 1950 ¢ 1989 13.8 —Coméreo mundial imporagaes e exporagdes), 1913 Lista ve nouns 63 —Expulsto dos Judes... lea 64 —A Curlindlae os seas viznhos. ee m 65 —0 porto de Veneza. : 74 Woweno TiruLo asnewsno vo, 6.5 —Mercador holandés (Danie! Berard) 19 5. — Possess coloiais na América do Nowe, 1763 87 1.1 — Curva logistics, curva em S, curva de crescienento.. 71 —tndéswia inglesa em 1700, 190 1.2 — Relagio enue populasio cinovagdes de Epo. 12. —Campos vedados. fs 195 2.1 —Fesramentaspaloltea® ee 73 0s Sins campos vss es Ingle. a 196 7A —Moeda divisionaria 15 —Nevegagio fluvial. 716 — Rodovias sujet «portage em 1770. 17 —Coatwostdl date 7.8 —A ponte de fer sobre o rio Severn 7.9 —0 fomo de pudlagem de Cort. 7.10 —0 dispostivo de Newcomen TAL — Ista inglesa era 1800 .... ‘1 —Densidades populacionais na Europa 17501914 82. — Minas de earvio da Europa a 83 —0 convertor de Bessemer. ae 84 —Locomativas a vapor : : 2.2 —Pimuras rupesues.. 23 — Primeras cidade © cvilizaées.. 24 — Colonizagoes gregaefentca.. 2.5 —Moedas greens 26 —0 impéiio Romano, 117 4. 27 — Aqueduto romano em Segovia, Espanha 3.1 — Um seahorio medieval en nnnann 32 —Achasrua de conte profundo = 3.3 —Cidades stad da lia Setentionel em 1200 34 —Acconomia medieval mo seu ap0ge eons 3.5 —Banqueirowoscano 36 —Fabrico de mala (imagem da Vg Maia a wieotar) ct 5 —Embarcagio a vapor no ro R6dsno : 2 3.7 — Rods hidrduiea. 9.1 — Indice do PNB europea, 1899-1901 7 233 38 —Relégio mecinico : 92 —Colbeita do trigo no Nebrases. DoE bei ri tat teat. 0 mundo raugulmano, cerca de 1200 42 —Crescimento do Impétio Otomano, 1307-1683 nn 43 —O Império Mongol eos seus vzinhos, eres de 1300. 44 — Indi, cerca de 1600. 45 — OTS Mahal on 46 —Templo mala. 5:1 —Descobertasportiguess, secu x 52 —Curaea portuguesa ‘5.3 — Viagens mundias de descabera,efulos xv © vt 54 — Ros detrantecn om Exp 55 —0 fut holandes 56 —Iacob Fugger I, o Rico. 5.1 —ABolsa de Amesterd 6.1 0 cals de Amesterdio 62 — Império de Carlos V 93 —O complexo fabri de Cockeril em Sera 265 9.4 — Produgio per capita de carvi, 1820-191 9.5 — Consumo per capita de earvlo, 1820-1913 96 —Orioe ovale do Ruhr 9.7 —A freaindusuial do Rube 10.1 — Consumo de exo per copia, 1820.1913 10.2 —Tecelao manual ewig, 1850 103 — Serragio sueca, cerea de 1860... 104 — Produsfe consume de earlo, 1820-1913 oe. 10.5 — Indian ecamihos-de-fero na Resi por vols de 1914 1L.L — A Europa ds tatados de coméecio, cerca de 1871 1.2 — Ineo volume ana de apres do ples urpens, 109-1901 — 113 — Distibuigdo regional do comécie mundial, 1913 .. zl 114 — Disuibuigio de nvestimentosestangetos em 1914 1.3 —ACdWviste de Afiica até 1914. 11.6 — Impetalism wa Asia no Paice até 1914 13.1 — Barro de lata do Tereeiro Mundo ~ 132 — Ordem de velocdades resis para viagens continentas inercontinenal, 1825-1985 one 13.3 A poimelea ina de maniagem de Ford 16.1 —Filada zope 162 — Colapso econdmica, 1929-1952. 15.1 —A recuperagio econdmica eo erescimento da Europa Ocidental, 1948-71 PREFACIO Este livrocomegou como uma sebenta universitiia de apoio aun curso de Histxia conémica ds Europa Utilize, na verdad, rascunhos dos capituls nos meus prprios casos sabre exe tema, este 60 propésio porque, espero, venhao livre asersobretado ompulsado. Espero, contude, que srva igualmeate como um exo para cursos (eada ‘ezinasfequeres) de histria esondmica manda, iaeracionaecomppartivaccoro ‘um aul ou suplementoacursos de histria econémica americana, nrteamericana € austalésia. Gostri igualmente deo recomendar como texto complementar para ‘cursos de desenvolvimento econémico, a maior pate dos quas falha de perspecivas histica. Depois de pensar em varios ttulos, opel por Histéria Econdmica do Mundo, 8 {ngténcia de muitos smigos e na esperanga de que o liv venha também a inteessar a leitores no académicos em geral. Em parte com isso om mente, mantive propo- sitadamente a curtaabordager, como ottul indica. Esse facto provocou diversas prcblemas de slocgSo¢ interpretapo: quench, que exclu, comoapeesntarassuntos Complexes. controvesos? Procite apresetar oegsto facial omasclarae sucia- mente possivel, mas no me furtei a dara minha prépriainerpretagio em assuatos conloverso. (0s colegas de profissio notardo que evitei, na maioria dos casos, termos to consolidades quanto capitalismo, mereantlismo e revolugdo industrial. Embota no Aiscrso profissona, ests termes possam por vezes servi como abreviag6es conve: nientes ou resumnos verbs de complexas séres de acontecimentos ov ideias,condu- tems demasiado rapidamente a nogdesestercolipadas. Demasiadas vezes sto, na ‘erdade, os extudiosos enperimentadostentados aevlar uma anise dos acontecimestos ou ideas subjecentes, om vez de utizarem esses termes como ferramentas Jura tal anise. ‘A maior parte das minhas prépries pesqisas cm fontes rimrias confinow-se a0 séeulo xr, nalguns tpicos, ss sézulosxvi'e xx. Quer portato, dinar claro que aaodos os outos seus anteriores (¢ para muitos assuntos dos sécuos mencionades) depend da invesigasiode outros. A extensio da minha dependéncia Cimperfeitamente reflectida a bibliografia anolads, que ness maiorariamente livos em inglés. Todavia, ‘gm dos Liveos istados na bibliograti,uilizei também livos nowras inguas que nS0 © inglés, em especial artigos de peri6dicos e curaspesquisas monogrifcasem vias Itaguas. “Alden da pesquisa arguivstica¢em bibliotecas, a expetitaca pessoal moldou as sminhasopiides sobre vrios temas. Gosto de pensar que aninha inftneis, passada numa 4quinta do Texas nos anos 30 aperfeigoou a minha compreensio de certs assuntes de 8 RONDO CAMERON histria agréia. Nos ans 60, pase dois anos a América do Sul como representante éspecial da Rockefeller Foundation. Em 1976 viaje intensamente em Altica sob of fuapcios do Agencia de lformagées dos Estados Unidos, Vise iguslmene por tose 2 Buropa do Leste pela URSS, incluindo e Asia Crtcal Soviica ea Arménie Sovietics, Estas experfaciasinfluenciaram a minha percepyao do processo do desenvolvimento econdmico nas economia de mercado ede dieegi cen Um coro Perfo come professor convidado na Universidade Keio, em Tague, na Primavera de 1987, por coresa do profesor Akira Hayam, permiivome sprofundar os meus conhcimentos sobre a hstnaeconsmica do apo. Alon rics contidearo, sem dvds, omeu ulomais propriamente pompos0 «que modesto («do mundo» vermis concisa), Por outro lado, muifosacusarme-40 de ser eurocentista. A minha defesa € que os aconteciments na Europ, especialmente ‘os ltimos cm anos, veram omaimportinea determinante na consvego do mundo -contemporaneo, cuja compreensio este Livro se propée facilitar. O Capftulo 4 apresenta ‘05 pormenores mais clementares das economias nao ocidentais nas vésperas da expansdo ‘eutopeta; eapitulos poneriors aboréam o impacto da Europa no rexio Jo mundo, ¢ ‘icevers, durante 3 expanseo(¢contrace4o) europeia, st vo tem vnde a ser elabordo ha muito tempo. Surg trechos do Capitulo 3 pela primeira ver naples inrodatra a um cizso de hstna econémica moderna fue leccionei na Universidade de Yale em 1951. Outros captles foram adaptados ‘eadaptados,s longo des anos, em resultado das minhas pro pesquisa, as minhas leituresdumaitertura sempre renova, das prgunas dos meus alunos das sugestos dos mevs clegss, O produto final é muito diferente do que etna originalmente perspetivada. 'Nos muitos anos em que este livro tem vindo a ser apereigoado, acumulei cbrigagoes para com um nero to grand de pessoes qu sera impossivel mencio- néslas, mesmo que conseguiserecordar-me de todas. O falco professor Robert S oped, da Universidade de Yale, erticou pormenorizadamente os ts primeiros capitulo antes da sua morte premaiura, Ente outzs amigos ecolegse qv eam partes do manuscritocontamseo professor Jerome Blum, de Princeton o professor Jakob Finkelstein, de Yale; ofaleido professor Michal Fina, de Edimbutgo;o professor Rainer Fremdling, de Gronings; 0 professor Kristof Glamman, de Copeahaga; 0 professor John Komles, de Psburgh: aS Millicent Lamberto professor David Mitch, da Universidade de Maryland, condado de Baltimore: 0 profesor Clark Nardineli, de Clemson; o professor Tonathan Pro, de Emory o professor Richard Sylla, do estado da Carolina do Norte; a Dr.* Maria Todorova, de S6fia, Bulgaria; e 0 professor Mira Wilkins, da Universidace Internacional ds Florida. Conversas com elegas ds cinco continents sjadaram-meaclaificarideiasealibenat-me dealgons ros, Sem os implicar de forma alguma no resultado do que vi le, gostaria de fgradece eopecslmentea.C Baker Londres van Betead, Budapest: JF. Becpier, Zarique; Caio M. Cipola, Pisa Berkelay: A.W. Coats, Noingham; D.C. Coleman, Cambridge; Roberto Conds Conde, Buenos Aires: Frangois Crouzt Paris; Wolfram Fischer, Berlim; RM. Harwell, Oxford Chicago; Lennart Jorberg. Lune: Eric E. Lampard, Stony Brook: David Landes, Harvard: Angus Maddison, Gronings; Peer Mathias, Combrdge; Wiliam N. Parker, Yale: Carlos M,Pelaez Rio de Sanero, TC [MISTORIA ECONOMICA D0 MUNDO 1» ‘Smout, St. Andrews; Richard Tilly, MUnster, Gabriel Tortlla, Madrid; ¢ Herman Van ‘der Wee, Lovaina. A mina maior gratidio pela critica amistosa vai para 0 professor ‘Chatles P. Kindleberger, do Massachusetts Institute of Technology, que leu todo 0 ‘manuserito num tempo verdadeiramente extraordindrio e fez indmeras sugest6es, slgumas das quais no aceite por motivas que ambos conhecemo. O pessoal da Oxford ‘University Press em Nova lorque, em especial Marion Osmun, foi paciente, compre ‘ensivo e prestével ‘Os meus agradecimentos insttucionsis sfo também muitos, A John Simon Gugge- ‘heim Memorial Foundation concedeu-me uma bolsaem 1969-70 (adiada para 1970-71) ‘com outros objectives, mas durante esse ano completei rascunhos dos primeiros trés ‘capftulos. A Rockefeller Foundation desafiou-me para bolseiro convidado na sua Villa Sesbelloni, em Bellagio, Iii, durante um més, no Verdo de 1971, durante o qual aperfeigoei esses rascunhos. Passei o ano académico de 1974.75 como bolseiro do ‘Woodrow Wilson International Center for Scholars, na Smithsonian Institution, ‘Washington, D.C., onde conseguialinhavar alguns capftulos enquanto tsbalhava num ‘outro projecto. Em 1980-81, uma Bolsa de Humanidades da Rockefeller Foundation, de novo com outros objectives, deu-me tempo para acrescentar algumas coisas a capftulos em faze Binal de elaboraglo. Por fim, uma licenga sabética da Universidade dde Emory em 1986-87, permitiv-me completar 0 grosso do manuserito. Sr: Arlene DeBevoise leu todo o manuscrito num processador de texto, fez muitas sugestdes valiosase ajudou-me a prepara o indice remissivo. RC. Atlante, Geérgia INTRODUCAO: HISTORIA ECONOMICA E DESENVOLVIMENTO ECONOMICO Por que sio algumas nagSes ricas e outras pobres? Esta questio aparentemente simples vai ao Amago de um dos mais prementes problemas contempordneos mundiais, (0 do desenvolvimento econémico desigual. Apenas a guerra ea paz, a pressio da populagio e a salubridade ambiental — e, deste modo, a sobrevivencia do género hhumano — si assuntos de magnitude semelhante. Como consequéncia dum desen- vvolvimento econémico desigual, oorreram revolugGes e golpes de Estado; governos {otalitérios editaduras militares privaram nagéesinteiras ée liberdade politica e muitos individuos da sua liberdade pessoal, e mesmo das suas vidas. Milhées mocreram ‘miseravelmente ¢ desnecessatiamente de fome, subnutrigfo ¢ doenga — no por os alimentos ov outros recursos estarem indisponiveis, entregues aqueles que deles necessitavam. Os Estados Un ricas gastaram milhares de milhdo de d6lares em tentativas bem-intencionadas para aauiliaros seus vizinhos menos afortunados. Apesar destes esforgs vatiados,o fosso de rendimento entre o mimeco relaivamente pequeno de nagées abastadas eo da larga _maioria de nagSes empobrecidas nfo apenas persste como aumenta ano ap6s ano. ‘A situagao parece ser paradoxal. Se algumas napées sioricss eoutras pobres, por que ‘io adoptam as pobre os méodose pollicas que tornaram as outrasricas? Na verdad, ‘esas tentativas foram feita, mas, na maior parte dos casos, sem grande sucesso. O problema é bastante mais complicado do que parece a primeira vista. Em primero lugar, ‘io um acordo generalizado sobre quais 0s métodos responsiveis pelos rendimentos mais elevados das nag6es ricas. Em segundo logar, mestmo que ese acordoexistisse, ni0 de forma alguma certo que mélodos e polfticas semeltiantes produzam os mesmos resultados nas diferentes circunstncias geogréficas, culturaise histéricas das napSes ‘com parcos recurtos. Por fin, emboratenham sido fitas moitasinvestigagses sobre 0 problema, os estudiosos ¢ ientistas ainda ndo elaboraram uma teoria de desen- volvimento econémico que seja operacionalrnente dtl eaplicdvel na generalidade, ‘Ha vérias abordagens ao estudo do desenvolvimento econémico —felizmente, nio reciprocamente exclusivas. abordagem histérica ulilizada neste iveo no petende criar uma teoriageral e universalmente aplicfvel do desenvolvimento econémico. Em vez disso, aandlis histérica pode focar, uma forma que as outras abordagens no podem, as origens dos niveis de desenvolvimento desiguais que existem presentemente. Um, 2 RONDO CAMERON dingndstico correct das origens do problema nko garante, por sis6, uma receitaeficaz, ‘mas sem esse diagn6stico hé poucas esperangas de remediar o probiemz. Em segundo lugar, a0 concentrar-se em momentos de crescimento e declinio no passado, a abor- (0, enfemistcamente «eno: desenvolvidas» on aem desenvolvimento») & Gbvi0 ‘Ue, devido aos seus baixos endimentos, so pobrs, mas porq® subJesenvolvidas? ‘As estalticas dos cendimentos per capita s4o, no melhor dos cates, medidas rdimenares do nivel de desenvolvimento econémico, Em prieio lugar, 0 apenas -aproximagées. Além disso, por diversas razécs técnicas, as comparagécs intenacionais de eadimento sie especialmente fallvels. Mas existe oulas medidas de desen- ‘olvimeatoesubdesenvolvimento que embora menos plobais eabrangenes, sto mais descritivas. O Quadro 1.2 apresenta alguns exemplos. Como consequéncia de altas taxas_ ‘Quanno 1.2 —Indicadores de desenvobimeno econénico, pases sleccionades. onan "ina concoe For rd anise BREE geae 98 Tees ons ater tae Poteian Twasia Sies “Fw pr tas _pr ta Cam cose en iy pte B88 aanng eeare RBRE aeae anes nasa 2088 aa os ea ‘Fe Bea seal Not pnt 190 lo 10 11 oe oe, Ue noma eck 18M 10, or 2% RONDO CAMERON de montalidae, a esperanga de vida nascensa varia de 40 anos 469 anos nas naes subdesenvolvides da Asia, Africae Amérea Latina, a0 pass que esté bem acim de 70 anos na Europa Ocidental ena Amética do None. A moralidade infantil & par ticularmente clevada em pafses pobres, A luz destes mimeros, no € surpreendente que ssunidades de cudados de said sejam mais abundantes nas ays reat nos Estados ‘Unideshéapcoximadamene 470 pessoas por médica, na Sulga cerca de 1006 na Ausia 4323, comperadas com 1540 na Bolva, 20 mil noGana e 78 ml na Ela! Em eros Zinda male matenllstas, por cada 1000 pessoas ns Estados Unidos h4 7100 automdvele de pasageitos, 450 em Franga, 41 no Equador, 0a Tanziniae 1,3 na Birman, ‘Crescimento, desenvolvimento e progresso No discurso cologial, os termes crescent, desenvolvimento progresso sho feequentemente uilizados como se fssem sindnimos, Noentanto, para fn ienicos € nccessiro fazer a distingdo, mesino que essas dferengas sejam de cera forma sxbitrtias. Crescimentoecondiico ¢dfindo neste liv camo um aumento sustentado {a produgao toa de bens e sevigos produzios por uma dada Sociedade. Em décadas -ecenes, esta produgio foal tem sido medida como rendimento nacional ou produlo nacional bruto (PNB). (Estatistcamente,hé uma pequena diferenga entre produto nacional brute eendimento nacional, que Uigeiramente mais baixo que o prise, mas ‘1a maioria dos casos neste livro a diferenga pode ignorar-se; os dots agregedos ‘movem-se quase sempre juntos na mesma dreegso. Outo conceit, produto interno bro (PIB), é também utilizado ecaionalmeate; énommalmente um valorintermédio entre o PNB ¢ oendimento nacional.) Emboranéo existam registos do rendimento sacional de épocas anteriores, nalguns casos esses valores podem ser calculads; de ‘qualquer forma, mesmo sem valores quanttivos especicos, pode-se, por reg, e crescimento, mas ndo necessariamente; por vers, a sequéncia causal segue na ‘izeegdo opost, ou a8 duas mudangas podem ser ainds o produto comum dovtras mudangas, dentro ou fora da economia. Os concetos de estuturaeconémica ede ‘udanga estrtural si abordados mais em pormenor no final deste capitulo, CrescimentoeconSmico, como € definido aqui, € um proccss reversivel — isto, ode ser seguido de éctiio. Logicamente, o desenvolvimento econbmico €igualmente Feversivel, embora as organizagées oU ai estulurasraramente cevertam para preci- Samet as mesmas formas que existam aates, Com mas fequéecia, durante ou depois ‘dun pefode prolongado de declini econdmico tem lugar uma forina de reirogressdo ‘conémica —uma verso ara formas de organizagfo mais simples, emboraaormal- mente nfo idénticas as que exisuram anteriormente ‘Embora sejam amplamentetidos por «coisas boas, tanto o crescimento como © Potimis ea Siri, assim governando praticamente todo 0 mundo civilizado do sev tempo & excepgSo do Bgipto. Ambigces semelhantes moveram ovtros conquistadores, HISTORIA ECONOMICA DO MUNDO sr randes e pequenos,incluindo Ciro de Pérsia, Alexandre da Macedéniae Jilio César ‘© 0s seus Sucessores, os imperadores remanos. Todavia, fossem quais Fossem os ‘odvos, as bases econémicas destes antigos impéfios assenlam na pilhagem, no tibuto ‘e nos impostos que os canguistadores coneeguiam extorquir aos conquistados e as rmassas campones3s, Dado o carécter predatério dos impérios antigo, terdo eles dado algum contributo positive ao desenvolvimento econémico? Em termos de desenvolvimento tecnol6gico, (0s registos fo extremamente eseassos. Quase todos os principais elementos de tecnoiogi ‘que serviram as civlizeges antigas — plantas e animais éomesticados, xtc, olaria, ‘metalurga, aquitectura monumental, arode, embarcagdes a vela, cic. — tinham sido inventades ou descobertos antes do despestar da histéria egistada 0 feito tecnolégico ‘mais notével do segundo milénio (ca. 1400-1200 a.C.), 2 descoberta de um processo para fundiro minério de ferro, foi provavelmente conseguido por uma tribo barbara ou semibsrbara na Anai6lia ou nas montanhas do Céueaso. Sigaificalivamente,o principal ‘emprego do ferro em tempos antigos foi para armas, nfo para ferramentas. Outras inovagdes, como carruagens e embarcagbes de guerra especializadas, estavam ainda ‘mais directamente relacionadas com a arte da guerra ¢ da conquista ‘Embora tena havido algumas rupees importantes, foram [ites indmeros pequenos ‘melhoramentos tfenicos, especialmente no sector da agriculra, mas que raramente podem ser atribuidos a ac¢Ges ou politicas governamentais. Durante 0s tempos hielénicas sob o Império Romano escreveram-se iraladas sobre diversos aspectos da _agriculturae ocupagtes afins (a famosa biblioteca em Alexandria continha cinquenta ‘manuscritos dedicados unicamente & ate de cozer 0 pao!),destinados a informa ricos proprietdrios fundidrios eos seus adminstradores sobre como aumentar os rendimentos ‘das suas propriedades. As peculiaridades do clima, topografia esolo da Bacia Mediter- nica determinaram méiodos agricolas Sptimos, que evolufcam gradual e imper- feitamente a0 longo de muitos sésulos de ensaio erro. A rigueza das grandes cit ‘zagSes rbeiriahas baseava-se na agricultura de irigasao, que exigia um elevado grau ‘dc organizagio disciplina da forga de trabalho. Noutrs locas (por exemplo,no norte {de Africa no sul de Espanha),airigagdo complementava por vezes outros inétodos, ‘mas na maioria das casos era pouco econémica, se no impossive, para uso gene- ralizado, Em vez disso, evoluiu a técnica da «cultura a secos (como veioaser conhecida na América do século x1). Dados os solos leves e pouco profundas eos longos esecos Verdes que caracterizam a maior pare da egido,a tera arvel linha de ser lavrada fre- ‘quentemente mas zo de leve pata retere aproveilar a hunidade que sbsorvia durante 8 chuvosa estagio invernosa. Para manter a fertilidade do solo, sem fertilizantes artificiais © com escasso adubo natural, 0s campos eram cullivados aperias de dois em ‘dois anos (otagdobienal com pousio}; além disso, parareduzir ocrescimento indesejado ‘que roubaria 20 pousio os seus nuvientes, também tnham de ser lavrados, normalmente {ues ou quatro veces, mas, para um efeito Sptimo, até nave vezes por estagdo, Ocorreraim iniimeras variagSes deste padrdo bésico, especialmente nas zonas onde Floresciam horticutura,aarboricultura ea vticultua, Por rear, contudo, todos os camnpes exigiam ‘um trabalho muito intensivo, isto €, necessitavam de muita mo-de-obra por unidade de terra, Isto limitava extremamente a dimensio das unidades que podiam ser ‘exploradias por proprietériosindependontes ou simples rendeiros¢, consequentemente, 2 RONDO CAMERON deixava poucos excedentes para impostos. Por outro lado, onde o terreno fosse _apropriadoe a oferta de mio-de-obra adequads, as grandes propriedades que recorres- sem a grupos de rabalhadores servis e baratos (um proletariado agricola) ou esera 2zados podiam ser lucrativas tanto paza o proprietério como para o governo. Desde os primeiros tempos até ao fim do Império Romano, este himo sistema ganhou terreno fem relagio a0 primeiro, especialmente nas regides mais éreis. - ‘Apesar da quase estagnaso da tecnologia, 0: empreendimentos econsmicas dos impérios antigos foram consideréveis. Expedigées organizadas, pare comércio ou Conquista, difundiram mais largamente os elementos existentes de tecnologia © ‘wouxeram novos recurses para ombito da economia. Formnulagso explicita do diteito civil, mesmo que fosseelaborado para interesse proprio ewesclarecido» do governante ou da classe governante, contribuiu para um uncionamento mais harmonioso da economia da sociedade. Mais importante que tad, talvez, oestabelecimento da ordem © do dircito comum em éreas cada vez mais vastasfacilitou 0 desenvolvimento do comércio e, com ele, a especializagio ea divisio regional do trabalho. O exemplo evidente desta tendéncia 6, claramente, o Impétio Romano. ‘Comércio e desenvolvimento no mundo mediterranico [Nomilénio que se estendeu aproximadamente entre 800.C.¢200<4..,acivilizagio cldssica do mundo mediterrinicoatingiu um nivel de desenvolvimento econémico que do foi ultrapassado, pelo menos na Europa, antes dos séculos xu ou xu. Dada a falta, de progresso tecnoldgico notével na Epoce, a explicagdo para este feito deverd ser procurada na ampla divisdo do trabalho tornada possivel por uma rede de comércio e ‘mercados altamente sofisticada. Claro que o coméreio nfo era um fenémeno novo; hé alusoes feitas ao tfico de utensflios e armas em pedra no periodo neolitico ¢ a expedigses de cidades-Bstado « impérios mesopotimicos. Estas dimes eram norm ‘mente patrocinadas pelo Estado ¢ nem sempre era facil diferenciar uma miss30 de ccomércio duma miss8o de conquista. Governantes de Estados vizinhos também se ‘enteegavam ao ritual da troca de presentes, uma forma cammuflada de comércia de toca, Porém, dados os elevados custos do transporte por terra — as mereadorias eram lransportadas por animais de carga ecartegadores humanos —, esse comércio estava limitado a mereadorias de grande valorem relagao ao seu volume, como 0 our, «peta eas pedras preciosas, ecidos sumptuosos, especiarias e perfumes e objects de arte © ‘eligiosos. (A Unica excepgZ0 aparenteaestaregra, o fico de cobre bronze, no era ‘verdadeiramente uma excepsio porgue os metais a principio destinados a armas © ‘ornamentos das classes governantestinham um preso relativo muito mais elevado do {que tem oje em dia.) As eivilizagdes mesopotamicas estabeleceram contactos através ‘do eceano Indice com o Bgipto €o vale de Indo numa época muito remota, mas estas rotas nfo parecem tor sido ullizadas para um fico em larga eseala ou permanente, ddovide quer & falta de bens de troca complementares adequades, quer 20s perigos da nnavegagio na regio das mongées. ‘A navegagio no Mediterrneo era uma outra questo. 4 no infcio da histéria registada (ca, 3000 a.C), tinha-se estabelecido um povo de navegadores no extrema HISTORIA ECONDMICA DO MUNDO 2 oriental do Mediterneo, servindo de intermedi ‘olvimento da Mesopottmia e do Egipio (Fig. 24). Os Fenfcios foram os primelros ‘marinhetos e mercadoresexpecilizados; segundo 38 Sas prépris radiges, vier para Mediterraneo do goo Prsico ou do rear Vermelho, que levanta a possiblidade Ae eles (ou os sus antepassados) poderem er sido os primeirosintermediaris etre a ‘Suméria eo Alto Egipo através do Indico, De qualquer forma, praicamente mono- polizaram ocomércio do Egipto durante longos perlodos,assumindo de ceria forma 0 apel de agentes ds faraés ou mercadores contalados. Ene oS Seu artigos comerciais ‘contavamnse o cobre de Chipe e os endSros cedros do Libano. Simultaneamente com ‘© comércio, os Fenicios ambém desenvolveram varias indistrias de transformagio, incluindoamanufactura da sua famosa nia purpura. De faci, apalava Phoenicia ver do gregoesigifica «terra da (tina) purpura. ‘0s Fenicios orgaizaram-se poiicamente em cidades-Estado autSnomas, das quais a mals famosas foram Sidon e Tito, Dependents, em larga escala, és bos-vontade € ‘olerancia ds seus viznhos mais pderosos,sfreram ftuapoes de fortuna, mas dante praticament rs milénios — até as suas cidades serem aniquilaas pelos exécitos de ‘Alexandre, 0 Grande — fizeram parte dos poves mercantis mais proeminentes da , como a Creto, ue fabulosamente rice da Liia que foi exeostado por Co, @ Grande, ao ser forgado a engoirouroFundido; mas, mais provavelmene, at primeitas moedos orem criadas or % RONDO CAMERON ‘um comerciante ou bangueiro empreendedor de uma das cidades gregas da Costa como ora de publicidade. Seja como for, o seu potencial tanto em termos de lucro como

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