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OCTANE CRUD aay) 10} FU , jURULE 2 TOT ! EM FASCICULOS See TOW ETT Olancamento do motor 1300 en Erdal Cd DUCE Raia eee aL) SAMI ARREN Seca ew acces «oc esouno Tare Figgeet thet: Robe Ruth Swan ASERSUSI Go stun, HES ue oeracowric eseas a euesy 1 rusca aurowovey- TOMA. TILA FENOMENO MUNDIAL soluydo da disputa judicial com os antigos pou- padores do KdF Wagen, bem como a decisto de abrir o capital da empresa que, até ent2o, era estatal, marcaram uma nova ¢ importante fase na trajetéria do Fusca. A esses acontecimentos, ambos ‘corridos no comego dos anos sessenta, se somou a explosto das vendas no mercado americano e a curva de produsio, que ‘munca parou de crescer desde 1946, foi acelerada ainda mais possbilitando ao modelo superar a fenomenal marca anual de ‘Lmilhio de unidades procuzidas em 1965, fito que s6 havia sido alcangado anteriormente pelo mitico Ford Modelo T. E, assim como o modelo criado por Henry Ford, o projeto de Ferdinand Porsche se transformou num fenémeno mundial que em todos os continentes do planeta faziam o simpético besouro ser reverenciado ao transitar por ruase estradas. Sua vversailidade e principalmente a confiabilidade jé eram con- sagradas eo problema da fibrica passou a ser como atender a demanda que nto parava de crescer. Uma das solugdes foi absorver os concorrentes para ampliar a capacidade de pro- dusto do Fusca mpidamente. A primeira foi a Auto Union, fabricante do DKW, fato que se refletin inclusive aqui no Brasil, onde esta marca concorria coma VW. Além disso, para atender a enorme demanda do merca- do americano, a empresa teve que arrendar e até bancar a construgio de navios especiais para transportar os mais de mil Fuscas que a cada dia precisavam atravessar 0 oceano Atlantico, Foram os anos de ouro do Fusca e, tamanho su- cesso, até gerou um mercado paralelo de besouros que eram. levados para os Estados Unidos por comerciantes indepen- dentese que envolviam uma intrincada rede que ia desde lo- jistas europens de veiculos até tripulantes das companhias de aviaglo. Tanta aceitagao acabou gerando a convicgto de que ‘o besouro poderia ser prochzido eternamente. ‘Um dos que pareciam acreditarnisso era Henrich Nordhoff que comandou a VW por 20 anos e fileceu, no comexo de 1968, coma certeza de que o besouro ainda tinha muito mercado para conquistar. Mas sua morte acabou sendo um divisor de aguas. Apesar da produgao do Fusca continuar superior a1 milo de ‘unidades por ano, a curva ji haviaseestabilizado e isso acendeu. 6 primeirosinal de alerta em Wolfsburg fazendo com que Kurt Lote, o sucessor de Nordhoff,iniciasse os estudos para definie ‘os novos rumos parao futuro da empresa. Sarr QUEBRANDO OS PRORIOS RECORDES CoM A CONSOLIDAGAO DO NEGOcIO, a VW CHEGOU A DECADA DE 1960 DEVIDAMENTE PREPARADA PARA AMPLIAR SUAS ATIVIDADES EM GRANDE ESCALA abertura do capital acio- ntio € a solugto da lon- ga pendéncia com os antigos poupadores do “consércio” KAF, fitos que ocorre- ram no inicio da década de 1960, ‘também marcaram uma nova fase na historia da fibrica de Wolfsburg, (© que acabou contribuindo, ainda ‘mais, para aumentar a populariza- {gt0 do Fusca pelo mundo. O acor- do com os primeiros compradores finalmente livrou o modelo, bem como a empresa, do que restava do pesado estigma da heranca hitle- ita, enquanto a répida e forte va~ lorizagto das agdes aumenton sig- nificativamente a capacidade da ‘VW captar dinheiro no mercado para ampliar suas atividades. Os bancos estavam de “coftes abertos” a qualquer pedido de Nordhoff e ele soube como aproveitar iso. ‘Assim, o primeiro objetivo foi ampliar a produgio, jé que 0 su- cesso do Fusca havia extrapolado a capacidade das linhas de mon- tagem de Wolfsburg. Este cresci- ‘mento fazia com que, no comego dos anos sessenta, 0 comprador alemio tivesse de ficar cerca de um ano na fila de espera para retirar seu Fusca na concessioniria, Além disso, a popular no mercado ameri superava a capacidade da marca em atender aos pedidos o que, in- clusive, colaborou para fomentar © “mercado negro” de Fuscas nos reacns iam ‘pedidos no mercado mene Wines aoe ae, eee Baa ne fetiase? ANOS DE OURO Estados Unidos. O sistema era abastecido pelo priprio mercado alemao, de onde saiam modelos usados, seminovos € até novos de maneira clandestina, sem que a ‘VW nada pudesse fazer. Era uma intrinceda rede que envolvia no s6 comerciantes in- dependentes como também os tradicionais “picaretas” especia- lizados em “garibar” carros usa- dos ~ alguns em péssimo estado de conservacio -, além de aliciar pessoas comuns, até mesmo fun- cionérios da propria VW, que vvendiam seus modelos seminovos ‘ou mesmo zero-km com boa mar- gem de lucro para o mercado ame- ricano, contando para isso com a 0 principal objetivo em meados da década de sessenta era buscar solugGes para ampliar a produgao, ja que 0 sucesso do Fusca havia extrapolado a capacidade das linhas de montagem de Wolfsburg ajuda das tripulagdes das empresas de aviagao. A solugao para evitar esse tipo de “mercado negro” era ampliar drasticamente a produ- sto da fibrica de Kassel, que teve sua construsio iniciada ainda no fim dos anos cinquenta com a f- nalidade de produzir besouros exclusivamente para o mercado americano. Essa fibrica estava es- trategicamente préxima ao porto de Hamburgo visando facilitar toda.a operasio de exportagao. AMPLIANDO A PRODUCAO Quando esta nova linha de montagem ficou pronta, a VW conseguin reduzir bastante 0 “e trago” provocado pelos exporta- dores “clandestinos’, que ainda assim continuaram a atuar por al- guns anos, jé que em pouco tempo a capacidade de produgio da nova fibrica também foi atingida. Em meados dos anos sessenta, ‘mais de trezentos mil Fuscas, além de seus derivados, eram vendidos ‘no mercado americano a cada ano, ‘que fazia com que cerca demilve- ‘culos VW tivessem que atravessar © Atlintico diariamente. Essa forte procura provocava outro problema: a falta de navios suficientes para atender i demanda. Para resolver isso, Nordhoff costurou acordos com os armadores e a VW chegou até a investir na construgao de na- vos especiais — roll on/roll off, nos «quaisos carros embarcam e desem- bbarcam rodando ~ e assim poder ccumprir os prazos de entregus no cexigente mercado americano. Contudo, enquanto 0 grifi- co de vendas da VW nao parava de subir, a limitagto da produgio continuava sendo 0 maior pro bblema de Nordhoff. Mesmo com crédito a vontade, a VW nto con- seguia aumentar sua capacidade produtiva na mesma velocidade com que a popularidade do Fusca se espalhava mundo afora. Uma nova solugio para isso surgiu em 1964, quando a Daimler-Benz decidiu abrir mao do controle acionério da Auto Union, a fi- brica do popular DKW, mas que nada tinha a ver com o poderoso conglomerado criado em 1932, A nova Auto Union havia resus em 1949, criada por dois ex-dire- tores da antiga empresa: Richard Bruhn e Carl Hahn Sr. Este, por sinal, fora um dos maiores crticos do Fusca antes da guerra e tam- bbém era. pai daquele que se torn- sia um dos principais responsaveis ppelo sucesso da VW no mercado ENGOLINDO CONCORRENTES Como toda a indistria alema do p6s-guerra, anova Auto Union foi montada em condigdes preci- rias nas arruinadas instalagdes de Ingolstadt. A principio, a empresa produzia apenas motocicletas, mas ppouco tempo depois langou o seda DKW com motor de dois tempos 890 cm? de cilindrada, 0 mes- ‘mo modelo que havia sido apre- sentado no Salio do Automével de Berlim, em 1939, e que devi- do a guerra nfo fora colocado em producto. Apesar de relativo su- ceesso comercial alcangado com o ‘modelo, que chegou a ser um dos concorrentes diretos do Fusca no ‘mercado alemao nos anos cin- quenta, 2 nova Auto Union nuné conseguin alcancar uma estabili- dade financeira que poss se a ampliagto de suas atividades industriais , consequentemente, de seu mercado. Assim, em 1956, enquanto os dois fundadores se retiravam do negécio, 0 contro- le acionfrio da empresa cain nas ‘mios de Friedrich Flick, um dos ‘maiores “tubardes” do capitalismo alemto pés-guerra e que também cera um dos principais acionista da FUSCA | 7 ANOS DE OURO Jana decada radean de “amaeade hao de Com iso, 25 stalagoes sda fabrea de mmaspareclm ta cdade superoeada Gabato ena pagnaadreta) Daimler-Benz. Interessado apenas em Iucro rnos seus investimentos, Flick aproveitou seus bons relaciona- mentos para conseguir ampliar sua participagto na Daimler Benz, repassando para esta, em 1958, cerca de 88% do pa cote acionirio da Auto Union. Segundo consta, Flick convenceu © comando do gigante slemio que, com os modelos populares DKW, a Daimler-Benz poderia ampliar sua fatia nao s6 no merca- do interno, que crescia acelerada- ‘mente, mas no resto do mundo. A falta de sinergia entre as duas em- ppresas nunca permitiu que isso se concretizasse e, apesar de investir no desenvolvimento de uma nova linha de modelos com motores de quatro tempos, a Daimler-Benz ‘nunca conseguin fazer a subsidi- fia gerar lucros. Por isso, jé no comego da década de 1960, de- cidiu se desfazer da Auto Union, chegando, inclusive, a estudar 0 fechamento da fabrica. ‘A MAO DO GOVERNO Preocupado com a repercussio negativa que um possivel fecha- mento poderia gerar na opinito ppblica em pleno auge do “milagre econémico alemao’, 0 governo fe- veo oo FUSCA Com um acordo na Alemanha, a Volkswagen passava a controlar a Auto Union, o que levou a VW do Brasil a absorver a fabrica da Vemag, fundamental para o desenvolvimento da familia Tipo 3 nacional deral da Alemanha Ocidental resol- ‘veu intervir e, como era o principal acionista da VW, juntamente como govemo da Baixa Sardinia, decid ue a Auto Union se associaria com © ja entto gigante de Wolfsburg. Nordhoff, a principio, gostou da ideia, pois assim poderia ampliar imediata e rapidamente a capacida- de de producto para o Fusca, mas Jogo ficou contrariado, ji que outros Jnteresses estavam em jogo ea VW rio poderia fazer 0 que desejasse com 2 Auto Union, pois no acordo do qual também participou o IG ‘Metal (0 poderoso sindicato dos metahingicos alemaes) ficou ests- belecido que toda forga de trabalho dda Auto Union deveria ser mantida 85 poderiam ser fitas demissdes por “justssima” causa, Para comandar a nova subsi- didria, Nordhoff indicou Rudolf Leiding, um fiel colaborador que desde 1945 trabalhava na VW. Leiding era uma espécie de “sar- igentto” linha dura da tipica escola pprussiana e foi nomeado presiden- te da Audi com a missio de im- plantar em Ingolstadt a mesma fi- losofia de trabalho de Wolfsburg. assumiu o comando jou um rigi do plano para aumentar a eficién- cia da linha de producto e, como nto podia demitir ninguém sem causa comprovada, mandou mui tos dos que considerava ineficien- tes para a “rua’, no bom sentido, com a missio de ajudar a desovar fo estoque de quase 40 mil carros que havia encontrado nos patios. ‘Mesmo quem nto tivesse nenhu- ‘ma habilidade em vendas tinha de ir atrés de compradores para os modelos DKW F102 e Audi F103. Assim, em pouco tempo, 4 nova subsididria praticamente duplicou a eficigncia da linha de produgio de Ingolstadt. RECOMENDAGAO IGNORADA ‘Mas teve uma recomendagio explicita de Nordhoffque Leiding no conseguiu cumprir, ou nto quis obedecer: ade nio investir no desenvolvimento de novos mode- los com a “grife” Audi. A fabrica de Ingolstadt havia *herdado” da Daimler-Benz uma joveme dini- mica equipe de engenheiros, que também nto podia ser demitida devido 20 acordo com o sindica- to, Sem ter uma atividade espect- fica definida, ja que a fabrica pas- sou basicamente ¢ montar Fuscas ANOS DE OURO Fusca com componentes que vinham prontos de Wolfsburg, essa equi- pe técnica passava os dias se dedi- cando iquilo que os engenheiros automobilisticos mais gostam: divagar sobre como poderia ser © automével perfeito. Destes es- tudos surgiu o Audi 100, modelo que relangaria a marca das qua- tro argolas no mercado mundial que se tomaria um dos mais bem sucedidos projetos da historia da empresa. Porém, somente quan- do 0 projet A100 estava pronto Leiding comunicou a Nordhoff que, muito a contragosto, deu o sinal verde para sua produsio.. ‘Apesar de concordar, Nordhoff achava a estratégia equivocada, pois dividiria esforgos sem gerar os devidos dividendos. Focado na ampliagao do mercado do Fusca e seus derivados, ele achava que duas linhas tao diferentes de vei- culos acabariam sendo concorren- tes internos e dificultariam as es- tratégias de marketing do grupo. Por isso mesmo, bem como para provar sua confianga inconteste rna mecnica do Fusca, imediata- ‘mente apés assumir 0 controle da Auto Union ele autorizou o de- senvolvimento de uma nova fami- lia de modelos VW, no segmento de automéveis médios, a fim de suceder os modelos DKW e Audi, porém mantendo ainda algumas caracteristicas bisicas do besouro. ‘No entanto, em vez do tradicional chassi com carroceria aparafusada, nova familia Tipo 4 foi desen- volvida com estrutura monobloco, assim como jé era a da Kombi. Essa nova familia chegou 20 mercado em 1968, justamente no ano em que Nordhoff faleceu, tos 69 anos de idade, e pode-se afirmar que esta foi sua ultima ‘cartada” em defesa do projeto de Ferdinand Porsche que antes da guerra, quando trabalhava para a Opel, ele tanto desdenhara. Ao que parece, Nordhoif mor- eu convicto de que o sucesso do Fusca e seus derivados deveriam ser eternos ~ naquela ocasiao, os siimeros Ihe davam razio. Afinal, apesar da VW jé haver superado amarca de 1 milhao de unidades anuais em meados da década de 1960, o pico de produgao s6 se- ria aleangado em 1971, quan- do foram produzidos mais de 1 milhto € 300 mil besouros. No ano seguinte, o Fusca superou a fenomenal marca de 15.458.781 unidades totalizada pelo Ford Modelo T, 0 carro que pos 0 ‘mundo sobre rodas. REFLEXOS NO BRASIL ‘A.associagiioda Auto Union com a VW também teve reflexos ime- dlatos aqui no Brasil. Como 2 fi brica alema do DKW tinha partic [pacio acionaria na brasileira Vemag (Veiculos e Maquinas Agricolas S.A), a VW assumiu essa partici- pact. O outio sécio era o grupo ‘Novo Mundo, que enffentava dif- culdades financeiras. Com iso, logo fi feito um acordo no qual aempre- ‘Acima,cenmonta de ‘comeniorapz0 pla oraa0 saalema assumino controle total do ‘negocio por meio da sua filial brasi- leira que, desta forma, transformou a instalagbes da Vernag,localizadas, ‘no airro paulistano da Vila Carioca, em sua Fabrica IL Assim, a VW do Brasil também péde aumentar api- damente sua capacidade de proch- so € iniciar o desenvolvimento da nova familia Tipo 3, que geraria 0 ‘VW 1600, popular"Zé do Caixito”, a Variant e 0 TL, além de agregar ‘uma modema e eficiente segio de ferramentaria, que ainda nto possuia na ccasito. + (obeno Marks) FUSCA | a SEDAN NACIONAL 1967-69 BESOURO VIRA TIGRE APELIDADA DE “TiGRAO”, A VERSAO 1300 FEZ 0 Fusca “RuGIR” MaIs ALTO. Mas as MELHORIAS NA LINHA DO POPULAR MODELO FORAM MUITO ALEM DO DESEMPENHO. 42 | O GRANDE LiVRO Do FUSCA ‘cima, frat {mé atocom ‘Boras imoaue des, nidade rsentsda na ima esur de 1967 repente, o Fusca pas- pido que de costume. Ultrapassagens eladeiras, também ficaram mais ficeis de se- xem vencidas, bem como melhorou a retomadade velocidade. Essas fo- amas primeiras impressdes divul- zgadas pela imprensa especializada 1 respeito do Sedan equipado com motor de 1.300 cm’, langado na primeira metade de 1967. Na publicidade de langamen- to, 0 texto destacava os 10 cy ex- tras oferecidos pelo modelo como mais “grrmrrr no desempenho”. Além disso, a foto-montagem do amincio mostrava um Fusca de traseira com um rabo de ti- igre saindo do cap6, enquanto no showroom das concessionérias. 0 tal aderego” abanava por meio de jum motor elétrico em besouros expostos dentro de jaulas. Nao por acaso, 0 Fusca 1967 acabou popularmente chamado de “Tigrto”, algo que ficou marcedo até hoje. A nova poténcia do mo- tos, com 46 cv (poténcia bruta con- tra 36 ev da antiga versio 1200, ou 38 ev ante 30 cy, se considerada a ppoténcia liquida DIN) era, sem di- vida, o principal atrativo do Fusce 1300, Mas nto o tinico: 0 modelo também chegou ao mercado com novidades estéticas e na mecdnica, ‘Assim como boa parte das mu- dancas realizadas ao longo da pro- dusio do Fusca, as alteragbes da linha 67 dificilmente podem ser vistas, mas facilmente sentidas. A comegar pela methoria na vis bilidade em dias de chuva, obtida ppor meio do emprego de hastes palhetas mais eficientes. Além de reforgados, os novos limpadores FUSCA | a3 SEDAN NACIONAL 1967-69 Adiretta, anova poten rig ‘res mas eftemes que por ‘avez eam ovasrodas com furas para vnttapa0 ul Fusca de para-brisa jé ficavam, desde a segunda série de 1966, em posi- «0 de descanso do lado esquerdo. Essa disposigdo aumentou o espa- sp varrido e, consequentemente, 0 campo de visio do motorista. ‘Apesar de apregoado como no- vvidade pela publicidade da época, © vigia traseiro com rea envidra- sada 20% maior também jé havia sido langado na 2, Série de 1966, conhecida como “Modelinho”, ‘Mas a carroceria trazia ainda ou- tras novidades: a fechadura da tampa do motor mudou, passando a ser do tipo botao. Além disso, a tampa traseira recebeu uma mola petmitindo deixi-la nas posigdes aberta ou semi-aberta. E, claro, a aplicagao do emblema com a ins- ctigio 1300 em destaque. ‘Ainda externamente, as rodas se destacam pelo novo desenho com dez furos para melhorar a ventilagao dos freios e evitar 0 fading (perda de eficincia por aquecimento do material de atri- to). Para conter a nova poténcia, os fieios tiveram a redugao do diametro do cilindro mestre de 19,05 mm para 17,46 mm, o que sumenta a multiplicagao de fora hhidréulica e a poténcia de frena- gem ~ embora isso tenha aumen- tado o curso do pedal. ‘A mudanga possbilitou 0 uso do freio de forma progressiva, além de deixar o pedal mais ma- cio. Por outro lado, aumentou em até 18,69 a distincia de frenagem SEDAN NACIONAL 1967-69 tem velocidades mais baixas (nos locimetro teve a escala ampliada comparativos, o Fusca 1200 freia de 120 para 140 km/h (ao mes de 40 km/h até a inércia mm es- mo tempo em que desapareceram aco de 5,9 metros, enquanto 0 os “pingos” vermelhos indicativos Tigrio precisa de 7 metros para do limite de cada marcha). Os efetuar a mesma manobra).Jaiem — bancos ficaram mais anatomicos velocidades acima dos 80 km/h, a ganharam novas cores como frenagem na versio 1300 é mais opcionais, assim como as laterai eficiente (0 Tigrto vai dos 100 de portas — a combinacto mais km/h imobilidade em 39,5 me-_extravagante era a que trazia aca- tros, contra 42,5 metros do besou- bamento vermelho Turim, em- 10 menos potente). Essas diferen- bora também houvesse a opsio gas devem-se 20 curso maior do branco Gelo. Foi também a partir pedal do Tigrto, que softe um re-_ de 1967 que os bancos passaram ‘apehao "Tara tardo no inicio da frenagem, mas a ser revestidos inteiramente em Arata ostaens recupera a vantagem apés atingir vin, liso nas extremidades e com lspaa io voles velocidades mais elevadas. ‘arin EGE Galral vulgon eereuee No interior do veiculo, 0 ve- Outro detlhe importante foi a Mais poténcia, melhor torque, frenagem mais eficiente em altas velocidades e, ainda por cima, maior economia de combustivel. Para muitos, o Sedan 1300 é o que melhor atende a relagao custo/beneficio nova localizago da caixa de fusives, aque deixou o porta-malas e migrou para debaixo do pain, ficando mais | mto do motorist. E por falar em estar mais mao, o comando do fa- rol alto debwon de ser fito pelo pé esquerdo (ituava-se no assoalho até entic)e passon a ser acionado pelas ppontas dos dedos da mao esquerd, [por meio de um botio na alavanca do pisce-pisca. Melhorou a seguran- ‘2, pois tornou possivel usar haz alta também como sinal de alerta mesmo com 0 farol baixn desligado (relam- Peja), com ripidaspiscadas, sem «que para isso fosse necessério primei- ro tirar amo do volante paraligara Juz axa no centro do painel. DESEMPENHO COM ECONOMIA ‘Apesar de modesto, o aumento em 93 cm? na cilindrada do Sedan 1300 (de 1.192 para 1.285 cm*) cchegou a impressionar na época os jproprietitios do antigo 1200. Nao tanto pelos 8 cv a mais de poténcia ou pela maior velocidade final (que ppulou de 110 km/h para 118 km/h, conforme dados da fibrica). O que ‘mais surpreendia quem deixava 0 Fusca antigo ¢ entrava no Tigrto era 0 maior torque i disposigto do ppé direito, que se traduzia, princi- palmente, em melhor acelerasio. Usando as mesmas relagies de ‘marcha do Sedan 1200, 0 Tigrto € 39% mais ripido na aceleragao de zero a 80 kin/h (16,6 segundos ante 21,9). Nos testes de arranca- da, © 1300 atingia os 500 metros em quarta marcha e a 96 km/h. SEDAN NACIONAL 1967-69 Jéco Fusquinha da verso anterior alcanga a mesma distancia em ter- ceira marcha e a 84 km/h. ‘Mas engana-se quem pensa que poténcia e consumo so dads dire- tamente proporcionais em qualquer situago, Nos testes comparativos re- alizados em 1967, 0 Tigrto mostrou- se até mais econdmico do que a ver- slo 1200em determinadasstuagGes, Para muitos fis do Volkswagen, 0 Fasca “Blino” é0 que melhor atende i combinagio custo/beneficio, capaz de oferecer transporte seguro, ripido ceextremamente barato. (Onovw pacote da linha 67 tam- ‘bém incluia novidade técnicas que ppassavam longe dos olhos do mo- torista. Para combater o fendme~ zo da auto-ignig20, por exemplo, a Volkswagen passou a equipar os carburadores com valvulas eletro- magnéticas, vedando 0 giclé de marcha-lenta. Quando a ignigio cesta desligada, a agulha da valvu- la obstrui o orificio de passagem, EVOLUCAO TECNICA Pineiro semestre: Novo mm. A rolasganham dez aera de ateras de ports €ocaurampreto, _Velozmetr agora e grado até motor de1.265 en subxtal —_entae2oesao mada na tonldade mas passa ens as opgaesvrmelho 140 kav 0s estrbos aandonan ‘Tanga versan de L.192eqP. _Cnza Prat (codigo L23),com ‘Tunmebrance Gel. Aovanca do ogadraodefss largo elsos¢ Odiirbuidorpassaasera —_calouscromatiselogoepo VW som psa, fracanacolna de drecao passa adotamuma novaborraha,com sos ouosoments antes msi, _plnura Alaancade cambio, fro de aexecertambara func de arl_—_largnsestrados. Emprego de noras Cenrfugo-ycwo) Reduyao do estacoramentoeftragens dos bancos akoetao-relampeador fungi ate paletas ns inpadores de ara br, tame do cidro-mesire de plnatas embranco Perola (Codigo eno fetacomo pe esquerdo por melo tuo descarso passa ase do ado do frei de1905 mm para17.46 _L87!-Orevestmenopatrao detancos_deumcomutaor stuado noassalo)..__mptorista. Nova majaneta a tampa 6] Fusca evitando a auto-ignigio, que fazia © motor continuar funcionando ‘mesmo desligando a ignigao. ‘As primeiras unidades do Fusca 1300 ainda vinham com o sistema clétrico de 6 volts, que acabaria pas- sando a 12 volts somente no segun- do semestre de 1967. Se por um lado aquele foium ano repleto de mudan- 2s importantes na evalugio do be- souro, os dois anos seguintes foram marcados pela estagnagio. Exceto por detalhes quaseirrlevantes,como as pecas madrepércla (volante, bo- ‘tes do painel, manopla de cimbio e de fieiode estacionamento, ferragens ceacabamento de maganetas internas) agora também oferecidas em tonali- dldes creme e cinza, nada muidou no Sedan nacional fabricado em 1968 ~ nada, a nao se, & claro, a paleta de cores oferecida nas concession‘rias € Co revestimento do assoalho, alterado tem meados daquele ano, Em 1969, co Fasca finalmente passou a sair de {ibrica com o retrovisor externo, em- bora ainda apenas para a porta do motorist. + Se por um lado 1967 surgiu repleto de novidades e avangos na evolugao do Sedan nacional, os dois anos seguintes foram marcados pela estagnagao, exceto pelo retrovisor externo langado em 1969 ‘do motr, com beta de ape. Cala de fishes transferda para debano fo patel anes fava no netor do ora-rla) Carburadores ganar ‘alas eletro-magnetias. Segundo Semestre: stoma eletrco asta de 6 voi para 12 wl. Catia de dregao lnbrficada com ora em vez de le, SH Wane, toed pael rmanopls e feragensintsmas ee OR oni eect ‘Apart do segundo someste, A orevestimen a passadera, muda do padrao “carrapaho” ara oconhecdo como "ca". OFiscapassaasar de fabrea com etrovsor fenterao, mas apenas um, fae dretamente na porta ddomotorst (foo 3 dre) CUO PALS BESOUROS EXCLUSIVOS PRODUZIDO POR MAIS DE CINCO DECADAS, 0 Fusca FOMENTOU COMO NENHUM OUTRO AUTOMOVEL A INDUSTRIA DE ACESSORIOS E TAMBEM ESTIMULOU A IMAGINACAO DE SEUS PROPRIETARIOS bAeeeek GRE bOtUSCK, Seay A arena farm ores "munbu, popuar connecido como “uatra joie” ‘bat, um acessorto ‘bastante ces, sigestiamenté apeldado de "van ‘came ben” os dias de hoje, des- filar a bordo de um Volkswagen Sedan impecavelmente ori- ginal é motivo de orgulho e ga- rantia de atrair olhares cobigo- sos. Mas nem sempre foi assim. Sobretudo nos anos sessenta e setenta, um Fusca original nto passava de um... Fusca — exi- tamente igual aos milhares de exemplares do modelo que do- minavam a paisagem de ruas e estradas brasileiras. A onda de (des)caracterizar por completo o popular besou- fo com acessérios que vao de ‘um extremo 20 outro — ou seja, do refinado ao gosto duvidoso, do pritico 20 totalmente sem a menor utilidade — surgiu ain- da na década de cingienta na Alemanha. Naqueles primeiros anos de mercado, o modelo saia de fabrica bastante “pelado”, principalmente os exemplares ' Fusca Ee Se hoje a tendéncia é preservar a originalidade, nas décadas de sessenta e setenta a palavra de ordem era equipar o Fusca com o maximo de acess6rios possivel. E a oferta disponivel no mercado era farta! destinados 20 mercado interno a qualidade no acabamento a quantidade de cromados eram reservadas as versdes destinadas i exportagao. Por isso, muitos proprietarios acabavam recorrendo 20 popular mercado paralelo, que imedia- tamente percebeu essa demanda e desenvolveu os mais variados componentes. Boa parte desses acessdrios pioneiros visava me- Ihorar 0 conforto e/ou facilitar a vida do motorista. Era o caso, por exemplo, de alguns disposi- tivos utilizados para aumentar a ventilacao na cabine ou das famosas “pestanas” fixadas nos faréis, cuja utilidade pratica era nao deixar acumular neve nas lentes durante o rigoroso inver- no europeu. EPOCA DE EXAGEROS Com o tempo, entretanto, muitos proprietérios deixaram de enxergar a eficécia das pecas oferecidas pelas lojas de auto- peas. Rechear besouro com tantos acessérios quanto pos- sivel tornou-se uma moda que atravessou fronteiras, chegan- do, inclusive, ao Brasil. E até mesmo as clissicas “pestanas” deixaram de ser vistas como itil e passaram a ser encaradas como “adorno”. ‘Na década de sessenta, a ofer- ta de extravagincias 16 fez cres- cer. Frisos, soleiras, polainas, “saboneteira", “dentadura de baiano” e ‘“caga-mulata” foram apenas alguns dos muitos itens que passaram a estar disponi- vyeis para o Fusca na ocasiao. A tendéncia ao exagero chegou a tal ponto que os modelos mais “carregados” no visual ganha- ram até um apelido: “penteadei- ra de puta’. ‘Mas nem todo apetrecho lan- ado cafa na vala das inutilida- Ue forma de reconhecero ne fro SBE voc jf pasta 24 gavado a let A ora também @ mute sine Tango © aRBRyosta or acho, voos tom duns hans mnihiz do que etava soosturado a Yer ‘Som oe as possanin farsi om se atualen Para um fro so@ muto important: ‘ira voos, Suto mats. te CD ater ee RANDE LIVRO 00 FUSCA | 23 USTOMIZAGAO Swportes de es rans vento conie etek aerodnamieaepecico abt sey foe veo no Imereado de acer des. Alguns acessérios, além de providenciais, chegavam mesmo 1 ser curiosos. Numa época em que crescia 0 niimero de rou- bos de automéveis, por exem- plo, uma empresa criou o Cofre Ideal-Antoninho, que encaixava direitinho no interior do porta luvas do Fusea e atuava como “guardiao” de um interruptor que bloqueava a corrente elétri- ca do veiculo —além de proteger documentos, j6ias e cheques dos possiveis bandidos, conforme ressaltava a publicidade. Outros visavam a praticida- de, como era 0 caso do console porta-objetos adaptivel ao tinel central do Volks. Sem falar na infinidade de volantes, rodas, bbancos e outros sem-mimeros de equipamentos cujo objeti- vo era emprestar 20 pacato be~ souro ares de esportividade ~ 0 que normalmente vinha acom- panhado de uma preparagio especial na mecinica e na sus- pensio. Mas praticamente nto hhavia Fusea sem os trincos de quebra-vento, simples, baratos, de colocagio imediata total- mente eficazes. ‘Nadécadadesetenta, aciran- da da customizasto continuou aquecida. O mercado parale- Jo ganhou, inclusive, a compa- mhia de peso da concessionaria Dacon, que acabou se tornando uma grife de personalizagao na época. Como também era repre- sentante da Porsche no mercado Os besouros mais enfeitados ganhavam o apelido de “penteadeira de puta”. Mas até "0 BOM SENSO EXIOE A MAXIMA PROTECAO quem nao exagerava acabava se rendendo e adicionando um ou outro acessério ao Sedan. E alguns até que eram praticos... ‘saver um {piston gars Amn: tmodel te oda” Fmagal fore esi de ‘sported na ddaande i970 brasileiro, a concessionéria ofe- recia a possibilidade de “custo- mizar” 0 Fusca com acess6rios exclusivos dos cobigados espor- tivos alemaes. Apesar do custo elevado, muito “boy” bem de vida investia pesado para dife- renciar seu besouro. Esta onda acabou incentivando a propria Volkswagen a apostar neste segmento com o lancamento da vero 1600-5; btnade de |S ONDADO BRUCUTU Bizorrao, em 1974. ‘Ainda nesta época, surgiram também os famosos kits fabrica- Esquega 1 febre do ridio toca-fitas, do combustivel ou 2 atual pre- dilecao dos bandidos pelo estepe. No ano de 1966, a peca mais furtada f em itoméveis brasileitos foi o bico ejetor de agua para limpeza do “ = ete reforgado com para brisa do Volkswagen Sedan. Os meliantes? Adolescentes emba- bra de vicro, cuje Proposta era —_jados pot uma febre que tomou conta do Pais inteito na ocasido: a alterar radicalmente as linbas — «brucutumania”, Tudo comegou com a letra de uma miisica do cantor originais do Pusca. Uma moda rasa Carlos, que na época era um dos “comandantes” da Jovem ue surgiu nos Estados Unidos uae bs age eae Uh ‘Guarda, movimento nmusical que explodiu em meados da década de ese espalhou pelo mundo. Uma 1969 aqui no Brasil. Fee e eomae pepe ‘Como Eresmo gostava ie usar diversos ans, seguitido a‘ mods int- ey = fee a : ciada pelo Beatle Ringo Star, se difundiu entre os jovens brasileizos, tava lembrar as linhas de um de ambos os sexos, a mania das bijuterias de latto. Assim, as mesmas ea fot a as mios habilidosas que praticavam os furtos nos Fuscas também conver- 2 de maior sucesto, Mas 10h cama pega delatio cromado.em anés, que foram uma onda to explo- aaen eer de false tonade de Sw quanto pastageira. Mas, devido a ela, o bizzarro ejetor do Fusca . an vom defletor tasei. "tb0Ufcando popularmente conhecido como brucutu! ne heel ce leper eae Na ocasiio, uma revista public uina pesquisa apontando que, de Bestiee wnetiaaindsmelho, cava. cem Fuscas, noventa jé haviam tido o “brucutu” roubado pelo besouro, prometi sinds melho~ ns uma ve! O smut ganhou proporst tamanha que merece et nent a atengto até do Juizado de Menores. E a empresa fornecedora deste combustivel seri que gum soonente para'n VW por muitor meses nlo conseguks atender A comprador acreditou nessa loro- —gemanda da curiosa pesa nas concessions. ta? (Lute Guedes Je) GRANDE LiVRO 00 FUSCA | as SEDAN 1300 1970 ONO DE 1970 MARCOU AS MAIORES MUDANGAS ENTRE DUAS SERIES DO SEDAN 1300 NACIONAL. PaRa MUITOS FOI 0 ANO 25 | FUSCA ano de 1970 foi sin- gular na trajetéria do Fusca brasileiro © da VW. No més de ju- tho, a marca atingiua producto de 1 milhto de veiculos no Pais. Em dezembro, um grave incéndio des- truiu parte das instalagdes da fi- brice, localizada na Via Anchieta, em Sao Bemardo do Campo (Grande Sao Paulo), provocando inclusive a motte de muitos fin- ciondtios, além de feridos. Ainda no segundo semestre foi langado © Fusco, com motor 1500, freio dianteiro a disco opcional e aca- bamento diferenciado. Junto com ele, surgin uma nova configuraga0 da versio 1300, mantida em linha com virias inovagoes. ‘As mudangas realizadas nes- ta segunda série podem ser con- sideradas as mais profundas na historia do besouro nacional, que hhi anos mantinha o mesmo esti- lo, Adotadas a partir de julho, as novidades. alteraram significati- vyamente as linhas do Sedan 1300 que, para muitos fis, perdeu parte de seu velho charme. EXTERIOR MAIS LIMPO Externamente as alteragdes sto facilmente perceptiveis. A come- gar pelos para-choques, que perde- am os adornos de tubos e garras, passando a exibir lamina tinica € uum friso preto central. Além dis s0, as pecas deixaram de ser mon- tadas diretamente na carroceria, sendo que os pontos de fixicio ppassaram para os para-lamas. Por Asaifrencas enre ‘aa versoe: ‘Boo tbncagas moaode 1970 ‘Somarantes fan na damera ‘como na taser ‘des modelos que ‘sedstquetn ‘externamene ns FUSCA | a7 SEDAN 1300 1970 falar em para-lamas, os dianteizos perderam na 2+ Série as atraentes grades ovais da buzina, aprecia- das por mmita gente por garantir ‘um visual antigo ao Volkswagen. ‘Jéos piscas dianteiros passaram a vir com as molduras pintadas da ‘mesma cot da carroceria (até a 18, Série eram cromadas). O capé dianteiro também nao escapou nova tendéncia sim- plista, deixando de exibir 0 tradi- cional friso cromado central. Em contrapartida, a maganeta do por- ta-malas passou a oferecer trava de seguranga, dispositive inexistente nna I Série. A reestilizagto na tra- seira foi ainda mais significativa, ‘Alm de menor, 0 capé do motor Osancos a oem oe (bose aeabament 0 rmsextremmasise rugs ao een ganhou formato bem menos ova- ado. O “naria” que abriga a huz da placa, por sua vex, eresceu mais tum bocado (tendéncia em toda evolugao estética do besouro). Vale embrar que a nova tampa trasei- a do Sedan 1300 era idéntica & utilizada no modelo 1500, porém inteiramente lisa, sem as aberturas de reftigeragto do motor. INTERIOR SEM BRILHO Nato foi s6 na evolusio da car- rocerin que a 2* Série fabricada em 1970 perdeu o encanto em relagio a versio anterior. Ao en- trar no automével, a sensacio de pobreza é visivel. A comegar pelo painel, que nto veio mais com o caracteristico friso cromado que © percorria de fora a fora. Jé as Para muitos fas do besouro, a mudanga de série realizada em 1970 decretou o fim do charme do Fusca nacional, que perdeu o para-choque de tubos e o painel caracterizado por um friso central cromado FuscA | 29 SEDAN 1300 1970 grades dos alto-falantes, atam- \ falta de rigor no padrao dos volantes da pa do porta-huvas, a alga de mio (famoso “PQP") e os botses dos ~2* Série pode ser fruto do grande incéndio comandos sbandonaram a tad” a Fabrica da Volkswagen, 0 que levoua ional tonalidade marfim, passan- Soe taller eon pea, empresa a concluir muitos modelos com o desagradaram 0s admiradores |e houvesse de disponivel no estoque das verses mais antigas, tirando todo o *apelo cléssico” do interior Sedan 1300 era sairem de fibri- _volantes aconteceu principalmen- do veiculo. Nem mesmo o fato daca com o volante de aro marfim. te no fim daquele ano, quando 0 24 Série oferecer pela primeira vez Contudo, é aceitivel que algumas grande incéndio na fabrica de Sto chave na fechadura do portatuvas —_unidades da 2* Série tenham sido _ Bernardo do Campo levou a fibri- conta pontos... ‘equipadas comvolantes de aro pre- ca a concluir muitos modelos as ‘Ovolante de directo éumitem to, padrao apenas no Fusco 1500 _pressas, com as pecas disponiveis bastante controvertido quando 0 nos outros derivados (Karmann- no estoque, independente de cores assunto sto as mudangas que dife- Ghia, Variant, TL etc.). De acor- _ ou materiais liberados. renciam a 1" ea 2* séries de 1970. do com alguns especialistas, a fal- ‘Menos polémico, porém nio © padrio para as duas versdes dota de rigor na padronizagto dos menos importante na hora de re~ Apimera sere ‘raz patel Imetraneme na cor decarmcert, alan eum fs cromado Panel com fe cromado emolduas marfim, Banco com dol eas de ‘romatas para velocmetroe Fevestmento em cour Iso ras Peas dams cam moras marcador decorbustvel Booes, _bordas erugoso nocenro. rommadas. Capo dant com Faso alaancas de cambloe freto de ‘road centrale puzadr sem estaonameno natoraliade ‘wav danelastrassis basculames. marfim. Volame "alee" tambem alizar uma boa restauragto, 0 05 padres adotados nos bancos. O estofamento da 1* Série exibe dois tipos de acabamento no reve: ‘mento dos bancos, liso nas extre- ‘midades e rugoso no centro. Jé os assentos da 2* Série so cobertos com tecido todo rugoso. Por fim, fs vidios traseinos, basculantes nna 1° Série, passaram a ser fixos 1 partir do modelo langado no se- gundo semestre de 70. Nos anos seguintes, o Fusca ainda softeria pequenas reestiliza- 0es estéticas. Mas a maior parte delas praticamente imperceptiveis aos olhares mais distraidos. Uma coisa, porém, é certa, o popular besouro jamais recuperou o en- canto e 6 apelo visual garantidos ppelos acessérios extintos naquele ‘marcante 1970. sao ees eee eee brates de Samwoainene ecm Série: Para-choques de laminas com trav. danas laterals traseas Simple fxados ns para-amas, que fas. apo rast redeserhato, com ladeharam deena: grades ova. “nari” de placa malo. Palel sem cas lanes com malduras, {so molduras pneadas de aluritio pintatas nacordacarrocera. Capo Opalecenteparavlocimetroe Stantero sem Faso cera epuxador-marcador de combust. Botte, alavancas de cambio efreta de ‘tadonamentoem pret. Tampa do pora-unase grade de alto-alantes pintadas de pretofosc. Volame marron). reali” marfim eacekavelovoante proto), Banos revesios de cours rugso (lem do caurvim pro, a ‘abricapassu aoferecero materal ras tonalgades vermelho,caramelo FUSCA | 33 NACIONAL X IMPOR DO MESMO CARRO, DOIS UNIVERSOS © final de 1968, 0 ex- piloto de Formula 1. Stirling Moss. foi convidado a visitar 0 Brasil para conhecer as novida- des apresentadas no VI Salto do Auutomével de Sto Paulo. Na mes- ‘ma ocasiao, ele também aproveitou para testar algumas das opgdes en- ‘to oferecidas pela nossa indistria stutomobilistica, entre elas 0 popu- lar Volkswagen Sedan 1300. Ao i- nal dos testes, um duro veredicto: para o inglés, nosso besouro perdia em poténcia, visibilidade, conforto e dirigibilidade quando comparado ao similar vendido na Europa. lveo po pusea Mais do que uma constatagao, ‘a comparagio revelava uma triste realidade. Por mais que a public dade procurasse aproximar os mo- delos produzidos por aqui com os deli, adistancia entre nosso Fusca © 0 Kafer fabricado na Alemanha foi ficando cada vez maior, mui- to além dos limites. geogrificos impostos pelo Oceano Atlantico. Esta diferenciagao comegou a ser acelerada a partir de meados dos anos sessenta. Do comego das importagdes até a metade da década de 1960, Fusca vendido no Brasil acoi panhou as evolugdes surgidas na NA MECANICA E SEGURAN CoM 0 TEMPO, APESAR DO DESENHO SEMELHANTE, O Fusca FABRICADO NA ALEMANHA. PASSOU A SE DIFERENCIAR DO BRASILEIRO EM CONFORTO, ‘matriz alema. No méximo demo- ava um curto perfodo para que as novidades fossem incorporadas aqui. Inicialmente, quando o mo- delo ainda era fabricado somente na Europa, devido a logistica, ele demorava alguns meses até chegar ao Brasil completamente desmon- tado (CKD), de navio, ser monta- do e, finalmente, comercializado Depois, quando foi iniciada a fabricagio no Brasil, no camego de 1959, 0 modelo jé incorporava as modificagdes realizadas no Fusca alemio um ano antes. Assim, na primeira metade dos anos sessen- ta, o modelo brasileiro e era prati- camente igual ao alemao, salvo al- guns detalhes no acabamento. Ese quadro, porém, mudaria drastica- ‘mente a partir de meados daquela década. 0 BRASIL ATRAS. A primeira “digressto" ocorreu em 1964, quando a matriz.aumen- toua érea envidracada e modificou © para-brisa, que passou a apre- sentar uma pequena curvatura, ‘A novidade, quase imperceptivel, ‘mas importante para 0 escoamen- to da égua da chuva, foi estendi- da alguns anos depois até mesmo para os modelos fibricados no ‘México, mas jamais chegou a0 besouro brasileiro — até mesmo a série conhecida como “Itamar” ainda trazia 0 arcaico para-brisa totalmente plano e a reduzida érea ppara os vidros. ‘Mas as mudangas realmente significativas, aquelas que separa- iam para sempre os modelos eu- ropeus dos produzidos pela VW rno Brasil, apareceram em agosto de 1967. Na ocasito, o besouro fa- bricado na Alemanha e exportado para os EUA passou a ser equipa- do com sistema de freio com duplo Circuito, cambio semiautomatico opcional (veja box), além de ter ‘um reposicionamento dos faréis, Jantemas e para-choques — todos elevados para aumentar a segu- ranga em caso de batidas. Na se- quéncia, também veio a opsao de freio dianteiro a disco. Em 1970, outro importante pacote de mndangas foi lanca- do, distanciando ainda mais 0 Fusca alemao do similar brasilei- ro. Batizada de 1302, anova série trazia caracteristicas bastante dis- tintas. A comecar pela suspensio dianteira, que teve o sistema de feixes de laminas de torgao subs- titwido pelo modemo McPherson Avasio Be ‘onde Foss, mast ‘omerceteada ‘Eira e nos Bead Unde somodaoerso. us da suspesao titres Dusbitara deta 0 Skee eaumenaro page debagagon operates FUSCA | 33 NACION X IMPORTADO com mola helicoidal. A novidade permitia 20 besouro um diametro de curva de apenas 9,6 metros (no brasileiro permanecia a manobra feita em 11 metros, devido a li- mitagao de estergo dos bragos ar- rastados). Também devido a nova sus- pensio dianteira 0 entre eixos aumentou ligeiramente, 2 cm a mais (2.420 mm contra 2.400 mm). Além de maior seguranca, ‘nova suspensio ocupava menos espago, tornando possivel “dei- tar” 0 estepe e aumentar a ca pacidade do porta-malas de 140 para 260 litros. Por outro lado, o ‘oe myacio | © GRANGE LivRe Do FUSCA 0 sistema McPherson ocupava mais espago vertical e exigia a elevagao de para-lamas e capés, dando ao besouro aparéncia mais “estufada”, semelhante a um lutador de boxe. Dai o apelido de Super Beetle sistema McPherson ocupava mais espago vertical do que 0 conven- cional, exigindo a elevagio dos para-lamas e do cap6 dianteiro. ‘Com isso, a parte frontal do carro ficou “estufada, semelhante a um lutador de boxe”, como diziam na época. E este Fusca com aparén- cia de halterofilista acabou apeli- dado de Super Beetle. Outra novidade apresentada no 1302 era o motor de 1.600 cm? (50 cv/poténcia Iiquida), com cabego- te de dupla entrada. Com motor ‘mais potente, a versio ‘esporti- va’, chamada 1302 §, atingia 130 km/h e acelerava de 0 2 100 km/h em 19,5 segundos. Além disso, a suspensto traseira passou a ser por bbrago semi-arrastado mantendo a barra de torg20, com semi-arvores de acionamento das rodas equipa- clas com juntas homocinéticas (até entio 86 disponivel nos modelos com cimbio semimatomatico), que tornava muito mais seguro con- tornar curvas em maior velocida~ de — pois desaparecia a grande e inconveniente variagao de camba- ‘gem, propria do sistema anterior de semi-eixn oscilante. MAIS SEGURANCA... PARA 0S AMERICANOS Em 1971, a curva das vendas de Fascas nos EUA ainda estava es- tivel. Por isso mesmo, no ano se- sguinte, outro avango inimaginivel para nés brasileiros: a VW adicio- ‘nou ao motor um sistema eletro- diagndstico de falhas. © ispositivo podia ser conectado a uum mistico computador da assis- ‘téncia técnica das concessionérias e realizava até 88 inspegdes nas condigdes do motor. ‘Mas foi em agosto de 1972 que © Super Beetle experimentou as ‘iltimas mudangas importantes. Batizado como série 1303, 0 Fusca cemsua evolugao méxima apareceu com a érea envidragada ampliada, sendo pira-brisa 42% maior do que a versio anterior e ficou co- mhecido como panorimico, devi- do a sua proeminente curvatura, Desenvolvido para atender as ri- sgidas exigncias das leis america- nas de seguranca, o Super Beetle 1303 exigiu um investimento de milhoes da Volkswagen. Por fora, a carroceria era cerca de 10 centimetros mais comprida se comparada ao Fusca brasileiro devido & exigéncia de fixagio espe- cial dos para-choques. Com isso, 0 capé do ports-malas foi reduzido e sganhou now desenho também de- vido a0 para-brisa ‘panorimico”,Jé os piscas dianteiros e as lanternas traseiras.ficaram_ generosamente maiores (no Brasil, essas lanternas foram langadas apenas em 1979, sendo logo apelidadas de “Fafi”). Desta vez, as alteragdes tam- bem se estenderam para o interior do veiculo. Um painel completa- V. sabia s a que também os americanos de Volkswagen? ‘mente novo, moldado em plisti- co, garantiu mais seguranga em caso de batidas, além de ser bem ‘mais moderno do que o anterior de metal. O velocimetro fi ins- talado mum nicho para reduzir os efeitos de reflexoe facilitar a leitu- ra, A sua esquerda, um relégio € dois luminosos: um deles indican- do a posigto do fireio de estacio- ‘namento, enquanto 0 outro trazia a mensagem "Fasten Belts” (“atar cintos”, em inglés). O porta-luvas, sacomodava a curiosa alavanca para seas re ecco Sette ‘ms, pate vets nt deveanioa preseya de Fas edi cen Spears Sorina) denotacs falta trade foun) 36 NACION Perr) ‘we mesnoa vesao Stair sour europe (@exportaso para ‘Os EUA trata carrocertacom area ‘endragada mae ‘@conporenes de sequrangaeconiorto cnc store destravar o capé dianteiro. ‘Com 0 Super Beetle 1303, 0 ‘modelo também ganhava pela pri- meira vex sistema de ventilacio dinamica, com saidas de ar nas extremidades e no centro do pai- nel. Sem falar que a fibrica passou a também oférecer opcionais de nx como ar condicionado (outro item disponibilizado no México e “ignorado” no Brasil), aquecimen- to para o assento do motorista e desembacador no vidro traseiro. ‘Os bancos j vinham com en- costo alto e suporte reforgado, além de permitir melhor ajuste de posigto. Como seguranca era a palavra de ordem, os cintos de seguranga passaram a ser retrteis as portas ganharam barras de protesto contra impactos laterais, Conforme a revista australiana “Madern Motors publicou na época, © interior do Fusca havia passado de uma claustrofébica mala para ‘um pequeno e espagoso sedi. Em 1973, embora a procugao anual ainda estivesse na casa de A produgao européia, que também abastecia o mercado norte-americano, foi mantida apenas até 1978. Quem se beneficiou foi o México, que recebeu todo o maquinario, bem mais moderno que o entdo existente no Brasil | GRANDE Livro oo FUSCA 1,2 milhao de unidades, a curva de vendas apontava que o fim es tava préximo para 0 1303 — 0 que se agravou com a posterior crise ‘mundial do petrdleo. A demanda continuaria por mais alguns anos, sobretudo porque o modelo manti- na fis e entusiasmados consumi- res. Masa VW tinha prioridades ‘mais importantes do que contimar investindo na evolugao do Fusca. A partir de 1974, a versio do Fasca evoluido seguiu com peque- ras alteragdes visuais — uma delas foi nos piscas dianteiros, que deisa- sam os para-lamase passaram para as extremidades do para-choque. Em julho de 1975, a Volkswagen encerrou a produgto do Sedan 1308 (mantendo apenas uma pe- cquena produsdo com a antiga car- roceria de suspensio dianteira com barra de torgao, que se estendew até 1978, na fibrica de Emden) ‘Mas o Beetle teria uma sobrevida ppor mais alguns anos, mas somen- te na versio Cabriolé. Isso porque hhouve uma inesperada volta de in- teresse dos americanos pelo Fusca conversivel assim que a Volleswagen amunciou 0 fim da produgio na ‘Alemanha. Para se ter uma idéia, as vendas do conversivel nos EUA. em 1979 cresceram 60% em relago a0 ano de 1970. Mas o entusiasmo dos consumidores americanos pelo CCabriolé nao era o suficiente para ‘manter 0 modelo em prodhgio. Em janeiro de 1980, o iltimo exemplar deixou a fibrica da Karmann, em ‘Osnabriick. Esses modelos, a partir de metade de 1978, eram produzi- clos em cima de unidades fabricadas ‘no México e enviadas para a Europa ppara serem convertidos em conver- sireis © novamente atravessarem 0 Atlantico para atender 0 mercado americano. (Lut Guedes.) QUASE UM AUTOMATICO A primeira grande revolugao tecnolégica no Fusea foi a opga0 do cambio seminutomitico de trés marchas, chamado de Stick Shift. Mantinha a alavanca do eimbio convencional e a troca de marcha continuava a set responsabilidade do motorista— porém sem haver pedal de embreagem. Na ocasiao, os americanos compravam cerca de 300 mil Fuscas por ano. Mas eles nao queriam mais ter que trocar 4 marchas manualmente ou usar embreagem. Para manter sua fatia neste mercado, a VW criou para os consumidores de li (e estendeu para os curopeus) 2 opeao deste cimbio sem embreagem. A novidade trouxe ainda um importante ganho extra. Acontece que o conversor de torque invadia o espaco da suspensio trascira. E os engenheiros foram obrigados a redesenhi-la, chegando a um sis- tema de brago semiarrastado muito semelhante a0 utilizado entao no Porsche 911. A nova geometria da suspensao eliminava a tendéncia que Fusca tinha de levantar a traseira, “recolher o trem’ e chicotear stuma forte escapada, incontrolavel para o motorista conuam. ‘A caixa com trés velocidades era basicamente a padrio de qual- quer Fusea, apenas com a primeira marcha removida, O conversor de torque, além de permitir carro parado com marcha engatada, também se encarregava de prover forga em “segunda” (Low) para arrancar em pendéncias ingremes ou com muita carga. Os engates restantes eram arranjados em “H’, com a marcha a ré no gar em que a primeira costuma ficar. Abaixo dela, no lugar da segunda mar- cha estava a posigto Low. As outras duas fendas (Drive 1 e Drive 2), consequentemente, representavam a terceira e a quarta marchas do manual, A caixa trazia uma pequena embreagem monodisco a seco (Gletropneumtica com interruptor na base da alavanca de cimbio) entre o conversor de torque eo trem de engrenagens somente para as trocas de marchas, Se por tum lado este sistema hirido dava mais conforto ao moto- rista pela auséncia do pedal de embreagem, por outro deixava o carro mais lento e menos econémico do que a versto manual. A critica na ocasiao dizia que a caixa semiautomitica depreciava a simplicidade do Fusca, mas que os ganhos de dirigibilidade e seguranga com a nova suspensao valiam o dinheiro extra. O fato é que o sistema misto fifo convencen os americanos e as vendas da versio nunca empolga- ‘rm, Um Fasca automitico de fato teria sido um sicesso, mas essa foi uma opeto jamais oferecida. Fusca | 37 38 ae ee ea O DERIVADO MAIS AVANCADO Fusca o.assumir o controle acionério da Auto Union, em 1964, a VW tinha como objetivo basico utilizar a fibrica de Ingolstadt para aumentar sua capaci de de producto, em especial a do Fusca, e assim poder suprir a demanda mundial pelo besouro, que nao parava de crescer. Sem demonstrar ne- rnhum interesse pelos modelos que eram fabrica- dos na ocasito pela AutoUnion, o DKW F102 € seu sucessor Audi F103, 0 comando da empresa em Wolfsburg decidiu encerrar a produgio destas linhas, além de nto dedicar, a principio, nenhuma preocupacito com o desenvolvimento de novos mo- delos para a tradicional marca. ara suceder os modelos da Auto Union no mer cado, Nordhoff autorizou o projeto daquela que pode ser considerada como a tiltima mais avan- sada proposta de derivado do Fusca: 0 VW 411, apesar deste s6 ter em comum com o popular be- souro 0 motor refrigerado ar acoplado ao transeixo ‘montado na traseira. Por outro lado, a nova familia 4 trazia uma série de novidades em se tratando de ‘VW naguela ocasito. Para comegar, 0 sed 411 foi o primeiro modelo da marca langado com quatro por- tas, apesar de também tera versio com duas portas, que ert a proposta original do projeto. Além disso, ‘a nova familia — apresentada no Salao de Frankfurt de 1967 ~ nto vinha com o chassi-plataforma do Fusca, mas com uma estrutura monobloco desen- volvida para concorrer no disputado segmento mé- dio do mercado europeu. A cam- ppanha de langamento destacava se tratar de um modelo de luxo com a reconhecida economia e confia- bilidade do Fusca, mas com mais espago e estilo. PROPOSTA ARROJADA A estratura monobloco, entre- tanto, nao se tratava de nenhuma novidade para a VW, jé que o sis- tema era utilizado na Kombi des- de seu langamento, mas se refle- tia diretamente no espago dentro da cabine do 411, bem maior do que nos modelos da familia Tipo 3 proporcionando mais conforto. Também contribuia para isso 0 maior entre-eiwos, de 2.500 mm, 100 mm a mais do que 0 do chas- si-plataforma do Fusca que equi- pava os modelos Tipo 3. Ainda no que se refere 20 conforto, 0 sistema de suspensio também era totalmente diferente, sem os tra- icionais bragos arrastados duplos com barras de torga0 na diantei- 1a, substituidos por suspensio tipo ‘McPherson € por uma moderna estrutura de bragos arrastados na traseira, sistema idéntico a0 uti- lizado no Porsche 911, mas com ‘molas helicoidais como elemento elistico em ver de barras de tor- gto. Além de um rodar mais su- ave, esta suspensio proporcionava melhor estabilidade direcional ‘Mis se foi arrojada no projeto da carroceria monobloco e nos temas de suspensio e freio, que jé eram a disco na dianteirae podiam 0 Volkswagen 411 pode ser considerado 0 tiltimo e mais avangado derivado do Fusca, apesar de as semelhangas entre os dois modelos ficar no fato de ambos serem equipados pelo motor a ar acoplado na traseira ‘Aoconrar da Fanta ‘Tpo3,a ina 411 n30 posi uma vesao de ‘resvoumes, apenas ‘apenaVartante 0 ‘moda Fastback FUSCA | 39 Se ey Acorege30 accom rmonobion refit ‘detahene no orm emda “411, em mats canfotats ue ‘Ganga Fania pod dervada ‘sirtaments ‘do beourD Um dos motivos para 0 insucesso da Familia Tipo 4 é atribuido ao fato de os modelos terem sido langados tarde demais. “Quatro portas onze anos atrasadas”, costumavam brincar os alemaes na ocasiao... vir opeionalmente com servofieio, a VW foi tremendamente timida no que se refere 20 motor aumen- tando ligeiramente a cilindrada em relagdo aos modelos da fami- lia Tipo 3 para 1.679 cm? (90x 66 ‘mm) que resultou em poténcia de 68 cv 4.500 rpmee que se refletia em velocidade maxima de apenas 145 km/h na versto com cimbio mamnal de quatro marchas e 142 km/h na versio com transmissao automitica de trés marchas, que a ‘VW jj havia desenvolvido para o mercado americano, Este foi para muitos especialistas um grande erro e que afetou diretamente nas vvendas, bem abaixo do estimado pelo comando da empresa. SISTEMA DE INJEGAO Para solucionar a falta de potén- cia fi tomada outra decisto arro- jada, para a época, com a adogio de sistema de injesto de combus- tivel nas versdes 411E e LE, lan- sgadas em 1969 juntamente com a camioneta Variant. Isso aumentou 1 poténcia para 80 cv a 4.900 rpm refletindo em velocidade méxima de 155 km/h (cambio manual) e 152 km/h (automatico). Mas este paliativo nao funcionon, jé que ele ‘you o prego do carro bem mais do ue proporcionou em ganho de de- sempenho. Além disso, o sistema Bosch D-Jetronic exigia verifca Ges constantes para manter a re- gulagem correta que garantisse de- sempenho e consumo compativeis. ‘Mas a maior critica aos modelos da familia Tipo 4 era 0 elevado ruido interno devido a0 posicionamento do motor, praticamente dentro da cabine, problema que nao enfren- tavam seus concorrentes diretos. ‘Tudo isso limitou © mercado para esta familia de modelos pra- ticamente 2 quem jé possuia outro ‘VW. Pesquisas da époce mostra- sam que cerca de 80% dos compra- dores do Tipo 4 ja eram clientes da VW eescolheram 0 modelo como forma de upgrade. Assim, a propos- ta de tentar cativar clientes de ou- ‘ras marcas, em especial dos mo- delos da Auto Union desativados, ro vingou. Além disso, a versio ‘mais huxuosa 411 LE era mais cara que averso topo de linha do Opel Rekord ~ modelo do qual derivou © Opala -, apesar deste ser mais potente e veloz. Mas, se fracassou rno mercado alemio e europew, a familia Tipo 4 curiosamente ob- teve razodvel sucesso no mercado americano, no qual foram vendi- das cerca de 120 mil unidades em quatro anos, e também na Africa do Sul, onde passou a ser montada a partir de 1969. URSO NARIGUDO No fim de 1971 a VW ainda ten- tou fazer uma iltima tentativa para salvar o Tipo 4, com o langamento dalinha 412.com um nove motor de 1.795 emt, mas somente dois carbu- adores, o que resultou no aumento dle poténcia para 75 ev na versio bi- sicae 85 cv:na versio S, mais espor- tiva, Isto, porém, pouco se refletia fem ganho de velocidade final. Na ‘mesma época também i redese- rnhado o frontal desta linha, outro pponto que recebeu muitas criticas desde seu langamento, Tanto que, 1a giria alema da época o Tipo 4 cera chamado de "Nasenbit’, o que pode ser traduzido ao pé da letra comp “urso narigudo’. Tudo isso, acabou provocando o encerramen- to da produgao desta linha na pri ‘meira metade de 1974, pois ela foi sucedida pelo Passat, langado em 1973 com motor de refrigeragao l- quida e tragto dianteira. Segundo dados da Volkswagen, fem cerca de seis anos de produga0 foram montadas pouco mais de 360 mil unidades da primeira fa- milia Tipo 4 e, apesar de ter frus- trado os objetivos da marca, no se pode negar sua importincia na trajetoria de evolugio mecainica da familia VW a ar. Talver, um dos ‘motivos de tamanho insucesso for por ter sido langado tarde demais. ‘Tanto que os alemtes também se referiam a0 411 como: “Vier tiren elfjahre 2u spat’, ou "Quatro por- tas onze anos atrasadas”. Desta forma se referiam a0 fato do pri- meiro VW de 4 portas ter sido langado exatamente onze anos ap6s 0 Auto Union 1000, o DKW de plataforma F94 mais huxuoso que chegou 10 mercado alemio em 1957, & (Roberto Marks) a = saan ae =e. ‘Ser monada a cron TIPO 3 NACIONAL / VW 1600 EM MEADOS DOs ANOS SESSENTA A VW DECIDIU AMPLIAR SUA OFERTA DE MODELOS O AB R FE soBxamenmmvicio an vmoynro Bags NO BRASIL E DEU INICIO AO PROJETO B-135, ALAS sucesso do Fusca no bém atuava no mercado brasilei- mercado brasileiro, ro em associagio com a empresa consolidadona primei- nacional Vemag S.A. ~ Veiculos e rametadedadécadade — Maquinas Agricolase que fabrica- 1960, possibiliton a Volkswagen ya aqui sob licenga a linha DKW. asumiralideranganasvendasese Apesar de uma coisa nada ter tornaro maiorfabricante de veicu- a ver com a outra, esta decisto, los do Pais a partir de 1963, supe-entretanto, pode ter influenciado rando a Willys-Overland, mesmo diretamente 0 _desenvolvimen- esta tendo uma gama bem maiore to do futuro VW 1600 nacional. ‘mais segmentada de modelos: dos. Como nova dona da marca DKW, populares, mas frigeis, Renault 2 VW nao tinha nenhum interes- Dauphine e Gordini, 10 mode- se em permitir que ela continu- lo de luxo Aero-Willys, além dos asse sendo concorrente também ; Fqueo utlltérios Jeep e Rural. Enquanto aqui ao Brasil, assim como fez imac ead VWsi caitera Gien apo x Alemistth. “A/deciato Saloon Boloa pular besouro, a versitil Kombi e 0 grupo Novo Mundo, que con- Seana © belo mas caro Karmann-Ghia _trolava a Vemag, em uma dificil para manter sua hegemonis situag2o: ou procurava um outro Com o objetivo de ampliar a fabricante internacional para ob- oferta e espago num mercado que ter transferéncia de tecnologia ou comesava a dar sinais de cresci- capitulava 20 desejo de sua nova mento acelerado, a matrizda VW sécia, que pretendia assumir 0 em Wolfiburg decidiu desen- controle total da fabrica brasileira volver para a filial brasileira uma do DKW. nova gama de modelos médios se- guindo a receita bisica da fimilia PROJETO ANTIQUADO ‘Tipo 3, langadana Alemanha no -Enquanto aindaera discutido o comego dos anos sessenta. A de- _acordo financeiro pelo qual a VW cisto foi tomada praticamente na assumin definitivamente a Vemag, ‘mesma ocasitio em que a VW as-ocorrido em meados de 1966, a sumit 0 controle da Auto Union engenharia da VW em Wolfsburg na Alemanha, marca que tam- iniciou os estudos para o desen- RANDE LIV FUSCA | 43 TIPO 3 NACIONAL / VW 1600 volvimento do novo modelo para © mercado brasileiro. Mas, em vez de se basear diretamente nas li- inhas do Tipo 3 alemao, foi buscar no “fundo do bai” o projeto EA97, desenvolvido no fim da década de 1950 e que, segundo consta, foi a primeira sugestao de estilo para © modelo médio alemao, poste- riormente arquivada. Entretanto, nna visto dos executivos alemies aquele projeto jé antiquado estava de bom tamanho para 0 mercado brasileiro. No projeto original o seda EA97, de trés volumes, s6 tinha duas portas seguindo uma “filo sofia” difundida por muito tempo pela VW. Proposta que foi man- tida no Tipo 3 alemto. Porém, ‘no novo modelo brasileiro, de- nominado internamente como Projeto B-135, a engenharia de Wolfsburg decidia colocar mais 1 Fusca duas portas. Nao se sabe se isto foi uma forma de tentar cativar os fis clientes brasileiros do DKW, que continuo em produgao aqui até outubro de 1967, ou se tam- bbém foi uma estratégia para que anova versio nio se tornasse um concorrente direto do Fusca, num mercado que ainda softia a falta de oferta segmentada. Especulagdes a parte, as quatro portas ficaram subdimensionadas dificultando o acesso, tanto atras como na frente. De resto foi man- tido o projeto original desenvolvi- do nos anos cinquenta, com linhas retas € indefinidas e, para piorar, os fardiscirculares da versto ori- ginal foram substituidos por dois conjuntos retangulares, de tama- inho desproporcional, os mesmos que eram utilizados na época na linha de caminhoes Mercedes Benz de “cara chata”. Esta erauma ‘maneira bastante comum na épo- ca para reduzir custos de produgto nna busca de ganho de escala. APELIDO CURIOSO Langado no final de 1968, du- zante 0 VI Salto do Automével de Sto Paulo, 0 novo modelo deno- minado VW 1600 chamou a aten- ‘¢20, mas também foi ofuscado por outras duas novidades importan- tes: 0 Corcel langado pela Ford, que havia assumido 0 controle da Willys, e 0 Chevrolet Opala, 0 primeiro automovel brasileiro da entio poderosa General Motors. ‘Nao haviacomparagao: com linhas ‘bem mais atualizadas e cativantes, © Opala e 0 Corcel fizeram mais sucesso do que o “Fusca” quadra- dino de quatro portas. ‘Além disso, pouco tempo de- pois, quando o modelo chegou As ruas, os irreverentes cariocas deram ao novo VW um curioso apelido, que fazia uma analogia com 0 sucesso na época do ator e diretor de filmes de terror José ‘Mojica Marins, que se autode- nominava "Zé do Caixto’, para definir as tipicas caracteristicas de estilo do modelo que mais se 0 primeiro VW brasileiro de quatro portas sobreviveu apenas dois anos no mercado, periodo em que vendeu aproximadamente 25 mil unidades. Sem valor no mercado de usados, encontrou reftigio nas maos de taxistas parecia a um esquife sobre rodas com quatro algas (as masanetas das portas). Mas, curiosamente, foi no Rio de Janeiro queo mode- lo fez. mais sucesso ao ser “adota- do” pelos motoristas de taxi, que com ele podiam ter um modelo de quatro portas a prego acessivel fe que também tinha as reconhe- cidas qualidades de economia € confiabilidade do Fusca. ‘Meso assim, 0 “Zé do Caixao” da VW teve vida curta no mercado, apenas dois anos e meio, sendo que sua produto foi desativada no co- ‘mego de 1971 e ele foi suceddo pela znova versio TL, um hatchback ini- cialmente 56 com duas portas. Em dis anos foram produzidas cerea de 25 mil unidades do primeiro VW brasileio com quatro portas. E este pprovavelmente tenha sido o principal “defeito” detectado pelos consumi- dores no modelo, mas ainda do que ‘estilo de gosto duvidoso. Isto por- que, durante muito tempo a prépria ‘W brasileira foi critica dos carros de quatto portas, uma forma de de- ‘ratar os modelos Renault Dauphine Gordini, que fiziam concorréncia si Fasca na fase inicial da inckstria nacional de automéveis. © fetigo vi- rou contmo feticeiro. Opobicobrastero igs etary isipilelak a Vaksuagen nas nas ‘essen fetaso "Zed0 Caxao” TIPO 3 NACIONAL / VARIANT O SUCESSO DA IRMA FUSCA © fim da década de 1960, quando o Brasil dava o grande salto para a motori- zagio em massa, o Fusca jé nha uma fenomenal aceitasa0, enquanto a Kombi também rei- nava absoluta num. segmento quase sem concorrentes. Com isso, a Volkswagen praticamen- te monopolizava o mercado na- cional e tinha mais de 70% de participacao. Contudo, apesar do cenirio otimista, a fabrica de Sao Bernardo do Campo jé vis- lumbrava que precisaria ampliar sua linha caso quisesse se man- ter no topo. A estratégia tragada foi lan- ar novos modelos, mais luxu- osos destinados a outros seg- mentos do mercado da mesma forma como jé fizerano exterior com a familia Tipo 3. O pri- meiro modelo desta nova linha foi o seda de 4 portas batizado de VW 1600, apresentado no VI Salao do Automével de Sao Paulo, em dezembro de 1968. Embora vendesse a mesma ro- bustez do Fusca, com um estilo mais moderno ~ conforme des- tacava a propaganda da VW -0 modelo sucumbin a rejeiga0 po- pular e logo foi apelidado “Zé do Caixao”. Um ano depois, no final de 1969, foi langada a Variant, segundo modelo da nova linha e com desenho fron- tal idéntico a0 do controverti- do seda. Mas seu destino seria mais glorios CARRO FAMILIA ‘Além das linhas retas, a EVOLUGAO TECNICA ‘As pera untdades neram ome mesmo femal "Ze {i Cava", com dts fara ‘ecangulars, assando em soquda ara quatro lens crelares, ‘asada acomodadasas pares Variant se mostrava promissora ‘num segmento rfio desde o fim da DKW Vemaguet produzida pela Vemag, fabrica absorvi- da pela propria Volkswagen em 1967. Como 0 modelo era des- tinado as familias — geralmente mais numerosas naqueles tem- pos, 0 principal apelo de venda utilizado pela Volkswagen era 0 espago oferecido — justamente 0 ponto fraco do Fusi Na televisio, a publicidade de langamento mostrava 0 ator ‘A Vang fo10 © humorista Rogério Cardoso fanaa: Intrigado, & procura do motor, Mreqipaigcan jeque havid Gmiporte-iulariia! “Meee frente e outro atris. O primeiro qvepasbihana ar” oestepee ficava sob o capé dianteiro, en- aumentar esta quanto o outro nada mais erado — "™Pert#maas que o vio entre a tampa do mo- tor e 0 teto/vidro da tampa tra- seira. Juntos, comportavam até {640 litros, uma boa capacidade para a época. Com ampla irea envidragada ¢ excelente visibilidade, ela era fabricada apenas na versio duas- ‘uma moldura de formato "quase _eram as mearus do "Ze do Canao". —_e duplacarburayao.Freioa dco retangular”Ouracaractorsica ——‘Palolcomrevestimene pasico" nadanelra stoma a tanbor na marcato dessa pimara sere ‘kardordaia jacarand,Bancos taser. Suspensio Independents 0 os pscas, posclonaos nas revestds decourdm pret (hava com tarras deta, amorecedores laters dos paradamas dlantelrs, _opgbes de utrastonadaes). Motor barra estbllzaorana dante. Natrastn,as forma tambem —decorstrugio plana com 1.584 cr? FUSCA | 47 OEE Ce ae eh ‘Aci, as res geraqbes ca Variant ‘achonal vstas de os fad, psca ara-choques portas e cinco lugares. No banco de tras, os enormes vidros late- mais tinham quebra-vento que possibilitava abrir parcialmen- te. O interior também seguia 0 padrto surgido com 0 *Zé do Caixto”, com destaque para o panel revestido por um plastico que imitava madeira jacaranda, mas a lista de opcionais ‘ndmica: apenas radio e relogio. Instalado praticamente den- tro do habitéculo, o motor de 1.584 cm’ e dupla carburagto inaugurow no Brasil a engenha- ria de construgto plana, com a turbina baixa. A poténcia li- quida era de 54 ev, permitindo Além de linhas mais elegantes que as do VW 1600, a Variant se mostrava promissora num segmento 6rfao desde o fim da DKW Vemaguet produzida pela Vemag velocidade final por volta de 135 km/h. NOVO FRONTAL Em 1971, 0 modelo ganhou ‘uma frente mais modema, com quatro fardis © capé inclinado, além de outras pequenas altera- pes de estilo. E, em dezembro de 1976, a Volkswagen comemorou a prodhugao de 250 mil unidades da Variant, ano em que o modelo re- cebeu algumas melhorias herdada: co VW Brasil de 1977, jé como modelo 1978, a ‘VW apresentou ao mercado a cha- ‘mada Variant I, que ficou mais co- necida como Variantio. Projetado no Brasil, 0 novo modelo trazia. muitos avan- gos, sobretudo na suspensio. Na dianteira, adotava siste- ma McPherson com mola he- licoidal, bastante superior 20 de bragos arrastados duplos e laminas de torgio que equipa- ‘yam sua antecessora (e também o Fusca). Na traseira, o sistema de semi-eixo oscilante deu lu- gar ao de braco semi-arrastado, com barras de torgio, bem mais eficiente por evitar a perigosa variagao de cambagem. Contudo, apesar dos mais avangados sistemas de confor- toe seguranga ao dirigir entre todos os derivados nacionais do Fusca, o Variantao teve vida breve no mercado, tendo a pro- dugao descontinuada em 1981, sobretudo devido a forte con- corréncia da Ford Belina II e chegada da familia BX, que ge- rou a futura Parati. saa gauss seg DTT aT HS Neacaracaa con mr ee a eves ‘ascolims ltertsdatamps —_paltelorevestnento que iitara area entragada em todos os Lakehrateoneponioneph domoureroas erste "ate Seems, dope 912 on ae ‘ormato quadrado, bem mores ‘astro, que pela primera ver velo Shogue. ‘que as anterlores. Janelas laterals ‘com fimpador. As saldas de ar do. ‘iver bse suet model sor deapresrom, ' Fusca ifars umcanponme aero paramo moda ‘ugar a umcamponent ‘oc. 13. Vartan I, lang am 1977 ana pate bem as Moderne com ator aed de sums PICAPES CASEIRAS Em 1974, publi des especializadas davam mento de tuma versio p erto 0 lant derivada da Variant. Report Jetalhes, por meio de desenhos, as dimensées do novo veiculo as mudancas no conjunte da suspen- fato é que a picape da Variant jamais chegou ao mercado, mas a divul- gacto da noticia jculados acabou inspirando muita gente, Ainda hoje € pos- sivel encontrar versdes “caseiras” circulando pela: MOTOR-NOVIDADE © motor de construgto plana constituiu a grande Variant. A redu novidade da > de altura em rela- stores convencionais da marca foi posivel isto da tusbina de arrefecimento, do tipo 2 de radial, do virabrequim. Com sto, a correla trap pela rec cextremidad idal pas- axial em rafusada r sou a fazer apenas o acionamento do alternador, c que de certa wa tranquilidade em caso di romper a reftigeragto do motor. A carga da bater dar mais de 100 quilbmetros de dia sem da bobina de ig ‘semt-arvres atlas por unas Novas arta ase com lentes de aratomics sendos tnteimscom VWracionalcom motor refigerado __baras de oro, raga arrastaos fis. Novis rodsscom ato aberturas apoio de cabeca.Potéct aumentada a equpado cam pres radials. Daraventiagaoe calcu deplsto em 2evdevdoa un now dagrana de Suspensao McPherson na dante, _homociacas, fmormatedecopnho.Isrumentss camando de aiwas ed eapamento o@lepossblkou "dekar”oexepe passarama serretangulares. Now comsalda dup, Sstoma de dao eaumentar oepayoparabagagen. Nolan, Banca de formato mas tipo pin ecremahera. Primero _‘Suspetsaotrasevacom stoma de FUSCA | 49 so | GRANDE GANHO DE POTENCIA SURGE 0 MOTOR 1300 E 0 BESOURO PASSA A RUGIR COMO UM TIGRE ‘motor do Fasca era praticamente o mesmo desde 1954, quando passou de 1.131 para 1.192 em? por meio do aumento do diéme- tro dos cilindros, de 75 para 77 milimetros, 1 poténcia subindo de 25 para 30 cv, sempre a 3.400 pm, um ganho aprecivel na época, O torque subia de 6A para 7,2 mkgf as mesmas 2.000 rpm. Mas nos anos sestenta era pouco ¢ 0 mercado pedia mais. Em 1965, na Alemanha, era festejada a chegada de um novo motor boxer, facilmente identificvel pelo suporte do gerador fixado por quatro prisioneiros e porcas na metade direita da carcaga, e nao mais uma 6 pera. Chegava em duas cilindradas: 1.200 e 1.300 cm’, O 1200 mantinha as mesmas dimensbes inter- ‘nas, mas a poténcia subia para 34.cv a3.800 spm, com. torque de 7,6 mkgf a 1.700 rpm. ara chegar a0 motor 1300 o curso foi aumentado de 64 para 69 mm, resultando em exatos 1.285 em. A. poténcia alcangava 40 cv a 4.000 rpm, enquanto o tor- que subia para importantes 8,5 mkgf a 2.200 rpm. ‘Mas no Brasil nfo haveria 0 Fusca com o novo mo- tor 1200, 16 0 1300, com ligeira redugao de poténcia, ppara 38 cv, em razao da taxa de compressto mais bai- xa, 6,811 contra 7,0:1 do motor alemao. ‘Mesmo com o curso mmentado, 2 relagdo entre rio da manivela do virabrequim e comprimento en- tre centros de biela (132 mm) se manteve uma étima 0,26, pouco mudando do motor 1200, que era 0,24. ‘Avboa relagao #/l, que dever ser de no maximo 0,30, € ‘uma das explicagdes da suavidade de funcionamento € da durabilidade do motor baxer do Fusca, especial- Fusca mente dos cilindros, pistoes ¢ anéis, e deve ser credi- tada ao projetista Josef Kales, da equipe do Professor Porsche, ainda em meados da década de 1930, Mndanga importante no novo motor foi também sistema de produgao de ar quente par a cabine. Em ver de o ar ser coletado aquecido apés passar pelos cabegotes ¢ cilindros, agora o ar quente passava por caixas de aquecimento de ar em volta dos tubos de escapamento dos cilindros 1 e 2 (os mais a frente do carro). Reduziam-se a zero as chances de monéxido de carbono chegar ao interior do veiculo em caso de ‘vazamento de gis de escapamento entre cabegote e ci- lindro, ‘© motor 1300 chegou como Fusca ano-modelo 1967, mas ele ainda trazia sistema elétrico de 6 volts, passando para 12 volts cerca de seis meses depois. ‘velho 1200 foi imediatamente descontinuado. ‘Com o 1300 chegavam também a comutagio de farol alto e baixo na alavanca do indicador de dire- 0, obotito na fechadura da tampa do motor no lugar da macaneta giratéria em forma de “T” usada desde 1952, a caixa de fusiveis no interior em ver.de no por- ta-malas e um detalhe que chamou muita atengio, as, todas com dez furos oblongos no disco, o que real- ‘mente deu novo ar a0 Fusca. Sua carroceria era a mesma apresentada como ano- modelo 1966 e que trazia 0 vigia 20% maior em area = era mais alto e largo -, além dos limpadores que passavam a estacionar no lado esquerdo, no mais no direito. Essa versto ganhou o apelido de “modelinho”. Por que esse nome? Alguns acreditam tratarse de comruptela de made?-year, ano-modelo em inglés, ter ‘mo comum usado pelos marketings das fibricas. (© motor 1300 viria para revitalizar o Fusca de uma ‘maneira impressionante. Seu desempenho melhorou consideravelmente, como chegar 2120 km/h, 10 km/h ‘mais que o 1200, ¢acelerar de 0 a 100 km/h em 28 se- sgundos, que no 1200 era préximo de 40 segundos. novo motor abriu também novas possibilidades cde modificagio por aumento de cilindrada, como pas- sar 0 motor para 1.500 cm" apenas trocando o jogo de cilindros, pistdes ¢ ais pelos desse motor surgido em. 1967 também para a Kombi e o Karmann-Ghia. No ano seguinte era langado 0 1600 quatro portas e com ele os cilindros de 85,5 mm de didmetro (83 mm no 1500). Ficou ficil melhorar o desempenho do Fusca. No mesmo dia, em poucas horas de servigo, o Fusca virava 1500 ou, pouco depois, 1600. ‘Na mesma época surgiram os kits de dois carbura- 0 novo 1300 abriu também novas possibilidades de modificagado por aumento de cilindrada, como passar 0 motor para 1.500 cm? apenas trocando o jogo de cilindros, pistdes e anéis dores Kadron, que duplicava o tinico original, e 0 da Puma, que utilizava dois carburadores Brosol de 32 ‘mm, com étimo resultado. Tudo feito sem desmontar a carcaga, répido e barato. Com cilindrada 1600 a potén- cia era préxima de 60 cv e, mantido o custo diferencial 4,38:1 do 1300, o carro era um bélido no transito, que na época deixava para trés praticamente todos quando o sinal abria. Era bem divertido, + (Bob Sharp) FuscA | 53 0 GRANDE LIVRO DO = QUINZENALMENTE NAS BANCAS! 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