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LESTE GRANDE LIVRO DO FUS CA EM FASCICULOS TISMO E DESPEDIDA PEM B ETD R CTU ele Ms eee eld ace aa ambém pelo primeiro encerramento da producao Be eee en lel] on cela ne — - a rt) Tone e cee at a ms SUMARIO rpssownre uli vee meses ERA oma nares ima se Be tava et ete ee 28 aden eon S ree teettiniey otis ane cee &)_Andlse Tene: evotgan SC) nec apesr oer fin fnggettestieny ce REISS nena OLEAN Seen a, GS Mars masmennneERER sour) ‘erusta remove) TEMA, FIM DE UMA ERA decisio de encerrar a produgéo do Fusca na ‘Alemanha, em 1978, marcou o fim de uma era muito importante na trjetoria do popular souro, mas no encerrou sta produgio. A Volkswagen do Brasil assumiu o bastio ¢ manteve o modelo ainda durante bom tempo como um dos mais produzidos do ‘mundo. Por snal, desde 1975 a fibrica brasileira jé era a maior fabricante do Fusca superando a produgio conjunta das fbricas de Emden na Alemanha e Puebla no México. Da mesma forma, naquela ocasiio o mercado brasileiro pas- soua sero maior consumidor de Fuscas no mundo superando em vendas tanto o da Alemanha como o dos Estados Unidos. (O Fusea fazia grande sucesso por aqui naquilo que se conven- cionou chamar “Milagre econdmico brasileiro” e o besouro rao simbolo de mobilidade para uma boa parte dos brasilei- 10s. Mas, assim mesmo, acendlia-se um sinal dealerta. A ripi- da modemizagio da indistria automobilistca do Pais passou serum risco para o Fusca. [Na segunda metade da década de 1970, apesar de manter ven- das superiores 2 200 mil unidades por ano, « curva de vendas, do Fusca no mercado brasileiro comegava dar mostras de um ligeiro declinio, ano a ano, ea VW se mobilizou para isso. O projeto do futuro modelo Gol, iniciado em 1976, era um sinal disso. A proposta de aproveitar a mesma confiavel e versétil me- nica do Fasca em um modelo com linhas mais modema e, principalmente, tragio dianteira jt davam os indicios de que a ‘VW estava preparando um possivel sucessor para o Fusca. "Mesmo assim, o besouro ainda se manteve com félego no mer cado por mais alguns anos, mesmo apés o langamento do Gl, ‘no comego de 1980. E, pode-se afirmar, que nfofoinem o novo ‘modelo da VW, nem os da concorrénci, que acabaram provo- cando o fim da produgio do Fusca no Brasil, mas sim a dificil corjuntura econémica que o Pats enfrentou, principalmente na primeira metade da década de 1980 que se refletiram dire- tamente na redugio das possbilidades de financiamento ficil para veiculos, como ocorreu nos anos setenta. ‘Como as classes menos favorecidas no tendo acesso ao crédito, Brasil teve seu mercado de automéveis reduzido ¢ o popular sca foi o mais prejudicado. Mesmo assim, somente em 1983, deixou de ser o modelo mais vendido no nosso mercado, aps ‘manter essa primazia por tinta anos— desde 1963. A partir dat jfea sabido que os dias do Fusca no nosso mercado estavam contados, em 6 uma questio de tempo, que acabou ocorrendo ‘no comeso de 1986 quando a VW do Brasil anunciou o en- cerramento da produsio do modelo no Pais, apesar que isso 86 ‘correu de fito no fim de outubro daquele ano. Ss eae MUDANGA DE RUMO CoM 0 FIM Da PRODUCGAO DO Fusca Na ALEMANHA, A FILIAL BRASILEIRA EM SAO BERNARDO po CAMPO SE TORNOU NO MAIOR POLO PRODUTOR DO MODELO decisio do comando daVWem encerrar a fabricaso do Fusca na Alemanha, em 1978, repre- sentou o fim da longa trajetsria de produgio do modelo em seu pais de origem. Foram mais de trinta anos em li- nha de montagem e um total que superou afenomenal marca de 17 milhées de uni- dades produzidas. Mas, se interrompida nna Alemanha, esta trajetdria bem-suce- dida continuaria sendo mantida nos anos seguintes nas filiais da VW no Brasil e, em menor escala, na do México. No Brasil, inclusive, 2 produgio do ‘Fuscajé era entio superior a 200 mil uni- dades anuais. Uma marca significativa e que mantinha o popular besouro como um. dos modelos mais produzidos na indkistria automobilistica mundial. Por sina, a filial brasileira da VW havia se tornado a maior fibrica do besouro antes mesmo da linha de montagem de Emden ser encerrada. Isso ocorreu a partir de 1975, quando a fibrica de Sio Bernardo do Campo pro- duziu mais 233 mil unidades, contra cer gjiornaldatarde A exquert ona rll prosigao sm 1986, ‘A arena, materia lava "usca® no capo rasero ca de 212 mil Fuscas montacos na Alemanha e México. Porém, enquanto a produgio alema ainda se destinava a di- vversos mercados espalhados pelo mundo, a da fabrica brasileira era absorvida quase que na sua tota- lidade internamente. Desta for- ‘ma, o Brasil também se tornou, a partir de 1975, 0 maior mercado consumidor de Fusca e somente naquele ano foram comerciali dos mais de 205 mil besouros no pais, o que significou participaco de 31,1 % do total de automéveis vendidos aqui. ‘Mesmo assim, a curva de ven- das do modelo também j estava em queda no mercado do Brasil, justamente no momento em que ‘a comercializagao de automéveis crescia exponencialmente naqui- lo que se convencionou chamar de “Milagre econdmico brasilei- 10”. Do pico de vendas alcangado em 1972, quando o mercado ab- sorveu mais de 223 mil unidades do Fusca e que representaram 48,8% do total de automéveis vendidos no Brasil, « particips- 40 do Fusca foi caindo lenta a gradualmente. CONCORRENCIA INTERNA Isto, em boa parte, ocorreu por- que 0 mercado brasileiro também ficou mais competitive. Se na dé cada de 1960 0 Fuscanto teve con- correntes a altura, para contestar sua lideranga num mercado ainda em consolidagio, a partir dos anos setenta este panorama mudou ra- ersos pases FUSCA Is Ss eae Desde hace 30 ahos esun gran ches. ‘Alam do Beast, Desoure tama ‘a produzo no ssi dirames ‘deca de 1980. (aso domodai sma angio ‘an 1904 em ‘omemaracao 20s ‘30 anos ao *Vocho” ‘naqele pas dicalmente e 0 besouro passou a enfrentar concorréncia nio s6 de ‘modelos de outras marcas, mas até ‘mesmo dentro da linha VW, com ‘o lancamento do Brasilia em 1973 que, apesar de mais caro, caniba- Jizou uma significativa parcela das vendas de Fusca. ‘Assim, ano a ano foi diminuin- do a participagao do Fusca no mer- cado brasileiro. Tanto que, no fim dadécada 1970, apesarde ainda ser © modelo mais popular do Brasil, sua “fatia” jf ficava abaixo dos 20 ppor cento, enquanto dez anos an- tes as vendas dele representaram ‘mais da metade dos automéveis comercializados no Pais. Em 1979, quando o mercado brasileiro alcan- gou a comercializagio recorde de 828.733 automéveis, foram vendi- dos 159,650 Fuscas o que signifi- cou participagio de 19,39. ‘Mesmo assim, ainda era uma produgio considerivel, além de lucrativa para a VW. Mas a que- da constante no grafico de vendas preocupava o comando na matriz. Por isso, em 1976 foi iniciado 0 projeto de um novo modelo popu- lar para.o mercado brasileiro que, 1 principio, nao tinha o objetivo de suceder o Fusca, mas sim de refor- gar a posigio da marca que na oca- sifo ainda mantinha uma folgada lideranga no Brasil, com mais de 40% de participagio nas vendas totais de veiculos no Pais. Para comandar esse projeto, foi enviado ao Brasil o engenheiro Philipp Schmidt que havia coor denado o projeto EA 276, protsti- po que antecipou o estilo do Golf, ‘mas que foi equipado com o motor refrigerado a ar montado na dian- teira. Apesar de ser descartado por Rudolf Leiding para ser 0 sucessor do Fusca na Alemanha, o projeto EA 276 acabou servindo de base para o desenvolvimento do VW Gol. A versio brasileira, entretan- to, teve suas linhas inspiradas nas, do esportivo VW Sciroceo. Langado no comego de 1980 no mercado brasileiro, o Gol agra- dou pelas linhas modemas e espa- 0 interno, mas decepcionou por um erro de marketing da fibrica, Como, na época, ocorria a segun- da crise mundial do petréleo a ‘VW cecidiu langar seu novo mo- delo com o mesmo motor boxer 1.300 em’ do Fusca. Com isso, 0 Gol era apenas ligeiramente mais vveloze gil do que o Fusca, apesar de bem mais caro, E, em vez de Mas, se interrompida na Alemanha, a trajetoria bem-sucedida do popular besouro continuaria sendo mantida nos anos seguintes nas filiais da Volkswagen no Brasil e, em menor escala, no México atacar a concorréncia, o novo mo- 0 governo brasileiro teve sérias Com isso, a “fatia” do besouro no delo acabou afetando as vendas do dificuldades nfo s6 para “rolar” mercado brasileiro de automéveis, proprio Fusca ao cativar os consu- esta divida, mas também para im- também se reduziu, para 15,7%. midores que desejavam fazer um portar o petréleo, que estava mais As dificuldades econdmicas a- up-grade dentro da linha VW e, caro e do qual o Brasil ainda era mentaram ainda mais em 1982, ‘ap mesmo tempo, queriam conti-tremendamente dependente de quando o governo brasileiro decre- uar usufruindo da confiivel me-_fornecimento externo. tou a moratéria da divida externa. clinica a ar, ‘Tudo isso, se refletiu numa for- Isso, somado ao inicio de um pro- te recessio na economia brasileira cess de inflaglo elevada, reduziu TEMPOS DIFICEIS que, a partir de 1981, fez o Pais ainda mais a oferta de crédito afe- ‘Mas pior ainda estava por vir. voltar a niveis de produgio se- _tando diretamente avendas de mo- Com a economia americana em — melhantes ao inicio da década de _delos populares. E, apesar do mer- crise, o que fer 0 Federal Reserve 1970. Assim, as vendas de auto- _cado de automéveis ter crescido em (Banco Central dos Estados méveis em 1981 tiveram uma re- cerca de 24% com relago ao ano Unidos) aumentar significativa- duo de 43,5% com relagio aos anterior, as vendas do Fusca con- mente a taxa de juros bésicos, 0 resultados do ano anterior. Mas a tinuavam em queda, de 296, sen- Brasil foi um dos paises mais afe- queda de vendas do Fusca foi ain- do que sua participayio caiu para abano, oFusca tados por esta decisio. Devido i damais signficativa: de 52%. Dos 12,498. Também em 1983, apesar eXkagy clevada divida externa em délar 146.319 Fuscas vendidos em 1980 do mercado brasileiro continuar seams 0 revela contraida paraimpulsionar ocres- a comervalizagio caiu para pouco recuperando lentamente, as ven- SVE 25 cimento do Pais nos anos setenta, mais de 70mil unidades em 1981. das do besouro se mantiveram em snes bras EI Volkswagen. Reflejo de la perfeccion. : 2 Osu... FuscA | 7 see emis, 0 foci Smareave oni ce Sepa mec ct sam Ebr eVotgwonee ere eres queda. Naquele ano, 0 besouro re- ‘presentou apenas 10,496 das vendas totais de automéveis. Com isso, apés trés décadas, 0 Fusca acabou perdendo, durante aquele ano, a lideranga nas vendas, parao Chevrolet Chevette, mode- lo derivado do Opel Kadett. Nos anos seguintes, as dificuldades no mercado brasileiro continua ram afetando as vendas de auto- méveis e, o crédito reduzido, fez com que os auitoméveis passassem a ser vendidos praticamente a vista fou entio pelo popular sistema de consércio. Isso, fez com que o au- tomével mais vendido no Pais nos anos de 1984, 1985 € 1986 fosse © Chevrolet Monza, modelo de- rivado do Opel Ascona ~ Projeto J-Car da General Motors — e que se destinava a faixa mé mercado brasileiro. CRISE NA MATRIZ Na mesma ocasio em que Brasil entrou na crise econémica e que se refletiu diretamente nas vendas do Fusca, a VW enfrenta- va dificuldades internas de certa forma também provocadas pelos Estados Unidos, onde as ven- das do Golf, ou Rabbit, como 0 modelo era denominado naquele mercado, nfo alcangavam os te- sultados almejados pelo fabri- cante. Apesar de produzido na Filadélfia e de alcangar relativo sucesso, as vendas do Rabbit nun- ca chegaram perto das do Fusca no mercado americano. ‘Mesmo sendo um modelo mo- demo, que fazia muito sucesso no ‘mercado europeu, o Golf/Rabbit no tinha o mesmo “earisma” do popular besouro. Além disso, os consumidores americanos jé co- megavam a ser cativados pelos automéveis japoneses, menores € mais econémicos. E assim, da ‘mesma forma que o Fusca fora ‘uma referéncia para diversas ge- rages de jovens americanos nas décadas anteriores, os modelos fa- bricados no Japio assumiram este espago no coragio da juventude americana da década de 1980. Assim, oinvestimento na fabri- caamericana demorava a ser amor- tizado, a0 mesmo tempo em que a filial brasileira, que sempre garan- tu bons lucros & matriz, passou a dar prejuizo. Além disso, acome- tido por um ataque do coragio em meados de 1981, Toni Schmiicker ficou afastado temporariamente do comando da empresa. Para re- verter esta situagio, o Conselho de Vigilancia da VW decidiu nomear ‘um now executivo-chefe por oca- sitio da assembleia dos acionistas realizada no comego de 1982. A solugio, desta ver, foi buscar novamente no histérico da empre- sa um executivo que tivesse “co- nhecimento de causa’, assim como fora quando Rudolf Leiding suce- dera Kurt Lotz. A escolha recain sobre Carl Horst Hahn um dos responsiveis pelo sucesso comer cial do Fusca nos Estados Unidos e que de 1958 a 1965 foi o presi- dente da VW of America. Sua imagem ficou tio ligada a este su- cesso, que ele acabou sendo apeli- dado pelos entusiastas americans do besouro como “Mister VW". or tudo isso, Hahn era na vi- so do Conselho de Vigilancia da empresa o executivo ideal para tentar reverter a situagio critica da ‘marca no mercado americano, que durante muito tempo garantiu ga- hos extraordinarios a VW. Mas, As imporiagoes ars ‘4 poraal fork ence on 1985, faomarcado peserie ‘compmaratva "braun keer” (Fusea ubiew, 2.09, ‘eabat), com rogigao mica '23.180 undades ‘na fatrica de Pubes no caso de Hahn, o Conselho teve aque e dignara convidé-lo para r- tomar aempresajé que, na ocasio, ele ocupava o cargo de presidente da fibrica de pneus Continental, que sssimira em 1973, quando deizou desiludido o staff de co- . PAT SHER EA ‘mando da empresa. MEXICO CO Tso. porque, quando retor- nou a Alemanha em meados dos anos sessenta para assumir 0 co- mando geral de vendas da VW, Habnera considerado o herdeico natural de Nordhoff. A nomes- Ano a ano diminuia a “fatia” do Fusca no mercado brasileiro. No fim da década de 1970, ja ficava abaixo dos 20%. Dez anos antes, suas vendas representavam mais de 50% do total comercializado no Pais GRANDE LIVRO D0 FUSCA | 9 Ss eae AS VEZES O AVANCO TECNOLOGICO DE pyr FMERESA NAO EST NO QUE ELA FA MAS NO QUE DEIXA DE FAZER. una ants una fares hava reatzado uma campanha bane para se Ssespedr” de um @®) Volkswagen do Brasil S.A. go de Kurt Lotz, em 1968, foi © primeiro baque as aspiragoes de Hahn. Depois, com a escolha de Rudolf Leiding para suceder Lotz, 0 executivo acreditou que nao havia mais espaso para ele dentro da fibrica de Wolfsburg e resolveu aceitar 0 convite para comandar 2 tradicional fibrica de pneus alema. NOVOS CAMINHOS Devoltaa VW, Hahn procurou inicialmente tentar reverter a situ- agio da marca na America, mas rapidamente se deu conta que seria muito dificil enfrentar a dinami- ca dos fabricantes japoneses,iss0 também porque 0 marco alemao valorizado em relasio a0 délar indo dava muita margem de mano- bra para uma estratégia agressiva de comercializagio, como fora a do Fusca, vinte e cinco anos an- tes. Além disso, a gama de mode- Jos VW era bastante reduzida em relagio i variada oferta das marcas japonesas. Assim, Hahn procurou fortale- cer a participagao da VW no mer- cado europeu, a0 mesmo tempo em que iniciou negociagdes para se estabelecer no mercado asiiti- co, em especial no da China que, entio, dava seus primeiros passos. Enquanto isso, a dificil situagio econémica do Brasil fazia com que a filial brasileira permanecesse no vermelho o que gerou rumores de que « VW poderia reavaliar sua atuagio no Pais podendo, inclusi- ve, reduzir consideravelmente seus investimentos aqui. sso, porque, com as vendas do Fusca em queda e a dificil “deco- lagem” comercial do Gol, mesmo com a adogo do motor 1.600-cm" “1 at” e, posteriormente, do mo- tor AP de reftigeracio liquida, a ‘marea continmou perdendo parti- cipagio no mercado brasileiro, que também se mantinha estagnado Apesar de deixar de ser produzido no Brasil, o Fusca ainda continuaria por muitos anos em produgao na fabrica de Puebla, utilizando componentes basicos do motor e transmissdo fabricados pela filial brasileira praticamente, algo que perdurou durante toda a década de 1980. Apesar de tentar reavivar as ven- das do Fusca como langamento de diversas séries especiais e versbes, ‘mais huxuosas, como o GL langa- do em 1982, e até um GLS que, pelo que se sabe, nao passou de um “bali de ensaio’, a VW niio con- seguin reverter a acelerada queda ‘a curva de comercializagio. Assim, em 1985, iiltimo ano de participasao plena no merca- do brasileiro a “fatia” do Fusca foi de 7,3 com vendas totais de apenas 44 mil unidades ~ resul- tado semelhante a0 alcangado 22 anos antes, em 1963 -, algo que, segundo o comando da empre- sa, inviabilizava sua produsao comercial. Assim, no comeco de 1986, o Conselho de Vigilancia na Alemanha acatou a decisio da diretoria executiva em en- cerrar a produgio brasileira do Fusca, mas ela continuou até © fim de outubro daquele ano, apesar de baixa, apenas 29.308 unidades, que significaram uma gio de apenas 3,9% no mercado brasileiro de automé- vveis e comerciais leves. ‘Desta forma, era encerrado mais um importante capitulo na bbem-sucedida trajetéria de suces- so do Fusca, justamente 40 anos apés 0 inicio da sua produgio co- mercial em Wolfiburg e 28 anos apd o langamento do Fusca bras leiro que, neste periodo, teve mais de 3 milhées e 300 mil unidades fabricadas em Sio Bernardo do Campo, das quais cerca de 3 mi- thoes ficaram no mercado interno € as restantes, foram exportadas. ‘Apesar de deixar de ser produzido no Brasil, o Fusca ainda continu- aria por muitos anos em producio na fibrica de Puebla, México, uti- lizando componentes basicos do motor ¢ transmissio fabricados pela filial brasileira, porém com a carroceria de rea envidragada maior e pars-brisa ligeiramente ccurvo que fora langada em 1965 na Alemanha, mas que nio foi pro- duzida aqui no Brasil. Esta é tal- ‘vez amaior divida da Volkswagen para com seus fidis consumidores brasileiros. <* —oterto Maks) UM CARRO, MUITOS NOMES. Foi em 1983, mais de trinta anos apds (os primeiros besouros desembarcarem no porto de Santos, que a Volkswagen do Brasil finalmente oficilizou 0 po- pular apelido Fusca como denominagio ficial para 0 modelo. Em praticamente todos os paises do mundo onde foi eo mercializado o Volkswagen Sedan ga- nnhou um apelido peculiar. Traduzindo, porém, a maioria desses nomes varia da palavea besouro, a exemplo de Kifer (em alemio), Beetle (em inglés) e Escarabajo (em espanhol). No Brasil, como em al- guns outros paises, o modelo acabou ga rihando um apelido bem diferenciado. Isso porque a fonética da Lingua alema soava estranha para a maioria dos brasi- leiros, que nio conseguiam compreender a razio pela qual a fibrica destacava seu sedan como “Folksvaguet”. Assim, com (0 tempo, 0 simpatico earrinho ficou eo rihecido simplesmente por Fusca, apesar de algumas derivagdes como Fuca ou Fugue, mais populares no sul do Pais. ‘Conhega a seguir alguns dos apelidos do popular modelo ao redor do mundo: + Bug e Beetle (EUA) + Vocho (México) 4 Coccinelle (Fransa) # Maggiotino (Italia) 4 Carocha (Portugal) + Kever (Bélgica) % Garbus (Polénia) # Buba (Servia) + Kobe (Tanzénia) + Kifuu (Quénia) + Foxi Paquistio) 4 "Be-doblebe" (Cua) 4% Peta (Bolivia) 4% Volkyy (Porto Rico) + Kuplavollcari (Finlandia) + Hipushit (lareel) 4 Cucaracha (Honduras) 4 Weevil (Canada) # Volla (Attica do Sul) EDAN 1300 1 BATISMO OFICIAL 42 | 0 GRANDE LiVRG DO FUSCA APs 16 ANOS DE PRODUCAO, 0 MOTOR 1300 DEIXOU DE EQUIPAR O POPULAR BESoURO. NAo SEM ANTES DEIXAR UMA IMPORTANTE MARCA: FOI COM ELE QUEA VoLkswaGeEN Do Brasit OFICIALIZOU DE VEZ A DENOMINAGAO Fusca. 1980, o Fusca “empur- Xf) ado" pelo motor de ENG 1300 cm’ mantinha 1 posiglo de veiculo mais barato produzido no Brasil. Mas a queda ‘nas vendas comecava a preocupar a fibrica. Na tentativa de esticar r | © comego da década de a0 méximo a vida titil do besou- 1, Volkswagen do Brasil usou de dduas titicas: primeiro, langou uma série de versoes especiais, caleadas fem acessotios e acabamentos mais Juxuoso; segundo, procurou intro- duzir constantes novidades @ linha do besouro — embora nada que acarretasse um now projeto ou ele- ‘vagio de custos na produsio. Em 1980, por exemplo, além de uma versio especial batizada de Série Prata, a principal novida- de foi o langamento da opgio com ‘motor 1300 a élcool — exclusivida- de brasileira e o primeiro VW em todo o mundo a funcionar com 0 combustivel vegetal. Embora con- sumisse em média 25% a mais do que a versio equipada com motor 1 gasolina, 0 Fusca 1300 a élcool revelava-se até 24% mais econd- ‘ico na hora de abastecer, devido as diferengas de pregos entre os dois combustiveis na ocasifo, que fi fixado pelo governo e no qual o litro do alcool deveria custar 65% do litro da gasolina comum. Em testes de consumo realizados na Epoca, o Fusca alcool registrou média de 8,75 km/litro contra 11,35 km/litro da versio movida pelo derivado do petréleo. ‘Além de outras diferencas téc- niicas (como o peso de 798 kg con- tra 790 kg da versio a gasolina), © motor 1300 a alcool também se diferenciava pela utilizagio de um segundo carburador e pela potén- cia de 49 cv brutos, com velocidade ‘maxima de 117 km/h. No caso do modelo abastecido com gasolina 1 carburagio era simples © a po- téncia, de 46 cv, sendo que a ve- ~— ‘tna nasa” de 1982, equate 1200 ainda mand mer fraser (sala ‘esse 1962) 02 ‘apadosascas| ‘iamates pina mmesnacar da | carocera N 00 1980-83 141 0 Fusca 1902 Imauguray ut ‘novo deseo locidade maxima ficava em torno dos 110 km/h. Vale lembrar que © motor 1300 a dlcool desenvolvi- do inicialmente pela Volkswagen do Brasil tinha 54 cy de poténcia bruta, mas que foi reduzida antes de estrear no mercado em favor de ‘menor consumo de combustivel. ‘Um detalhe: nos dias com tem- pperatura acima de 15 °C, a partida nna versio a dlcool podia ser dada nnormalmente. Abaixo disso, era preciso injetar gasolina nos car bburadores por meio de um botio na parte inferior esquerda do pai nel, num movimento simultineo a0 giro da chave de ignigéo. Para tanto, um pequeno reservatério de sgasclina com capacidade para 1,5 litro foi acomodado no interior do pporta-malas dianteiro— sistema que A linha 1981 foi marcad Ja como a ultima do painel com instrumentos circulares e por uma alteragdo estética: do volante de diregao “t o desaparecimento oumerangue”, substituido pelo utilizado no VW Gol vinha ainda acompanhado por uma Juzespia no painel para lembrar que deverin abastecé-lo. Ja 0 afogador, sautomitico, era armado a0 pisar no acelerador até o fim de seu curso. NOVO PAINEL © ano de 1981 foi marcado como o tiltimo do painel com ins- ‘trumentos circulares. No ano se- guinte, além do desaparecimento do volante de diresio “bumeran- gue” (que foi substituido pelo uti- lizado no VW Gol, com dimetro ‘menor, dois raios em forma de “V" invertido e a haste da buzina ador- nada ora pelo lobo de Wolfsburg, ora pelo simbolo VW), toda a li- tha do besouro nacional recebeu um novo painel, caracterizado por instrumentos “retangulares”. A diferenga é que no 1300 bésico esses instrumentos estavam aco- modados em um pequeno nicho ~~ 0 Fusca 1300 mantinha caracterizava como “standard”, marcado | pe ia de fri dianteiros com carcaga na co ternas pequenas, au 0 no capé do porta-mala se dos piscas carroceria ‘Smplctade e fanclontaade: ‘caratonsteas marcas das verses baseas ‘do eso poe aces h posicionado a frente do motorist, sendo todo orestante do painel me- tilico pintado na mesma tonalidade da carroceria — no caso das versBes 1600 e 1300-L, o painel era total- ‘mente revestido por uma capa de plistio preto. ‘Além disso, 0 Fusca bésico equipado com motor 1300 man- tinha o pacote que o caracteriza- ‘va como “standard”, E 0 caso, por exemplo, das lanternas pequenas (asadas desde 1962), da auséncia do ftiso cromado no capé do por- ta-malas e dos piscas dianteiros com carcaga na cor da carroceria. Outra novidade na linha 1982 foi © langamento da huxuosa versio “especial” 1300 GL, que durou ‘menos de seis meses e teve pou- quissimas unidades produzidas. FINALMENTE FUSCA! Mas foi em 1983 que a Volks- ‘wagen promoveu uma verdadeira guinada na trajetéria do popular besouro. A comesar pela inter rupsio definitiva de produgio da ‘versio 1300-L e pela interrupgio temporiria de fornecimento do ‘motor de 1,600 cm’, Naquele ano, © Fusea foi produzido apenas com © bom e velho motor 1300 (que podia ser a gusolina ou alcool). E com ele 0 ano de 1983 acabou marcado por grandes aconteci- mentos. ‘A principal novidade na oce- sifio nfo aconteceu na érea técnica, ‘mas nas ages de marketing. Apés mais de trés décadas no mercado nacional, a Volkswagen do Brasil Omerne ds finalmente oficializou na “certi- a dao de nascimento”, ou melhor, oe no documento de registro do mo- na nonioae| delo o nome “Fusca”. Até entio, Sam ros certifcados de propriedade, dacatade ‘i @nbionpo © carro era simplesmente deno- eo minado Volkswagen Sedan. Para 1 dispensaraa ‘toca peda eiubncanee SEDAN 1300 1980-83 nova identificagio, a fi- brica adicionou a tampa do motor ‘oemblema com o logo “FUSCA’, Finalmente, 0 modelo até entio mais produzido no Brasil passou 4 ter uma genuina “marca nacio- nal” ~o que também pode ser vis- to como titica de marketing para garantir uma sobrevida num mer cado que jé dava claros sinais de cansago do modelo. Do ponto de vista ténico, a Jinha 1983 teve incorporada a0 transeixo (Conjunto cimbio-eixo motriz) © conceito “Life-time” (toda a vida, em inglés), que dis- ppensava a troca periddica de leo lubrificante, sendo somente ne- cessirio checar o nivel em espagos ‘mais longos. E, no caso especifico do motor 1300 a alcool, embo- 12 disponivel para o Fusca desde 1980, foram feitos alguns aperfei- goamentos. Os carburadores, por exemplo, receberam um now tra- tamento quimico de cobre-niquel; a bomba de combustivel passou a ser revestida com camadas de cé- mio, niquel e ferro, enquanto 0 pescador do tangue de combus- tivel passou a ser estanhado. Por fim, 0 reservatério com capacida- de para 15 litro de gasolina colo- cado no porta-malas para auxiliar na partida a frio passou a ser co- ‘mandado pelo sistema de afogador automitico. ‘No que se refere a estética, a li- tha fabricada em 1983 surgiu com importantes novidades. Na trasei- 1a, além do logotipo coma palavra “Fusca” na tampa do motor sem ranhuras de reftigerasio, a ver- STN Em 1983, 0 besouro nacional ficou limitado a mecanica 1300, oficializou o uso do nome Fusca e ganhou aprimoramentos mais técnicos do que visuais. No fim daquele ano, o motor 1300 seria aposentado em definitivo ‘Alinha 1300 ganhou a —_esquerdo do painel. Apolo de cabeca Novo olan ddenticoao Novo panel com instruments em foto ‘p¢30 do matar a alcool nos bancos dlantatras(apclonal. uilfeadone VW Gol com retangular(atampa do portaurascon- com dupla carburaga0 e um Lanyado modelo Serie Prata(veja fiametro meno, do ralos om nua prea eo restate do plnel meaicn equeno reservatorio de materia no proximo fasciclo). formade "V" mvertidoebotio pinta ma cor da carrera. Couns 45 titra de gasolina para apartida a fro, acionada mmanualmente por melo de lum botao no canto Infetor de buzina adraato orapeloredesenhads para ocaymto motor labo de Wolfsburg ora pelo tansmsan. Lancto modelo 1200 GL sinbole VW. (Gejamatera no paso fsccl). 1 Fusca 4 al so 1300 recebia — pela primeira ‘vez —lanternas maiores,jé conhe- cidas popularmente como “Fafa, Na dianteira, a novidade foram os piscas com capas cromadas, embo- 2 0 capé do porta-malas continu- asse sem 0 friso central. De resto, a carroceria se caracterizava por maganetas e fechaduras pintadas de preto, além de bocal do tanque de combustivel com chave. Internamente o Fusca tam- bém sofren mudangas naquele ano. Por questées de escala de 1983 eee, pee ee ame a os ‘necanca de T300eme— ‘Sandoa inka alr esse motor ‘comas populares famemas "Fafa" produgio, os bancos passaram a aquecimento, volante espumado, ser ox mesmo do Gol, revestidos acendedor de cigarros, revesti- fem courvim ~ mas com a opcio mento plastico preto para todo o do acabamento em tecido, além painel, ignigio eletronice e filtro do apoio de cabeca nos encostos de ar banhado a éleo, indicado dianteiros.O comprador também pela fibrica especialmente para podia escolher o revestimento do quem utilizava o carro em estra- assoalho, que podia ser em bor- das poeirentas.. racha ou carpete. Quem optasse No fim de 1983, as versBes equi- pela segunda opcio também le- _padas com motores 1300 (alcool e vvava o material revestindo a érea a gasolina) foram retiradas de linha, inferior das laterais internas das encerrando um dos mais importan- portas. De resto, figuravam ainda tes capitulos na histéria do besouro na lista de opcionais: ‘Alia do Sadan nactonal cou cambio tipo "Ife time”, que dspen-__eletronica(opeona. Carburadores Festrliaaosmodelos com mo- saa trocaperodicade ubrifcante com mova protgao ant-crrasva "re. ‘or1300 (alcool egasolnal.Slstema de aquecimento(opcona.__vstdos com camada de cobre-igue™ ‘Adogaoofcal do nome Fusca, Palneleaberto por una capade plasteo _Cexclush pura versaoa alc). Bomba amogoip apliado na tam: prto(opeoral Novesbancasigals de combust linda (impossivel patraseia (aie permanecel soso VW GoD. Bancosrevestdes de desmonea-lapara serio, protegida Sem ranhuras de refrigerarao_teidoCopcionalAssoaho revestdo. por canada de adm, cromo efrro domotor,Lanteraasmalores de carpet (opconaD. Fitrode ar Cexcusivo para vrsao a aloo). Novo (popular "Fafa". Catradeembanho de leo opcona) gnao_flto com elemento de papel ecarcara istema de nacional. & (Luz Guedes.) plastica exclusvo paraversaoa alcool). Nalulastermopneumaticas oalzadas naentrada dos tos de ay, que ata no conrole da temperatura doar asplrado fe oemizana qulma da misturaar- ombustvelCncusvo para versao‘al- ‘all arta fro com bonba elerca para njtargasolna nos carburadores (exclisio para versa0aaicooD. RANDE LIVRO DO FUSCA | 39 ForaAM QUASE QUATRO DECADAS DE sucesso. Mas A HORA DE SE RETIRAR DO MERCADO TAMBEM ACABOU CHEGANDO PaRa 0 BESOURO BRASILEIRO... NATURAL fomo nenhum outro automével, 0 Fusca cumpriu a missio de popularizar ~e até democratizar ~ a motorizagio no Brasil, que foi proposta a partir da década de 1950. Dos modelos disponiveis naquela fase pione- ada indistria nacional, o Volkswagen Sedan foi um dos poucos a sobreviver por um longo periodo. Mais precisamente 36 anos, desde a chegada das primeiras unidades, ainda importadas da Alemanha. Porém seu ciclo também teria de chegar ao fim. Uma morte lenta, quase em doses homeopiiticas, mas ao mesmo ‘tempo esperada, como a de alguém com idade avan- ada que falece de morte natural Os primeiros sintomas de que o fim estava se aproximando ocorreram na segunda metade da dé- cada de 1970, quando a curva de vendas do besouro comegou a cair. Nos anos que se seguiram, o que se vi foi um esforgo da Volkswagen para que omode- lo tivesse uma sobrevida, trabalho que obteve éxito SEDAN 1600 1980-86 PP durante seis anos, periodo marca- do por pequenas mudangas e mui- tas verses especiais. lis, a aparigao de continu- asséries especiais parece mesmo ser o melhor termémetro para indicar que um modelo estava se despedindo do mercado. A estratégia favorita dos fabrican- tes: repaginar antigas formulas com acessérios e atrativos na tentativa de agusar 0 desejo do consumidor... De 1980 a 1986, © Fusca teve nada menos do que cinco modelos considera- dos Séries Especiais, incluindo a Ultima Série, que marcou o encerramento definitivo da pro- dugio, na ocasifo. ALTOS E BAIXOS ‘Apés ganhar aslanternas*Fafi” outras pequenas novidades esté- ticas em 1979, 0 Fusca "topo de linha’, equipado com motor de 1.600 cm? entrou nos anos oitenta sem nenhuma alteracao importan- te (a linha 1300, esta sim, ganhou ‘motorizagio a éleool e uma versio especial, batizada de Série Prata). ‘A inércia seguiu-se em 1981, Em 1982, no entanto, toda a li- ‘nha foi marcada por um novo vo- ante, idéntico 20 usado. no VW Gol, com diimetro menor e dois raios em forma de *V” invertido. LS Ss fr —————————_____ ee Além disso, o painel de instru- ‘mentos ganhou um novo desenho. No caso da versio 1600, os novos instrumentos de formato retan- gular foram acomodados na capa plastica preta que revestia comple tamente o painel. Naquele momento, a Volks- wwagen, ao que tudo indica, notou certa predilegio do mercado pela versio mais simples ~e barata—do besouro, equipada com motor de 1300 em, Tanto que em 1982 essa linha novamente foi agraciada com ‘um novo e luxuoso Série Especial, bbatizado de 1300 GL. Assim, no ano de 1983, a produsio nacional do besouro ficou restrita apenas 1 modelo equipado com o motor __ Uma das novidades da linha cimaras de combustio que apri- 1300, naquela altura também a 1984 era a ops dos motores moravam a queima da mistura iinica a oferecer a opcio a dlcoolou 1600 a gasolina ou a élcool. Mas ar-combustivel. O resultado? Um a gasolina como combustivel. rio era a tinica: redesenhado pela Fusca ainda mais veloz do que 0 ‘Mas o que parecia ser o fim engenharia da Volkswagen, 0 pro- “aposentado” dois anos antes. dda versio topo de linha, equipada _pulsor ganhava novos pistdes, ci- Junto do now pacote de moto- como motor de 1.600cm’, acabou Lindros e cabegotes, além de vil- _yizacio, o Fusca 1600 vendido em nio passando de “ano sabitico’. vulas de escapamento maiores © 1984 retomou a linha do besouro Em 1984, foi a vez do motor 1300 deixar a linha de produgio, dessa vez em definitive. Em seu lugar, Ans deixar de ser fabricada em 1983, a a Volkswagen (re)langou o Fusca ee comum ‘novo" motor 1600, mar Mecnica de 1.600 cm? voltou em 1984 ae ee com varias novidades, inclusive a opgao estéticos e téenicos, componen- tes que ose um da alimentagao a alcool. E acompanhou o nova versio especial, que ficou co- nhecida como “Série Love”, Fusca até o fim da produgao, em 1986 SEDAN 1600 1980-86 uso de freio a disco na dianteira, _ternador de 35 ampéres (que subs- lugar do courvim tradicional, porém agora como itens de série tituiu o antigo de 25 amperes). ‘Apesar de mais potente, a ver- (aa antiga versio 1300 ele jamais ‘Do ponto de vista estético, além 40 1600 ficou mais econdmica que foi oferecido, sequer como opcio- do capé traseiro ranhuraco com a a extinta com a mecinica 1300. nal), Outro “retorno” comemorado _inscrigio Fusca, 0 besouro 1600 se Isso porque, gragas & poténcia ex- foi o capé traseiro com aberturas diferenciava do extinto 1300 pelos tra, nfo era mais necessério disi- de arrefécimento, mito embora novos bancos, redesenhados, com gir o tempo todo com o acelerador sem a antiga e ttl protecéo contra encosto de cabega e sistema conti- sempre acionado até o fim do cur- entrada de égua, substituida por nuo de regulagem de altura dos en- so, Emtestesrealizados na época, “saquinhos” plisticos pretos (feios _costos dianteiros. Jé oscintos de se-Fusca 1600 atingin velocidade mé- € nada eficentes) na bobina e no guranga finalmente passaram a ser xima de 133 km/h (quase 20 k/h istribuidor, asim como no Gol. de trés pontos, embora ainda néo _acima da registrada pelo 1300) € Deste1984 No testo, o pacote técnico era retriteis. Como opcional, voltarim _acelerou da imobilidade até os 100 emer: ~—completado por uma nova barra _asjanelastraseimas basculantes, alm km/h em 17,16 segundos (0 1300 saloon compensadora traseira, ignicio de o cliente poder escelher revestir _levava demorados 38,97 segundos *Gitmieee — cletrOnica de série e um novo al- os bancos com tecido aveludado no para atingir a mesma marca) exemplar 1985 S ofesareon gearemon Neo neti Fandrewaiioprcapiatcagrea 7 Ono 10 ae epdus nehuma nodadeimporean adoro VW Go) eam com aowos instruments e fat > Garam iodo cao, ea QO esteano. Aperas ginhou— dlametro menor, dots raios _retangular. Coxins redesenhades parao CC) _allmha do besouro nacional SR oto de cara vo bans fmforma de "V" mvrto © conjumo motortransmisso. feouresnta a mecanea de D eee” CN Ehren OD ce el obo de Walia ora = pelo snbol VW. “UM, ‘Omorr 1300 ¢ sbsteuido defwamente por um novo 11600 (alcool egasotna), com toes, lindas e cabeqote Fedesetads, Valls de es- cayamento mares. Novas camaras de combust que melorama queima da Inisturaat-combusthel Freos a disco lantetros. Barra compensaoratrasel- range eleeronca.Akernator de 35 amperes (ames ra de 25 amperes Banco rdesenhados, com encosto de aba e sistema cominua de regula (emda altura dos encostes, Cis de Sequrana danas de tres pontes. Janel trasoras basculantes(opclo- ‘al. ances em cour (pada) ou ‘etdo(opciona Tampa do motor com ‘ahuras de arrefecineme (pom sem protego coma aqua, substhulda por FUSCA | 25 SEDAN 1600 1980-86 Os bancos de vin eran o pada na ha 1985, que vestimento lemtectiocnp saquihos" plas petes na bob eno dstrbultor), Langa madelo. tepectl Ser Love ja mata proxi fascia). Serle Espectal verde Ctstall. fo (ela proxio fasccule). ‘Yersao Standard: plnelna car dacaracera, aneos ‘am cour (set) ou tetdo (opeiom. Panel nacor da carracera. Bancosem courvn (sere) ou tet (opcina. Langa Imodelo Dita Sere, tmago ‘2850 unidades (ja marta asequ. ERRO DE ESTRATEGIA Em 1985, a Volkswagen voltou A velha estratégia de dividir a li- nha do besouro nacional em duas vers6es: uma basica e outra “top”. Porém, como nio podia mais fa- zzeriss0 na base dos motores, lan- gou duas versdes para o Fusca 1600: uma delas, com acess6rios especiais © a exclusiva cor verde Cristalino, adotada até-mesmo nas rodas, nos para-choques € nos aros dos farbis, foi batizada de Série Especial. A outra, chamada de Standard, regrediu até mesmo em relagio a0 modelo fabricado rno ano anterior. sso porque, den- tre outras coisas, voltou a ser uti- tizado o painel que mesclava um nicho pléstico e o restante com 0 ago da carroceria aparente (carac- teristica fora de linha desde 1982 € que havia sido adotada apenas rnas antigas versbes “basicas” do 1300). A incoeréncia nas estratégias de langamentos da Volkswagen era mais um indicio do desalento da fibrica com relagio aquele que fora seu carro-chefe. Isso porque A incoeréncia nas estratégias de langamentos da Volkswagen era mais um indicio do desalento da fabrica em relagao ao besouro, que fora seu carro-chefe ao longo das trés dltimas décadas as novidades visivelmente ja vvisavam recuperar a posigéo per~ dida de lider de vendas, mas sim de apenas prolongar um pouco ‘mais a vida do besouro no merca- do nacional. Contudo, a compa- rasZo com os novos ~ e modernos modelos era inevitavel. Modelos inclusive da propria Volkswagen, como 0 Gol e o Santana. Com isso, a fabrica anunciou em agosto de 1986 o fim definitivo da pro- dugio do Fusca, 0 que acabou ocorrendo no comego de outubro daquele ano. © modelo “normal” fabri do neste ano de despedida aca bou sendo o mesmo “standard” fabricado em 1985, inclusive com © painel de ago na tonalidade da carroceria. Como edigio “come- morativa’, a Volkswagen langou também a versio Ultima Série, recheada de detalhes especiais. Contudo, a fibrica mais uma vez ppecou na estratégia. Em vez de disponibilizar o Ultima Série 20 ‘mercado, limitou a produgio a 850 unidades destinadas acadaum dos concessionérios da marca. VW FUSCA ULTIMA SERIE 1986 O ADEUS QUE VIROU ATE BREVE... O Fusca Urrima SERIE DE 1986, PROGRAMADO PARA SER A DERRADEIRA DO BESOURO PRODUZIDO NO BRASIL, PERDEU STATUS APOS 0 RELANGAMENTO DO MODELO, SETE ANOS MAIS TARDE, Mas NAO PERDEU SEU VALOR HISTORICO... ©. GRANDE LIVRO OO FUSCA | 29 ar eae eT a0 té 0 amiincio da reto- mada da produsio do Fusca brasileiro, em 1993, 0 modelo come- morativo batizado como Ultima Série era a mais emblemstica ver- so especial do besouro nacional. Criada para celebrar 0 encerra- ‘mento ~ até entio definitivo ~ do ciclo comercial do modelo no Pais, no final de 1986, esta edigdo teve produgio limitada as tiltimas 850 unidades e tendo a numeracio (de 001 a 850) e a inscrigdo “Ultima Série” grafadas tanto no para-bri- sa como no vigia. Fora isso, cada exemplar vinha acompanhado de um kit compos- to por uma “chave pintada na cor ouro”, um certificado assinado pelos principais executives da fi- brica na época, adesivos e uma fita de video (VHS) com as methores propagandas do besouro exibidas na televisio desde 1960. Criada para celebrar o encerramento — até entao definitivo — do ciclo comercial do Sedan no Pais, no final de 1986, a edigao do Ultima Série teve produgao limitada as Ultimas 850 unidades fabricadas pela VW ACABAMENTO PADRAO Em termos de acabamento, no entanto, os exemplares da chama- da Ukima Serie em nada se dife~ renciavam da versio comum de linha eles até se distinguiam do ‘modelo bisico vendido na ocasiéo; ‘mas essa diferenca caia por terra quando 0 comprador em questio resolvia “equipar” 0 modelo com os opcionais oferecidos em qual- quer revenda. Isso porque, na verdade, tudo 0 que a Volkswagen fez foi equipar a linha na Ultima Série com acess6~ rose equipamentos opcionais para © Fusea bisico. Maquiagens como desembacador do vigia, painel to- talmente revestido por capa plis- tica preta e acendedor de cigarros, além de pintura metilica. Deresto, nem mesmo o relégio a esquerda do velocimetro (também opcional naguele ano) figurava na lista de itens de série. . Ou seja, o Fusca Ultima Série nada mais era do que um modelo “equipado” com alguns dos opcio- nais disponiveis na ocasifo, tendo como tinio diferenciador a mumera- <0 comemorativa colada nos vidros Por fora, o modelo exibia a mes- ‘ma simplicidade de qualquer bom e velho Fusca, inclusive nas imper s6es, como a existéncia de retrov sor externo apenas do lado do mo- torista, J o interior re destaca pelos bancos revestidot em tecido encos- to de cabesa nos bancos dianteiros, laters de ports em courvim com faim inferior acarpetada, assoalho revestido com carpete e vidros late~ ras traseros basculantes, ‘A mecinica dos 850 exempla- res caracterizados como Ultima Série também era a mesma usada nos modelos sem a nomenclatu- ra comemorativa. Ou seja: freio a disco de série nas rodas dianteiras, €0 funcional motor de 1.600 cm? com dupla earburago ~sendo um detalhe interessante o fato de que todos os exemplares da série espe- cial eram 2 alcool. POLITICA EQUIVOCADA ‘Além de nao trazer nenhum acote visual que justficasse 0 t- Eo de série especial” o Ultima Série também teve a sua imagem arranhada na época devido 4 po- Iitica de marketing adotada pela Volkswagen. Em ver de serem disponibilizadas 20 piblico, as 850 unidades produzidas foram destinadas exchusivamente 208 concessionérios da marca, sendo que cada revenda do pais recebeu uma unidade. ‘Nao necessério dizer que a grande maioria das concessioné- ras vendeu sua “rliquia” de ime- diato e por bom prego. A boa noti- cia, neste caso, é que grande parte dos compradores foi composta por alguns colecionadores e entusias- tas do besouro, que tomaram para sia obrigacéo de preservar o his- t6rico modelo, Prova disso € que, FUSCA | 33 VW FUSCA ULTIMA SERIE 1986 Cada exemplar acompanhava um kit composto por uma “chave na cor ouro”, um certificado assinado por principais an executivos da época, adesivos e uma fita [~~ == J a VHS com as melhores propagandas - —- ae ! 32 | 0 GRANDE LivRO DO FUSCA ainda hoje, é bastante comum encontrar unidades com baixissi- sma quilometragem ou até mesmo ‘2er0-quilémetzo. ‘Apés 0 andincio da retomada da produgéo nacional do Fusca, durante 0 governo do presidente Ikamar Franco, o interesse de co- lecionadores pelos exemplares da Ultima Série chegou a diminuir bastante, fazendo com que alguns aT Te proprietirios retirassem seus mo- delos de cavaletes para coloci-los arodarnormalmente no dia a dia. Contudo, essa mentalidade mu- dou a partir de meados dos anos 2000, momento em que o Fusca passou a ser encarado no meio antigomobilista como automérel clissico e de valor histérico. Desde entéo, mesmo tendo perdido o status de “derradeiro EN Fusca produzido pela Volkswagen do Brasil”, os besouros perten- centes & Ultima Série sio vistos como modelos exclusives e de alto valor, capaz de entiquecer 0 acervo de qualquer fi do mode- lo, Prova maior é a de um Fusca “Ultima Série” no AutoMuseum, em Wolfsburg — que, diga-se, ‘Jo guarda nenbum exemplar da série "Itamar”. FuscA | 33 VISUAL aaa Sh a ¢g usea mexido, com motor “brabo” e caracteristicas mais esportivas nunca foi nenhuma novidade. Desde a década de 1950 diver- sos especialistas se dedicaram a explorar o enorme potencial do versitil besouro, desenvolvendo “venenos” especificos © se pre- ocupando também em garantir um visual mais jovial, inclusive com 0 aproveitimento de mui- tos componentes originais dos carros esporte Porsche, jé que 0 DNA é 0 mesmo. Nos tiltimos anos, porém, se popularizaram as definigdes California Look e German Look, termos que ser vem para diferenciar as tendén- cias de customizasio dos dois lados do Atlintico. Na verdade, essas duas ten- déncias, apesar de ja serem re- conhecidas desde 0 comeco da década de 1960, s6 acabaram “catalogadas” oficialmente com aexplosao do tuning, mania que se popularizou mundialmente a partir do fim dos anos setenta, comeso da década de 1980, e que teve suas raizes justamente nos Estados Unidos e Alemanha, os dois paises que na época tinham as maiores frotas de automoveis. Assim, enquanto os americanos sempre costumaram abusar da Fusca | as Paes criatividade para fazer seus car ros nio apenas mais potentes, mas também bastante diferen- tes, os discretos alemaes nor- malmente se contentaram em aprimorar seus carros afinando (tuning) a mecdnica e o visual. 'No caso especifico do Fusca, estas diferengas de tendénci: sdo bem faceis de distinguir, ja que no California Look tudo 6 permitido, desde instalar 0 popular compressor volumé- trico ou turbocompressor para aumentar a poténcia do motor, até recortar a carroceria para rebaixar ou retirar o teto e in- clusive arrancar os para-lamas. Jé um legitimo German Look se caracteriza por um visu- al bem mais comportado, para nao dizer conservador, mas nfo menos charmoso, e no deixa nada a desejar no que se refe- re a desempenho e poténcia com relagio 4 moda americana, apesar de comumente 0 motor “cubicado” (cilindrada aumen- tada) continuar sendo aspirado e geralmente carburado. Um detalhe que caracteriza os Fuscas German Look é a utilizagao das rodas de Porsche, originais ou réplicas, ja que por seguranga os besouros também precisam de freio compativel a nova poténcia do motor GERMAN LOOK As maizes do Fusca a moda German Look vém desde a déca- da de 1950, quando proprietirios de besouro passaram a equipar seus carros com componentes do Porsche 356. Tendéncia essa que se ampliou nos anos sessenta e principalmente na década de 1970 com o langamento das séries 1302 © 1303, nas quais era mais ficill instalar os componentes dos mo- delos Porsche da época. Desta for- ‘ma, eles procuravam melhorar 0 desempenho dos Fusquinhas para enfrentar as velozes Autobahnen, as superestradas alemas nas quais se pode rodar a quanto quiser, sem limite de velocidade. Como um Fusca original chegava a no mé- ximo 125 km/h, muitos proprie- tarios do modelo passaram a pro- curar preparadores especializados com a finalidade de aumentar a poténcia e por conseguinte 0 de- sempenho do Fusquinha. ‘Mas aexplosio desta tendéncia se deve a uma espécie de “revol- ta, principalmente daqueles que haviam adquirido os modelos da série Jubilee, a tltima do Fusca cometcializada oficialmente pela marca na Alemanha, em 1985, © que era importada do México. Apesar de pagarem um prego ri- oivel pelo modelo, eles come- garam a ser “perseguidos”, jé que iio podiam desfrutar com total tranqiilidade de seus Fuscas ze- ro-quilémetro nas superestradas, onde eram alertados pela policia rodovidria para s6 andarem nas faixas da direita, de menor velo- cidade, nas quais passavam a ser “assombrados’ por grandes e po- tentes caminhdes, mais velozes que o tranguilo besouro original. ‘sso fez surgir um movimento que foi ganhando forya e adeptos e que acabou fazendo ressurgir na Alemanha uma forte “inchistria” de equipamentos © componentes para transformar os Fuscas em ‘modelos mais potentes com moto- res de até 2.900 cm’, que podem superar facilmente os 200 cv de poténcia, bem como os 200 qui- lometros por hora. Mas, exter namente, costuma ser mantido 0 desenho original da _carroceria. Num Fusca German Look, a tini- ca excegio so os para-lamas, que geralmente precisam ser alargados, em alguns centimetros para aco- modar rodas e pneus maiores € ‘bem mais largos, de acordo com 0 desempenho e seguranga. PECAS DE PORSCHE Por causa disso, um detalhe externo que caracteriza basic ‘mente os Fuscas German Look é a utilizagio das rodas de modelos Porsche, originais ou réplicas, ja que por questio de seguranga os besouros também sio obrigados a ter um sistema de freio compa- tivel com o desempenho propor cionado pelo motor, conforme determina o TaV, érgio que ho- ‘mologa os veiculos naquele pais. Algo que nem pode ser conside- rado uma heresia, j que ambas as ‘marcas tém o mesmo DNA. ‘Além de se tornarem mais se- guros com os freios superdimen- sionados de Porsche, os Fuscas 0 sedan 1967 cou akegorme: ‘est satan ‘os instramentas ‘opaina FUSCA | 37 PaaS (Componentes de Fusca ema semsiam 3 ‘mesoris dz inka Porsche neste besotro nacional fabricadoem 1986 ficam também bem mais charmo- s08 €, principalmente, com visual ‘ais jovial. Nos modelos que uti- lizam sistemas mais modernos do Porsche 911, séries 993 e 996, as todas precisam ter aro minimo de 17 pol, devido 20 grande diimetro dos discos, enquanto os modelos com sistemas mais antigos, tam- ‘bém do Porsche 911, podem utili- zzar todas de aro 15 16 pol, como atradicional Fuchs. Outro detalhe que caracteriza os Fuscas German Look se refe- re a cor da carroceria, geralmen- te sobria, na sua grande maioria com tons escuros ou metaliza- dos, como boa parte dos mode- los Porsche que circulam por ai. Com raras excegées, alguns German Look tém cores mais vi- ‘yas como o branco em especial € com faixas coloridas de Porsche. ‘Além disso, componentes como para-choques, maganetas, estri- bos e frisos ou so normalmente pintados na cor da carroceria ou em preto fosco, MOTOR VW Mas, se os componentes dos freiossaonormalmentede Porsche, © “coragio" de um German Look deve ser obrigatoriamente o tra- dicional VW de quatro cilindros contrapostos a ar, claro que de- vidamente “cubicado” para. pro- porcionar um desempenho com- pativel. Tentar adaptar um motor semelhante, tanto de quatro como de seis cilindros de Porsche, foge a concepgio bisica da tendéncia German Look. Apesar de uma ampla gama de ofertas, que vio até 2.900 cm’, a maioria dos besouros, moda German Look, tem moto- res de 2.000 a 2.500 cm’. Um 2.100, por exemplo, bem acertado, pode chegar aos 140 cv, com marchas mais longa, especial- ‘mente a quarta, em que gpralmente E utilizada a relagio 0,82:1 (no Iu- gar das tradicionais 0,89:1 e0,93:1), Ja 0 estilo California enquanto no diferencial é utiliza daa comoa e pinhio de 31:8 dentes (3,88:1, como no SP2 Fusca 1984), co besouro pode rodar facilmente em tomo dos 200 km/h, sem muito esforgo. Esse, por sinal, € 0 obje- tivo dos proprietérios de German Look, que no tém a pretensio de ser o mais veloz da Autobahn. Essa Look segue a tendéncia americana de basear o “veneno” na “forga bruta”, apelando para qualquer tipo de componente que aumente a poténcia de maneira exponencial primazia é deixada para os proprie- titios dos Porsche. A idéia deles € apenas de “assombrar” os motoris- tas de modelos pequenos e também velozes, além de se vingar dos antes ‘témidos caminhoneiros. FORCA BRUTA Ji o estilo California Look se- gue a tendéncia americana de ba- sear o “veneno” na “forga bruta’, apelando para qualquer tipo de componente que aumente a potén- cia de maneira exponencial. Para isso, eles no somente aumentam a cilindrada, mas também insta- Jam os compressores volumétricos, como o pioneiro Judson que, ain- Count ee aise 1906 abandon a, eae pr alee ie FUSCA | 39 Paes Mas para esto Gatfrts Look se Sedan 1954 06 prepara ‘rodas de Porsohe ‘01, volame de Fisea demaoe uma complete ‘relojoana” no panel alam de anc espartnas dda na década de 1950, fot utilizado para garantir melhor desempenho aos Fusquinhas 1200, Mais tarde, os preparadores americanos tam- bém passiram a utilizar os turbo- compressores. E claro que para este aumento substancial de poténcia a carcaga deve ser reforgada e vira- brequim ebielas sto forjados. Outra —caracteristica do California Look é a “liberdade de expresso” no que se refere aos de- talhes de estilo, Ai também “vale tudo” seguindo as diversas deri- vvagbes da *vocagio” hot od e que permitem até o carro rodar sem os pars-lamas, algo que a legislasio de trinsito dos Estados Unidos indo coibe. Rebaixar o teto, uma caracteristica bastante comum dos street rods, € outro detalhe que garante um visual bem “brabo” aos Fusquinhas, assim como 0 au- ‘mento do entre-eixos, o que é feito alterando a fixagio do eixo dian- teiro no cabegote. Tudo isso, com a finalidade de garantir um visu- al bem diferenciado dos modelos NO BRASIL Essas duas tendéncias ji esto bem difundidas aqui no Brasil, onde 0 German Look se sobre- poe ao California Look, em parte devido as restrighes da legislagio brasileira de trinsito. Por outro lado, o brasileiro, assim como 0 alemio, também é bem mais con- servador no que se refere aos deta- thes visuais do carro. Desde mea- dos da década de 1990 ja haviam proprietdrios brasileiros de Fuscas Investindo na preparagdo de mo- tores e também no visual German Look. Vinicius Losacco, um dos mais renomados preparadores de ‘motores do Pais, tanto para as pis- tas como para rua, afirma que jé “cubicou” muito motor de Fusca com mais de 2 litros. Porém, 20 contrério dos mo- delos alemfes, os donos dos German Look brasileiros prefe- Varios componentes que equipam os California e os German Looks no exterior sao fabricados no Brasil para a exportagao, como os kits de pistao e cilindro, virabrequins e até a carcaga do motor rem deixar 0 carro afinado ape- nas com finalidade de “arrepia:” em arrancadas, do que para ob- ter velocidade maxima. Por isso, 0s modelos nacionais geralmente tém marchas mais curtas, 0 que faz a velocidade maxima ficar na faixa de 180 a 200 km/h. O curio- 80 que muitos destes besouros nacionais foram montados com ppecas importadas fabricadas no Brasil. Isso mesmo: varios compo- nentes que equipam os California e German Looks no exterior sio fabricados no Brasil para a ex- portasio, como os kits de pistio e cilindro, virabrequins especiais e até a carcaca do motor. ‘Mbis recentemente também comegou a se popularizar aqui no Brasil a tendéncia americana de re- cortar os Fuscas, rebaixando ou su- primindo o teto, além de aumentar 1 poténcia com auutilizagio de com- pressor ou turbocompressor. Esses componentes, entretanto, ainda sio mais utilizados nos besoures de competigio que participam de maneira destacada nas provas de arrancada, outra mania americana que esté se popularizando no Pais, Com isso, j4 existem muitas of cinas especializadas neste tipo de preparagio, como também na de servigos de modificagio do visual dalataria. & obero Maris) Deviual ‘cantemporaneo, este Fusca 1984 medal. ‘acess modernos ‘e Porsche 3 outs ‘iain VW, porem Importaios. imran fa persoraizato, num Into de Gormane Catforne Look DIGNO REcORDISTA EM VENDAS NO BRASIL, COM MAIS DE 4,5 MILHOES DE UNIDADES JA PRODUZIDAS, 0 GOL TAMBEM HERDOU 0 “coragaAo” Do Fusca NO COMECO DE SUA TRAJETORIA SUCESSOR cial na historia da inckistria automobi- listica brasileira, 0 Volkswagen Gol também pode ser considerado 0 iiltimo modelo de- rivado do Fusca. Apesar da carro- ceria monobloco e da tragio dian- teira, esse modelo foi langado, em 1980, empurrado — ou seria puxa- do? — pelo mesmo motor reffige- rado a ar ea transmissio utilizada no besouro. Aquela altura, a pro- posta da VW era garantir a seus clientes uma opgio mais moderna, porém mantendo a confiabilidade © a versatilidade do tradicional conjunto mecinico do Sedan. Batizado como Projeto BX, © Gol nasceu nos planos da Volkswagen em meados da dé- cada de 1970. Na ocasifo, a filial brasileira passou a sentir que pre- cisava rapidamente desenvolver tum sucessor para o Fusca, que comegava, apds quase trés déca- das de mercado, a perder espaco para concorrentes com projetos ‘mais modernos, como o Chevrolet Chevette e logo depois o Fiat 147, Vale lembrar que, em 1974, a em- presa jé havia langado o Passat, dou boa parte de sua “fre- Para alguns fiéis compradores da marca, entretanto, o Passat era tido como um “anti-Volkswagen’, por suas caracteristicas meciinicas ~ sobretudo o motor de refrigera- 40 liquida — deporem exatamente contra a filosofia pregada pela bricadesde a suachegada 20 Brasil. O GRANDE LIVRO DO-FUSCA | 43, O mertor mas = ‘modem do Gol ofreca mulsconforo Na ocasiao, a filial brasileira passou asentir que precisava rapidamente desenvolver um sucessor para o Fusca, que comegava a perder espago para concorrentes com projetos mais modernos De fato, exceto pelo Passat, todo o restante da linha Volkswagen na- quele momento era baseada na re- ceita criada pelo Fusca, com o mo- tor traseiro reftigerado a ar. ‘A solugio para um novo pro- jeto nacional teve inspiragéo no prototipo EA 276 (EA é sigla de Entwicklunsgarbeit, trabalho de desenvolvimento, e 276 a rmume- ragio sequencial de engenharia), desenvolvido pela matriz alemi em 1969, mas que no entrou em produgio. Porém, com um estilo ‘mais modemo do que o protstipo alemio, as linhas do Gol se dests- cavam pelo visual jovial de linhas retas, tipicas da época, que mar caram a primeira geragio do novo VW brasileiro. Como as condigdes de nossas ruase estradas exigiam uma plata- forma bem mais resistente que as adotadas na Alemanha, 0 projeto do Gol foi entregue ao engenhei- 10 ingoslavo naturalizado alemio, Philipp Schmidt, que também jé havia chefiado a equipe alema que desenhou o EA 276, Enviado a0 Brasil, ele coordenou a equipe criada para desenvolver esta nova familia de modelos Volkswagen. POTENCIA EXTRA s primeiros esboros foram realizados em maio de 1976 jé traziam a configuragéo hatchba- ck, com a terceira porta trasei- 1a abrangendo o vigia traseiro. A inspiragio, dessa vez, foi o dese- ho do Volkswagen Scirocco, es portivo baseado na plataforma do Golf, que chegou a ter algumas unidades importadas para testes. Diferentemente dos tltimos lan- sgamentos europeus, bem como do Passat, 2 equipe nacional optou por utilizar a mecanica boxer de 1.300 cm’ original do Fusca. VW GOL 1980-86 A diferenga em relagao ao besouro e a todos os derivados produzidos até aquele momento é que o motor, dessa vez, foi transferido para a dianteira. Com isso, a poténcia passava de 38 para 42 cv A diferenga em relaglo ao be-_vidade era tudo que o Gol nfo of-_carburadores. Com isso, a acelera- souro € a todos os derivados é que recia na hora em que 0 motorista io de 0 a 100 km/h passou de 22 © motor, dessa vez, foi transferido _exigia do acelerador.. segundos (versio 1300) para 15,4 para a dianteira. Com isso, a po- erode avaliagao ocorren por segundos, enquanto a velocidade téncia passou de 38 pam 42.cyem 0 marketing da empresa resolveu maxima saltou de 130 km/h para fangiodaturbina dearrefecimento, —_priorizara economia de combusti- 143 km/h. que nio precisava de tanta vazio, 4 vel, optando pela versio de 1.285 Se o desempenho havia me- que 0 motor recebia ar pela grade cm’ de um s6 carburador ~ sendo_Ihorado, ficavam as reclamagées dianteira. Mas se enganou quem que até a versio mais potente do sobre 0 elevado nivel de ruido imaginou que apenas esse incre- Fusca trazia motor de 1.584 cm’ _gerado pelo motor boxer origi- ‘mento de poténcia seria suficiente comdupla carburagio. Agindo ré- nal do besouro. Att por isso, es- para o Gol fazer sucesso. Lancado pido, entretanto, a fibrica Iangou sas primeiras geragdes do Gol sao fem maio de 1980, 0 modelo logo em fevereiro de 1981 as verses S hoje conhecidas como “batedeira” agradou pelo visual modemo, dee LS, ambas equipadas como mo-_— injustamente, pois 0 ruido vem apelo esportivo, Contudo, esporti- tor de 1.600 cm’ dotado de dois. apenas de muita folga de valvu- mir aa t Yor nae eR i i eee | etry las, resultado exclusivo de faltade = Se por um lado perdia em velocidade e manutensio. Além disso, 0 ad- ‘ vento do segundo carbunidorfor- aceleragao, 0 Gol equipado com motor gou a mudansa do estepe Part Oa» mostrava-se superi it porta-malas, roubando boa parte re perior no quesito do espaso destinado as bagagens. estabilidade, tudo gragas a melhor Quanto a isso, entretanto, hi | . uma histéria curiosa: o dono de distribuigdo de peso entre os eixos uma concessionaria autorizada VW notou que bastava montar 0 estepe invertido sobre o segundo _geraco Miquida, mesma receita Ford Escort XR3, a Volkswagen carburador para voltar a acomodé- _adotada pelo terceiro integrante, decidiu langar 0 Gol GT, pri- Jo junto ao motor. A ideia, simples, a perua Parati, apresentada a0 — meira versio do modelo equipada ‘mas eficaz, logo foi adotada pela _piblico em junho de 1982. Trés com motor de refrigeragio liqui oveust —Pr6pria Volkswagen. ‘meses mais tarde, a familia fica~ da. Contudo, embora as inevité- spores vacompleta como surgimento da veis comparay6es apontassem em Sia AFAMILIACRESCE —__picape Saveiro, esta ainda equi-vantagens para este motor, ainda mmm: Em maio daquele ano, a linha pada com o valente motor 1600 _havia no mercado quem admiras- “ssi 0601 BX cresceu com o langamento do de refrigeracdo a ar. sea boa e velha verséo a ar origi- dorset raaumee Voyage, que jé chegou ao merca- Em marco de 1984, em res- nal do Fusca. ‘comamecanea do equipado com motor de refri- posta ao langamento do esportivo ‘Se por um lado perdia em “Es ae FUSCA A maton dos prints, ‘ampares oo Ga ers ‘Talol e raza Fesarvatoro de gasotaa Paraaparudaair. velocidade e aceleragio, 0 Gol existia mercado para ambos os equipado com motor boxer mos- motores. Contudo, as novas exi- QUASE RETORNO trava-se superior no quesito es- _géncias referentes & reducdo na tabilidade, tudo grasas a melhor emissio de poluentes e a preocu- Segundo boatos alimentados por ex-fan- distribuigio de peso entre os ei- _pagio com o consumo jogavam a _cionérios da Volkswagen do Brasil, o Gol xo: (conseguida pelo fato de 0 favor da reftigeragio liquida e da. cmmpurrado pela mecinica 1600 refrigerada motor a ar pesar bem menos: 98 recém-lancada familia de motores. 2 ar por pouco nao voltou a cena em 1993, keg, contra 124,5 kg da versio a AP. Em 1986, coincidentemen- no lugar do retomno do que acabou sem po- ‘igua) e por proporcionaro centro te o ano do fim da produgio do _puularmente chamado de Fusca “Itamar’. Pelo de gravidade mais baixo e recu- Fusca (antes do modelo retomar gue consta, quando iniciou o projeto de carro ado, Essas qualidades, alids, fem 1993, com a chamada “Série _poruias incentivado pelo governo, a fabrica cavam ainda mais destacadas na__Ttamar"), 0 Gol equipado com chegou a cogitara hipotese de votara fabri- picape Savelro, que oferecia de- motor reftigerado a ar deixow de cay g Gol “batedeira’, algo que seria a alter~ sempenho em curva capaz de fa- ser produzido, ‘er inveja a muitos esportivos. ‘No ano seguinte, jé somente ‘Mesmo assim, o motor 1.6.aar com a opgio do motor de sefti- ficou limitado a Saveiro Se ao Gol geragéo ‘Iiquida, conquistou f- BX, que em virios aspectos lem-nalmente a lideranga do mercado brava a popular e espartana série nacional para niio mais perdé-la. Pé de Boi do Fusca, fabricada por Ao menos no que diz respeito & curto periodo na década de 1960, resisténcia, longevidade e presti- J que os modelos vinham sem gio, o Gol, agora jé na sua quinta Inzde é, porta do passageiro sem _geracio, foio legitimo sucessor do chave e nem para-sol do lado di Fusca e importante legado deixa- reito, além de outros detalhes. do pela confidvel mecinica refri- ‘As discusses apontavam que geradaaar... (ute Gualesst) inativa mais vidvel do ponto de vista técnico bastaria pegar pegas nas “prateleiras’, jf que tanto o Gol como 0 motor boxer que equipa- va.a Kombi contimuavam em plena produgio. Contudo, talvez incentivada pelo pedido do presidente da Reptblica, que tinha um ca- rinho especial pelo Fusca, na ocasiao a VW coptou pelo caminho mais complicado € que obrigou recriar a linha de montagem do be- souto, que no existia mais havia sete anos Hoje, pelo menos a comunidade “fuscamani- aca’, agradece por isso. GRANDE LIVRO DOFUSCA | 49 CoM A CRISE MUNDIAL DO PETROLEO, 0 BESOURO PASSOU A “pEBER” ALCOOL TANTO NA VERSAO 1300 COMO NA DE 1.600 CM UHieccceccec tt nN I wll \ | Brasil ainda nfo havia se recuperado to- talmente da crise do petroleo de 1973 ¢ dos efeitos funestos na balanga de pago- ‘mentos devido a sextuplicagao do prego do barril de petréleo em apenas trés meses imposto pela Organizacio dos Paises Exportadores de Petréleo, a temivel Opep na época, quando eclodin a guerra Iri- Traque em 1980, provocando instabilidade na regiéo do golfo pérsico € novo aumento de preco do petré- feo, além de embargo principalmente aos Estados Unidos, que apoiavam o Iraque com aviges e armamentos. (Os gastos do Brasil com petréleo aumentaram ainda mais, colocan- do o pais em dificuldade. Seguiu- se uma medida de redugio geral do consumo de combustivel promo- vvida pelo poder executivo militar, através do Ministério de Minas Energia, chamado Peco (Programa de Economia de Combustivel). objetivo do Peco, efetivado para o ano-modelo 1984, era reduzir em 5% 0 consumo de combustivel todos os veiculos fabricados no Brasil. No Fusca — nome oficializado um ano antes — isso representou pistBes, cilindros e cabecotes redesenhados, valvulas de escapamento maiores, diferencial 5,8% maislongp, de 4,125:1 para 3,875:1 e pedal de acelerador de dois estagios, com endurecimento a partir de determinado ponto do curso. A instabilidade nao era s6 na regio do Golfo, ‘mas na propria Volkswagen. Enquanto em 1983 s6 era produzido o Fusca 1300, no ano seguinte s6 ha- ‘via 0 1600, assim permanecendo até o encerramento da produgio em 1986 e no renascimento e morte de 1993-1996, diferencial mais longo prejudicou bastante 0 desempenho do Fusca 1600, especialmente na série “Itamar’, cujos pneus radiais 165-15 eram 5% maiores em didmetro do que os 5.60-15 diagonais. A relagio 4,125:1 era perfbitae fez.do 1600 sedi o melhor Fusca de todos, na opinio de muitos, inclusive a minha. ‘Na década de 1980 0 Programa Nacional do Alcool (Prodlcool) deslanchou e o VW participaram com forga desse periodo. Os motores “a ar” comesou ‘no combustivel de origem vegetal em versio 1300 de dois carburadores de 42 cy que nfo agradou muito, 86 em 1984 chegaria a versio 1600 lcool, que fica- ria até o fim, alias os dois fins, 0 de 1986 e o derra- deiro, de 1996. Em 1981 ocorreu uma das poucas modificagées do periodo, a adogio de volante de “V" invertido no 0 Fusca encontrava-se num excelente estagio, pequenos defeitos haviam sido eliminados, quando chegou o seu momento de dizer adeus. Para muitos, 0 Sedan 1600 foi o melhor Fusca de todos ugar do “bumerangue”. Néo foi uma ideia feliz, tal desenho do volante para agradar mais ao estilista do que a0 motorista. Era um motor parrudo, de 57 cv de poténcia lt quida, mas seu desempenho ficou aquém do espe do pelo motivo visto acima, diferencial longo demais. Foram oferecidas tanto versdes a gasolina quanto a flcool e mais para o final da década, o Fusca jé fora de produslo, a participagao do carro.a éleool chegou a nada menos de praticamente 90%. Havia versoes de outros modelos, como 0 Gol GTS 1.8 e 0 Escort “XRG, que nem vers6es a gasolina tinham. © Fisca encontrava-se mm excelente estigio de produglo, pequenos defeitos haviam sido eliminados fazia tempo, quando chegou o seu momento de dizer adeus. © mercado queria algo mais moderno e efi- ciente e na propria Volkswagen o Gol despontava com substituto do Fusca com toda honra: em 1987 assumiu a dianteira do mercado brasileiro, posigéo que rmnca ‘mais perdu e que sustenta até hoje, decorridos 4 anos, um feito admirivel sem a menor chvida. 4 (Bob Sharp) FUSCA | 53 QUINZENALMENTE NAS BANCAS! BAIXAR BAIXE SOFTWARES E JOGOS PARA WINDOWS E ANDROID VISITE-NOS: www.baixarsoftware.com

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