You are on page 1of 14
A URBANIZACAO BRASILEIRA’ Ehane Tomiasi PAULINO "* Roseli Alves dos SANTOS™* Resumo: O entendimento das formas assumidas pela urbanizagao brasileira prescinde da compreensao das diversas variaveis que atuaram na sentido de the conferir. num primeira momento, um cardter de isolamento. coma auséncia de uma rede urbana, posteriormente. este sera modificado para um padrao baseado na hipertrofia de algumas cidades © num mosaica baseado em redes hierarquicas. que ja passa a dar sinais de modificagdo com o advento do periado técnico-cientifice-informacional. Assim, faz-se necessatio considerar a agdo dos agentes que atuaram em suas respectivas definigdes, bem como a logica dos distintos arranjos socio-paliticos Palayras-chave! Colonizayio: Economia agroexportadora, Autarquia dos eampas Industrializagao; Autarquia das cidades; Crescimento urbano; Exclusao sovial A urbanizacao. brasileira desenvolveu-se, desde os primérdios, dentro da logica colonial perifévica, submetida a uma economia essencialmente agraria O modelo agraexportador. da forma como fora estruturado. bloqueou a expansio do mercado interno. pols as relagGes instauradas eram inteiramente mediadas pela metropole, interessada em extrair o maximo da colonia Historicamenie, os primeiros nitcleos urbanos se constituiram a partir das Zonas portuartas mais importantes, dada a caracteristica agro-exportadora de nossa economia As cidades litoraneas tornaramese a base da expansao colonial em diregao ao interior Foram sede do poder civil ¢ religiaso, centros comerciais & culturais do. perioda colonial, em suma, constituiram-se no suporte das. atividades ligadas ao capitalismo comercial. de modo a denunciar sua importéncia, mesmo no period em que a fungao produtiva estava delegada aa campo. No entanto. as formas de partilha © uso da terra imprimiram ao povoamento um carater rural. limitanda as fimgGes urbarias, visto que o latifiindio funcionava como unidade semi-auténama. importando apenas artigos de. luxo e determinados artefitos de metal Outrossim, para melhor campreensao, do proceso de urbanizagao brasileira, © oportuna buscar os elementos definidares de sua logica na expans&o mercantil da Europa nos seculos XV e XVI, quando se deu a captura da “Tha de Vera Cruz”. com o sentido estrito de suprir a metropole de produtos topicais. Este modelo. classificada por Prado dunior (1982) de col6nia de exploragaa, consolidou-se a partir do Iitoral atlantico. de frente para a Europa. gravitando tnica © exclusivamente ao redor dos interesses curopeus “Teste produzida a panir do Seminario: A urbanizagio brasileira. atividade da Diseiplina’ U rbantzagaa producio da cidade. ministrada pela Prof” Maria Encarmagdo Belirao Sposito © Dowioranda, no Curso de Pos-Graditacio em Geografia ~ Faculdade de Ciducins © ‘Tecnologia - UNES®- 1960-901) - Presidente Brudente— SP ~ Brasil | Mestrandla to Curso de Pés-Graduagao em Geografia —Faciildade de Ciéncins ¢ Tecnologi Hott) ~ Presideme Prudente— SP Brasil —UNESP— m7 portanto estranhos a necessidade de uma unidade interna. seia ceografica ou sdcio- econdémica. Para compreendermos tais desdobramentos podemos, inicialmente, apreciar as diferencas no contexto interno das naghes colonizadoras que langaram-se sobre a América. Considerando os limites propostos neste trabalho - a urbanizacio brasileira, & possivel encontrar parametros com base na breve consideragao acerca da realidade inglesa, espanhola & portuguesa, bem come nas caracteristicas originals dis terras “descobertas” Apesar da logica mereantilista, nas primeiras decadas do seculo XVII. a porgdo mais ao norte da America compeu com o principio de colonia de exploragao. tendo em vista a realidade concreta da Inglaterra, onde a desestruturagao da economia campuniesa & 08 contlitos religiosos interes criaram as bases da expulsao de um enorme contingemte populacional, disposto a recriar na América suas anteriores condipdes de vida Conligura- sé assim 6 que Prado Jinior (1982) classifica de colénia de povoamento, ent contraposigae ao contexto de paises como Portuwal ¢ Espanha, nos quais inexistiam populagdes sobrantes ou confliros internos que justificassem uma emizragao expressiva para o Nova Mundo Nestes, foram as varacteristicas internas das lerras apropriadas que definiram modelos distintos Enguanto a Espanha imediatamente deparou-se com metais preciosos ¢ uma estruturacao social passivel de ser capturada para a exploracao dos metaix Portugal demorou quase dots secules para encontra-los. recorrenda ao cubtive do solo para garantir niveis desejaveis de extragao de riqueza Portanto as respectivas constituicdes urbanas necessariamente iriam diferir No: Brasil, a auricultura se consolideu a partir do models. escravista exportador. o qual impds um regime fundiario extremamente concenrrado. interpretade por Martins (1981), coma condigéo widispensavel a viabilidade da economia escravista, visto que a existéncia de uma economia paralela, de pequenos produtores livres: poderia suscitar uma concorréncia que: tornaria msuportavel o pagamento. do tributo represeniado pela compra do escravo Assim, com o intuite de impedir a consolidagao de uma econonva do tipa eamponesa, baseada no livre acesso a terra no trabalho autonomo, cuja produgaa se daria a custos Menores. optou-se por uny sistema de propredade restritivo, como, o fora, no Brasil, o regime de sesmarias Este, ao ser implantado em Portugal ainda no século NI'V_ representou um duro golpe a nobreza feudal decadente. visto disponibilizar todas as suas terras improdutivas a quem se dispusesse a cultivaelas Se em Portugal. o regime de sesmarias Tepresentou um avanco, por ferir os interesses de uma classe em prol da necessidade de aumentar a produgao de-alimentos, ne Brasil ja foi implantado com uma inversio basica de principios, pois nda teve por finalidade o aproveitamento das Lerras, o aumento da produgao, mas sim a viabilizagdo dé um modelo econdmico extremamente autoritano € concentrador de riqueza © poder Durante o regime de sesmanas. que Vigorou ate a independéncia do Brasil as terras. que eram de propriedade exclusiva do rei. foram cedidas sab a forma de concessao condicionada a exploracio. endo supostamente como criterio de distribuigan a capacidade de produzir env larva escala para o mercado eurnpeu Porem, © prestigio pessoal do requisitante junto a coroa tornou-se um requisite basico de inclusao no regime: pois a concession dos titulos éra restrita aos nobres portugueses ou pessoas de “sangue puro”, leia-se brancos, que mantinham boas relagdes com a metrapole, nfo sendo fiscalizadas a destinagdo das terras. ficando grande parte das mesmas em desuso Desse modo os negros, indigs e mestigos, enfim, a populagao brasileira, foi banida do direito a terra. Este principio de terra seeregada, concentrada, base para 0 cativeiro, para os negécios agromercantis, cerceou no Brasil, desde a sua génese. as possibilidades de desenvolvimento de uma sociedade mais democratica, menos desigual A conjugagio de caravteristicas latifundistas com 2 necessidade da metropole exercer rigido controle sdbre 0 territorio ¢ a produgao gerou um modelo de urbanizagiio baseado naquilo que Oliveira (1987) denomina economia de arquipélagos. marcada pela auséncia de uma rede urbana interna. mas com conexao individual direta com a Europa Segundo Sinver (1983). a concentragao das atividades burocraticas exercidas pela metropole ao longo da costa advinha de seu carater extorsivo € fiscalizador. Os portos eram pontos estralégicos de controle sobre impostos, evitando-se também inesperadas incursdes estrangciras. Deste modo, as cidades litordneas sustentaram a expansio econdmica Vineulada @ demanda do mercado externo por produtos tropicais, como agucar, algodao, fama, café ete E por esta razJo que Singer (1983), salienta que a urbanizagdo brasileira assentou-se mais na ampliagao do comercio internacional do que na dilatagao do mercado interno. dado o carater agroexportadar tipico de nossa economia Para Oliveira (1982), a existéncia de poucas, mas grandes cidades, somente se explica pélo carater de sede do capital comercial das cidades brasileiras que, ao conirolar a produgao agroexporadora. faziam a livagao dessa produgaa com a circulagio internacional de mercadorias Portanto, ultrapassavam a dimensao burocratica que supostamente as contrapunham ao modelo de urbanizagao europeu, onde as eidades, pelo seu carater produtive ¢ dindmico, tomarant-se o cenlro da Revolugdo burguesa O contraste com este modelo clissica de urbanizagao. resultado da produgao da cidade a partir de relagGes que colocam o capital no centro do desenvolvimento, nav pode ser visto apenas pelo vies do espaco produrivo limitada das cidades. brasileiras, no sentido estrito da predugdo de mercadorias. mas no fato de que implantou-se no Brasil uma economia agraria, onde a escravidao, a auto-suficiéncia do latifiindio e 6 baixissimo poder aquisitivo do trabalhador livre emperraram a expansio do mercado interno, inibido 0 comercio ¢ a manufatura €, por extensaa, o desenvolvimento de cidades. “Enguana para a madela euapen tia centra da desenvolvimento capitaliyia esta a capital, ne mmadela brasilerte. profiadameme marcady pela radiede da dependincta colomal, a terra é essencial para vy desenvolvimenta capiterista. porque propreler jane acimnulagéey de eapitl com base na dribula & na especihacity, iste &, cant base na renda ie terra.” (Martins, 1994, p 129) Dessa maneira, as formas de partilha e uso da terra imprimiram ao povoamento um carater rural, liniitando a expans®o urbana, pelo trago autérquico da produgao agroexportadora Na estrutura agraria escravista havia poucas oportunidades de trabalho livre. razdo pela qual as proprius fungdes urbanas. como a recreativa. reliviosa-¢ cultural eran afetadas pelos retrogrados valores aristucraticos. que menosprezavam o lazer, a cultura e 0 desenvolvimento teenico-cientifico () eareier monaciltor der egrienlinea ae expartaede embolen e abortne wit processa de urbanizugdu gue se verificasse na enema das proprias regides prodiléras de bens Prindrias de exportacay. Av Lonuvariey desser inpensa texa ie akdewas he peguenes cidales que falves sept im peelrar ceracieristice de uirbinizaciio europiia, por exemple el product, por auiro lado, wma extrema polarizugéio, ium vaso cimpo mevide jrelu comhecile complera lattfimdio-minfinudte v subrewide fuer nes monccudiaras, que nde geron wnt rece nr benta He maior magontucle 0 entoria dos preprias regibes prelurves ante gue, por ania led, evion sreitiles: caches. ci termoay retasive, evidentemente, desche a principe” (Oliveira, 1982, p. 38-0) Guintardes (1981), nos mostra que o Ciclo da pecudria fei de importancia maior i estruttttagis socie-econdmica da sociedade colonial, por romper com a neida esirutura de classes, abrinda aos mesticos e indigenas a possibilidade do trabalho livre. Isto am decerréncia. das peculiaridades de tal atividade, que inviabilizava vigikincia sabre trabalhadores cativos. dada 4 forma extensiva de Pastoreio ( vaqueiro era um trabalhador livre, remuneride von base na protiferacaa do rebanho. © que representon @ instaurayao de novas formas de distribuicao de renda Além disso. a pecuaria for responsavel Pela viabilizacdo histérica da divisio do trabalho entre © campo ¢ a cidade, pois a fazenda tompeu com a autosuficiéncia do engertho. Translerinda para a cidade taretas como cumimento. da cour © elaboracde de aluuns subprodatos do boi Para Guimarjes ( 1981) a feicdo produtiva da cidade se INScreVveU a partir deste cielo. Por outro lado, a mineragao também atuou no sentide de ampliar os espagos Urhanos, tanta pela necessidade de aumentar os qdadros buroeraticos ¢ palieiais eval ides no controle da produgao auriféra, quanto pelt amensi afluixo populacional pata as areas huneiras. que resultow na dilatacde do mercads de géneros de primeira nev dade Este ciclo fambem contou com a expansto do trabalho livre, fato que contribu para a dinamizacao dos centrns urbanos em seu entorma Enireianto. os efeitos de ambos os ciclos foram limitados: visto que na ordem escravista os valores aristocranicos Se inscreveram plenamente O thecanicme de controle sobre a terta © o poder irrestrito da oligarquia sobre as coisas é as pessoas geraram Ama sociedade paternalisia © clienrelista: a maior parte dos nucleos urbanos tenderam a fumcionar como extensao das dominios desta classe Por esta razao. até 0 final do séeulo XVUIE nao houve infia estrutura urbana no Brasil digna de nota, As vias. 0 shasteciiiento de agua e escoamento de esuatns eram Precarias. nao havendo preocupaeao com os espagos educacionais. culturais e de lazer A chegada da lamilia real, a abertura dos portos. a melhoria no sistema de (ransportes estimulou a expansa urbana, A partir de entao. as cidades comegaram a tornar- SE aitahvas pata a fixagno de residéncia dos fazendeiros. aumentanda a interesse om realizar obras. de infra estrutura € lazer como calcamento. iluminagdo. constragto de pragas, teatros etc Novos padroes de construgaa e novos eonceitos foram ineorporados a paisagem urbana AS Tuas. que por quase quatty sécuilos-fram espaga de segrevaco, domi dos escravos, prostitutas e pessoas de segunda categoria foram adquirinda noves significados. A rivida soviedade patriarcal aos poucos afrousava os lacus Aliady a isto. Prouressivamente a cidade assumia novos papeis. impondo-se também come espaga produtive m4 “Ale joda 0 Séenle, XIN assiste a permanencia — com et passagem sueessiver ufos viclos Ua economia Brastlerres eo fata de terse famelades agul entras produvies que, de: ponto de vistr ee sna ligagde com 0 clrenttos , a mercado infermuconal, percorriam 08 mexmos reneragay < reprodygdo do padrde wrhane existente, amuse que embrionariamente, desde er volénia,; uni Vesio campo indiferenciade, com wine rede urbane pnbre e. de outra dads, poucces & grandes crdades polarizanda exsay furgées ce capital comercial ¢ da imermediacdy enire a producdo nacional « a sua realizacde nox mercudos inierhacionuis. A pobreza desir rece srbalet é. em parte. determined pela proprio career antaramed day produgGes para exportucie. (..) Tumble nau wos deve esvapar am elemenia chunstinelive ninte jatle. minte marcante de economies brasileira, se fmelacdio e de suet renteragde.n propery fale de que eles se finiclava ne wabablia excrave, (3 base cardrer presente desde a funcdagei oka ceanomia brasileira. em que a trahalhe escravo no dave liegar, por defined, oF yerhume formacéo de mercado de mabalha, & eke mesmo consuneive co fara dese pobreza der urhamzagde pio paix. cle wn lad, v da polaricuyde em (urna de poricas chdudes, de onera” (Oliveira, 1982, p 40), A decadéncia do. reaime escravocrata, que ebineidin com @ crescente importincia da economia cafeeira, impos a instawragSo do tfabalho livre nd Brasil, dinamizando a mervado interne ¢ a cidade. O ciclo cafeciro tornou-se a principal motor da urbanizagao brasileira. pais a acumulagac de capital proveniente do café criou as condigoes ccondmicas pars a aveleragao co desenvolvimento industrial Neste contexio. consntuju-se 9 mercado interno e, consequentemente. uma vasta rede urbana. atrelada a uni processo gradativa de inversio da distribuigdo populacional, no sentide campo-tidade Esta urbanizagao. atrélada a industrializagao, denola a redelinigao dos Papers urbanos, pois conlorme @ expost. durante todo o perindo agro-exportador a cidade cra expresso do poder politico & comercial, restrita ao controle da produga que se dava nO campo € que, enquanto processo produtive, era autarquico, pots os latifiindios pouca dependiam da cidade para sobreviver Segundo Oliveira (1982), ¢ someme a partir da década de 30 que-a autarquia dos campos sera substituida pelo que ele denomina autarquia das cidades, momento em que o ritmo da urbanizagaa suplanta 0 proprio ritmo da industrializagao. Para o autor, isto & uma consequéncia das formas econdmicas anteriores, visto que 8 autonomia dos campos imypunha uma pifia diyisio do trabalho. de moda que, ao ter impulso o proceso de industnializacao, era necessario implanta-ta nay cidades, Assim, foi preciso criar Uma ampla © onérosa estrutura. a fim de dar suporte aos diversos ramos industiais. Esta ia desde a produgao de habitagdes para os Trabalhadores até a implantagao de circuiros de cireulagdo © consumo das mercadorias produzidas pela industria naycente Enfim. mobilizava atividades e um volume de trabalho muito superior aquele requerido pela produgdo industrial em si Desta maneira, a industrializagéo alavancada na decada de 30 nfo so estimulou a urbanizagao, a taxas de crescimento maiores que as. do proprio crescimento industrial, mas tambem tendeu a nligopolizagao, visio prescindir do mvestimenta de um volume de capital bastante elevado “Kase aspecto, em yrande medida, & fortemente deternunarue do fertis de que er industrialzavaa reve ge ser. po Brasil, er party dex anos 30) que é 0 marco realmente ue aovleravdn do processa ae indnstrialisagaia = ume indusirializacéo inieiramene urhane ¢ requerenda fovas de urbemnzag2es muito avima das yne sestam as necessidades. de preenchimente: dos postos: de tratbedlia nay nave hibricas. (..) esse industerelizasda exrgnr nna serie de requerimentas gue ax cidades ude ofereciam, Isso. 2, vyidememente, tma heranca do padréc unierior de releyoes projetiae de onico dado> un inves dé anlarginer dex campos, agora ppoe-se vine unteryine das vidades. 2 yue fever, por wer fade, a yite v processy de capitalzavao & ucumulegtin dessa mubistro Jivesse: que ser rm processe de cewmulayde a tases exvepeonaimente cleirtas (Ohveira, 1982, p. 44) dede-comipe, gue ear raves sinuergiies CO Estado, cuja composicgio neste momenta ja se revelava [Tuto da ascensiv de tracdes de classe ligadas & hurguesia. loga de novos interesses. assumiul o Gnas, do processo de industrializacao. mediando a sua implantagao e wabsorvendu os custos decorrentes. Isto & flagrant se analisarmos 2 conjuntura da regulamentagaio day relaghes capital ¢ trabalho. na Brasil. bem como a implantagao rapida de ampla inlra-estrutura, a qual contou com o investimento macign de recursos publics. grande parte dos quais desviados de outros setores paca este fim. “Da penta de vister da diviseey sactal ater wabealtin oy Eestateler vei direcionar ar potencia do sen poder de wnergdes evteaceeimucianet.) vai ientar muder o podrdo de ucmulaedo, em eutreis palavieis, vei fazer a, famoser transpasicdn te excechenies fe is Erapos SeLUUNS pena tulros, penalizande e prodwedo agroesportadora & eirectomunle, (6 sens mecansnids & os-sens aparelhas de Estado pare potaneien a aenmulagtio mdustrialt,..)- do pois dé vista elite relegies ele producdic, este have urheue, an melhor: a relacdo entre 0 ixtada & a urban, consiste precisumente ine aspects mars ernciad dele, que & ut reguiameniagdo day relacies entre cupital e irethalho,” (Olivera. 1982. 44-5). Cumpre salientar que as governos de Juscelino Kubitschek & dos militares. ao propiciar condi¢ées para a instalagga de empres Iransnacionais, relorgaran) o paradigma da urbanizacdo que Se consimuiu entre 1930 ¢ 1958 Esta wa se diterenciar pelo aprofindamento do carater eminentemente monopolista, em decorréncia da instalagao de solidos grupos capiialistas estrangeiros Estes, buscando fugir dos custos da produgiy em seus paises dé origem, em virtude da maior organizagao dos irabalhadores, deslocaram-se para os paises periféricos. camo o Brasil, Neste contexto. 0S paptis urhanos foram) mais uma vez redefinidos. pois as cidades passaram a representar nio apenas 0 espaco da produgdo € controle da mesma. mas tambem o lugar da reprodugao, em larga escala, da capital financeiro, de noyas idelas e novos valores Portanto, € somente na decada de 30 gue a urban industrializagao tomou vulto no Brasil: neste momento. em que a alt a0 vincullada a ardquia agrana passou 176 “Esse aspecto, cm gremde meedide, & foriemeyle determinarite do fete de que a industriahzacdo seve que ser. no Bros, epparur dos anos 3) que & 09 marco reatneme de vevleragad de proves de indusirializagdo - ina indusirializagao unenumente urbane & requerenda tees de urhimizagée muita aera das qe seritm x necessidedes de preenctimento dos pastes de wabalkie pas noves fibricas. (...) essa industrealizagaa exigia tuna serie de requerimengas que as cidades iio ufereciam. Isso &, evidentemente, uma heranige do padrdo enterior de relacaes crdiate-compr. gue vin navas sitnecoes projeter-ne de omnes (cela: ca wives de entarpner dos cumpess, ugurer Hnpae-se wine uusterrgieies das cideacles, 0 que fever, prar tint Fado, a yiee 0 processy de cupitalizacar & ucumnmleccie desser Wabistrsia IVENNE (pte ser nn provesse de ucunmilaan a tavas exceperonatmente eleventiis (Ol eira, 1982p. 44) © Estado, cuja composigio neste momento ja se revelava fruto da ascensao de fragées de classe ligadas a burguesia. logo de novos interesses. assuimiu u onus do processo de industrializacao, mediand a sua implantagaa e& absorvenda os custos decorrentes. Isto é flagrante se analisarmos @ conjuntura da regulamentagao das relagdes capital x trabalho no Brasil, hem como a implantagao rapida de ampla inira-estratura. a qual contou com o investimenta maciga’ de recursos publicos, vrande parte dos quas desviados de autros setores para este fim “Da ponte cde vista da divisce seen de weballiee o levichder ver direcionar et prignera da sen poder ile cuerstien exire-vouniunteelt: 4 vai fentar pedi pacria de acammulecaa, cir atiras padevras, ‘ol fazer ct femora iranspovigdo de excedentes the uns FUPOS Heres proves airos, penadzando uo producde ugroexportadover vince tone kin as sens mecanisinios &-eN sex aparelhoy. de stents para potencian a acumilagéio mdustrialt...). do pom de visia das relewies ale prodigii, este neve urhenio, un melhor. a rélacao entre 0 Estade eo mPbeina, COUsIse pritisemente Ha uspecto meus erncill dele, que & a regnhameniagda des relaghes enire vaptial & wabalha” (Oliveira 1982, 44-5) Cumpre salientar que os governos de Juscelino Kubitschek e dos militares ao propiciar condigdes. para a instalagao de empresas. transnacionais, refore: paradiuma da urbanizagao que se consiruiu entre [930.2 1955 Esta ira se diférenciar peluy aprofundamento do carter eminentemente monopolista. em devorréneia da instalagda de solidos grupos capitalistas estrangeiros Estes. buscando fugir dos custos da prédugio em seus paises dé origem. em Virtude da maior organizagao dos trabalhadores. deslocaramese para os paises periléricos, como © Brasil. Neste contexto. os papéis urhanos foram mais uma vez redefinidos, pois as cidades passaram a representar nao apenas o espacy da produce © controle da mesma. mas tambem o lugar da reprodugio. em laraa escala. do capital financeiro, de novas ideas € novos valores Portanto, & somente na deécada de 30 que a urbanizagko vineulada a industrializagao tomou vulto no Brasil, neste momento. em que a ofivarquia avraria passou 176 a dividir 0 poder com a burguesia nascente, € quebrado 0 mongpalio absoluto de classe, a0 entrarem emi cena os novos agentes Nao se pretende sugerir, com isto, que tenha havido descontinuidades, jupluras, confrontes enire burauesia ¢ atistocracia, uma vez que os fazendciros mais prosperos © progressistas associaram-se ao capital estrangeiro. construiram ferrovias, indstrias © bancos. enim, deram sustentacula a industrializagao brasileira. Por outra lado, muilas riquezas originadas na cidade tambem foram investidas em terras Sao cstas questdes qué explicam a manutencdo das tadicdes oligarquicas ¢ ‘0 seu nao banimento no Brasil, Seaundo Martins (1994). no governo de Getulio Vargas for estabelecido’ um pacto. ainda vigente f{eom modificagdes), entre a burguesia e a aristocracia, o qual impOs a esta uma posigao de guardia de bastidores A perda da hegemonia se dev com a garantia de due os interesses desta classe nao Seriam contrariados. Prava de Sua vigéncia/eficacia € 6 hilato de mais de duas décadas entre a promuleagi da legislacdo wabalhista urbana eo Estatuto do Trabalhador Rural A mobilizagdo cm terne da questo da propriedade fundiaria na Constituinte de 1988 € um outro exempta Para Martins (/981), a mediagao do cardater rentista no modelo econdmico brasileiro foi reafirmado com a alianca terra-capmtal. eonsolidada no regime militar Deste modo. a questao da propriedade monopolista da terra interfere decisivamente nas formas urbanas, sob warios angulos, pela expulsao de aproximadamente 40 milhdes de pessoas do campo em meio séeulo, sem que a estrutura produtiva da cidade estivesse apta a absorvé- los: pela inelasticidade do mercado interno, pela Elevagda dos pregos do solo urbano tornando.a moradia propria um sonho inatingivel para grande parte da classe trabalhadora. Podemos, assim: analisar a urbanizagan brasileira a partir de trés momentos distintos. o primeiro refere-se a econoinia de arquipélagos, cuja lowica, segundo Oliveira (1987), estava assentada no comercio em escala mundial. que acrou expressivos nticleos urbanos. em funcio da atividade econdmica livada a metropole Nesse. ndo havia uma anivulagao interna. por isso @ negao de pontos isolados cujos fluxos us lizavam diretamente'a Eurspa O sestinds vetere-se ao ciclo cafeeiro, serido a indusina © imvior do Pravesso, pois a acumulag3o de capital provenienté do café criow as condigdes para a expansad da rede urbana em niveis jamais vistos no pais © tereeiro, como yeremos. compreende o perindo em que a urbantzagio cnvontra na tecnologia a fora auténoma, sendo as demais variaveis. caracleristicas dos primeitos momentos da urbanizacan a ela subordinadas: Este momento, denominady por alguns autores de 3° revolucao industrial. conferiu uma nova dindmica as cidades brasileiras, pela intensificagao dos fluxos de cireulagao de mervadorias, pessoas. ideias simbolas Segundo Sposity (1997), esta dinamica ira imprimir uma nova morfolowia 40 @spago urbano, pois a expansfo de seu iecido ocorre de forma intensa, porem descontinua, cujos elos de conexdo sao as intrincadas redes viarias © de comunicagao. Nesta redefinigao urbana, a diminuigdo dos custos dos transporres e das comunicagaes teve relevaneia signiticativa, pois nao so permitiu o-deslocamento de parte do parque industrial Para areas anteriormente perifericas, mas tambem permitiu a criagao de um novo conceita de moradia da populacao tabalhadora que. ao contrario dos outros momentos. &dldeada em areas distantes do parque industrial E a intensificagao dos ¢los da cader produgdo/cansumo que explica. por exemplo. a definigap de novas. espacialidades dos equipanientos de consumo, como os a shopping centets, que Sdo construidos em pontos estrategicos, visandy nae apenas o mercado lacal, mas 0 fluxe de passauem existente nas grandes redes viarias Para a autora, esta nova logica € produto © produz a acentuagde das necessidades de deslocamento inter ¢ intra-urbanas, gerando inclusive noves paradigmas de comportamento econdimica, que se caracterizam mais pela cooperagao entre empresas & instituigoes do que pela organizagao hierarquica, até entao, verificada na rede urbana No entanto, esta nova espacialidade, embora rompa com a existéncia exclusiva de relagdies hieraryuicas entre cidades pequenas e grandes. nao implica na integragao, mas na fragmentagao da cidade. pela propria velocidade conferida avs fluxos de pessoas ¢ informagdes E esta velocidade que tambem rompe. em muitos aspectos. com a divisao cidade-campo, ja que os valores urbanos sie rapidamente difundidos & incorporados; resultando numa relativa homogeneizagao entre ambos. © desenvolvimento tecnologica, caracteristica marcante da atualidade. impoe a necessidade de se rever 6 concento de urbanizagao. tendo em vista que a ciéneia. a tecnica © a informag&o tomam conta da vida social atual. Considerande que cada perindo. como vimos anteriormente. constituiu-se a partir de uma base distinta, procuraremas demonsirar que a atualidade se caractertza. conforme Santos. cama perindo tecnico- Gientifico-informacional “esse mein wenten-cientifice Inelhor sera chenyetla de meit leentcie- cientifice maformrcuaual) & marecide pela presence de cidycla & da (erica ties processes de remindelacdo do lerrildrw) essenetars ay producdes hegemvitucas, yee necesstiam desse nove mera geugrefien pura suc Feedicacdy. A iwfermacda. vm todas ay suas formas, & 0 motor Jundamentel do proceso social @ @ territarta v. tamben. equipeuo pura favilitar 1 stic crrcilagan.” (1993, p35) Vimnos que © proceso inieial de urbanizago brasileira se deu de forma desarticulada, por pnvilegiar os pontes primordiais de lizacio com a Europa © mesmo e redefinido com © advento da industrializagio. a medida em que se estabélece uma hierarquia entre campo e cidade, bem como uma polarizagdo entre as cidades, as quais se constituiam cm nucleos urbanos classificadas de acordo com a sua fincionalidade e obedecendo entre si uma relagao hierarquica Com os novos rumos da industrializacao brasileira, definidos especialmente no pos-vuerra, @ tendéncia a concentragaa se evidenciou, principalmente nas capitals de estado e de forma expressiva no Estada de Sao Paulo. caracterizando 6 que Santos (1993) denomina de ilbas de desenvolvimento. demostrando o carater excludente € seletivey deste processo de industrializagao/urbanizagao brasileira. Por outro lado, como esse process haseava-se no méreada intenio, propiciod a constituigdo de uma rede urbana brasileira atraves da intensificagao de fluxos entre as cidades - hase da distribuigio © consumo da produgao industrial Com a introdugaa de uma nova base técnica, constituida pelo meio teenico- Cientificoanformacional, a ufbanizagao brasileira aponta para novas tendéncias que se sobrepSem as anteriores. provacando mudangas tanto. no tamanho das cidades como nas furgdes que passam a ser desempenhadas por elas A nova configuragao espacial urbana apresenta uma maior fluidez sobre o que possibilita sua integragao efetiva €, ao mesmo tempo, permite uma intensificagao na Divisda Territorial do Trabalho. atraves das especializagdes dos lugares, que se encontram 178 conectados por um elo comum Além da acentuagdo da Divisio Territorial do Trabalho, vemos 4 separacao entre a industtia e 4 sua sede administrativa, tanto na escala nacional como intemacional, tude isto proporeionada pelo grande desenvolvimento, tecnolaxico alcangado pelos meios de comuni¢agao ¢ transport A moderaizagao das atividades agricolas se Constitui em um outro falor que caracteriza © processo de modemnizacao atual. pois a demanda por produtos industriais de origem urbana para garantir a produedo nq campo aumenta. além do ja citadé papel desempenhada por esta no cresciment da populaca urbana to Brasil: o desenvolvimento dessa fluidez. a0 proporcionar @ integragio espacial, provoca um aumento na mobilidade populacional espontanea ¢ foreada Todavia, 4 hierarquia entre campo cidade hoje pode ser questionada, uma vez que algumas areas rurais se utilizam da mais ala tecnologia. tanto no processo produtiva como na comercializayao Com a cooperacéo imposta pela nova divi territorial do trabalho agricola. a cidade se vé obrwade a se adaplar as cxivéncias do campo Conwdo, 2 cidade pode ainda ser considerada Juciy de concentrago € regulacao das relagies produtivas, porém ndo mais de forma exclu A propria concentragao industrial brasileira implantada inicialmente tende a dispers@o, pois as unidades produtivas tém buscado localizaches mals vantajosas no locante aos custos da produgao A grande competitividade que se instalou no mercade exige qualidade © pregos cada yer mais baivos &. com 0 desenvolvimento dos fluxos. as industrias podem ficar inclusive distantes do mercado consumidor, ow até fivarem-se em areas tidas como rurais Desse modo. conirariam a sia organizagzo primaria. que sendia a vonventra¢ao espacial e evigia. entre outros. pré-requisitos. Sgnificativas aglomeracbes urbanas para mereados consuntidores ¢ de mao-de-obra Nas. Ultimas detadas ocorrex. no Brasil uma ampliagao do consumo e da Urbanizacao, visto qué a intercomunicagao ¢ a complementaridade reciproca entre as regiGes levou a sua ampliagio em termos quantitativos © qualitativos. Esta somplementaridade se faz necessaria em virtude da divisio territorial do trabalho que. soma ja salientamos. sé aprofunda ©, quanto maior, maior a propensiia a constimir © a produzir, o que em contraparida provoca 0 aumento na cringao de riquezas. Esse movimento de pessoas e capitals faz com que navas cidades surjam ou s¢ desenvolvam. mas cada qual com suas especificidades Neste sentido, podemos venficar que mereada € territoria 1ém se expressado enquanto sinonimos, na medida em que uni ade se entende sem a owtro. sendo quis as cidades brasileiras espelham essa loxica. procurando adequar-se para atenderem as necessidades impost pelo capital, adotando uma infra-estrutura cystosa, mas indispensavel ao proceso produtivo © circulagao interna e externa de scus agentes @ produtas, a Todayia. essa caracteristica de estruturagao para atender aos interesses do capital Nao se verifica Somente neste periody. mas ao longo de toda a historia brasileira, Assim. a nova tendéncia de urbanizagio nao rompe com as bases anteriores: antes estmtura-se sobre elas. Evidencia-se. deste mado, que a capacidade de adaptaoao a estruture montada prescinde da base técnica anterior. a qual atua no sentido de impulsionar ow desacelerar a nova configuracao urhana que se constitui Em outras palavras, expressa a capacidade dos fixes se-adequarenr as impasi¢oes-da logica atual A urbanizagao brasileira, desse modo, apresenta diferengas de acorda com a capacidade de adapiacdo em fungao das caracteristicas tegionais de cada momento. onde a situagaa anterior de cada penodo pesa sobre a urbanizagao recente. 4 parily do momento ene que 0 nerricorte brasilewa, xe sorna cfeiivemrente Wtewrdda & se donstint come mercado tines 0) que: a Pprimeirer vrsia aparece come evolucder cvergeme & ne verdeule, in nrovenentia convergente. Hit mma logica comin ans aiversos suhespecns. Esser liguce & oladee pela devisty. territertal da leeihathe em esuitler paciual, yee peridlegia diferentemante cudler feugir da ferritoria a fint daddy momrennc ele swer evedecdes & desse memeirer gee, emt eciltt periody. ve onmendem aw purticnlerdides eo movin propria de cade sibespave eas formas de wer articuhegin 110 tacks Asse unfogie se empBe, puis a xinla mamenlo fistaract es hevanieas do perindas prissados tearhem jem papel anne ta divisén rerpiiersel der dvabualhe eaweil ( rmevrinenie, ma leerirorte. diy geral & ate particular, ren de rep emeneliddy nee apicnas hope, crme osticor b: aissint qrre se prelem explicey nla apenas erses eldilas- dstatistevos «ite sie uy diferencas regieniuts dos indices de urbemezagae, mas qambern dewlow esirntirars. Chana ats: cliferencas. regromats cle forner ede conmerieles dar nrbomrancen.” (Sanvoy. 1993. p piel) A caracteristica da urbanizagao. brasileira atual apanta para a alenua ormanizagao. hierarquiée das redes urbamas, pours novas. relagtes de cooperagao uu competitivas sé desenvalvem, convivendo ladé a l4dé cont as relaghes hierarquizadas Os estados da Regiiu Norte do pais podem ser exemplos dessa redetinigto, pois muitay de adas ma hierafquia urbana, suas localidades. que antes dependiam de relapies base consecuem realizar suas transagoes comerciais ou financeiras atraves dé uma. | iapida e direta cont os principals cantros de pais ou diy made, Relapdes desse tipn faze com que antigos centros urbanos fiquent estagnadas. por perderem grande parte de sua flincionalidade nesta nova orem que se impde, Esta logica imposta au processe ue urbanizaedo. como ja salientamos, nao fase ae mide pels Brasil segunda o yoal modernizacan e ea modelo pollie-econsmieo ongina) 2 exelusda social caminian juntas Dessa mancira. a desestruturagan de muitas loealidades significa, por um lado. un’ novo arranio exiremamenie modemo. nias lambénr perverso. pois ao ser modificade o mercado de trabalho. ha uma tendéneia inequivoca de sentra prowoca uma serie de problenvas saciais 4 meiropole tambem passa por transformagoes ¢. neste caso, nada melhor yue a Resiao Metropolitana de Sao Paulo pars ilustzar tal fato, uma vez que ela’e hoje: segundo Santos (/993), uma metropole onipiesemé no territorio brasileien em virude de sua capacidade de produzir, coletar, classificar disinbuir © administer informagdes de acordy cori seur propria interesse Ouirossim, quanto maior a cidade mais completa é a sua autonomia. pois @ propria populgao urbana « os fendmenos da cireulagao passam a requerer dela uma estruturagao capaz de Ihe conferir tal autononna Paralelo ao crescimento das arandes cidades. vctifica-se o erescimento das cidades de medio porte. o qual se da a partir do desenvolvimento qualitative na oferta de infra-estrutura ¢ qualidade de vida a parcelas da populagao, enquanto que nas metropoles a a) ane Iso situagao de miséria e falta de infra~estrutura se evidenciam: Isto faz com que as cidades 2= Médio porte receban Uma populacdo mais capitalizada_enquanto que nas metropees aumenta 0 numero de pabres ¢ excluidas da sociedade, Porem, & importante salientar que todas as cidades brasileiras apressree problematieas parecidas, variando a intensidade de acordo com © tamanhy da cidade tips de atividade, regido em qué se imsere élc,, na yerdade estes sto problemas enfrentades Pew uma urbanizagao que Santos (1993) denomina de corporaiiva_ ag privilegiar a8 empres® em, detaimento dos interesses © demandas saciais © privilegiamentn: do privado, em deinmente do publica, tester denominade por Celso Furtado de ~sacializagao das perdas e privatizayao dos Miaes = evidente, tornando-se explicit no momento em que o Estado brasiletro passa a dar suport 4 industrializagio. A adogao de um modelo que nao prima pelo distanciamente desma na mediagao dos conflitos entre capital e trabalha e a potenciagdo do process) 6 acumulacdo em pro} da classe emergente nas primeéiras décadas deste seculo. acente a contradigdes do praprio mode de produgao As cidades brasileiras. pelas proprias condigdes historicas relaindes aim & ‘expressax mais comtundente das desigualdades que se aprofundam pavt pass a0 pence de acumulagio ampliada do capital. 7 qual requisita progressivamente, como conde! = Ihe ¢ inerente_ a ampliagao desmesurada do espago privado Alualmente. csia se manifesta no processd de privatizagad das estan: desestruturacan acclerada dos servigos publicos basicos, como saude. educagao. seserinel transporte. cuio resultado € a ampliagao de mercados para a iniciativa privads em soviet que até bem pouco tempo eram deatribuigao do poder publico Com isso. as parcelas menos favorecidas da soviedade. que née Pagar por estes servigos. sho langadas a marginalidade. a exclusio. senda 26 eae brasileiras o retrate de uma soviedade segmentada, na qual conviver. lado a ede 2 ae jntensa degradacdic com 0 que ha de mais moderno a linha divisoria 6 o poder d= coum dé cada indwiduo. A cidade mac a reilete exclusivamente de forma seeregade ge espacialmente ela € a expressao mais avabada das contadivoes. mania magnitude da exclusto social, nos problemas. de citeulagao que se avolumam. emp =e ee do privilewamento do wansporte individual em detriment do coletivo, na degaaaee socio-ambiental decorrente da propria da {6uiea de tude ser rapidamente transformads Sey mercadoria etc. Assim, uma varredura da tirbanizagao brasileira nos mostra que a endade Sy Jongo destes cinco seculds. jmetamorfoseouse. Manteve # posigin dé ceniro pollbee- administrative, roubou do campo a maior patte da populacao, bem como o controle ae processo produtivo e da propria ordem social Entretanto. sua constiiuigio se deu dentu 28 logica azrarista, cancentradora de terra, renda e pader. Noyos agentes entraram em Cem mas o carater nefasto proveniente desta estrutura original nao [oi yarrido, aales aprofundou-se, pela forma conr qué foi combinando-se com novas variaveis. Mister se faz compreender todo este provesso. pois qualquer imerven¢ao sentide de toma-la menos caotica nao podé prescindir da compreensao desta vama Of variaveis que atuaram e, ainda atnam, de forma decisiva em sua constituigan Is] Referéncias Bibliogeaficas CASTRO. Ind E. CORREA, Roberta L. GOMES, Paulo Cesar © (Orgs) Geografia: conceitas e temas. Rio dé Janeiro’ Bertrand Brasil, 199! GUIMARAES, Alberto Passos Quatro séculos de Ia Terra. 1981 MARTINS José de Souza Os camponeses ¢ 2 politica no Brasil, Petropolis’ Vozes, 1991 MARTINS, José de Souza © poder do atraso Sao Paulo: Hucitec. 1994 OLIVEIRA. Francisca O Estado eo uhano no Brasil In Espaco.& Debates, Sao Paulo n 6p 30-54, jun set 1982 OLIVEIRA, Francisco Elegia para uma (re)ligiio Rio de Janeiro Paz e Terra, (087 PRADO JUNIOR. Caio, Histéria. Sao Paulo Atica, 1982. (Colegao Grandes Cientistas Sociais} SANTOS. Milton. A urbanizacao brasileira Sao Paulo Hucitec, 1995 SANTOS. Milton, A natureza do espaco 2 ed Sao Paulo: Hucitec 1997 SINGER Paul. Economia politica da urbanizagio. 9 cd So Paulo. Brasiliense. 1983 SPOSITO. Maria Enearmagao Belitia A urbanizagao no Brasil, S40 Paulo, (mimeour ) sm, 1993. p 63-78 (Geografia. Serie Argumento) SPOSITO, Maria Encamagéo Belirio A urbanizasdo da sociedade’ teflexdes para um dehate sobre as novas formas enpaciais, Presidente Prudente’ FCT/UNESP. 1997 mdia Rio de Janeirey: Paz & 182 RESENHAS

You might also like