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hos melos universitérios ocidentais, € preciso nao esquecer que elas circulam sempre acompanhadas de seus comentaristas arahes traduzidos em latim. Arist6teles 6, enigo, recebido ¢ compreendide no Ocidente através do prisma de sua leltura drabe. De fato, “é no mundo mugulmano que & efetuada a primeira corfrontagao entre © helenismo ¢ » monoteismo", segunda um modelo trans- Posto posteriommente para o Ocidente (Alain de Libera). Convém, entao, reco- hecer « importdneia da mediacdo érabe para a formagao da cultura ocidental. Preocupado em pér cm evidencia a divida drabe da Ocidente, Alain de Libera conclui: “A raza ocidental nao se teria formado sem a mediacao dos frabes e dos judeus” e, de modo ainda mais lapidar, “o Ocidente naseeu do Oriente". Mas, se esta contribuicio arabe foi por muito tempo ocultada, ela niio deve, ccontudo, ser exagerada (ndo mais, als, do que aquela do aristotelismo, que os tedlogos distorcem para enquadkar no pensamento cristio). E 6 preciso notar, com Pierre Guichard, que “a movimento das tradugdes acompanhou a Recon. quits. Os ocidentuis iam, de infeio, procurar na ponta da espada o enriquect ‘mento de conhecimentos necessérios para o desenvolvimento de sua ciéneia Eles selecionavam o que lhes ex | no mesmo momento em que o pensamen- to arabe, incapaz de renovar-se, esclerasava-se em uma fidelidade aos mestres antigos”. No geral, ante o Ishi, o Ocidente experimenta tun sentimento ambiva Jente de “faseinio-repalsa’ bem ilustrado por Raimundo Lille, ao mesmo tempo entusiasta da cultura drabe e partidério virulento da cruzada ¢ da conversio dos mugulmanos, © Ocidente apropriou-se, entio, de um conjunto de tenicas materiais ¢ inteleetuais, forjadas ou difundidas no mundo dtabe, para fortificar ume sociedade ¢ uma cultura totalmente diferentes e, finalmente, para reforgar sua superiovidade sobre 0 Tsk O desenvolvimento nao imperial do Ocidente O Gcidente sera suficientemente tratado neste liso, © que permite falar apenas brevemente dele aqui. Fi preciso meneionar, entretanto, que a decomposigio carolingia nfo signiticou o fim da idéia de império no Ocidente. Sua restanragao € obra de Oto 1, que, fortalecido por sua conquista do reino lombardo em 952 ¢ por suas vitdrias sobre os Iingaros © os eslavos em 955, € coroado imperador pelo papa em Roma, em 962, Se a idéia imperial ainda ter para ele apenas um alcance limitado, designanca um tipo de autondade suprema dominando varios reinos, seu neto Oto ill Ihe confere brevemente todo o seu brilho, antes de sua morte em 1002, assumindo plenamente a idéia de renovacio do Império Romano (renovutio romni inperi), pondo Rome no centro das preacupacoes AcivinizaeAo FevoAL 85 ‘que ele partilha com o papa Silvestre u. A idéia de império esti, emtao, associa dda iquela de um poder superior e sagrado, recebido diretamente dle Deus, e a um Prinefpio dle universalidade que confere teoricamente ao imperadot a vocacao de uunficae sub a sua diregao 0 conjunto da cristandade. Ele deve ser seu chefe tem poral, assim como o papa ¢ seu chele espiritual{ilostragio 7, a seguir). ‘Mes, desde o inicio, a restauraco imperial dos otonianos padece de uma forte limitagao (ilustrago 4), Longe de reconstituir « Impéria de Catlos Magna, seu porier estende-se apenas sobre os reinos da Genmania e da [tia (aos quass Conrado 11 acrescenta 0 reino da Borgonha, em 1033), Eletiva, a Coroa impe rial passa, a seguir, & furnilis dos Sélices, de 1024 a 1125, ¢, depois, & das Hohenstaufen, cuje forga se concentra na Suibia ¢ na Franconia (seu castes de Waibligen dé seu nome aos gibelinos, os partidos do imperador na Italia) Frederico 1 Barba-Ruiva (1155-90) aumenta o piestigto da Coroa. Henrique t= (1191-97) acrescenta aos seus titulos a Coroa da Sicilia gragas a seu casamen= to com a filha do ret normando Rogério il; seu filho, Frederico m (1220-50), Grid educado em uma Palermo cosmopolita e atipica, homem de cultura liga do aa mundo arabe, evistio que desalia o papa e que é periodlicamente exco: mungadlo, é um dos personagens mais singulares da Idadle Média, Depois do fina dos Hohenstaufen, o imperadlor continua a see respeitada, mesma se no disp denenhum poder temporal real, Apesar disso, a dignidade imperial néo deixa de ter um papel notivel nas relagdes européias, como o testemunha ainda Carlos Quinto, o imperador em nome do qual se realiza a conqnista do México © an qual Conés deve prestar contas de seus atos. A cespeito de brilhantes avancos, « historia do Império na Idade Média € aquela de um inexorivel declinio, Do século xt a0 século xt, o imperador ests cenvolvide em um conflita incessante com o papa, o que enfraquece as bases de: seu poxler e manifesta, Finalmente, » supremacia poniifcia. Als, se, na Cerménia, © imperador dispde apenas de uma base territorial fragmentada e de apoios pole ticos limitados, no sul dos Alpes a dorninagio do imperador € decididamente: rejeitada e, apesar de séculos de tentativas desgastantes, ele é obrigado a ver Thalia sctentzional e a Itélia central emanciparem-se © govemavem-se sob forma de cidades auténomas, Em breve (mestno se a expeessio “Sacro Impéris Remana-Germanico” no € medieval), 0 Império seri apenas germinico e a dis. alidade toma-st flagrante: “O Império Romano com vocagao universal reduz-se, pouco a pouco, até se confundir com 0 teino ale ‘mao, mas sem dara este um verdadeiro soberana” (Michel Parisse). Ao mesme: tempo, 0 reforgo dos reinos ocidentais confitmna o earster ilusério da universal dade do poder imperial, a tal ponto que se impée, no século Xl, 0 preceite segundo o qual “o rei € 0 imperador em seu reino’ tancia entee o ideal € a 86. Jain Bacher >. 0 imperador Oto 19 eepesentada eon majennde? 6. 980 (Bsangalbos de Lead, Tescure dt eéralyAela-Chapells, 16) Soperador een no tne gst o gobo. eprece nsec ery om mana, eo de dine fruinente fre de aus dann. Sustertal pelos silos dos evngeises, 0 Frangeho, em ah Soon de eels omoo, saree seu poke, Sonn gas ideands gue iypefador sume 3 Bik ‘Soe prema, ao intro de eu eat. Se est ube oo ps se ener ager do fis Sitcom defers lctuc dase © mast dace de Et Kantor, a0 wees el sper ma ESS) err o mu terete, em se sparen os dgrtvios leo cwclosinics, © mrco cele [Speed fe onto ing ent os de su ri exe por wi saya do tra e-quat sa ‘tse leanga a sna long onde ls 6 cnmecs Cn abengondat pula yay de Deus AS gem exalt Sgutanvatea figs do rad, sblkendn, prem, que su pode 0 ten legac sb semen atures sos poceten das Excrtara (cj interpreta € dora ples 408) eserigi ieonogilea, o t2rme (en races no origina Fanees}inlica a representagao do ersonasem (re, santo, a Viger, Cristo, Deus) em atic de soberano, geralmente sentado 20 ane. (N.T) ‘Ao mesmo tempo que o Império declina no Ocidente, 0 que se consolida, de inicio, 6a eristandade romana, culo papa, agora solidamente implantade nos tettitérios do "Patrimonio de S20 Pedra”, é o chefe espiritual e o principe mais poderoso. Ef cle quem lanca o Ocidente na aventura das cruzadas, ¢ nda 0 impe- ‘ador, mesma se um Barba-Ruiva se junta a elas com entusiasmo. O que se cor solida € também a Europa dos Reinos, di qual as melhores bases so a Inglaterra, sobretudo sob Henrique 11 Plantageneta (1154-89), a Franga, parti cularmente sob Filipe Aupusto (1180-1223) e Luis 1x (1226-70), e Castela, especialmente com Alfonso X, o Sabio (1226-84). F preciso actesventar agui a Stetlia, que se constitui enquanto reno com Rogério tl (1130-54) € que, assim come a Itdlia do Sul, passa por um longo periodo para 0 dominio de Aragio, em 1282, e, enfim, os reinos eseandinavos (Dinamarca, Suéeia, Noruega) e centra- europens (Polénis, Hungria e, 2 partic de 1158, a Bo&mia). Assim, no momen- to em que o Ocidente se emancipa da tutela bizantina c da pressao muculma- nna, € depois se langa na Reconquista e na eruzada, o poder imperial decline © Império nao &, entéo, grandemente responsivel pelo desenvolvimento enro- pet € sio outros quadros, no imperiais, que permitem iniciar ¢ fortalecer 0 Ginamisino e & expansio da cristandade ocidental Mudanga de equiltbrio entre as trés entidades Entte 0 Ocidente, Bizincio ¢ o Islé preponderam as rivalidades, as pilhagens ¢ 1s conflitos armados, 0 que nao exclu as formas de coexist@ncia mais ou menos pocificas e de trocas comerciais ou intelectuais, Trocas © conflitos, pilhagens ¢ comércio seguem, de resto, lado a lado, em um chima em que @ admiragio por Biziincio ¢ pelo mundo drabe mistura-se as desqualificacées reefprocas. Para os suculmanos, 0s eristios de Bizancio ou do Ocidente so apenas idélatras, indignos do verdadeiro monotefsmo. Os cristios, ainda numerosos, que vive 0s terrtérios daminados pelo Isld sfo, entretanto, respeitadlos como “pavos do Livro” e sao objeto de uma notével tolerincia, desde que paguem a djizya, um Smposto que marea sta subordinagan e que estinnula & conversio muitos dentre eles. Do mesmo modo, 9 ato de £6 dos petegrinos erisidios que visitam os Lugares Santos da Palestina € autorizado e, desde 680, o bispo de Arculfe leva sarrativs € deserigdes disso até na Irlanda. Para os etistios, os mugulmanos sao infigis, geralmente assimilados aos pazios ¢ paradoxalmente qualificados de idélatras. Conta-se, com efeito, que eles adoram 0s idolos de Maomé, que seria seu Deus, 0 que & um modo radical = contrapor-se 8 critica do eristiamismo pelo isla {mas alguns, como Guiberto de A biviLiseao eeuMAL 89 Nogent, no séeulo 1, recusam a idéia de uma idolatria muagulmana). Uma ou forma da negngaa ocidental do isla consiste em ver nele apenas um cis, dsvio do cristianismo: cixculam, assim, diferentes variantes da lenda de um a Dicioso cardeal da Igreja Romana, por vezes chamado Nicolau, que, frustado iio chegar ao pontilicado, provoca um cisma ¢ se torna 0 funrdador da seita motana. Quet se assimile o isl idolatria pagal ou a uma seita heretic, ve hem que ¢ inconcebjvel pata a cristandade consideré:To uma fé especifica € rente, F. por isso que aqueles que chamamos de mugulmanos sé podiam designados, na época, come “infiéis’, ou ainda como “satracenos’ ou “agarenad (quer dizer, descendentes de Agar ¢ de sea filho Ismael). No entanto,iss0 15 exch, sobretudo na Espanha das és religides, uma convivencia, que ¢, de f uma situago de coexisténcia e de interagSo regulares, em que se misturam cas ¢ pactos, coubitacdes e conllitos, tolerincia e esforgo de subordinate. “Aafirmagao progressiva do Ocidente ante o Isla € evidente. Durante a 4) Idade Média, o mundo cristio em seu conjuinto esti na defensiva, amput sob ataque. O Império Islimico disp de uma forga esmagadora comparads de Bizincio (territérlo dex veres mais extenso, com rendimentos quinze v superiores, exército cinco vezes mais vohimos0). Avs olbos do Isla, 0 Ocides ‘mal existe, mesmo se o califa al-Rashid trata com clefertneis Carlos Magno © 44.0 trabalho de enviae para sua corte um elefante como presente. Use prim +o sinal da mudanga da relagéo de forga intervém apos a morte de al-Mans em 1015-16, quando os homens de Pisa ¢ de Genova tomam a Sardenba tmugulmanos da Espanha. Na Peninsula [bériea, os séculos vit! ¢ 1X permit uma primeira reorganizagdo (a fundagio do reino das Astras, os eondadbs pis naicos de Atagio ¢ de Navarra, a “marca hispanica’ e, um século mais tarde condado de Barcelona). A partir dessns bases, os eristvs eimpreendem, embates frontais, 0 repovoamento de espacos desertos até a bacia de Dou {que constitui, por volta do ano il, a zona-tampio entee al-Andalus € 08 re do Norte. Depois, a idéia de uma reconquista dos tertivérios dominados Ili ganha terreno e é beneficiada com o fim do califado de Cérdoba. Os rmeiros avangos significativos ocorreram sob @ reino de Fernando 1 (1035: ‘que junta Leao a Castela e conquista Lamego, Viseu ¢ Coimbra. No mess: momento em que 0 papado confia a Roberto Guiscard a missdo de reconqus tar a Sicilia (1059), ele decide também enviar uma “oruznda” para a Esp (1064), Se acreseentarmos que Pisa e Génova comegam a langar ataques o: tra litoral magrebina (eles sero imitados, no século xt, pelos normandos, tomartio Malta e, temporariamente, Tripoli, Djerba € Mahdia), os meados século Xt aparecem como 0 momento decisivo em que se engaja 2 contta-9 siva ocidental para fazer recuar 0 Isla 90) Je Basco Uma ver que Palermo foi retomada, em 1072, a principal frente é 2 da Reconquista ibérica. Suas etapas principais podem ser sumariamente mencio nadas (ilustragiio 5, abaivo). Em 1085, a tomada de Toledo, « antiga capital visi gética 6 revestida de alta valor simbélico, no qual Alfonso Vi de Gastela se esc ra para atrihuirse o titulo de “imperador de toda a Espanha” (segue-se, porém, » dos muguhnanos que, apoiados pelos almorividas, obiém, un ano mais larde, a vitéria de Sagrajas). Durante a segunda metade do século x1, Aragiio, ajudado por forgas vindas do Sul da Franca, desobstrui Zaragozt em L118 e, depois de sua unio com o condado de Barcelona, em 1137, libera ‘Tortosa e Lérida em 1148. A tomada de Ourique permite a Portugal constituirse como reino em 1140, antes de conquistar Lisboa, em 1147, com o apoio de c zados ngleses e flamengos. Al-Andalus controls, agora, apenas uin tengo da pent sula, mas sua integragao ao Império almbade poe novarnente os cristios ma dofensiva © permite a tltima grande vitéria muculmana em Alarvos, em 1195, Tr NAVARRA connano DA "BARCELONA REINO DAS ASTURIAS-LERO ‘VAs tapes da Reconquisia No infeio do século xii, os esforgos do papa Inocencio Ut ¢ do arcebispo de Toledo chegam a restabelecer a paz entre os reinos de Navarra, Castela e Leda ‘ovamente independentes desde 1157, de modo que sua coalizdo, incentivada pela prepacao de uma cruzada, permite a vtéria decisiva de um exército consi sleravel em Las Navas de ‘Tolosa, em 1212. Abrindo aos cristaos 0 controle do Guadalquivir, ela permite a Fernando 11 (1217-52), que reunifica definitivamen- te Castela e Ledo, retomar Gérdoba, em 1236, Muincia, em 1243, e Sevilha, em 1248, enquanto Tiago 1 de Aragio (1213-76) se apodera de Baleares, em 1229. < de Valencia, em 1238, Em meados do seculo xm, a Peninsula Ubéviea & dominate Por trés reinos cristios, Castela, Amgio e Portugal, enqauanto Navarra, acantona- da entre seuss podernsos vizinhos, jamais conseguiu crescer, €o Isls retrala-se ne reino de Grinada, de onde seré expulso pouco depois da unio de Castela Aragio, engajada pelo casamento de Isabel ¢ Fennando, em 1469, Mesmo que se duvide, hoje, que a Reconquista tena sido coneebida come tuma enwada antes mesmo que o projeto langado em diregio a ‘Terra Son tomasse forma, ela é acompanhaa, ao menos no século Xt, da atirmaga de tras ‘deologia propria, difundida pela pregacao e pela imagem. Longe de ser um sis ples empreendimento de conquista, ela deve aparecer como uma guerra ju: legitimada pela infidelidade e pelos vicios dos “sanracenos" e pela superiorid dos eristios, que combatem em nome da verdadeia fe, por isso, merecem perdia dos seus pecados ¢ 0 acesso a0 paraiso em caso de morte em combat como o exprime sem nuancas a Cangio de Rolando, “os pagios estio errados e éristios tém o direto”. Mas ¢, evidentemente, com as eruzadas que este esp floresce em toda a sua amplitude, Ao longo do século XI, a pesegtinagio Jerusalém conhece sucesso crescente, pois a conquista da Hungria tama prate Cével ava terestre, sempre mais Feil que a viagem por mar, e, a0 mestno temypa. Porque ela constitui uma forma de peniténcia tingida de grande feito, o que com. véin bastante bem & mentalidade dos Iaicos, em particular a dos prineipes e dow nobres. Pouco a pouco, em um contexto de cxistianizagao da cavalari, a conde. ‘agi erista do uso de amas ¢ revista a fim de justifcar a defesa dos peregr contra os mugulmanos, visto que os tureos, recentemente instalados, multipi= cam os incidentes. Apés a vitéria dos selicidas sobre os bizantinos ea Manwzikert, em 1071, 0 papa Greasrio Vii convoca a ajudar 6 Império do Oriente a liberar os Laxgares Santos. Mas é pregagiio de Urbano 11 em Clermont, ex 1095, que langa verdadeiramente o movimento, Nao sem antes se ter eomprazs «lo em deserever os massacres ¢ desiruicdes eometidos pelos inf, ele con @ uma “guerma de Deus” para reconguistar Jerusalém ¢ os Lugares Santos, e: esclareee que, para os combatentes revestidos com 9 sinalda-erur, ela valecs ‘como peniténeta devida por seus pecados e assegurars a salvagao de sums alas. 92 Hoban Bash Som divida, em um momento em que © poder pontifici se afirma de maneira dlecisva, ele tamlém ve nesta santa empreitada a oportunidade de pOr o papa na pposicdo de chefe da eristandade, Assim, os exércitos dirigidos principalmente por Roberto da Normandla, Roberto de Flandres, Godofred de Bouillon, Raimundo de Toulouse © Boemundo de Tarento, sob a autoridade do legado pontifeio Ademar, tomam Antioquia, em 1098, onde 2 miraculosa descoberta da Santa Langa da crueificagio inflama os espititos. No ano seguinte, os exércitos con

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