You are on page 1of 320
FUMDAMEWTOS a Trobelieg o Engrg, Sighemms de Pevtingle Qendeeko do Centre de Mania, Seblnma) coor Moiia Verddval Volume 7 Renate Brito wt Oe tO Oe OT Ne te a a ee Oe SB OB A Rd a “a ta Co digdes para que haja realizacao de trabalho. Sumario « Apresentacgao e Sobre o autor e Carta ao pirata e Como usar este livro e Agradecimentos e Dedicatéria e Para fazer uso das questdes deste livro 01 - TRABALHO E ENERGIA 1.2 Osignficado fisico do trabalho realizado por uma forga. 1.6 Principio do Trabalho Total (Teorema da Energia cinética). “Problemas de Aplicagdo. Trabalho da Forga de Atrito — Principio da Projegao. Aprimorando o conceito de Trabalho. Condi¢gées para a conservagao da snergia mecanica. Problemas de Aplicacao. Trabalho realizado por forga de intensidade variavel. A energia potencial gravitacional. 1.18 O-conceito de poténcia média e poténcia instantanea. 73 . Problemas Propostos SH . 02 - SISTEMAS DE PARTICULAS, DINAMICA DO CENTRO DE MASSA SISTEMAS COM MASSA VARIAVEL 2.2 Impulso: o ganho de quantidade de movimento. _ 125 24 Oconceito de Sistema. 131 2.6 Acao-reacao: transferéncia de quantidade de movimento. 133 Problemas de Aplicagao. ' 157 2.9 Avelocidade do centro de massa (Ven). é' 165 2.11 A Relacado entre Qgistema @ Vem: Nie2 2.13 Sistemas mecanicos isolados e a primeira lei de Newton para 182 sistemas. 2.15 Sistemas mecanicos nao isolados na direcao vertical. 191 246 Estudo das Colisées, 3 ee 0 2.18 Aenergia mecdnica do sistema em colisées. 208 Kt NM NF OLY Na 2.21 Colisdo elastica unidimensional entre corpos de massas iguais. 2.23 Caso Especial: colisfo unidimensional em que uma das massas Pos Belude daaeolsdes bidimensionals.. 2.27 Sisternas com ganho de massa é muito maior do que a outra. Caso 2: coliséo bidimensional com espelhamento. iguais, estando uma delas inicialmente em repouso. Problemas de Aplicagao. Problemas resolvidos com correntes — Problemas Propostos. 03 — Respostas e Solugées — Trabalho e Energia 04 — Respostas e Solugées — Sistemas de Particulas 05 — Apéndice 06 — Referéncias Bibliograticas 07 — Referéncias na internet 212 218 . 222 293 Caso 4: colisdo obliqua elastica entre duas particulas de massas 230 254 227 260 272 311 403 541 542 544 Nea Mt Nee Ne Ne a a a NO Nee a 1 TRABALHO E ENERGIA ial J 14 INTRODUGAO: POR QUE ESTUDAR TRABALHO E ENERGIA ? ) No volume 1 desta colegao, fizemos um estudo aprofundado das trés leis de Newton: ) Discutimos as suas condicées de validade dentro. da Mecanica Classica, tanto )} no dominio dos referenciais inerciais quanto nos referenciais nao inerciais; e Aprendemos 0 que s4o forcas ficticias e como tirar proveito delas na resalucao. ) dos mais variados problemas de Dindmica, muitos deles regados a complexos ) vinculos geométricos também discutidos naquela ocasigo. ) Apés esse estudo tao rico e proveitoso, o aluno talvez seja levado a questionar — ) Para gue_estudar_ mais uma ferramenta_da_Mecanica chamada Trabalho ¢. Energia, se as | Leis de Newton. se aplicam a_resolugao de. fodas_as. classes de. ) problemas da Dina nica 2 ) Embora as Leis de Newton sejarn uma ferramenta poderosissima, nao é dificil J ) nos depararmos com problemas de Mec4nica cuja resolugao, fazendo uso direto das leis de Newton em conjunto com as relacdes da _cinematica, seria_inviavel. ) devido a geometria envolvida, Na maioria dos casos, sao problemas que } envolvem forgas variaveis e, portanto aceleragées variaveis. ) Para esclarecer, ( considere duas caixas idénticas que sdo_abandonadas do Fepouse. de uma mesma altura H, sendo que uma delas descera_ por um plano ) jnclinado (Figura 1) enquanto_a ‘outra. © fara através de um toboga _ondulado. ) (Figura: oh ) \ 2 Fundamentos de Mecanica Figura 1 — A caixa desce a rampa com Figura 2 — A caixa desce a rampa com aceleragéo a = g.sena constante, visto que a aceleragdo a = g.sena varidvel, visto que a inclinacéo «. da trajetéria permanece constante inclinagao a da trajetéria sinuosa varia ’ por ser uma reta. Trata-se de um movimento durante o movimento da_ caixa. Esse. uniformemente variado - MUV. : j é__variad as a BEN : —uniformemente variado. De antemao, digo a vocé, _prezado Ieitor, gue _a velocidade V com que cada caixa_atingira o final da ladeira, em ambos os casos, sera exatamente a mesma, ~ apesar das trajetorias seguidas pelas caixas serem bem distintas. Determinar. essa velocidade final V no primeiro caso 6 uma tarefa simples: investigamos as forcas que atuam sobre o corpo e, com base na 2° lei de ~ Newton, facilmente chegamos ao valor da aceleracdéo a = g.sena de descida da | caixa. De posse do valor da.aceleragdo, determinamos a velocidade final atingida pela caixa através da cinematica do MUV. Veja: f A ae Figura 3 — diagrama das forgas que agem na caixa, durante a descida da rampa Se a aceleracdo adquirida pela caixa, na diregdo ladeira abaixo, 6 causada pela componente P.sena do peso, entéo podemos escrever: Fre=ma => Psena=ma => mg.sena=ma > Pela relagdo cinematica do MUV (Torricelli): v = AF + 2.a.AS, ) 5 1 Trabalho e Energia 3 ) jcom V, = 0 (parte do repouso), a=g.sena € sena -< vem: 8 W=v? + 2aas = VW =0* + 2.(g.sena).As We ) G* + Be MF ig AS \Embora a determinacao da velocidade final da caixa, no caso da Figura 1, tenha ysido uma tarefa relativamente simples, o mesmo n&o ocorrera no caso da igi 2:_sendo variavel_a inclinagao « da superficie do toboga, isso impoe aa Jmovimento da caixa uma aceleracao escalar de _médulo a = g.sena variavel,_o. \que_caracteriza_um movimento ndo_uniformemente variado. A equagao de Torricelli ndo se aplica a esses casos. Assim, como se calcular a velocidade final 'V da caixa no 2° caso? ) ae ae ualdeds oft a iessceelss A sua aplicagao na solugao dos ence \geralmente leva a uma grande economia de algebrismos, permitindo solug6es rapidas e diretas. )Problemas complicados a4 primeira vista sao solucionados de forma simples e Jelegante quando aplicamos os principios de trabalho e energia. A seguir, \desenvolveremos esses conceitos. Quando estivermos prontos, voltaremos ao “problema do tobogd e usaremos essa _ferramenta para determinar a velocidade | ‘final da caixa. ‘4.2 O SIGNIFICADO FISICO DO TRABALHO REALIZADO POR UMA FORGA }Quando um mével de massa M se desloca com velocidade V, o fato de ‘ele estar se movendo lhe eee uma _energia de movimento, denominada_energia inética ma } 2 MV ) Ec = —— (eqt) 2 } Quando um mdvel se desloca sobre um solo horizontal liso sem atrito, atuam ’sobre o mesmo as forcas peso P e normal N que se cancelam. Assim, nenhuma )forca ou acelerag&o atua sobre o moével na diregao do seu movimento. ) , Figura 4 —movel_se deslocando em equilibrio, em } _toovimento uniforme, com energia cinética constante 4 ’ Fundamentos de Mecanica O modvel seguira em MRU com velocidade escalar V constante e, portanto, energia ee eee enquanto nenhuma forg¢a adicional interferir nesse estado de equilibrio (Fr = 0) dinamico. ae ins Figura 5 — mdvel se desloca sob agaéo de uma forca F constante, que o acelera, realizando trabalho sobre ele, “dando” energia cinética para o corpo durante o seu movimento. Entretanto, se uma forga F (admitida constante para simplificar) passar a agir sobre 0 mével (Figura 5), ela ira acelera-lo, sendo responsavel pelo aumento da sua energia cinética no decorrer do seu movimento MRUV: Assim, devido 4 aco da forga F, a caixa “ganhara energia cinética” durante o seu deslocamento. a D Figura 6 — Quando a caixa sofrer um deslocamento D ? com aceleragéo constante a, quantos joules de energia cinética ela ganhara ? Estamos interessados em calcular quanta energia cinética a caixa ganhara, ao sofrer um deslocamento D sob agdo de uma aceleragdo escalar constante. Come 0 movimento sera MUV (forca e aceleracao constantes), podemos escrever: V*= V2 42aD (Torricelli) Para chegarmos a relacdo entre as energias cinéticas inicial e final, multiplicamos _ M. cada termo da expressdo acima por 3 M yep Mie ts ones 2 2 2 Sendo a forca F responsavel pela aceleragéo a adquirida pela caixa, entdo : F=m.a. Assim, escrevemos: Mev? MV? = —2 F-D eq2 5 aes (eq2) ah i i a

You might also like