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Educ. e Filos., Uberlandia, 4 (8): 29-39, jan./jun. 1950 CULTURA POPULAR E MARGINAL | DADE Relacdes entre imaginario popular e mudangas sociais Luiz Renato Vieira E altamente complexo o tratamento de aspectos cultu- rais em sociedades profundamente diferenciadas, em que as expressées do imaginério, como o préprio contexto sé- cio-econémico, apresentam variadas faces dinamicamente interrelacionadas. A dificuldade na analise da cultura popular no Brasil inicia-se a partir da inexisténcia de um consenso dos estudiosos do tema sobre quais as inst i- tuicgSes que esta expresséo abarca especificamente, o que cria a necessidade de uma delimitag3o conceitual prévia. Este ensaio tem por objetivo dar um passo inicial no sentido de uma pesquisa acerca de temas relativos a cul- tura popular e seus vinculos e articulagées a cultura chamada oficial. Nao se pretende aqui ir além da exposi- So de alguns questionamentos e problemas teéricos e me- todolégicos. Assim, esse esboco de delimitagao de um objeto de pesquisa no campo da cultura popular @ 0 ponto de partida para um projeto a se definir posteriormente, estreitando o ambito da andlise e, em contrapartida, am- pliando a possibilidade conceitua! de abordagem do ob je- to de estudo. Isto é, apresentaremos uma tematica que, embora genérica, fundamenta-se num problema comum a di- versas Instituigées culturais podendo ser captada atra- vés de diversos mecanismos: a questo da apropriacao cultural e a possibilidade do surgimento, ou do fortale- cimento, de identidades culturais no sentido da constru- go do agente histérico no contexto da sociedade contem- poraénea. Temos assim um problema que pode ser percebido na anélise de inumeras instituicgées que oscilam entre o ethos popular e a cultura de massa. Nao nos aventuramos, no entanto, a recortar nosso objeto restrito de analise, preferindo avancar na compreensao da légica dos mecanis- mos de cooptacdo do potencial critico e aglutinador pre- sente nas expressées do comportamento popular. Por outro lado, Interessam-nos as estratégias de resisténcia pre- sentes no ato de incorporag’o da cultura popular a cul- 29 Educ. ¢ Filos., Uberlandia, 4 (8): 29-39, jan Jjun, 1990 tura dominante, ou seja, a tradugSo de uma expressdo do comportamento popular nos termos da cultura hegemdnica traz também a possibilidade de sobrevivéncia, em outros termos, de um fator de coesdo das classes subalternas. & fundamental, em qualquer estudo que pretenda des- vendar articulagdes entre variadas formas da cultura, buscar-se 0 devido distanciamento das posturas manique- istas que ora véem na cultura popular a definitiva ex- pressio da verdade, em oposicio as "ideologias" num ato de reificagao de um imaginério social, ora reduzem o am- plo espectro da cultura popular a um simples subproduto de um projeto homogeneizante das classes dominantes. Am- bas as perspectivas parecem omitir a processualidade inerente as formas de expresso cultural. Obviamente, em casos especificos, faz-se necessario destacar uma face que tem, por exemplo, seu potencial politico amp! iado sobre a outra. No entanto, a captacdo tanto do processo de subvers’o do potencial critico da cultura popular quanto de seu conteudo de resisténcia as imposicdes he- geménicas s&o momentos dialeticamente inseparaveis. Opostos e contraditérios, mas integrados numa unica di- menséo que historicamente oscila, vinculando-se nas ar- ticulagées com o nivel social mais amplo. A perspectiva que trata a cultura popular homogenea- mente como ideologia, no sentido marxista de falsa cons- ciéncia, parte do referencial racionalista da oposigao dicotémica entre "verdade" e "ilus8o". A percepgdo meca- nicista das relagées entre a existéncia social e o ima- gindrio tende a incluir no rol das ideologias todas as formas do pensar que nao se referem diretamente a trans- formag&o social. Antes de mais nada, € importante perce- ber que a verdade de uma afirmagdo, como afirma Gramsci, € dada pela capacidade desse conjunto de Idéias de en- gendrar agédes de interveng3o no coletivo. "Se a ideolo- gia n3o pode ser considerada iluséria, € porque é dotada de uma formiddvel materialidade: a de ser instrumento por exceléncia de aco politica. Enquanto forga politi- camente ativa, difundida em grandes massas humanas, pode 30 Educ. e Filos., Uberlandia, 4 (8): 29-39, jan Jjun. 1990 ser vista como equivalente a cultura, ou a concepgao de mundo" (Rouanet, 1978:53). A concepgdo gramsciana de ideologia permite uma abordagem suficientemente flexivel do fenémeno da cultu- ra popular, uma vez que ndo reduz todo imagindrio das classes populares 4 subserviéncia ou alienagao. Embora perceba que o “senso comum" tem o seu potencial politico obliterado por sua inorganicidade, Gramsci aponta nesse mesmo senso comum os elementos capazes de fazer emergir a consciéncia politica transformadora. Nessa perspect i- va, Marilena Ghaui em Conformismo e Resisténcia (1986) apresenta um conceito de cultura popular que incorpora a oposigdo que vai da subserviéncia as estratégias de con- tra-poder: . +. expresséo dos dominados, buscando as formas pelas quais a cultura dominante é aceita, interiori~ zada, reproduzida e transformada, tanto quanto as formas pelas quais é recusada, negada e afastada, Implicitamente ou explicitamente, pelos dominados. Procuraremos abordé-la como manifestag’o diferencia- da que se realiza no interior de uma sociedade que é a mesma para todos, mas dotada de sentidos e finali- dades diferentes para cada uma das classes sociais. Consideraremos os processos em que as diferentes classes sociais se constituem como tais pela elabo- rag3o pratica e teorica, explicita ou implicita, de suas divergéncias, de seus antagonismos e de suas contradigdes" (Chauf, 1986:24). A cultura popular, portanto, deve ser percebida como um complexo que atua dentro da cultura dominante, ainda que essa "integragdo" seja uma condig&o necessdéria a sua atuag8o enquanto resisténcia cultural. As “expressées cultura popular", "cultura de massa" e “cultura dominan- te" nao devem indicar totalidades culturais independen- tes, ou produtos acabados. A processualidade da andlise deve garantir o entendimento de suas multiplas articula- des, o que um pressuposto para que se possa elaborar 321 Educ. eFilos., Uberlindia, 4 (8): 29-39, jan./jun. 1990 estratégias no intuito do fortalecimento de ident idades culturais, engendrando consciéncia e participagao poli- tica Tratando-se de um contexto em que a introdug8o da modernidade técnica e cultural se processou de maneira profundamente desigual, a sociedade brasileira n&o per- mite uma andlise da cultura popular que a identifique totalmente com a cultura de massa. Por isso, teorias co- mo as propostas pela Escola de Frankfurt devem passar pela contextualizag3o nesse universo de desiguaidades sécio-culturais. Afinal, a expressdo “indistria cultural" pressupde uma homogeneidade que no se verifica no Brasil, consi- derando-se ao lado do 4mbito cultural urbano as perife- rias e o meio rural. Exemplos vivos do problema que abordamos s&0 0 samba e a religiao afro-brasileira. Como Renato Ortiz mostrou em A Morte Branca do Feiticeiro Negro, os cultos tradi- cionais afro-brasileiros passaram por um processo de "embranquecimento", operando fusées com cosmologias como © espiritismo kardecista e 0 catolicismo. Os sincretis~ mos dai surgidos, como a Umbanda, a Quimbanda, a Macum- ba, a Jurema e outros integraram elementos do pensamento dominante como estratégia de sobrevivéncia. Assim, a Um- banda, por exemplo, associou os Orixés aos santos cat licos para que o culto pudesse sobreviver. Sem duvida alguma, haé uma profunda transformagado na identidade da seita e na comunidade que a pratica. No entanto, afirmar © abandono completo de um imaginaério de resisténcia pa- rece uma conclus&o apressada. Antes, € mais importante situar historicamente a evolug3o do culto e perceber as estratégias de sobrevivéncia utilizadas, 0 que pode per- mitir a analise critica e o resgate dos elementos cultu- rais relevantes que, devido a situagées histéricas, fo- ram afastados ou perderam o significado. £ importante preservar a processualidade do estudo para que seja pos- s{vel uma aproximag3o do real, dinamico e complexo, sem 32 Educ. e Filos., Uberléndia, 4 (8): 29-39, jan./jun. 1990 uma relficagéo do que seria uma forma "original" ou “pu- ra" Se, por um lado a figura do » um dos pila- res fundamentais no imaginaério popular brasileiro, pode ser vista como uma maneira indireta de fortalecimento das estruturas do poder, através do "jeitinho", € também um polo articulador e ponto de apoio para uma ident idade cultural em desagregagdo. Sem divida, o "jogo de cintu- ra" articula-se a um complexo ideolégico conformista, oferecendo aos Individuos as frestas entre as capilari- dades do poder instituido pela burla de seus mecanismos. Porém, a nog&o popular do malandro e do ndo-trabalho re- presentam uma visdo de mundo que se opée a ideologia he- geménica do desempenho e da produtividade que, como diz Weber em A Etica Protestante e o Espirito do Capitalis- mo, criou as condigées necessdrias, ao lado do desenvol- vimento das forcas econémicas, para o surgimento e re~ produgSo das estruturas capitalistas. A ascese capita- \ista que supervaloriza o trabalho, acima mesmo dos seus produtos materiais, desenvolveu o que se chamou "mito da marginalidade" (cf. Perlman, 1977) que envolve, entre outras dimensdes, a ética e o espaco. E muito significativa a caracterizacéo que Anténio Candido faz da tradicéo cultural brasileira, em poucas palavras: “N&o querendo constituir um grupo cultural ho- mogéneo e, em conseqiiéncia, nao precisando defendé-lo asperamente, a sociedade brasileira se abriu com maior largueza & penetragéo dos grupos dominados ou estranhos. E ganhou em flexibilidade o que perdeu em inteireza e coeréncia" (Candido, 1970:86). Esses aspectos (inteireza e coeréncia) s3o constantemente negados pela figura do malandro, em seu sentido ludico. O revés da inteireza é a incompletude e o inacabamento. A ridicularizacdo e a satira dos papéis sociais so uma concreta reformulacdo das situacSes vividas, no puras idealizacées ou recons- trugdes aljenadas de uma realidade alienante. Em composicées populares como o samba, é possivel notar a dimens&o critica no descrédito do trabalho como 33 Educ. ¢ Filos., Uberlandia, 4 (8): 29-39, jan./jun. 1990 fator moral e de mobilidade social. Veja-se a composigao do compositor carioca Ismael Silva: "Trabalho Igual ao meu Todo mundo quer Mas nem todos podem arranJjar Pego as onze horas Largo ao meio-dia E tenho uma hora para almogar Fico as vezes até sem comer Sé por n&o mast igar Nao hé coisa melhor Do que ndo fazer nada E depois, descansar" Como outras praticas discursivas populares, o samba reforca a irreveréncia ao principio de desempenho pelo quest ionamento da nogdo de trabalho. Hé um certo distan- ciamento do espago institucional onde vigora a adminis- trago racional do individuo e de suas menores agées. Esse distanciamento est4 presente em muitos setores da cultura popular e pode ser fundamentado historicamente na transic8o ocorrida na passagem do século, do trabalho escravo para o assalariamento no Brasil. A mSo-de-obra negra livre, apés 1888, encontrou sérios obstéculos a sua integracdo 4 economia formal em fungdo de séculos de tradigdo escravocrata. Lucio Kowarick (1987) analisa a constituig&o do mercado de trabalho livre no Brasil, num universo em que o trabalho assalariado inexistia como forma dominante até o Ultimo quartel do século XIX, e afirma: "Ao invés de se processar sobre a destruicéo de um campesinato e artesanatos solidamente enraizados, a universalizag3o do trabalho livre no Brasil encon- trou enorme contingente, no qual quem nao tivesse sido escravo nem senhor ndo havia passado pela ‘es- cola do trabalho’. Mais ainda, como os parametros materiais e ideolégicos essenciais @ sociedade sem- pre estiveram intimamente conectados ao espectro do cativeiro, para os livres e pobres trabalhar para 34 Educ. ¢ Filos., Uberlindia, 4 (8): 29-39, jan.fjun. 1990, alguém significava a forma mais aviltada de existén- cia. \sso fez com que, no percorrer dos séculos, se avolumasse uma massa de Individuos de vérias origens e matizes sociais que n&o se transformaram em forca de trabalho, j& que a produgo disciplinada e regu- lar era levada adiante por escravos". (Kowarick, 1987:11). © estudo das formas da cultura popular deve passar por sua contextualizaco no universo de marginal izacao que, de uma forma ou de outra, enfrenta o constante ris- co de funcionalizacdo frente ao sistema como um todo. £ essa é uma face inegdvel do processo pelo qual passam as instituigdes do ethos popular: a apropriacdo cultural e a incorporagao no universo ideolégico dominante. Proces~ so ocorrido com o samba, sendo ensinado como coreograf ia nas academias de elite, e desfilando nas avenidas do Rio de Janeiro de acordo com as imposigées do aparato inst i- tucional oficial. Também a capoeira, uma danga-luta desenvolvida pelos negros trazidos da Africa para o Brasil, é@ um {ndice do processo de cooptagéo do potencial critico da cultura das classes subalternas. A capoeira foi sistematizada, incorporada por padrées formais diddticos e pedagdgicos, e hoje é ensinada em academias sob uma fachada naciona- lista. Isto é, a apropriacdo formal e descaracterizadora de uma expresséo de resisténcia simbélica a uma estrutu- ra opressora é tida como “democratizagéo cultural” e af irmagdo do "caréter nacional". A criatividade presente nas manifestagdes da capoeira ainda alheias ao esquema das academias tem sido paulatinamente substituida pela execugdo previsivel de fragmentos discursivos do jogo numa combinagSo dada. A dindmica do momento, da improvi- sacdo tem sido superada dentro da prépria estratégia da cultura de massa. Esse projeto de domesticagdo da cultura de resistén- cia foi detectado por diversos autores no plano da musi- ca, do esporte, da religi80, da danca e do ritual num 35 Educ. ¢ Filos., Uberlandia, 4 (8): 29-39, jan./jun. 1990 sentido amplo, e se baseia na ideologia do "carater bra~ sileiro" como sendo essencialmente democratico e conci- liador. Assim, as instituigées populares s80 incorpora- das porque se dissimula seu contetdo de resisténcia cul- tural e seu cardéter de expresso critica de classe su- balterna. £ essa dissimulac&o se opera pela supressao, como ja afirmamos, do carater criativo e improvisador. Nessa perspectiva, a semiologia constitui um importante instrumental para que se perceba como uma pratica dis- cursiva transforma-se em encadeamentos de chavdes ou es- teredtipos comunicativos (cf. Barthes, 1976 e 1985). As- sim, © samba no nivel musical, a capoeira no corpéreo- gestual e outras expressdes em suas respectivas bases significantes revelam um processo social de obstrugao de capacidades cognitivas que, em sua dinamica de reprodu- go ampliada, tende a incorporar as expressdes do com- portamento popular que, em contrapartida, se utiliza dessa incorporagdo para garantir sua sobrevivéncia en- quanto resisténcia simbélica. Se, por um lado, a identidade cultural preservada se apresenta como questdo de sobrevivéncia e oposigéo a uma estrutura exciudente, por outro, surge o problema da possibilidade da preservacdo dessa identidade no contex- to da modernizagdo. Se a identidade popular foi est igma- tizada, muitas vezes entre as classes de onde ela se origina, ser& possivel a afirmacdo dessa ident idade cul- tural sem cair num provincianismo ingénuo? Tal Indagacao deve ocupar o horizonte do estudioso da cultura popular, evitando as posturas puristas e inocentes que lembram o personagem de Lima Barreto, o exemplo caricato do inte- lectual nacionatista, Policarpo Quaresma, que, como observa Roberto Schwarz, busca o desvelar de nossa ver- dadeira identidade nacional pela subtracdo do que seriam influéncias alienigenas. Através de uma interpretagdo semioldégica das insti- tuigées da cultura popular é possivel perceber que seus multiplos discursos mantém, como condig&o necesséria in- dissociavel da prépria existéncia dos grupos subalter- 36 Educ. ¢ Filos., Uberlandia, 4 (8): 29-39, jan-jjun. 1990 nos, uma concepgSo de mundo que reconstréi as estruturas em que esses grupos se situam. Bakhtin (1987) apresenta uma andlise do poder de ruptura das hierarquias sociais presente no ethos popular na Idade Média e no Renasci- mento através da interpretac3o da obra de Rabelais. O autor busca uma concepgSo carnavalesca de mundo que se manifesta no riso, no vocabulério da rua e nas imagens socialmente construfdas sobre o corpo e outros temas. Sem duvida, essa visio de mundo circular e integral iza~ dora esté ainda hoje presente no ethos popular, 0 que chama a atengSo para a atualidade da obra de M. Bakhtin. Sabemos que a cultura popular apresenta as fest ividades, os rituais como elementos de uma relacdo do homem com o cosmos por natureza incompleta e dinamica. Isto 6, a circularidade na idéia popular de tempo pressupde um de- vir permanente, ndo fragmenta a realidade compart imenta- \izando o conhecimento que dela se faz. Essa nogdo opde- se frontalmente ao racionalismo tipico da cosmovisao ur- bana ocidental, a idéia do poder infinito da ciéncia e de sua capacidade de intervencdo na ordem natural das coisas. A cultura popular, brilhantemente representada, se- gundo Bakhtin, na figura da velha gravida, isto é, uma representacio da morte que ao mesmo tempo é a gestac3o de uma nova realidade, temo seu Jocus por exceléncia na rua, no espaco da impessoalidade, onde se dissolvem as subjetividades para dar lugar a uma identidade coletiva de reconstrugdo do mundo pela parédia. Assim, segundo o autor, por mals que ocorra a institucionalizagdo e a utilizagéo das formas populares pelas estratégias do po- der, existe um substrato préprio do coletivo que é, di- gamos, inatingivel em sua esséncia: "A festa quase deixa de ser a segunda vida do povo, seu renascimento e renovagio temporérios. Subl inha~ mos o advérbio quase porque, na verdade, o principio da festa popular do carnaval € indestrutivel" (Bakhtin, 1987:30). 37 Educ. ¢ Filos., Uberlandia, 4 (8): 29-39, jan /jun. 1990 Finalizando, temos consciéncia de que questdes como as que aqui foram levantadas somente poderdo ser escla- recidas ao passar pelo crivo da problematizacdo, buscan- do um corpo organico e explicativo da situacdo que se pretende abordar. Caso contraério, corre-se o risco de repetir o comum equivoco teoricista, constituindo inter- relagdes formais entre conceitos destituidos de contet- do. BIBLIOGRAFIA ADORNO, Theodor W. e HORKHEIMER, Max. Dialética do Es- clarecimento, Zahar, Rio de Janeiro, 1985. BAKHTIN, Mikhail M. A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. Hucitec/Ed. Universidade de Brasilia, Sdo Paulo, 1987. BARTHES, Roland. Andlise Estrutural da Narrativa, Vozes, Petropolis, 1976. Mitologias, Difel, Sdo Paulo, 1985. CANDIDO, Anténio. 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