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TRATADO DE SIMBOLICA 8 ae 1056 OS DIRBITOS RESERVADOS INDICE ‘TEMA 1 Art. 1— Que & Simbétiea? Art 2— Que & Simbolo? TEMA 1 Art 1 — A ginese do Simbolo Act. 2 — Comontirios paicolégicos & Simsbologendtica ‘Art. 2 — O Simboto © 9 Psicologia TEMA IT eno ordem onto- Act. 3 — 4 Via Symbotion ‘Act 4— Dialéctien da parlicipagio © dialéctica sista ‘Art. 5 — Sintese de ansiogia Tema Ast. 1— 0 conselente ¢ 0 inconsciente na Simbélica . Aut, 2 — Contribuigdes da Psicelogia moderna & Simbologia, TeMA Vv © SMMBOLO F SUAS APLICACORS Art 1— A simbélica dos nimores Ar 2— A simbélica da nidade ‘Art, 3 — A simbética do 2—O binivic, Ar 42088 ted” © terninlo, A tindade Art, 5 — © quaternario — © nimero 4 Art, 6 — 0 quinirio . Art, 7-0 genio Ark 8 — 0 seplentrio Ark 9 — 0 octonario .. a nos religides mbolos religtoros da luz © das odres dos sons na Literatura, © simbélica do 0 tempo PHMA VIL AM Unico — Consideragso sdbre 0 simbot BIBEIOGRAETA - 189 14 200 an 20 249 287 TEMA ARTIGO 1 QUE E SIMBOLICA? Todas os grandes fundadores de religido foram ama- dos, compreendides, porque falaram em simbolos, eterna mas também por pro- Com simbolos, expressamos 0 que no poderiamos fa- zer de porque, com éle, transmitimos o intrans- inconsciente, que, por ni mos onvi-lo, segreda-nos seus impelos, lesejos e seus temores, alrayés de simbolos. E usa-os para bi 1s inibiedes npo- mos, € 0 que temeriamos sequer des E (da a natureza, em sua linguagem muda, express se através de simbolos, que o artista sente e vive, que o sofo interpreta, e © cientista traduz nas grandes leis que regem os factos da acontecer eésmico. Eo simbolo surge na arte, na linguagem das linhas, dos volumes © das eOres, das tonalidades, dos sons, das harmo- . do signifieado analégico dos tarmos e dos juizos, das ss que nem sempre despontan, E vémo-lo nos temples ¢ 1 08 estos ¢ ede 10 vémo-to no yoo esguio des passaros. a reli ligifio © a filosol vivos, os coer, Tudo i escapa aos nossos nossos coragaes. tudo aponta, tudo se refere a algo, q! othos, mas que nem sempre esenp: w MARIO FERREIRA DOS SANTOS © simbolo é a linguagem universal do aconlecer cbs- E como poderiamos evitar que se formasse uma Sim- bélien? Mas, que é Simbélica? ® o estudo da génese, desen- volvimento, vida e morte dos simbolos. Justifica-se a Simbéliea como disciplina filoséfica, pois podemos considerar todas as coisas, no seu aparecer, na forma como se apresentam, como um apontar para algo a0 qual clas se referem. Nesse caso, 0 simbolo seria o modo de signifi ente, que sempre se refere a algo. do Simbolo €, portanto, uma sub-eategoria dos séres f los, que apresentaria caracteristicas similares 4 de pula Seria uma das ealegorias intensistas, que no se deve con indir com as categorias extensistas da filosofia Estas referem-se preferentemente aos modos exle! ser, enquanto as outras, como 0 simbolo, o valor, a tensdo, etc., referem-se aos modos intensistas (1). Sal Simbolo — objecto imbies Yalor — objecto de $ Tonsiio — objecto da “Teoria Geral das Tensi Eu bjecto da “ftiea” (o dever-ser, 0 sollen) Esthetos — objecto da “Estética”. (1) As categorins sristtétions earacteriam-se pele aetuallzagio cas note? que se incluem ma compreensio do conceito exter quanto as categories intensistas actustizam a extensio do mes ceito, dinémicamente considerada, A aplicagio de ambas permite maior amplitude dialéctica, no sentido que damos, de maior conceeeso, 45 categorlas Imtensisfas aparentemente podem ser reduzidas & categoria de relagio. HE, certamente, relagio, nas hii um afirmar onto- 1igico que witrapassa 0 dmbilo dzquela categoria; como notaremos neste llvz9 @ em outros trabslhos nossos ye Sami ossas obras que estudant tnis objectos. fA SIMBOLICA UMA SIMBOLOGIA? siderar a Si conclu’? uma discipl " jeclo material, formal-lerminativo, e formal-motivo. |, temos todas as coisas finitas, que G a formalidade win, Lemos, em Jholo, o referente, enquanto tal. As coisas, reais on ideais, pertencem a mas por haver nelas significagdes a um terceiro (¢ : do), apresentam wm aspecto especifica, que ndo & pro Ambito das outras cténcias. . portanto, tera de usar um método, que The seja peculiar. © método de interpreiar os significados dos simbolos amaxemos de método «dia eltdo, un anuloyia, lefinicdo do “4 ampliar o finh simbolizados, bem como o seu nexo @ redo res 1 ARTIGO 2 QUE = SIMBOLO? que servisse im, entre os sinigo: Era eo pelo meio, ca a como um sf omeveiais que se ymbolé, o, A mocda usada Desde logo se v8 que os pint se p a espécie, MARIO FERREIRA DOS SANTOS revela um Mostremos, pr alguns b emprésa — tados em seus es: tencio — q jende fazer mostra —~ que ¢ ap indicio — que ¢ apes cimento, como as al € tudo 0 relacdo Ora, se 0 sin é simbolo. we era o sinal que os caval Déste modo se todo si a figura que indica uma intenedo, dis brazies, d im sinal alusivo ao pens mbém os usa vens que chuva, ete, SIMBOLO E SINAL que nos aponta euira cots e sinal & 0 gy YRATADO DE SIMBOLICA 6 » pelo qual algo representa 01 Dai decorre que o sinal 6 sempre de a coisa signifieada, e que depende daguela que pas que al sev sm quando representa a raziio de convenién- fio mio & uma tmayem, O sinal, que 6 imagem, é dividido em stnal inst 1éle que, p ta ontro que éle, e 0 sinal format (conceito) é a participagio é 5 diferenca especifica do al, ¥ © que estu Sobre 0 simhal que passaremos a analisar e justili Jas, sintetiai a) Poliss aptiddo a se seferire bolo pode ser déste ou dag ferido, ano, dos 4 Vomos topo de um Apresente 2 ©) grade signifieabilidade a um simbe a) fusionabiiidade — com o simbotizs ecde freqiien! Todes os favtos sio ibstracto, Dessa fo TRAYADO DE SIMBOLICA v isso, tenlia maior yalor que o simbolizado quanto a existen- cialidade, pois oportunamente limitaremos seu ateance. © simbolo nao esgota a existencialidade do simbolizade. Ape~ nas se refere a éle, No caso do conceito, a existenciatidade déste é en tro, em nds. O exquema abstracto, que & 0 conceito, nas uma caplagao do esquema conerelo da cofsa, no que cla tem de conium com outras. Negar a aulonomia existen- cial do coneeito esquemia concrete do facto, do qual le é apenas win esqque- ma de esquema, wn esquema abstracto. © nao tex compreendide bem claramente éste ponto & que levou muitos fildsofos a situagdes insustentveis 1 Fie sofia, hh) Fangio simbélica — é proviso distingnir claramente » simbéliea do simbolo de @ funedo meramente sig- . Esta ¢ apenas indieativa, esta aponta. 0 simbolo tem uma fungio analégica, explicadora portanto. 0 simbolo oferece uma vfa explicativa, como ainda veremos. © simbolo ¢ assim dual. Néle ha: gio intuinseca, que revela, afinal, un ponte de identificagdo com 0 simbolizado, 2) uma parte ficcional quanto ao simbolizado. Passemos agora A parte analitica do estado do sim- bolo (1). (2)_Em nossos trabslhos de temitica @ de problemitica, teremos bportunidade de nos referir & seve de Ockam, que considers os conceitos ‘come simbolns, ¢ nfo como simbolizados. Sem discutir ainda as razbes fe Ockum, quereinos, por ora, Iembrar gue o coneeito, como simbo- fizado, o € quemto ao homem (na order gnoseoiéuica postanto) © no quanto & ordem Sntica © a onsol6gica dos séres pols, neste caso, 0s coisas, cone esquemas coneretos, s40 simbolos dos esquemas come ‘moilus quo, como esséncia, como factar de universalidade, que corres ponder és formas ou idias exetaplares da ordem teolégice, como vemos nas obras de Teologia e de Problemitica TEMA U ARTIGO 1 A GENESE DO SIMBOLO ndo © esquema bioligico da adaptacdo, que lis mossas conceped 4 presenca dos faclores emergentes so 0s b 108 € 08 p ores predisponentes (extrinsecos), que cos ¢ os histé génese do s dos faclores da vem os “esquemas si ano & corpo KATADO DE SIMROLICA » fuclores psicot6: Os factores biondmicos, emerge 0 imaplexo corp propriamente em fio soma © o ema como res emergentes tom do, assim, 08 f nergencia, que realiza uma a nente ser as formas que se ussemelham as ¢ mas (intentionaliter) jeclo), © “0 MARIO FERREIRA DOS SANTOS Para 0 idealismo absoluto, 0 conhecim: em esta tolalm ionado aos as, pois aquéle néo poderia assimilar seni fesquemas que jé tem, Mas es histévico lerar 0 papel estitico, como pe tal 6 influido pelos ceiro graus, re: Véese, assim ividade adaptadora, o equil pode ser apreciada como: — como a concchem estaticamente certas VRATADO DE SIMBOLICA 2 ste » meio, provecando au- 10, no intuito de Come processo, temos: a) acomodacdo de esat seus es Dessa aceio muiltipla, surge a activ noscente, na relacko entre éste © © object & cognoseivel pelo co iseqiientemente, nao taliter, se refer da totalnente, nheci (Wass, dos apar fagnéticns as quais temos esquemas 2 MARIO FERREIRA DOS SANTOS sométicos, Nao conhecemos diretamente, Ges eletro-m , nas seus simbolos) A adaptacio exige assim um equilibrio (@inamico, dia- si, as vib mento exteriori gico como ne p por formar we estructura, biolégica. fsse desdobramento resultante do funcionamento da Go gero orizagio do homem, e # emerge -spirito”, que constitui uma nova ordem (relacdo en- todo e as suas partes, e dessus interdependente da organizacao ‘mentos esquemiticos podem pertencer a virias tensdes, quer sejam éles féctico-noéticns, 4 Resulla enire ésses € as coisas, funcionamento duplo, que gera: pen pela adaptagio dos es b) este o das coisas pelo organizarse do pen- sar, dos esquemas generalizad Dos factos, capt quema f ico da haecceitas, da eccidade da singularidade, to, O esquena fictico a el ema fictico do livro, que esti aqui € agora, quema esti condicionado pelos esquemas aco- izacdo psiquiea, A que temos le, assim, oduto de uma emergencia da organi- 4 ¢ da _predisponéncia do ol jor aguela assimiladas, mas intencional- jemas ge- ber, que ¢ um 6 estrueturado a cooperacko dos jtiva, para 2 qual j ssquemes generalizados, isto &, dos ticos, que permitem ordeni-lo no pen ¥ como toda essa actividade & c+ intuigio, no estado minh mos, realizamos dee he nexos, formando-o tructura esquematica, come ja o havia ex posto Kant, quando se referi as puras (a priori), que actuam na estructuracéo da no: Portanto, a nossa experiéncia est quematiea que possuamos. A experiéncia rente de a de um homem adulto, todos o sabem. Neste caso, torna-se facil compreender 0 papel da “cosmo’ experiéneia, porque, segundo a esquematic viduo, © aquela que tem em comum com um 1, ou todo um ciclo cultural, permi que a estructuracio, formal portanto diferente, hi de a de outros séres. assim, les afirmadas pelos que t peram na estructur: postas pelos 1 se duas variantes importan is excessiva que for, ie que forem, ficeional, funcedo do como si. procuram actuar como se fossem 0 ob- isto é, os esquema Manio KA DOS SANTOS ica ou apenas estereométrica. lista, porque, de certo modo, © que conhece &o correspondente psiquico #8 mudancas de poten- conhecermos as coisas, ir com elas. vemos oportunidade de mostrar no nosso livro “01 os defensores du onivocidade es de cade posicdo estudamos SIMMOLICA TRATADO 10s copazes de ver re ela e nés deve haver mar ésse onto, pois, do cor se torna as, tas € le, a éste ou ag 26 MARIO FERREIRA DOS SANTOS tem 0 facto notas, que se adequam a outros esquemas. Como sobre @ acomodagio, e neve Estamos muito a acomodacéo, temos 0 simbolo. E nos casos de equilibrio dinamico, temos a inteligéncia or ou menor do fat Um exemplo do segundo caso logo nos clarearé 0 fun- cionamento da simbolizagio. Estamos P mos o mar, e vemos uma mancha branca no horizonte, “Nao”, responde outro, *uma ma nota que pode ser de harco, de vela, de onda, de famaca, de navem, teza, un igéncia do facto, Os quatro assimilnram mais do que acomodaram, pois assimilaram a esquemas virios. na sua accio de ¢: neionamento, e também 0 do nosso co quer ao esquema, sem a necessiria mesmo. acomodacio actual As coisas fazem de conta que {fantil mostra-nos bem a génese do simbolo. O sim- bolo repousa sobre uma simples semel entre 0 objecto presenie (na realidade ou no espirito), que faz 0 papel de significante, e 0 objecto ausente, o de sigi licamente referido. ter uma analogia de atribuigdo Do contririo, € metafora e 9 outras, O “faz de Mas © simbolo preci inteinseca com o sin simbolo. E nao pode ser convencional ou arbitririo, pois, do con- tririo, é ape ‘io tem a caracteristica especifiea & diferencial de si imbolo distingue-se do sinal. 0 sinat rio ou convencional, ou in- (© simbolo & apenas um ihanga_in- Por isso, 0 nifieante 4 fcante por correlacdo, en significante motivado, representando uma sen seca com 0 significado. Podemos enunciar, 0 semis, que simbolo é tudo quanto comodardo actual & presenca désse 0} de outro, ro, com o qual ow ji analogia), ¢ por meio do qual queremos transmitir pressur essa presenca ndo actual no 4 H& necessidade de alguns comentirios esclarecedores. Dizemos jurlgamos ter, pois em muitos si de uma semelhanca Assim, que 0 ser é Py MAO FERREIRA DOS SANTOS operatio (oper volvendo em si mesmo, rentes em cuda instante. © ser pela esfera, como e religiosas ¢ pretender mos! dar-se a par da imutsbilidade, pois a esfer tantemente de Ing: © ocuparia com plenitude. nuda cons- , © sempre bolo reproduz, Mus a apenas reproduc ‘a que nem sempre & No rest Lolo tem tual para quem 6 © sou autor, © simbolizado. © simbolo re- em lugar déle, Da uma visio yrna-p presente por outro. Ha exemplos dade do ser retere-se, como se vé em “Ontow logia © Cosmologia", & sua essénecia © existéncis, que, nélo, se icenti- ficum (8 forma), © Ser Supremo néo & mais nem menos, nao com rhece aumentos nem diminaigées, @ o maximo eo minimo de ser, porque menos que ser é nade. Os séres que 380 do Ser, mesma ‘quando davim, quanda conocom mutagSes, estas slo eer, porque feuando um ser delsa de sero que & hi 0 surgimento do wn ser ‘outro, @ ago ume queda num nada absolute, BE, portanto, sempre a resenga do Ser no que devém, porque o devir & o devir no Ser. Na “Ontologia”, iste tema fol devidamente examinado, Nostan referén- cia 20 Ser em sua plenitude sia sempre simbéliess, até quando ra~ ionatmente construkdas, porque captamos o ser analdgleamente, no sentido que consideramos a anslosia, © que evita, como vimos naguela obra, a crise que se quer instalar entre posicies como a de ‘Tot de Aquino © a de Dans Seot, que sho dialteticamente concilidv lum ao afirmar s analugia e o outte ao afirmar a univoeidade. YRATADO DB SIMBOLICA 3 flidade do simbolo e do simbolizado, como se parte exotériea das religides, Lembremo-nos «la eruz de So Paulo, gue era apresen- lo vivo da presenca real ¢ actual, portanto, (Quando estudamos a teotia das modais, na “Oniologis”, apon- ‘amos para a tacto de que 82 arcitarmos a posigio de Suarez, a iéia Ga confubstanciagio encontra, ne teoria modalista, wa fundamento para o dogma da Iuteia, Se fér bem compreendida a desproporcio- palidade que a entre 0 aceidente o a substineia, pois o que econtece ‘com a substincia (0 aceidente) no é tudo quanto the pode aconiocer, fa distingdo que se pode fazer entre um e outro 6 wma distincso real, pois tom o accidents, como a eubstiacia, uma essencia prépria, B em- Thora niio sojam les, agui e agora separavets, podiam-no ver, desde que se admita vin Deus ormlpotente, no sentido que da 4 omnipoténcia 8 feologie catéliea, Neste easo, 3 consubstanciaeo on a substincia com ‘aceidentes desprapareionsdas, como 0 caso da histis, que seria o corpo. {Ge Cristo, com os aecdentes do pio, no é umn absurdo filosét fembora se possa discordar de certne atirmagées teologieas, 6 da digni- dace do fildsoio examing-ias, e nfo rejeiti-las in tonine, sem ums exe sme mals detido. TRATADO DB STMBOLICA a 1 westo ou tm objecto representa para o stjeito otra TEMA tt isa qe 08 dados perceptivos §3—Do oem que a bre o mundo ex sant ‘mas a uma generalizacio bem visivel. s melos para fazer durt prova do poder ge- pelo novo, hit rianga age v ARTIGO 2 COMENTARIOS PSICOLOGICOS A SIMBOLOGENETICA r dos esquem acomodacio dos esquemas ja adq os objectos. # uma generaliz: jovas aetualizagies. ‘As generalizacdes sio indispensiveis 4s combinagées (0 de novas esquemas se ‘Ges, Niio nos aparecem 0s jis superiores, A elabora da na ocasivio dessas generalizs t@nomas, mas 10 produtos de como hem 0 demonsira Piaget. ludus sim- se proton: encontra-se sempre um elemento de im \ductora, é pois o fi ser, pois 0 si sempre o semelhante, e éste, por sua vez, repete ros. Bsse pr io funciona como sign te, Nas fases pi é da como simbo vidade, na me tende para a repe- ‘08 esquemas, a medida em que progressivamente. ‘observa Plaget em seus livros, eujas or nés combendisdas, a0 Tado das de outeos, neste ximas s¢ el nos graus mais primitives do de: vimento, dispse de 8 MARIO FERREIRA DOS SANTOS 14s formadoras de conjuntos que exereem sua acco, © formam uma totalidade em planos diferentes no espirilo pensante substantive € ordenador do homem adulto culto. .0 é valide tanto pare a erianga come para © homem pri mitivo” (Katz). E aerescenta: Dois fendmenos estranhos, que casual numa forma unica, © adulto compreende que os dais pro- cesses nada tein que ver entre si, que, na realidade, anga, © intelectual sensivel © 0 volilivo emolivo nao se difer ja, na conseiéneia da eriamga, das tota~ ivas (VYolkelt). O desenvolvimento vai desde terizagio da vida primitiva é valida também ps primitive (Ka Assim se 1 6 tema tao comp preende como os yes xo do pensamento primitive Wvos elementos sio do pensumento magico, em térmos dialéeticos unilateralidude daquéles que © querem ened nnossos primitivos actuais, © que constitui tema da nossa *Noologia Geral”, § 6 — Os factos singulares, captados singularmente pel: nea, através dos esquemas do sensirio-motriz, tituir esquemas facticos singulares, que conservam a indivie Gualidade dos elementos, pois se referem a una singulari- dade, Quando a evianea os acomoda p: imilar um facte cla o reduz aos esquemas anteriores, dand a singularidade. l’slamos no ante-conceito, po ico de um esquema faction, as fase ent alguns @ todos, me alguns, e muito menos entre lo intencional, que se refe: i facto sine wr, 6 dudo agora a outro facto semelhante, A erianea ude a denominar, quando j4 us a palayra, com 0 mes KATADO DE SIMBOLICA 38 ne refere a uma individualidade, outros factos. ifiear com a sombre de wma determinada ntuitivamente caplada pela erianea, Quando es- asa, pode ela considerar aquela sombra como » penetrado no Local. Demonstra assim que ela nfo distingue a sombra que e apresenta no quarto da sombra da arvore, por Ihe faltar ems eidético-nodtico de sombra, ainda nao formado. usa, © ante-conceito (neste caso, a “sombra desta Srvore") para upontar a nova sombra que surge, & qual cla aplica 0 mesmo contetido. Este anle-conceito permanece a meio caminho entre a do conceita © » individualidade dos clementos aos quais ela se refere. A generalizacio do ante-conceito, isto é, a sua aplicacio a alguns, e post wente a fodos, & © que o estructura como conceito propriamente dito. Essas transducgdes se processam fundadas nas an: tas, ‘Temos ai, patente, 0 eardeter simb ducedes, o gue se di por falta da gener linieo, eomo esquema Fai © referido pelos factos que apresentam piiem © conceito. ica 0 juizo, pelo 1 comparada, © se houyer assim passa a ser elassifieado no conceito, da abstracio, realizada pela les © os eseolas- ticas, ¢ que a psicologia moderna explica analitic com maior abundancia de pormenores, § 7 — Mostea-nos muito enquanto @ propria percepeio deve interpretar-se em trmos de inteligéneia, Tada pereepeio 6 w 30, um trabalho sistem: io e de organiza go; € a inteligencia no é mais do que uma complieacio Ht MANIO FERREIRA pos. SANTOS A. pereep uulada, que parte do sujel- ada pelo estimulo igo autd aceessidade de sich” (con A poténcia revela-nos a finatidade, 0 que mera imagem, mas algo mais do que © abjecto meran E tal caplucdo depende de esyuemas eidéticn item assimilagdes que ndo se processam jo sensivel, mas alravés de oul que estio na base da eriaclo das for- ja para as erincdes d 0 Sune} ier dizer, © movimento segt lagos, my as interferéneias désses mecanismos 1s, cis 0 que dev acées humanas’ Rayer, a andlises ofereci- ive, que esti oncepeao nooldgica each dos pela conjugagio des on trucluras, & suficiente para explicar jo. complexidade esquemstica do ser humano, que & as x ‘MARIO FERREIRA DOS SANTOS tiva, cujo vector ¢ Por isso, pode 0 clavecer je para melh Inroversivel — da factividade; compree! ade. Mas us op nos executi-las, part como do inverso, 9 que re- os » por sufic 808, dos gi igides, e dos fi nese éles di 4 segundo 0 is le ys elevado dessas experiéncias e dessas es a 9 mesmo, embora difer apenas insuf imbolo e de s SANTOS TEMA 1 0 MARIO PEIQQIRA DOS SANTOS ca admite que ¢ o mesmo, ana in revele difereneas. & que, na priiucira fase, ini crianga, realmente, éste proceder: sua afengéo fixa-se mais sobre 9 semethante, © homem primitive tinhe, para sobreviver, de prestar mais atengso as scmelhaneas ¢ secundariament cas. Nao que inluitivamente no as eaptasse por ig aioli + atendendo & conveniéncia da vida (lese pragmatista, conereta e segura aqui), era obrigado a cuidar das semelhaneas para guiar-se ante a heterogeneidade dos factos. Para a erianca, a semelhanca & a presenga do mes- mo individuo. © primero esquema fietico provede, ex valizador, serve pura gencralizar facios diversos Thantes. Esta é a prin da razio, despojadora das diferencas, para lerminar no con ide das notas imprescindiveis essenci até aleangar a obra acaba da rv, 0 tanec despot e toda capa hilética, de toda fa squena alone eu eonjuntos esquem 1s mais yerais, Essa 6 a arcdo despojadora, anti i ‘zante da razio wRATADO SIMMOLICA a al do que na singularidade do facto bsteacto, — pois s6 se considera o sin- elo ao qual esta se~ rabstracto, S60 homogéneo 6 assi A assim no esquema pathico, — como jar ¢ tem singularidade, apesar da acco desp de. porque, ao querermos red vente, 9 defieiéneia dos da sua helerogencid © artista, como afeetivo que 6, tem de lancar mio do bolo como meio que Ihe ofercce suficiéneia eapaz de ansmnissio, pois tem Ge uma grande eapacidade de refe~ rinein ao singular, enquanto o esquema abstracto, assinala- lo pelo termo yerbal ten-no menos. Mas como o artista (na literatura pelo menos) no pode deixar de usar jo a coordeni-los de mo esquematizneiio abstract ¢ possam rece- J, para poder expressar o que d meramente abstracto avs térmos, mas fietico, cin... aquela vi Quer «a simbolos por necessidade de expressao, se quer expressar \cao désses simibolos, niio entra apenas o consei- , intelectuslizado que mmbolos holo. Podemos enquadear a na- iro de esquemas abstractos racionais, Mas teve~ ue despojar os factos da sua he a que sejam éles simbo- riados pelo homem. Mas a na- ne MARIO FERREIRA DOS SANTOS Espaco, que estudar serva du razio. Bedi A ra vida a esque wo é uma mun poderosa do nosso desejain os racionalistas. Vése, déste modo, e preender os excessos di domina neldade bso que é a do ser, “em “0 Homem Em conelusio: 0 simbolo, na arte, como na propria sofia, na religido ete. é 0 meio de transmitir 0 intran: no intuito de ficante, ¢ tende a morre tal Teva-nos a tir o que & rel figabilidade. que a visio ca a a, como. vemos tem tantos simbolos religiosos e também aquéles que se re- ferinm a faclos que a ciéncia, posteriormente, tornou-se ca paz de clarear. Do mesmo modo o si ado, 0 € a os i precisam daquele. (© simbolo do conhecide torna-se sinal, 0 simbolo do conheeido contém em si o j4 contido. lo, exolérieamente conside- SIMMOLICA RIO FERREIRA DOS SANTOS que é de is esquemas, o qual rep) que © simbolo social € vi TEMA my dees MARIO FERREIRA DOS SANTOS deire pensamento platénico sos livros (1). como ja o temos feito em nos- da cipere e de part pere. Em seu sent outrem a 8 mente (totaliter), pois fotaliter reci totatidade algo (aliquid), Fin participar implica um receber parcial de outro (ab atio), 0 que par participa do participavel (participabile = 0 que pode ser reeebido) de outro, © participado, Participacao seria 0 facto de participar © particip do partivipavel do participad Estabeleeiam os neo-platonicos um adigio que foi pos- teriarmente muito usado pelos escolisticas, que é o seguinte: ido € vecebido segundo o modo de ser do reci- nv aid modum recipient nite ‘iv do seguinte mod segundo 0 modo de le veceber acima de tm in aliquo est in Em sumin, se alguém participa de algtuma perfeigio, dela parlicipa segundo 0 seu modo de ser, isto ¢, na medida em aque € capaz de participar, no grau que € eapae de receber, essa capacidade, & 0 prépria reci- piente, 0 participante, Um exemplo permite eselarecer. a sala, onde & exposta uma conferéneia sObre determi- ipantes. Desse modo, a parti- “Teoria do Conhecimento”, “Ontologia © Comologia” ¢ Crise", ¢, sobretudo, em "© Um e 0 Mittiplo em Plata te wrelarecemas 0 nosso pensamento sébre a filosofia ple TRATADO DE SIMBOLICA 49 into faeto de receber, ser proporcionada 20 parti- yado pode ser de maior grau de perfei- por Tomas de Aquino, e nenhuma objeccdo se poderia fa- aqui. Por outro Indo, evidencia-se desde logo que © conceito de participacao aponla que © participante reeebe ow parti- cipa de um participavel, que pertence a outro em grau mais clevado, do qual o participante apenas participa. Neste caso, o participivel em plenitude nao é do ser do participante, mas sim do ser do parlicipado. Apenas 0 p: cipante particip« de algo, ¢ num grau menor, que o pai cipado tem em plenitude. No simbolo verificamos 0 que segue: 0 simbolo é um participante que participa do participayel de um partici pado, que & por éle referido, que é por éle simbolizado. Mas & ésse grau de participagio um ponto importantissimo, Se considerarmos éste homem, José, como simbolo da hama- de, poderemos perguntar: em que gran participa éle bumtanidade? Ora, 2 humanidade ndo é uma entidade que seja seu bprio ser (esse saum esse), pois a humanidade no é um ente de per si, um ser que exista fora dé manidade nfo esti totalmente jade, dizem alguns. Rsse objeccao #0 nosso pen= ipueio do simbolizado pelo simbolo. procederia, poxque José nao seria ainda a Hue se © tinieo homem, porque nio exci os que 0 aniecederam ¢ José se é 0 Guico homem viso, niio & 0 tin que feve ou fem humanidade. humanidade, se nesse caso tem apenas win representante, José, continuava sendo, na ordem do ser, como ja vimos em fi MARIO FERREIRA DOS SANTOS uma perfeigao que se act zou alravés le seus representantes, sem ser nenium dies, medieval, o que é por esstnei tudo o que 6 por participacio. Assim, nero € parlicipado pela espécie. Thomem animal racional”, éte participa aa, difere icipacio que se pos ‘ participacde por comp na dualidade de um recebe- um elemento recebide (par echido, O que é reecbide o & segundo ¢ modo cipiente, Em lal caso, 0 recebido toma a moda jeito recebedor. perfeito do que ste ter’ os limites te, pois no pode recebet claramente qu ieipact vargiia formal, Neste caso, a essenci, jo se encontra no parlicipante na pleni 32 MARIO FERREIRA DOS SANTOS composig&io de animalidade e racionatidade, como se no homem se desse # con} raciouel. © racional j& contém a an ¢ia humana 6 considerada como wma u dade, © ass Quando um ser pertence a outro de pavlicipa, Assim diz: cipa do animal, porque éle néo possui 2 indo tod Pelo eso . da forma; pois dental que, €e per si, so al sujeito, que o ar participa da luz do sol, porque nio a recebe com todo o brilho que ela possi no sol Neste cuso, a espécie é substancialmente idéntica ao ge ipa do género por nfo possnir cla a raze generalidade. rticipacio por similitude mente a de composivi que no easo da simbé se evideneia, até no pe bent compreendide pelos + a composiedo entre 0 suj ale participa. fe Cle parti- ero, amas aio em toda THATAL be sim 0 modos dife- pante é parcialmente o que outro & em plenitude. Em suma, estudaremos @ pa a de outro, em “Ontologia & 106 ser per partie parti fo participa de nenh foi o qne jit tivemos oportunidade de v Cosmologia", Desta forma, todo ser 1 cipationen do Ser. As perfeigdes alribuidas ao Ser Supremo sio participa veis pelos séves finitos, como o participante participa de participével segun- doo seu gran de ser, c éle ¢ finilo, esta ps 4 nlemente, £! reviores, & proporgio Ja no Ser Supremo, que nas religides é a divindade, Essa antecipaczo, que ora fazemos, 6 apenas prepas para melhor compreensio da nossa mancira de vis (2) 1. B, Geigor — “Le pacticipation dans la Philosophie de 8. ‘Thomas aAguln", pag. 52 ot MARIO FERREIRA DOS SANTOS verificar nos si cr tal, © pode ser © simbolo revelm casos 6 eriptico, oe itado, © im jevfinquivos, para aleancarsse aquela de que o 5 final desta obra, mente simbolos nos diversos seetores, mostrare Jiea, isto é a alguns casos, vimos dar-se no iiplicidade de simubolos, lissignifieante, porque pode refer les das quais Ge part TEMA ANTICO 2 A PARTICIPACAO NA ORDEM LOGICA E NA ORDEM ONTOLOGICA Gis, redu se fivermos um pens: a coneepeno pla ‘dem das for par da forma é participar do ser, nfo que se fez entre platonismo e neo-platonisme (que citavia a partieipacko na ordem do ser) & apenas aparen- te, porque essa gio, diplice por ‘omnis de Aqui- “No conhevimen- usa de uma dupla abstrac- to da verdade, 10, Pela pr ras matem: le, no Wridingu se eneontea 0.0 frie, ou a) hida pelo nosse jversal seni por ex, em quale é MARIO IMBLLA DOS SANTOS. Iuos) de uma ou dois O Komem, considerado como universal, segundo a espe cie, & necessirianente i Tambem, realidades matemtiens féssem interme pécies ou idéias, ¢ as rei famse dis realidades sens less interpretacdo de Tomis de Aquino vé-se para éste, as idéias platoniens (formas) nascem da pro- na realidade, dos objectos correspondentes, nie so- mente ao nosso conhecimento em geral (como seria as rea- mas, sobretud Na vordade, correspondem a I rieas ou mera proporcior meros em sentido meramente ati de comparagio. isto & de Bsse pensamento platénico, que encontramos disperso em sua obra, & pi mpo da geometria para aleangar 0 das matemilicns superi Esses arilluno’ ja coresponderiam a umente seria a seguinte: das formas aleancar-se-iam as estructuras ontolé- givas e, dessas, os arithmoi an pos, que constit wars dicariam a lei de pro} seen dos séres corpéreos, imilariam éles as triuda superior, eujo ponte de n as formas (0 11 necessidade de salientar ésse ponto p compreensio da participagio em sentido pl 's de Aquino consideraya como yenuin: 1. ¢ €sse eselarecimento, que per ora propames, nas ausiliar, por acasizo do exame dos simbolos, methor compreensie da sua E Hnalmente nos favorecerd para mle, que © pensanicnto lomisia sobre a participacio ais pareialmente pitagérico, 0 que provare- 4 paren estranha aos to- nas platonieas sfo fundadas em estructuras on- No mundo sensivel, correspondem-thes as estructuras 208 arithmoi mathematikot. Por isso as coisas ni” as formas. weetio & proporcional ao ito da avefo, as veis, por screm sensiveis, reproduzem as for- er, que é sensivel; e, con- fea, que 6 geométriea, & por 2, a qual corresponde a uma estructura ontoldgica, n ontolég cordem do ser, apenas eaptada por nés logicamente, nod! camente, © proporcionadamente 10 nosso espi Uma est iva ofeetiva-se porque éste ser (lave), onde ela se ua, esti na orden do ses, portanto na ordem Em ppotmenores, pes sera. E30 ot or niimerc:", nesta obra, voltaremos a Gele tema, st MARIO FERREIRA DOS TOS 6zzica, e como indo © que ¢ (ser) perience ao ser, no ser 1, @ pode eopiar énticamente ira onto logica, que é do ser, E tal se di porque este ser singular {haee) nao se afasta totalmente do ser, pois, do contrario haveria ruptures no Ser, gne colocaria © pensamenta em aporias, que platon Aristiteles, A espécie & univoenmes 10 forma, © da espécie na singw incor neira, € corruptivel a segunda, platonicas nfo esto submetidas ao devir, nem jento nem 4 morte, e Tomas de Aq ", refe fas formas separadas siio absol ©, por a: , a0 contririo, elas se encontram Tomas de Aqu ssereve estas palavras: “em tal ho- faz parte ‘a matéria individual, por e: Mas, mem separado ma — paréntese nosso), mada se en~ io seja da expécie da humanidade. Assim Pla- nein 0 homem por si, porque nko nem separado es rea humana pertence ae homen. weza, que cla dale deviva se que © pensamento de Tomés de Aq formas pla WRATADO DE SLM ‘ wo fe da md compreensiio do em que cousiste fio alvibui as formas, e como seria um. xamio-Io para semethante fisica, mas, © que Platio esta sensivel, A separaciio, nes cidético-ontolisico. ess separ mites de uma estraclura ontol apenas, mplesmente simple: nas distigguem-se ape 1 eonsiderava como estructitras on- no acto de ser, mas possibilia (possi- wito a imilacho, nas coisas sensiveis, No primeiro caso, as formas se na elernidade e, no segundo, as est ntiens se dio na temporslidade, sle ponte sera por nés_oportun 1s que as idéins excmplares de Di mits de Aquino, so, em suina, as formas plato Déste modo, as e ws no é esta par na verdade, a fo jsas sensiveis par a fo ima mera composicao, porque, o esta ma matéria da i (1) Para hipostasiar o homem, teria de the dar uma n ‘que € o aque expecitiea o seppositwm, 0 subposto, Sea 132 fase ipostasiad, ‘2 impevfeite, poroue existindo Cconetctemente, com naturess conereta, delxaria de ser meramente forme, para ser fiskeamente subsitente, Delaris, portanto, de ser uma forma (cides) MARIO FERREIRA DOS SANTOS vel, mas apenas é por esta imitads, ou nela esti por imilacko. A participacao, a meters, portant composieio, nem por accao d nao se proeessi por wna bre a matéria, As apenas servem de paradigma. Esta interpretagto do pensi esgota as possibilidades d oportunamente, Aplicando-a a simb contém seria a bolizado. Uma visio muito estreita do pens levari fo platdnico nos a considerar as formas apenas como projecdes dos nossa esquematizacio. Se aplicamos 10 shbre 0 que Lemos exposi até agp dos clementos que oferecemos nesta obra, e em outros tra balhos nossos, poderemos dizer que, quando se trata do nholo, ha sempre entre éste e © simbolizado algo que cor responde i imitacdo que, como vimos, po humano, por um excesso de acomodacio. Quando acomodacdo é maior que a assimilagio, capta- milacio nem de acomodacdo, hé no siv imitacdo. © simboto tem algo que é mesmo que essa imila: Platio di (forma esquemati rilo hemano co juemas noéticas abstructos, Pdi, © que correspondent onsirar que os eide nio sio meras projeccoes de eldola, pau nosso espirito, basta que mio os coufundamos com KATADO DE SIMBOLICA st cocterna, embore temporiria ou transeunte no mundo ronolépico. ‘Ve-se assim que o pensamento p reduzido a um mero idealismo, f tura do nosso espirito, por a st estru compreender que a clas eorresponde, ume estruetara dgiea, a qual nos & em sua r aproxima- tuimos das e4 se est nas coisas ou estructura ef fore mas que estilo any 1 re as colsns, © post ren em nosso espirilo, ou nos esquemas sensiveis da imayo oun clo nostic da universalidade suma, no pensamento platénico, & proviso distin Kilir 0 que passaremos a expor. ne: “pa ‘0 ste verbo receber indica uma pa mente haver recepego, sem composicde, mas upenas, que € propriamente a caracteristien da idolalria (fusio do namente. MARIO FERREIRA DOS ANTOS TENE ARTIGO 3 A VEL SYMBOLICA duas posicdes fundamentais do pensamento filo: Je sintese de Pitigorus, infelizmente tio el que as coisas imitam, E a inteligéncia dis prévia no cognoscente de esquemas mem sito as idéias, as formas (efde). hazinhas, 9s idéins das coisas que a ece. Nio seria o homen eapax de cox iso, ¢ esia exige a pricridade de # MARIO FERREIRA DOS SANTOS nada mais haveria do io, pelo facto de que 1o contririo, so be LAVADO DE SIMBOLICA 6 fem, mas sbmente a Divindade o pacdo apresenta duas espécies: 1) em que o predicado atribuide por participagio é 0 elemento essencial do snjcito: 2) em que o predicado esté fora da esséneia do sujeito, No primeiro caso, temos 0 ex, do género atribuido a sua espécie, e a espécie compreende, além do ginero, a dife- renga especifica. A segunda atribuiefo é a que se refere gs accidentes, quer sejam necessities nte contin= gentes. Assim, por ex., 0 esse, signifieando existéncia, & participado pelas criaturas como um elemento exterior sua esséneia, porque existir ndo é da esséncia das eviaturas, jas essas distinedes se fornam necessirias para evi tarem-se certas confuses que surgem nas obras de muitos osofos € religiosos. © homem participa de Deus, participa da bondade de Deus, nfo 4, porém, a bondade de Deus. Nem tudo que ¢ a Deus perlence & eriatura, por isso nao hi com jo entre Deus e a criatura, Neste caso, poder-se-in dizer que temos Deus, mas nao somos Deus, a niio ser que se dese ao Esse um sentido pute ramente de attibuigao por participacio e nao por esséncia, Compreendendo-se hem as distingdes que acabamos fazer, evitam-se as aporias naturais do panteismo, cujo defeito fundamental esti em confundir a ateibuii¢ao por par- ticipagdo com a atribuieto por esséneia, Na atribuigio por esséncia, hii uma identidade abso- luta entre sujeito € predicado, enquanto na atribuigio por participacdo pode dar-se, como vimos, a predieagio de algo ‘ue pertence a esséneia, ¢ algo que esteja fora da essénci Na atribuigio por participagéo ha atribuigéo por essén- cia apenas parcial, enquanto na ontra é ela absoluta. Assim por ex., homem é atribuido a Sdcrates por partick pagio, Isto ndo quer dizer que Séerates participe do ho- MARIO FERREIRA DOS SANTOS 1. & conseqiientemente par Nesse caso, essa perfeigsio ¢ & rejeitado, porque nos leva veis, passaria a ser at MARIO FERREIRA DOS SANTOS solo, Por isso, 0 simbolizado, bolo 6 hierarquicamente inferior se referirem a um sh através de HMA i ARTIGO 4 DIALECTICA DA PARTICIPACAO E DIALECTICA SIMBOLICA tava Tomas de Aqv de, que sou dle ser. o que a heterogen tivipa désse Ser sem que o sein A dificulda de poder compr ‘MARIO FERREIRA DOS SANTOS lo silo merumente for anece para né iva se mos escape. de, daa 6 inverse do que tende a leclive natural vez, para evitar a t ‘eiger 0 emprégo d “De Potentia” n), diz Tomis de esforga-se pecfeito. n exprimir Deus © conto no pode 2 isenl ap defeito. a Go de Deus ini MARIO FERREIRA DOS SANTOS que se encontra esse, por ex., significa les, mas que nfo é subsistente. Ap: conirario, expressa um ser subsisten- n outro, Nés colocamos, p ide de express: E por isso que is, nem 0 se cesso 6 uma mera d © silos pode expr je a dialéctica capta, mas 0 que ela p: cura @ a constatagio dos alean o sentia Toms de Aquino, em tica funda-se, portanto, naw ‘dade da inteligtncia, como um poder, cu ‘al € 0 ser. A unidade do ser afi do 0 modo de ser, ¢ & atrav 1 0 aleance ADO DE SIMBOL ca real ser imitacao Mas ¢ ne- eessii de. preciaedo de base efectiva, e que bras sio to reais como més mesmos, & pares. © absoluto & casio. oady feicio absolula. Essa participacio ¢ real e objectiva (1). (2) Qusnto & participagdo, € preciso eselarecer que, a0 par par algo de ums o siriemente daquela © u MARIO FERREIRA DOS SANTOS. conheeimento superior, emprega © simbolo como um meio habil para tocar na profundidade da alma humana, A nossa deficiéneia de compreensio ¢ compensada pela grande capacidade simbélica, € conseqientemente mi que hi no © fa fio ve bem a s su fuctos do seu jclectualizndos através Tal facto no revel perde totalmente, enco que © avassala ie © hom coisas, ea an de um vazio, de uma por deseonhecé-la, t prego da analog lo. wos Faw ARTIGO 5 SINTESE DA ANALOGIA cho te jemos: Quanto aos modes de signi analogia. ents — 0 mnie [strain versos séves com & mesma si aplicada # boi, cavalo. si “nos a um homem, em se mm. © mesmo quando empre= quat igo, quando aplicado a coisas 's que nio sdo nem propriamente idéntices, nem ecomple- tamente diferentes, Exs.: uma razio forte ¢ uma forte, ele. 8 conceiles aplieados aos sotos, de onde Nao que seja totalm trapassa-nos (olulmente, m1 de tudo, ent li pe : peemeavel a nés, pois é a or dale. 6 MARIO FERREIRA DOS SANTOS Nio podem ser untvocos, pois as realidades metatist- cas, &s quais nds os aplieamos, diferem dos factos da expe- cia de onde foram abstraidas. io. andlogos. dade leva-nos ao monismo, que admite al in ( Esta sintese que acnbomos de fazer disses anttepredica- tentos (assim sio éles ehemados na logic, por sorem pres ambulos e pré-requisitos para a ordenacio tos ou categorias), ndo exclui_a problemitien sobre a univocidade e a analogia, que é de magn: cin para os estudos ontolégicos, Ma do, que primeiramente trata fs © 001 nalmente, segundo a na nossa tensional, seguiremos, n outras partes, os mestos eaminhos, mas, para aqui, como. Le jicamente consideradv, um térmo & upiveco quando ica (aponta, como sinal) uma razio simplesinente uma, convenientem 2 istribulive (uram is}, isto 6 una conv livamente, a muilos (tm em mui tos), como o definem os esc A subedorin de Sa- lomio € a sabedoria de um homem experiente, eng sabedoria, em sua gilididade, isto 6, em sua formalidade, univoca, pois subedoria é sabedoria, ¢ nada mais. A uniyo- ente formal, porque a sabedoria e neste homem, consla de um saber quantitatis vyamente diferente de outro, pela soma maior ou menor de conhecimento que um tenha em relagio a outro (1). (1) Estemes aqui mune univocitan secundum nomen ae rationem, ‘que & uma univocidade de quarto grau, a menor para 05 excotatas, LICK n RATADO DE SIM mos que um lérmo & andlogo, reconhece- ‘alo que se assemelha ao analogado e algo que se diferencia. Anulogia é portanto, sintese do semelhante e do dife- rente, Todos 03 entes so andlogos, Mas ha graus de analogia. Distingamos: | de atribuieto extrinseca { guantitativa anatogia | 2 Melo ntrinseea | quabiativa mm a ve relagio fe proporeionalidade s [seam {tense Ha analogia de atribuipio intrinseea, quando 0 anélogo (témo, coneeito, conjunto simbslieo) convém propriamen- te a todos 08 objectos que designa, embara adequadamente em certos casos, inadequadamente em outros. Exs.: 0 acto existencial ¢ misto de acto ¢ poténcia, & hi- brido. Acto e poteneia so aplicados a Deus e as criatu- s, analogicamente, por atribuigie intrinsece. 1a analogia de atribuiedo inslrinseca qualitatioa entre dois medicamentos que servem para o mesmo fim, _(Tam- bém pode eonfundie-se em certos casos com a fumefo, mas 6 quando tomado dinimicamente). Ha analogia de atributigao intrins dois objcctos de quatidade e espécies diferentes, quantita vamente iguais, como, por ex 0 mesmo péso, Assim 1 quilo de papel ¢ 1 quilo de aeticar. Ha analogia de atribuiedo extrinseca, quando usada em 10 nem eqiivoca, mas apenas por Wans- jo de um sen- quantitativa entre posigio em consideracio metaféviea (substituic tide exterior por outro, que apresente semelhancas mero mente caleriores), Um homem risonho, alegre, © wm jar ddim risonho, alegre. Um elima ngo saudavel, © um homem rio saudivel, As meliforas sio verdadeiras analogias, quando nao disparatadas, A metafora pertence mais k es tética do que propriomente & Metatisien. A analogia de proporeionatidade ow de proporcdo & a que existe entre coisas lotalmente diferentes, mas que apre- sentam, cada una, certa similitude de relagio (analogia de relagio), ou de funcio (analogia de funcio). 3 MARIO FERREIRA DOS SANTOS YRATADO DE SIMBOLICA ea ala esquerda de um exé Hiei, a © ser & portanto, andlogos 2 entre muitos, os omesne {é inclicuct ___ f leente abso { lferente cbscluso iene Tosofia, a0 MARIO FERREIRA DOS SANTOS Xo semelhante, o distinto & menor que o igual; no dife- rente, distinto € maior que o igual. Conseqiientemente, © diverso é ora superior ao mesmo, ora menor, segundo cor responda ao distinto ou ao igual (1). Assim, a mesma proporgao corzesponde as polaviza- bes do diverso ¢ do mesmo. A andlise analégica, que se processe por éste esque- ma, exige proviamente que os factos @ serem.comparados © analisados, sejam antes classificados dentro de uma das es- péeies de analogia: ou a de atribuieko intrinseca, ou ex seca, ou a de proporcionalidade, ou a de fungio, ete, ‘Nem sempre se poderi aplicar plenamente © esquem: Por exemplo, basta aponlar até o distinto © 0 igual, par logo ressaltar um ponto de identifieacko. Hai analogias nas quais é dificil encontrar um ponto de identifieaeto antes da identificario do ser, puis, como ser, todos os entes se identifieam enquanto ser, como nas analo- gias de atribuicio extrinseca. por exennplo. © verdadeiro simbolo é andlogo por atribuieZio a0 sim- olizado; conseqiientemente ha um ponto de identificagao. € essa identificacio que realiza a comuhio nos simbolos eas. mania identifieagio mais profunda, que é 0 cardcter n o des no i logado, deve haver uma identifieacio m: anulogante, ja se dispde o espirito a vencer 0 distinto, o di- verso, o mesmo, € a aleangar 0 idéntico. © ponto de identificacdo se apresenta na univocidade que a analogia deve conter, pois 6 ela, do ponto de vista 16- (2) Empregamos o térmo iguat tanto em sentido Intensista como -extonsista, PRATADO DBE SIMBOLICA at ico ay eomo Mas, ontologicamente, impée-se agui um esclarecimento que nos eonduz a uma das mais demoradas polémicas na fi- losofia: a travada entre lomistas e escotistas sobre a univo- cidade ¢ 2 analogia, cuja andlise su clusies que robusteceriio a nossa posiedo em torno aa, cujo método de emprégo & haseado na decadiatéctica noglica, que jf funciona com a simbélica, como passaremos a yer, € que abre caminho a uma visio tensional, eapaz de dar uma collatio das das, € que nos possa libertar da crisis em que es da a filosofia moderna. fa sintese da univocidade © da eqitivocidade, ANALISE DO TEMA DA ANALOGIA Os que defendem a analogia no ser alegum a sew fa- vor que o ser finito é tio dissemelhante do infinito, que entre fo ser do homem ¢ 0 de Deus, hi apenas ume znalogia de proporcio, Nao € de admiirar que se afirme haver uma incomenst- rabilidade entre nés e Deus, pois ha ineomensurabilidade entre o que se dit agui, como entre 0 didimetro e a eireunfe- ronela, e nas proporgées dos niimeros de ouro dos pitagoricos. 0 infinito nao tem medida; 0 infinito ¢ medida quali- tativa do finito, Essas medidas nio so univocas, mas andlogas (de par- ticipacio), afirmam os que defendem a ani do ser. Xa analogia, hi a porticipagto do analogado pelo ana- logante, € tal participacfio indica a identificagao mats re- mola ou pro segundo © nosso esquema, Na ordem na orden 0) por abstracio, construimos, par 1s coneretos dos faetos, que os eapta- mos apenas como qitididades nostieas, xeduzidas a esque~ mas eidético-nosticos, Nesta maga, por sua ver, 0 set esque~ ma conereto participa do esquema essencial da magi, pois cla nfio esgota us possibilidades desta, mas apenas um sector 2 MARIO FERREIRA DOS SANTOS dessas_possibilidades, da mesma forma que ésses irés ‘vros no no esqquema conereto de trés, us possibilidades coneretas do es- quema essencial trés, que € um pen: odo ser, e que pode, coneretament em Irds cade esas, ete, icacdo (pura empregarmos uma expresso hem avie' niana) se faz por participacdo. Esses livros sao Urés, 0 tes hi ncles, concrelamente, nao estd néles, porque o arithmés trés, néles conerecionado, é participante de iréy como av thinds essencial (esquema essencial) Portanto, ha nesses trés livros wma analogia coin Wes, & uma analogia com Irés mesas, cadeiras. EF. sio éles analogs Porque participam do mesmo esquema essencial; por isso, na ordem onloldgica, a nalogia chama-se participacio. Ora, todo o ente finilo participa do Ser, esse parte cu- perem, de Tomas de Aquino, pois o Ser Supremo inelui todas as perfeicdes em sua mais clevads e acabada realizacio ow lades, pois tudo quai fe conten tidas Este ente finito, Por isso, entre o ser 1,ou melhor entre o ser eriado ¢ 6 Ser Supreme, eriado ha apenas uma analosia de proporedo. Cada ent parte dessa como sabemos, na eseolastica, 0 acto é a perfeicdo da po- teneia; © que é uclo é a aetnalizagio de ume aptidao, que enquanto tal & imperfeita que ha nile Se consi costo e per Tn se assente”, entre e uma, pessoa ne~ ceadeira ¢ aquela, 0 conceilo, que ne las & comum, porque nelas considera apenas aquelas notas que tém ‘oco, Ou ene outras palavras, he univoci al entre essas duas cadciras. Nelas, es be sim 5 une os ddeira, aquela de iuetal, ete na cesta identidade lit, deste moo, -e Gsses objeclos, identidade par- terogenea, laridade que o diferencia dos ontros, Tudo quanto é heterogéneo & ainda ser, € nio apenas o que ha de homogéneo, © que nao se veriti- cava no exemplo anterior. Nao ha, ai na que express, porque se considerarmos que st parte dos objectos (isto ca de sex tem uma representagio parcial), as notas he terogéneas setiam extrinsecas a0 ser, ¢, neste caso, idénticas a0 contra-senso. Portanto, coneluem 98 tomistas, 0 conceito de ser & ape- nas proporcional entre os stres, niio € univoeo, mas apents endlogo. Mostrani-nos 08 tomistas que todo conceito univoco pode 1 expresso por um térmo abstract € por um térmo co: ereto, 0 Lérmo abstracto expressa uma abstracedo “formal per ex.: dureza, Expressa éle certa forma ou qualidade, isolada do seu sujeito (exprimié subjectum sede non totum). Mas quando digo que esta easa é verde, considero-a dotada do cér verde, Indica 0 sujeilo integralmente (a casa), mas fica-o por uma de suas determinacdes (exprimit su- lotum, sede non (olaliter = expressa todo 0 abjecto, m totalmente), 0 térmo conereto. O térmo con- creto expressa © proprio sujeito afectado de uma determina cio particular, £ 0 resultado de uma abstraccie da sdbre o todo, Quando digo “negr: to &, efec vo-me a um certo sujeito dotado da “negeura Posso prediear o Lérmo concreto do sujeito, mas o ter mo abstracto nfio pode ser predieado do sujeito. Posso di- zor que éste homem € negro, no posso dizer porém que éle & negrura, pois nio posso considerar a parte como idéntica a0 todo, © térmo ser empregado expressa_ sempre 0 sujeit mente e sob todas os aspectos e relacdes (estprizit su a MARIO FERREIRA DOS SANTOS folum et totaliter = expressa todo € totalmente 0 sujeito). 0 ser, por abstracto que se queira tornar, nio exelui, a0 separa, niio isola um aspecto parcial do sujeilo; dessa forma, r al e a abstracgiio formal se equiv iste ow que éste livro & sua existé o ser ento, uma determina ho dis mo quando considerado Iogicamente, dos outros, pois quaisquer das outras determinagées sio in- trinseeas e formalmente Esse 0 aspecto misterioso do real, unidade na diversid: de na unidade, Quando conceplualizamos a idcia idéia, mas confusa (de confundere, de ser néo quidditative, isto & exaust que fvonélicamente se 0 tivéssemos, por fusiio com éle, nos poria cm estedo de beatitude, 9 que, pelos tom \do nesta vida". (Nossa “Ont 75,85). Um mais apr gia, do funei na, mostra-nes que construimos, poi lurados, correspondem a fundamentos re Ses how alenedo & conceiiuacdo lei ipa experimental, pu nsiderar tos s¢ entrosam Aes, enquanto lais, oulra distined » como os séres se analogem exi ns aos outros. , ends, hi alguma coisa em comum, seatia-o Goethe, porque, do contririo, como poderia co- KAYADO DE SEM mo tal, no se confunde com outra, pois & apenas el icamente distinta, coma também o & absoluto nao é algo que se se} r, pois o que individualiza, singulariza, ¢ da wni- cidade ao ente ndo é um ser fora do ser, mas no ser, apenas 0 arillimés, © conjunto, 0 « unidade, que é 0 arithmds tonos, 0 aritiimds (en distingue de tudo o mais. O que um homem, come existen- te, 6, em sua unicidade, € o arithnds que 6, que 6 86 ée (si guleridade), que constitui a sua forma individual, Mas a componéneia désse ser & do ser, a que sie possiveis tidade com outro quanto ao eonjunto (plethés) de wma uni- dade, que se identifica no ser por ser apenas ser. Conse- qiientemente, entre todas as coisas hi uma analogia mais proxima ou mais remota, pois o individuo quando se univoes na espécie, ¢ esta no género, conserva a sua diferenca in vidual ou especifiea (1). A pal 10 por hierarquia formal m preender désse modo a via symbol um que podemos seguir, pots p: compen o aritfninds plethos de tomado no conjunto das qiididades), pi enle, por sta parlicipagdo na perfeicio, € wn apontar quela perfeicao c, conseqiientement2, do ser qe a tem n inlensa ou em plenitude. Hem compreendido ésse aspecto sii A univocidade, aqui, & a chamada wnloersat por Suares, pols prescindiuperfeitamente das diferengas especificas ou individuals, para considerar apenas a universalidade. 86 MARIO FERREIRA DOS SANTOS entes, vé-se que o simbolo € atribulos impress de ¢, ainda Desde que i é fora iw clo & determina fo) que consiste nas. Mas apresenta ainda mi ie, isto é 2 ap temar-se, por exemplo, sé c porda de bilidade de de, pois wm ser, enyuanto é isto on eq 10 ou aquilo; & passivel de sofrer | ces. F tal decorce de ser todo ser fi de alg sua natureza, de sofrer saa nuturer Os sires es que os delimita co nal ag seu ser, quer agente, quer como ao ser do paciente, seria ay nada, a endilas me- da revel do de sere a perfeicdo de ter um arithmds, como seria, da maté tonee A nda que se vendé-la, como se ¥@ nas cl no, dos neo Porque © ser de minima mais alta, mas revela a gran no _universo, revelucio, & 0 miiximo poder. Tomas de Aqui ‘vino, compreen- gow a usar ésse térmo, dando-lhe se tetido, como se depreende que, ma yes lea”, no-nlos ADS «lle SC C- pondo de |, os que, por defieiéneia, nunca 0, como se G4 com emanatis- ‘Os érros que possan alidam, os da concepeiv eman! as reve Jam que nem sempre os disetpulos esto & altura des mes~ ves, nem apanham o seu pensaniento em toda estensde profundidade (1) Tocam co Indo, como (2) © pensumento de Tomis de Aquino sdbre 9 emanstisme & festudada em oistras tvabalhes nesses nos aus ios a da pensamento pitagsriea ¢ As das correntes no0-pli~ Tema ARTIGO 1 © CONSCIENTE E © INCONSCIENTE NA SIMBOLICA, Na “Psicolo; _ © a inconsei- éneia no pod 5, como 0 fez certa psicologia substancialista, quando iniciow estudos em prow fundidade da alma bumana, dando ceria sub: a tals pelatizagées dinimicas do proceso tensional psiquice, 0 consciente © 0 inconsciente sito graus da tensio psiquica, € nio regides subsistentes de per si do nosso espirito, como revela aceitar eerta tendénci« observével na obra dos. psi- canalistas, itis elevadas das operagies de © as frOneses mais amplas da ineionar do conkecimento) do funcionar do nosso espirito, graus de “conseiénci que encon- fdas resis- bem como a estudo do complexo oclégieo do acto conssiensicl, @ que por ora é impossivel trator TRAVADO DE téncias opostas. A consciéncia é mais um resultado, © uma substineia. A relacdo entre as inibiedes, que resistem, € os impulsos que insistem, dio-nos a gama das virias toma das de consciéneia, HA um simbolo inconseiente? Na verdade, 0 que a em profundidade nos revela é que hi uma lin ‘guagem simbdlica do inconseiente (1). © simbolo resulta da frace acomodacio que oferecem 6s esquemas componentes da esquemilica intelectual e pé- thica do ser humano, resultando, conseqitentemente, uma as- similagao desproporcional. © para que © nosso corpo tende Gimpulsos inconseientes) ¢ capiado pelos esquemas noé co-absiractos, proporeionadamente a esta esquematica, Con- seqitentemente, sua assimilacio, que & proporcionada aos es- quemas noétieos, pode ser desproporcionada gos impulsos instintivos. Quando ha proporeionalidade, hi apenas consciéneia de um impulso, de um tender instintivo. Quando ha despro- porcionalidade, e a assimilacio ¢ desmesurada surge o sim- bolo, O mecanismo do eu, estudado pelos psiedloges em pro- fundidade, revela-se aqui em plena elareza, O que a nos: (1) Mantemos neste artigo muitas vézes © emprégo do térmo inconseiente, na acepeéo ueada pelos psieélogos modernos. Na ver- Gade, querem reforir-so & subconseitnela, porque ineonsciéneia ceria auséécia total de qualquer conseléneia, o que $6 se dasia com a morte, Entretanto dase térmo, na acepefo de graw minimo de conse dade, j4 entrou definitivamento na psleologia moderna, Cabe agora apenas fazer os distingtee entre consciéncia, comsclencialidade, eto, © que tratames em “Neologia Geral", com o intuito de evitar as im= preelsdes de Wnguagem que G0 tio comums aa ilosofia moderna, ‘que, por um espirito genulnamente burgués © mereantilista, resolveu Abandensr uma terminologis j8 fusdada na especulagio de milénios, para substlfulela por novidades, Estes nfo contvibwem com alien novo, mas apenas substituem acepedes, euidsdosaimente estabelecicas por homens estudiosos ¢ uminados, por outras, que nfo trazem nenhum rogresso so conhecimento, mas que facilitem a confuse, Procedem romo umm mercantilists ansioso por langar um novo produto, com novas fapresentagses, mas enjo contetida € © antigo 09, entaa, modifieado nem sempre pata methor. nal por nés gaxigent simbé a0 sinabolo, mas 4 esta seni semi lumano em seus momentos histérieos, no seu va bora os factores sej holo & também uma tinguagem do consciente, Nos simbolos an; dependentes do ree: Uorieo-social retua como resist achra, neste Enso, como facto ges surgem © dependem 0, nossa vid tensfo psiquica e, eonseq) weal A oo pe sim o 6 nos geaus desta que temos es graus da cons- Ora, é Impossivel, j4 vimos, nos séres eoxpéreos, |. estuque de mma ex me que as ornos factivos nitides que enc da raziio © da sua legali mente dos esqu al, muitas vozes se 1 profundas vestigacdes si 's primitivos ¢ mais fun nentais do ‘Toda acto noéticn humana consiste em univ ou s A assimilagso 6 sempre unifi facto ao esquema, fusi bjeclo & vir Javidade enquanto tal, para eonhecer 0 & que vesta do objecto & o que o objecto & do esquema. ragiio, de se- reha para 0 que 0 su racho. A acco absteaclora da va objecto, mas, na verda Ja seus esquems nod ‘0s, jf intelectualizados. Ps MARIO FERREIRA DOS SANTOS vedominantemente com juizos de existéncia, en de, que, pela frOnese, é fusionadora de suj porque 0 esquema afectivo assimila 0 seu estado, a construct de juizos de valor, As diferencas in- as dos estados pithicos so caplados pelos esq: afeclives que os constituem, A afectividade nia pode, por so, evilar juizos de valor. % a sua caracleristica, porque 11 tOdus us suas assimilacGes se processam quebras da in- diferenca, portanto preferdncia, prefere isto © pretere aqu Jo, 0 que obriga sempre a presenga d 1, segundo © grau de desirabilidade do estado pathieo, A vazio pode ra- cionalizar tais estados, como na verdade o faz, transforman do-05 em objectos, 0 que permite assimili-los aos esquemas abstractos, ¢ 08 se, afinal, em juizos porque ela apenas capta a sua correspondéncin a0 esquema, ¢ noo estado de afectividade que aquéles estados provocam (simpathéticos ou antipathéticos), Por isso tada operacio do raciocinio consiste num vole ver para o objecto, & uma aceao centrifuga; é portanto uma operacdo reversivel, enquanto a afectiva n&o conhece a mes- A construedo dos simbolos tem sua raiz afeetiva. A ra- io, a0 trabalhar com simbolos, despoja-os do aspeeto it~ racional, que € afectivo, como ja vimos, A rao evita tanto quanto possivel 0 que cnracteriza es- pecificemente o simbolo, para preferir 9 esquema abste: Toda eriagio racional dos s (ana arie esta fada: wee inane, perecente, aganie« Ao estudar.o simbolo, podemos colovi-lo sob planos. Muilas vézes é diffeil tal anslise, pois Cle se ecultas 6 inracional, ¢ dificilmente assi 69 um simbo- Partamos de um exemplo: um piissaro yoando contra a tempestade como simbolo da liberdade. aA DO DE SEMBOLICA (simbolo primério), temos 0 enunciado do simbolo, onde a conscitneia é evidente. 1) Simbolo prinuirio: o simbolo eonsciente, 0. Temos assim 0 2) Simbolo secundirio — simbolo do alguns easos, do insconsciente, Neste, o jolo sub-conseiente, que ¢ agora sim- saro yoande, como simbolo da liberdade, qe 0 homem, em todos os tempos, sentiu, no ro, um simbolo da liberdade que 5a ou MRO, sempre desejou obter, Entio temos: 3) Simbolo Lereidéri0 — Simbolo subeonsciente colec- tivo. Podemos aqui aproveitar as qbservagées de Jung. qe estudaremos adiante. 9 também poderiamos seeilar aqui certas leis da Ges , sobre as formas, que nos sio tvazidas dos antepassados, referentes ao subennscienie ésse subconsciente colective pode ser que se refer fe que podem, por sua subcon! vez, simbolizar wm i ectivo de um povo, Jnumano universal B eniao leviamos: 4) Simboto Tective Inumano. As: no $6 0 suber toda a hum completo afastamento de todas que sempre surgem, 0 demoniaeo pars o resisténcias, obsticulos mn, pois nao extraverter-se da vida; portanto, héi win incons- co, € temos 5) Simbolo quindrio — Simboto do inconscienle bis gico animal. FE dizemos animal porque o exteaverier-se da vida, no animal, tem wm impete de aclividade que teansita muito mais que na vida vegetal. Mas ésse simbolizado, por sua vez ¢ simbolo de um impulso de extraver om geral, 0 que nos permite procurar expresso fundamental da vidi impulsos: um de expunsio e 0 simboliza o impulso de veetor ad extra, Lracd0; por E temos, 1 6) Simboto senério — Simbolo biolégico. Por sua vez ésse simbolizade pansiio, do vee! » centrifugo, © que leva a um simbole septe- 7) Simbolo septenirio — A expansia edsmica. Bste simbolizado, por sua vez, é um referente & ordem edsmica, a Iei da allemnancia universal, o que permite a construcéo de um outro simbolo, que & ectonario, ¢ tenios: 8) Simbolo octonério — Simbolo da lei da alternancia, 1 Yang eo Yin dos chineses, o Eros e Anteros dos gregos, & Aspit e Espir dos gnostieas, 0 qual, como simbolizade, & por sua vez simbolo do ser, que, como actividade, vealiza os dois que 86 podemos estudar © que nos Ieva 20 ) Simbolo nove inbolo do Ser. I que 6 0 ser, holo teoldgico dla divi no simbolizado, sendo o grande sl dade, 0 que o tor 10) Simboto decenéria — Simbole de Deus. Se partimos de bolo bamano, podemos enci le © homem uni- irar Inis planos, Os facios versaliza, também podemos enco pre simbolo das leis universais que © homem, ber capta; sfq simbolos da lei da alterndnein, saosin proveito temos, fe que ela merece. comeniaeios podemos tecer aq insconsctente colective, no homem arcaico, que esta latente © activo em nds. TEMA Iv ARTIGO 2 CONTRIBUICOES DA PSICOLOGIA MODERNA A. SIMBOLOGIA de profundidade © a necessidade de reali- zara anilise mais profunda do psiquismo humano obrigaram a muitos psiedlogos modernos a se dedicarem ao estado dos, simbolos, sobretudo ao verifiear que nao s8 no sonko, como na linguagem, ¢ nas alitudes, tanto do arlista como dos new ritieas e psicdticos, encontramos um entpréyo constante do holo, £ @ que se pore verificar lambém na crianga, ¢ sobretudo na linguagem dos povos chamados primitives. 0 aetimuto de factos verifiendos esti a exigir a ennstrucio do uum conjunto de regras, fundadas nas observacées, afim de se estabelecer um nexo da simbéliea, p tera, ‘As construgdes da Igica formal e da dialéctiea permi- tem-nos estabelocer 0 nexo de ordem formal, dos con A psicol is cerlamente els 0 © emprégo do simbolo de poderia ser ‘9. moderno. grandes conteibuig agora prestemos melhor atengio ao que realizan, neste séeulo, psicélogos em Sao do eonhecimento ger nesse sector por Freud ¢ seus diseipulos, ria possivel empreender uma ampla invest tribuigdes que se coadunam com as opinides por postas no decorrer desta obra. RATADO DE SIM WICA o Merceem sobretudo alten queremos, no ent: n Rank, Mader ¢ Abram, yém revelar que, no campo do simbolismo, predomina a analogia, cono jit 0 afirmamos, 08 tralulhos de Jung, 0 ter-se compreendido que as imigens oniricas devem decorrer do sécul tudo, ainda encontramos emt nossos diss deciai por parte de alguns psicdlogos. A snifieagdo simbélica das imagens oniricas pode ser considerda, como muito bem. © faz Jung, uma verdade trivial. ‘Tradicionalmente conhecemos as seferéneias sobre os oniromanticos do Egito e de Caldéia. A interpretacio dos sonhos, feila por José, e os de Daniel, gne a Biblia nos des- reve, como ainda algumas obras de indiseutivel valor chegaram até nds, como, sobretudo, a de Artemiodoro: ivr dos somhos”, merecem de Junge de seus acurados estudos. oO ipulos © sonho revela-nos sua raiz em nasa alma, numa acti- vidade pouco conhecida, que ¢ chamsia de subconsciente. considerarmos os sonhos apenas através das imagens ‘leas, parecem-nos les contradilériss ¢ absurdos, mus a interpretacio simbstiea, & qual se pretian, permite tradu- n sentido mais claro e um nexo findamental. O mes- icontrantos na linguagem postiea, onde 0 nexo igides, a linguager Nos estudos que empreendet Juns sibre o simbolo, hit alguns pontos de imprecisio, sobreluds ao tratar dos sinais verbais, os quais devemos distinguir é simbolo, como ja 0 temos feito até aqui. Tul afirmativa, ro entanto, no exelui © quanto ha de simbélico na linguagen, pois que, inegivel- ‘mente, os proprios sinais verbais, con» vores humanas, re- flotem, no cromatismo das stins tonalidides sonoras, aspectos 0 & facil ob No estudio que, em outros trabal ons rosnados, nuugidos ¢ sibilades para expressa Fen unt contetide el que quer dizer que a quando reve © mostram os estu- a linguagem iscéncias de térmos verbais, ‘0 tem a precisio que ¢) vel (). ao © materiel © pensai 100 MARIO FERREIRA DOS SANTOS ieados por meios orque & exelufda vie vone que os cerca hes arrebata a v deira comunicagio, Esta & a raaio pela afec! de ser necessirinmente simb ir, no pode empregar a | nal, que & da generalidade, ¢ proeisa bus: 1 linguagem afectiva, que é © simbolo, que & om de commnicacdo do incomunicayel. © artista, em poncas palavras, so capazes de um estado de alma, qu lésofo, A cuatribulpio dos actos que enum 35, no entanto, nfo o w inlerpretegio que clos Por faliar & maiorlg uma melhor metodologia filoséfiea, wma visio mais segura do objecto que eabe & filosofia tratar, quando pe netram no terreno desta, oferecem ingénuss interpretagées, notural- ‘mento fundadas na esquematica adquirida, qua sofre dos naturais pre- coneeitos do especialisie, que estzo em chaque com os do filésofo que & naturalmente, um generatiia Ao thésoto stand um nexo 2 que ato universaimente viii gave Grr, © muito tom eustade ao progresca da Terrar-se que ela néo sevin possivel, apenas fundada ns experiéncia, se nio tiveste sido assistida pelas grandes conguistas bisicas da filo- sofia, © que mostramos na obra acims eiteds, YRATADO DE SIME 1teA Linguagem po mas sempre alray uitas vézes permanecem, sem poderem fmbolos traduzem, possui vai- los os momten- ia, foi ‘so apclar para éle, afim de que os homens seguissem Noy om xe cstinasnen wa cefesn de wna posi mais distante, & wma me também 0 homem nie poderia fquina de pensar, quando muito, per fa razao extensista, sem. jaghes de enjendimento superior. A linguagem simbélica po sam homens jomens que © representa Jon dans son essence et ses manifestations’ ‘onde, & pag. 76, se revela com estas palavras: “Mas o homem dela se liberton quando, no séeulo dezenove, atingiu a weis mentais, a cuja debil go. ineansavel estudioso da religive los, revela-se contudo ésse aut fe profundo na simbolies, nos vituai pensamento reli Nip peatemos delsar de eeprodusie as pales, de da pre ATADO DE SIM 102 MARIO FERREIRA DOS SANTOS causa € efeilo, s6 foi conquisiado, post go tromendo esforgo do homes, estinmulado pela téenica. Mais ou menos ésse pensamento foi 0 exposto por Froud posteriormente. uM mutros psicdloges acompanharam essa conside- rage de que 0 pensamento areaico € onirico, ¢ que 0 mito 1S um sonho coleetive do vorpo, una espécie de animica infantil do pow Esta € um dos mistanle de ‘0 proprio vos incons- que, afinal, & certamente um mo modo reconheceu sua nature- jeve-se wo facto de nao. ignifieuedo simbélica © seu conte’ © nde 0 que les signi- los que 6 0 verbo 6 que (oo simbolo wm parti ou simbolizado, © verbum, que os arcaieas, que, como clareza na infaincia do que de- infantis: ou sequer pa- silo, 40 es devemos te que esta foi a preveupacio: 0 que ela si devemos consideri-la dentro da nossa esque reminiscéncias infan- e que se a introver ramente vagas ¢ isoladas, mas Togo cada vez mais nitidas merosats de um estado expiritual areaieo, 6 evidente que ud interpreta predominantemente a simbéliea onirica libido em sentido eminentemente sexual. nse nos simbolos das diversas religides essa we constituiria am simbolo seeundirio, isto é, Wwidual e, tercidriamente, do subcons- 5, nds refazemes Wda a equ Je raeineinar do | Assim 0 referide ¥ Is suas investigaedes, MARIO FERREIRA DOS SANTOS RATADO DE SIMBOLICA % > além que faz des nes o que quer, uma imagem do Debaixo do por The a divida ow u peel indepen nto, que 0 pensamento freudiano seria mais mas que possui realidade, da consciéncia. , parece-nos, psiedlogo & faziam por ', numa referéneia respeitosa, 19 na exipeia, na hinds, ete., as nesta hora, nos ji tipo Deus. Pesteriormente, iversos simbolos, em} | dade psicol de Jung lica nos permite encontrar as r les que nds tr significado. na esquemitica judaico-crist#, pusemos a marca caluniosa sides existenles — 0 que condiciona os nos revela um Deus, jor e destruidor, comenta éle: “Quem h nde em mundo, em tédas as époces, e volve & asse Deus? tedas as religides de destaca-se, com forle relévo, o materno, ¢ ademais apre- ade por meio de cone Deus nhecidas, a nossa exper 0 ser humano, como pai & © como ésles exercem poder, soberania, ampare, aproveitamos os contetidos désses esquentas para com eles mo-nos ao poder supreme, dadivo 19 de Deus, servindo-nos déles e Feigdes que 1 divindade possu Deas na amos pelo pai ou pela mie, pelas analogias es apresentam quanto as perfeigées da divindade. pia que & imago paterns foi e a cautela do seu parece ju conhece que, no eampe da psi YRATADO DE SIMBOLICA su com o ente me jugar essa de natureza arquetipiea, que a fé iden tafisico. A eineia nde tem competéneia pat acepedo, Pelo coutrario, deve tratar de exp! mas sa modo de simbolo. « » dos pais, tornandd patente a eneigin do ‘a mistica, ipo ¢ sim psicoldgiea ni surge uma comunidade de natureza axquetipien, que se dis tingue de tédas ws demais comunidades em que sta finali- dade ou has um sinbolo transeendente, caja natures corresy peeuliaridade do avqu de psiqui- A comunidade humana provocs uma i i anos, atine te b evitar wwia manifestagdes sexuais muito sos dest espécie erart Nas religiées antigas evidentes, mesmo porque as rela o niaturais, O coilo entre # d linha o sentido que mas a de uma feeundagio iotura, E nal: pres sémen diving na substituidos por séres humanos ou por unt fale, co indade. Jo dad sssas manifestacdes fo ianismo cor patentes os simbolos sexnais, € que, nos sonhios do abélica, surjam com tata evi- MARIO FERREIRA DOS SANTOS Podem hoje muitos consider say até manifestacdes religio- we 0s séculos mate- dade cruel, barbara ¢ me- '- enjos frutos estamos cothendo, sig superfici materialismo de século XIX pederia de leve suspei que te wscendente (1), lente a conseiéneia, E que ésses contetidos si 05 quais nio sé é possivel entender fazé-to” Jung se. mente o caracteriza, e torna a atribuios luminicos e igneos desereyem a iniensidsde da to- dlidade afectiva ¢ sfo, cm eonseqtigneia, expresses da dade ou a fa da libido. & € tinagem asses de coisas (2) Nio se julgue que sx chamades idgins mo: cume 0 sm, por exemple, nos possam oferecer tums melhor solugde, pois 03 covialitas reslizam na peiticn tudo quanto teoria, © se tomaram “gen: eugando-te desentzeadamen ‘gue se conhiecem na histéxia fs revolugdes so como Sat TRATADO DE SimBoLIcA uma parte, que a energia eria a sua prépria imagem, ¢ por outra, que 0 earicter do meio obriga a energia a adotar una forma determinada. Um derivaré do sol a idéia de deus; outro, pelo conteario, opinaré que € a luminosidade eon dicionada pela tonalidade afectiva o que determina que se seconheca no sol uma significagio divina. O Nirtude de sua atitude © temperamento, cré mais na cficd- cia causal jente; o iltimo, na espontineidade da vi- veneia a b. pag, 110). Vé-se assim que Jung compreendeu 0 yerdadeiro cami- nho para a interpretacio do simbolo, ¢ n@o cometeu 0 com riqueiro érro de julgi-lo pelo simbolizado, como é o daque- les que presumem que 0s povos primitives dio as imagens, ou a pedagos de madeira, pedra, ete, a posse do poder que simbolizam, como se estivessem totalmente néles quando, na verdade, aceitam, quando muito, que participam désse poder. Citacnos Schmidt a frase de um negro afvieano que ex- clamou: “como sio estipidos esses europeus. Julgam que nos advramos os dolos, como se éles fOssem o verdadeiro deus!” Para que se tenha bem claro 0 sentido de libido, para Jung, transerevemos aigumas palavras bem esclarecedoras: “so 0 lérmo libido, introduzido por Freud, de modo algum niio carece de conotaciio sexual, deve repelir-se win defini- gio exclusiva e unilateralmente sexttal dsse conceit apelite € a compulstio so propriedades de todos os instintos. ¢ automatismos. Do mesmo modo como nao & possivel to- mar ao pé da letra as metiforas sexusiis da linguagem, tam- bém eabe fezé-lo com as correspondentes analogias nos pro- cess0s instintivos, sintomes © sonhos, A teoria sexual dos tomatismos psiquicos 6 um preconeeito insustentivel. Ja © facto de que nfo é factivel derivar de um instinto tinico a {otalidade dos fendmenos psiquicos, prothe uma detinigio unilateral da libido. Emprego éste coneeito nequela acepgio geral que Ihe outorgon a linguagem classica”. A pefinieao, no sentido clissico, & apetite, como a fome, a séde, ¢ Jung se fundamenta em passagens dx obra de Santo Agostinho para expressar 0 conceito désse térmo. 0 MARIO FERREIRA DOS SANTOS 0 prazer precede um anclo que se senle na earne a modi sentido, alids, 0 etimolégico, que Jung © que tem fico, para ele, a mest no campo da fisica, Nao se pode, contudo, considerar que a justi ja apenas sex © tinico do homem. Tais simbolos terfomérficos surgem em todas as munifestacies inconseientes da libido, mas nem s expressande apenas 0 sexuusl, © que preciso n&o esqueces simbolo de uma energia as nossas experiéneias, € i lidade sin A rearessio pode ser levada além da vida infantil, até 2 pré-nalal e antes até (o ser antes de ser), e nese caso, ha imagens arquetipicas sem representacdo, mas © inclusi Essa origem, r exemplo; por jem, do mais distante, da mae-cosmica, et ponto de partida pré: be : (Q) De therion, grego, anirsa te morphé, forma; de forma animal, AvADO an da qual todos os homens tém uma imagem arg pica, que se reveste das figuras da exporidneia histérico-so- sites que apresenlam as religises, que nio le da fonte perene de onde pois a divindade coloca-s Dai a grande signifiencdo do no Bagavad. Mas tu, eleva-te acima dos pares de de todos os personayens mbolica. elkos que veja” sie tos esto em lugar de 1 & bem expres- siva. Pode, quem pensa apenas com ox dados imediatos © extrinsecos des factos, caplar © yerdadeiro reine do espil to, que pi Jo que & meramente exterior? Sem o sin lio w homem paira sobre a mais esteeita le. B um gravissimo érro 0 daqueles que julgal © capiado apenas pelos sentidos encerre téda a ve' Quem olha o mundo © nao capta a via sym que apontam as coisas, no vé nas evisas o que as (ra da; ndo pode compreender 0 mais profundo, nem cangar a liberdade, permanecendo préso 0 que nos surge net experiéneia mera sensivel. mifo esgota © conhecimento, A ciéneia tem mostrado que a cosmovisio puramente f sentidos. nos meios comuns do mento, esti Tonge de carresponder \de da qual ela aos poucos se assenhorefa. E essa realidade nova, como a que se constrdi através de sinais meramente matematicos, ainda esti Tonge de ser a realidade, e ja 0 subemos. dada em noxsos ne MARIO FERREIRA DOS SANTOS Tem © homem meios da sua experiéncia, Na nagio, ete, que sio Lemas leolésicos, damente relacionados simbéliea. Como o mostra Jung, a ica tornase neces: psicoldgicamente 20 homem para liberti-lo da ¢: tica do libido, levando-o ao espirilusl, fazem através do que é da sua experiéneia sensivel ao que & trans cendente. Ateavés do o, 0 homem comunga com 9 transeen- dente capar de unifiear e irmanar os homens. A humanidade, por exemplo, s6 pode ser vivida aléin de nds mesmos, atra- vés da via symbolica, A communidade eristi, em face des condigdes do mundo romano, permitia @ aproximacio entre ‘68 homens que podiam amar-se através de Dens, através do simbolizado, do referido pelos simbolos. A nossa época, com a sua manifesta incapacidade de per correr a pia symbolic “aa grande angistia de pie poder mais no-erer, porque, na yerdade, © que nos ator menta, ndo & a destruiedo das nossas erences, porque ha sempre um impeto de destruir © que tem sido mais amade, que se revela nos simbolos da morte do deus. O que nos i, sobretudo, & niio poder permanceer na nio-creuca. porqne o homem mederno busea um simbolo uo qual poss comungar com os seus semelhantes. Jung senle éste nosso problema, € suas palavras sito elo- qlientes: “Na net 4 mo nunea, bus car para a do nilidamente facional e vs ismo corre Lal coi verdades ale tenham sumentade, (pois sa}, mas porgue os guard simbélicas, on sejam, as religides, perderam sua eficiteia fas cidneias, Nem sequer as pessoas inteligentes entendem, 4 para que possa servir a verdade simbéliea, os represen jantes das religides descuidaram de elaborar wna apologé YRATADO DE SIMBOLICA ua éneia no adequada & época. Nada dizem uma per coneretismo do dogma, uma étien por si mesma, ou uma mera humanizacio da figura de Cristo, sobre a qual até se fizeram ensaios biogrificos insuficientes” (ib. pig. 289). Que realmente a libido precisa de uma devivagio, nfo ha divida, Mas € mister, no tocante as religides, que se eselaregam bent os aspectos que elas oferecem. Porque se realmente as religides se deseuidaram de elaborar uma. apo- logétiea adequada i 6pova, tal se deve & falta de maiores apologetas de que se ressente a religio catdliea, por exem- plo. Nao que a Igreja Catdlica, no sector da filosofia, dei- xasse de oeupar a primeira plana, que ela ocupa e mantém, Mas, na verdade, ha um divércio entre o pensamento eseo- Listico ificagio exotérica da Tzreia. 1a gar aqui para um paréntese, Com excepeko daqueles que seguem a linha evista, a maioria dos estudiosos de filosofia nto compulsam as obras dos escoliisticos. E basta que se leiam livros de certos autores modernos, que nfo pertengam aos quadros da igreja, para que se veja desde logo a visio earientural que tragam da obra dos grandes escokisticos. Nunca uma époea revelon maior ignorfineia da abra do sado como a nossa, Pratieamente pulamos dos gregos ‘dade moderna, e a chamada idade medieval é apenas " trevas da ignoriincia, dizem muitos, on- de 0 espirito humano eaiu ua mais negra obscuridade, Tais éevos sito encontradicas ne obra dos modemos e se ar que & uma normal do pensamento leigo, obra escolistica. niastado ica, exposta pelos escolasticos, nfo ¢ uma “étiea Jung desconhece cerlamente a Nela encontrarin suges- ma fundamentagao da ética ia mana, uma fundamentacso au tonoma, que & universal ue MANIO FERREIRA DOS SANTOS Peossegue Ju jade, a_verdade simbéti- ea fe a intervencao do pensamento cientifico inadequado a ésse objecto, e no estado em que hoje se encontra, demonstr nao pode compelir com forearse na possivel uina nova fundamentacdo da ve damentacio que nao s6 falasse a0 a0 entendimento. EB tal sé poder-se-ia a clo de a huma 210). mente a ponea bra teolsy pig. (1) als uma vez fuzemos questia de érisar que, embora cris ‘os, néo pertencemos @ nenliums eonfiseie que € de dignidade do que fax ‘osofia estudar " f© nfo subestlmi-la, tundado apenas em preconceites, qiiande sabee- fado, naquele pensamento, ercontramas @ ponto mals alsa da ilo~ sofia, ainda no superado,” $5 mesmo a tremenda ignorancia moder- za, de wna Gpoca do especislistas, afestados de uma vi RATA be Sumne ten 15 Jn de que o honem padece da falta de con- mibdlico, E tal esti patente até na obra de um Freud, bem raras, 0 simbolo ter Salvo na arte, na poesia ica de hoje, encontramos regra geral, 0 damente “obje A sims —coquess ‘obra nos oferecer unt an de nossos trabalhos. Geral das Ter ‘emos que, partamos de onde qu ade do saber epistémico, sem afastarme-nos das mais profundas raizes do saber humano. Nao é fi nhecimento ¢ ciente, riveis obsticulos. Mas a mentos artida, aprioristiens portant. 6 MARIO FERREIRA DOS SANTOS mais, que hi na emergéneia humana, produto de uma grande decepcio, a impossibilidade de permanecer na descrenca, que até aqui preponderou nas camadas intelectuais. Mas 0 desespéra de ndo poder erer deu-nos grandes mostras no século passado © neste, ¢ 0s movimentos de desespéro que enc mos de repetir, sie wna pro- va e uma confissio de que 0 homem nao pode permanecer nessa situncio. Por isso, por amor xo homem e por amor a0 que ha de muis alto, é preciso ajuda-lo. E nesta época, Hi necessidade de muito, de muito amor e de muita f6, em algo de bom que guardamos dentro de nés, e que as contin- am destruir, ntramos, € nunca nos cans géncias histérieas iio consegni 0s conflitos psicoldgicos do homem maderno estio a exi- gir euidados dos psiedtogos, ¢ mais ainda dos homens reli- giosos. Essa eterna Tula dentro de nés entre a raziio © a tintividade, entre os esquemas Gticos do histérico-social e os nossos impetos, nunca encontrou uma soluedo, mas apenas 9 fluxos ¢ refluxos da sua intensidade, © simbolo foi sem- pre um caminho para veneer ésse conflilo sem solucionicto, Nao que o simboto esteja total e apenasinente contide af, poi hé uma Tinguagem mis profunda, como ja mostramos ¢ mostracemies om Udas as nossas andlises. por isso que justificamos plenamente a necessidade de se incluir entre as diseiplinas f imbologia, e abrir cuminko para que outros prossigam nesse investigar sein 0 velho preconecito de que o simbolo é apenas una Tin da insutic os apne gi Dolo aun Iraquezn, & esque cer que ha néle um aponter mais allo, que & uma reyelagia de profieiéneia. nia. Diz porque restris Tinguagem de nos: Examinando @ pensamento de Jung, que escolhemos co- mo exemplo do modo de ver 9 simbolo em nossa époes, ao estudar éle a simbologénese, 8 gentlien do simbolo, nao ex- uma genese espiritual, amas por estar cingide so campo cienlifico, é neste que Ge deseja cireunserever-se teriamos uqui a condenar, pois tal tomada de posi¢ao € jus 4a, e aque methor Ihe fiearia, j4 que, no campo teologico, po kavApo sim nica nt devia vometer érvos graves pela deficiéncia que revela nesse sector, sem querermos com isso menoseabi-lo, pois Jung & a das mais poderosas inteligéneias da nossa época. E Ge expde: “Como temos dito, a sexualidade desem- penha um papel importante na formacio de simbolos, até nos religioses, Néo fazem dois mil anos que o culto da se- xualidade florescia de modo mais ou menos aberlo, A na fureza das forcas de século pare séeulo smadoras do simbolo nia se modifica Rste ponto é de capital impor ender alguma coisa de mais amplo neste sector. A acgio sinbdliew e a sua estructuracio tem. quematica areaica do homem, Se nasceu da insuficiéneia humana, que buse nholo 0 th © inexprimivel de dizer 0 indizivel, de comunicar o incomu- nicavel, nés ainda permanecemos nesse estado, e © simbolo ainda & aqui a nossa melhor linguagem. nein se se quer compre- so moda de expressar As normas do processo genético do simbolo sie lon- ginquas, repetimos, e no muda a sua estructuralizucto de um séeulo para outro, nem de um milénio para outro. Pri ticamente ndo muda nunea, porque é peculiar go nosso espi- rito © &5 nossas condigdes, quer emergentes quer predispo- nentes, pois surge nila s6 dos conflites que se dio no homem, como corpo ¢ como espirito, como na predisponénein ante o ecolégica © 0 histérieo-social, © homem necessita do simbolo porque & A su mais pro funda linguagem, e a tinica gue pode express: ante, que a racionalizacio posterior apenas pode colocar dentro de um Timite, sem ser suficiente para explied-to ple namente Jung prossegue xual dos cultos antigos, ¢ se tem presente que a vivencia da unio com a divindade se concebia desde @ antiguidade, eo- mo um coito mais ou menos conereto, ja nao se pode pensar que as forcxs inslintivas da fan cassem radiealmente depois do nascimento de Cristo. A cir cunstdncia de que o cristianismo primitive se apartaya com, 1a ver que se captou 0 conietido se- sia mito-poélicn se modifi- ‘9 pensamento chu- evidentes ecisamente De modo si “se em Direito perd le sua raiz mais prof s que a simbélica permile descobrir a explicam. mente 0s peque s jezas mal lose de Juing, que & nesse enminho que éle encon bém a justificagio das suas mais ndas vivéncias, essa al di A jrados nos acluais Irabalhos a sos pontos, 120 MARIO FERREIRA Dos ros ara nds, mas virtual, suficiente para sabe valo- rar, apreciar. Negar 0 pr nos dari, como nos tem dado, grandes deceps: compreender que te- ‘mos em ni a virtual das perfei 1e nos per mile compreender que “ eam riamos distinguir sem a necessidade dialéetica do que é 10 a08 fils ‘or justificativa déste Livro, TMA Y © Simbola ¢ suas Aplicacées ARTIGO 1 A SIMBOLICA DOS NUMEROS é sob diver (0 expu Sintetizando o que escrevemos entio, podemos dizer, s6~ © que segue: MARIO bos Sa mero & também esta ordem, esta coe- nomia da tensio de um todo. matemitiea posterior, ja . vemos que hao 6 apenas qu: relacio, & porque exige um: gencia de mais de todo, © Abso uma dois géneros de realidade”. Podemos formar qualquer em t6das elas, ume nota & jst sev o que ela 1 das partes com o todo, uma de um estado para fluso, Os facios, que eo semelhantes entre ora se compl se vepelirem, ara nao. wwe do outro © tamento, Todos temos, 2 Via pria nature @ harmo tos opostos. quali © nosso universo compae-se tam entre si, real ‘opunha Cle, no devi novo no campo da cstétiea, © que yeio colabor: mente para a eclosiio do chamado “mi rieos, a qual consiste natureza, cory MARIO FERREIRA DOS SANTOS certos ntimeros, ¢ em certas eircunstineias, sie mais valiosas do que outras. Desta forma os niimeros so também valores, porque nos revelam valores, por possuirem éles, quando realizados, um poder capaz de efectuar algo benéfieo ou mal Como as valéres tanto podem ser positives coma opositi- . € come através dos mnos ¢ aclualizamos poderes, os niimeros sic gicas, A palavra magia encerra sempre a idéia de um poder maior que se pode des- pertar. A suprema instrucdo, 0 conhecimento superior do ho- mem e das coisas divinas (a Mathesis) ¢ uma actividades mathema & 0 estado, 0 conhecimento, 0 contetido adquiride, cujo genitive mathematos nos di mathematild, que ricamente significa a aetividade para aleangar os e4 do pensamento positive superior, porque no radical Ma temos pensamento ¢ the io positividade, © UM (Hen) que 6 sé (fotos, en emanadora de tudo, Os arithmod arkhat (de arkhé, supre- mo), sio 6s pi ssi ss que advem do Um, Da coo" 19 désses arithmoi arkhat (os nomoi, de nomos, lei, pelos iniciados, © que sto os greo, sé) ¢ a fonte tensa), (Note-se a thmoi arkhai nas formas (cide) plat a nbolos dos arkl postos pelo antor da “Re 0 UM, eomo fonte arkhat, gerou o dade absoluta, portanto aeto puro € de sua propria esséneia, mas represen 1a aclividade é sempre fle mesmo (ipsum ess cos), embora represente um outra papel (perso tusis) 0a avtividade, mas é 2 mesma s remo, a0 qual esta © UM ao UM, 6 que for: TRATADO DB SIMBOLICA by estudada, em pouce difere da trindade cristi, exposta por Tot © UM gera o UM, e 0 amor que os une forma a (rlada “ lo sagrado de ados 5 de Aquino. (procissto add extra, pois a anterior entre ira), sumge 0 Dots, ados extromas de ser tificudos no ser, Surgindo o dois Jas as combinac Jai) so passiveis (1). indo a Dyada, temos o po: yo uit passive (delerminante ¢ 0 dete: temente 0 gualro: 10 © 0 opositivo, acti- indvel), conseqtien- Positive pos ‘active — passivo passive — activo Risse quairo simbolizado na letractys (a déeada sagra- da), por sua vex simbolizada nos nimeros arithin ‘oro veremos a seguir) 1, 2,3, 4 fo sagrado 10, 0 decadimensional universal. O wm & também simbolo do ponto; doi s, do plano, & quatro do eubo, © temos © arithmés & também coneeito, pois & um arithinds de notas (skema por a Entio temos: € quantidade (ait € qualidade (ari timds) é relagao (arithinds poid skesin) ingdo (aritinnés skesis) 1 regree (arithimas némos) so in intra oa trindade pits (1) © Um era o Um, ma procisefo tt intre oa tind crisis, Na prodissdo ad extra, que € {eubstancia universal), que é diddica — dois studamos fate tema com og pormenores que s¢ impéem, 126 MARIO FERREIRA DOS SANTOS € processo (arithmds proodos, ow keith mento inverso & couversio (episthroplie), tizawar iimere peri 1eres (arithmds plethos) ; e quando se mm Lensdes (aritham fo de produzem aspectos qualilativos passageiros, di- mentos coniponentes, como a perenssio de espécie levavam a con: co (analogikés aritmds) Aind kérica, uilvos utimeros pertenciam & matematicn pitae Temos os mimeros de erescimento pontual gérieos, que nad poréim, que nos diversos iado neste sentido, pode parecer TRATADO DE SIMBOLICA poder, re~ ros arqe= r sob aspectos get jamente at idade. is nos levam a coeficien- ue so ando edsmien sia unondinicamente realidades que imitam eertos nimeros. 0s cristais, plantas, homens, estrélas, sons, spectra n ndimeros e uma lei niimeriea que & a mesma, A matemsticn mostracnes como o niimere é © nosso conheeimen! tes No sector dos conheeime esolérieos, 0s miimeros sio “partadores” de como fi idade, cujo significado mais profundo deve o filésofo investigar, ¢ nio apoiado num preconceito bem séeulo dezenove, desprezar tais afirmativas simples facto de nao poderem elas ser assimiladas 20s res varios, os niimeros, pri 10s, no campo da ra signifieabili idorando de pert nel nos apoiande, a aritmologia, « fendmenos ne da filosofia. Nem po alguns aspectos arilmosificos e aril nas apenas nas referéneias que tenham, € com 08 simbolos, em exa meros, sempre 128 MARIO. FERR marayilhas da Natureza”. Esto lais * que analogam os faelos uns os outros, e per referéncias a08 niimeros, indieando-nos a sin erso come um pi vemos ent muitas manifestagdes artistieas sive no cristianismo. Foram os niimeros ested motos, € encontramos trabalhos ¢ referéncias entre os Vi 5 egipcios, caldei meiros padres da Egreja, Em geval, para os pitagérieos, os nitmeros cram entida- i um, 0 é ads por serem eriadas, e conse= em parte, wm lim mero, 0 que Aristoteles em parte compreendeu, A forma aristoteli 6 a lel de proporcior éste ser ¢ isto e niio clonalidade int forma, seca dos sariea, que res, pois se era propor Wo gue niuitas Param procederemos sobre 6 ido de um TRATADO DE SIM cn Para o genuino pitagorismo, podemos eonsiderar « con- Junto dos séres criudos se: ndas, a inferior e a superior, que nos oferecem uma visio clara da reatidade, direetams de logo pereeber que éles s yevelada pelas suas dimensdes. Fssas est sricas podem ser reduzidas a niimeros matemdticos oi), como o realiza, por exemplo, @ ale gebra, a geometvia algébriea, ete, Dessa forma, a tria ferior é formada de coisas sensiveis estructuras geomet cas niimeros matemiticos, 1s quais podem ser esquemati wonte se faz. los pela matematica, como apenas dentro des as coisas revelam quema Nio importa 0 plano er que & compreender-se: aquéle quadro é um re rménico. Se KA DUS SAN! jenas griuulos de ebres diversas st se no permilisse, nese estado, a mesma visio conjunto, a eaptngdo do sen arithmds plethos, tal ni ne © espectador, neste conjunto de coordenadas, 9 las, forme am tensies dos elen dem formar sua vex lonsies, el Bste nsdes”, revela-nos que as fi que por sua vex é ul plica © heteroyés is pela forma que tem ionalidade sendo estas on de ferro), 8 rem das proporcses que é tridngule, nie Ga lei de tada na cidéticn proporeional sce dat por és néle objecto. Mas ésle on ayuéle objceto ni penas tring rae lek is, aapresen a2 MARIO FERREIRA DOS SANTOS | cur goer formas (arithmoi eideitikot) estructuras ontelégicas Dasse modo as coisas podem simbolizar 0 mais a 03 arithmoi arkhai, 0 que procuraremos esbocar, pelo menos alguns, através jf temos feito e ainda faremos. Podemos simbolizar por meio de figuras que si cst or exemple, uma ex ‘Teriamos uma aparente in- luras geométricas, um ser sensivel. pressiio cubista de Napo sativo. mas de uma e6pi © simbolo inclu inais em ico, por ex: tGdas us imilacdes. Se o figurative pode u ra do Simboliza ao apontar o siimbo! x nota ou notas do mesmo, ndo TRATADO DB SIMBOLICA 138 los, porque sdo do simbolizago. simbolo apon- (a, polo imitative, © simbolizado, mas nie prelende apenas isto, mas © que é do simbolizado, nao contido no , assim, sempre menos que o simbolized te, pore & icipado, © p: 14 plenitude, oferece 0 gdzo estético que vai captacdo sensivel, pois, do con los, sem consider portante. 1a do Angulo do espitilo, o que é im- A emocio estétiea & Fantiea, porta ite uma penet nseco da obra de arte, que & vivida em graus segundo a eapacidade do espectador. Esta ¢ a razio por «ne 1ea pode ser exclusivamente realis obstractista que toma ésse (rmo, 0 siveis”, pois, quer queicam quer nfo, vio alin igGes conselentes, Tda arte é, assim, em seus incios de expressio, realistas, mas é simbilicamente t dente, da inten por isso pern muilas vézes em desucér: do artista, que nfo deis: jes, que nem sempre & capaz de pereeber. Com 08 elementos dispostos até aqui, estamos aptos a penetrar na simbdtica dos mimeros, TEMA v ARTHGO 2 A SIMBOLICA DA UNIDADE de, Ale eslava presente ryéneia dn do de plu de ser. Ser nao & como parte Ftchesoy Ho, que no se co tica Sendo em idéia de plurafidude que nos Ievou a ide, poderiamos responder-the que sem dade, porque ex uma lo- . sen uma unidade, hece-se ale le, sem d= idade sempre, pois, do idade de Iguma coisa 6 jodalidade, » ir-se-in «nuda. esquemas nosticos & rdinar a idéin de wi lidade (1) (DO camhecimento, quer o ints process posteriormente) rset o racional (ste se 8 presence prévia de um esquema simile, No conheeimento, portanto, como unidal 10. Loga se patentela que, ne ot idee da pluralidade do homo mulaglo posterior do enneeito de unidade implica o operative do espirite, que é 9 fungso raclonal, ni nem uma nem outra, mas apenas confirma o que se dé contuss~ ente na experiéneia humana, Os eequemas noétiea-ciaéticns de Uunidade e multiplicidade, de homogencidade ¢ heterogencidade 580 Made gooseolégiea, que propomos, pereite comprocnder mes que eatudames no corpo désie artigo, que sia ina tomada de posicia nZo conereta em face do eonhecl nto, como € facil perceher-se 16 MARIO FERREIRA DOS SANTOS Fi o diss i ; ssentos, ¢ repetimos, que, gnoscologicamente, unidade se da a0 lado da pluralidade, mas ontoldgicamento somos obrigados a aceitar a sua prioridade, que nao tem nada de cronotégiea, porque onde ha e se da 0 tempo, a ‘alidade, porque hi contempora- inc, pois primeiva & de a A unidade quantit nao corpsreos. 0 se Sua estructura no & geométrica, Na posicio henologiea, a seqiiéneia dos raciocinios seria na nada. de, 0-ane, 01 \le exige a prioridade da wnidn- tc, ndo pode caber a menor divid ides, segundo as modalidades « bis tudo a 8 vodalidades de ser, pois, ttato qpaaty & € uma unidade, como tudo, que tem " unidade em si nie tem uma defini¢io esse fom 0 Ser, enquanto sex, mas ape tence ela a wm género, nem podemos predicar-Ihe Ferenga especifien. Eo que & perfeito em si m porque nao tern finitude, ero surge como a medida da pluralidade junto; se tomada na sua cvertneia, formando win todo homo- géneo, temo-Ia como tensio (aritlun fonds}, © assim sue WRATADO DE SIMBOLICA ber ssivamente, como yeetor, fluxo, functor. relagio, analo~ 14, cle, Portanlo, 0 campo da matemitica nfo se restringe fapenas ao das abstracdes quantilativas, como se pensa co- imumente, mas aa campo da totalidade do ser, A mate ‘9 sentido pitagérieo, 6 porlanto a eténeta mater, no sentido hierarquico, pois pode abranger a wnidade sobre to- dos 06 aspects, A Mathesis & a instrugio, © saber supremo, losofia, no jenas © afanar-se para aleanci E neste sentido que se deve entender a simboliza: Suprema, que € Deus (poraue n tifieam), & saber absolute o total, x mathe ipamos, gradativamente, a do esfirgo que desvela, que arranca os véus do que esti eulto, e penetra no conhecimento profundo das coisas. Eis a symbotica & wm ea- minho para ale upontando as perfeigdes de que éles jpam particutar- mente, e que, no Ser Supremo, sie em plenitude, f ficil. agora, compreender 0 que indicam os dex planos do simbolo que esindames anteriormente, Tudo quanto se distingue de outro indica uma crisis aberta entre ée e 0 outro (1). B é nesse distinguiv o que é do que nfo é éle, que reali- zamos a apreensio analifica da unidade, porque ela se ren liza para nés, gracas a uma diderise, se paracio. ¥ essa diferenca que individualiza a unidade, E faqui hh necessidade de se estabelecer a distinedo entre & it~ dividualidade, a unicidade de facto, que é revelada por éste ser, que, enquanto tal, como existente, niio € outro, ¢ a untick dade ontoldgiea, que The é dada pela forma, pelo sea cexquerss ‘conerelo, a hacceeitas dos escotistas, que o I ico. Dés- se modo, todos os entes, em sua indiyidualidade, apontam a tina unicidade de faeto e a uma unicidade ontolégics, se 10s (0 tema da crise & por nbs estudada em “Fitosotia da Crise uma de nossas obras de temética e problemétics filoscficas péeie, de Deus, ms di ide p mats do que formam um toda, os deiva MARIO FERREIRA DOS SAN70S lade, € © ser humane a estiio af dade de facta dades constiluem uma © eh’ nelas, nfo o, que indivisio, «quai Wviduo, de nao-divisio (adi 1 Deus fi permite eaptar jo, que obediece, em mni- », an sentido do pensamen- suficientes el 1s do mundo so contidlos nos que 2 minhos a debates sbbre de sires fir ‘camo os escolisticns, e panteisias et cos", hinduistus, cendentalistas, Wwro “O Homer ce teas da Lalla € iversas conccpcdes da uo MARIO FERREIRA DoS sawtos “Do Um provém 0 Miiltiplo, do Multiple provén 0 Cm" # éste um pensamento heracliteano, qite encontram ceito de Aspir e Espir do Ser, na Palavra dt sti hindu, Téda marche para a unida ¢ em dltima instineia, a Di Encontramos na “Aquéle que tudo aur na Unidade, que fudo relaciona e que vé tudo na U lecer em paz com Deus” (1-3) do Bhay Aquéle que me fa parte (UM), ¢ que vé tudo em mii derme nem estar perdido para mim”. Ver a ‘mem téda a parte é ser um perfeite Yoga. Tudo quanto & tudo quanto existe no mundo tempores- pacial (cronotépico) volve ao Um, ps ser outra coisa, 0 Um € 2 Tau dos chinese: ther, EnSoph erengas é @ uni as mies: Divindade, E neste fragmento de gbrieo é ilolno temos o pensamento pita- ige tudo, sempre Um, sempre semelhante a si mesmo, e diferente de tudo o Pe, Schinidt, em seus trabalhios de antropologia cul euniu provas bem fundadas de que o mon melra manifestecio religiosa, du qual o politelsmo decor, re, pela hierarquizacio inferior das. poténeins Ein tédas, ha sempre o UM, pr a0 exotcrieo, a0 popular, que 6 comumente pol Mas, na inyestigacio do pen. samento popular politeista, eneontra-se do UM (1), (2) Bi uma inewivel postividade no pensamento de pe. Schmit, fembore se posam fazer vestiges a tese que ectucn. Ria noose lene TRATADO DE acio universal nas ibolo mai simbolizado pela primeira letra do alfabeto Aleph, Simbolo da wnidade, i roseds- miimero 1 simboliza a individualidade, quer micro bnca quer mucsodenica, Ean tude que pudenos red a 1, encontramos uma unidade (2). de seo “0 Homiem porante 0 Infcia", onde abordames temas de solo Aeutimu as nfo Ge famonosntopeogata a dou onsen ete ee tar sitive, A concilingio entre a 2 ele, que Sasibém revolam anpecon bit 2 tesa imonotelsa eo bolita no € ail de aneoasat-se desde que diacticamente possamos evitar ax unilateralidades excludentes que tain Donsamenton apresenta, coloconda-at, consegbentemente, ts futeo plano. : (Q) Pripssentc, nfo ae tata de musica, maa de hypésans, we etn grego tom am sentido tals «lato que o tétmo laine tenci cu cada aqui Hose tema i por née abordedo lvron de Teologia, onde exatvinamor «problemen correspondent @) 0 mais etovado Ideal pilagivio, no campo do eoabecment sobret 108 precios. AK 0 que € felt), Go, ‘Temos, assim, tém tido, no oridente, diversas ‘eas, a de Duns Scot, © a nossa “Filosofia Concret ema v ARTIGO 3 A SIMBOLICA DO 2 — © BINARIO, A DIADA nos campos do coaheei ‘era, alto € baixo, posi apo do, bi sempre a idéia d (1) A Disda pitagérica nfo & apenas 9 oposigfo. A Grande Dinda, que € 9 Dida transcendental, & eonstituida do Ser Supremo como forme (aa sua ceséasia e existéncia), que ¢ UM, @ ne sua fsto € em sin aecio, que tende para realizar algo. Com ‘proles ns @ passives, no tern wanentes ao Scr Supremo, as provissdes sam-se no proprio Ser Supremo, sem deli papéis (dal persona, pessos) que 0 Ser Supremo Forma ¢ 0 da operetio, unides no Ser, cujo papel de unit amor, & simbelivado pelo Bspisiio Sento, o glue nos permite compre fender porque « Trindade eristi & tues hipdetases em Um so Ser, ste , que & abjecto da Teck os correspandentes devica- mente estudado, no s6 em face do pensamento existin como era outros sectores Go pensamento \esofia, podemos dizer que 9 Ser Supcemo & a vo existenies e como essente 6 © menno, pois néle se iden Mis o Ser & inmutivel ua sua etsincia © na sua © fowanto pode ser, opera. © eperar e a forma se ‘Assim a Disda (ranscendental de Pitigaras no deve sor a com a sets, mM MARIO FERREIRA DOS SANTOS no seu substracto (no hipokeimenon, no que esti por baian, no que sustenta) ser e do sex. Se a posigio & por exemplo, a do materialista, tudo quanto & ‘ven da matéria, & quando deixa de ser 0 que € (isto ou aq) Jo}, niio deixa de sor matéria © da materia, As coisas se transformam, madam-se, geram-se e corrompenrse. Mus 0 inua. El pre de ser( mutéria, ou no-ma- teria, mas sempre ser). 114 aqui um dualismo inevitivel em todo © monis: E se algudm se eolocasse numa posigio monadoligies, pl ralista, admitindo que 0 universo nada mais é que o resul- fado de combinagdes figurativas de minndas (como os to- mos de Deniderilo, por cxemplo), ainda nesse pensumento, 0 desaparecimento de um ser éste ou aquéle, se daria no re- tome aos elementos eomponentes, que deixando de format esta ou aquela figura, no deixariam de ser que eram. Numa idéia eriacionista, como a crista, o Ser Supremo, Deus, dé su do Nao-ser, de criaturas que siv mur- eadas pelo limite, pois elas no so tudo quando podem ser. 0 dualismo de acto © poténeia, que ja se fixara nitidamente no aristotelismo, ainda afirmia 02 A homogeneidade su- ie & helerogencidade « ios, Um ¢ Miltiplo, surgem inevitavel- nente para estahelecer No pitagorismo, sem 1. a diuda é jnevitivel na exiatura, que pode ser s nie, pois & sempre dois, acto e poténcia, es- stncia € existénei que é privada de nsamento filaséfico, como surge em todo @ per igioso, © alé nas formas mais simples de apresen~ ora 0 2 a opcsigdo da exiagio, porque a exintura & ui ser que néo € tudo quanto pode ser o ser. Nela ha uma ceticiéneia, pols a ela 1nao podemos predienr todos os stvibutos predicaveis ao Scr Suprerso, Ela € sempre fundamentalmente 2 rRATADO Imboniea Me que no € ela (ex. en © ndo-ru). inevitivelmente. O que se individualiza, dis tro, Para que algo se afirme é preciso exel Formal ¢ uma Iogica de excludéncia ¢ uma id nilida, 2, quando se separa e se afusta de The é contriria. A segregatia é inevitivel, como o tomia, a separagio, a erisis aberta, Todo ser fi unidade, enquanto tal, separase de outros. dois nai Pitdgoras d 61m plural, mas a diferenciagao, Por isso que 6 Um nao € mimero, porgue 0 quanto tal, € apenas éle. Mas comparado a outro ja se tora numérica (de numero, norma, regra). jerase, que yen de nom A polaridade do bindrio surge em todo o existir. Agen- tee paciente, positive e negative, movimento e quietudi magnéticos, ele, tdas essas dualidades polares, ex- Animus), as duas ordens energéticas de extensidade ¢ inten- sidade, ete. No livro da Génese, a eriagao & binivia: a passagem ‘cans para o cosmos, € a passagem do que antes nao era pa fo que é. © Yeng-Vin, do ehineses No polemds de Heréclito, no Yang, activo-passi ‘Yin, passivo-aclivo, da filosofia clissiea chinesa, mas E por isso que 0 2, na arithmasofia dos gnésticos, ¢ 2, que se revela na du ie da vibracao, na a mocko de qua o devir, 0.26 Depois nidade 6 e verse qe ( ele, & tudo n 2 o mundo se 0 80 a sintese (tr da oposicio, ¢ que dai surge, ete ¢ 3, MARIO A DOS. SANTOS. ATADO DE SIMBOLICA nhevel liter) 0 abjecto. supre ladas as épocas. ferso. Podem os factores jemos compreender 0 mi aporias insoliveis, sem a oposici pade ser wi TEMA Y Al NGO 4 © 3. A TRIADA. O TERNARIO. A TRINDADE 1 cine ieos ow oponentes se ci soricos) © trés (A relagdo 6 150 MARIO FERREIRA DOS SANTOS Nao ha oposiedo contraria entre uma cobra ¢ uma drvo- ou de outra pe ai lativas a algo que idealmente es! Ase algo nero do que di cialmente os rel: 86 Io surge o de harmonia, ordem e até de lei compa- MARIO FERREIRA DOS SANTOS Tei, do equilihrio imboliza. e Belkarte ralistas si que sio 0s aspectos de que Ga Tau. A 1s lees puros, sant a universal), Vel (a existéncia seas (rés Letras, Y, 1), THE (esis - Combs con Lei, ea 's primeivas | juntando-se ap n), € OS gregos a expres- ¢ 08 romanos usavam para acl Baco, ¢ finalmente, na decadéncia, a Momo. No “Tau-to- diz Lau-Tseu: “o pi > eng drou o segundo; os dois produziram 0 terceiro, ¢ 0s tres fr, chama-se Hi, a representa tod io tem nie podemos eaptar ogencidade, exp 108 compreendé-tn, le 6 © pensamento da Igreja, 9 que nao impede ao fi- nbora aquela estabeleen que pode ser melhor que 0 in in Verdade, eu total exige 0, do que 6, © sensérin-no- livisao da Bolivia ¢ da Argentin nos jud im as igrejas er quanto € ser tres, p prema; porisso, em todos os py tramos 0 brs como simbolo do Seguindo as provid planos simbélicos, 0 trés, como simbalo pri ote. até aleancar a década, reflete t6da a versal de que trés aponta, pois, em todos os phinos, temos mpre presente o tern wrinos éste exame verifi- camos que hieraticamente todos os planos universais se pro- cessum por ligaedes de terniirie a A trindade su- prema, divina; logo abaixo a trindad facie, os opostos is us igreias, templos € a mos simboles do ternério, expe: fs nos favarecem, co iwersos planos, isto &, desde a signitic mais remota, bolo de uma grou mais elevado de penetragio no fas, emr que a Figura te, ressurgir, co- izada penetra nas trevas para, fi to de Buda Ki remos, que & simbolizado t formam a eslréla de seis po Sao simbolos do 3, a tridente, a letra G (gama dos gre- 05, 0 Ghimel dos hebreuss). 0 Tridente, mais a flor de Lotus. izam © inieiado nos mistérios. TEMA v ARTIGO 5 © QUATERNARIO — © NUMERO 4 Ao serem examinadas as mente que a alternancia, que ditdiea, s6 apresenla a suces so nitidamente quando a diada, portanto quando se apresenta qualernariamente. Ass © a curva baixa, quando so, do prolongamento. ibractes, verifica-se theile Ademais, a visto do orbe pe pontos eardiais, 0s 0, como ainda as quatro estaedes, que se apresentan mic Gamente diferentes nos climas temperad ex: névias, as m0 eecdes quunter- de dividir espa- Ao observar as es direita e esquer nem red © liquido, © exame do elima, pereebeu ly mente dist nagies darian a TRATADO DE dos outzos, O homem, por ex: animal e ¢ 0 racional. Na divisio que pod miner de cujas com- ros: lerra, gua, ar € fogo, que jos da natureza. Verificou ade- binagies surgem todos os correspondem aos quatro est mais o homem que os 4 quem um 20 outro arbitviriamente, p lado s6lido para o gazoso sem que © anteceda o estado Liqui- do, como no campo das estagdes 0 vero n&o passa para 0 inverno, sem que se intereale o owiono, Eneontramos ainda na quimiea moderna uma reprodugio déstes quatro estados, dos quatro elementos primordiais, como seja 0 hidrogenio, gue corresponde a agua, 0 oxigenio, que corresponde ao Fogo, © azoto, que corresponde no ar, ¢ carbono que correspond a terra. 7 A cures do tetragrama, ‘Sao éstes quatro elementos os principais de tes estados da matéria ou pelo menos os fundame mos nos milos religiosos gnomos correspor 158 MARIO FERREIRA DOS SANTOS ondinas correspondendo a agua, silfides correspondendo ao ar, ¢ salamandras eorrespondendo 20 Logo. Bm toda a parle a quando © homem procur Thor os temperamentos, como na ea Iinfatico corresponde a gua, » sangiineo corre © bilioso corresponde 0 fogo, ¢ © nervose cor terra, {ramos sempre a prese \dar as causas, Aristételes redus: quateo fandamentais: a eficiente, a formal, a material e final. Quando Jung classificou os earacteres em dois, trovertido e extrovertido, poueo depois teve de estabelecer inciies, © posteriormente subdividir o introvertido énticamente, © extrover lernitviamente, 05 caractores Quatro cram as regras da alquimia, da natureza, quatro as idades do homem, qu do homem, come os periodes do dia. 0s pilagés sonsiderayum quatro os nimeros sagra- dos, a fetructys, pois a divindade pode também ser vista quaterndriamente como mais adiante veremos. A leéraclys 6 simbolizada pelos pritneiros algarismos, 1+ 2} 3 + 4=10, cuja soma é a grande déeada, a unidade suprema. Bstes qu s podem referir-se, ponto (1), linha (2), superficie (3), cub pitagéricos, esta sit uatro as escalas ro os periodos (1), mas, para es jaraske rez @ os seus ciclos evolutivos, ve~ dos a quatro, do mundo, & empregade como josofia ow um pensamento nitrio, Em todas as rel simbolo da nalureza, ¢ uma religioso, que se ativesse apenas ao campo do quat meramente naturalista, lor um conhecimento fundamental. rcunferéneia, n cruz pelos al ¢ perpendicular) nos revela o quatro imerso na atvo partes. sta, materialista, ete. Se no en rade um quadrado incluso no eireunferéncia, tere~ mos unia visio panenteista, isto é tudo (pan) estd em Deu (em theos). ‘Temos 0 qualernario simbolizado pelo quai como La o-encontramos pelo tetracdo. A cruz suastica & simbo~ |, mas as stias pontas, os segmentos verticals is representam a expansio ¢ 0 dinamismo do rio, Entre os hindus, encontramos o quaternal ado pelo lotus de quatro pétalas. Um dos simbolos mais expressivos do quaternério base das pirimides do Egiplo, tendendo cada la um dos pontos cardigis, Em sua base, piramide aris, Mas como convergem as linhas simbolo também do quinario, Na verda imholos de todos os miumeros, © quer des si 180 MARIO FERREIRA DOS SANTOS ia, sempre apontando a criagao no se video, MARIO FERREIRA DOS SANTOS sive © do passive a cho dos séres er eno espace. C Je que tem une olve, em Stas pro- espace. jen em seus © Tud 10 (dois) surge a rel 16 08 opostos da o si TEMA v ARTIGO 6 © QUINARIO RATADO Du SIMBOLICA 105 ice un do outro; a tétrada categorial seria a re pois os contrarios se interactuam, dando surgimento a0 evolver fisico. ue surge da relagdo entre os opostos, a ji um fundamento ea- ‘oposi¢so fun- ieamente, que 0 1 gera 01, ‘Temos ai exposto, no campo das categorias, a sucessio ontolégica dos mimeros, como simbolos. 0 U ma, a trindade, sargimento & feréncia, ‘Base tema 6 por ads estudade em 168 MARIO FERREIRA DOS SANTOS bolo quinae simbolo do mental, quand Aces 5 pontas, MARIO FERREIRA DOS SANTOS \grama ixvertd, TEMA v ARTIGO 7 © SENARIO itivo-netivo), © 0 que é d os, surge a onden ternarin, evolucdo, a reali ©, conseqiienten a org ‘aria, Os lefds), aquéle que fosse igual & som ny caso de (sho: 1, 2 € Mas se retornarmos der o nit laefo: pre », veremos que, da diada, surge o trés, como dee 0 sur ivo-ne- tivo e 0 pos negacio da ai dio de algo p wibilidade & a apti- outro, isto é, de ‘acia, de determinacao ¢ determ Désse mode, os térmos da diad dos, mas inversos no pede aa vex. Ademais a ser 6 dete de sua forma, ¢ esta a determinago, e exerce uma determinacao na deter- abilidade de outro. vm MARIO FERREIRA Dos sAWTOS Essa reciprocidade poderis se mente, pelo negro. O giz actua figura de que Mas, por deter cipias da ser, a Semplificada, determinagao, 6 3. da diads, em oposi 66, ass a ser harmonia, pois, jeractuacto, que se di na reciprocidade, surgem mo- dais, mas o resultado & Here “A Problemitoia da nts TRATADO DE SIMBOLICA is Ther. Ble tomade n si é 1, no casamento, no sew aclu junto & mulher & 2 mas ao sofrer a acco desta 6 3 © 0 mesmo se dé em relacio a ela, ‘dade dos opostos, apos G uspectos. A tomada dinimicamente, € @. Ora, se obs ws cullos © a si versl do senarie, vemos que, em todo o pen mmovia do quatern: | segundo 0 podemios ver ior © a (riada superior, A har a presonea dos 6 térmos das duas, izn essa Ti © que “esti et igual ao que esta em cima”. Os seis tranguios equitacerats no circuto, por esente i, Deus-Filo © MARIO FERREIRA DOS SANTOS pois 0 que existe criaturalmente & sempre uma compo- 1 de acto € poténcia, como os anjos, por exemplo, on de € forma, como os séres guaterniios. © senario, aplicado & natureza fisiea, vefere-se & har- monia da criacdo, harmonia que 6 dada pelo eriador, © que sarge da order Para justificagio dessa simbélica, reiimem os autores que a estudaram diversos exemplos, como as seis formas primitives na cristalografia, t6das derivadas do trigngulo eral, como sejam 0 paratelepipeda, o octaedro, 0 te- traedro, o prisma hexaédrico regular, o dodeeadedro rombei= dal e 0 dodecsedro triangular, as seis asas do Serafim, ou, ainda, os seis instrumentos dos companheiros nus lojas magénieas, ete. 0 senivio é simbolizado pelo hexagrama, Vemo-lo em templos e em diversas manifestacdes estétieas. Na Anun- () 0 tema da hermonis, pala sua complescidade, nao pode ser inedo agul. Fazemo-lo cm “Piligoras e 9 Toma Nimero", pois a lei da harmouia, que & universaimenie valida, exige uma longa ex- planacie pars ger devidamente justificada. No entante, no se deve fesquecer que © conceit de harmenia implica os opostos analogados, ‘com a subordinacio dos fungies subsidiirias & norma de principal, 0 ‘que néo compreanderam eertos fildsofos que ridicularizaram a frase itagérica da “Sinfonia da harmonla untverset", porque e reduvem & ‘estitien de opastos apenas siméiriece, que 6 a mancira mais superficial de compreendé-l, TEMA V ARTIGO 8 © SEPTENARIO Se partirmos das extegorins pit ss, Veremos que, da substincia universal, por diferenciagao, surge @ binério, duas modalidades de ser que ja estudamos. Essas duas positividades em oposigio sio por sna vex uma, que é predominantemente activa, determinante, ¢ ou tra, que é predominantemente passiva, delerminavel, O es- quema abaixo coloea hem o que acabamos de dizer: 1 Substinet Passiva Opes RaivoRsive Pasty Relacie doe opostes Reclprocidede (evelusdo} A toma (Vide, inteligénea, ete) [Ajuctamonte © « orlenagio das fengies das epostes (harmenia) No pitagorismo, o sete tende @ apantar a graduagie quae lilativa do ser finite. Se examinarmos @ simbética dos diversos mits, ¢ a que se refere 20 pensumento de todos os povos, envon em tudo quanto indigne uma seriacio provenientes de lons resullantes das combinagées dessus tres cores. Pondo em primeiro lugar 0 vermelho fundamental, entre © vermelho ¢ 9 amarelo excontramos uma cér intermediaria, que & 0 laranja; © verde como intermediirio entre o amare- va MARIO FERREIRA DOS SANTOS Jo eo azul. ndigo, que © azul como cdr fundamental, sexto 0 nesse periodo, se di a passagem de ui ramos ainda o sete nas ida- sofre modifi te e um, ete, sobre as Nao uma transigio, E é nesse sentido que éle nos surge na sim- hi rsa aw oy 7 Os sete PRATADO DE SIMD A v Nowo corpo obedece, sem que a aecio do corpo seja do corpo, Av! ia, € € obedecida, sem que seu acto se escoe na accio. tensfio, em acto ciente désse acto foi a minha yonlade, Ela no se escoa a accie do braco, di rque esta acedo nfo é uma transfor- magio da minha + fundadores que apon- se pode fitar sentidos, cega- para © ciclo a escent concave e Por isso, p

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