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UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL PROJETO DE PONTES emit cb Prof. Yosiaki Nagato Gi ytr >t 1. INTRODUCAO LI Apresentacio da disciplina Serao abordados nesta disciplina os fundamentos de projeto de pontes: tipos de pontes, concepeiio do projeto, normas aplicéveis, solicitagées atuantes, céleulo de esforgos, dimensionamento dos ‘elementos constitutivos, métodos de construgao, etc. ‘Trata-se de um assunto bastante especializado, onde a ampliagio e consolidagdo do conhecimento se fario naturalmente na prética profissional, restringindo-se a disciplina a fomecer os conhecimentos ésicos que permitirdo ao futuro engenheiro enfrentar com certa seguranga o desafio de projetar ou participar do projeto de uma ponte. Diversas disciplinas do curriculo de Engenharia Civil forecem ‘conhecimentos complementares necessirios a0 projeto de pontes, ‘como as relacianadas ao concreto armado, ao concreto protendido, as fundagdes © obras de terra, & hidrologia, & mecdnica dos solos, a andlise estrutural, & construgao civil, etc. 1.2 Definigéo de pontes e obras similares Ponte é uma obra de arte destinada a dar continuidade a uma via de trifego (rodovia, ferrovia, canal, caminho de pedestres, etc.) através de um obstéculo natural ou artificial (rios, bragos de mar, lagos, vales, encostas, outras vias, etc.), sem obstruir a segio ‘ransposta. Quando © obstaculo transposto no é constituido por agua, a ponte é comumente, denominada viaduto. Quando se destina & passagem de pedestres, a ponte é denominada passarela, Pontes de ‘véios pequenos so tradicionalmente denominadas pontithées. Quando os pilares sio muito altos ou recebem grandes empuxos de terra, costuma-se ligé-los & superestrutura formando um quadro juntamente com as vigas principais. ‘Até a década de 1950 os aparelhos de apoio constituiam-se em articulagbes fixas ow moveis, essas ltimas representadas por aparelhos metilicos ou péndulos de conereto em contacto com placas de chumbo, Desprezando-se efeitos secundérios, os pilares com articulagdes méveis ficavam isentos de forgas longitudinais, transmitindo-se essas forgas integralmente aos pilares ou encontros dotados de articulegées fixas. Mais recentemente, com a utilizagdo dos aparelhos de apoio de clastémero (borracha sintética ou neoprene) fretado com chapas finas de ago, muitas vezes séo suprimidas tanto as articulagées fixas como as mOveis, ficando todos os apoios em um meio termo eléstico. Esse fato no introduz modificagio significativa nos esforgos solicitantes nna meso e na infiaestrutura, originérios de cargas verticais. Porém, altera sensivelmente os esforgos provenientes de quase todas as outras agGes. (llustragdes) 1.3 Partes principais de uma ponte Sob o ponto de vista funcional, as pontes, em sua maioria, podem ser divididas em quatro partes: superestrutura, mesoestrutura, infraestrutura ou fundacao, e encontros. ‘A superestrutura consta geralmente de duas partes principais: 0 tabuleiro ou estrado, que recebe diretamente a carga miével, € 0 vigamento principal, cuja fungo é vencer 0 vao a ser transposto. A mesoestrutura, constituida pelos pilares, recebe os esforgos provenientes da superestrutura e os transmite a infraestrutura, juntamente com outros esforgos decorrentes de ages diretamente ‘aplicadas aos pilares, como press do vento © empuxo da agua em movimento. ‘A infraestrutura ou fundagio é a parte através da qual so transmitidos ao terreno, rocha ou solo, os esforgos recebidos da mesoestrutura. Constituem a infraestrutura os blocos, as sapatas, as estacas, os tubuldes ¢ as pegas de ligacdo de seus elementos entre si ‘ou com a mesoestrutura. Os encontros se destinam principalmente a servir de apoio as extremidades da ponte e a receber o empuxo dos aterros de acesso € a carga da via diretamente acima deles. Apesar de imprescindiveis em determinadas pontes, os encontros podem ser dispensados no caso de viadutos ou pontes em que nio exista 0 perigo de erosio dos aterros de acesso pelo curso d’dgua. Nesses casos a ponte apresenta extremidade em balango, com uma viga transversal denominada cortina, O aterro de acesso é entio arrimado apenas na altura correspondente a cortina, caindo livremente abaixo dela ¢, geralmente, sujeitando o pilar extremo a empuxo. Alguns engenheiros consideram ‘0s encontros como fazendo parte da mesoestrutura, ¢ outros como parte da infraestrutura. ‘A superestrutura € comumente separada da mesoestrutura por meio de aparethos de apoio, que sio dispositivos especiais destinados a impedir a transmissio de momentos de uma parte para a outra, podendo impedir ou nao a transmisséo de esforgos horizontais Exgnegs esto \ ‘teenie vJeum viaduto redovivio urbane, com quero vas. 0 vBoe conta Pa ‘wos lacorls so ou ‘de parades trapexbides, poiando-s® lade, fcam encerrados no terepleno, °) abueiro da ponte apresenta umm pista de ramento Fig, 1.1.4 Estrutura principe! (ponte) « viadutos do acess0. Fig. 1.1.1 [1] - Partes principais de uma ponte, —n a Fig, 1.4.2 [1] - Viaduto sem encontros, com exiremos em balango. Se Fig, 1.1.3 [1] - Estrutura principal (ponte) e viadutos de acesso. a1 Fig. 1.1.4 [1] - Viaduto a meia encosta. Estrado de largura total. [6] ABNT - NBR 7189 - Cargas Méveis para Projeto Estrutural de Obras Ferrovidrias [7] ABNT - NBR 7197 - Céleulo e Execugiio de Obras de Concreto Protendido [8] ABNT - NBR 7480 - Barras e Fios de Aco Destinados a ‘Armaduras para Concreto Armado [9] ABNT - NBR 7481 - Telas de Aco Soldadas para Armadura de Conereto [10] ABNT - NBR 7482 - Fio de Ago para Concreto Protendido [11] ABNT - NBR 7483 - Cordoathas de Ago para Conereto Protendido [12] ABNT - NBR 7808 - Simbolos Gréficos para Projeto de Estruturas [13] ABNT - NBR 8681 - Ages e Seguranca nas Estruturas 2.3 Elementos geométricos © projeto de uma ponte deve subordinar-se a elementos ‘geométricos relativos as caracteristicas da via e do proprio estrado. Os elementos geométricos da via dependem das condigdes técnicas estabelecidas pelo drgdo piblico a cuja jurisdigao pertence, ‘como, por exemplo, 0 Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, os Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem, as Prefeituras Municipais, a Rede Ferroviaria, etc. Os elementos geométricos do estrado dependem das caracteristicas funcionais da ponte. 2, ELEMENTOS NECESSARIOS PARA O PROJETO DE UMA PONTE 2.1 Generalidades ‘Ao iniciar o projeto de uma ponte, 0 engenheiro deve estar de posse de informagées que the possibilitem uma visio a mais abrangente possivel da situago e das condigdes executivas da obra. Ele deverd enquadrar 0 projeto dentro das facilidades de mao de obra, materiais, transporte, equipamentos de suspensdo e condigées de infraestrutura oferecidas pelo local. Deve considerar a finalidade da ponte, os aspectos hidrol6gicos e geotécnicos do local de implantago, ‘as normas aplicdveis, as solugdes estruturais ¢ os _métodos construtivos disponiveis, os aspectos arquiteténicos, ecolégicos, econdmicos, paisagisticos, sociais © urban{sticos, os prazos envolvidos, enfim, todos os elementos que the permitam realizar um projeto de qualidade © que atenda da melhor forma possivel & comunidade. © trabalho deve ser iniciado pelo levantamento das condigdes presentes do projeto (estudos ja realizados, anteprojeto, etc.). Em seguida devem ser coletados os elementos informativos requeridos pelo projeto. 2.2 Elementos normativos Deverdo ser obedecidas as normas aplicaveis ao projeto de pontes, sciido as principais normas brasileiras aplicaveis a obras de concreto armado ou protendido relacionadas a seguir (cada uma deltas indica normas complementares a respeitar). Normas estrangeiras ‘também podem ser utilizadas, desde que devidamente justificadas. [1] ABNT - NBR 6118 - Projeto e Execugdio de Obras de Conereto ‘Armado [2] ABNT - NBR 6122 - Projeto e Execucdo de Fundagies [B] ABNT-- NBR 6123 - Foreas Devidas ao Vento em Edificacoes [4] ABNT - NBR 7187 - Projeto e Execugdo de Pontes em Concreto ‘Armado e Protendido [5] ABNT - NBR 7188 - Carga Mével em Ponte Rodovicria e Passarela de Pedestre Vio livre do tramo - é a distncia medida horizontalmente entre os paramentos de dois pilares ou de pilares e encontros. ‘Altura de construgiio de uma ponte, em uma determinada segdo, & a distincia, medida verticalmente, entre 0 ponto mais alto da superficie do estrado e 0 ponto mais baixo da superestrutura, na segio considerada. A altura de construgao € um elemento de grande importincia no projeto de uma ponte, pois, em muitos casos, condiciona o tipo de estrutura a ser adotado. Altura livre abaixo de uma ponte, em uma determinada segdo, é ‘a distincia, medida verticalmente, entre o ponto mais baixo da superestrutura e 0 ponto mais alto do obstéculo transposto pela ponte, na segiio considerada. Em um rio, a altura livre é medida até o nivel ‘da maxima enchente; em uma via, transposta por um viaduto, a altura livre € medida até 0 ponto mais alto da superficie de rolamento da via, por exemplo, 0 topo dos trithos em uma ferrovia ou 0 topo do pavimento em uma rodovia. ‘Nas pontes construidas sobre vias navegiveis, a altura livre deve ser tal que permita a passagem das embarcagdes mais altas, mesmo em ocasides de maxima cheia ou de maxima preamar. Nos viadutos construidos sobre outras vias, a altura livre deve sempre exceder, com razoivel folga, a altura do mais alto veiculo. Por exemplo, nos viadutos sobre rodovias federais a altura livre minima é de 5,50 m, enquanto a altura méxima para livre trénsito de veiculos é de 4,00 m. Esconsidade - Quando 0 eixo longitudinal da ponte no forma ‘um Angulo reto com 0 eixo longitudinal do obsticulo transposto, diz~ se que a ponte ¢ obliqua ou esconsa, sendo o iiltimo termo 0 mais ‘empregado. Uma ponte é esconsa a direita ou a esquerda quando seu eixo longitudinal inclina-se para a direita ou para a esquerda da perpendicular ao cixo longitudinal do obstéculo transposto, (ig. 2.5.1 1) 2.3.1 Elementos geométricos das rodovias tile tm ex ) : bseiphine 2.3.1.1 Classes de rodovias. Velocidade diretriz 2.3.1.2. Curvatura horizontal. Raios minimos 23.1.3 Rampas 2.3.1.4 Distancia minima de visibilidade. Curvas de concordancia vertical. 2.3.1.5 Largura das pistas de rolamento e acostamentos 2.3.1.6 Superlagura ¢ inelinagdo transversal val any, ol) 2.3.2 Elementos geométricos das ferrovias } ghaciphine | 2.3.2.1 Classes de ferrovia 2.3.2.2 Raios minimos de curvatura horizontal 2.3.2.3 Declividades longitudinais, concordéncia vertical 2.3.2.4 Superelevagio 2.3.2.5 Trens-tipo 2.3.3 Elementos geométricos das pontes 2.3.3.1 Definigdes © projeto de uma ponte ¢ condicionado por diversos elementos geométricos, alguns dos quais sfo definidos a seguir: ‘Tramo de uma ponte - é a parte de sua superestrutura situada centre dois elementos sucessivos da mesoestrutura, Vio teérico do tramo - € a distincia medida horizontalmente entre os centros de dois apoios sucessivos. 2.3.3.2. Largura das pontes rodovidrias [As pontes rodovidrias podem ser divididas quanto a situagio geogréfica em urbanas ¢ rurais. ‘As pontes urbanas possuem pistas de rolamento com largura igual & da rua ou avenida onde se localiza a obra, € passeios correspondentes as caleadas (Fig. 2.5.2 a, b). Freqiientemente, as pontes urbanas apresentam trifego misto, rodovidrio € ferrovidrio (linha de bonde ou trem). As pontes rurais so construfdas com a finalidade de escoar 0 tréfogo das rodovias, as quais apresentam pistas de rolamento ¢ acostamentos laterais. Os acostamentos servem a diversas finalidades, tais como: a) desvios eventuais de vefculos em trfego; byparada de veiculos; c)transito de pedestres. ‘A primeira finalidade & importante para 0 acondicionamento psicolégico do motorista. No caso de redugo de largura ou climinagio do acostamento, produz-se um _estrangulamento psicol6gico da estrada, 0 qual resulta em redugio do escoamento do trafego. Estudos publicados pela Associagio Americana dos Orgios Rodovidrios Estaduais (AASHO, Highway Capacity Manual, 1965) revelam os seguintes valores determinados experimentalmente: Quadro 2.5.1 [1] - Efeito de obstrugdes laterais sobre o fluxo do tréfego em rodovias. Distancia da obstrugo lateral ao | | Capacidade da pista de 7,20 m bordo da pista (ambos os lados) como porcentagem da situagiio ideal 1,80m 100% 1,20m 92% 0,60. m 83% 0,00 m 12% ft, S He Re / ol /F » \ Fig. 2.5.1 [1] - Iustragio da esconsidads a direita (a) e a esquerda (b). Durante muitos anos, as pontes rodovidrias federais de Classe 1 foram construfdas com pista de 8,20 m e guarda-rodas laterais de 0,90 m, perfazendo a largura total de 10,0 m (Fig. 2.5.2 ¢ [1]). Para compensar a obstrugdo psicologica provocada pelos guarda-rodas de 30 cm de altura, alargava-se a pista de estrada, para cada lado, de cerca de 2 vezes a altura do obsticulo (2 x 30 = 60 cm). Os guarda- rodas com 0,90 m de largura total ¢ 0,75 m de largura Util servem para uso eventual de pedestres. © nome guarda-rodas provém da suposta fungiio de impedir a saida do vefculo desgovernado da pista, fungdo {que 0s guarda-rodas indicados na Fig. 2.5.2 ¢ [1] nfo preenchem, devido a sua pequena altura. Examinando 0 Quadro 2.5.1 [1], verifica-se que a segao antiga das pontes rodoviarias de Classe 1 provoca uma redugSo de 17% na capacidade da pista, fato esse confirmado pelas colisées de vefculos contra os guarda-rodas na ‘entrada das pontes. Nos iiltimos anos, 0 DNER seguiu a orientagio americana, adotando para as pontes rurais a largura total da estrada (pista + acostamentos), de modo a eliminar o efeito de obstrugdo psicolégica da estrada (Fig. 2.5.2 d [I]). Nessas condigdes, 0 trecho da ponte apresenta a mesma capacidade e seguranga da estrada com acostamento. Os guarda-rodas antigos foram substitufdos pot barreiras laterais capazes de impedir a saida dos veiculos da pista. ‘Vemos assim que as pontes urbanas ¢ rurais devem ter segdes transversais iguais as das vias (ruas, avenidas ou estradas), de modo a no reduzir a capacidade das mesmas. Antigamente, com 0 pequeno volume de tréfego, adotavam-se solugdes mais econdmicas (© menos ceficazes ou seguras), reduzindo as larguras das obras. Fig. 2.5.2 [1] - Exemplos de sees transversais de obras rodoviirias. 2.3.3.3 Largura das pontes ferrovidrias com lastro ‘A largura minima das pontes ferroviarias deve ser suficiente para ‘acomodar a linha férrea com lastro (Fig. 2.5.3 a [1}), devendo ainda prever-se refiigios a espagos regulares para seguranga do pedestre eventual durante a passagem do comboio. Nos locais com transite regular de pedestres colocam-se passeios, em um s6 lado ou em ‘ambos 0s lados éa ponte (Fig. 2.5.3 b [1]). Na Fig. 2.5.3 c [1] € representada a segfio transversal do tabuleiro de uma ponte ferroviria para linha dupla, com passeio de um lado (para utilizago de pedestres) ¢ passagem de servigo do outro lado (para utilizagao do pessoal de manutengao). 2.3.3.4 Gabaritos das pontes Denominam-se gabaritos os conjuntos de espagos livres que deve apresentar 0 projeto de uma ponte, para atender a diversas finalidades. ‘As dimensées transversais indicadas nas Figs. 2.5.2 © 2.5.3 constituem 0s gabaritos das pistas de pontes. ‘As pontes construidas sobre rodovias devem respeitar espagos livres necesséries para o tréfego de caminhdes (Fig. 2.54 [1]). Na Fig. 2.5.5 [1] & representado 0 gabarito a ser respeitado por uma obra sobre ferrovia. Os gabaritos de ferrovias sto mais altos que os de rodovias por causa da eletrificagio com cabos aéreos. ‘As pontes construidas sobre vias navegiveis devem atender aos gabaritos de navegago dessas vias. Para vias navegaveis por chatas © rebocadores, é comum prever-se a altura livre de 3,50 m a 5,00 m acima do nivel méximo a que pode atingir a égua. A largura deve atender a, pelo menos, duas vezes a largura maxima das embarcagbes, mais um metro. No médio e baixo Reno, onde ¢ intensa a navegago, a altura livre 6 fixada em 9,10 m. Na Fig. 2.5.6 [1] vé-se 0 desenho da ponte sobre o rio Paraguai, ‘em Cfceres (BR 70 - MT), na qual 0 gabarito de navegagao foi fixado ‘em 35 m de largura por 12 m de altura, sobre 0 nivel maximo das Sguas. ‘tue Sina sm em cnet ton cope e256 Emp om pnt mmo 550 1240 Ge ote Ss Saat a Yr sop ad gn ee ¥ md (on ae) et pS ver | ore] wm coo | oo sess | wo | mm sex 19 Em canais ¢ rios acessiveis a grandes navios, assim como no acesso a portos, a altura livre costuma variar entre 40 ¢ 50 metros. A ponte de Verrazano-Narrows, na entrada do porto de Nova York, foi construida para atender a um gabarito de 608 m de largura (2.000 pés) ¢ de 65,7 m de altura (216 pés). A ponte sobre o rio Guafba, em Porto ‘Alegre, na diretriz. da BR-116-RS, foi construida de modo a permitir gabarito de 40 m de altura quando elevado o vio mével. A ponte Rio- Niter6i, sobre a bafa da Guanabara, apresenta os seguintes gabaritos disponiveis no canal de navegagac ‘vo central: 269,4 m (largura) 60 m (altura) ‘vio adjacente ao vo central:171,6 m (largura) 60 m (altura) ‘A Fig. 2.5.7 [1], reproduzida de [2], apresenta os vos principais da ponte Rio-Niterdi. Segundo Costa Reis [3], 0 Ministério da Marinha, Capitania dos Portos, estabelece os seguintes limites: Tipo de navegagio him) = Lf) de chatas 40 10,0 de maior porte 12,0 40,0 transocednica 55,0 250.0 Em todo caso, devem ser consultadas as normas para projeto de estradas rodovidrias ou ferrovidrias, bem como as autoridades responsiveis pela operagio de portos © acroportos. A ponte Rio- Niteréi, por exemplo, teve que respeitar um gabarito inferior para a navegagao de embarcagdes de grande porte ¢ um gabarito superior para o tréfego aéreo (aeroportos do Galedo ¢ Santos Dumont). 2.3.5 Elementos hidroligicos ‘Os elementos hidrolégicos recomendados para um projeto conveniente de uma ponte so os seguintes: 1. Cotas de maxima enchente e estiagem observadas, com indicagao das épocas, freqiiéncia e periodo dessas ocorréncias, 2. Dimensées € medidas fisicas suficientes para a solugtio dos problemas de vazdo do curso d’égua sob a ponte, € erostio do leito, como sejam: a) drea em km? da bacia hidrografica a ‘montante da segdo em estudo; b) extenséo do talvegue em km, desde o eixo da obra até a cabeceira; c) altura média anual das cchuvas, em mm; d) declividade média do espelho d’égua em ‘um trecho proximo da obra, de extensio suficiente para caracterizé-la, bem como indicagées concementes a orografia, permeabilidade do solo, existéncia na bacia hidrogréfica de vvegelagdes © retengSes evaporativas, aspecto das margens, rugosidade e depresses do leito no local da obra. 3. Noticias acerca da mobilidade do leito do curso d’4gua, acaso- existent, com indicagéo da tendéncia ou do ciclo ¢ amplitude da divagagio; alvéos secundérios, periédicos ou abandonados, Zonas de sluvides, bem como de avulsées e erosbes, ciclicos ‘ou constantes; noticias também sobre a descarga sélida do curso d’égua e sua natureza, no local da obra, ¢ sobre material flutuante eventualmente transportado. 4. Se a regiio for de baixada ou influenciada por maré, a indicagao dos niveis maximo e mfnimo das aguas, velocidades maximas de fluxo e de refluxo, na suj ficie, na seco em estudo, 5. Informagdes sobre obras de arte existentes na bacia, com indicagdes de comprimento, vaziio, tipo de fundagao, ete. 6. Noticia sobre servigos de regularizagio, dragagem, retificagdes ou proteglio das margens. 7. Tipo e peso de embareagées que trafegam na area. 2 2.3.4 Elementos topogréficos © levantamento topogriifico necessirio ao estudo de implantagio de uma ponte deve constar dos seguintes elementos (segundo Pfeil tu): 1. Planta, em escala de 1 : 1000 ou 1 : 2000; perfil em escala horizontal de 1 : 1000 ou 1 : 2000, e vertical de 1 : 100 ou 1 : 200, respectivamente, do trecho da rodovia em que ocorra a jmplantacdo da obra, em uma extensdo tal que ultrapasse seus extremos provaveis de, pelo menos, 1.000 m para cada lado. 2. Planta do terreno no qual se deve implantar a ponte, em uma extensio tal que exceda de 50 m, em cada extremidade, seu comprimento provével, e largura minima de 30 m, desenhada na escala de 1 : 100 ou 1 : 200, com curvas de nivel de metro ‘em metro, contendo a posigio do eixo locado e a indicagao de sua esconsidade. 3. Perfil ao longo do eixo locado, na escala de 1 : 100 ou 1 : 200 © numa extenstio tal que exceda de 50 m, em cada extremidade, o comprimento provével da obra. 4. Quando se tratar de transposigao de curso d’égua, segao do rio segundo o eixo locado, na escala 1: 100 ou 1: 200, com as cotas do fundo do rio em pontos distanciados cerca de 5 m. Por outro lado, segundo Costa Reis [3], 0s érgdos ou firmas interessadas devem fornecer os seguintes elementos topogrificos: © Perfil longitudinal da estrada, mostrando o greide da estrada (50 cm acima do greide de terraplenagem), pelo menos 200 m para cada Jado da obra, nas escalas vertical | : 50 ¢ horizontal 2500. © Planta com curvas de nivel de metro em metro, na escala 1: 1000, numa faixa de 100 m de largura ¢ prolongando-se além das extremidades do maior dos seguintes valores: comprimento da obra ou 300 m. Conforme a importancia da obra, um certo niimero de sondagens, ou mesmo sua totalidade, deverd atingir a rocha, que deverd ser investigada por meio de sondagens rotativas ‘em uma espessura de, pelo menos, trés metros. Quando ja existe 0 anteprojeto da obra, poderio ser realizadas duas sondagens em cada linha transversal de apoio, Serio realizadas sondagens rotativas ou mistas (sondagem a percussao na parte em solo ¢ rotativas na parte em rocha), no caso de fundagdes em rocha ou em terreno que apresentem matacbes. ‘9 Perfis em separado de todas as sondagens, nos quais se indiquem a natureza e a espessura das diversas camadas atravessadas, suas profundidades em relagio a uma referéncia de nivel, indices de resisténcia @ penetragao nivel d°4gua, inicial ¢ vinte e quatro horas apés a conclusiio da sondigem. A referéncia de nivel da sondagem deve relacionar a cota da boca do furo a referéncia de nivel da obra. 1 A fixagdo das profundidades das sondagens podera ser feita ‘com criérios altemativos a serem obedecidos no campo como, por exemplo, os seguintes: £1 - Sondagem de pereussio - prosseguir até: a resisténcias penetragdo iguais ou superiores a N ‘golpes/30 cm, em cinco cravagdes consecutivas; ou 1s material impenetrivel pega de lavagem; ou «© Zm de profundidade maxima Os valores de N ¢ Z poderdo ser fixados, em cada ‘caso, conforme a natureza do solo eo tipo da obra. Em uma obra média, por exemplo, pode-se adotar N = 40 golpes por 30 cm, Z = 40 m. ‘ondagens rotativas - prosseguir até: £2- recuperagdo igual ou superior a X % em trés avangos consecutivos; ou 23 perfeito conhecimento da variago do nivel d"égua é necessério para que se possa fixar a cota das extremidades superiores das fundagdes, que devem ser construidas acima do nivel d’égua maximo usual. ‘As velocidades do curso d’égua ou da correnteza permitem que sejam avaliados 0s esforgos exercidos pela 4gua em movimento sobre as estruturas das fundagdes. (Os dados sobre as ondas servem de subsidio para a determinagio dos esforgos provocados pelas ondas, ¢ as informagées referentes a0 ‘trafego hidroviério permitem que sejam avaliados os esforgos de provaveis impactos de embarcagées sobre as estruturas de fundagdo. Em determinadas obras, estruturas especiais so construidas para absorver esses impactos eventuais. 2.3.6 Elementos Geotécnicos e Geolégicos 0s elementos geotécnicos necessirios a elaboragio do projeto de ‘uma ponte so: I. Relatrio de prospecgio de geologia aplicada no local de provavel implantago da obra, considerando seu esbogo estrutural e realgando peculiaridades geolégicas porventura existentes. 2. Relatorio de sondagem de reconhecimento do subsolo, compreendendo os seguintes elementos: «» Planta de locagiio das sondagens, referida ao eixo locado da via. 1) Deserigio do equipamento empregado: peso, altura, etc. ©) Sondagem de reconhecimento do subsolo, em toda a extensio provével da futura obra de arte, ao longo de duas linhas paralelas ao eixo locado da via, uma de cada lado, ¢ distances deste de aproximadamente trés metros. 4) As sondagens devem ser em nimero suficiente para permitir uma definigio precisa quanto a natureza e distribuigo das camacas constituintes do subsolo. Devem, ainda, atingir uma profundidade que permita a garantia de néio haver, abaixo dela, camadas de menor resisténcia, ey 2.3.10 Elementos Arquiteténicos e Urbanisticos Uma ponte, como uma obra de arte, deve se incorporar harmonicamente @ paisagem do local de implantago. Para tal, seu aspecto arquiteténico deve ser 0 mais agradavel possivel, além dos aspectos meramente estruturais ou funcionais. Deve, também, estar de acordo com o planejamento urbanistico da regio, pois trata-se de uma obra fundamental para 0 fluxo do trafego tanto da época de sua construgZo como de um futuro significativo. 2.3.11 Outros Elementos Diversos outros elementos podem ser iiteis para 0 projeto ou a construgaio de uma ponte: © Agressividade da gua, referida ao pH ou ao teor de substincias agressivas aos materiais de construgdo (gua do mar ou acentuadamente salobra, Aguas sulfatadas ou sulfidricas, ete.) ‘© Materiais de agio destrutiva sobre o concreto. © Gases téxicos de terrenos pantanosos, possiveis em cavas de fundagio. © Existéncia, no leito do tio, de motuscos capazes de perfurar as madeiras de escoramento (ver relato sobre o escoramento da ponte sobre o rio Reis Magos, no livro do Prof. A.C. Vasconcelos). ‘© Biologia de éguas marinhas, que pode determinar 0 tempo de permanéncia de armaduras dentro d’égua antes de uma coneretagem por processo submerso. © Condigdes de acesso ao local da obra. © Procedéncia dos materiais de construgfo, custo © confiabilidade do transporte. ¢ Epocas favoraveis para a execugdo dos servigos, considerando ‘5 periodos chuvosos € 0 regime do rio. as 1 recuperagio igual ou superior a X’ % apés penetrar 5m em rocha parcialmente alterada; ou = recuperagao média igual ou superior a X” % apés penetrar 10 m em rocha alterada; ou = Zmde profundidade méxima Os valores de X, X°, X” © Z poderio ser fixados, em cada caso, conforme 0 tipo da obra. 3. Estudos geotécnicos especiais que permitam a claboragiio do projeto do conjunto terreno-aterro-obra de arte, sempre que a estabilidade dos terrenos contfguos a obra possa ser ameagada pelas solicitagdes dos aterros de acesso. 2.3.7 Elementos Estruturais © engenheiro deve ter em mfos 0s tipos possiveis de solugées estruturais para a ponte, de modo a poder fazer a melhor peo para a obra. © assunto seré abordado no item 3.5 - Classificagéio das pontes quanto ao tipo estrutural. 2.3.8 Elementos Construtivos ‘S80 necessérios também conhecimentos sobre os métodos construtivos, visto que a organizago do canteiro de obras, os equipamentos, materiais ¢ mio de obra necessirios dependem do sistema estrutural ¢ do método construtivo adotado. O assunto seré abordado no item 3.6 - Classificagiio das pontes quanto ao sistema de execugao. 2.3.9 Elementos Econdmicos e Sociais Os aspectos econdmicos e sociais associados & obra também siio relevantes. Como a obra ird influenciar na economia da prépria regio ou mesmo de rezides distantes, custo da obra, aproveitamento de mio de obra local, etv. ‘5 Sepdo anserst da ponte a repo dos sor (1) © proto fot deseavolvido em 1985 pela fina Cerne Engenlaria de Projeas para o Departamento de Es ‘hs de Rodagem 60 Esplato Santo, ‘A contro fl gana em coneonach pia pel fa ‘Tena Tenia de Engen e Conastes SA em 185, ipa pelo Bg Pret lion Des Gann, A Construcio SANS nee etn SoM ee a oe ical Ste trie nana aes =e Lace ae SVT Leas Sire See eS Meri Eta a ae Ete SPN ae oe pomeh oem ae oe SAGES Gtk Tag mee fiat, ta asc ce SpTiann Sea craie ae Sein eet ere es ahgake kere ee ae SERENE Pee a apecemen to ote ata te a Some oe Sos Pig 4 Yt da ponte conc a are Bo Ree Mags (ovo Prof tom et cunt) ‘er Fevado Nava apote ta 50 tas bere ee coat dare on Dt Cen) io fost 0 euidado do constutor em examina com Ita sengio o estado dae Fandagtes provsoras po ‘dra wer coonido um deste de jrandcs proporis ‘com perds total da estes. A made contrac neste gnu nio tea a menor condo de suporar © peso. do concreto durame a fase de endurecimemo As Pundagdes 0 cst so apoiads em quo pares de ples [por melo de sparse seoplne JES tm de ape Sir Os ples de 60x 100 cm nascem en blocs de Concreto Ue 37-1 m. Os quo blocos so guas€ potas em 12 extacas metals todas india As to estas extrema so Inlnas no sentido long. dinal da ponte eas quivo ltemas, no sentdo tans ‘erm, AZ incinscOes revisas enum Ge 2 gauss ‘Smorinentos vararam ence 1862 Foram usadas extacas fies det hoe TR-32 sola es pelos patins em forma de tingulo, No echo da [Emma gua e mais crea de um met dono do solo fe emaca fess envolvidas por una casa metas Tubular de 50cm de imevo enchida com concrete Proveo da esta io houwve qualquer problema digo de mencio 0010 Came #execugse ds Tanda ‘cobra fol inaugurada en 1986 Bibtiograna a7 COM HIPERESTATICOS DE PROTENSAO /P/O'N/T/E/ sobre o Rio Reis Magos sa ponte suid na Rodowia o Sono sado do Pinte Sam, etd proaina da locadade denaminada ova Almeida de tm lado Sania Cruz do our fi furs i mostra preceamente su lodizagio ma For So Fo Reis Mages: unto 20 0242 Tratse de uma sigs contin. protedita com es {eamos dois balangos © perl longtudinal da ponte ‘Euima cura porabelis,seac, com icine € tremas de @h ao nico e nom da ponte. © comp mento eal é Je 95 eo estado post a frgura de {i'ma figura 2 stra esqusma pel a eSeur, ESTACAS SUBMERSAS ATA CADAS PoR VERME (Gvsano) A. segho uansersal € em caeio retangular de uma 2eiRE com 62 m de largurs slurs de 18 no exo da ome © dais balangos tris de 2m. Os pases de Fefin cade um exto nas exemidades desses balan, Hage. ands Loge cass lado na pst cavogil 2 © peel answers! dos caixdes € poigonal na pane suf possums esac omer ‘aber paseios Ge 298. Dee modo 4 le supeior SP Sa tem copes varvel As expen tat paredes dos easoes 0 de 40 emma ha proxi: EES dos spoiosengrosam para 0. A vig comtous € simetica com wos de 275 m nasla teri 30 no cena, Nas exvemidades 0s balanos A figura 3 uma indicagSo da seg transversal ma {G0 dos egos 0 exten onsets Exinem secs nas apes cam 40 on Oe espessura A esata € protendida pelo stems de. pectensto Fresine Os cabor sto longos e protendios pes fleas exremades Form srados cabas de 12 con is de metro 127 mm de ago CP 190 de baba iaxapio. a NEE ke ——T No HTM i i 4.2: Pef ont a pont) 3. CLASSIFICAGAO DAS PONTES 3.1 Quanto a finalidade Dependendo do tréfego a que se destinam, as pontes podem ser: rodovisrias, ferrovidrias, rodoferrovidrias, acrovidrias (em pistas de aeroportos), aquaviarias (pontes-canal), utilitérias (suporte para tubulagdes para dgua, esgoto, Sleo, gis, etc.), passarelas (para pedestres). 3.2 Quanto a geometria do tracado Como conseqiéncia do tragado das vias de tréfego, as pontes podem ser: retas ¢ em nivel, retas © em curva vertical, curvas em planta (geralmente com sega transversal em caixo ou celular, devido 2 influéncia da targa), e esconsas (quando 0 cruzamento do eixo da ponte com 0 eixe do obsticulo transposto no ocorre a 90°, sendo a esconsidade definida pelo Angulo que 0 eixo do obsticulo faz. com a diregio normal ao eixo da ponte; 0 comportamento das pontes esconsas depende do vio normal f, medido perpendicularmente as linhas de apoio, paralelas ao eixo do obstaculo, ¢ que se distingue do vio £ medido no sentido do eixo da ponte). Muitas pontes sto continuas (varios véos) e associam trechos retos curvos, com diferentes raios de curvatura. Ponte com esconsidade @ 24 © Possivel interferéncia dos servigos de terraplenagem ou desmonte de rocha, nas proximidades da obra. © Condigées de obtengao de égua potavel. © Possibilidade de ocorréncia de terremotos, sob a qual o projeto deve obedecer a pormenores ¢ carregamentos especiais. Enfim, cabe ao engenheiro procurar reunir 0 maior niimero possivel de informagées de diversas naturezas que possibilitem 0 desenvolvimento de um projeto com todas as qualidades desejéveis para uma obra de arte: beleza, funcionalidade, durabilidade, seguranga, economia, conforto, etc. Mostrar os seguintes capitulos do livro CONSTRUCOES DE CONCRETO - Vol. 6 - Principios Basicos da Construgio de Pontes de Conereto, de F. Leonhardt. 3- Historia da construgao de pontes. 5 - O desenvolvimento do projeto de uma ponte. Mostrar outras ilustrag6es sobre pontes. 5. Metal. Geralmente em ago, podendo ser também em ligas de aluminio. Sao muito utilizadas em ferrovias, tendo grande desenvolvimento com o aperfeigoamento da soldagem. 6. Estrutura mista. So comuns atualmente as pontes com vigas portantes metilicas associadas a tabuleiros de concreto armado ou protendido. S80 utilizados conectores. metilicos soldados as vigas para garantir o funcionamento conjunto dos dois materiais, no tendo se mostrado eficiente a ligago apenas por colagem. 3.5 Quanto ao tipo estrutural Existe atualmente uma grande variedade de tipos estruturais de pontes, ficando a escolha do tipo mais adequado a um determinado projeto na dependéncia do arrojo do projetista, das empresas construtoras © das autoridades responsaveis pela obra, além das caracteristicas da prépria obra. Os tipos mais usuais sao: 3.5.1 Pontes em laje ‘A estrutura principal destas pontes ¢ a prépria laje, que se confunde com o tabuleiro, nfo existindo_vigamento. Podem ser premoldadas ou moldadas ‘no local, de concreto armado ou protendido, macicas ou vazadas. ‘As pontes em laje maciga so limitadas a pequenos ¢ médios vios, de aproximadaments 12.m para conto snail e 15 m para concreto protendido, Para vaos maiores que 15 m, os efeitos du peso proprio das lajes macigas tomam proibitivo set uso, adotando-se entio a laje vazada ou tubada com a utilizagao de formas cilindricas de papel, de baixo custo, por exemplo, podendo atingir até 18 me 25 m para concreto armado e protendido, espectivamente. odem ser de apenas um vo ou continuas, quando é comumente necessétio execuar 0 vio central em segdo vazada para evitar 0 evantamento nos suportes extremos para certas condigées de carregamento. 3 3.3 Quanto ao periodo de utilizagao Normalmente as pontes sio permanentes, construidas para durar longo tempo. Quando, por razGes emergenciais ou outras, so construidas para serem utilizadas por um perfodo curto de tempo, si0 denominadas pontes provisérias. Nesse caso, os materiais mais utilizados si a madeira e 0 ago, sendo as pontes. provisérias metélicas geralmente desmontaveis e reaproveitaveis (Fig. 1.2.2 [1)). Fig. 1.2.2 [1] - Ponte provisoria metailica, com vo de 40m, com ‘estrado de madeira: a) elevagio; b) seco transversal. 3.4 Quanto ao material Em fungao do material principal utilizado em sua construgdo, as pontes podem ser de: 1. Alvenaria de pedra ou de tijolo. Esse tipo de ponte tem origem remota, na Mesopotimia (4000 A.C.), sendo aperfeigoada a0 longo do tempo (Egito - 3600 A.C. Babilénia - 2100 AC.,Grécia - 450 A.C., Roma - 200 A .C.). Com Jean Perronet, primeiro professor ¢ diretor da Ecole des Ponts et Chaussées, primeira escola de engenharia do mundo - 1747, 0 arco de pedra atingiu a perfeigdio, como a Pont de la Concorde em Paris - 1787-91. 2. Madeire. Sto bastante utilizadas em estradas pioneiras ou como pontes provisérias. 3. Concreto armado. So pontes geralmente moldadas no local, possibilitando a construgiio longe dos grandes eentros. 4. Concreto protendido. Trata-se de uma tecnologia com grande | versatilidade, prestando-se tanto a construgdo de pontes no local como a utilizago de premoldados. O uso de materiais de alta resisténcia (tanto 0 ago como 0 concreto) associado a0 artificio da protenstio permite vencer vos muito superiores as possiveis com conereto armado convencional. 3.5.2.2 Viga simplesmente apoiada com extremos em balanco (isostatica) usada quando se tem um comprimento de ponte até 50 m, aproximadamente. As relag6es usuais entre os comprimentos de vo ( e de balango (a) estdo situadas entre os limites 2 < Ua <5. A relagdo a = W/4 6a mais indicada pois o uso de grandes balangos & inadequado ao concreto armado tendo em vista as grandes variagbes do momento negativo sobre os apoios ocasionadas pela atuagdo da carga mével, exigindo verificago da armadura para o fenémeno da fadiga. Por, outro lado, o balango reduz consideravelmente 0 momento fletor positive 120 meio do \ ‘a carga permanente, promovendo nelhor distribuiglo Caso seja impossivel, por razbes construtivas, aumentar 0 balango, pode-se usar 0 artificio de introduzir um contrapeso na extremidade do balango, surgindo 0 que se chama ponte co! ‘compensada. As faixas usuais de utilizagio siio: Faixas de utilizayiio de pontes em viga simplesmente apoiada com extremos em balango. Tipo de ponte \ Material |_Concreto Armado_|_Concreto Protendido Ponte rodoviaria ¢<30m 2<40m a 50m Ponte ferrovidria ¢<25m e<25m (2) 3.5.2.3 Viga GERBER (isostatica) O diagrama de momentos fletores numa viga Gerber pode ser alterado de acordo com a escolha da posigdo das articulagées, que sto localizadas dentro do maior vio total (3), promovendo assim uma melhor distribuigio dos esforgos solicitantes (a= 0,15 a 0,20 &). 33 a0 central h vvazado. mo, Ms, ho Ponte em Iaje continua com vao central vazado Relagées h/ £ normalmente adotadas: conereto armado_ (loie= 18m): 1/15 a 1/20 conereto protendido (Ina =25 1m): 1/30 ou menos 3.5.2 Pontes em vigas Sao as mais usuais, tendo geralmente como estrutura principal vigas rétas de de alma cheia ¢ podendo ter ou nao transversinas (vigas transvefsais de Tgagdo entre as vigas principais). Podem ser, por sua vvéz, dos seguinies tips? 3.5.2.1 Viga simplesmente apoiada (isostatica) Sendo um sistema isostitico, & insensivel aos recalques de fundagao. Entretanto, isto deve ser encarado com reserva porque esta ‘provado que as estruturas com alto grau de hiperestaticidade so as que recaleam menos. A influéncia da carga permanente (peso proprio da estrutura, principalmente) € determinante dos vaios méximos possiveis com este tipo de estrutura. As faixas usuais de utilizagao so: Faixas de utilizagio de pontes em viga simplesmente apoiada. Tipo de ponte \ Material | Concreto Armado_| Conereto Protendido Ponte rodovidria 25m 0<35ma45m Ponte ferrovidria bs 15m £<20m 3.5.2.4.4 Distribuigdo e relagao de vaos a) Distribuigao de vos Para um melhor aspecto estético deve-se procurar projetar um niimero impar de vaos, no deixando de levar em conta o aspecto econémico da obra. b) Relagdes de vos Normalmente sio adotadas as seguintes: - Vigas continuas de dois vaos, com balangos: —-_——_—__=——=— |I-b-1 a 4 4 a a= ba - Vigas continuas de trés vos, com balangos: es a o0madour 1, =065 L, - Vigas continuas de quatro viios, com balangos: Sea ah 30 m vigas com inércia varidvel 3.5.2.4.2 Influéncia do tipo de fundaco_ 2) Fundagdes diretas em sapatas ou blocos = Vigas com inércia constante = Vios entre 15 ¢ 20m b) Fundagdes profuundas (tubuldes até 20 m) = Vigas com inércia constante 1» Vos da ordem de 20 a 30 m c) Fundagées profundas (tubuldes com aprox. 40m) = Vigas com inércia variavel = Pontes rodoviarias: m Pontes ferrovidrias: max = 40 m 3.5.2.4.3 Juntas de dilatagao Para comprimentos de pontes superiores a 100 0 m, devem ser da retragdo do ter-se as vigas stones simétri 2 maior que toom ©) Viga caixto (segiio celular) >» 19m 13 meb<16m,) 16mH,> 0/25 34 3.5.2.4.5 Segées transversais mais comuns de pontes rodoviarias a) Duas vigas principais H ashy2 a i, a E usada quando n&o ha restrigéo de altura da segio. A coneretagem € realizada “in situ”. A altura H ¢ geralmente constante © se situa dentro dos seguintes limites: 0/12 H,>£/60 com um minimo de 15m Cmax em 1979 As figuras 8.1, 8.2 ¢ 8.3 [2] mostram o esquema de parte das estruturas de acesso sobre o mar da Ponte Rio-Niter6i, com uma viga continua protendida com 400 m entre rétulas, quatro vaos de 80 m, executada com 0 processo de aduelas pré-moldadas com altura constante de 4,70 m (H=£/17). As figuras serio vistas posteriormente, juntamente com outras. 141 m, ponte de Koroc-Babelthuap, Filipinas 3.5.3 Pontes em treliga ‘Sto muito utilizadas em pontes ferrovisrias, executadas em ago ‘ou concreto dependendo da disponibilidade de materiais ¢ de estudos econdmicos. © Tipo HOWE 4 HELITS y+ Possui a diagonal comprimida, propicia para concreto armado. © Tipo WARREN Normalmente com estrado inferior ¢ altura dependendo do ISS © Tipo PRATT ‘Apresenta a diagonal tracionada, propicia para estrutura metalica. ‘Uns vez hiperestticos, L/ f= 4 a 12, na maioria dos casos com menor espessura nas impostas, visto que os momentos slo ‘ximos no fecho. © Arcos biengastados Teds veoes hiperesiticos, L / f= 2 a 10. Geralmente apresentam maior espessura nas ‘mpostas. E preciso levar em consideragSo 0 ‘momento de inécia varivel na deteminaglo dos esforgos solctantes. A posigo do tabuleiro em relagdo 4 nervura do arco pode variar (inferior, superior, intermeditirio). ‘A forma do timpano também pode ser cheia, aberta ou treligada. ‘A Fig, 10.2 [10] ilustra alguns tipos de pontes em arco, incluindo centre eles pontes em pértico como casos extremos de arcos, 3.5.6 Pontes estaiadas (150 m <£ < 600 m) Sao estruturas de grande beleza, constituidas por vigamento em estrutura metélica ou em concreto protendido, suspenso por cabos inclinados (estais) ancorados em tures. Os cabos inclinados sio protendidos, com esforgos calculados em cada caso de modo que os ‘momentos fletores nos vigamentos variem pouco ao longo do vo. As torres podem ser metdlicas ou de concreto armado. Os vigamentos so também projetados com grande rigidez a toro, necesséria para reduzir os movimentos vibrat6rios provocados pela agdo transversal do vento. A rigidez a flexio pode ser inferior a dos vigamentos de estruturas pénseis, uma vez que os cabos inclinados, ancorados nas torres, constituem apoios elésticos muito mais rigidos que os pendurais das pontes pénseis. Além disso, a componente horizontal dos esforgos nos estais introduz. uma protensiio no vigamento. w ‘© Pértico bi-rotulado com montantes verticais e passagem inferior (figura abaixo, & esquerda) © Viga continua engastada nos pilares altos, utilizada no caso de vales profundos (figura acima, 4 direita). 3.5.5 Pontes em arco e em aboboda © arco, com sua forma curva desenvolvida segundo a Tinha de presses devida ao peso proprio, é 0 tipo estrutural mais apropriado para os materiais de construgo denominados “macigos”, como a pedra e 0 concreto, desde que o terreno de fundagdo seja resistente © ‘que 0 empuxo do arco possa ser absorvido por uma fundagdo barata. Durante algum tempo caiu em desuso tendo em vista a dificuldade de execugao € ao alto custo do cimbramento, talvez mais caro que © custo da prépria ponte. Atualmente, com o desenvolvimento do processo de balangos sucessivos, tem sido usada com vantagens para transpor vales de escarpas rochosas em regides montanhosas. Modemamente as pontes em arco so constituidas de concreto armado, sendo que o tabuleiro, freqlentemente, ¢ em concreto protendido. Apresentam pouco aproveitamento para a carga dtil em relagdo ao peso proprio. Sao trés os tipos basicos de pontes em arco: © Arcos triarticulados Ieostticos,L f= 5a 12, dentro do posivel deseavolvendo-se de acordo com a nha de CO S presides, com espessun varivel para levae fm conta varisgio da nha de presses «devia & ago da carga mével we O grande interesse nas pontes estaiadas reside no fato de que no precisam de macigos de ancoragem nas extremidades, como as pénseis, No entanto, quando as condigdes locais permitem ancorar os ‘cabos diretamente na rocha, a ponte pénsil recupera a vantagem. ‘A tabela abaixo lista as maiores pontes suspensas do mundo. B ‘A maior ponte estaiada do mundo até 1986 encontra-se perto de Vancouver, no brago sul do rio Fraser, British Columbia, Canada. Apresenta um vo central de 465 m e dois vaos laterais de 232,5 m, ultrapassando os 460 m do vao central da ponte sobre a bafa de ‘Yokohama, no Japdo, completada em 1985. Tempo de construgao: 30 meses. Mais recentemente, foi inaugurada a ponte estaiada da Normandia, no norte da Franga, com véo de 856 m sobre 0 estuatio do rio Sena, perto do porto de Le Havre (orgamento inicial de US$ 60 milhées). Um projeto anterior para a mesma ponte previa um véio principal de 510 m e dois vaos laterais de 175 m, mas o chefe da divisfio de pontes do SETRA alterou 0 projeto considerando 0 alto risco de colistio de navios devido ao grande trifego de embarcagées no local. 3.5.7 Pontes pénseis ou suspensas (> 300 m) Sdo também pontes para grandes vos, nas quais os elementos portantes principais sto os cabos dispostos parabolicamente entre as ancoragens de extremidade e as torres intermediarias, ¢ os pendurais que podem ser verticais ou néio. Nas pontes pénseis, devem ser estudados os problemas de vibragio de diversas naturezas, provenientes principalmente da ago do vento, Os vigamentos so projetados com grande rigidez & torgio para minimizar esses efeitos. Como os cabos portantes, formados por fios trefilados, sofrem grandes deformagdes sob a agio das cargas méveis, 0 vigamento necesita também de grande rigidez a flexo para reduzir essas deformagoes e suportar as variagdes de momentos fletores. ‘A maior ponte suspensa do mundo até 1985 era a ponte sobre 0 rio Humber, na Inglaterra, com vaio central de 1410 m e vaos extremos de 280 m. As torres de sustentagaio dos cabos atingem a altura de 162,5 m, e sio utilizados pendurais inclinados. A faixa de vos entre 300 © 600 m se constitui atualmente em uma fronteira pouco definida onde coexistem as pontes estaiadas ¢ as pénseis 3.6 Quanto ao sistema de execu¢éo 3.6.1 Moldagem no local ‘© Escoramentos fixos © Escoramentos deslizantes, vantajosos na execugdo de mais que trés viios de uma ponte com a mesma segio transversal 3.6.2 Premoldagem © Total © Parcial ‘As peeas premoldadas podem ser colocadas no local através de guindastes ou de treligas de langamento. 3.6.3 Balangos sucessivos A. Classico A.1 Moldado no local A.2 Com premoldagem de aduelas B. Com portico de langamento C. Com viga de langamento D. Com cabos auxiliares © proceso de execugdo de pontes em balangos sucessivos possibilitou a realizagiio de obras extraordindrias em todo 0 mundo. O desafio que representa para o engenheiro a implantagdo de pontes em vales profundos, rios caudalosos, sobre o mar, etc., pode ser resolvido de modo satisfatério. © principio bisico de execugio é simples: executar primeiramente uma base de partida - por exemplo, um pilar, um encontro, um contrabalango - a partir do qual vai se montando o tabuleiro, trecho por trecho, avangando progressivamente. Cada trecho parcial, deaominado aduela, une-se ao precedente e, adquirida a resisténcia necesséria, toma-se autoportante e passa a servir de base para a execugdo da aduela seguinte. ‘As maiores pontes suspensas do mundo 1 Pontes —_duplo-deck ferrovidria / fertovidria, ‘As pontes em itilico sto todas na ligaggéo Honshu- Shikoku (ilhas principais do [Japiio).. | Amode Nome principal | Pais | conctusio () Akashi Kaiko 1.990 Japiio 1998, Humber 1.410 UK 1981 Verrazano Narrows 1.298 USA. 1964 Golden Gate 1.280 USA 1937 ‘Mechinac Straits 1.158 USA. 1957 Minasui Bisan-Seto' 1.100 Japiio 1988 Fatih Sultan Mehmet 1.090 Turquia | 1988, Bosporus 1.074 Turquia | 1973 George Washington 1.067 USA 1931 3rd Kurushima 1.030 Japiio 1999 April 25th 1.013 Portugal] 1966 2nd Kurushima 1.010 Japiio 1999 Forth Road 1.006 UK 1964 Kita Bisan-Seto! 990 Japiio 1988 Severn 988 UK 1966 ‘Shimotsui-Seto! 940 Japiio 1988 Tatara 890 Japiio - Ohnaruto 876 Japiio 1985 New Tacoma Narrows 853 USA 1950 Innoshima 770 Japiio 1983, © custo de tudo isto é compensado pela economia gerada no processo em outros itens. Vantagens principais 1. Eliminagao do material e da mo de obra utilizados num eventual cimbramento. 2. Grande reaproveitamento das formas. 3. Redugdo da mio de obra especifica para a execugo de formas convencionais. 4, Redugo substancial do prazo de construgio¢, ‘consequentemente, das despesas ao mesmo vinculadas. Condigdes de aplicagio A aplicagio do processo é particularmente recomer seguintes situagdes: a) Viadutos e pontes de grande altura, em que seja vidvel a implantagio de pilares com espagamentos até 60 m. E mais ‘econémico que a construgdo convencional para pontes com ‘comprimento igual ou superior a 150 m ¢ com vos entre 30 60m, b) Travessia de rios com grande largura, razodvel profundidade e regime caudaloso. ©) Travessia de areas congestionadas e que necessitem ficar livres permanentemente como pitios de manobras de grandes cestagées ferrovidrias. d) Obras extensas. E possivel ainda a utilizagiio desse processo em casos de vos da ‘ordem de 100 m, sendo necessério nesse caso prever a implantagao de apoios intermedirios provisérios para atender a fase de ‘empurramento. 1agdo ideal para o emprego do método & aquela em que 0 ial da obra encontra-se em tangente, sendo possivel sua aplicagdo em pontes curvas, desde que circulares. \davel_nas ur A estabilidade de cada aduela pode ser assegurada pelos cabos de protenso que the so incorporados e alojados nas nervuras € laje superior, e que iém dupla finalidade: fixar a nova aduela a precedente € equilibrar os momentos negativos crescentes do balango. ‘Vantagens principais do método: 1. Independéncia em relago ao regime do rio ou outro obsticulo transposto. 2. Nao interfere na circulagao inferior. 3. Reduz oescoramento e formas ao minimo. Condigées de aplicacio A execugiio de pontes por balangos sucessivos é particularmente adequada quando se tem: a) Pilares muito altos, acima de 30,0 m. b) Vales ou grotas profundas. ©) Cursos d’4gua caudalosos ou sujeitos a grandes © sibitas enchentes. 4) Necessidade de deixar livre 0 gabarito de navegagdo ou outra circulagio inferior. 3.6.4 Empurramentos sucessivos © tabuleiro da ponte vai sendo construfdo num estaleiro de fabricagio fixo, sendo sucessivamente empurrada medida em que cada scgmento & completado. O objetivo principal do processo & climinar a necessidade de utilizagdo de cimbramentos que oneram bastante 0 custo da construgio. Instalacées ¢ equipamentos requeridos 1. Estaleiro de fabricagao relativamente sofisticado. 2. Bico dianteiro metalico (vigas de alma cheia contraventadas). 3. Conjunto de aparethos de apoio de deslizamento, 4, Conjunto de equipamentos para empurramento ou tracionamento. 2s ‘Métodos apropriados para construcdo de pontes com viios superiores a 20 m. Comprimento | Maior vo N Descrigao daponte | da ponte @™ (m) 01 | Moldagem no local, com - 20a 80 escoramento direto 02 Vigas premoldadas 2 150 20040 03 | Moldagem no local com escoramento | > 400 20060 deslizante ou treliga de apoio 04 | Empurramentos sucessivos 2150 30.060 05 | Empurramentos sucessivos com 2150 40a 120 apoios intermediarios 06 | Balangos sucessivos classico (altura 2150 70.200 variével) 07 | Balangos sucessivos com cabos, 2300 40.0150 vigas ou pérticos auxiliares 08 | Pontes em arco - Formas deslizantes 80.0200 ou balangos com eabos auxiliares 09 | Pontes estaiadas 150 a 600 @ 10 | Pontes pénseis ou suspensas 300 a 1500 @) 44 Em virtude da altemancia das solicitagdes em cada segio durante a fase de empurramento, a forma ideal a adotar para a seco transversal do tabuleiro é a celular, com nervuras inclinadas de modo a reduzir os balangos da laje superior ¢ facilitar a desmoldagem. Na fase de langamento a protenstio é centrada, 3.7 Tabela resumo Apresenta-se a seguir uma tabela indicando os métodos construtivos € tipos estruturais mais apropriados para pontes com vvtlos a partir de20 m, de acordo com a seguinte bibliografia: © Notas de aula do Prof. Francisco José Costa Reis. © “Construccion de Puentes de Hormigon Pretensado por Voladizos Sucessivos”, J. Mathivat. © “Bridges in Developing Countries - Modern Designs and Construction Methods”, X Congresso Internacional da FIP - New Delhi, India, 16-20 Fev/96 (Experiéncia adquirida pela empresa alema DYCKERHOFF & WIDMANN AG - DYWIDAG em empreendimentos em paises em desenvolvimento). 4, PREDIMENSIONAMENTO Serio dadas a seguir indicagdes visando 0 desenvolvimento do projeto de uma ponte rodovidria com as seguintes caracteristicas: a) Viga reta continua com duas vigas principais. ) Classe I (Trem-tipo Classe 45). 4.1 Largura do tabuleiro No item 2.3.3.2, Fig. 2.5.2 [1], foram mostradas as dimensdes dos tabuleiros de pontes rodovidrias urbanas usuais no Brasil: largura de pista com duas faixas de tréfego = 7,0 m, passeio com 1,50 m ¢ ‘guarda-corpo com 0,15 m, totalizando 10,3 m de largura para ponte com uma s6 pista ou 17,70 m para uma ponte com duas pistas independentes separadas por barreira central com 0,40 m. Para pontes rurais, 0 DNER adotava pista de 8,20 m, guarda- rodas de 0,75m ¢ guarda-corpo de 0,15 m, totalizando 10,0 m de largura para ponte com uma s6 pista. Atualmente o DNER passou a adotar uma largua de 12,20 m para uma pista (7,20 m) mais os acostamentos (2,50 m de cada lado), e barreiras laterais com 0,40 m capazes de impedir a saida dos veiculos da pista, totalizando 13,00 m de largura para a ponte. 4.2 Elementos acess6rios © Guardi-corpo ou balaustrada - destina-se a proteger os pedestres contra a queda. © Guarda-rodas - previsto para impedir a saida de vefculos 80cm, segundo [6] Exemplo: Ras = 3200 KN, articulagdo Freyssinet § = 3200 x 10° / 15 = 21,3 x 10" mm? 12/3, € by = 800mm = 80cm, ». a= Com a= by! 3, resulta $ = 2Tem, b= 90cm 4.3.3 Transversinas So vigas transversais que ligam as _vigas _principais (transversinas desligadas das lajes), podendo também servir de apoio as lajes (transversinas ligadas as lajes).. As finalidades bésicas das transversinas so: 1. dar rigidez. ao tabuleiro, melhorando a distribuigao das cargas; 2. atenuar 0 efeito de torgdo nas vigas principais; 3.aumentar o grau de engastamento da laje central; 4,nas pontes com aparelhos de apoio de neoprene, servem de apoio para os macacos de suspensdéo da estrutura para a eventual troca dos referidos apoios. A seguir sto apresentadas as condigdes fixadas pelo DNER para © posicionamento das transversinas: a)as transversinas so obrigat6rias nas linhas de apoio; yuma ou mais transversinas devem set colocadas no vo entre apoios, com espagamento (¢) nfo maior que 0 menor dos seguintes valores: ‘9 0 dobro da distancia entre eixos das vigas principais (¢ <2) ac 10m jas transversinas so normalmente desligadas das lajes © tém uma altura (H,) da ordem de 75% da altura das vigas principais; 4@)a largura minima das transversinas (br) € de 20cm, mas nas pontes com previsio de troca de aparelhos de apoio de neoprene a largura (espessura) minima deve ser da ordem de 40cm; ¢)a transversina nfo deve chegar até o fundo da viga principal no ‘vaio, para evitar o cruzamento de seus feros com os da armadura da viga principal. E recomendavel deixar pelo menos 15cm entre o fundo da transversina e o fundo da viga principal (ver figura), : viga principal ‘18cm (min) 4.3.4 Cortina e abas laterals Situadas na transigiio da ponte para o terrapleno, tém como finalidade conter os aterros de acesso nas cabeceiras das pontes © servir de apoio para a laje de transig&o. ‘Altura da cortina deve ser igual a da viga principal ‘A largura (espessura) deve estar entre 20 ¢ 25cm. ‘As abas laterais proporcionam a contengdo lateral do aterro 2515 25 25.25 t= 3(H-60) +50 Exemplo: H=220em -> &=290em (© dente inferior da cortina serve de apoio para a cortina funcionando como placa para o empuxo dos aterros de cabeceira, O dente superior serve de apoio para a laje de transi¢ao. 60 4.3.5 Tabuleiro de pontes ferroviarias wr 10 160 lastro . na etre tl wren ~ x 4 tubos para drenagem = refagios: SS Exemplo de tabuleiro sem refagios ou passeios. Laje superior; (12 Viga principal: altura, H=L/(a7) CA. H=L/10 CP. Jargura b, = 40 a 50cm b =80a 100cm ‘Transversinas cespagadas de 6,0m seaneay @ 5. CARREGAMENTOS SOBRE A SUPERESTRUTURA 5.1 Cargas de peso proprio ‘Sto as devidas a0 peso proprio dos elementos acessérios ¢ dos elementos estruturais. Sua determinagao feita como indicado a seguir. a) Cargas de peso pr6j a1 - Uniformemente di 1» barreira lateral 1 pavimentagio..... m= pingadeira...... 1 laje em balango..... 1 viga principal 1 laje central = misula da lie. Total a.l: a2 - Linear junto aos apoios 1» alargamento da viga principal nos apoios extremos:..2 KN/m 1 alargamento da viga principal nos apoios centrais:...3 KN/m a3 - Concentradas = transversinas intermedifrias:..ncouneneninenen PERN 1 transversinas de apoios extremos: sroneconee PRRN 1 transversias de apoios centrais..--- Pa kN ‘= cortinas de extremidade: Py kN b) Cargas de peso proprio da laje de transicio. «= peso proprio da laje: kim. = camada de brita (y= 22 kN/m’: secessnnnee -KN/m 1 pavimentagao: - ae kim. ‘Total b: es kN/m exaneer ©) Carga de nto 1 recapeame gs kN/im [Em decorréncia das duas hip6teses de comportamento estrutural da laje de transigéo, tem-se duas situagies de carregamento a considerar para a determinago das solicitagbes devidas 4 carga permanente: ituagdio: sem laje de transigao 2 situagdic: com laje de transigio Pa P | PLP Ge 5.2 Carga de utilizagao ou carga mével - Trem-tipo 5.2.1 Generalidades As cargas méveis podem ocupar qualquer posig#o na largura do tabuleiro. Assim, para cada viga principal, € necessério colocar os veiculos na posigdo mais desfavoravel para aquela viga. Numa ponte com diversas vigas principais, a distribuigtio das cargas méveis entre as vigas depende da rigidez das ligagdes transversais proporcionadas pelas transversinas ¢ pela laje. O conjunto formado pelas vigas principais e transversinas denomina-se grelha, cuja andlise estitica permite determinar as solicitagoes atuantes em cada viga. No caso de ponte com duas vigas principais, é usual desprezar-se aresisténcia a torgdo das vigas principais, passando a laje a funcionar como simplesmente apoiada nas vigas principais. Uma anélise rigorosa da distribuigao transversal das cargas em uma ponte com duas vigas principais poder ser desenvolvida, por exemplo, com a utilizago da Teoria das Estruturas Prisméticas Laminares. Denomina-se TREM-TIPO de uma viga principal 0 quinhio de carga produzido na mesma pelas cargas méveis de calculo, colocadas na largura do tabuleiro, na posi¢ao mais desfavoravel para a viga em estudo, Nessas coadigbes, 0 trem-tipo é 0 carregamento de célculo de uma viga, levando-se em conta a geometria da segdo transversal da ponte. Para simplificar 0 trabalho de anélise, admite-se que a distribuigdo transversal das cargas, determinada numa sega proxima a0 meio do vao, se mantém inalterada para as demais segdes da viga, inclusive as segées proximas dos apoios. Esta hipdtese envolve imprecis6es considerdveis, porém se verifica, através de célculos comparativos, que os eros nas solicitagdes sdo relativamente pequenos. APRESENTAR 0 ITEM 3.3 - CARGAS MOVEIS - DO LIVRO DO PROF. WALTER PFEIL, BEM COMO A NBR 7188 - CARGA MOVEL EM PONTE RODOVIARIA E PASSARELA DE PEDESTRE, COMENTANDO AS MUDANGAS OCORRIDAS. 5.2.2 Célculo do trem-tipo da viga principal (NBR 7188) © Disposigio das cargas 1.0 veiculo-tipo, sempre orientado na diregao do trafego, & colocado nna posigdo mais desfavorsvel para 0 célculo de cada elemento, nao se considerando a por¢ao do carregamento que provoque redugdo das solicitagoes. 2.A carga distribuida de intensidade p ¢ aplicada em toda a pista de rolamento, nesta incluidas as faixas de tréfego, os acostamentos ¢ 0s afastamentos; é descontada apenas a area ocupada pelo veiculo. 3.05 passeios, independentemente da largura ou altura, so carregados com a carga distribuida de intensidade p’ , ndo ‘majorada de impacto, Obs.: impacto vertical (NBR 7187 - 7.2.1.2) Para levar em conta 0 actéscimo devido ao impacto vertical no célculo dos esfergos solicitantes, a carga mével sera multiplicada pelo coeficiente seguinte: @=1,4-0,007L2 1,00 (Lem metros) vviga em balango: L=2 x Ly viga biapoiada: L.= distincia entre apoios viga continua: L=(Li+Lit +L,)/m se Lnin2 0,7 Lue ‘Nao deve ser considerado o impacto na determinagao do empuxo de terra provocado pelas cargas méveis, no calculo de fundagdes © nos ppasseios das pontes rodovidiias. Em pontes ferrovidrias deve ser considerado também o impacto lateral, decorrente das folgas existentes entre os trilhos € as abas laterais das rodas. 5.2.3 Outras solicitagées ‘Além da carga permanente e das cargas méveis acima abordadas, ‘outras solicitagdes devem ser consideradas no projeto de uma ponte, como: © Esforgos horizontais longitudinais devidos a frenagem ¢ aceleragao, « Forga centrifuga nas pontes em curva, «© Pressoes de vento, égua, terra, ‘© Recalques de apoio. © Deformagées da estrutura por variagbes térmicas, retraglo € fluéncia do concreto, © Carga no guarda-corpo. © Carga no guarda-rodas. «© Atrito nos apoios. © Choque de veiculos, embarcagdes ou objetos transportados pela ‘gua (em muitos casos faz-se necesséria a protegio dos pilares por meios adequados a cada situagéio). ‘© Agbes dinimicas e resposta dinémica da estrutura, 4 5.2.4 Aplicagao tedrica Ponte Classe 45, NBR 7188, rodovia Classe 1. Ponte continua, com vio central de 24m, dois vos laterais de 20m com balangos de 4m, laje de transigao de Sm. Largura do tabuleiro de 13m (modelo atual do DNER), Para ponte com duas vigas principais ligadas pela laje do tabuleiro ¢ por transversinas, despreza-se, a favor da seguranga, a contribuigdo da laje e das transversinas na distribuigo transversal, ou seja, admite-se que a laje € biapoiada nas vigas principais. © efgito de uma carga concentrada P aplicada num ponto qualquer da laje numa dada sega transversal, sobre a reago de apoio da laje sobre a viga da esquerda, por exemplo, pode ser obtido por ‘equilibrio estético de momentos ou recorrendo-se & linha de influéncia da reagdio de apoio em questao. apr ob a | — Pon ‘modelo de caiouio No caso da segdo transversal adotada, com acostamento sem passeio para pedestre, o trem-tipo deve ser colocado como indicado na figura abaixo, situaglo mais desfavordvel para a viga A: ©.P em cada roda 150 cada intervalo (Gimens6es indicadas em om) 40 quarda-odas 300. largura do veiculotipo ‘xo da viga B 280 40 quarda-odas 8. P_ em cada roda TU ‘A norma antiga especificava uma carga distribuida maior (p) a frente e atrés do veiculo-tipo (faixa principal), ¢ uma carga menor (p’) nas faixas laterais (faixas secundarius). A norma atual prevé carregamento igual (p) em toda a pista, majorada de impacto, descontada apenas a rea ocupada pelo veiculo, ¢ uma carga menor (p’) apenas nos passeios, quando existentes, niio majorada de impacto, ‘A norma pemnite também, para simplificar os célculos, que se considere a carga distribuida p ocupando toda a pista, inclusive a regitio ocupada p:lo veiculo-tipo, subtraindo das cargas concentradas do veiculo-tipo a parcela correspondente a homogeneizagio do carregamento, desde que hio haja redugao de solicitagées. O trem- tipo modificado fica como mostrado na figura abaixo: ‘@LP = (8,00 x6,00 x p}/6] em cada roda 150 cada intervalo (dimensées indicadas em cm) 40 guarde-rodas vveiculo-tipo exo da viga B 280 40 quarda-odas ©.P" emcada roda P= P-(8,00x6,00xp)/6 oP ‘remtipo simplificado Com o trem-tipo simplificado, o carregamento transversal na posigao mais desfavordvel para a viga A, numa se¢o sob um dos ‘eixos do veiculo-tipo fica sendo: @ = 1.4 - 0,007 (20 + 24,0 + 20) / 3 = 1,25 (coeficiente de impacto) P=75 kN p=SKNin® P’=75 - (3,0 x 6,0x 5)/6=60 KN @P* = 1,25 x 60 = 75 KN 25 KN/m? op = 125% 5= 75 KN cada carga concentrada 0,405 2,0 69 (dimensbes em metros) Carga mével em uma seedo sob um eixo do veiculo tipo. A reagio de apoio Ra resulta: Rap = 75 x (1,348 + 1,045) = 179,5 KN devido as cargas concentradas (= 180 kN) tap = 6,25 x 1,424 x (0,5 + 2,0 + 6,9) /2 carga distribuida (= 42 kN/m) 0 trem-tipo stuante em Va , entio, fica como mostrado abaixo: 1,8 N/m devido & 180 kN em cada eixo 1,5m cada intervalo 42 KN/m Oo SAT ‘Tremtipo sobre a viga VA ‘Nos balangos € na laje de transig&io 0 coeficiente de impacto tem outro valor, ¢ 0 trem-tipo deve ser alterado em fung&o disto. No balango: 4 - 0,007 x 2x4 = 1,34 Na laje de transigo: @ = 1,4 - 0,007 x5 = 1,37 Resultam 193 kN em cada eixo e 45 KN/m de carga distribuida para a viga no balango. A laje de transigdo é calculada & parte. a3 6. CALCULO E DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS PRINCIPAIS 6.1 Solicitages devidas a carga permanente Poderdio ser obtidas através de programas computacionais, meétodo de Cross ou outro método de resolugdo de vigas continuas (hiperestaticas) 6.2 Solicitagdes devidas a carga mével 6.2.1 Linha de influéncia A. Introdugao ‘Uma carga concentrada percorrendo uma ponte de um extremo ao outro provoca em uma determinada seco da mesma esforgos diferentes para cada posigo ocupada pela carga, Para 0 céleulo dos esforgos devidos A carga mével, ¢ indispensdvel conhecer esta variagao. Nos casos simples, como em vigas isostiticas, o trem-tipo pode ser posicionado, por intuigo, nas posigdes mais desfavoraveis para cada segfio, caleulando-se-diretamente-as_solicitagdes correspondents. No caso mais geral, recorre-se ao tragado das linhas de influéncia (L.L) de cada efeito elistico (momento fletor, esforso cortante, reasio de apoio, rotagko de apoio, ete), para um determinado niimero de segdes da ponte. As L.l. permitem definir as posigdes mais desfavordveis do trem-tipo ¢ calcular os valores respectivos das solicitagdes. B. Defini¢do e uso da linha de influéncia LINHA DE INFLUENCIA (L.L) de um efeito elastico S, em ‘uma dada se¢o m, é uma linha cujas ordenadas formecem os valores de Sq para as diversas posigdes de uma carga concentrada de valor unitério que percorre a estrutura. a4 Conhecida a linba de influéncia de Sq, 0 valor de S, para um carregamento dado € obtide com o principio da superposigao dos efeitos: ‘© multiplicase cada carga concentrada_ pela ordenada correspondente da L.L.; © multiplicam-se as cargas uniformemente distribuidas pelas reas correspondentes sob a L.L.; © somam-se os resultados obtidos. —— oT oor qt \° “| ge su lll» % Exemplo de linha de influéncia © sua utilizapso », TO-¥ +d faj-¥; dx jay Se a carga distribuida for uniforme , a integral resulta q.A;, onde ‘Ay é area sob aL. no trecho em que atua q).. Cabe observar que as ordenadas da L.1. podem ser positivas ou negativas, devendo os sinais respectivos ser levados em conta nos somat6rios acima, como se vera adiante. C. Tragado das LI. ‘© Sistemas isostaticos ‘Nos sistemas isostaticos as L.I. sao retas, bastando determinar duas ordenadas, por célculo direto, para se ter a L.L. perfeitamente definida, Exemplo: viga sobre dois apoios, com balangos: = Lido Mgt [PS Li de Mop © Sistemas hiperestéticos ‘Nos sistemas estaticamente indeterminados, 0 tragado das L.l. € mais laborioso. Dentre os processos adotados, podem ser destacados 0 seguintes: 1. Processo espontineo - consiste em obter os diagramas das solicitagdes desejadas para diversas posigdes de uma carga unitiria, efetuando-se, depois, uma troca de ordenadas. 2. Processo da deformada do sistema - neste caso, a LI. da solicitagdo Sa, na seco m de uma estrutura qualquer, pode ser obtida admitindo-se eliminada na mesma seco m a ligacho interna que produz trabalho com a solicitagio S, © escrevendo-se uma equagio de trabalho virtual envolvendo a carga Qe asolicitagao S ° ‘Segdom | 8 Mm\? Ao Mmm Sct = energia elastica armazenada no sistema = Q.& = trabalho das forgas externas Mm = 25 — Fazendo=1 © Aa =1, resulta z a A linha de influéncia de momento fletor no ponto m, entéo, é a deformada do sistema para um ponto_anguloso virtual unitério aplicado no mesmo ponto m. 3. Método das Forcas (visto em outra disciplina). 4. Tabelas de ANGER - A determinagiio das ordenadas das linhas de influéncia é laboriosa, mas pode-se langar mao de tabelas preparadas para este fim, como as de Georg Anger. Sao disponiveis tabelas para L.L. de momentos fletores, esforgos cortantes © reagdes de apoio, calculadas para os décimos de vio, pontos de esforgos méximos, tergos ¢ quartos de vo, e com valores tabelados para o céilculo de momentos devidos a cargas ‘uniformemente distribuidas. Sao apresentadas as consideragées efetuadas na elaboragdio das tabelas e a forma de utilizagtio das mesmas, sendo disponiveis tabelas para viga simples sobre dois apoios, viga simplesmente apoiada de um lado © engastada no outro lado, vigas bi-engastadas, vigas continuas sobre trés apoios (dois vos) nas relagdes de vaos 1:1 até 1:2,5, vigas continuas sobre 4 apoios (trés vos) nas relagées de vaios de 1:1:1 até 1:2:1, ¢ vigas continuas sobre 5 apoios (quatro viios) nas relagdes de vaos de Formas de computar a influéncia do balanco no tracado das Li. [As tabelas fornecem as L.J. das segdes da viga entre apoios, No ‘caso da existéncia de balango, ter-se-4 que determinar qual a ordenada da LL. na extremidade do mesmo para a segdo considerada, ou, 0 que &omesmo, quel 0 valor da solicitagao na segao considerada quando a carga concentrada unitéria esté na extremidade do balango.. Isto pode ser feito por qualquer método da hiperestatica, inclusive © processo de Cross, Determinada a ordenada da linha de influéncia na extremidade do balanco, fica determinada a Ll. visto que sua lei de variagao no balango é linear, com ordenada nula sobre 0 apoio. Consideragio da Iaje de transieso na extremidade da ponte A laje de transigo simplesmente apoiada na extremidade da cortina deve ser levada em considerago na linha de influéncia de esforgos das vigas principais, visto que uma carga sobre a mesma introduz esforgos nas vigas principais através da carga que transmite & extremidade do balango (carga concentrada). As D. Carregamento das L.!. Para cada segéo da viga principal, posiciona-se o trem-tipo de tal forma que se obtenham os valores méximos ¢ minimos, conforme o caso, do esforgo considerado. De acordo com 0 item 4.1 da NBR 7188/94, nfo se considera a porgdo do carregamento que provoca redugio das solicitagdes. ‘Assim, para obter os valores maximos positivos, carregam-se apenas as dreas positivas das L.L, e para se obter os valores maximos negativos (valores minimos), carregam-se apenas as areas negativas das L.L, com a3 cargas concentradas onde as ordenadas forem méximas. Como jé foi comentado anteriormente, ndo se pode deixar de acrescentar os balangos € as lajes de transigao nas linhas de influéncia, visto que as cargas ali atuantes afetam os esforgos na viga. © Cargas concentradas ‘Normalmente nao hé coincidéncia entre os valores dos segmentos da viga dividida em seges de célculo e os valores das distincias entre as cargas concentradas do trem-tipo, fixas e iguais a 1,5 m no caso de ponte Classe 45. Para facilitar 0 célculo, duas solugées podem ser utilizadas: (1) Calcular os valores das ordenadas da LI. correspondentes as posigdes das cargas concentradas do trem-tipo. Estes valores podem ser medidos em escala ou calculdados através de simples regra de trés, considerando uma variagdo linear da L.I. ‘a0 longo de um segmento de viga (em geral, um décimo do vio). O procedimento deverd ser repetido cada vez que for preciso efetuar a operagiio. (2) Adaptar o trem-tipo de tal forma que se tenha a posigio das cargas concentradas do mesmo exatamente sobre as sogbes de célculo cujas ordenadas da L.J. se conhece. Existem duas situagdes distintas: 1° caso: ‘As cargas P do trem-tipo sto simétricas em relago & ordenada maxima da LI. © Cargas distribuidas Para a§ cargas distribuidas, hd necessidade de se determinar a rea sob a curva da L.L. Conhecendo-se as ordenadas da L.. em segdes igualmente espagadas, pode-se langar mao da formula de integragdo de Simpson, exata para curvas até 0 terceiro grau: Jt = oy + ¥2n) +401 H93+.VIn-1) +2092 +¥ah-t¥2n-2)] onde 2n = ndmero par de intervalos Ax =(b-a) /2n= comprimento do intervalo Outra forma, bastante simples e menos trabalhosa, de se obter as reas das linhas de influéncia, é com auxilio das tabelas de Ang. Georg Anger tabelou as ordenadas em décimos de vo dos diagramas de momentos fletores devidos a aplicagio de uma carga uniformemente distribuida unitéria em cada vao da viga separadamente. As ordenadas destes diagramas de momentos fletores correspondem as Areas sob as linhas de influéncia de momentos fletores Para obtenglio das ordenadas das linhas de influéncia de momentos fletores, devemos multiplicar os valores tabelados por Anger pelo vaio Ly. Para obtenglo das Areas sob as linhas de influéncia, devemos multiplicar os valores tabelados por Anger por (Li). ‘Nas tabelas de Anger encontram-se também os valores para tragado das L.I, de esforgos cortantes ¢ de reagdes de apoio, bem ‘como expressies para reagdes de apoio maximas, momentos maximos nos vos e momentos méximos nos apoios, devidos a cargas uniformemente distribuidas. 6.3 Variagoes de temperatura ‘A NBR 7187/87, no item 7.1.9, estabelece que as estruturas objeto da norma devam ser analisadas considerando uma variagéio uniforme de temperatura de + 15°C. Combinada com essa variagio, deve ser considerada, ao longo da altura de cada segdo transversal, a distribuigdo de temperatura definida na Figura 1 [14], conforme os valores fornecidos na Tabela 1 [14] 1 hy 77 '* hy =03h $ 0,15m T2 hz + 0,10 ® hg =0,3h + 0.25m hg $ he hyohg LN ty hg =0gh + 0,10m + hpav Fig. 1 [14] - Distribuigdo da temperatura na espessura da pega ‘Tabela 1 [14] - Ordenadas do diagrama de distribuicao de T. hm) TCC) T, CC) TCC) 0,2 85 35 05 04 12,0 3.0 1,5 0.6 13,0 3.0 2.0 20,8 13,5 3.0 25 No item 7.1.9.2, a norma NBR 7187/87 permite linearizar a distribuigdo de temperaturas indicada, para a determinagao das solicitagées, pela expressao: Ys Te) = JoyTIVDy dy ly, onde: T(y)= temperatura na fibra de cota y b(y) = largura da segao na fibra de cota y y= cota, positiva para cima, a partir do eixo centroidal ‘Um gradiente de temperatura linear ¢ constante ao longo da pega provoca momentos fletores nas extremidades engastadas. Existem tabelas que fornecem tais momentos, para vigas apoiadas ¢ engastadas ¢ para vigas bi-engastadas. No caso de vigas continuas, pode-se fazer © equilibrio dos momentos pelo processo de Cross, por exemplo. © Viga apoiada e engastada M=(GEI/ 2h) 04 (At; - At) © Viga bi-engastada M=(EL/ hi) 4 (At; At) M=momento de engast. perfeito gerado por At= (Ati - Ats) E = médulo de elasticidade do material da viga 1= momento de inércia da sega transversal da viga = altura da segdio transversal da viga 04 = coeficiente de dilatagto térmica do material da viga, 6.4 Fadiga das armaduras A NBR 7197/87 trata da fadiga definindo a resisténcia caracteristica A fadiga, Afgy, para as armaduras nfo protendidas (item 8.1.3) © Afpy para as armaduras de protensio (item 8.1.4), € efinindo o estade limite timo de resistencia & fadiga no item 10.11. ‘Admite-se que a armadura (protendida ou nfo, conforme 0 caso) seja submetida a uma variagio de tensdes Ady = Gg mix ~ Sa mins sendo: a max = tenstio correspondente a uma combinagfo frequiente de ages, com seu valor maximo, € 6, min @ tenstio correspondente, conforme 0 caso, a uma combinagdio quase permanente ou freqiente de agdes, com seu valor minimo. Essas combinagSes de agdes devem ser determinadas de acordo com o disposto no capitulo 10 da norma, valor de Ac, assim calculado deve ser comparado com a resisténcia & fadiga de céleulo, Afsa= Afak / Yeat » onde: ‘Y1at = Coeficiente de seguranga a fadiga = 1,5, Ihs.: este valor do coeficiente de ses @ fadiga para o a parece estar errado; o valor correto seria 1,15 (como esté no Cédigo Modelo CEB-FIP 78, a= (armadura nao protendida) ou p (armadura de protensi0) Se Acy < Afgg , considera-se atendida a verificagao a fadiga. Caso contrériv, deve-se aumentar a percentagem de armadura na segio, de modo a reduzir a amplitude da variagao de tensdes, até que seja atendida a condigao limite acima estabelecida. Na ausencia de resultados de ensaios, a NBR 7197/87 indica: f= 250 MPa para barras lisas Afy.= 150 MPa para barras de alta aderéncia Os valores acima devem ser reduzidos pelo coeficiente multiplicador f indicado abaixo: 15 (i); a) barras curvas (r= raio de curvatura): f= a LL= vao do tramo, em metros Vy = Vg = 15PIL Vz = 3P-30P/L 10 0 ‘3 trem-tipo equivalente 2° caso: ‘A posigao do trem-tipo nao ¢ simétrica em relagdo a ordenada ‘méxima, situada em S5, por exemplo: L= vo do tramo, em metros Vy. Vp e V3. 880 determi 1d0s por equlibrio, «de forma anéloga & do caso anterior. Lio V2o__uno. Vo ‘rem-tipo equivalente b) solda pontilhada ou continua: f= 0,4; ©) solda de topo: f= 0,7 = 200 MPa para fios lisos 150 MPa para fios com saliéneias ‘Afp= 300 MPa para cordoalhas ‘Afgy.= 80 MPa para barras de alta resistencia Os valores acima so vélidos nos casos em que 0 ago de protensao esté em contato direto com o concreto da estrutura. Quando se tratar de cabos constitufdos por fios ou cordoalhas dispostos em bainhas injetadas ou nfo, pode ser necessério adotar valores menores. by PROCESSO DE CROSS PARA VIGAS CONTINUAS RESUMO BASICO PARA VIGAS DE SECAO CONSTANTE 1. Coeficientes de rigidez Bix = coeficiente de rigidez de uma extremidade j, supostamente articulada, de uma barra j-k Bae 4/! se ké um engaste aii se ké uma articulagaio 0 sek é livre B= 1/! se k é um engaste movel = comprimento ficticio da barra = (EJ. / ED)! 2. Coeficientes de distribuigaio hie = coeficiente de distribuigao de um momento M horério, aplicado em um né j, para o qual convergem n barras, para a extremidade j de uma barra genérica j-k. Mjc=-HeM My = ay My 3.Coeficientes de propagasiio @j, = coeficiente de propagarao do momento de uma cextremidade j, supostamente articulada, para a extremidade k. oy «= 0.5 se aextremidade k é um engaste se a extremidade k é uma articulagio se a extremidade k é um engaste movel Oje Ok B Fon = nid enmatee sng | Shy eatnuon nm Somree enor by 20 ay er mov ora 8S em Aovfenuoes) & ee

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