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‘et ier saloon te Seige Da rina Catena Pea (HP) "Cinarabeoe dora Dl Bn eee tonne si a late pease ie Saber e poder Oquedeo.quento € ngusica, Dias obas, um Saussure eneriums publioagio ‘Asmuitasfinges (Chomsky: uma teria cintiicaexpeaiva, Orocial eo cult . Aandlse de cscorso: mais uma vata nos los “Teenoogias da linguagem: um nov Funconsmento, Uma porada Final Incicages para tua Sobrea autora 9 2 37 waeee ™ 7 ‘Saser|e rover (© homer procura dominar © mundo em que vive. Una forma de ele ter esse dominio & @ cones mento, Esse € um dos motives pelos qusis ele procura explcar tudo 0 que existe ‘A inguagem é uma desss coisas, Ao procurar explcar a inguagem, © homem ert’ procurande exp tr algo que be & proprio e que é parte necessinn de seu mundo ed sua eonvivéncia com ce autos seres huranos Pr que flamos? Para que falamos? Como fals- ‘mes? Por que as linguas s80 diferentes? O que sia 28 palvras? © que elas procizem? Eseas quests tocam Sretamente © hamem,e ele tem procurado dares uma respote De posse desse saber sobre a linguager, © ho- mem tenta domesticar seus poderesetaz8-los pa Seré que consegue? Um interesse antigo e uma ciéncia moderna A seduco que a linguagem exer sobre © ho- mem existe desde sempre. ‘A gente poe observar esse Fascia de inimeras manwiras: por mesa da iteratura, ca poses, da relia, 4a flosofie ete. Néo faltam lendas, ios, cantes,rtu- tis hstrias eat polimicas muito ansgas que evelarn ‘euziosidade do homem pela ingunger. [Na Grécia antiga. os pensadores estendiam-se emlongas discusses por Seber seas palaveas tars 235 coisas eu se os nomes sio dados por pura conven ‘lo. Ou entko mantioham calorosor debates sobre = Prépriaorganacio da nguegem ela se crmaiza, per ftuntavam eles, de avordo com a ordem exstanta No ‘mando, sguindo principio que tém como refers se semelhangas ou a diferengas? “Tamisém o antigo hinds s80 conhecidos pola stat agudeza no tratamente da lingungem verbal. Cars arredescoberta do sso (lingua sagraca da [nla an- tiga) no séulo XIX, apareceram os sofisticados est os de inguagem que oshindustinham feto em pocas muito emotas. Os motvos polos quais eles se ite= Fessavam pels Enguagem eram relijosos—estabelecor pela plavra uma flac intena com Deus = mas ner por iso seus estudoseram menos igororos, Na ode Média, a reflexéo sobre a lingvagers teve nos Moditae uma de suse manfestagSes rele antes, Els procucaram construe uma toora gral da lnguagem, parindo da autonomia ca gramitca em = lapto a liga, Considerar, entio, tr ips de mos lidades (ods) marfestasos pea inguagem oatural 0 modus essendi (Se ser), onzlgen (de pensamento) € (iprfcanl (de signa). Hc am niimero enorme de fatos que mostram ‘essa atengdo que os homens de diferentes épocas sem- pre dodicarar &guagem. Mas és com a criagio da Tinglstico que exsas maniestagdes da curosidade do homem tomamefermade uma circ, com seu objeto emétodo préprios ‘A inguin uma cincia recente: inaugurouse ro eomege do sulo XX. 'Nio fl sem dfeuldades que a reflex sobre a linguagem consegui e impor como ciéncia. Para 0, teve de demonstrr oapure de seu método ea configu rego precisa de seu ebeto, ‘Alingustica deriv se, com bastante sucesso en ‘re as encase humanas, como 0 estado Genttico que ea deserever ou expheara inguagem verbal humana Oaureroof peincuees Dada nossa tradi escolar hé uma tendéncia fem se identficar estado da inguagem cam 0 etisdo dda gramitica A linguistica, no entanto, distinguese da or tia tradicional, normativa, Elio tem, como essa sramitca, 0 cbjetiva de preseever normas eu dtr regyas de correo para ouso da ngage, Para. i= auistica, tudo © que faz pare da gua interesa © & ratéia de reexso, Mas no € qualquer eapéie de inguagem que & objeto de estado a ingustica: 56 alinguagem verbal, coral ou eset, (Os sirais que o homem produz quando fla ou escreve so chara signaz Ao produzir signs of ho- mens esto preduzindo © prpri vide: com eles, 0 ho- mem se comunica, presenta seus persamentas, exer ce sou poder, labora sua cutur sua dentidede ete. (Os signos so fundamentais, pois dio 20 ho- ‘mem sua dmenséo simbdica: essa que olga aos ou {roshamens eA natureza iso, a suarealdade social natural HS, am dos signos da oguagem verbal, muitas ‘outrasexpécies de sgnos que powoam de inguagens a ‘dado homem:apntura,amimica, océdigo de transi 12 amoda, as Ingungens artfeas et. Ossignosquase “serra, tant os da ngungensno-verbsis quanto oS a inguagem verbal, so objetos de uma ciéncia geral sos signs: a sersologia. ‘Os signos da linguagem verbal tém uma impor- ‘inca to grande para a humanidade que merecerem tua enc 6 para si Engin Alguns precursores: os séculos XVII e XIX [Na istéra da constitigto da ingustica hi dos rmomentos-chive: 0 sécalo XVII, que & 0 século cas _romatcas gems, e 0 séclo XIX, com suas gramtieas comparades [No sécula XVII os estudos da inguagem so for: temente marcados pelo racionalsmo, Os pensadorescs poca concentram-se em estudr a inguagem enguan- ‘representa persamentoeprecuram mostrar que tt nguns obedecam 3 prisiiosracionais, cos sees princhics,cizem eles, regem todas as ln suas. A partir deses principos,definem a lingunger fm geral © tratam as diferentes linguas como casos particles. Produzem assim as charmadssgramitens fers eraconai ‘Como eles consideram que ainguagem ¢ regida por principio gerais que S80 racionais,passam a ex ds falantes clareza preciso no uso da Iingungem, Idi clarase dstineas devem ser expresses de forme precisa e twansparente ‘A gramitica que constoem deve fineionar como ‘ume méquna que possa separar automaticamente © fue €vildoe 0 que no, Una espécie de autmato, ‘egido pela ope. (O avo que esses estutiosos querem ating & lingu-ideo ~ nga universal, lie, sem equivocce, ‘semambiguidades, canaz de assegurar a uric dao rmunicagio do género humeno. Nao fel reconhecer fo sonho de homer ‘moderne om ter 0 controle do mundo por meio das imdquinas. Esse deal, tracinde para a atulidade, lingua metalica, «dos computadores, universal e sem “falas” Hd uma gramatica que & tda como madelo por sande nimero de gramstios do século XVIlé a Gra ‘atica de Fore-Rayl,tombém chamada Grama ge ‘af eracional (ou Razoade), ds frarceses Clade Lan- exlote Antoine Amsul, (1690), ‘A contrbuigSo talvez mais interessante dessas sraméticas geris para a linguistic fi justamentea de establecerprincipos que io se prendiam &desricio de uma lings particular mas de pensar linguagem era sua generabdade ‘Quo momento importante para a histéria da Inguiston 60 séeuo XIK, oda inguiticahstérioa, corm ss rométios comparedas, se nolo tem movimentos, erspectivas ein tresses bem diferentes do século XVI. Jno term ‘alidade o ideal universal, e © que vai chamar aaten- ‘ho dos que trabaham com a linguagem € 0 fato de ue as linguas se transfvmam com © tempo. Néo é mais a precisdo, mas a madanga © que importa, E a pea dos etd histrcos, em que se procura mos ‘ear que « mudanca das linguas no depend da von- ‘ade dos homens, mar segue ums necestidade ds po ria lingua, e tem uma regularidade, isto é, no se faz de qualque jet, "A figura mais expressiva da paca é alemaa F Bopp. A sua importancia € tal que se considera que a data de nascimento da linguistic hstrica€ ada sua obra ([816) sobre 0 sistema da conjugegso da lingua sfinserita, comparada ao grego, ao lati, ao persa e 20 germanico. Eno século XIX que se descobre a semelhansa ‘entre a maior pate das linguaseuropeias e shnsei- to. Asse conjunto de lnguas se chamou linguasindo- -europeas, (Or indo-europistas vio dizer que as semelhan- {2s que eles encontram, indcam que hi parentescoen- ‘re essas lingua: class consideradas da mesma fam la, isto, sho vistas como transformagiesnatrais de tua mesma lingua de erigem (0 indo-europeu) 8 qual tes proptem que se chegue pelo métado histérico- -comparade, Por esse métode, compara as lingua, ‘ese estbelacem correspondincias, sobrtud grama- ‘Cala vised, ent, no & mais ingua i mas a lingua-nde. © ideal racionaliea code es agar ‘0 ideal emda: nose busca a perfigh, se busca aoniem, Essa lingua de origem, 0 chamadoindo-eurcpeu, rio é ums lingua da qin se tenhom documentos. E ‘uma reconstrugo tedrea, umconceito, Masavontade de recanstrur gum & tl que chegam mesmo fescrever fibula nessa “ings ‘A grande contrbuigSo das gramaticas compara cls fo evidencar que ae mudengas 8a reqlaes, tom ‘uma drego, Nao so cadicas, como se pensav demos observar essa dvegzo ssa regularda- ‘de da mudange se tomes, por exemple, hoje, um tipo se uso como 6 que sed em *serdada pr "aidada". [Nessa posicSo, vemos que hi possblidade de mudan- ca, de" ern", mas nunca temos um" se wansfor- ‘mando emp", por exerplo. No século XIX, para mostrar a regulridade, cor. tos ingistasbistéricos, os chamados neo-gramdtias, chegaram a enunciar leis para as mudanas na gu 5 ls nos, pelos qn cles procurvam explcar a volo. tes construtam uma escrtaprépria para anotar as formas em sua evolugde. Colocarem ess formas ‘como matrizes para o conjunto de formas existntes ras lnguas indo-europeas, em relagho & inexntente Tngua-mée,oindo-europeu. Assim puderam identifcar ‘organizar as formas dessa aria de lingass. Por essa excita, pademos ver por exemple, u6 © esparhol "kv" e © portugués “chuva" sho paren tes, tendo evolu da mesma plana latina “pluiam". Como encontamos ainda em aspanhol “leno” em portugues “che” que derivam de plenum”, podernos reconhecer uma regularidade na eval: p> ch (por: ‘agués) ep >Il (em espanho), onde srl > signfca “transform-se em Alrh que a codificacio dessa rgularidaes te- nha doo face de muitascantevérias, por meio das ‘os gramdticos chegaram a fora cada vez mas remo- 1a das lingua, até reconstrulvem formas supostas da hipottiza Inga de origem. Por exemplo, omparand,

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