You are on page 1of 3

RESEÑAS

FERNANDO L Á Z A R O C A R R E T E R , Diccionario de términos filológicos. Edito-


rial Gredos, M a d r i d , 1 9 5 3 ; 6 8 p p . ( B i b l i o t e c a
3 románica hispánica).

E l profesor L á z a r o se h a esforzado p o r c u b r i r , c o n esta o b r a , u n a l a -


g u n a q u e se e x t e n d í a sobre e l c a m p o de l a c i e n c i a lingüística e s p a ñ o l a .
I n ú t i l sería q u e tratáramos de e x p l i c a r cuán necesaria r e s u l t a b a y a u n a
o b r a de t a l n a t u r a l e z a , d a d a l a escasez de d i c c i o n a r i o s de este g é n e r o
q u e se observa, n o sólo e n E s p a ñ a , s i n o t a m b i é n e n e l resto d e l m u n d o ,
e x c e p c i ó n h e c h a d e l t a n c o n o c i d o L e x i q u e de M a r o u z e a u y d e l breve d i c -
c i o n a r i o de H o f m a n n y R u b e n b a u e r , obras, p o r o t r a parte, q u e conside-
r a m o s superadas e n m u c h o s p u n t o s p o r l a q u e L á z a r o h o y nos o f r e c e . 1

E n efecto, e l l i b r o de Lázaro rebasa m u c h a s veces los límites estrechos


de u n d i c c i o n a r i o de términos filológicos p a r a convertirse e n u n t r a t a d o
d e fines n o r m a t i v o s , según deseo consciente d e l a u t o r , a n u n c i a d o e n e l
p r ó l o g o de su o b r a . E s t a m b i é n m u c h o m a y o r e l n ú m e r o de t é r m i n o s
definidos y estudiados p o r L á z a r o q u e los q u e se i n c l u y e n e n las obras
francesa y a l e m a n a m e n c i o n a d a s , así c o m o t a m b i é n s o n más a m p l i a s y
precisas las e x p l i c a c i o n e s q u e L á z a r o p r o p o r c i o n a . O t r o de los m é r i t o s
i n d u d a b l e s d e l l i b r o es su m o d e r n i d a d , pues i n c l u y e los m á s recientes
términos de l a fonología y l a g l o s e m á t i c a . C o n s i d e r a m o s de g r a n u t i l i d a d ,
2

además, las n o t i c i a s referentes a m é t r i c a y retórica q u e Lázaro, obede-


c i e n d o a i m p u l s o s n o b l e m e n t e ambiciosos, nos p r o p o r c i o n a . P o r l o d i c h o ,
estamos seguros de q u e este d i c c i o n a r i o será de e n o r m e u t i l i d a d p a r a
todos, estudiantes y especialistas; es u n a base firme q u e p u e d e servir p a r a
u n i f i c a r l a t e r m i n o l o g í a lingüística, v e r d a d e r a m e n t e a n á r q u i c a e n l a ac-
t u a l i d a d . A este respecto, son de s u m a u t i l i d a d las listas de voces a l e m a -
nas, francesas e inglesas q u e L á z a r o i n c l u y e a l final de su d i c c i o n a r i o
(listas q u e quizá f u e r a conveniente a m p l i a r ) , así c o m o e l p r o c e d i m i e n t o
seguido, de i n d i c a r , j u n t o a cada p a l a b r a española, los términos corres-
p o n d i e n t e s de esas lenguas c u a n d o d i f i e r e n esencialmente de los caste-
llanos.
En el prólogo, e l a u t o r p i d e l a c o l a b o r a c i ó n de todas las personas
1
Acaba de aparecer en inglés u n D i c t i o n a r y 0/ l i n g u i s t i c s , p o r M A R I O P E Í y F R A N K
G A Y N O R , New York, 1954.
2
Lógicamente, dado el desarrollo constante de estas dos ramas de l a lingüística,
se observa en e l diccionario l a falta de algunos términos, no muchos, usados ya e n
España. Seguramente Lázaro dará entrada, en sucesivas ediciones de su obra, a esos
términos (como cenematemas, prosodémica, morjémica, sonidos egresivos e ingresivos,
etc.), que ya hemos visto empleados recientemente en libros publicados en España.
(Cf. A L A R C O S L L O R A C H , Gramática e s t r u c t u r a l , M a d r i d , 1951, y Fonología española,
M a d r i d , 1950; S A L V A D O R F E R N Á N D E Z , Gramática española, M a d r i d , 1951, § 6 1 ) .
46 RESEÑAS NRFH, IX
interesadas e n e l e s t u d i o d e l l e n g u a j e . R e s p o n d i e n d o a esta l l a m a d a ,
nos p e r m i t i r e m o s h a c e r a l g u n a s sugerencias e i n d i c a r a l g u n o s p e q u e ñ o s
errores, q u e e n n a d a d i s m i n u y e n el v a l o r esencial de l a o b r a .
Sería de desear q u e L á z a r o modificase e n p a r t e sus afirmaciones acerca
d e l maya y d e l azteca, lenguas q u e n o " h a n d e s a p a r e c i d o " y q u e n i
s i q u i e r a c u e n t a n c o n "escasísimos" h a b l a n t e s . 3

J u s t o es s e ñ a l a r l a n o t a b l e precisión d e m u c h a s de las d e f i n i c i o n e s ,
s u m a m e n t e breves y claras, c o m o sucede e n e l caso d e las oraciones a d -
j e t i v a s e x p l i c a t i v a s y especificativas, definidas c o n pocas palabras p e r o
c o n g r a n e x a c t i t u d . P o r e l l o , nos a g r a d a r í a q u e el a u t o r modificase a l g u -
nas d e f i n i c i o n e s erróneas* o a l g o i m p r e c i s a s " q u e hemos p o d i d o o b s e r v a r .
C u a l q u i e r d i c c i o n a r i o , y c o n m a y o r razón u n o de t é r m i n o s especiales
d e u n a c i e n c i a d e t e r m i n a d a , debe recoger el m a y o r n ú m e r o p o s i b l e d e
voces, s i n detenerse a considerar si son o n o correctas y exactas, sino sola-
m e n t e si se u s a n o h a n usado. Este c r i t e r i o h a s i d o a d o p t a d o c o n m u c h o
a c i e r t o p o r L á z a r o e n l a m a y o r p a r t e de su l i b r o , p o r l o q u e d e s e a r í a m o s
q u e , e n su p r ó x i m a edición, diese c a b i d a a ciertos términos q u e se
e m p l e a n c o m o sinónimos de los p o r él a d m i t i d o s (lenguas aislantes, plu-
r a l f r a c t o , oraciones aseverativasf.
N u e s t r o sincero deseo d e q u e esta o b r a llegue a convertirse e n e l
d i c c i o n a r i o lingüístico p o r e x c e l e n c i a nos i n c l i n a a hacer algunas obser-
vaciones más, q u e consideramos convenientes, a u n q u e sean de d e t a l l e .
H e m o s d i c h o q u e u n o de los m é r i t o s d e este d i c c i o n a r i o es j u s t a m e n t e l a
precisión y a m p l i t u d c o n q u e e l a u t o r d e f i n e y e x p l i c a l a m a y o r í a d e
los términos. D e acuerdo c o n este p r o v e c h o s o sistema, juzgamos conve-
n i e n t e q u e se a m p l í e n y precisen ciertos conceptos u n t a n t o l i g e r a m e n t e
estudiados e n esta p r i m e r a edición c o m o sucede e n e l C3.so d e l aspecto^ f

" H a y todavía u n millón de indios en Méjico que no saben hablar español" ( A .


8

R O S E N B L A T , L a población indígena y el m e s t i z a j e en América, 3» ed., Buenos A i r e s ,


, p p . 30-31). A u n q u e los cálculos no pueden ser más que aproximados, cabe afirmar
1 9 5 4

que en 1950 más de 795,000 personas hablaban sólo lenguas indígenas en México, y
1.653,000 eran bilingües. Sólo en e l estado de Yucatán, más de 300,000 personas h a b l a n
maya, y el náhuatl (nombre dado a l a lengua d e l pueblo azteca o mexica) se sigue h a -
blando en doce estados de la República, incluyendo el Sur del Distrito Federal (c£. J O R G E
A . Vivó, Geografía de México, 3» ed., México, 1953).
E l órgano pasivo de los sonidos alveolares
4
no es " l a cara i n t e r n a de los incisivos
superiores", sino precisamente los alvéolos. Convendría definir también las articula-
ciones d e n t o i n t e r d e n t a l e s y las p r e p a l a t a l e s (cf. T . N A V A R R O T O M Á S , M a n u a l de p r o n u n -
ciación española, M a d r i d , 1950, §§ 100 y 12).
L a definición d e l pretérito perfecto de indicativo sirve igualmente para la f o r m a
5

simple canté, pues indica "acción pasada y perfecta". P o r el contrario, la definición de


la declinación comprende sólo la declinación orgánica, pero no la sintáctica o f u n c i o n a l
(cf. R . L E N Z , L a oración y sus p a r t e s , M a d r i d , 1935, § 58). D e i g u a l modo, l a definición
del a d j e t i v o abarca sólo los calificativos.
6
E n efecto, el término a i s l a n t e s se emplea, al menos en América, con m u c h a mayor
frecuencia que e l de ¡solantes, citado p o r Lázaro. T a m b i é n el p l u r a l c o r t a d o del árabe
se d e n o m i n a generalmente f r a c t o , incluso en España, y lo mismo cabe decir de l a
oración a s e v e r a t i v a , término más usual que el de a s e r t i v a (cf. G I L Í G A Y A , C u r s o s u p .
de s i n t a x i s esp., México, 1943, § 55).
7
E n p r i m e r lugar, no se debe confundir el aspecto p e r f e c t i v o con el t e r m i n a t i v o
(cf. L E N Z , p p . 432-435); y, en segundo, convendría mencionar algunas otras formas
NRFH, IX RESEÑAS 47
e n l a clasificación de las oraciones*, e n l a de los dialectos portugueses
y en alguna otra ocasión . 9

E l p r o p ó s i t o d e L á z a r o h a sido, según él m i s m o i n d i c a , e l d e h a c e r
u n a o b r a e m i n e n t e m e n t e útil a los estudiantes d e filología r o m á n i c a , p r o -
pósito p l e n a m e n t e l o g r a d o , s i n d u d a a l g u n a . Quizá esa u t i l i d a d p u d i e r a
aumentarse u n p o c o , si e n a l g u n o s casos se atendiese m á s a l c a m p o r o m á -
n i c o o a l español, q u e a l clásico, c o n t r a r i a m e n t e a l o q u e L á z a r o hace a l
estudiar el verbo y l a declinación . 10

E j e m p l o de l a concisión y c l a r i d a d q u e d i s t i n g u e n a este d i c c i o n a r i o ,
p u e d e serlo, entre otros m u c h o s casos, l a d e f i n i c i ó n d e l préstamo lingüís-
tico, perfectamente d i f e r e n c i a d o d e l calco y d e l e x t r a n j e r i s m o . N o obs-
tante, e n este caso especial, consideramos q u e sería útil hacer l a d i s t i n c i ó n
señalada p o r T a p p o l e t , entre préstamos " d e l u j o " ( L u x u s l e h n w d r t e r ) y
préstamos " d e n e c e s i d a d " (Bedürfnislehnwdrter). D e igual forma, conven-
d r í a d i s t i n g u i r entre l a R o m a n i a p r o p i a m e n t e d i c h a , y l a R o m a n í a N u e v a
y l a Desaparecida.
Observaciones todas de d e t a l l e , q u e e n n a d a d i s m i n u y e n e l i n n e g a b l e
v a l o r d e l léxico de L á z a r o , a l q u e expresamos n u e s t r o r e c o n o c i m i e n t o p o r
e l v a l i o s o servicio prestado a l a filología.
JUAN M . LOPE
El Colegio de México.

F R A N C I S C O S A N M A R T Í B O N C O M P T E , Tácito en España. C . S . I. C , I n s t i t u t o
" A n t o n i o de N e b r i j a " , B a r c e l o n a , 1 9 5 1 ; 2 1 6 p p . ( P u b l i c a c i o n e s Eme-
r i t a , Serie h u m a n í s t i c a , 2 ) .

H e a q u í u n a b r i l l a n t e c o n t r i b u c i ó n a l a h i s t o r i a d e l i n f l u j o de l o s
clásicos l a t i n o s e n las letras españolas. Después de u n a breve I n t r o d u c c i ó n
y u n a B i b l i o g r a f í a , e l a u t o r e s t u d i a los Códices españoles de T á c i t o ( p p . 17¬
2 6 ) , las E d i c i o n e s y c o m e n t a r i o s ( p p . 2 7 - 5 9 ) , los T r a d u c t o r e s (pp. 6 0 - 1 1 0 ) ,
l a I n f l u e n c i a de T á c i t o e n l a l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a ( p p . 1 1 1 - 2 0 2 ) y, e n u n
pequeño Apéndice (pp. 2 0 3 - 2 1 1 ) , su h u e l l a en Hispanoamérica y en Por-
tugal.
S a n m a r t í l a m e n t a (p. 1 1 ) n o h a b e r p o d i d o u t i l i z a r l a parte a ú n i n é d i t a
aspectuales, como flexional, sintagmática, d e r i v a t i v a y r a d i c a l (cf. J E N S H O L T , Études
d'aspect, Copenhague, 1943, p p . 80-81).
8
E n l a clasificación de las oraciones coordinadas se citan sólo las c o p u l a t i v a s , d i s t r i -
b u t i v a s y adversativas, c o n o l v i d o de las d i s y u n t i v a s y las i l a t i v a s . P o r otra parte, puesto
que se hace l a división de las oraciones coordinadas y de las adjetivas, sería también con-
veniente clasificar las s u s t a n t i v a s (sujetivas, objetivas, finales y adnominales) y las adver-
biales (modales, temporales, de lugar, causales, concesivas, condicionales, comparativas
y consecutivas).
9
Puesto que se clasifican rigurosamente los dialectos portugueses meridionales (ex-
tremeño, alentejano y algarvés), lo m i s m o debería hacerse con e l interamnense y el t r a s -
m o n t a n o . E n e l artículo dedicado a l epíteto, parece haber confusión entre los términos
a t r i b u t i v o y p r e d i c a t i v o , y a que l a mayor parte de los gramáticos reserva el nombre de
a d j e t i v o p r e d i c a t i v o a l que se u n e a l sustantivo mediante el verbo ser.
Pensando exclusivamente en e l latín hace Lázaro l a clasificación d e l subjuntivo, e l
1 0

estudio de los casos de l a declinación y e l de las formas nominales d e l verbo, c o n o l v i d o


del español. A s i m i s m o , es preciso señalar que l a pasiva impersonal se conoce también
en castellano ( G I L Í G A Y A , § 105).

You might also like