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Temas e DOS MEDIUNS mio Alves Teixeira Neto as ——sa CREST wt BAZLON ‘Daragaso No BRASIL aa ee Be SENTE OBRA, SAO DE Se aioe DO ACTOR. Tiusiragdo da Cape MARIO DINIZ Fotaites e elichie CLICHERIA GARCIA LTDA. Rerisho NAASEON VIEIRA PEIXOTO ‘el EDITORA. MANDARINO UEDA, C60 Matuzaonote NBC. BLIND ——__——_ ——— RUA MARQUES DE POMBAL, 172 CAIXA POSTAL 11,000 - 20230 TELEFONE: : 221-5016 RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL ANTONIO ALVES TEIXEIRA (neto) O LIVRO DOS MEDIUNS DE UMBANDA 4? edigGo BIBLIOGRAFIA DO AUTOR ne 3 INDISPENSAVEIS AOS MEDIUNS SSPIRITAS (dols Opisculos doutrinérlos) — 1953 \ ‘UMBANDISMO — 1957 UMBANDA DOS PRETOS-VELHOS — 1965 POMBA-GIRA (As duas faces da UMBANDA) — 1966 COMO DESMANCHAR TRABALHOS DE QUIMBANDA — 1966 © LIVRO DOS EXUS (Kiumbas e Eguns) — 1967 OXALA — 1967 COMO DESMANCHAR TRABALHOS DE QUIMBANDA — 2° Volume — 1967 © LIVRO DOS MEDIUNS DE UMBANDA — 1967 OXOBSI — Colegéo Orixis, Vol. II — 1968 UMBANDA ATRAVES DOS ASTROS (Horéscopo) — 1969 DESPACHOS E OFERENDAS NA UMBANDA — 1970 OMULU — Médico dos Pobres Além dos aclma, todos de cu inho UMBANDISTA, publicou: TABUADA (Elementos de Aritmética — 1966) INDICE Prefaiclo ‘A guisa de intréito . Definindo a Umbanda ......... : Umbanda é Religifo, Cléncia e Filosofia .. Umbandistas e Kardecistas . : Mediunidade — Diferentes espécies e estados — « Médiuns a de Umbanda . ° Covsessio ou obsidiagéo e obsecagio . Autodefesa .......... i Classiticagio dos Espiritos ..... Caminhos que levam a Deus — Principals lels da crlacéo divina — Os sete planos — Involugdo e evolugéo ‘Triangulo da Umbanda - Feitura de médiuns — Camarinha — Inlelagio na Umbanda Linhas da Umbanda — Seus chefes e trabalhadores - Linhas da Quimbanda — Seus chefes e trabalhadores — Acéo da Umbanda nas linhas de Quimbanda Organizagéo de Terreiros 7 Como infelar e como encerrar uma sessio de Umbanda — Pontos e preces de abertura e encerramento © que € uma prece e como deve ser felta ... Orixalés — Orixis e Médiuns — Mediunidade .... Qualidades indispensdveis aos médiuns — Denominagées dadas aos médiuns de Umbanda e sua razio de ser . Influéncias dos espiritos desencarnados sobre 0 nosso corpo fisico e em nossa vida na terra ...... Responsabilidades, deveres e obrigacdes dos dirigentes ae terretros ....... = Umbanda, aivina Umbanda .. Federasio Umbandista Brasileira Epilogo . ui 127 137 1463 153 159 167 115 183 191 201 213 “Para, de fato, se conhecer a UMBANDA e se estar em condigées, no #6 de entend’-LA como, mais ainda, poder praticd-LA, e necessirio e antes mesmo indispen- ‘sével, que se comece pelos MEDIUNS. Em outras palavras, é necessiirio © antes mesmo in- ispensével, o se ter e para isto se preparar, os elemen- {ot que, servindo de intermediérios nas comunicacdes in~ wundos, nos déem o que “in facto”, de real e palpavel existe nessa mesma ¢ Maravilhosa UMBANDA.” Prefacio da 1a. edigao O grande problema das comunicacées espiritas, ou dos espiritos, reside principalmente no médium, no dirigente no ambiente que se forma, antes, durante e depois de uma reuniéo. Todos nés, encarnados ou desencarnados, sabemos que foi colocado a nossa frente dois caminhos, Um, leva a escuri- dao, as trevas, ao lodo, ao limo. Nestas paragens, atolamo- ‘nos em nossas préprias ignominias e inconsciéncias, perdemo- nos no desespero de nossos erros ¢ lembramos nossas vide pretérit sequiosos por termos uma nova oportunidade para reabilitarmo-nos, O outro leva-nos a uma Escada de Luz, de diticil acesso, com muitas dificuldades e tropecos. Quantos a rejeitam. Quantos dela fogem, preferindo caminhos mais cur- tos, curvas mais agradéveis, mais féceis de serem contorna- das, Entretanto, se enfrentarmos a escalada, com amor, com caridade, com bondade em nossos coragdes, nossos Guias que- ridos ajudam-nos nas quedas e acabam Jevando-nos ao final da Jornada. E encontramos entéo 0 Jardim do Pai Celestial, © Eden Maravithoso e colhemos flores nos Canteiros de nosso Pai e ainda teremos oportunidade de ajudarmos os nossos irmaozinhos, atirando pétalas destas fiéres, nos caminkos dos menos favorecidos, dos mais ignorantes, a fim de nos ajudar ajudando outros. as Qs que procuram a conmunicagéo com os Espiritos, os que ouvem Seus conselhos, os que =, entrar numa Tenda de Caridade, com caridade no corace®- Devem niio ir apenas com suas vestes ° Tem obrigagéo de comparecer com seus coragoes renovados a7- de bors propésitos, brancos © imaculados como 0 Manto de Nosea Mée. 0 Filho Querido, Josus, o Rabi da Galiléia, nosso querido Oxalé,estd prosonte om todas as reunides, através de seus “Mensageiros Meravilhosos baixados nas figuras dos Pretos- Velhos e Caboclos, lirmeza da Umbanda, sorrindo com nossas horas de felicidad, ajudando-nos, amparando-nos em nossas foras de tristexa, Como receber Oxalé, como receber nossos Pretos-Velhos e Caboclos, com o coragéo escuro, cheio de ‘erroa! £ preciso methorar. £ preciso caminhar para a frente @ para o alto e todos nds estamos @ caminho desta grande melhoria. Isto, principalmente, 0 que o brilhante © consagrado es- erilor ANTONIO ALVES TEIXEIRA (neto) mostra nesta obra, mais um langamento da Editora Eco. Recordo-me ‘mesmo, como ela nssceu e quando ela nasceu. Teixeira (desculpem a intimidade com autor tio im- portante), havia convidado o responsével por estas linhas e mais 0 editor Ernesto Emanuele Mandarino para uma visita ‘20 Centro Eapirita Caminheiros da Verdade. Queria nos mos- ‘rar 0 trabalho extraordinério daquela gente boa, liderado por Jodo Carneiro de Almeida, Lé ostivemos, 14 fomos rece- idee com todo carinho @ traternidade @ tivemos oportuni- ave te cuits @ importante “gia”. Ao lado do auditério, 4 Biblioteca ensinava aos que ali compareciam, que @ ex periéncia de terreiro deve ser alinhada ao lado do estudo. E andes © “Livro dos Médiuns”, do admirdvel Allan epider er eenttedo demais. O editor notando aquilo disse inidiing g eaait, Precisames dar a Umbanda ¢ aos seus ia Saaaemttadas caracteristicas daquelas duas Sntes ag 4,RekTa © 8 aborisine, Haja vista, Car ematits, © termos usados em seu lin- fines) «natura de dialetos africanos ¢ abort em assim, a sua propria liturgla 2 onde, de fato, se encontram praticas que, em- bora trazidas’até nos pelos Negros Africanos, vém elas (essa5 praticas) © entre outras a de ‘dar comida aos Espirit”, de muito longe, ce outros povas ou, mais precisamente, ate dos Egipelos ¢, portanto, do velho ¢ ainda miste rioso © singular EGITO 2) UMBANDA na verdade, ainda nao se definiy ov foi definida. £ Ela cinda, indiscutivelmente uma mistura, quigé. uma eonfusio tremenda de Umbanda’ com Candomblé e, até mesmo com Quimbanda, Catimbs ou Canjeré. Mustos os “pontos" cantados nos “Verreiros” de: Um- anda, nada mais sio do que or cantatos © pertencentes ao proprio Candomblé ou a0 Can- jeré © a Quimbanda, 3) A UMBANDA (c eu também o tenho dito) é um sincretismo religiso, evja origem, a bem oa verdade, teve lugar, isto é, ocorrew no BRASIL. No entanto, Isto ndo quer diner que ® que ésse sineretismo representa, ou seja, a UMBANDA como a conhecemos © praticamos, tenb nas fide ‘Glgarnos assim) no BRASIL, Suas verda~ Geiras bases, sua real origem, sio encontradas ‘muito mals Ionge, ld ma Milenar Pérsia de ORMUZD € ARIMA (o BEM € 9 MAL) e, 0- trossim, no proprio Erlto © Pows outros to antigo Oriente Que se considere a UMBANDA como RELIGIKO NACIONAL @e vez que é pratleada no BRASIL, ainda o accito Sio tamn- ‘bém Religides Nacionals 0 Catolieismo, o Protestantismo els. Por 1ss0 que so Religiées praticadas em nossa Patria. Aceit LA, porém, como Religlio Brasilelra, Relinifo ave ivesse se inlelado no BRASIL, ¢,antes de mais nada um absurdo Fazer-se-o, seria o mesmo que dizer que Fla comecou no BRASIL; que o Seu Intelador, ou seia, 0 Espirito que a {dealt- = a egou em prinefpio; que langow os aa aeror fee no BRASIL. E qual stla ease Espi- viet. seria, evidentemente, um outro qualquer que nfo O je sEsus e, assim, nfo aceltariamos esse mesmo JESUS, 0 GRISTO DE DEUS, como 0 fazemos na UMBANDA, com o ti- fulo, prerrogativas, poderes e valores que LHE reconhecemos, ‘Néo © aceltariamos como n0ss0 INICIADOR. No seriamos por isso mesmo, CRISTAOS. tae ‘Sem que possa ser contestado, a nossa UMBANDA, pelo me- nos no BKASIL, nada mais 6 do que um produto da miscurs de trés ou, mais precisamente, de quatro diferentes religiées: AFRICANISMO, ABORIGINISMO (ou Indlanismo), CATOLT- CISMO ¢ ESPIRITISMO. Quando digo AFRICANISMO, refi- rorme, de um modo geral, a todas as praticas, de cunho reli- sioso, para aqul trazidas pelos Negros Africanos, os nossos t30 Infelizes eseravos, Toda gente sabe que em cada um de nés, enraizado no ‘mais fundo dos nossos “eus", no mals profundo de nossas con- cepsies, ha sempre uma indisfaredvel inclinacéo para o se sereditar num ENTE SUPREMO, um DEUS, pois, qualquer que felt © sspecto ou natureza que Se Ihe dé ou empreste. £ uma Meica e indestrutivel verdade, Grado expire de supersticao, asian p= Zz Seen dos seus entes queridos, jamais 2 Por outro lado, porém, eram eles, como escravos, obrigades ‘a obedecer 20s seus impledosos e cruéis senhores e, assim, obr!- gados também eram a adotar e seguir a implacivel religiao catéliea no velho e caracteristico tempo do seu regime do “cré ou morte’ ‘viam-se, pois, os infellzes negros, em face de um grande dilema: néo abandonarem seus prépries pontos de vista reli- ssiosos, os rituais de sua propria erenca e, a0 mesmo tempo, terem de seguir e praticar os ensinamentos, dégmas e rituals do Catolicismo. Que fazer, portanto?!... Que solugio poderlam dar eles tao dificil problema?!... ‘Uma 56 e tinica solugfio se Ihes deparava; uma unica tabua de salvagdo viam, diante de si, no encapelado mar de seu de- sespero: misturar (é 0 térmo adequado); assimilar uma @ ou- tra das religides; fundir, uns aos outros, os diversos pontas das duas religi6es. a religiao Abandonarem; nao praticarem mais a sua propria trocarem-na pela outra, lgicamente (dentro do seu ponto de vista supersticioso), acarretar-Ihe-la, antes do mais, o5 mi e mais duros castigos de - Negarem-se a seguir 0 Catolicismo (é uma verdade) dat Jnes-la, por outro Indo, como conseaténcie, 0 scarretamel® dos mais desumanos e cruéis castigos de seus ainda e Impledasos senhores. incretismo religioso que, Nasceu, assim, nos poucos, um sineretsra, releieto SS. mas tarde, Influenciado pelos fenémenos espirit =a prio Espiritismo por sinal, deu lugar 80 aparecimento do Can. Homblé, do Canjeré e, outrossim, do que até nés chegou e hoje tem o nome de UMBANDA, de Quimbanda ou, como }4 0 temos dito, de UMBANDISMO (Julgamos melhor 0 térmo). te ‘A verdadeira UMBANDA, alls, de acordo com 0 nosso ponto de vista (e de muitos outros autores também) nao tem, nem poderla ter, tal orlgem e, por isso mesmo, tal aspecto, | ‘Tra-la-emos de muito mais longe, em verdade (j4 0 dis- semos); tra-la-emos da velha e encantadora PERSIA milenat da época de ORMUZD (Bem) e ARIMA (Mal). . oad ine Stam aro ae oleae amalas, ebés, pegis, barcos de Iads, fei- tlices, se bem que fe 7 ue fortemente vi tues dos Cet frtemente vncada pela influtncia dos Nao som: bratiquerne sentra ¢ Witio, © rituatismo, embora néo 0 Maule ‘ao cenit Adotemos em toda a sua extenséo. achamo-l0, © que combate ot” Porém. até um certo ponto apenas. 8 falta de unifosnamnts © 8 faremos sempre, isto sim, & nao 56 8 completa megan zaeto do ritualismo como, muito mals ainda, a (dlgamos assim) em que se encontram, fm vases 2 imenso Rast" © Que praticam a UMBANDA em nosso TaUe, justamen Els pot bir tats ah te buses, & Para corrigir tals fall uve que esta falhas, para col © DOs ateDruws be wacanrevendo este novo livre: © NDA. — 24 » 4 8) 8) » 10 aw QUESTIONARIO NY 1 como se divide @ opine humana, sob 0 ponto de vista religioso ou da crenca? pivide-se em dois grupos, a saber: materlalista e espl- ritualist. © que sao Materlalistas? ‘S40 individuos que negam a existéncia de Deus, dos Es- piritos e de tudo mals que ndo seja matérla, (© que séo Esplritualistas? Sao individuos que aceitam, e por isso mesmo afirmam, fa existéncia de Deus, dos Espiritos e de tudo mats além da matéria, Quais so, entre outros, os principals ramos do Esplritua- smo? Bramanismo, Budismo, Confuclonismo e Cristianlsmo. Quem ¢ 0 Iniclador do Cristlanismo? Jesus, 0 Cristo de Deus. Como, de um modo geral, se divide o Cristianismo? Divide-se em: Igreja Catélica Apostolica Romana, Igreja Grego Cismatica, Igreja Protestante, Igreja Brasileira, Igreja Espirita, ete. Como se divide a Igreja Espirita ou Espiritismo? Divide-se em: Novo Espiritualismo, Espiritismo e Umban- dismo, Que ensinamentos seguem os Kardecistas? Seguem os ensinamentos de Allan Kardec (Hippolyte Leon Denisart Rivail). Que ensinamentos seguem os Umbandistes? Os do proprio Kardec (em parte) € os de “Cabocios”” ‘Pretos-Velhos’ Como se divide 0 Umbandismo? Divide-se em: Umbanda e Quimbanda. © que fazem, uma em face da outra, Quimbanda? a Umbanda e a —3— 2) ay 22) ‘Embora seguindo eaminhos diferentes, completam-se, antes aque tudo, a Umbanda e a Quimbanda em diregdo a Deus, nosso Pal € Criador, os Umbandlstas também aceltam os ensinamentes do Kardec ¢ 0 proprio Kardec? Sim, Aceltam-nos, porém, em parte, Como se divide a Histérla do Espiritismo? Divide-se em trés tases ou idades, a saber: antiga, mo- derna e contemporinea. Desde quando ¢ até quando vai a primeira fase? Desde 05 mais remotos tempos da vida humana sbbre a ‘Terra até, mais ou menos, 1848, Desde quando ¢ até quando val a segunda fase? Desde 1848 até 1857 ou, mals precisamente, até 18 de abril fe 1857. Desde quando e até quando val a tercelra tase? Desde 1857 até nossos dlas, Quais so as fontes para o estudo da primeira fase? A Biblis, a Literatura Religiosa (historias das vidas dos Santos Catélleos) ¢ os trabalhos do Médium sueco EMMA~ NUEL SWEDENBORG, em 1990, Quando se vertcaram os fendimenos de Hydesvle? Em 1848. = * Na casa de quem se Na casa das Inman Anérice do Norte) O, ate f ae serve de inilo param segunda tase? sefnomenos verifieados na casa das Trmas Fox, etn HY= veriflcaram esses tendmenos? Fox (Hydesville — Estados Unidos da Allan ‘Katdee, do livro intitulade: “O TOS! LIVRO Dos g leo de oath eeiTO8" 8 18 de abel de 1637, prmete — 2% _ 23) 24) 25) 26) 2) 28) Quando comesa e até quando val a terceira fase? Comega com @ Codificacdo (mals precisamente a 18 de abril de 1857) e vem até nossos dias. © que 6, na verdade, que acontece com o Espiritismo, na tercelra fase? ‘Toma o Espirltismo, em seu triplice aspecto (Relighio, Ciéncla e Filosofia) o seu maior desenvolvimento e ex- pansio e, por outro lado, a0 UMBANDISMO, por suas aivisdes (Umbanda e Quimbanda) o mesmo scontece. a ee eee no Mundo Terraqueo? Seema as Sena aes a a eer miei Se iri a ores [a ots a Pon Se cane Ao que se pode dizer, quando comegou a Corrente Anti- enn rs 2 te sc 3 mas Fox, em Hydesville, nos Estados Unidos da Amér en ae Qual a principal earacteristica da Corrente Anti-Reen- eae 7 ~_ quando, ao que se pode dizer, comecou a Corrente Reen- camaclonista? cen ae pecsamenia, «18 de abril ae 187, © que fol que serviu de origem a essa Corrente? ‘A Colificag. ‘Qual é 0 Orientador da Corrente Anti-Reencarnacionista, fe qual o seu cognome (apelido)? ‘André Jackson Davis. Seu cognome ou apelido ‘Americano. Qual ¢ 0 Orientador da Corrente Reenearnacionista? Allan Kardee (Hippolyte Leén Denisart Rivall) Kardec — 23 2 Umbanda é Religiao, Ciéneia e Filosofia Definindo e localizando a Umbanda, parte que é do Um- bandismo, como 0 fizemos no capitulo anterior, vamos provar, neste outro, que, também ela, a nossa querida RELIGIAO DE “CABOCLOS” E “PRETOS-VELHOS", € Religiéo, é Cigneia e é Filosofia, RELIGIAO, como se sabe, ¢ “RELIGIAO do filho (0 Ho- mem) no Pal (DEUS)”. Vem do étimo latino “religare”, que quer dizer: lgar novamente, religar. Para melhor se compreender a signifieagio da palavra Feligkio ou, mais precisamente, 0 que 6 religido, embora se esteja, presentemente, tratando de um dos ramos do Espirl- smo, isto é, do UMBANDISMO (em suas duas divisdes: UM- BANDA e Quimbanda), vamos eltar, para exemplifiear, um dos elementares dogmas do eatolielsmo, que é o seguinte: “Tendo 0 Aiiho (o Homem, isto é, a erlatura humana) perdido as graces ‘do Senhor (0 Pal, ou seja: DEUS), em vista do peeado original, cometido por ADAO e EVA (Pais da humanidade), perdeu, entretanto,o titulo de filho de Deus e, pelo menos, 0 direlto a0 seu uso. Desta forma, velo & ‘Terra o DIVINO MESTRE, NOSSO SE- NHOR JESUS CRISTO e, com o Seu sublime sacrificlo, sublime =a e supremo, resgatou os pecados do Homem. Fé-lo e, soberbas e edificantes e antes que tudo divinos ensinameric por Ele deixados e difundidos por Seus Apéstol cect certas leis, ow mesmo certas teorias, se nos apresenta tee Multos e os mais variados sempre foram, sio e sera cnt tm te eu «ws 6es, isto é, onde se podera aplicar seu confunto ou, em euteas palavras, onde se poderd aplicd-lo e por isso, muitas gio a. Cléneias hoje em dia conhecldas. 7 so as nee Por termos (de modo que julgamos bem dificll re classificado 0 UMBANDISMO enire as atuals Relielies da Ht. manidade, como um dos ramos do CRISTIANISMO e, mais ainda, do ESPIRITISMO, poderiamos sem grande esforgo ¢ baseados mesmo em raciocinio légico ¢ facilmente aceltével, dar, sem mals aquela, a essa Religiio, ou melhor, reconhe- eer-Lhe, também, 0 titulo de Cléncla. Para tanto, alids, sem grandes argumentagées, dlriamos ou methor agiriamos da seguinte forma: a) © UMBANDISMO é ou nao Religtao?!...; — “Bt...” seria, logicamente, » resposta. b) EB... sendo Religifo, como classificamos o UM- BANDISMO?!....j —“Como um dos ramos da Corrente Reencar- nacionista do ESPIRITISMO”. ¢) Mas, 0 chamado ESPIRITISMO, nio é, a0 mes- mo tempo, Religiéo, Cléncia ¢ Filosofla?!.--) ”" {6 se 0 provou. a outras PA divisio 8 pelo tamente, suas propriedades ou, em lavras, sendo 0 UMBANDISMO uma parte do ESPIRITISMO, teré, logicament, —“4— menos um poueo, de Religiéo, Ciéneia e Filo- sofia, E, assim, poderiamos dizer: © UMBAN- DISMO & CIENCIA TAMBEM. ‘Mas... para qué?!. Para convencer nossos inimigos, eles que, se nos comba- tem (nés, Umbandistas) o fazem: apenas por n&o terem algo ; pelo prazer estipldo, na verdade, de o fazer; pela ignorancla em que, voluntarlamente, vivem do que somos e tazemos e do que ¢ 9 nossa religiio?!... ‘Convencer a um cego, se o ¢, apenas € porque o quer ser?ts.. idol... Absolutemente nol... Em hipétese alguma, nio! Diante de cegos que 86 niio véem porque nfo querem ver, o melhor é 0 se Ihes meter pelos olhos dentro. &, pols, 0 que pretendemos fazer, tentando provar que, 80 passo que é Religiio, o UMBANDISMO 6 Cléncia. J observaram os nossos inimigos, 0 UMBANDISMO (por sua Linha Branca, isto é, a Umbanda) sendo aplicado nas curas de obsidiagao?!... ‘Ou, melhor dizendo, sabem os nossos inimigos que 0 UM- BANDISMO também pode ser aplicado em tals curas e, diga-se de passagem, com resultadas mais répidos do que os obtidos elos métodos kardecistas?!. ‘Compreenderdo éles que, para se obter resultados e, antes ‘que tudo, para se descobrir os procesios ou métodos a serem empregados, ou mesmo para se os erlar (por vézes @ necessirio © se erlar métodos ¢ processos), 0 que deve ser feito, sempre, de acérdo com a natureza de cada caso, 6 necessfrlo o se Tea Year uma série de observacdes e investigagées, Para melhor encaminhamento do trabalho?!... E... 0 que € Isto, no fim das contas?!... Que nome se poderé dar, em s& conselénela, a ésse conjunto de observactes © Investigacées, se nfo o de Cléncia?!.. ane nue, de acbrdo com FARIAS BRITO, 6 “PAI- sho Pd SABER vem da antiga palavra PHILOSOPHIA ‘Gefiro-me, apenas, a gratia hoje modificada) — PHILOSO- PIA (PHILO = amor, paixio + SOPHIA ou SOPHOS = saber), Por conseguinte, FILOSOFOS so todos os que, de um modo geral. “tém paixio por, cada ver mais, adquirirem co- inheelmentos noves e mals amplos”. ‘Por outro lado, FILOSOFIA também 6, pode-se dizer, “A. CIBNCIA QUE NOS DA A RAZAO DE SER DE UMA OUTRA, 1TO #, QUE NOS ESCLARECE A RESPEITO DESSA OUTRA.’ ‘Téda e qualquer Ciénela, portanto, tem a sua Filosofia ou, pelo menos, a sua parte filos6fica ae Por que, pois, sendo 0 UMBANDISMO, como procuramos provar presentemente, Religiio e Ciéncia, nao sera também Filosofia?! we Observando-se, imparcialmente, o que se passa no UM- BANDISMO, tanto quanto no KARDECISMO, verificar-se ‘sem grande esforco, a dnsia que, em geral, tém os que © prati- cam por, cada vez mais, aprenderem alguma coisa nova, isto ¢, Adquirirem novos conhecimentos. Tal fato, é claro, indica a vontade, o desejo, a ansia, a Patxiio enfim, que, em verdade, se constata entre os Umban- Aistas, tanto quanto entre os Kardeclstas, “na sentido de sabe- rem, cada ver mais, o que néo sabem; de, cada vex mais, ad- quirirem novos ¢ mais precisos esclarecimentos relatives 9° ‘terreno que palmilham, favor i? {21 Yeitleado no melo do Umbandismo, nenhum pend, mana eaneedermos um titulo que, embora seu 34 9 de pa quererdo negar, por isso que, até mesmo O perme esfoream-se por Lhe tirar: "O THTULO DE ‘Tudo, na verdade, nas priticas Umbandistas, tem a sua razio de ser, @ sua “mironga” (na linguagem dos CABOCLOS ¢ PRETOS-VELHOS), a sua FILOSOFIA. Os CABOCLOS fumam charutos (pontas) e os PRETOS- ‘YVELHOS, cachimbos (pitos) ‘Por qué?! Porque @ fumaga de uns e outros (charutos ¢ cachimbos! nada mais é do que um defumador, Isto é, um desagregador de maus fluidos espirituals. eee Usa-se, em determinados trabalhos de desobsidiagio, 2 pélvora (TULA ou FUNDANGA) nos terreiros. E por qué?!... Para qué?!... Porque, com a explosio da pélvora, hd uma brusea e vio- lenta deslocacio de ar que atinge o “perispirito” dos Espiritos Obsidiadores que, entéo, se afastam. ‘A pélvora também é usada para “limpar pei 0s terreiros, quando néles é quelmada. smente” tee Por que se deve entrar descalco nos terrelros?!... Porque, assim, fica-se em contato mals direto com a terra (POLO NEGATIVO) e, desta forma, poder-se-A ser mais factl- mente “descarregado”. #, também, para se eviter que alguém eve uma sapatada ou uma violents plsada, no caso de, nos terrelros, entrarem médiuns que, com ostensiva mediunidade Gescontrolada, possam ser “tomados” por Espirites violentor E... por que CABOCLOS E PRETOS-VELHOS mesmo nos “terreiros Umbandlstas”?!... ou, melhor dizendo, no UMBAN- DISMO?!. Por que, se os Espiritos, ao desenearnarem, so apenas Espiritos, no mais sendo o que foram antes, aqui na Terra, Isto 6, perdendo a forma humana?!.. 37 ‘A resposta, clara e precisa, esté, Inlelalmente, no tato de que “deserente como é, de um modo geral, a Humanidade, para ne possa acreditar em alguma coisa que, por suas caracteris- fica faja a0 comum do que se conhece, necessitio se the toma a apresentagéo de provas concretas ou pelo menos o mals convincentes possivel”. ‘Um pal, por exemplo, de uma determinada criatura, apre- sentando-se a essa criatura, apés o seu desencarne, com a forma que teve em encarnagio anterior (nio naquela em que fol o pal desse crlatura), claro é que, a ela, se tome uma daivida ou, em outras palavras, néio seja por ela aceito, em verdade, como seu pai. : Por outro Indo, apresentando-se-nos no UMBANDISMO, CABOCLOS e PRETOS-VELHOS, nada fazem eles mais do que, aos chamados elvilizados (nés todos: KARDECISTAS ou UM. BANDISTAS, ESPIRITAS ou nfo) lembrar, clara, nitida ¢ ina- pelivelmente, que: “O8 HUMILDES SERAO EXALTADOS E 08 ORGULEOSOS SERAO HUMILHADOS". te ‘Ou serd que nos esquecemos jé de que, hé nfio tantos anos ‘assim, maltratamos, de modo inclassificdvel, os infellzes prétos- vethos, ov pobres © deagragados negros?! ——— no UMBANDISMO, os seus trabalhadores es- OW sefa, esses CABOCLOS e PRETOS-VELHOS s¢ Soresepfastem sem ura forma tal, capaz de permitir & Hu- —_— sitet © ineonseqiiente quéo inocerente que é race plat conftar, faltaris, sean mesma Humanidads phony 04 conflanga em seu. primacial objetivo, como PUICIn ee oem Yeréade: “O DE APROXTMAR, PELA SIM- © HOMEM DE DEUS, ISTO #, 0 FILHO DO PAI" Assim, pois, ros-venige” &* ‘ve compreender os CABOCLOS © PRE- Quanto as TARAS, bandit si ARAS, também encontradas nos terrelros Um- Tepresentam ELAS do que os valorosos Guardas, assim poderemos dizer, da Iimpeza psiquica ou espi- ritual dos amblentes ou, se o quisermos, sem LHES menospre~ gar o incontestavel valor, os dedicados servos que, para pre- parar uma condigna recepeio aos seus senhores, limpam, com tarinho e extremado culdado, a casa cuja guarda Lhes fol por ales mesmos, confiada. Em outras palavras: as IARAS, nos terrelros Umbandistes, nada mais fazem do que “limpar” (psiquica ou espiritualmente) ambiente, para que, entdo, possam os trabalhos (as sessdes) ser realizades sem quaisquer perturbagdes. Os Espiritos que, nos terreiros Umbandistas, sio chama- dos de CRIANGAS, séo os que, simbolicamente, representam @ ‘alegria ou, melhor dizendo, “a satistagio intima que se tem ou sente quando, sinceramente amando o seu semelbante ¢ por ele trabathando, confiantes em DEUS, nos entregamos #0 trabalho fecundo, em seu beneficio.” #, em outras palavras, “a alegria que se sente pelo Bem que se proporciona a outrem; é, pois, a alegria ou satisfacko do dever cumprido.” £, ainda, “a alegria ou satisfagio que tém os que, em si mesmos, sentem a presenga de DEUS”. Ser tudo isso atraso?!... Ou na verdade, néo representa tudo 1sso uma grande e singular FILOSOFIA?!... ‘Serd que, como caracteristiea de atraso e materialismo, se pode considerar a mensagem abaixo, do CABOCLO TUPI, rece- bida por “tiptologia”, a 24 de mato de 1952, mensagem essa do seguinte teor: “A HUMANIDADE PRECISA DA UMBANDA PARA REDIMIR SUAS FALTAS, DADAS A SUA POBREZA DE ESPIRITO"?!... Ou serf que se a pode considerar como ver- dadetra e elevada FILOSOFIA?!... —39— tw Note-se que, para o CABOCLO TUPI, “POBREZA DE Es. PIRITO” ¢ estupldes, mesquinbex, atraso, podridio moral etc, ¢ nfo humildade, conforme a acepgio biblica, E Isto tudo, verdadetra ¢ imparcialmente falando, o que ¢ senio uma alta ¢ nobre quio elevada FILOSOFIA?! tee Eentéo?! © UMBANDISMO (e por isso BANDA) € ou nfo uma FILOSOFIAMI | ae Com o que até aqui fica dito, esté a Umbanda, verdadelra- mente definida e, por outro lado, devidamente caracterizada alae enquanto que, 20 mesmo tempo, perfeitamente localizada no coneelto das demais religides, clénclas e filosofias existentes no Mundo Terréiqueo. QUESTIONARIO NY 2 3) De Trove tt? (Palavra) latino se originou @ palavra RE R “Religare” 38) © gue {et dizer, portanto, religitor oe tithe (o Homem) ao Pal (DEUS). ue 9 fms cattlctrmo ensina a respelto de religiéo? et ee Homem, isto 6, » criatura humana) tendo Deus), em vista oe Gragas do Senhor (o Pal, ou se/8: i Jatt, do Decade original cometido por Adio mente pela prétieeaniaade, materislmente falando) s0- ia religiao é que os poderé readquirir. 30) — 40 — 40) 41) 42) 46) © que é UMBANDISMO? # a “doutrina que trata do aperfeicoamento dos Espiritos de qualquer classe ou ordem, encarnados ou desencarna- dos, de suas comunicagdes com o mundo corpéreo e, de um modo mais objetivo que qualquer outra, da solugiio de varlos problemas que assoberbam a humanidade’’ como é dividido 0 UMBANDISMO? Em duas grandes Linhas ou Correntes; UMBANDA (Bem) e QUIMBANDA (Mal). Como pode e deve ser classificada a Umbanda, como parte que é do UMBANDISMO, no concelto das demais religiées existentes no Mundo Terréqueo? Como RELIGIAO ESPIRITUALISTA, CRISTA ESP1RITA UMBANDISTA e, portanto, pertencente ao grande grupo esplritualista (um dos grupos em que se divide a opiniao humana no que se relaciona com o ponto de vista de renga). De onde provém a modalidade em que se pratica a Um- banda no Brasil? Do sineretismo de quatro diferentes religides: AFRICANA (em todas as suas espécles), ABORIGINISMO (ou India- nismo), CATOLICISMO e ESPIRITISMO. Em que paises, além do Brasil, se pratica a Umbanda? Argentina, Cuba, Porto Rico, Franga, Espanha e Portugal. Nestes dois iltimos paises, allés, com absurdas dificul- dades, em face dos atuals Governos que tém, seguidores que sio da Igreja de Roma, ou seja: do Catolicismo. A Umbanda, como parte do Umbandismo que é, pode ser considerada como Religiio? Por qué? Pode e deve, porque, em tudo por tudo, seja como f6r, a ‘Umbanda, também Ela nos ensina a “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E, AO NOSSO PROXIMO, COMO A NOS MESMOS”. E pode a Umbanda também ser considerada como Cién- cla? Por qué? Pode e deve, porque, so ser praticada (e para que o seja de fato), esté Ela sempre fazendo investigagses, ractoci- nios, tirando conclusdes e fazendo dedugée eh 41) pode Bla, ainda, ser considerada qué? como Filosotiay Por R, Pode e deve, porque, em tudo, por suas “miron, eristéncla dos Hapiritos que Nela trabatham, moctranet sempre a Ansia que, na verdade, ttm os seus adeptos, de cada vex mais aprenderem e saberem. in 48) Em qual das Correntes do Movimento Es; pitita, pode classifieada a Umbanda, como parte > Umbane ae da, que 6 do Umban- R. Na Corrente Reencarnaclonista, ou seja, no Grupo Latino. — Umbandistas e Kardecistas £ por demais conhecida a pouea receptividade que, por parte de grande ndmero de Kardequistas (na verdade isto s¢ observa pela quase totalldade dos seguidores de ALLAN KAR- DEC) tem a Umbanda ¢, por isso mesmo, os Umbandistes. Encarando-se tal fato em face do grande ensinamento de SAULO DE TARSO (0 Apistolo SAO PAULO, nosso XANGO (AGOGO): “FORA DA CARIDADE NAO HA SALVAGAO”, so- mente poderiamos dizer que, assim agindo, os Kardecistas ou Kardequistas nada mais fazem do que (justamente ao contra rio do que deverlam fazer) faltarem com a caridade, E, por outro lado, néo seguirem o “AMAT A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E, AO PROXIMO, COMO A VOS MESMO". De nossa parte, se quiséssemos também esquecer aquéles dofs ensinamentos ¢, mais ainda, se quiséssemos nos arrogar © titulo de juizes, bem poderiamos, imitando aqueles nossos I~ ‘mios, dizer que eles, da parte deles, estariam totalmente erra- dos e, além, disso, fazendo o contrario do que pregam € pre- tendem ensinar. Seria bem 0 caso do “fax 0 que eu dige ¢ no © que ew faco”. No entanto no é isso o que fazemos; nio seri iss0 0 que faremos para com os nossos Irméos Kardecistas. Nio, de modo algum! E tanto é assim que, multo so contririo do que seria de se esperar, vamos, neste Capitulo, dizer, antes do mais (por ‘absurde que possa parecer) que os Kardecistas, na verdade, tem razio. E por qué?l... =e eee ‘De um modo geral, os Umbandistas no estudam a prépria religiio que praticam. Aceitam-Na, seguem-Na, praticam-Na, no entanto, na sua grande totalidade, nfo sabem nem mesmo o que 6, na verdade a religio que adotam e multo menos porque o fazem, # dure, porém, é a pura verdade. Chefes de terreiros hé, em grande ‘nimero, que praticam, seguem e dirigem Umbanda, seguindo, tio somente a0 que se pode dizer, uma tradigio de familia’ Poder-se-6 dizer, & bem da verdade, que todos eles “conhecem g.Sene funda (oto ge costuma dizer), no entanta, no ave as ree , & lettura, nada por parte déles se en~ Hi até chefes de terretro que, , Por absurdo que parega, rohem eat “flhs-de-Santo” de extudarem. & por que Porgu, em grande nimero de casos, sio esos chetes de terre 70 quase analfabetos (muitos o sio, de tato) ©, se os seus ‘lhos” estudarem, 0 que & claro, passaréi “anow’ ssiuaren, 0 , Passarlio a saber mais do g , , sentir-se-lam éles em situacho de in- Os Sabian em grande parte, também néo estudam, eras aa nessa essoas de poucos recursos financel- been no enedae enEe® lnhelro para adquirir livros. Tam Bo sabe or ett Poraue, Intellzmente, grande niimero deles © se sabem, mal o sabem, Isto é, tem mal. te Juntando- Jo, muita gennest @raRAe mal ao fato de que, por outro tante 0 fate song, intitula “dono da Umbanda”, nio obs- Dara se locupletan got moral de se servir da Umbanda apents Oe Gr ad, AEE, 0 vos expects, ereron Se , 808 nossos ‘ios Kar- its. Sim, 0 gue tence ens QuerHdos Irmacs Ka Em outras pajavras, deveremos reagir, deveremos fazer algo que, por sua propria natureza, venha a tirar, de modo total ¢ absolute, a Tazo que tém os nossos Irmios Kardecistas ou Kardequistas de nos atacarem e nio aceitarem a nossa querida Religiao de Umbanda. Deveremos nos esforgar, a0 maximo que nos seja possivel, para que, de futuro, possam esses dois gran- des ramos do Espiritismo (KARDECISMO e UMBANDISMO) se irmanarem, de fato e de direito e, assim, seguirem pelos tempos afora’ em busca da Verdade que, somente junto a DEUS, nosso ZAMBI, nosso Pal e Criador, é encontrada, nee E 0 que deveremos fazer?!... O que poderemas e devere~ mos fazer em defesa da nossa Religiio e de nés mesmos?! se A Umbanda 6 Religiéo porque, como qualquer outra, por sua propria natureza, por suas prétieas, por sua prépria fi- nalidade, procura “religar o filho (o Homem) ao Pai (Deus)”. ‘A Umbanda é Cléncla porque, como as demais cléncias, investiga, raclocina, analisa, estuda, deduz e conclu! em seu vasto laboratérlo (0 Terreiro) a razio de ser de tudo o que dentro dela e por ela mesma acontece ou se reallza. Filosofia porque, com sua complexidade, com suas ind- meras “mirongas” (segredos), faz com que, todos os que A praticam, todos os Umbandistas, portanto, estejam sempre ansiosos e desejosos de cada vez aprenderem e saberem mais, cada vez melhor conhecerem tudo o que véem, tudo o que facontece, tudo o que se Ihes spresenta. ‘Na Umbanda, tanto como no Kardecismo ou Kardequismo, ‘So observados os mesmos fenémenos medidnimicos ou de além timulo, ‘Na Umbanda, tanto como no Kardecismo ou Kardequismo, se pratiea Caridade, Dirla eu, a bem da verdade, que nos terreiros de Umbanda se pratiea a caridade de um modo mais alpdvel, de um modo mais rapido e, por isso mesmo mais convincente, = Em face do que dizemos no Capitulo I deste livro, vé-se que @ UMBANDA é uma RELIGIAO ESPIRITUALISTA, CRIS- ‘TA, ESPIRITA UMBANDISTA. ‘Quanto ao seu Ritual, porém, ainda nfo ha e nfo haveré por muitos anos ainda uma uniformidade. Cada Terretro, cada facedo Umbandlsta,tem um ritual préprio, um ritual que, mul- tas vezes com bases na verdadeira tradigéo, esta contudo em muito alterado hoje em dia. Os chefes de terretro, na contor- midade da escola em que foram iniciados ou em que foram teltos, cram e adotam um ritual todo seu, para ser adotado © seguldo por todos os que chefla ou domina, Néo hé, na ver- dade, uma s6 escola, uma 86 e tinica norma de trabalho, por isso que, para que tal houvesse, seria necessdrio, antes de mals nada, que a UMBANDA fosse codificada, tivesse um CODIGO que, na realidade, fésse adotado e seguido por todos os Terrei- Tos, por todos os Umbandistas. De qualquer forma, porém, temos de reconhecer que, na parte ritualistica da Umbanda, ainda aparece, como fortemen- te predominante, 0 catolicismo. Os Umbandistas, na sua quase absoluta totalidade, ainda batizam e casam seus filhos nas Igrejas Catélicas, Ainda vio as Igrejas Catdlicas para assistirem & Missa. Ainda acomps- nham, na sua integra, as pomposas ceriménias litirgicas da Semana Gants, Ainds aceltam, por isso mesmo, os dégmat eatélicos. Ainda aceltam o poder do Papa e a influéncia dos Padres catélicos. Ainda usam, em seus “pejis” (altares) 9s imagens dos Santos Catéllcos. Ainda, muitos dos Umbandlstas, vio & Igreja Catélica para se confessarem e comungarem. Quando morre (desencarna 6 0 termo adequado) um Um- bandiste, seus familiares mandam, de preferéncia, rezar um® missa catélica em beneficlo de sua “alma” e, na maforia das vezes, nem mandam fazer uma “Prece” pelo seu Espirito. a sua quase absoluta matoris, os Umbandistas, a0 se en- contrarem diante de um “peji” (altar), onde se encontram ima- gens dos santos eatélteos, benzem-se como —tazem os cat6lt- cos. Rezam 0 “PADRE NOSSO”, a “AVE-MARIA” 0 “CREIO ee (o Credo) indiscutivelmente, como J& dissemos por infimeras vezes, no sincretismo religioso de que se orlginou a modalidade em 46 — que a Umbanda é praticada no Brasil, o catolicismo tem papel de realce. No entanto, isto néo justifies, de modo algum, 0 tato de se agir como catélico, quando se ¢ Umbandista, ‘Até certo ponto se pode ¢ deve aceiter as imagens dos Santos Catéllcos nos terreiros de Umbanda, Sim, porque, tals imagens, na verdade, servem de ponto de apolo para que 3° obtenha uma melhor e maior concentracdo nos préprios ter- relros. Que se benza um Umbandista, até certo ponto & aceltével ¢ tsto porque, sendo JESUS CRISTO o Espirito Intelador da Umbanda, como se O aceita, justo 6 que se acelte o “SINAL DA CRUZ" (como dizem os catéliecs) como um simbolo de identiticagso. ‘Tudo isto e multo mais mesmo se poderi e deverd aceltar, neste particular, no entanto, $4 ¢ tempo de que, como Umban- distas, nos caracterizemos de um modo melhor e mals ainda adequado e oportuno quo marcante de nés mesmos. ‘34 6 tempo de, erlando um ritual préprio e anlco, exten- sivo a todos os Terreiroe, praticado que venha a ser por todos os Umbandistas, aparecer a nossa Querida e Valores, Um- banda. HG uns tantos anos passados, o simples fato de se falar em Umbanda e mesmo em Espiritismo era, antes de mais nada, motivo de levar muita gente & cadela ou, pelo menos, a uma persegui¢o violenta por parte, nfo s6 dos elementos de outras rellgies como, até mesmo, da prépria Policia, ‘Ainda hoje mesmo, que 0s tempos © as colsas mudaram, mutta gente chama a Umbanda de “macumba” e, aos Umban- istas, por 1ss0 mesmo, de “Macumbelros”. MACUMBA, na verdade, na Lingua portuguesa, é: Arvore africana, em euja volta se reuniam os fetichistas para pratica- rem seus cultos; macumbelros eram, pols, os que tal faziam: MACUMBA também 6 um Instrumento e, macumbelros, os que © tocam, Eliminemos, pois, todos esses pontos que podem e sfio con- siderados como indice de atraso de nossa parte, isto é, da parte dos Umbandistas e, por certo, ninguém ter o minino que seja de razio ou de apoio para nos combater e, mais ainda, para no aceltar a nossa religido, a nossa QUERIDA UMBANDA, como um dos ramos do ESPIRITISMO. QUESTIONARIO N° 3 49) Ha receptividade para a Umbanda, por parte dos Karde- cistas ou Kardequistas? R. Nao. Infelizmente, nao. Os Kardecistas ou Kardequistas acham que somente eles so Espiritas e que smente 0 que eles fazem 6 ESPIRITISMO. 50) E por que isto acontece?! R. Pelo grande niimero de falhas e mesmo erros que se cons~ tata por parte de alguns Umbandistas. 51) Podera citar alguns desses erros ou falhas?! R. Em primeiro lugar, 0 fato de que muita gente que dirige Umbanda njo estar em condig6es morals de o fazer. O fato da Religiio de Umbanda ainda se apresentar forte mente influenciada pelo ritualismo catélico, 52) Os fendmenos medifinteos ou fenémenos de além-ta- mulo, existentes no Espiritismo de Kardec ou Kardecis- mo, também sio observados na Umbanda?! R. 840 e de um modo mais palpavel e eflciente. 53) Nos terreiros de Umbanda também se pratiea a Caridade que 6 praticada no Espiritismo de Kardec? R. Pratica-se e até de um modo mais palpavel, mais rapido e mais eficiente. 54) Os Umbandistas, de um modo geral, estudam a Religiio de Umbanda? N&o. De um modo geral, os Umbandistas nfo estudam & Umbanda. Ou porque nfo gostam de estudar; ou porque nao ‘tém tempo para lerem livros; ou porque muitos chetes de terrelro, por serem analfabetos, profbem seus “pithos-de-Santo” de estudarem, a fim de nao serem me- Thores do que éles. — 44 55) (© que poderd dizer quanto ao ritual da Umbanda? Tem ‘ou nfo uniformidade e por qué? Néo tem unlformidade, de modo algum. Cada terrelro tem um ritual proprio, que é, de um modo geral, ensl- nado e seguido na conformidade do que aprendeu o chefe que tem. (© que poder dizer das imagens dos Santos Catélicos nos terreiros de Umbanda? ‘Servem de ponto de apolo para se obter uma melhor € malor concentracio. ‘Acha que, sendo Umbandistas, devem os que seguem ® Umbanda batizar e casar seus filhos na Igreja Catélica? Nao, Mesmo porque, na propria Umbanda, hé casamento e batizado, dentro dos préprios principlos bésleos Um- bandistas. # direlto mandar-se rezar Missas Catélicas, por “alma” dos Umbandistas, quando desencarnam? Nao. Deve-se, na verdade, fazer-se Preces. HA, até uma ceriménla prépria para tais casos. © que entende como Macumba e como Macumbelro? Macumba é uma arvore africana e macumbelros eram 0s ‘afrieanos fetichistas que pratfcavam sua religiao em volta dessa arvore. Macumba também é um instrumento € ma- ‘cumbeiros so todos os que 0 tocam. Como deve ser classificada a Umbanda? Como RELIGIAO ESPIRITUALISTA, CRISTA, ESPIRITA UMBANDISTA, parte que ¢ do UMBANDISMO. —49— Pct 4 Mediunidade — Diferentes espécies e estados — Médiuns de Umbanda MEDIUNIDADE € a possibilidade que tém as eriaturas € também alguns irracionais de servirem de intermediérios nas comunicagdes entre 0 Mundo Invisivel (0 Mundo dos Espiritos Desencarnados) e 0 Mundo Visivel (0 Mundo dos Espiritos En- carnados ou 0 Mundo que habitamos como eriaturas humanas ou almas). ‘De acordo com 0 que constatou ALLAN KARDEC, sio mui- tas as mediunidades. Ele, de sua parte, catalogou cerca de 69 (sessenta e nove) espécies diferentes de mediunidade. Destas, as mals conhecldas so, entre outras, as de “incorporacio”, de “Intulgao”, de “psicografia”, de “vidéncla”, de “clarividén- cla” e, mals recentemente, as de “materializagéo”. No Esplritismo de Kardec, isto é, no Kardecismo ou Kar- dequismo, os médiuns tomam 0 nome de ““aparelhos”. Na Um~ banda, porém, tém os médiuns (por sinal bem mais adequada) ‘@ denominago de “‘cavalos” ou “burros”, Sao termos um tanto ou quanto primitives, “atrasados” se o quiserem, no entanto, jem, na verdade, a maneira pela qual, de fato, as “enti- Entre as multas espéctes de mediunidades existentes, va- mos nos preneupar, apenas, com as seguintes, justamente por —s— de um modo geral, sio mais comuns e, por isso as aus, ony oe ‘ave observadas e podem ser estudadas. mesmo, mais facilme a) intultivas; b) motoras, - ¢) clarividentes ou de clarividéncia; 4) incorporativas ou de incorporacio. ‘Em cada uma dessas espécies de mediunidade, a entidade (o Espirito) que trabalha com o médium nada mais faz do que “acavalar” ou “montar” (podemos dizer) o médium, de ver que atua sobre ele, fazendo-o por sobre a cabeca e os om- pros, primacialmente, como se o estivesse montando, ‘Nas mediunidades intuitivas (de doutrinac&o, por exemplo, de “pré-cognicio”, isto €, de “aviso antecipado do que vai acon- tecer”, como se pode dizer) @ entidade, ao trabalhar com 0 muédium, envia seus fluidos sobre a parte mental do médium e, também, sobre os membros superiores ou bracos. Nas mediunidades motoras, que sio as encontradas nos médiuns que fornecem energia para a realizagio dos trabalho: de efelto fisico (médiuns de efeitos fisicos), tais vomo vor direta, ebuloses, transporte do objetos, materlalizacées totais ou p™ sais, a entidade envia seus fluldos sobre a parte mental, sobre 2 parte nervora e sobre oy membros superiores (hracos) &o __ Nas mediunidades elarividentes ou de clarividéncia, que sio as mediunidades encontradas nos individuos que tem & Tihs tide segura, a0 que se pout dizer, de trabalhos fisicos fons cm fxeeueto no Astral, as entidades enviam seut ios ache a parte mental, tio somente dos méduns. ralmetentmidades incorporativas ou de incorporasi, fi: dade vara oro as aue mals comamente se observa, a ent: iN paste raddes sobre a parte mental do médlumy sobre Nesta expec an ait? miembros (inferiores ¢ superior) ue entdng ecnettustdade, alls, € que bem se poders dizer de Yearalgr tq avala ou monta o medium, dat o se o chamer ' Cavale, quando trabalha com os CA- BOCLOS ¢ PRETOS. © PRETOS-VELHOS, com as TARAS ¢ as CRIANGAS —52— da Umbanda e Burro, trabalha oom EXUS ou OMULUS ou com 0s Espiritos dessas Linhas. ‘Nessas mediunidades, isto ¢, na mediunidade de incorpo- racio, na verdade, a entidade como que hipnotiza (podemos dizer) 0 médium. Se o médium ¢ totalmente hipnotizado, ou seja, se é totalmente dominado pela entidade, diz-se que # ineorporagio é total ou que o médium é inconsclente. Tal nao ocorrendo, a incorporacie é parcial ou o médium é consciente ou semiconsciente. sae Qualquer que seja a espécie de mediunidade, poderé ela se apresentar de uma das quatro maneiras abaixo ou, em outras palavras, poderd ela estar em um dos quatro seguintes estados: a) Latente; b) Progresstvo; ©) Ostensivos a) Desenvolvido ou adestrado. No estado latente, a mediunidade ainda nfo se manifestou, {sto é, ainda néo fol constatada visvelmente ou fol afastada. Somente poderd ser verifleada por um exame meticuloso ou acelta por suposicéo. No estado progressive, a modiunidade comeca a se mani- festar ou jé se apresenta mals ou menos verificavel. No estado ostensivo, a mediunidade se apresenta em toda sua pujanca e, assim,é facilmente constatada e, por isso mes- ‘mo, estudada. No estado desenvolvido, finalmente, 2 que eu denominaria de adestrado ou educado, a mediunidade se spresenta em seu méximo grau de intensidade e com sua mais acentuada pro- dutividade, Neste estado é que se encontra a mediunidade dos ‘médiuns que, seja nos Centros ‘Kardecistas, seja nos terrelros Umbandistas, praticam a carldade no maior grau que thes possivel, Sim, porque ser médium é, antes de mais nada, pra- =a tear a Carldade tanto no regime Kardecista ou Kardequista ‘como no regime Umbandista. tee ‘Toda a eriatura humana, querendo ou no aceitar tal hi- potese, é médium, seja de que espécle for de mediunidade, ‘alguns irracionais, como 0 cachorro, o gato, 0 cavalo, 0 porco, também sio médluns. © poreo, por sinal, pede até ser conside- rado, sem qualquer exagéro, como médium de “incorporacio" Basta que, reeorrendo @ Vide de JESUS CRISTO sdbre a ‘Terra, como nos contaram Seus Apéstolos, nos detenhamos no episédio do “Endemoniado de Gerasa”. Era um jovem que, acieatado perseguido por Espiritos mal intenclonados ou perturbadores (Bspiritos Impuros) passava por louco, ‘Aproximando-se JESUS do infeliz, falaram os Espititos que 0 perseguiam: — “Que queres conosco Filho de Deus?!...” — *Saiam desse homem...” disse-Ihes JESUS. # os Espiritos que perturbavam o jovem, tendo que obedecer ao Nazareno, mas no querendo atastar-se do lugar, pediram-Ine que os deixa: sem “incorporar” nos porcos que por ali passavam, JESUS consentiu e eles, “inecrporando” nos porcos, corveram para dentro d'égua € os porcos morreram afogadcs. ‘Tod a cristura humana, pois, é médium, seja ld de que tepéie de medlnidade ft. No entanto,ndo basta que se seit Inélum. € necessro, ao mesmo tempo e por io mesmo, que ue gua medlnidede, ou melhor, esta possblidade de se iat Ut Inlemediério nas comunleagses entre 0 Mundo 2n- desencar een a? Visivel, ou sefa, entre o Mundo dos Espirltos Gtemetrades¢ o Mundo dos spirtos encarnados, 8 neces Senay Rast, que se prepare ease mediunidade para ie lum, ‘ode rae Tedundar em beneficlo de outrem. Ser mé- cue mutes vat o f0me8. Pratlcar, porém,a mediunidade ¢ © raako plausivel, eee a oite nae querem fazer. Se houver uma isto €, aceltdvel, para ndo se praticar a me- — 54 arenas task @iunidade, o que na verdade néo existe, justo é que nio se pratique ou no se use essa possibilidade. Em caso contrério, contudo, quem néo ustr sua mediunidade, quem nao a praticar ‘em beneticlo de outros, estaré, antes de mals nada, desobedo- cendo a Lel de Deus e, desta forma, incorrendo em faite de natureza grave e, por is90 mesmo, sujelto a ser castigado, E Isto, em grande parte, € 0 que acontece. Mesmo porque, bem poderemos considerar a mediunidade como sendo a faculdade que Deus nos d4, por Misericérdia Sua, para atenuarmos nossas préprias € graves culpas, culpas essas de encarnagées passa- das, na totalidade das vezes. Quanto & mediunidade, ainda poderemos dizer que, para uns, é ela o dom que tém certas criaturas para servir de inter- medidrios nas comunteagées entre o Mundo visivel e o Mundo invisivel, Para outros, porém, medlunidade ¢ faculdade (ou conjunto de faculdades) que, independente da sua vontade, possuem as erlaturas. Para nés, aceltamos a mediunidade é faeuldade. Ainda a respeito de mediunidade, transerevemos, a seguir, 08 dizeres do livro “PRIMEIRAS REVELAGOES DE UMBANDA", publicado pela ORDEM DOS CAVALHEIROS DA GRA CRUZ. Vejfimo-los, pois: “Podemos compreender por mediunidade, certas faculdades que, independente da sua vontade, possuem determinadas criaturas; manifesta-se por diferentes modos ¢ melos, de acordo com @ formagéo da criatura no estado em- briondrio; as suas faculdades ou qualldades sio subordinadas 20 signo que a rege ¢ sob cujos auspicios ¢ 0 dvulo fecundade. ‘Multas podem ser provenientes do Karma da criaturs, para que, beneficiada com esta espécie de mediunidade, possa melhor resgatar faltas ou praticar atos que, por designios su- perlores ou por determinagio dos “SENHORES DO KARMA", tenham que ser cumprides; neste estado, no podemos deter~ minar a mediunidade, pols faz parte do Karma e varia com as ertaturas 55 — ndossames 0 que acima fica exposto, excecdo feta ape~ ras ao fato de que, na conformidade do que nos ensinam os ROSA-CRUZES,a mediunidade ¢ faculdade em algumas criatu~ we Para nés J4 0 aissemos linhas atrés, todos nds, criaturas umanas, somos médiuns, seja de que mediunidade ou mediu- nidades f6r. No que diz respelto, em especial, aos médiuns da Umbanda, também nos servimos dos ensinamentos contidos no ja eltado livro “PRIMEIRAS REVELAGOES DE UMBANDA”, quando nos ddizem: “Os médiuns, em Umbanda, tomam uma denominagio figurada que muito, embora nos parega rude, bem traduz seu significado. De tédas as mediunidades é a que exige de seu portador ‘maior devogdo ¢ sacrificio, pols Umbanda é rentincia, abne- gagéo, humildade e desprendimento das futilidades do nosso ‘mundo terniqueo. de todos, 0 médium de Umbanda, 0 que conduz malor carga, maior peso; sua responsabllidade, indubitavelmente, € bastante grande; seu desprendimento das coisas materiais tem que ser enorme para que, com 0 uso dessa faculdade e conse~ uente facilldade de manejo das forgas ocultas, nao venha, por tentagéo, a calr em graves faltas e erros. Muitos jé sio os que rolem no lodagal das trevas; o abuso desmedido, incomensu~ ravel, dos poderes que estavam ao seu alcance, os langou nas in‘empéries e vicissitudes da estrada escabrosa do érro, Seus sentimentos deverdo ser nobres e altruistas, olhando ‘mals ao préximo que a si mesmo, pois a SABEDORIA DO PAI € grande. Quem muito pede também d&; do nosso sacrificio haverd fruto; teremos 0 conforto do espirito © as bolezas do Além; nossa visio se abriré descortinando novos horizontes (onde os sentidos se confundem das grandezas que sentem.” mila 428 espécles de médluns de mals importincia da dos CAMBONES ou CAMBONOS. Sio eles 0s — 56 — elementos que, inconsclentes de que o sio e do valor que tém, multas vezes realizam trabalhos sob a influéneia da Entidade airigente do médium. Sobre os Cambones pesa também grande parte da respon- sabilidade, pois, em vista da auséncla do consclente do médium, 0 cérebro que dirige, que pensa, que realiza,é 0 do seu com- plemento, isto ¢, 0 do seu Cambono. sae CAMBONO, pols, nada mals 6 do que um médium que, colaborando com o que ‘incorpora’” ou com o que dirige uma sessio qualquer, ajuda-o e o completa. S80, pols, ao que se pode dizer, médiuns auxiliares. (Os médiuns de Umbanda, em especial, nfo podem se dei- xar dominar por sentimentos de inveja, dtspelto, édio, tra, maledicéncla, intriga, clame ete. tee QUESTIONARIO N° 4 61) © que 6 MEDIUNIDADE? R. & possibilidade que tém as criaturas humanas de servi- rem de intermediérias nas comunicagdes entre 0 MUNDO INVISIVEL (0 Mundo dos Espiritos desencarnados) ¢ MUNDO VISIVEL (0 Mundo dos Espirites encarnados ou criaturas humanas). 62) Os animais irracionais também tém mediunidade? Sima, Especialmente o cachorro, o gato, o cavalo e 0 porco. 63) Poderé citar algum trecho da Vida de JESUS CRISTO sobre a Terra, que nos fale de mediuntdade por parte de irracionais? De qual animal tala? R. _O caso do ENDEMONIADO DE GERASA. Refere-se & me- dlunidade constatada nos poreos. 64) Hé uma s6 espécle de mediunidade ou hé multas delas? R. Ha multas espécies. ALLAN KARDEC catalogou cerca de 69 espécies de mediunidades. == 65) 66) 61 6) ™ ™ ™ ™ quale as expéles mais comuns e mals faslimente cons- tatedas de melunidnde? Tntuttvas, Motoras, Carvidentes ou de Clarividéneia ¢ Incorporativa ou de Incorporagdo, 1 gut entende como mediunldades intultvas? fio as medinldades em que a entidade, ao trabathar fom 0 medium, atua sobre a parte mental e sobre os membros superires dele Conte algun exemplo de mediunidade Sntultvat fs de douttinagio e as de pré-cognigho O aue entende como mediunidade de doutrinagior # a mediunidede em que o médium, recebendo as men fagens de Eotidades desencarnadas, tranamite-as a Ov trem em forma de doutina © que entende como medlunidade de pré-cognisio? % a medlunidade em que 0 méclum como que Tecsbe, com Aoteclpagte, a comunieagto. de fatoe ou aconteelmentos ‘ue alnda nlo se realizar, mas serio reallzados depos 2 mediunidade de pré-copnigio também poderh ser cha- mada de pré-cléneia ou de pré-vidéncia. © que enlende como mediunidade motors? Ea medunldace que fornece energia ao médlum, para a realizagio de trabalhos de efelto fsa, tls como: vot direta, nebulowes, transporte de objets, materiallaasies parclls ou totals, Como atuam as Enidades sobre o médtum, na medtun!- tuperiores. (agus ‘Atun sobre a parte mental (cerebelo,e sobre os membos superloree (bags, © que entende como m . 0 ue extends como medaniadeearvidenie ou de Seen ao médium, ter a visio nitida e segura de satin tor «ous em rela nose Gamo at x Enidae reo més, nn medialis ‘A entldade envia os fuldos then ae ita 06 dos tao somente sobre = porte — 58 ™ 3) 78) ™ 78) 79) 80) an (© que entende como mediunidade Incorporativa ou de sncorporagio? # a mediunidade em que Enticade como que acavala ‘ou monta 0 médlum. Ela atua por sbbre a cabega © os membros do médium. Como atua a enticade sobre o méatum, na mediunidade Incorporativa ou de incorporagio? Envia og fluldes sobre a parte mental, sobre a parte ner- vosa (cerebelo) e sobre os membros superires (bragos) € Inferiotes (pernas) do médium. Qual a denominagdo que tomam os médiuns ns de Espiritismo Kardecisia ou Kardequista? APARELHOS ou apenas médiuns, Qual denominagdo que tomam os médiuns nas sessbes Umbandistas? E por qué? AVALOS, quanco trabalham com CABOCLOS, PRETOS- VELHOS, IARAS ¢ CRIANGAS e BURROS quando traba- ham com 0s EXUS, OMULUS ou em os Espirtos dessas Linhas. ‘As mediunidades se apresentam sempre no mesmo estado ou grau? ‘No. Apresentam-se em quatro principals estados ou eraus. Quais sio esses estados ou graus em que se apresentam fas mediunidades? Latente, Progressive, Ostensivo e Desenvolvide ou ades- tado. (© que entende como estado latente? ® aquele em que & mediunidade ainda no se alee Isto ¢, ainda nfo fot ‘constatada vislvelmente © ate podera ser acelte mediante um exame metiuloso 02 FOF ‘supostcao. f também o caso em que a mediunt lac ou se encontra afasteda. © que entende por estado £0 estado em que a mediunida ‘ou menos verificével ou comege sessoes progressive da mediunidade? ide se encontra mais ‘8 ge mantfestar. — 59 ») 0 que entende como estado ostensivo da mediunidade? fcestado em que a mediunidade se apresenta em toda ‘2 sun pujanca e, assim, é factimente constatada e pode ser estudada. © que entende como estado desenvolvido ou adestrado da mediunidade? R. Bo estado em que 2 mediunidade se apresenta em seu maximo grau de intensidade e com o sua maior ¢ mais ‘aeentuada produtividade, 64) Entre os médiuns de Umbanda, que so os de maior res- ponsabilidade, quais os que merece uma citacko em es- pecial, dado o seu modo de atuar nos terreiros ow nas sessbes Umbandistas? R. £0 CAMBONO que nada mais ¢ do que um médium, in- consclente multas vezes de que o ¢, que ajuda e completa © médium em trabalho, mormente porque, nessas cir- cunstanclas, 0 consciente do médium se encontra como que afastado. 22 R a3) 5 Obsessao ou Obsidiagao e Obsecagao OBSESSAO ou OBSIDIACAO ¢ OBSECAGAO nada mais sio do que porturbagdes animicas, ou seja, perturbacées da alma. ALMA, para os que seguem 0 catolicismo, ¢ 0 Espirito ou sseJa 14 o que for que da vida, podemos dizer, ao corpo humano, ou a criatura humana. Vem do étimo latino, fsto é, da palavra latina ANIMA (alma). Para os Espfritas, sejam eles Kardecistas ou Kardequistas ‘ou Umbandistas, ALMA 6 0 conjunto de: 8) Espirito Db) Perispfrito ©) Corpo. Este conjunto é que tem o nome de ALMA e, na verdade, constitul a criatura humana. Todas as eriaturas bumanas, por- tanto, sio ALMAS, Diz-nos 0 “LIVRO DOS ESPIRITOS” (Primeiro da Codlti- cago, publicado a 18 de abril de 1857 por ALLAN KARDEC), © seguinte: —s1— sos Bepirits tém forma determinada, llmitada € constan- »» Pergunta de ALLAN KARDEC te" eyo, ndo; para nés, sim. O Espirito , se quiserdes, ume ehama, um claréo, ou uma centelha etéria” — Resposta dos Espiritos, que o atendiam, a ALLAN KARDEC. Do que fiea dito se conelui que, na verdade, o que tem forma nao é 0 Espirito que anima ou que existe animandcho, fem nosso corpo. A forma, pois, que temos, como humanos, nada tem a ver com o nosso Espirito, Este, em verdade, dé a0 seu PERISPIRITO, que € uma espécie de invélucro quintessen- ‘lado, a forma que Ihe interessa ou que se lhe torna necessério, Seja 1é como fér, cu seja 14 0 que fér, porém, 0 que deve- ‘mos saber é que, justamente sobre o Perlspirito ¢ que se faz sentir a influéneia de Entidades ou Espiritos outros que, nem sempre, nos trazem beneficios. Em outras palavras, deve- mos dizer que é justamente sdbre 0 PERISPIRITO que atuam ‘as entidades ou Espiritos que nos causam obsessdes ou obsl- diagdes © obsecaqées. ‘Considerando-se 0 fato de se poder aceltar (e realmente é ‘© que acontece) o Espirito como alma, dada a influéneia do catolicismo, especlalmente entre os Umbandistas, di-se nome de perturbagdes animicas ou da alma as perturbacdes causa das a0 Perispirito. As perturbagdes animicas ou da alma, so que se pode dizer, Poderdo ser distribuidas por dols grandes grupos, @ saber 2) obseasées ou obsidiagdes b) obseeagiio. OBSESSOES ou OBSIDIAGOES sio 0 dominio que, sobre Jum Espirito encarnado e mesmo desencarnado, exercem fat0- es estranhos, sem o coneurso de sua propria vontade. OBSECAGAO ¢ 0 dominio que, sobre um Espirito encar~ nado (individuo ou pessoa), exercem fatores estranhos, com © concurso, consclente ou inconsciente, de sua propria vontade. —e2— Quando @ obsessio ou obsidiacdo é constatada em uma eriatura humana, isto é, num Espirito encarnado, podemos distinguir 08 seguintes casos ou hipéteses: 1) & obsesstio ou obsidiagdo é produzida por espirite ou espiritos atraido ou atraidos pela propria pessoa; 2) obsessio ou obsidiagio € produzida por espirito ou espiritos mandado ou mandados stbre a pessoa, No primetro desses casos, a obsessdo nio toma denomina- ‘cho especial, isto 6, tem 2 simples denominagéo de obsessio ou obsidiagio. No segundo caso, porém, a obsessio deixa de ser, propriamente dito, uma obsesso ou obsidagio, para ser, em verdade, um trabalho de magia negra ou de Quimbanda, Quando as obsessées ou obsidlagdes sfio constatadas nos Espiritos desencarnados (ANDRE LUIZ nos fala desses casos), © que acontece é que um Espirito, ainda bastante perturbado, considerado, allés, como ESP{RITO SOFREDOR, ¢ dominado por um outro (este é chamado de ESPIRITO OBSIDIADOR) ¢, desta forma, levado a perturbar determinadas pessoas ou Es- piritos encarnados. ‘A obsessio ou obsidiagéo é produzida ou tem lugar em conseqléncia das seguintes causas: a) Imperfelg6es morals b) Vinganca de Inimigos desenearnados ©) Mediunidade nao desenvolvida ou adestrada; 4) Mediunidade mal empregada, As OBSECAQOES podem ser: 8) Boas; ‘b) Mas. Boas ou més, as OSECACOES podem ser grupadas em: 8) Empolgagio; ») Fanatizagéo; ©) Obstinagho. Pela Pentecimento que Ihe tenha sido agtadavel. A petsonali- um AGtnosa outra pessoa, a idéia, a leitura ou o pensamento Pearman sar nba sik i a on ri: cea 9 cos on, Ss Se ee se seh pn 9 cn sen emi inh el are 2am gee tide ia poe Sem en ohn te tts pp lm OBSTINACAO 6 a sujeicao (quase sempre incontrolével acacia Do que fol dito até aqui, taciimente se conclui que: 1) OBSEDADO ou OBSIDIADO ¢ 0 individuo ou pessox ue sofre a obsessio ou obsidlacio; 2) EMPOLGADO € 0 individuo ou pessoa que, demaslada- mente entuslasmado pela personalidade de outrem, ou or uma idéla, leltura ou acontecimento, tal nao Ihe ‘sal do pensamento e, assim, vive ele, permanentemen- te, Se referindo, das mais variadas formas, a0 assunto; 5) FANATIZADO ou FANATICO ¢ 0 indlviduo ou pess0% ave, em Idénticas condigées as do empolgado, é capaz os malores absurdos, desde que os mesmos, duma ott 4) OBSTINADO € 0 individuo ou pessoa que, sem o per ceber (quase sempre), val-se delxando dominar por uma idéla (boa ou mA), da qual acabara se tornando um verdadelro escravo. # 0 que, de um modo geral, toma o nome de “idéla fixa”, Como causas das OBSECAGOES, poder-se-4 cltar as se- guintes: a) Influénela ou interferénela da personalldade (boa ou mé) de outrem; b) Influénela ou interferéncia de délas (boas ou més); ©) Influénclas ou interferéncias de certas lelturas (boas ou mas); d) Influénela ou interferénela de ineidentes ou aconte- cimentos (bons ou maus); e) Influéncia ou interferéncla de certas conversas (boas ou més). As obsessées ou obsidiagées por imperfel¢des morals podem Ser constatadas de dols modos diferentes ou sob dols aspectos, saber: 1) © obsedado ou absidiado tem apenss afinidade moral com 0 Espirito obsessor ou obsidiador; é 0 mesmo que se dizer que, entre obsedado ou obsidiado ¢ obsessor ou Obsidiador, existem os mesmos defeltos morals, isto é, entre eles existe sémente semelhanga de defeltos mo- rats; 2) 0 obsedado ou obsidiado tem apenas afinidade fiuidlea com o Espirito obsessor ou obsidiador; em outras pa- lavras, 0 obsedado ou obsidado e 0 obsessor ou Obs! Gisdor tém identidade de ectoplasma, isto é, seus ectoplasmas tém constitulgdo idéntics. —65— —————— ta Terra, tenha sido desencarnada uma pessoa que, nest 5 » oerca inimiga €, Por isso nos tenha jurado vinganca, prople-se ela exeoutar sua vinganga apés 0 seu de sencarne: . 2) Bspirites que, em encarnacées anteriores, foram nos- 303 inimigos e nos descobrem (tém até nos seguido pelos tempos afora) e, assim, resolvem se vingar de nés, Isto é, resolvem cumprir seu plano de vinganca contra, 3) Espiritos que, por qualquer motivo dado por nés nesta tual enearnagéo, se tornaram nossos inimigos e, de- sencamados como esto, resolvem se vingar do que rnés fizemos a eles. ‘A obsessio ou absidiagao por mediunidade nao desenvotvida € a que se verifica quando, tendo-se mediunidade (especial- mente incorporativa ou de incorporacéo) no estado ostensivo endo se querendo (€ 0 caso mais comum) praticar a caridade, isto ¢, usar-se essa mediunidade em beneficlo dos nossos seme- Ihantes, um qualquer Espirito toma conta de nds e nos vers a Dprejudicar e até a matar mesmo. A pessoa, em tal caso, né0 tem Gula tirmado, nio fez suas obrigagdes de médium e, assim, ‘staré sujetto a castigo que, justamente, ¢ dado na forma de ‘una obsessio ou obsidingéo, ‘A obsessio on obsidlacio por mediunidade mal empregada 6 8 que se constata (e muitos quio comuns sfio os ¢asos) quan- 40, querendo se locupletar de vantagens materiais, tals como Teeeber dinhelro pelos trabalhos espirituais que faz, o médlum Incorre em falta grave e, por isso, 6 eastigado,e 0 castigo, Jus: ‘tamente, 6 uma obsessio ou obsidiagio, QUESTIONARIO N? 5 85) © que ako, de um mod aha Gene co acim modo feral, as obsesbes ou obs Sho perturbagées animicas, isto é, do Espiirto das cria~ ‘turas humanas, ou da alma, como se costuma dizer. 86) Como podem ser grupadas as perturbagdes animicas? — Em obsessdes ou obsidingées © obsecagses, 81) O que sao obsessses ou obsidlagées? R. — So 0 domfnlo que, sobre um Espirito enearnado e mes- ‘mo desenearnado, exereem fatores estranhos, sem 0 concurso de sus pripria vontade. 88) 0 que s80 obsecacées? — Sio o dominio que, sobre um Espirito encarnado, isto 6, uum Individuo ou uma pessoa, exercem tatéres estre- nnhos, com 9, concurso, conselente ou inconsciente, de sua prépria ‘vontade. 89) que entende como ALMA? R. — Para os que seguem 0 catolicismo, alma é 0 Espirito ou seja ld 0 que for que 44 vida, podemos dizer, ao corpo humano, ou a erlatora humana, 90) Para os Espiritas, seJam eles Kardecistas ou Kardequis- tas ou Umbandistas, o que € considerado como Alma? R. — © conjunto de ESPIRITO, PERISPIRITO ¢ CORPO. 91) Sobre qual dessas partes atuam as cbsessées ou chsidla- Bes © a8 obsecagses? — Sobre 0 Perispirito, 92) Quando a obsessio ou obsidiacéo ¢ constatada na crla~ ‘tura humana, isto é, num Espirito encarnado, quals 08 casos que poderéo ser observados? — A obsessio ou obsidiacéo € por Espirito ou Espiritos atraido ou atraldos pela propria pessoa ou por Espirito ou Espfritos mandado ou mandados sobre a crlatura, 83) Que nome toma a cbsessio ou obsidiago no primetro esses casos? R. — Toma o nome, apenas, de obsessio ou obsidiagio, 94) B no segundo caso, que nome toma a obsesslio ou obst- dlagto? R. — O de trabalho de Magia Negra ou de Quimbanda. 95) ‘Também podem ser constatadas as obsessSes ou obsidia- ‘e6es em espiritos desencarnados? R. — Podem, =e ge) Como oe chamam 08 Bspiritos que sfo obsedados nesses casos? ‘Como se chamam os Espiritos que os dominam? Espirltos obsessores ou obsidiadores. ; ‘Quais sfo as causas das obsessdes ou obsidingdes? Imperfeigdes morais, vingancas de inimigos desencar- nados, mediunidade néo desenvolvida e mediunidade mal empregada. . 99) Como sao divididas as obsecagées? R. — Boas ou més. . 100) Boas ou més, quais sfio as espécies de obsecagées que se conhece? R. — EMPOLGACAO, FANATIZAGAO ou FANATISMO e OBS- ‘TINACAO. 101) Quais so as causas das obsecacdes? R. — Influénela ou interteréncia da personalidade (boa ou ma) de outrem; influéncia ou interferéncla de idéias (boas ou més); influéncia ou interferéncia de certas Jeituras (boas ou més); influéneia ou interferéncia de inciden- tes ou acontecimentos (bons ou maus); influéncia ou Interteréncla de certas conversas (boas ou més). 102) Nos casos de obsessio ou obsidiagio por imperfei¢des morais, quais os aspectos que podem ser distinguidos? R. — Existe afinidade moral (os mesmos defeitos morais) en- ‘tre obsedado ou obsidiado e obsessor ou obsidiador; exis- te afinidade fluidica ou de ectoplasma, entre obsessor ou obsidiador € obsedado ou obsidiado. 103) Quanto & obsessio ou obsidlagéo por vinganga de inimi- 0s desencarnados, quais as modalldades que podem se observadas? R. — 0 obsessor ou obsidiador é 0 espfrito de uma pessoa Ue nesta Terra e em outra encarnagéo, foi nossa inlinig® ©, depols de desencarnada, vinga-se de nés; 0 obsessor ‘ou obsidiador fol nosso inimigo em encarna¢do anterior © se vinga de nés na atual encarnagéo; 0 obsessor Ou obsidlador tornou-se nosso inimigo, nesta atual encar- agdo, por algo que a éle fizemos de mal ou contra éle. — 6 — 104) Quando se di a obsessio ou obsidiagéo por mediunidade no desenvolvida? — Quando 9 pessoa tem a mediunidade no estado osten- sivo € se nega, digamos assim, a usi-la em beneficio de outrem, isto é, @ praticar a Caridade. 105) E por que isso acontece? R, — Porque © pessoa, nesse cago, nio tem Gula formado, no fez suas obrigages como médium e, desta forma, esté sujeita & influéncia de qualquer espirito, 106) Quando se dé a obsessio ou obsidiagio por mediunidade mal empregada? R. — Quando a criatura, sendo médium e como tal agindo, emprega sua mediunidade para se locupletar de vanta- gens, tals como receber dinheiro pelos trabalhos espl- rituals que faz. 107) Ha alguma diferenca entre a obsessio ou cbsidiagéo & trabalho de Magia Negra ou de Quimbanda? R. — Ha. 108) Qual é essa diferenca? R. — Obsesséo é 0 dominio que, sobre um Espirito encarnado ou desencarnado, exercem fatores estranhos, sem 0 con- curso de sua prépria vontade; trabalho de Magia Negra ou de Quimbanda é 0 dominio que , sobre um Espirito encarnado (também poder ser desencarnado) exercem fatéres estranhos, sem o concurso de sua prépria vonta- de, no entanto, sendo tals fatores (que as Espiritos ob- sessores ou obsidiadores) atrafdos ou mandados. Nem téda obsessio é trabalho de Magia Negra ou de Quim- banda, no entanto, todo trabalho de Magia Negra ou de Quimbanda é sempre uma obsessfio ou obsidiacéo. — 69 — a nnn 6 Autodefesa ‘Todos nds, crlaturas humans que somos, poderemos, na conformidade do que fizermos nesta Terra e na atual encar- nnagio, como em qualquer outra, viver num eéu ou num in- terno. Se, onde viveros, tratamos bem a todos os que nos cercam, todos com que lidamos, a todos com quem convivemos, todos de quem dependemos, a todos que dependem de nos, Jogico é que nossa vida sera, sem diivida alguma, algo de bom © agradavel, algo de divino, algo de celestial No entanto, se ao contrario, tratarmos mal a todos, pro- curarmos sempre prejudicd-los, vivermos a apoquentar a pa~ cléneia de téda gente, a fazer intrigas, a invejar os outros ou © que éles tém, a desejar-Ihes e mesmo a fazer-Ihes mal, mals o que claro é que, para nés, a vida néo seré em nada agra- vel, Nossa vida, nesse caso, o que é logico, seré um verdadel- ro inferno, seré um nunca acabar de incertezas, de sotrimen- tos, de preocupagdes, de doengas e de tudo o mais que, de mau, se possa humanamente considerer. Se tudo, na verdade, se resumisce tio somente a isso, fe- Izes, fellefssimos mesmo, poderiamos, sem excegho, nos consi- erar. Sm, serfamos felizes, mutto e multo felizes mesmo. A verdade, porém, 6 outra bem diferente, por sinal, tee No primetro caso, isto é, quando tratamos bem a todos os ue nos eeream, a todos com que ldamos, a todos com quem == de quem dependemos, a todos que depen- convient tes am voll de de Tesson ou mals bes eisamente, em volta do nosso proprio “eu” uma forte ¢ in- transponivel defesa, uma forte e indestrutivel auto defesa, ‘No segundo caso, ou seja, quando tratamos mal a todos, quando procuramos prejudicar a todos, quando vivemos a apoquentar a paciéncia de toda gente, a fazer intrigas, a in- vejar os outros eo que éles tém, a desejar-Ihes e mesmo a fazer-lhes mal, 0 que fazemos, justamente, é enfraquecer e ‘mesmo anular essa nossa defesa e, assim, ficarmos expostos, antes de mais nada, & influéncla de Espiritos que, na quase totalidade dos casos, esto mal intencionados, ou melhor, sio mal intencionados e, desta forma, poderao até nos matar ou, espiritamente falando, provocar o nosso desencarne. ‘As Espiritos desencarnados, sem que se possa contestar, esto sempre @ nossa volta, exercem sempre acentuada In- fluéneia em nossa vida, em nossos proprios Espiritos | De acordo com a natureza desses Espiritos; de acordo ainda mais com o estado em que se encontram eles; de acordo com 2 ligagéo que, em sua dltima encarnaedo, tiverem tido conosco; de acordo, outrotanto, como o que formos ou fizermos nesta vida sobre a Terra, a influéncla de tais Espiritos é tanto maior ou menor, ¢ tanto melhor ou plor. ‘Tratando-se dos Espiritos considerados como Impuros, ou seja, dos Espiritos que ainda se encontram como Impuros, 0 se}a, dos Espiritos que ainda se encontram eivados de culpas pelos crimes praticados em encarnagées anteriores, a influén- cla por eles exereida sobre nés, logicamente, nao poderd se boa em hipétese alguma. Se se tratar de Eapfritos que tiverem sido nossos parentes © que tenham desencarnado, esta influéncla poderd ser boa ov mé, prejudicial ou ndo. Seré boa se esses Espiritos forem como se costuma dizer, Espfritos de Luz, isto é, Espiritos of Clarecldos. Serd mé se, ao contrério, tals Espiritos nfo se ¢”” contrarem nesse caso, ou se tiverem desencarnado por doeness graves e, além disso, nfo forem esclarecldos. -n— Se formos bons, isto é, se vivermos nos esforgando para cumprir com a LEI de nosso PAI ZAMBI, ou seJa: 0 “AMAI A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E, AO NOSSO PROXIMO, COMO A NOS MESMOS”, légico seré que, de nés, somente bons Espiritos poderdo se aproximar e, os demais que de nés venham a se aproximar, nenhum mal poderio nos causar. Se, porém, formos maus, isto 6, se desobedecermos & LI de nosso PAI ZAMBI, o certo 6 que, de nés, sdmente Espiritos que nos prejudicam poderio se aproximar. De nés, portanto, pratica e exclusivamente dependeré, em grande parte, a manelra de sermos influenciados pelos Espi- ritos desencarnados. ‘Em outras palavras, isto quer dizer que, na conformidade de nossos préprios atos, agdes ou atitudes, seré formada a defesa espontinea (como se poderd dizer) que temos; sera formada a nossa autodefesa. Uma criatura humana, especialmente sendo ela médlum de Umbanda, que tem inveja de outra ou de outras ou do que ela ou elas tem ou tém, logicamente néo teri uma forte auto- Gefesa. Uma criatura humana, mormente sendo médium de ‘Umbanda, que viva sempre a falar da vida dos outros (falan- do mal, é claro) também nao podera ter uma eficiente au- todetesa, Um médium de Umbanda que se sente mal em face do Progresso de outro ou outros que, talver mals novos do que éle no Terreiro, produzem mals e melhor do que ele, também Rio poderé ter, em hipétese alguma, uma boa autodefess. ‘Um médium de Umbanda, especialmente de Umbanda, que cobra, isto é, que recebe dinhelro em troca dos trabalhos espi- Mtuals que fez, nfo poderd ter, de modo algum, uma boa e eficlente autodefesa. Em suma, um médium de Umbanda que anda fore da Lel, isto 6 que nfo cumpre com a lel de NOSSO PAT ZAMBI, nao teré. de forma alguma, uma boa e eficlente autodefesa. —23— ‘também n&o poderd ter uma boa ¢ eficlente autodetesa, tn crlatura humana, especialmente sendo médlum de Umbanda, que viva, constantemente, atraindo, pelo pensamento, aos Es- Diritos Impuros. Neste caso, alls estard essa crlatura fazendo, Fara si mesma, um trabalho de AUTO MAGIA ou, se 0 qui- sermos, de AUTO QUIMBANDA. ‘Uma criatura, mormente sendo médium de Umbanda, que viva constantemente @ rogar pragas e a desejar mal a outra, ‘em hipétese alguma, também, podera ter uma boa e eficiente autodefesa QUESTIONARIO N? 6 109) De acordo com o que fizermos em nossa vida sobre & Terra, 0 que nos acontecers? R. — Vivermos num Céu ou num Inferno. 110) Se tratarmos bem a todos os que nos cercam, a todos ‘0s que dependem de nés, a todos de quem dependemos, © que poderd nos acontecer? R, — Vivermos, ao que se pode dizer, num verdadelro paraiso. 11) Eo que nos aconteceré no caso contrério? R. — Vivemos num Céu ou num Inferno. 112) Os Espiritos desencarnados tém influéncia sobre n68 © sobre 0s nossos proprios Espiritos? R—Tém. E multa, 113) Essa influéncla varia de acordo com o qué? R.— De acordo com a natureza destes Espiritas; de acordo com o estado em que eles se encontrem; de acordo com 8 ligagdo que tenham éles tide ou no conosco, nesta © em outras enearnagées; de acordo com o que fermos nesta vida. 114) Tratando-se de Espiritos Impuros, a influéncia deles ‘boa ou ma? R. — Seré mi, logicamente, ser —4— 115) Tratando-se de Espiritos que tenham sido nossas paren- tes e que tenham desencarnado, que espécle ter essa influénela? R, — Seri boa se esses Espiritos forem esclarecidos; sera ma se néo forem esclarecidos e, mals ainda, se éles tiverem desencarnado por doengas graves e mals ainda, conta- slosas. 116) Se formos bons, ou seja, se nos esforgarmos para cum- prir com a Lel de nosso PAI ZAMBI, que espécie de au- todefesa teremos? R, — Teremos uma boa e eficlente autodetest 117) Dependera de nés a influéncia dos Espiritos desencar- nados sobre nés mesmos e sobre os nossos préprios Es- piritos? Claro que depende. Dos nossos atos, atitudes, agdes ou pensamentos dependeré, logicamente, a influencia quo poderio ter os Espfritos desencarnados. 118) © que poderé acontecer com o médium, mormente o de Umbanda, que anda fora da Lel? — Nao podera ter, logicamente, uma boa ¢ eficiente auto- defesa e, por isso; poderd ser vitima dos Espiritos Im- puros e, especialmente, dos Espiritos Impuros mal tn- tenclonados. 119) © que poderd acontecer com um médium de Umbanda ‘que cobra, Isto é, que recebe dinheiro pelos trabalhos es- irituais que faz? — Nao ter uma bos cficiente autodefesa e, além disso, poderd ser vitima de obsessio ou obsidingio. 120) De quem dependeré, prética e exclusivamente, o influzn- cla dos Espiritos desencarnados stbre nés e stbre os nnossos préprios Espiritos? R.— De nés mesmos, com o que flzermos ou praticarmos, 5 Zz Classificagao dos Espiritos Segundo “O LIVRO DOS ESPRITOS”, que fol o primelro livre da Codifleagéo do Espiritismo escrito por ALLAN KARDEC fe publicado a 18 de abril de 1857, como }4 0 dissemos, os Espi- ritos (SERES INTELIGENTES DA CRIAGAO, QUE POVOAM 0 UNIVERSO, FORA DO MUNDO MATERIAL) sio classifica- dos em 3 (trés) Ordens, a saber: 34 Ordem — ESPIRITOS IMPUROS; Ordem — ESPIRITOS BONS. 1 Ordem — ESPIRITOS PUROS A 8* Ordem, ou seja, a ORDEM DOS ESPIRITOS IMPU- ROS ¢ dividida em § (cinco) classes, que so: a) Espiritos Levianos, b) Bspirltos Paeudo-Séblos ©) Espiritos Neutros; 4) Espiritos Batedores, ©) Espiritos Perturbadores; ‘A 24 Ordem, ou seja, 2 ORDEM DOS ESPIRITOS BONS ¢ dividida em 4 (quatro) classes, que sio: 8) Espiritos Superlores b) Espiritos de Sabedoria —7— ¢) Espititos Sabios 4) Espiritos Benévolos A 18 Ordem, isto é, ORDEM DOS ESPIRITOS PUROS & formada de uma nica classe, & qual pertecem os ANJOS, AR- CANJOS, QUERUBINS ¢ SERAFINS. Classificacdo dos Espiritos (Allan Kardec) : 18 Ordem — Anjos, Arcanjos, Querubins e Serafins; 28 Ordem — Espiritos Superiores, Espiritos de Sabe- doria, Espiritos Sabios e Espiritos Bené- volos; 38 Ordem — Espiritos Pseudo-Sablos, Espiritos Neu- tros, Espiritos Batedores e Espititos Per- turbadores. Para mim, na conformidade do que tenho dito em livros © ocasiées anteriores, os Espiritos devem ser classificados de modo diverso. Divido-Os eu em duas Grandes Ordens, a saber: 1) MISSIONARIOS DO BEM 2) MISSIONARIOS DO MAL A primetra Ordem, ou seja, 2 ORDEM DOS MISSIONA- RIOS DO BEM, divido eu em duas Grandes Classes, que so a) ESPIRITOS PUROS ») ESPIRITOS BONS A segunda Ordem, ou seJa, a ORDEM DOS MISSIONA- RIOS DO MAL, tenho eu como constituida de apenas uma classe: a Classe dos ESPIRITOS IMPUROS ou IMPERFEITOS Classificagio dos Espiritos: Misstonérios do Bem ¢ Missio- narlos do Mal. ‘Misstondrios do bem: == Espirites Puros — Anjos, Arcanjos, Querubins e Sera- sins; Espfritos Bons — Espiritos Superiores, Espiritos de Sabedoria, Espiritos Sdblos e Espirites Benévolos. ‘Missiondrios do Mal: Espfritos Impuros ou Imperfettos — Espirltos Levienos, Espiritos Pseudo-Sabios, Espiritos Neutros, Espiri- tos Batedores e Espiritos Perturbadores. Esta nossa classificagio, a0 que entendemos, ¢ mals bem Jecallzada dentro do SETENARIO UNIVERSAL ou SETENARIO DA CRIAGAO, como 0 chamarel, de vez que, por ela, teremos 0s Espiritos classificados, na verdade, em’ apenas 7 (sete) classes, a saber Missiondrlos do Bem: 14 Classe (Espiritos PUROS) — Anjos, Aroanjos, Que- Tubins e Serafins; 28 Classe (Espirites BONS) — Espiritos Superiores, de Sabedorla, Sablos e Benévolos. Misstondrios do Mal: 34 Classe (Espiritos Impuros) — Espiritos Levianos; 4* Classe (Bspiritos Impuros) — Espiritos Pseudo-Sé- los; ‘5® Classe (Espiritos Impuros) — Espiritos Neutros: 6 Classe (Bspiritos Impuros) — Espiritos Batedore: 1 clase (Emplston Inpures) — Heplan recta ores, * Para essa elassiticacio, Jevamos em conta, ou mi : ‘slderamos os Espiitos Tao Se Pures © bem assim os Espiritos Bons 9 como sendo, nas classes a que pertencem, do mesmo grau de elevacdio ou perfeicdo, Bm outras palavras, para nés, 0s Anjos, Arcanjos, Querubins ¢ Serafins tém a mesma pureza e eleva- ‘Ao espirituais , dentro da classe a que pertencem e bem assim 0s Espiritos Superiores, de Sabedoria, Sébios e Benévolos, na Sua classe. Diriamos, por isso mesmo, que os Primelros per- tencem a0 nivel mais elevado, enquanto que os Segundos a0 nivel imediatamente inferlor. Quanta aos demais Espiritos, todos eles com graus de per- feigao (ou imperfeigao, se 0 quiserem) seqilenciados, do mals alto a0 mais batxo, do mator ao menor, pertencerao Eles, por isso mesmo, 45 5 (cinco) Classes imediatas (da 3° a 74 Clas- se). Séo Esses iltimos, pertencentes a Ordem dos ESPIRITOS IMPUROS 0u IMPERFEITOS e os Outros & ORDEM DOS PUROS E & ORDEM DOS BONS. (Os ESPIRITOS PUROS, ou seja, os da PRIMEIRA CLASSE, na Sua totalidade, so Espiritos que atingiram a0 mais alto grau de Perfelgio, isto 6, completaram o Seu ciclo total evolu- tivo (Involugio e Evolugio), gozam da bem-aventuranca eter- na aos Pés de DEUS e trabalham como AUXILIARES DIRETOS do CRIADOR, incumbindo-se dessa forma. da regéncia de todo © Universo. Sio como poderasissimos focos de Luz que, coloca~ dos no mais alto do Infinito, espalham Sua Luz sobre o pré- prio Infinito e integralmente. Nio sio subordinados & LET KARMICA ou LEI DA ENCARNACAO. Entre eles, por sin encontram-se os chamados SENHORES DO KARMA Os ESPIRITOS BONS, ou seja, 08 ESPIRITOS DA SEGUN- DA CLASSE, so todos Eles J sumamente evoluidos, no en- tanto ainda no atingiram o mesmo grau de Perfelgio que Os chamados ESPIRITOS PUROS, isto é, Os da PRIMEIRA CLASSE, Poderio ou néio encarnar e, se 0 fazem, quase sempre vém em Missées Especiais. Sao Eles como verdadeiros tragos de unio entre os Podéres do Alto ¢ os demais mundos ou, de um modo geral, os demais lugares onde se encontrem Es- pirltos menos evolufdos que Bles. Para se desempenhatem, & — 80 — contento, de Suas Miss6es, revestem-se de protegio especial, ou seja, formam o Seu Perlspirito, retirando do Fluldo Uni- versal todos os elementos que se Ihes tornam necessarios. Entre Bles, ao meu ver, so encontrados os nostos GUIAS ou PROTETORES, 0s nossos ANJOS DE GUARDA ou nossos GUARDIAES, 0s nossos CABOCLOS ¢ PRETOS-VELHOS, por- tanto. Quanto aos ESPIRITOS IMPUROS, ou seja, Os perten- centes & ORDEM DOS MISSIONARIOS DO MAL e, portanto, distribuidos pelas 3.*, 44, 5.4, 6* € 7. Classes, sdo Os que, por faltas pretéritas (pelas quals siio os ‘inteos responsivels) muito tém ainda a reparar ou resgatar e, por isso, aceltam e mesmo escolhem (a tanto, pols, Se submetendo voluntiria e expon- neamente) a dificil missio de, praticando o Mal e sofrendo suas légicas © imediatas conseqiéncias, fazer indiretamente o BEM. Entre esses ultimos, o que é claro, estamos todos nés, erta- tures Humanas, todos os EXUS, OMULUS e Espirites outros com que constante e comumente lidamos, com os quais es- ‘tamos em contato mais direto e imediato. QUESTIONARIO N? 7 121) O que séo Espirttos, na conformidade do que diz o LIVRO DOS ESPIRITOS" de ALLAN KARDEC? R, — Sio os “SBRES INTELIGENTES DA CRIAGAO, QUE PO- VOAM © UNIVERSO, FORA DO MUNDO MATERIAL". 122) De acérdo com 0 LIVRO DOS ESPIRITOS, como sio classificados os Espiritos? R. — Sio classificados em 3 (trés) Ordens, a saber: 1." Ordem — ESPIRITOS PUROS, 2." Ordem — ESPIRITOS BONS e 38 Ordem — ESPIRITOS IMPUROS. 123) Em quantas classes ¢ dividida a 3.8 Ordem, isto é, a ORDEM DOS ESPfRITOS IMPUROS? E quals sio elas? R. — A 34 Ordem de Espiritos 6 dividida em § (cinco) classes, que sio: ESPIRITOS LEVIANOS, ESPIRITOS PSEUDO- <= Si SABIOS, ESPIRITOS NEUTROS, FSPERITOS BATEDO- RES e ESPIRITOS PERTURBADORES, 124) Em quantas classes é dividida a 2" Ordem? E quais sio elas? R, — A 28 Ordem do Espirito, isto é, 2 ORDEM DOS EsPt- RITOS BONS, € dividida em 4 (quatro) classes, que sio. ESPIRITOS SABIOS e ESPIRITOS BENEVOLOS, 125) Quantas classes tem a 1.* Ordem? Quals so os Espiritos que pertencem a 1* Ordem? R. — A 18 Ordem de Bspiritos, isto é, a ORDEM DOS ESPt- RITOS, s6 tem uma classe e a ela pertencem as ANJOS, ARCANJOS, QUERUBINS ¢ SERAFINS, 126) Qual a classificagao que faz 0 autor deste livro: dos R. — 0 autor deste livro divide os Espiritos em DUAS GRAN- DES ORDENS, que sio MISSIONARIOS DO BEM e MIS- SIONARIOS DO MAL. 121) Em quantas classes 6 dividida a ordem dos MISSIONA- RIOS DO BEM? Quals sio elas? R.— A Ordem dos MISSIONARIOS DO BEM é dividida em uas classes, que so: ESP{RITOS PUROS E ESPIRITOS BONS. 128) Quantas classes tem a ORDEM DOS MISSIONARIOS DO MAL? Quals os Espiritos que pertencem a esta Ordem? R. —A Ordem dos MISSIONARIOS DO MAL TEM UMA #0 classe, que € a classe dos ESPIRITOS IMPUROS 04 Te PERFEITOS. Pertencem a esta Ordem os ESPIRITOS LEVIANOS, 05 ESPIRITOS PSEUDO-SABIOS, ESPIRI- TOS BATEDORES e ESPIRITOS PERTURBADORES. 129) Como slo os Espiritos pertencentes & ORDEM DOS FS” PIRITOS PUROS? R. — Séo Espiritos que atingiram jé ao mais alto grav de Perfeledo, Isto 6, completaram 0 Seu ciclo evolutiva (involugio e Evolugio) e gozam da bemaventuranc® eterna aos Pés de DEUS, trabathando como AUXILIARYS DIRETOS DO CRIADOR e, desta forma, ineumbinéo- dda regéncla de todo o Universo. — 82 — } } | } 130) Como s&o os Espiritos pertencentes a ORDEM DOS ES- PIRITOS BONS? R, — Sfo todos les J4 bastante evoluidos, no entanto ainda ndo atingiram ao mesmo grau de Perfeicio dos ESP1RI- TOS PUROS, Poderio ou néo encarnar e, se o fazem, quase sempre vém em Misses Especials. Sio £les como verdadelros tragos-de-unido entre os Poderes do Alto © os demats mundos ou, de um modo geral, os demats 1u- gares onde se encontrem Espirltos menos evoluidos que Bles, 181) Como sko considerados os Espiritos pertencentes a OR- DEM DOS ESP{RITOS IMPUROS ou ESP{RITOS IM- PERFEITOS? R, — Sao considerados como Espiritos que, por faltas pretéri- tas (pelas quais so os tinlcos responsavels) multo tém ainda a reparar ou resgatar e, por i850, aceltam e mesmo escolhem (a tanto, pois, Se submetendo voluntarla ex- pontaneamente) a dificil miss4o de, praticando o Mal © sofrendo suas logieas conseqiénclas, fazer indiretamente © Bem. 152) Quais os Espiritos que se encontram entre os MISSIO- NARIOS DO MAL? R, — Os EXUS, os OMULUS, todos os Espiritos que trabalham com os EXUS e OMULUS e também nés, as criaturas humanas. — 33 — Caminhos que levam a Deus — Principais leis da criagao divina — Os sete planos — Involugao e evolugao ‘os caminhos que podem nos levar Sao dots, tio-somente, ios pelos quais se poderk chegat a DEUS, isto é, So dols os mor a DEUS: a) 0 do SABER; b) oda FE ‘chegar a DEUS, pelo caminho do SABER ¢ chegar-se * BLE pelo progresso intelectual CChegar @ DEUS, pelo caminho pelo progresso sentimental. ‘Em outras palavras, poderemos dizer a deré conheeer DEUS, segulndo-se esses dols caminhos, © CAMINHO DO SABER ¢ 0 CAMINHO DA F# estudando-se ada vez mais, ou sele, progredindo-se Inie- lectecimente, vames nes, encarnados ou desencarnados, €°- sretamente’discernindo entre o Bem eo Mal, entre as oss Gallvarmenigisas, entre os bons e o3 maus sentimentos, atos ¢ «te des e. por to memo, escolmando, de née mesmos, tudo Gique noe afastar ov quiser nos afastar da Perfeleso. da PB,é chegar-se a DEUS jue somente Se PO- tsto é, — 85 — progredindo Intelectualmente, val o Espirito, enearnado ou nao, progredindo também, 80 mesmo tempo, moral, social © religlosamente. ‘Ghegaré, enfim, a conhecer DEUS, compreendendo-O, isto 6, reconhecendo-O em sua intima esstnela © por Suas inime- ras manifestagées. ‘Tendo £6 vai o Espitito, pouco @ pouco, sentindo DEUS em seu proprio intimo. Sente-O, porém, nio O poderd compreen- der se néo O conhecer, 20 mesmo tempo, pelo intelecto, isto 6, intelectualmente. Conllecer DEUS, apenas pelo SABER, ¢ compreendé-LO sem 0 sentir; conhecer DEUS, apenas pela F, é sent!-LO sem © compreender. ‘Para se conhecer DEUS, pols, compreendendo-O e sentin- do- Integralmente, 6 necessério que progridamos, ao mesmo tempo, intelectual e sentimentalmente, ou seja, que trilhemos, ao mesmo tempo, 0 CAMINHO DO SABER ¢ o CAMINHO DA Fe. Pelo SABER, ou seja, pelo estuco, nas aperceberemos da aro de ser de tudo 0 que nos acontece, de bem ou de mal. bem como, por isso mesmo, das normas que deveremos dar #9 nosso “modus-vivendi” ou, em outras palavras, da conduta que em tudo por tudo, deveremes adotar em nossa vida sbbre ests ‘Tetra, éste Planéta de Regeneracdo. Pela FE, aprenderemos a “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E, a0 NOSSO PROXIMO, COMO A NOS MESMO! Aprenderemos, pots, que ¢ 0 AMOR, puro e sagrado, agullo em ‘Que se resume, realmente, a LEI DE DEUS. Pelo SABER e pela Fi, em conjunto, chegaremos a come preender que “‘fazem nos desejos pessoals ¢ na instabilidade da mente humana os malores obsticulos ao nosso verdadeire ‘conhecimento de DEUS. Estudemos, pols, DEUS e NELE tenhamos Fé, para We NELE e por ELB, cheguemos a viver em UNIDADE ABSOLUTA. tee x ae 9, due existe na Natureza, vsivel ow invisivelmente, {ais flvna isto, pertence & CRIAGAO DIVINA ¢ eomo ’ inado as Suas Lels. — 86 — ‘Muitas, indmeras mesmo, séo as LEIS da Criagéo Divina, no entanto, somente nos preccuparemos com trés delas, por serem, justamente, aquelas que, mais de perto, se relacionsm com a criatura humana e, por isso mesmo, por serem de gran- de e Imediata importéncla para nos. ‘Sho esas trés Leis, pols, as seguintes: a) LET DO KARMA b) LEI DO RETORNO ©) LEI DA CRIACAO LEI DO KARMA, também chamada LET KARMICA ou LEI DA CARNE, é a Lel que preside a encaragdo e reencarna- dos Espiritos, para sua evolugdo. KARMA, ao que se pode dizer, nada mais 6 do que DES- TINO, sob certos aspectos. pelo KARMA que se dé a encarnagéo dos Espiritos no ‘Mundo Fisico, ou seja, na Terra. # estabelecido pelos SENHO- RES DO KARMA, Dirigentes do Mundo Terréqueo, ¢ que 880 Espiritos Superiores, de grande elevagio e que no conhecem os sentimentos inferiores. Suss auras sio de vibrag6es harmo- niosas e divinas. Por efeito da LEI DO KARMA, os Espiritos reencarnam para resgate ou cumprimento do que néo Ihes foi possivel em encarnagées passadas, Dai, justamente, o se definir 0 KARMA ‘como sendo 0 destino (sorte) de cada um de nds. ‘Do proprio conjunto da SABEDORIA DE DEUS, vibrando ‘em unissono com téda a natureza, faz parte a LEI DO KARMA. ‘Segundo se dis, cré e aceita (e neste ponto alguns Karde- clstas, se ndo sua grande maioria, sio intransigentes) & impos~ sivel ir-se de encontro aos principlos cérmicos de qualquer erlatura que sofre sua evolugao no plano da matéria. Em ou- tras palavras, é Impossivel alterar-se o Karma de qualquer ceriatura, ‘Eu mesmo, em tempos passados e em livros anteriores, ‘aceltel © mesmo preconize! tal ponto de vista. Fi-lo, sim, € & pura verdade. No entanto, desde entfo para cd, face a novos estudos, em conseqiléneia de novas observagées e ponderagses, —3a7— como resultante de novos raclocinios, mudel total a radical- mente de opinido, isto é, hoje em dia, ao contrario do que fazia antes, acelto e preconizo que, em determinados casos ¢ sop determinados aspectos, nfo s6 se poderd atenuar como, mais ainda, alterar de um modo quase absoluto, embora em parte, o karma de quem quer que seja. tee Para que melhor possa eu expor e justificar o que digo, iniclalmente vou esclarecer a meus Irmios o que se pode ¢ deve entender como KARMA. Isto posto, apresentarel a in- tegra a teorla que esposo e apresento. toe ® Admitamos que, nesta atual encarnagéo minha, seja eu, a0 contrario do que sou (Gragas a DEUS), uma criatura ma, uma crlatura que, em mente, tenha sempre o desejo de fazer mal, de prejudicar 0 maximo poss{vel a meu semelhante , de es- tragar-Ihe , em tudo por tudo, sua vida nesta Terra, Um dia, seja 1a quando for, eu terel de morrer, como se diz, isto é, terel de desencarnar. # uma coisa légica. Desencarnando eu, frei para algum lugar (no importa qual seja esse lugar nem onde fique ele) no Espaco, digamos assim. La chegando, depols de passar por tudo o que passam os demais Espiritos apés © seu desencarne, chega o momento em que eu sou chamado & Presenca dos Senhores do Karma (vamos dizer assim) e me € dada a oportunidade de voltar & Terra, em mais uma encar- nacéo e Isto, justamente, aconteceré para que eu possa pagar pelo que fiz nesta atual encarnacao. Como o que fiz nesta en- carnagio, fol téo-somente mal, coisas contra a Lei de DEUS: tudo de ruim que se possa conceber e admitir, légico sera que ha outra encarnagio, isto é, na encarnagao em que vou voltat, minha vida aqui (vamos dizer que eu voltarei para a Terra) nio poder ser, de modo algum, um mar de rosas, uma vide em que somente coisas boas e agradaveis, em que somente fa- cilidades e felieldade encontre eu. £ claro que nao. No entanto, talvez porque eu venha a estudar DEUS, vamos admitir mesmo que eu vena a praticar o Espiritismo e que, para o fazer, me sejam dados ensinamentos e esclarecimentos tais que, em mim mesmo, no amago do meu proprio “eu”, desperte, embora mul- to levemente, multo fracamente, uma idéla de arrependimento. Se isto acontecer, é claro que eu passarei a compreender que, tudo o que estiver me acontecendo, nada mais é do que conse- giiéneta do que eu fiz na encarnagio anterior e, desta forma, justo sera o se admitir que eu queira melhorar minha situagao e que, desta forma, eu me resolva a fazer intelramente o con- trérlo do que fiz. Assim, eu me dedicare! a fazer apenas e somente 0 Bem. Tomarel, por 1sso mesmo, a deliberagdo de me entregar intelramente ao beneffcio de meus semelhantes ¢, nestas condicées, chegarel mesmo (vamos admitir) a me sub- meter aos mais atrozes martirlos, aos maiores sacrificios des- de que, fazendo-os, eu esteja certo de que estou beneficiando meus semelhantes e, deste modo, melhorando a mim mesmo. claro que, se isto acontecer, os préprios Senhores do Karma, vendo 0 meu desejo sincero, a minha ansia profunda de atingir © alvo que eu mesmo me propuz, ho de olhar com bons olhos, como se diz vulgarmente, para o que eu fizer e, desta forma, se inelinardo a amenfear, um pouco, o meu Karma nesta Terra, tee Sem parelalidade alguma, sem qualquer parcela de ma von- tade, observando-se o que até agu! digo eu, poder-se-4 ou nao dizer, em s& conscléncla, que eu alterel ou nao 0 meu Karma?! Néo se poderé muito bem dizer que, desta forma, o meu Karma foi, em parte, alterado? ee Em Belo Horizonte e (nfo é stmente 1 que tal se faz), 4 um Centro de Umbanda, cuja chefla esta nas m&os de uma conhecida e amiga minha, uma verdadelra e profunda conhe- cedora da NAGAO DE QUETO (KETO) que, em seus “traba- Thos espirituais”, sempre que sejam éles destinadas a tirar al- guém da morte, isto é, a salvar a vida material de alguém, faz ela “matangas de animals” e, trocando o sangue destes pela da crlatura doente, consegue que esta néo morra (ndo desen- came) e viva por mals algum tempo. E isto o que é, em si conseléncla, se ndo uma patente alteracéo do Karma?! tee Desta forma, poderemos dizer, sem qualquer vacilagao que, quanto a nds mesmos, com os nossos préprios esforcos, face a nossas préprias atitudes, em conseqiléncia de modificagio de nosso modo de viver perante os que nos cercam, poderemos, na verdade, alterar o nosso Karma, isto é, poderemos minorat 05 nossos padecimentos, desde que, tals padecimentos, nada mais sejam do que conseqiiéneias do que, de mal e de errado, tenhamos feito em encarnacées anteriores. Se nos reportarmos, por exemplo, & vida de SAO JULIAO, © HOSPITALEIRO, narrada pela propria Igreja Catélica ApOs- télica Romana, veremos, sem qualquer contestacdo, firmemen- te apoiado este meu ponto de vista. E por qué? Porque, is0- lando-se de tudo e de todos, sacrificando-se ao mAximo que Ihe fol possivel, aquele que, no principio de sua vida, nada mais f6ra do que um inigualavel criminoso, ao fim de certo tempo, depois de sacrificlos inauditos que por sua propria Yontade se impés, passa a se tornar, na verdade, um verdadel- To Santo e, até mesmo, a ser visitado pelo proprio JESUS. te Isto, allés, nos é confirmado pelo seguinte: “Poderd, nfo Obstante, acontecer que, por merecimento, seja uma crlatura indultada e, assim. tenha 2 cessagio do que Ihe impde 0 seu a (Do livro “PRIMEIRAS REVELACOES DA UMBAN- tee “70 Karma nao afeta o livre-arbitrio das criaturas, no en- tanto, se mo uso dessa liberdade, torem praticadas atos con~ jrétios so Karma, assumiré a crlatura a responsabilldade que ‘he poderé oeastonar uma nova encarnagio quando, na 5! Passagem, nfo possa resgatar a falta cometida. — 90 — Por outro lado, todavia, no uso de seu livre-arbitrio, po- deré a criatura praticar atos sublimes de elevacdo, os quais faréo amenizar parte do seu Karma.” tee Qualquer que seja o Espirito, para que possa, integral- mente, atingir a Perfelgio, tera de passar por 7 (sete) Planos, na conformidade do que nos ensina o Esoterismo, Depende do modo pelo qual o Espirito passe por ésses Planos, estard ele involuindo ¢ evoluindo, ou seja, estaré com- pletando o seu ciclo evolutivo. eee A uma observacdo raplda e portanto menos profunda da expressio involuindo, por mim agora empregada, poder-se- chegar & conclusdo de que o Espirito regride, isto 6, volta atrés ho seu progresso, Na verdade, porém, nfo ¢ isso, em hipotese alguma, o que se verifica. tee Quando digo, aqui, involuindo, refiro-me, tio somente, x0 sentidos em que o Espirito passa pelos Sete Planos, Para melhor se compreender, permito-me fazer as seguin- tes ponderacdes: Admitamos que eu, num determinado momento, me en- contro aqui no Eseritorlo, por exemplo. Por um qualquer moti- Yo que venha a se me apresentar, eu sere! obrigado a sair do Escritérlo e me dirlgir a um qualquer outro lugar. Depois de © ter felto, voltarei ao Escritérlo. fsse, portanto, é o meu ponto natural de permanénela. Ora muito bem! Se o men ponto de permanéncla natural € 0 Espirito, saindo eu dele e me dirigindo a qualquer lugar. claro é que segulre! um determinado caminho, isto é, irei em uma determinada diresdo. Isto quer dizer que, indo eu a esse —91— lugar, estarel, logicamente, atingindo um objetivo, ou seja, atingindo a um determinado alvo. vatingido esse alvo, realizado esse objetivo, terei eu de vol- tar ao Eseritério, de vez que é justamente 0 Escritério o meu ponto natural de permanénois, ‘Admitindo-se, agora, que 0 Eseritério € 0 PLANO ALTO da questio, facil sera 0 se acsitar que, fazondo-se de conta que 0 Escritérlo ¢ 0 C&U ou, melhor dizendo, é DEUS, a ida e yinda do Fscritério 20 lugar, nada mais 6 do que a completacao do ciclo evolutive, por qualquer Espirito: quando o Espirito é crlado, vai ao Plano mais inferior (sai do Bscritérlo e val a0 lugar’ e, a seguir, vem, pouco a pouco, de volta, isto é, dirige-se elevado, ou seja, Volta ao Escritério. a0 Plano m: Involuir portanto, no nosso caso, nao é regredir, isto é, nao é perder terreno, podemos dizer assim, no progresso €3- piritual, depols de se ter ja atingido a um determinado grau de melhoria. Os Espiritos no regridem, de modo algum. IN- VOLUIR, pois, € descer a0 PLANO MAIS INFERIOR para, de pois, pouco @ pouco, progredir e, finalmente, atingir o PLANO ‘MAIS SUPERIOR. tee Os chamados PLANOS ESPIRITUAIS sio 7 (sete), a saber: 1") PLANO ESPIRITUAL SUPERIOR, 69) PLANO BSPIRITUAL INFERIOR. 5!) PLANO MENTAL SUPERIOR; 4°) PLANO MENTAL INFERIOR 32) PLANO ASTRAL SUPERIOR 2°) PLANO ASTRAL INFERIOR 1) PLANO FISICO: “ Criado que seja. um um Espirito, descera ele, iniotalmente, 2° Puan , le, . © FISIOO, para, a seguir, por seus proprios esforcos © 92 conseqiientes merecimentos, subir ao PLANO ESPIRITUAL SU- PERIOR. Quando desce a0 PLANO FISICO, o Espirito INVOLUI fe, quando vai subindo, em demanda do PLANO ESPIRITUAL SUPERIOR, éle estaré EVOLUINDO. Quando um Espirito desce 20 PLANO FISICO, logo apos ter sido eriado, éle estara, como bem se podera aceitar, em estado embrionario, isto 6, tera todas as suas possibllidades © faculdades recém-inicladas e, além disso, estara com suas ca- racteristicas quase Integralmente indefinidas. Estara na “esta- ca zero”, como se costuma dizer. Atingido 0 PLANO FISICO, entao, 0 Espirito, com o decorrer dos tempos, por seus proprios esforcos e em vista dos seus consegiientes merecimentos, come- cara a subir, comecaré a progredir ¢, desta forma, ira pouco ‘a pouco melhorando, ou seja, progredindo espiritualmente, até atingir 0 PLANO ESPIRITUAL SUPERIOR. Quando desce ao PLANO FISICO, 0 Espirito INVOLUI e, quando vai subindo em demanda do PLANO ESPIRITUAL SU- PERIOR, ele EVOLUI. Atingldo que seja 0 PLANO ESPIRI- TUAL SUPERIOR, 0 Espirito tera completado, verdadeiramen- te, sua evolugdo, seu apertelgoamento. Em sua ascensio, ou seja, enquanto sobe do PLANO PISI- CO 20 PLANO ESPIRITUAL SUPERIOR ¢ que, logicamente, passa pelos demais PLANOS, 0 Espirito tem, iniciaimente, PERSONALIDADE e, depois, INDIVIDUALIDADE. Do PLANO FISICO MENTAL INFERIOR, o Espirito tem PERSONALIDADE. Do PLANO MENTAL SUPERIOR so PLANO ESPIRITUAL SU- PERIOR, 0 Espirito tem INDIVIDUALIDADE. Segundo a MITOLOGIA, 0 Homem, em principio, era BE: SEXUADO, isto é, tinha, em seu corpo, os dois sexos (mascu- ino ¢ feminino) a0 mesmo tempo. Tal assertiva, alids, tem apolo no proprio “GENESIS? onde, no Capitulo I, versiculo 27, —93 — se encontra; “B CRIOU DEUS O HOMEM A SUA IMAGEM: LE 0 CRIOU A IMAGEM DE DEUS; E MACHO E F&Mza (08 CRIOV. ‘Essa BI-SEXUALIDADE durou até que, envaldecendo-se o homem e julgando-se igual a DEUS, sentlu-Se ESTE, ou seja, DEUS (Ne Mitologia, JUPITER era 0 SUPREMO PODER, era o deus malor) na necessidade de extermind-lo, isto & de aca- bar com o Homem. Inclinou-Se, pols a executar Seu desejo, In- terferlu, porém, DIANA (A Deusa da Caga) ponderando que, exterminado 0 Homem. JUPITER nio terla mais quem LHE flzesse as Oferendas de que tanto gostava ELE. Assim, resolveu DEUS (JUPITER, no nosso caso) e ainda de acérdo com a orlentagdo e sugestio de DIANA, a “

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