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1uo}Ng 4epacayog eI!9ING a ar webeu ejod oeSeuuOjul ¥ ALLIceibDIi I mAn a.” MONCUAU | zi i=] F 1-3 efextom cine wpevinive com wpore Bt PAPET / Oe gents ve Stnvag ATARI parece. o6/203 rap / oP (/enmire [20s 72 0083 82. Dame CONRAD SE Magaly Prado (Organizadora) FOTOGRAFIA E JORNALISMO A informagao pela imagem Dulcilia Schroeder Buitoni Digitalizado com CamScanner ree ea Sam cumin a Tice saree aa nae cnsinatonvno, foc aan sesh eran fete as Sores cat Tae cat seae ae one fSZeutninmos nese 320 099 natn owas at te eb a a a1 36g Nora 00m mono MAD ws io Sorbonne ows eS ot ay 01h nao AD de prs ern an reese ‘ansnist. ALOGAIONA FONTE _smoNCATO NACIONAL OOS TORE DELVES, ) —_———_———_ san, Dk re: Fe «ori: name ate dale ene Beto ga Pce FeeWenigr ota Se 01 6p i em Calero maine: 6 1 rasp 2 ajar, 3 agen dome in “San att ata ee Pg oe Oe odtao i cance opt © Map arta Pad pee opi cae Seo Batam {Bn Eres {aden ec dn, cede ht cotter pare erase Fe acne mecaraas nie eaten ee sess Se ae cm cose smtinae unten wer Sec erica ress “oni ca tr heruonertaraesrnsane come CW seasun SEE Para minbas imagens de muiteafeto, seus pais, Ricardo ¢ Sylvia (in memoriam), Adem. Cia. Luca ¢ Gal Digitalizado com CamScanner 2 SaRW) ojnyed, 18503 — USOS JORNALISTICOS DA| FOTOGRAFIA CAO. 6.1 DIMENSAO ESPACIAL E DIMENSAO TEMPORAL da informacio opera com um regime préprio de visi o quer dizer que hi uma definigéo de padrées do que éa fotografia para jornal, para revista semanal, para revstas masculinas ou femininas, para revistas especialiaadas, Se o Fotégrafo é funcionério de determinado veiculo, sua producio deve obedecer& respectiva filosofia editorial. Do do exo do jornal ou da revista que encomendou a imagem, Além do modo, um freelancer precisa forografar dentro catilo da publicagio, existe a pauta especifica para a foro © arquiteto © fordgeafo Luis Humberco, professor da Faculdade dde Comunicagio na Universidade de Brasilia, define o momento da um hibio visual seletivo,animado por uma cultura ¢aetvas~ presents em todos nds, mesmo ideniieadas de forma nitida! Porém,o fotdgrafo precisa ter dominio do instrumental reenolg: © esaber como manejaralinguagem, para alcangar um bom resultado, HUMBERTO, Luis. Forge, «peti do banal. Brat: Editors Uni ‘ersdade de Brasilia: Si Paulo: Imprensa Oil do Esado, 2000 p. 46 Digitalizado com CamScanner {85 | —— usos sonnauisTcns 0 roTooReRA MFORUAGAO,LUSTRAGHO. XPRESSAO (© acaso 36 tard boas imagens para quem exercita 0 olhar fotogrifco, E af inuigéo pode funcionar no encontro daquela frag de segundo, aque “pré-visio” constiuida de imaginagio efoco. (Os componentes de uma forogafa se dividem em seres vivos(hu- ‘manos, animais), fendmenos ¢ elementos naturais, que podem ter as- Pectos estitcos ou méveis, ¢ objetas ~ com ou sem movimento, Um ‘componente vivo tende a dominar os outros ~ 0 que vara & a inten- sidade desse dominio. Os elementos méveis costumam dominar os f- 405, Existem exceydes: quando 0 componente vivo ocupa um espago reduzido em relagio 20 quadro, pasa ater pouca expresividade; ou se ‘© componente fxo representa alguma coisa incomum, entéo desperta mais ineresse, Quando a fotografia se apresenta bastante Linas, em ‘uma configuracio bastante comum e/ou estereotipada, a letuta visual Pode néo se deter neste ou naquele elemento, geralmente funcionando apenas como idenificagéo da imagem, © dispositivo Forogrifico apresenta duas dimensoes: a dimensio ‘spacial ¢a dimensio temporal Geralmente 2 dimensio espacial ap2- rece como predominance, ‘mitagao de cenas, pessoas ou objeros em superfcies como o papel, 2 pedra, 2 mad No entorno is a imagem surge num contexto de deli- ou a tela do cinema, da teevisio ou do computador. ual do leitor ou espectador, determinada imagem se des- ‘aca do fundo echama a atengio. E um continuo jogo de diferenciagio ‘entre informasesvisuais: entte 28 centenas de revista expostas numa banca, o olhar se dirige a uma dela, separando-a do fundo. Na capa dessa revista, mais uma operacéo de foco, na observasdo de uma peque- 1a foto elacionada a um titulo sensaconalista. A dimensio espacial €0 ‘que sobresai, portnto, nos contatos com uma imagem. (© revangulo a forma privilegiada para as imagens forogrificas ¢ para boa parce das construges¢ objetos utilizados pelo ser humano. Luciano Guimaries, designer ¢ professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), desenvolveureflxses sobre come fatoreseconémicos influem na predominincia do retingulo: Necessidades econémicas que se desdobram nos procesos de pro- ‘xn pu pups naan ba ronan ORAL —i impéem 3 produgéo humans tanto manufuurada quanto induia- tna, uma predomindncia evidence da forma reangular:a mona € seus cbmodos as parcdes ¢ sus tiles, as ports jana.) aim como nosos documentos eas forograias que nor identifica, como ‘cara que dev porar 0 documento eo bobo que deve sbi carta, como a ala 0 2 camisa que deve contro bai. {A dimensio espacial inclui a superficie da imagem e sua organi- zagéo, que & também chamada de composigi: relacio entre linhas € volumes; a maior ou menor luminosidade de cada zona da imagem; a cores e suas relagbes de contrast; caracterstcas de textura et ia dos produtos mididtcos segue o enquadramento re- angular; assim, 0 livio, 0 caderno, 0 jornal, a revista, os carazes ¢ folhecos etc. © mesmo acontece nas midias letrdnicas: clas de te levis e cinema, telas de computador, celulares € demais aparlhos A mai sonoros ou audiovisuais. Ao trabalhar com a compreensio do uso do retingulo como elemento de configuracio espaco-temporal da infor magio mediada, Luciano Guimaries explica que retangulo separa o aque esté dentro do que est fora. A imagem fotogréfica foi constuida Primeiramente a partir do ponto de vista escolhido pelo fosbgrafo, No entanto, ela vai adquirir seu significado no design da pagina pu- blicada. Guimardes considera que a presenga ou auséncia de moldura ‘na pigina impressa ou nas imagens nela contidas interfere muito no distanciamento ou no menor envolvimento com o tema da imagem: ‘Quanto mais presente vsvel for orengulo, mais separado do con- juno passa a ser seu conteido, Quanto menos vise forem seut limites (bordas ou molduras), mais proximo ser oconteido do que sti fora? ‘A questio das bordas ou limies da imagem infui deciivamente a percepgio ¢ leiura de piginas impresas ou teas de todo tipe. Por * GUIMARAES, Luciano. A imagem ¢ 0 retingulo: as experitacas com + inaredade dento-fora no ornlsmo de erumo, Ie Sabre jorntione ‘ita magen: crs, Coletinea de eas pra concur de edoctncia ¢m jomalismo visa. Sho Paulo: Unesp, 2009, p56 Digitalizado com CamScanner 1S JOMNAL STIS OA FCTOORAEA IMAMGAO RLTRAGAD. XPRESSAD cxemplo, uma fotografia que nio tem margens €ocupa todo 0 espaco da pagina (¢ € chamada de “sangrada’) teri mais proximidade com o leitor. Guimaries compara com 0 cinema: Observando-t quo imites do retanguloromam-s menos ntadot tas grandes dimentes da tela do cinema, na reas zea ¢ pds dea ocupada do campo vs que imagem tevsual nos co- loca toe otmpo dane da materilidade do apaeho, e que os pa- sedhot pores de elas diminuts também diminuem censivelmente © modo de reecher imagens, podemos abordar 2 reages poss ‘nue as dimensies das imagens eproduidas nas pigna das revisas detursmo (.)° © tamanho da imagem é uma caractetistica Fisica muito impor- ‘ante, por vezes deixada de lado em usos jornalsicos: a imagem ori- final tem determinado tamanho que acaba nio guardando proporgio. 20 ser colocada junto a outras foros de diferentes origens. Por exem- plo, os pintores de afrescos do Renascimento trabalhavam as imagens tendo em vista distincia que haveria com os possiveisespectadores Esse afresco € reprodusido numa revista a0 lado da fotografia de um attista contemporineo, 2s duas imagens do mesmo tamanho. Ob- Viamente, hé uma série de determinagBes gras ¢ industiais nos rocesos de edigéo que néofavorecem um trabalho mais acurado de telagéo entre as diversas proporgées. O mais comum, nestes tempos de jornalismo-mosaico, € a mistura de dimensbes muito diferentes ent si, que pode causar rudos na informagio. Além disso, a pos- sibilidade de tratamenco digial favorece ainda mais esse embatalha- ‘mento ndo dscriminasio de tamanhos. © tempo ¢,psicologicamentefalando, duragéo experimentada. Ao ‘vermos uma fotografia, costumamosnéo atenat para a dimenséo tem- poral: a espacial parece mais importante. Uma primeira divsio pode ser fia entre os disposiivos de imagens que incluem consticutivamente > GUIMARAES, 2009, p. 57. orograri € JORIS a duragio «08 que nio a incluem. Jacques Aumont separa daamente cas duas grandes categorias de imagens: 4 As imagens no temporalizadas, que exisem idéntica a els mesmas 10 tempo, com exceyio de alteragdes muito lena, quae impercp- ties para o espectador: uma ea pinada envelhece pouc a pouco, pois seus pigmentos se alteram; 2s cores de uma forografa mudasio, rlpido demais, sobretudo quando exposta a uma luz muito intensa 4 As imagens temporalizadas, que se modificam com o transcuso do ‘tempo sem que o espectador tena que interferic, peo simples fat de seu dispositivo de produgio e de representasio. O cinema, 0 video, sfo suas formas hoje habitus, mas antes de sua invencio eitiram imagens temporalizadas (por exemplo os aparelhos como o diorama de Daguerre), obtidas por meio de mudancas de iluminassoelou mo- Existem outras divisBes que influem na dimensio temporal do Aispositivo: 4 Imagem fixa x imagem mével: ea imagem fixaé de ficildfinigo, alimagem mével pode adquitir muitas formas. Sua espécie dominan- ‘ea imagem motora, cinematogrifica ou videogréfica. Mas pode-se Jmaginar muitas outeas, como os antigos audiovisuais exibidos via Projetor de slides: no caso, © movimento nio cra da imagem c sim roduzido por um aparelho. 4 Imagem Gnica x imagem miltipla: sngularidade e mulipliciade se definem espacialmente (a imagem miiltipla ocupa virias regiées do e- ago, ou a mesma regio do espago em sucesso), mas no sem incdir 'a relagio temporal do espectador com a imagem. Sio operagées dife- Fentes: observar um mesmo side durante dois minueos; acompanhar ‘uma sucessio de slides variados ou passear os olhos por um conjunto destides num mesmo espago- Viremos uma época onde pgs ipa min slam deliberdamente codas as familias de imagens: + tela de wide AUMONT, Jacques, Le imagen: Barcelona Pais 1992 Digitalizado com CamScanner 90} —— usos soraats¢05 04 FOTOGRAFIA: MFORMAGAD, LUSTRAGAD,ExRESSig projegéo de slides a tela de computador, a imagem hipermultiplicad, a imagem absolutamente tnica etc. Os museus de arte contemporines sio lugares onde se podem experimentar muitas veiculagéesimagéticas, 6.2 FOTO JORNALISTICA E FOTOILUSTRAGAO. ‘A dlasifcagio das imagens publicadas na mia impressa na mi- dia digital € um instrumento metodolégico que permite clarearo tipo de contetido ea funcio predominante nos seus usos. Ha uma distingso do senso comum na grande imprensa que se refere a foros jomalisticas ou fotos diretamente selecionadas com suas tea; fla-se entéo de foto de moda, foto de cozinha, foto de turismo, foto de arquitetura et. Tas denominagées sio recortentes, porém se referem a temiticas, sem - pecificar as funges das forografis: explicam pouco ¢ nao auxliam um pensamento analitco sobre as imagens. O autor Pepe Bacza®defende aque haja uma classifcasio prévia que defina os tipos de fotografia da ‘mprensa, pois profissionais ~ académicos, muitas vezes ~utilizam de uma forma ambigua termos como fotografia de imprensa¢ fotojor lismo, Baeza comega por descartar as Foros publicadas pela imprenst ‘que nio fazem parte de seu conteido editorial. Assim, a fotografia pu- blicitéria nio pode ser considerada como foto de imprensa. Para ee, somente © conjunto das imagens que sio planejadas pelo corpo edi- torial, sejam produzidas ou compradas, € que podem ser chamadis de forografa de imprensa. A forografia de imprensa é consttuida por dois grupos de imagem: 0 forojoralisme e a fotoilustragio. Este livro também adota essa primeira grande divisio, ente fo jomalistica e foroilustragio. A foto jormalistica est vinculadaa valores informativos clou opinativose 3 veiculagio num érgio dorado de pe- riodicidade. A televancia sociale politica, a relagio com a aualidade © tum caréter notcioso também ajudam a clasifiaresse tipo de foto, Do ‘mesmo modo, 0 instantineo costuma agregar qualidade informative + BAEZA, 2001, p. 31-32 orograhin s0RNALISHO 1g ‘A foro jotnalistica pode se desdobrar em reportagem ou ensaio — umm trabalho de cunho mais interpretativo, sequencial e narrativo, 0 foto- joralsmo guard profundos Igor com um campo de grande ado no universo das imagens ~ 0 campo da forografia documenta Segundo Baeza, 2 fotografia documental compartilha com o fo- tojornalismo 0 compromisso com a realidade, porém dedic-se mais 2 fendmenos estruturas do que a uma conjuncura noticosslimitada po prazos pequenos de producio eedicio. Um exemple de fotografia documental é 0 trabalho do forégrafo brasileiro Sebastéo Salgado: ele cecolhe determinados temas e realiza extena ¢ aprofundada colheita de imagens, por vezes durante meses ou até anos. Esas foros a podem ser publicadas em jornais ou revistas; mas alcangam outros circuitos de dstribuigio como o museu, a galeria ou o livro. Maureen Bisliat Claudia Andujar, forografas eserangeiras que se radicaram no Brasil, faeram ensaios documentais sobre indigenas, pessoas ¢culturas de d- versa regises, que foram publicados em revistas como “Realidade” ¢ 21& hoje sto objeto de exposiges. ‘Acura grande categoria é a fotoilustragéo, Pepe Buera considera fovoihuseagio toda imagem forogifca eomposta por imagens advin- as de processos forogrificos (que podem ser em forma de colagem 1 foromontagem, por edigio eletrbnica ou convencional); e também 4 fotografia combinada com outros elementos gréficos, sempre com 2 finalidade de ilustrar uma ideia, um conceito ou auailiar a compreensio eum far, de um objeto, de um process. Neste caso, a marca rempo- ‘al geralmente nio & muito forte: a tendéncia da forolustragéo é 2 Be ‘neralizagio, sem uma data claramente definida. Por exemplo, emas de "portagens analiticas— liberdade, pobreza, aborto,educacio ~ pedem foroilustragéo, embora sempre tragam dificuldade de execucio. Muitos 2 definem como imagens que deslocam a fungio referencia clissica do forojomalismo. Podemos ainda identficar um tipo de fotoilustrario Com a fnalidade especfica de opnido: nese cso, € quase smelhante 4 uma “charge” forogréfca. Capas de revstassemanais de informasio Digitalizado com CamScanner 92 | usos sommuis 0s 04 FOTOGRAFA NFORMAGHO, RUSTRAGAD, XPRESSAy como "Veja", “Epoca’ “Iso”, “Time”, "Newsweek" costumam usar foros produzidas ou montagens com forte carga opinativa 1A foroilustragio procura mostrar um objeto, representando-o rmimesicamente ou interpretando visualmente alguns dos seus sagos cessenciais. O que define a fotoilustragio € 0 intuito de ilustrar. Trata-se, na maioria dos casos, de uma finalidade diditica, descritiva , por isso, € 4 confguraco prvileiada pelo jornlismo de servgo, Esse tipo de imagem pode fazer uma representasé realista ou utiliza apenas alguns tragos da ideia por meio de procedimentos de revérica visual ou de simbolizagio; quase sempre ela depende de um texto verbal ou de um titulo que escarsao sentido prtendido. 0 joralismo de servgo recorre com frequéncia 3 fotoilstaco, Essa modalidade de joralismo comesou a ser conceituada inform ‘mente; alguns autores se referem & qualificagio dada pelas redagées « rmatéias que “prestavar” servgo aos leitores. Talver a orgem ext ras revistasfeminina,principalmentenoree-americanas, que comega- ram a publicar matras com informagées sobre testes de produtot ou trxendo endereos e outros dados adcionas que faclitassem o acesso 4 mercadorias ou instcuigbesapontadss.O jornalismo de servigo ex elacionado a necessidades priticas do dia a dia, a informagées sobre ‘eventos esportivos, culturais, sociais etc., ¢ vem tendo grande desen- volvimento no jornalismo didtio e semanal. As forografas publicadas nas matérias de servigo quase sempre obedecem a uma estética de ca tilogo: figuras recortadas, sobre fundo branco, indicacao de pregos € cenderegos. E possivel dizer que tais fotos aproximam-se mais do estilo Publicitirio, ajudando a criar modas ¢ tendéncias. Para arender aos crescentes desejos dos leitores, a maioria dos jornais adquiriu caracteristicas de revista em algumas editorias ~ ¢ isso também uma estratégia de ser dtl num mercado de tanta concorréncia. O con sumo sofistcou-te: sepes de gastronomia, vinhos,rurismo, informética, cas _— = eae fornecendo informagées que sec ‘aecrinam e como servgo, A maioria das fotos fet. ‘em estiidio; sio fovos de “will”, Roteiros, conselhos, receitas vém faciitar qr0gs6 0 RNALISHO) ———198 ‘vida cotdiana. Tadicionalment, a edoria de artes especial t= iam programasio, enderecos: agora quase todas as sees dejornais€ revistas ofrecer algum tipo de servigo. ssa tendéncia também pode er bservada na criagéo de suplementos ¢revisas de domingo. "Algumas fotos ilustativas tém fungio meramenteidentficatéria do conceto, objeto ou da cena, Sio uti was para acabar com a mono- tonia do texto, como mero recurso estético, mas sem novidade. “Talvex a maior parte dos conteidos visuais da imprensa pode ser lasfcada como fotoilustraio. E dots temas reinam nafotilstrasio: moda e celebridades. Vinculados a0 consumo 3 indistria das comu- nicagbes, roupas, objets e pessoas desfilam nas piginas e na teas, i pulsionando os mecanismos do mercado, Servos, moda celebridades ‘compéem, com muita sintonia, 0 universo do entretenimento, fe imprensa:conjunio de imagens qe fazem pare da seqbes ed | {ovis de jrnis ou evita (ese conceit também pode ser apcado 20s sits omalisics 6a wet. Esto exclude. fols publicise ors cue | ao tenham ung jalstica, ‘oto de imorensa se vide em | 2} foo jonaisticapropriamente dt, eacionas anata eepartagens; | +) fotoitustagao, que tem como finaliade a melhor compreensdo de um, ‘objeto, de um fato, de uma idea. Pode ser também uma colagem ou ‘combinada com elementos grticos. Muito uilizada no jomalismo e servigo ou em temas de dificil caplagdo flogrica, Este anda a | et ‘Como ji apontamos, outro importante uso da foroilustragéo € no jomalismo de opiniéo, quase sempre sob a forma de foromontagem, "ito utilzada em capas de revstassemanais de informagéo. Nos dias ehoje, essas foromontagens sio processadas digitalmente € teflrem as Posigbs editoriais das publicages. ‘Temos ainda a foroilustragio de autor, que incorporatragos de cria- ‘#0 © € utlzada principalmente em suplementos cuturis ou revistas Digitalizado com CamScanner 94 ——— usos somnalisTic0s DA FOTOGRARA: NFORIACAO.KUSTAAGAD, EPRESSA de arte ¢ cultura. Geralmente feta sob encomenda de editores, permite grande liberdade aos fotdgrafos, que podem imprimir uma linguagem subjeiva ¢ até experimental 6.3 FORMAS DA FOTO JORNALISTICA E possvel, ainda, se fazer uma lasifcagio dos modos como a foto- ‘rafiajornalstica se apresenta com finaidades informativas: 1) Fotonoticia: quando é dotada de um razoivel tor informativo,co- -municando 0 fato quase que s6 visualmente. Pode vi acompanhada de tiulo e/ou legenda. Algumas vezes€ clasificada como forolegen- dae 0 texto que a acompanha é chamado de texto-egenda. Utiliza- mos o conceito de embrigo narrative quando a imagem di indicios ‘de uma agio que foi continuada ou ainda que, pelo menos, sugitaa cexisténcia de agbes que antecedam ou sigam a cena registrada. Ge- ralmente a foto considerada “flageante” cem esse embrio nara fator que reforga a sua naturera “jornalistica. 2) Foto de leirura unitéria: quando permite uma eitura individual no interior de uma macériajornalistica. Uma matéria pode ter mais de uma foto unitiria; neste caso, mesmo se referindo ao mesmo assun- 10, elas nfo se articulam em sequéncia. 3) Fotossequéncia: quando reine algumas imagens, tomadas em um ccurto espago de tempo; geralmente sio trés ou quatro instantineos que captam gestos ou movimentos. A sequéncia se caractriza por mostrar cenas em pequenos recortes, em lapsos breves, como 5 fosse uma espécie de animagio. Esse tipo de apresentacio de fotos assemelha-se& sequéncia de forogramas de um tccho de cinema o¥ video. Um exemplo é a decupagem ou 0 uso de mera lenta nas r- portagens, que tém como fonte gravagées de cameras de segurans# «em prédios, estabelecimentos comerciais, espagos urbanos. As wees ‘essas sequéncias sio desenhadas como histéria em quadrinhos, 9# falta de imagens forogriicas. 4) Fotorreportagem ou reportagem fotogrifica, quando 0 conjun’e das fotos forma uma narrativa ou o grupo ou série de foros #0 o06i4ek EJORNALISHD S construidos em corno de um tema principal. A reportagem foto- gifica se constitul em um genero muito prestigindo, O ensaio fotogrifico & uma fororreportagem em profundidade, onde o fots- rafo pode exercitar seu lado criador. ‘Os retratos de personagens citados em matérias jornalsticas geral- mente exercem a fungio de iustragio. Retratos de idenificago de per- sonagens por vezessio acompanhados de legendas curtas que apenas. os nomeiam. Dependendo do estilo da publicagso, podem surgir legendas «com cariter narrativo. Retratos do autor do artigo ou do colunistasio frequentes nos difrios e em revista, ¢ tém o propésito de fornecer uma sinualizagéo que acrescente veracidade ou reforce alguma de suas carac- cersticas pessoas. Hi retratos que expressam 0 potencialerativo do foxégrafo em captar tragos da personalidade enfocada: sio reas “psicolgicos’ sgeralmente em planos mais fechados. Os retratos “contexuaizados", em planos maiores,trazem decalhes da vida ou da profisso da pessoa, [Nas primeiras paginas dos jomaisdirios, foros de celebridades sio usadas como retrato gancho, que funciona como atativo para um texto publicado nas piginas interiores. Também as revista empregam ese re caso, asim como sites jornalistics na web. Alguns jonas ensaiona- lists uciaam foros de mulheres com pouca roupa na primeira pigina ara aumencar as vendas, sem que haja matéria nas piginasinerms. Em seu liveo sobre os géneros jornalisticos forgréficos, Carlos Abreu Sojo aponta como subgénero informativo a fotografia de entr- visa, a fotografia de enquetee a forografa de resenha. A fotografia de ‘entrevista se relaciona com as fnalidades da matériajoralsin. Ax sim, foro que acompanharé uma noticia ¢ utilizada para confirmar ou ampliat a informagio, com fungéo testemunhal ~ em geal imagem ‘4a pessoa & caprada em local préximo 20 acontecimento ou que rmets 4 algum dado do fato. A foto de perfil entrevista em profundidade 4e personalidades) poderé ter um enfoque que reforcealguma ara Teitica do enurevitado. Essa modaldade também incu a ope de Publicagio de varias foros da mesma pessoa. Digitalizado com CamScanner USGS JORMAISTHOS A FOTOGRAFIA ORMAGAD RUSTRAGAO XPRESo (© formato enquete spresenta uma mesma pergunta ou um pe- queno conjunto de perguntasformuladas a diferentes pessoas para se ‘conhecer um leque de opinibes a respeito de determinado assunto, Ob- viamente, a enquete az fotos das pestoas que dedaram suas posiges na matéra, Outra forma de fotografia informativa é 2 imagem que acompanha resenhas de produtosculturis ou de eventos de carker social, exportvo ou politico. Existem muitas dlasifcagbs para as forografias publicadss no jo also impreso. Alguns autores apontam a foto simbsica como um tipo de imagem que perde a capacidade de informagéo imediata para ‘coasts em simbolo universal de uma reaidade, ou como elemento ‘comparativo ou meuférco de siuagées, debates soca, critica de pro sonia ou partidos etc: Nese ikimo caso, express opnito, Ela também poderia ser considerada dento da grande categoria de frolusrasso. A foo jomalisica também pode ter valor de opiniéo, quando screscenta por si, ou pela edo, signiicados de critica ou comenté- fo, Ua foto pode servr de editorial, pode expressar um sentimento ‘omum (como afro de capa do “Jornal da Tarde", em que um menino ‘vetido com a camiseta da slegio brasileira de futebol, chorava a der- ‘ota, pode ter ron, pode funcionar como uma cricatura ou charge. Em todos eses cass, entram em cena figuras etricsjé conhecidas na linguagem verbal. 6.4 PAUTA FOTOGRAFICA ‘A pautafoogrfica € uma atividade de grande importinca ¢ deve- ‘er previamentepensads pelo fotdgrafo, mesmo que se trate de wn ‘quitem um cariter simbélico, ‘quando focalizam icones de cidades ou Paisagens, ‘torre Eile simbolo universal de Paris, ue parece haver nase do com a cidade, teve ‘sua presenga fortemente combatida. A corre foi

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