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CÓDIGO PENAL
NORMAS Parte especial; arts. 121 a 359.
INCRIMINADORAS
EXPLICATIVAS Parte especial; arts. 121 a 359.
PERMISSIVAS Parte geral; arts. 1º aos 120.
RESPONSABILIDADE O direito penal não trata disso. É quando a ação ou omissão causa
OBJETIVA resultado e não precisa de prova. Ex. Queda de marquise.
RESPONSABILIDADE É quando a ação ou omissão causa resultado, a ação ou a omissão precisa
SUBJETIVA ter dolo ou culpa.
TEORIAS DA AÇÃO
Tem como seus grandes nomes VON LISZT e ERNST BELING. Não é
adotada atualmente pelo CP. Para esta teoria, conduta é a ação ou
omissão voluntária (ação do cérebro sobre os músculos) consistente então
CAUSAL, NATURALISTA
num fazer ou não, que causa um resultado no mundo exterior.
DA AÇÃO, CLASSICA OU
CRÍTICAS: Não leva em conta o conteúdo da vontade, que é de toda
TRADICIONAL.
importância, ou seja, o que a pessoas queria fazer.
Tem dificuldades para explicar a omissão. No caso de crime tentado, não
há como explicá-lo sem instigar a vontade.
WESSESLS e JESCHECK. Não é a teoria adotada pelo CP. Segundo esta
teoria a conduta criminosa é aquela socialmente relevante.
SOCIAL DA AÇÃO CRÍTICA: Não se nega ser o crime uma conduta socialmente relevante,
todavia, não só as criminosas. Ademais, quem define o que é socialmente
relevante? (falta de objetividade na definição da conduta típica).
FINALISTA DA AÇÃO HANS WELZEL. Esta é a teoria adotada pelo CP a partir da reforma penal
de 1984 (parte geral) teve como um dos seus principais méritos trazer o
exame do dolo e da culpa para a conduta humana, para o fato típico.
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Welzel juntou o que era inseparável, ou seja, a vontade do seu conteúdo, a
conduta da sua intenção, assim, conduta é a ação ou omissão dirigida a
uma determinada finalidade (que para o DP deve ser ou criminosa ou pelo
menos dirigida a prática de uma conduta descuidada que causa um
resultado previsível).
Se não tem dolo nem culpa é ATÍPICO.
• Principio da Consunção
• Principio da Especialidade
• Principio da Subsidiariedade
• Principio da Alternatividade.
CONDUTA
AÇÃO Comissivos.
Crimes Omissivos: são aqueles praticados por uma inação. Há duas formas de crimes
missivos:
• Crimes omissivos próprios ou puros: são aqueles em que a forma de praticá-los
prevista em lei é uma omissão.
Ex. 135 CP omissão de socorro, omissão de notificação de doença art.269. Para este crime
se consumar é necessário que o sujeito possa agir para evitar o resultado. Tais crimes de
regra não exigem resultado naturalístico para ser consumado. Então são crimes que se
consumam com a mera omissão. Também são crimes que não admitem tentativa, porque a
pessoa tenta se omitir e consuma o crime, ou tenta prestar socorro e não há crime.
• Crimes omissivos impróprios, impuros ou comissivos por omissão: São delitos
de ação praticados através de uma omissão por parte de quem tem o dever
específico (definido em lei penal) de evitar o resultado.
Tal dever previsto na lei penal encontra-se no art.13§ 2º a,b,c.
OMISSÃO Estas pessoas nas situações ali elencadas, se puderem evitar o resultado, mas se não o
fizerem, responderão pelo crime que não impediram de ocorrer.
As hipóteses do art.13§ 2º são as seguintes:
a. Dever legal – Ex: pais, policiais, tutores, bombeiros, curadores.
b. É a hipótese de contrato ou situação fática que coloca o sujeito na posição de
garantidor da não ocorrência do resultado.
c. Aquele que cria o risco, se torne responsável pelos demais.
CABE TENTATIVA NOS OMISSIVOS IMPRÓPRIOS.
Os crimes omissivos impróprios são crimes de resultado naturalístico, aliás, se consumam
com ele.
Em sendo crimes de resultado é relevante o exame do nexo causal, o qual não é físico, mas
NORMATIVO, pois quem o estabelece é a norma penal, art. 13 § 2º a,b,c.
O sujeito responde pelo resultado não porque o causou, mas porque não o evitou quando
tinha o dever específico de fazê-lo. Admite forma tentada, pois o resultado pode não ser
obtido, não ser contido por circunstancias alheias à vontade do sujeito que se omite.
MISTA Inicia com a ação e se consuma por omissão art. 169.
DO CRIME DOLOSO
O CP brasileiro prevê duas hipóteses equiparadas de dolo no art. 18 I:
DOLO Age com dolo quem quer o resultado.
DIRETO
Age com dolo quem, embora não queira diretamente o resultado, assume o risco de
DOLO
produzi-lo. Esta última expressão deve ser entendida como INDIFERENÇA do sujeito em
EVENTUAL
relação ao advento do resultado. Der no que der o sujeito age.
TEORIAS DO DOLO
Adotada em relação ao dolo direto. Para esta teoria, age com dolo quem tem a
DA VONTADE vontade de produzir o resultado e atua neste sentido. (DIRETO)
Ex. briga bar, tiro no peito.
Age com dolo que prevê o resultado e mesmo assim, pratica a conduta, portando-se
DO
de modo a demonstrar que a produção do resultado lhe é INDIFERENTE, que
CONSENTIMENTO
consente com sua produção. (EVENTUAL)
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DOLO
VONTADE CONSCIÊNCIA
Elemento volitivo Elemento cognitivo
ESPÉCIES DE DOLO
Age com dolo quem quer o resultado.
DIRETO
E Age com dolo quem, embora não queira diretamente o resultado, assume o risco de
EVENTUAL produzi-lo. Esta última expressão deve ser entendida como INDIFERENÇA do sujeito em
relação ao advento do resultado. Der no que der o sujeito age.
No primeiro caso, todos os elementos que compõem a figura típica devem estar
GENÉRICO
abrangidos pelo dolo.
E
No segundo, tem-se o denominado elemento subjetivo do injusto típico.
ESPECÍFICO
Ex: para fim libidinoso; para obter indevida vantagem econômica.
GERAL Espécie de “aberratio causae” (erro no nexo causal).
OU O sujeito tem dolo, obtém o resultado, ainda que o desdobramento dos fatos não tenha
ERRO sido como, por ele, planejado.
SUCESSIVO
No natural, dolo examinado no fato típico, a partir da teoria finalista da ação, basta que o
NATURAL agente tenha vontade de praticar a conduta e obter o resultado.
E O exame da consciência da ilicitude será feito a posteriori.
NORMATIVO Já no normativo, modalidade não mais adotada, o dolo será examinado na culpabilidade e
exigia o exame da consciência da ilicitude.
DE DANO Dolo de dano – o dolo do agente é de lesão ao bem jurídico (em crimes de dano).
OU No de perigo, basta a intenção do agente de colocar este bem jurídico em risco. (crimes de
DE PERIGO perigo, omissão de socorro).
DO CRIME CULPOSO
A culpa, a partir da teoria finalista da ação, passou a ser examinada no fato típico.
Ao contrário do dolo, que é um elemento psicológico (está na cabeça do agente), a culpa é um
elemento normativo que exige uma valoração por parte do juiz.
A previsão do crime culposo encontra-se no art. 18 II do CP. Pode-se denominar culpa como
conduta humana voluntária que causa um resultado lesivo, involuntário, por falta de cuidado objetivo
manifestado pó IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPERÍCIA.
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CONDUTA RESULTADO
HUMANA LESIVO
VOLUNTÁRIA INVOLUNTÁRIO
NEXO
CAUSAL
ESPÉCIES DE CULPA
Ação; culpa “in agendo”. O sujeito age de maneira descuidada, é afoito. Ex: imprimir
IMPRUDÊNCIA
velocidade excessiva no veículo.
Culpa “in ommitendo”. O sujeito deixa de praticar uma conduta a que estava obrigado
por um dever geral de cautela.
NEGLIGÊNCIA
Ex: deixar de olhar em uma ultrapassagem; deixar medicamentos ou arma ao alcance
de crianças.
É denominada culpa técnica. O sujeito habilitado para uma determinada atividade não
demonstra tal habilitação quando vai exercê-la.
Ex: perfuração de órgão internos em lipoaspiração.
IMPERÍCIA Não se confunde imperícia como denominado ERRO PROFISSIONAL. A primeira é
típica. A segunda é atípica, pois se dá na esfera da imprevisibilidade, decorrente da
precariedade do conhecimento humano.
Ex: anestesia.
MODALIDADES DE CULPA
INCONSCIENTE É a firma mais comum de culpa em que inexiste previsão por parte do agente.
É a denominada culpa com previsão. O agente prevê o resultado mas acredita
sinceramente que poderá evitá-lo.
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Certas atividades por terem como pressuposto o risco inerente, no caso de eventual resultado lesivo, a
excepcionalidade em que se dá, afasta a tipicidade culposa.
Ex: disputas automobilísticas.
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
A vida em sociedade pressupõe que cada uma faça a sua parte de maneira cautelosa, de modo a não
causar prejuízos a terceiros.
Assim, a responsabilidade penal de cada um, bem como as cautelas que lhe são correspondentes, devem
ser limitadas a área de atuação.
PRETERDOLO
Lesão corporal seguida de morte.
Crimes agravados ou qualificados pelo resultado, art. 19.
CRIME ANTECEDENTE CRIME SUBSEQUENTE RESULTADO
DOLO DOLO DEPENDE
DOLO (Minus) CULPA (Majus) PRETERDOLO (previsão)
LESÃO CULPOSA + OMISSÃO
CULPA DOLO
DE SOCORRO
OBS: Não cabe tentativa em crime preterdoloso em razão da sua constituição (dolo+culpa).
CONATOS REMOTUS – Preparação – IMPUNÍVEL – a não ser que configure crime autônomo
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DISTINÇÃO ENTRE ATOS PREPARATÓRIOS E EXECUTÓRIOS
A teoria adotada pelo código penal é a teoria objetivo-formal, ou seja, a execução se inicia quando começa a
realização da figura típica, atacando o bem jurídico.
Há uma segunda teoria denominada de objetivo-individual, que considera ainda inicio de execução aqueles atos
imediatamente anteriores à realização do tipo penal a partir do exame do plano concreto do agente.
OBS: A tentativa é uma causa de ampliação da figura típica ou ainda é uma forma de adequação típica por
subordinação mediata ou de tipicidade indireta (não vai direto para o art. Do crime, combina com outro art. Ex:
121+14; 213+29).
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NEXO CAUSAL
É o liame que une a conduta ao resultado. No tocante ao NC adotou-se a teoria da equivalência dos
antecedentes causais ou da “conditio sine qua non”, ou seja, tudo aquilo que contribui para o resultado é
causa. Para sabermos se estamos ou não diante de uma causa aplica-se um método de eliminação
hipotética de THYREN, vale dizer, basta que eliminemos na mente algum fato e verificar se sem aquele
fato o resultado teria ocorrido ou não. Se mesmo sem determinado fato o resultado ocorrer, ele não causa.
Para sabermos se o sujeito cuja conduta é examinada responderá ou não pelo resultado devemos
aplicar 3 regras:
a. PREEXISTENTES; CONCOMITANTES E SUPERVENIENTES: absolutamente independentes, o
agente NÃO RESONDE por ela, apenas pelo que fez.
b. PREEXISTENTES; CONCOMITANTES E SUPERVENIENTES: relativamente independentes, o
agente responde por elas quanto ao nexo causal.
c. Nas causas SUPERVENIENTES, relativamente independentes o art.13 § 1º exige que se faça o
seguinte questionamento: Essa casa SUPERVENIENTE, por si só, causou o resultado? Se a
resposta for positiva o agente não responde por ela, se negativa, responde.
Ex. de causas SUPERVENIENTE, RELATIVAMENTE INDEPENDENTES que NÃO por si só
ocasionaram o resultado (que o sujeito responde):
1. Infecção hospitalar, e/ou das meninges;
2. Choque anafilático;
3. Atraso ou demora no atendimento da vitima;
4. Pneumonia hemostática;
5. Imperícia do médico;
Todos esses exemplos acima, estão dentro de uma linha de desdobramento causal normal e
previsível.
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1. Tipicidade direta ou forma de adequação típica por subordinação imediata: a tipicidade
se dá sem a necessidade de um tipo penal de extensão ou complementar. Ex: homicídio
FO consumado.
R
M
2. Tipicidade indireta ou forma de adequação típica por subordinação mediata: para haver
AS tipicidade é necessário um tipo penal complementar ou de extensão. Ex: art. 14 II § único
DE tentativa. Art. 29 concurso de pessoas.
TI 3. Tipicidade Conglobante: é igual à tipicidade formal + antinormativa: em primeiro lugar
PI devemos diferenciar tipicidade formal de tipicidade material. A primeira é o mero juízo ou
CI adequação do fato à norma. Já a segunda além da mera adequação do fato à norma, é
D necessário ainda, o exame da lesividade social e ao bem jurídico da norma penal.
A Vista essa diferença parte da doutrina fala em tipicidade conglobante, ou seja, além da tipicidade
DE formal, como a lei não tem contradições, deve ser examinado ainda, a antinormatividade da
conduta, vale dizer, se a conduta praticada não está prevista como dever em outra norma jurídica.
Ex: policial que cumpre mandado de prisão e causa lesões corporais.