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Pré-amplificador com transistores © avango da técnica moderna possibilita, atualmente, 0 projeto de pré.amplificadores transistorizados com excelentes caracteristicas de ruido e distorcao. Decisiva para isso foi a rec.nte introdugio, em nosso mercado, de tran sistores de silicio planares a um preco acessi. vel, permitindo a obtengao de aparelhos dota. dos de caracteristicas proprias de equipamen. tos profissionais, sem o inconveniente que és tes quase sempre apresentam, ou seja, um custo proibitivo para o amador médio Um dos mais sérios problemas que afligiam ¢ projetista dos primeiros circuitos pré ampli. ficadores transistorizados, era a distorgao cau. sada no segundo e no terceiro estgios, pelo ex EERE) a ay NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1966 silicio Jorge Omar e Instituto Nacional de ‘Telecomunicacées cesso de sinal. Efetivamente, nas gravagdes sinfonicas nao sao raros picos de sinal com amplitudes até 20 dB superiores ao nivel no- minal, fornecido por determinada cépsula. Is- to deve, naturalmente, ser levado em conside 1agio durante o projeto, a fim de evitar que sses picos sejam ceifados nos estagios que se seguem ao primeiro, pois, isto provocaria sé rias distorgdes na reprodtcéo. No caso do nosso projeto, o problema foi contornado gracas a uma alimentagao adequa. Ga do segundo estégio do pré-amplificador Aplicou-se a maxima tenséo compativel com os tipos de transistores utilizados, assim co mo uma corrente de emissor relativamente elevada. Essa providéncia nao sacrificou a fi- PEK 313 gura de ruido, pois, esta é determinada prin cipalmente pelo primeiro estagio. O pré.amplificador compée-se de apenas dois estdgios, com acoplamento direto e um élo de realimentac&o negativa inserido entre ambos Esse élo de realimentagéo compée-se de uma réde seletiva em frequéncia, com caracteristi cas de equalizagéo correspondentes & curva de gravagio RIAA. © primeiro estagio do pré-amplificador uti- liza um transistor planar 2N3391-A, ou 2N2926. O primeiro déstes ser preferivel, pois assegura maior estabilidade de funcionamen to e menor rufdo. Este estégio esté polariza- do para uma corrente de coletor da ordem de 200 yA, valor que mantém baixo o fator de Tuido (figura tipica de rufdo para o transistor mencionado é 2,9 para 10 kHz). A baixa cor- rente de fuga proporeiona elevado erat de 95 tabilidade, mesmo com baixas correntes de co- letor: © segundo estagio utiliza um transistor tipo 2N2923 ou 2N2926, polarizado para corrente de coletor (I-) de 3 mA) e tensao coletor-emissor (Vee) de 10 V. Evita-se com isto, uma distorgao causada pela sObre-excitago do estégio A polarizagéo da base do primeiro estagio “ obtida a partir do circuito de emissor do s° gundo estagio, a fim de assegurar a estabili zac&o do ponto de operacéo DC do sistema A estabilidade em relagdo as variagdes de tem Peratura déste circuito é dtima, gracas A gran- de estabilidade inerente aos transistores de silicio. Ocapacitor de emissor do segundo estagio foidimensionado para introduzir um “roll off” na curva de resposta em freatiéncia, abai- xo de 30 Hz, com a finalidade de atenuar eventuais rufdos de baixa frequéncia, como por exemplo, o “rumble” do motor do toca. -discos. No caso de nao existirem problemas de ruidos désse tipo, essa providéncia poderA ser dispensada, bastando entéo aumentar de 3 a5 vézes o valor désse capacitor, para que se obtenha uma resposta plana até frequéncias inferiores a 30 Hz © ganho déste pré-amplificador é da ordem de 100 vézes, a uma frequéncia de 1.000 Hz. A tens&o fornecida por uma cépsula de relu- tancia varidvel é da ordem de 5 mV, obten- do'se entéo, na safda do pré.amplificador, um sinal de 500 mV, ou seja, suficiente para ex 314 citar a grande maioria dos amplificadores de vowncia existentes. ‘A impedancia de saida do pré-amplificador é bastante baixa, principalmente nas frequén-. cias elevadas, permitindo o uso de cabos de interligagdo com o amplificador relativamen te longos, sem incorrer praticamente em per- das na resposta de frequéncias do sistema to do. Por outro lado, a impedancia de entrada € altamente dependente da frequéncia, sendo tanto mais baixa quanto mais baixa a frequén- cia. Essa particularidade é muito interessan. te, pois, diminui sensivelmente a captagdo das trequéncias de ronco, as quais, como se sabe, os circuitos de baixa impedancia séo menos sensiveis. Por outro lado, aumenta a faixa de resposta_em frequéncia, gragas ao circuito passa-baixo constituido ‘pela indutancia da c4psula em combinacéo com a impedancia de entrada do pré-amplificador, para as frequén- cias fora da faixa de audio. Essa vantagem faz sentir principalmente quando sfo usados condutores de pequeno comprimento entre a cApsula e o préamplificador. Por essa razio, € sempre recomendavel colocar o pré-amplifi- cador 0 mais perto possivel do brago do pick- up, 0 que em geral é facilmente realizavel, gragas ao pequeno tamanho do aparelho A alimentagao pode ser retirada do prdprio amplificador de poténcia que iré ser excitado pelo pré-amplificador. Isto é vidvel por serem os transistores do tipo NPN. O consumo to. tal da unidade é de apenas 3 mA aproxima- damente, nao sobrecarregando assim a fonte de alimentagao do amplificador. Evidentemen te, 6 também possivel prover 0 circuito de uma fonte de alimentacio separada, de 22,5 V, cuidando-se, neste caso, para que a filtragem seja étima.’ H ainda uma terceira possibili- dade, ou seja, a alimentacéo através de thas, porém, com o inconveniente da substi. tui¢do periddica das mesmas. A unidade que descrevemos presta-se & re- produgao monofénica; no caso de ser dese- jada uma, reproducio estereofénica, deverg ser feita uma segunda unidade, idéntica. Neste caso, os contréles tanto poder&o ser indepen. dentes para as duas unidades, como em “tan- dem”, de acérdo com a preferéncia do monta- dor; ‘no entanto, esta segunda alternativa é muito mais atraente, pois, simplifica sobrema neira o manejo. De qualquer modo, o seletor da entrada deveré ser ligado de maneira a oferecer a maxima flexibilidade de operagao REVISTA ELETRONICA a 9eracao Te pulsos em televisao © estudo da geracao de pulsos é de extrema utilidade na técnica de televisao, pois, o sin- cronismo entre a imagem recebida e transmi- tida 6 conseguido por meio de pulsos. Em ge- zal,-néio nos iremos defrontar com pulsos iso lados, mas sim com trens de pulsos, isto ¢, com sucessées.continuas e regulares de pulsos idéntieos. A freqiiéncia de repeticio dos pul- ‘Linn $08 nos daré entfio o ntimero de pulsos que ocorrem em um segundo. Um exemplo disto a freqtiéncia de repeticio dos pulsos de sin. cronismo horizontal, que no sistema ameri cano de 525 linhas é de 30 (mimero de qua- dros) x 525 = 15 750 Hz. O pulso teré uma duracéo de 9% do perfodo da linha, o que corresponderia, portanto, a 1/15 750 x 9/100 = 0,0000057 ou seja 5,7 ys Podemos distinguir pulsos de corrente e pul- sos de tensfo, conforme a grandeza cujo va- lor varia abruptamente seja uma tensio ou uma corrente. De acérdo com sua forma, os pulsos .classificam-se principalmente em’ se. noidais, triangulares e quadrados. Sao éstes tltimos, os que vao nos interessar mais de perto e que sero estudados particularmente neste artigo. Os pulsos de forma quadrada 880 aqueles cuja corrente ou tensdo varia ins- tantaneamente de zero ou outro valor conve- niente qualquer, até um determinado valor maximo e, apés um curto espaco de tempo retorna ao valor inicial, também instantanea- mente. Na pratica, no entanto, a -forma de onda obtida nao é perfeitamente regular, devido & existéncia de capacitores e indutores no cir. cuito; assume em geral a forma ilustrada na figura 1d. Convém ainda observar que, da mesma forma que um pulso pode variar de um certo valor para outro mais elevado, co. NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1966 AAA mo mostra a fig. 2a, pode também variar de um valor basico para outro mais baixo, como indica a figura 2b. Os pulsos podem ser gerados através do to de osciladores de relaxacio, ou entfo, pe- la conformacéo adequada de ondas senoidais que tenham a freqiiéncia apropriada. Vamos aqui, tratar sémente éste tltimo caso, deixan- a PIG. 1 — Pulsos de diversas formas: a) senoidal; b) triangular; ©) quadrada; 4) aproximagiio da forma quadrada. do para outro numero os osciladores_de Tela- xagio. Q A OBTENGAO DE PULSOS DE ONDAS SENOIDAIS O principio é ilustrado na Fig. 3a. ~A ten sfo senoidal vi, com uma freqiiéncia igual & freqiiéncia de repetigéo desejada para os pul- FIG. 2 — Combinago de uma corrente constante 1 (ou teniséo constante V) com: a) um trem de pulsos positives negativos. b) um trem de pulsos 315, FIG. 3 — A produgéo de pulsos a partir de uma osci Jaga. senoidal. a) clrcuito bisico; b) a tensio senoidal V, aplicada a entrada; ¢) a tensfo de contrdle Vy, na grade. A linha interrompida representa o ponto de corte. Os intervalos fem que a vélvula conduz esto representados por *C’ d) @ corrente anddica; e) a tensio anddica; f) a ten: so de saida, sus, € injetada na grade da valvula através do capacitor C,. Como o valor do resistor de grade R, é muito elevado, os elétrons captu- rados pela grade nao podem escapar rapida- mente, tornando a grade fortemente negati- va, a ponto de conseguirem os picos positivos da tensdo alternada a ela aplicada, apenas le var a sua polarizagéo a zero e ndo passando nunca para valores positivos. Cabe aqui uma explicagéo mais detalhada désse fendmeno. © valor de C, deve ser relativamente baixo, enquanto que o de Ry deve ser muito elevado Ao se tornar positiva ‘a tensao de entrada, tor. nase também positiva a armadura esquerda de C, (Fig. 3); com isso, atrai uma quantidade Telativamente ‘grande de elétrons 4 armadura direita. O resultado disso é uma escassez de elétrons na grade A grade, com escassez de elétrons, ou seja, com polaridade positiva, tende a atrair elé trons da corrente que flui entre catodo e ano- do da valvula; o muimero de elétrons atraidos e enviados a armadura direita de C, é sempre exatamente o necessério e suficiente para can celar a polaridade positiva de que se achava dotada a grade. Isto é vélido, mesmo quando a tenso de entrada v, atinge seu valor positi. vo maximo, ou seja, a grade mantém sempre © potencial ‘zero Como a grade permanece a um_potencial zero, o capacitor seré carregado a um poten- cial igual ao pico da tensao de entrada vi Um ponto importante é 0 fato de que essa carga no desaparece instanténeamente, pois os elétrons acumulados sdmente podem’ esca- par muito lentamente. Como a grade néo es- t& aquecida, nao poderé expelir elétrons, em bora possa captélos. Assim, resta somente 9 resistor de grade, Re, cujo valor é, no entan- to, téo elevado, que somente permite a passa- 316 gem de uma corrente de intensidade muito baixa. Quando a tensfo de entrada atinge o valor zero, juntamente com a armadura esquerda do capacitor, continuaré a existir a diferenca de potencial’ sdbre o capacitor, diferenca essa igual ao valor de pico da tens&o de entrada Assim, se tivermos na entrada uma tensdo com picos positive e negativo de 10 V, a dife- renga de potencial entre as armaduras do ca Pacitor seré, também, de 10 V. Portanto, quan do a tenséo de entrada for nula, aparecerd entre grade e catodo, uma diferenca de po- tencial igual & existente sdbre o capacitor e a grade seré negativa (no caso exemplificado, estaré a —10 V). Quando, finalmente, a ten: so de entrada estiver no pico negativo, ésse valor do pico negativo somar-se-d @ diferenca de potencial existente sObre o capacitor, apare- cendo entéo na grade um potencial igual a duas vézes o pico negativo da tenséo de en. trada. EntSo, para uma variacdo da tenséo de entrada de 0/— 10V/0/—10V 0, teremos uma variagdo, na grade de —10V/0/—10V/—20V —10v vés do resistor de escape de grade Re, sig ficando um lento econtinuo consumo dos elé- trons armazenados n0 capacitor. Essa pérda € compensada cada vez que a tensio de entra- da atinge 0 seu pico positive, e a grade em conseqiéncia se toma ligeiramente positiva; nesses instantes, a grade absorve uma quan- tidade ligeiramente maior de elétrons para re- por aqueles que escaparam através de R, REVISTA ELETRONICA FIG. 4— A conformacio dos pulsos senoidas em pulsos quadrados. 4) cireuito basico; b) os pulsos senoidais, aplicados A como tensio de contrdle V,. A linha interrompida representa © ponto de corte; ¢) corrente anddica; d) @) tensio de salda, wnsio anédica Em conseaqiiéncia de tudo isso, as variagées da tenséo de entrada v, sdo fielmente repro- duzidas na grade da valvula como flutuagées de tens&o negativa ve. Convém observar que os picos positivos de vi sempre correspondem aos pontos em que ve tem valor zero, enquan- to que os picos negativos de v; correspondem aos pontos em que v, tem amplitude igual a duas vézes ésses picos negativos. Isso equiva. le a dizer que, & tenséo continua de polariza. co da grade, esté sobreposta a tensao alter- nada de entrada. Uma tensao alternada pura, com valores de pico de + 10 e —10 volts, aplicada ao capacitor Cs, chega & grade como uma tens&o continua de —10 V, modulada pela tensdo senoidal, atin- gindo, pois, valores de pico de 0 V e —20 V, respectivamente A valvula empregada para a formacio de pulsos pelo processo acima descrito deve ter uma tensfo de corte bastante reduzida — no caso flustrado na fieura 3, foi utilizada uma valvula que possui tenséo de corte de —4 V. Sendo o sinal de entrada consideravelmente maior que a tensfio de corte, como acontece no nosso eAen. ande temos —2 V. a valvula SO- mente conduziré durante curtos_intervalos, justamente aqueles em que a tensao de grade estiver entre —4 Ve 0 V. Na figura 3c. 0 in- tervalo_¢ define ésses espagos de tempo de condueo Durante o restante do periodo, em aue a tensfn de erade variar entre —4 V e —20 V, a valvula nfo conduziré. Daf eoncluimos cue a corrente de anada nao é continua, mas con- siste de uma sucessao de pulsos de corrente, NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1966 ‘| conforme indica a figura 3d. A tens&o anédi- ca por sua vez, tem uma forma semelhante a pulsos, ou, mais exatamente, de uma tensio continua modulada por uma sucessdo de pui- Sos negativos, conforme pode ser visto na fig. 3e. A incluséo do capacitor C., a fim de bar- Tar a componente continua da tensio de anodo, proporcionaré uma forma de onda co- mo a mostrada na figura 3f. OBTENGAO DE PULSOS QUADRADOS Se desejarmos que os pulsos obtidos tenham a forma de onda quadrada, deveremos utili zar uma valvula adicional, a fim de dar-lhes essa forma (Fig. 4a). Também essa valvula Geve ter uma tensdo de corte pequena, a fim de que a corrente anddica caia a zero imedia- tamente apds a chegada do pulso A grade, per- manecendo nesse valor até quase o fim do mesmo. A corrente anddica resultante é mos. trada na fig. 4c A forma original do pulso de tenséo aplica do entrada da vélvula sofreu uma trans formagao e a corrente anddica se constitui pra- ticamente de um trem de pulsos mais ou me- nos quadrados. A tensfo de anodo tem en tao a forma de uma tenséo continua modu Jada por pulsos positives, como indica a figu- ra 4d Se a tensfo continua de anodo for bloauea- da pelo capacitor Vc, entéo a saida assume a forma de um trem de pulsos de volaridade positiva. Se quiséssemos obter pulsos de po laridade neeativa, seria suficfente adicionar mais uma valvula, pois, como se sabe. a ten. sfo de entrada e'a tensio de safda de uma valvula esto sempre em oposicio de fase ‘Num futuro artigo trataremos da geraco de pulsos por multivibradores e osciladores de bloqueio 317 NOS8A GAA POTENCIOMETROS MIAL: Um tipo para cada aplicagao A MIALBRAS € 0 unico fabricante de um modélo com curva especial (curva “T") que possibilita uma variacado suave do contréle de volume em todos os aparelhos transistorizados, do radio portatil ao estereofénico. GENERALIDADES SOBRE POTENCIOME- TROS Preliminarmente, tornam-se necessérias al- gumas definicdes sobre éstes componentes, vi. sando néo sé fixar conceitos para principian- tes, como também estabelecer normas para os 4 habituados com éste tipo de peca Angulo de rotacéo total — £ 0 angulo que se obtém, girando-se 0 eixo do potenciémetro entre as paradas mecdnicas inicial e final. Resisténcia total — & a resisténcia ohmi- ca, medida entre os dois terminais finais, ou de entrada (terminal esquerdo e terminal di- reito) Resisténcia residual inicial — & a resis téncia Ohmica entre o terminal inicial e o cur- sor, quando o eixo do potenciémetro se encon- tra totalmente girado & esquerda. Resisténcia residual final — # a resisténcia 6hmica entre o terminal final e o cursor, quan- do 0 eixo do potenciémetro se encontra total mente girado a direita Resisténcia residual de “tap” — £ 0 valor mi. nimo de resisténcia Ghmica que se obtém en tre o “tap” e o cursor, girandose 0 eixo do potenciémetro Valor resistivo de “tap” — £ a resisténcia Ohmica entre o terminal inicial e o “tap” Curva do potenciémetro — ¥ a curva obtida, representando-se num grafico o valor 6hmico entre terminal inicial e cursor, em fungao do Angulo de rotagao déste, considerado a partir do terminal inicial. Curva linear — © potenciémetro é linear, quando sua curva de variagio é uma reta. Curva logaritmica, ou exponencial direta — © potencidmetro é'logaritmico, ou exponen cial direto, quando o valor Ghmico entre cursor e terminal inicial aumenta vagarosa- mente no inicio da rotacéo e rapidamente no final 318 REVISTA ELETRONICA Curva logaritmica direta 5%, 10% ou 20% — O potenciémetro é logaritmico 5%, 10% ou 20% quando o valor Shmico entre cursor e termi- nal inicial é 5%, 10% ou 20% respectivamente do valor Ohmico total, para uma rotagao igual a 50% do Angulo de rotag&o total Curva logaritmica ou exponencial inversa — © potencidmetro é logaritmico ou ex- ponencial inverso, quando o valor dhmico en- tre cursor e terminal inicial aumenta rapida- mente no inicio da rotagfo e vagarosamente no final. Curva logaritmica inversa 5%, 10% ou 20% — O potenciémetro é logaritmico inverso 5%, 10% ou 20%, quando o valor dhmico en- tre cursor e terminal inicial € 95%, 90% ou 80% respectivamente, do valor 6hmico total, Para uma rotacio igual a 50% do angulo de Totac&o total. Ruido de potenciémetro — # qualquer va- riaeo esptria no sinal de saida ausente do sinal de entrada. Quantitativamente pode ser definido em térmos de uma resisténcia pa- rasitica transiente em ohms, que aparece en- tre 0 cursor e o elemento resistivo, quando o eixo do potenciémetro é girado. TIPOS DE POTENCIOMETROS Entre os diferentes tipos de potenciémetros destacam-se: POTENCIOMETRO SOM ELEMENTO RESISTIVO DE GRAFITE todo potenciémetro cujo elemento resis- tivo é uma composicéo de resina e grafite, depositada sObre fenolite. Sao potenciéme- tros projetados em geral, para dissipar até NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1966 1/2 W a 70°C. Sua gama de valores estende-se até 10 Megohms. £ 0 tipo mais usado, princi- palmente em aparelhos de entretenimento. POTENCIOMETRO COM ELEMENTO RE- SISTIVO — TIPO COMPOSICAO DE CARBONO So potenciémetros cujo elemento resistivo € obtido por moldagem de uma composicio de grafite, geralmente sobre suporte de ba- quelite. Em geral, sé0 fabricados para dissi- pacho até 1 We 2 W, a 70°C. Normalmente so blindados completamente e seu uso res- tringe-se quase que exclusivamente a apare- thos profissionais. . POTENCIOMETRO COM ELEMENTO RESISTIVO DE FIO S4o potenciémetros cujo elemento resistivo € constituido de fio enrolado s6bre um supor- te isolante e apoiado, em geral, sdbre uma carcaca de baquelite. Sao fabricados para atender a maior gama de dissipacdo, como por exemplo, 3 W, 5 W etc. Seu valor dhmico é lumitado. Seu uso é restrito, seja em apare- Ihos de entretenimento, seja em profissionais, a locais onde a dissipagso de poténcia ¢ eie- vat POTENCIOMETRO COM ELEMENTO RESISTIVO DE FILME METALICO SGo potenciémetros cujo elemento resistivo € obtido pela deposicéio de um filme metdlico sObre material isolante Sio usados sémente em equipamentos profissionais onde o uso de potenciémetros de fio é impraticavel, de- vido ao alto nivel de ruidos 319 POTENCIOMETROS PRODUZIDOS PELA MIALBRAS A Mialbras fabrica o primeiro tipo de po- tenciémetro descrito. Seu produto destaca-se entre os demais por sua alta qualidade e ver satilidade de modelos POTENCIOMETRO MODELO 902 £ um potencidmetro que apresenta exce- lentes propriedades elétricas, mecanicas e uma versatilidade tao grande que tornam seu uso obrigatério em qualquer aparelho eletronico de alta qualidade ste modélo pode ser fornecido com buchas de 6,35 e 9,5 mm, eixo de latéo, aluminio ou de plastico’ (delrin). A linha incorpora qual- quer valor 6hmico entre 500 ohms e 10 me. gohms, com curvas linear, logaritmica direta, ou inversa a 5%, 10% e 20% Além disso a MIALBRAS oferece ao fabri- cante de aparelhos transistorizados um_ po- tenciémetro com curva especial (curva “T”) que propicia uma variacéo suave em contréle de volume. Outra vantagem exclusiva dos po- tenciémetros MIALBRAS é poderem ser pro duzidos, sob encomenda. com “tap” a 40%, 50% © 60%, ou ainda 40% e 60%, simultaneamente Quanto a interruptores, podem ser mono polares, bipolares e reversiveis, todos para 125 V3 A. POTENCIOMETRO MODELO 905 Trata-se de um trimmer resistivo projetado de modo a exceder as especificagdes habi- tuais. Suas caracteristicas principais sio: ce F FIG. 2 — Filtros para microfone, manipulador, miliampo- Timetro, etc. Os choques utilizados so enroiados sobre formas ‘de lucite del2,5mm Cs"), num total de 30 espiras Ge fio B&S 2 ou 24. Nos filtros para microfones ou mi- Umperimetros empregam-se capacitores de 500 pP, 300 V. Nos demais flltros empregam-se capacitores de 800 ‘pF com tensio de isolagdo minima de 500 V; no filtro da tensao + Boa tensio de isolagho désse capacitor deve ser igual ‘a0 dobro da tensdo maxima aplicads. ter”, faz-se ressonar o circuito L; C; (variando- se a distancia entre espiras de L,) na freqiién cia de 50 MHz. Proceso idéntico é utilizado no ajuste de Ls, curto-circuitando-se Jz e reti. rando se Ly do circuito O ajuste de Ls é efetuado com Lz e Ly fora do circuito. Ainda com o auxilio de um “grid dip meter” ajustase essa bobina para resso- nancia em 28,3 MHz. Para os ajustes de Lz e Ly desconecta se Ls do circuito e retiram-se os curtos dos conetores the Js. Ia e Ly so ajustados até que os cir- cuitos Ii Ia Ci C2 e Iu Ls Cs C, respectiva mente, ressonem em 36,1 MHz. Componentes empregados:* Capacitores ae 50 PF 500 ou 1.000 V Cre Co 150 pF 500 ou 1.000 V Bobinas espiras fio B&S diametro (em) Lie Ls 5 12 2 Lae Le 1 12 2 Ls 85 12 2 9, FILTROS DE CONDUTORES Todos os condutores que saem do chassi (mi- crofone, manipulador, 110V, + B, etc.) devem ser filtrados, pois, de outra’ forma anular-seia em parte, o efeito da blindagem. Para cada par de condutores haveré um filtro especial Na figura 2 apresentamos os diversos circuitos utilizados REVISTA ELETRONICA A figura 2a ilustra um filtro para microfone cu manipulador. O circuito da figura 2b pode ser usado para microfone, fios do relé trans- mite-recebe, etc. Quando o manipulador nao é ligado & terra devese utilizar 0 circuito da figura 2c. Para filtragem dos condutores da réde (110V) utilizase a configuracéo da fig 2d; ésse circuito deve também ser utilizado em transformadores de filamento. Em alguns transmissores o interruptor geral é colocado no chassi do transmissor e nao na fonte; nes- se caso, deve.se intalar um filtro, também pa- Ta os condutores désse circuito (figura 2d) A figura 2e ilustra_um circuito de filtro para miliamperimetro. Para filtragem dos condu tores de alta tensdo utilizase o circuito da figura 2f. ‘ Em todos os circuitos de filtro, os choques © condensadores devem ser instalados imedia tamente & entrada dos fios correspondentes no chassi; um comprimento maior que um cen- timetro pode bem ser responsdvel por um ni. vel apreciavel de irradiacao espuiria 10. LIGACOES DE RF As diversas ligagdes de RF de uma determi. nada valvula devem ser curtas e de preferén- cia com condutores tubulares ou pelo menos com fio B&S 10 ou 12. Para as conexdes entre estagios ou qualquer ligacéo de RF maior do que 2 ou 3 cm devese utilizar cabo coaxial, \do-se 0 condutor externo a massa. Quan- do um condutor atravessa o chassi recomen- da-se a utilizagéo de isoladores de passagem ; quanlo ésse condutor deve ser desacoplado, um Capacitor de passagem (feedthrough) se. 4 utilizado (figura 3) A eo LJ W FIG. 3 — Capacitor de passagem. Bsses capacitores siio soldados diretamente no’ chassis, em furos préviamente ‘exeetttados A saida para antena deve ser efetuada com conetores do tipo ilustrado na figura 4 FIG. 4 — Conector $0-239. A utilizngio désses conecto res além de simplificar 0 problema da ligagdo da antena a0 transmissor evita as irradiagdes espirias que se veri: fieam em conexdes mais precérias NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1966, 11. CONDUTORES AC e DC Todos os condutores de AC ou DC que cir culam pelo chassi devem ser mantidos em blindagens individuais. Os fios blindados co- mumente utilizados para ligagdes de dudi freqiiéncia prestam-se excelentemente para és ses servicos Na conexdo entre chassis deve se utilizar um cabo com blindagem individual para cada con- dutor 32, RESSONANCIAS ESPURIAS Mesmo com ligagées curtas, desacoplamen. tos corretos e demais cuidados na montagem, poderfo ainda subsistir ressonancias espurias nos diversos circuitos do transmissor. Essas ressonancias se sintonizarem algum harméni- co, acentuarao consideravelmente seu nivel. imprescindivel portanto, um exame individual de cada circuito, para se assegurar da inexis- téncia de ressonancias indesejaveis. Essa ve rificagio € feila com o auxilio de um “grid dip meter”. No caso de se localizar uma Tes- sonfncia esptria deve-se alterar a disposicéo do circuito para eliminar a ressondncia ou, pelo menos, deslocar a freqtiéncia de sintonia para um ponto entre dois harménicos subse- qiientes 13, BLINDAGEM ENTRE ETAPAS Os acoplamentos indesejdveis sé poderio ser totalmente evitados se os diversos estégios do transmissor forem blindados entre si. A blindagem dos estégios de RF entretanto, j& sera suficiente para se assegurar uma isolagao adequada. A blindagem deve ser total, no sen- do suficiente as pequenas placas que geral- mente se colocam entre as valvulas. Os furos Ge passagem devem ser do menor didmetro possivel. No caso de se utilizar chapa perfu- rada (o que é aconselhavel, dada a melhor refrigeracio) os furos nfo devem ter diametro maior que 3 mm. 14. BLINDAGEM DO CHASSI Mesmo que todos os recursos para elimina. fo ou atenuacio de freqiiéncias harménicas ¢ oscilagées parasitas sejam utilizados, poder ainda haver irradiacao direta do transmissor, se éste nao for totalmente blindado. Em al- guns casos podera ser necessério a instalacdo de uma tela metélica para refrigeracio. Pode também ser necessério um sistema de refri geracio forcada. Nésse caso um pequeno ven- tilador ou mesmo um motor de toca-discos adaptado, poderé manter a temperatura num limite adequado Na fixacéo das chapas de blindagem ao chassi deve-se limpar as superficies de con- tato, raspando-se a camada de tinta ou verniz protetor. O uso de arruelas de pressao 6 tam- bém aconselhavel j4 que asseguram um con- tato elétrico melhor. 323 No caso de colocagéo do miliamperimetro ou alto-falante no painel deve.se usar redes de blindagem a frente désses componentes. A recomendacao também é valida para qualquer outro componente instalado no painel (olho magico ou S.meter em transceptores, etc.). Também aqui, no caso de utilizagio de cha- a perfurada, os furos nao devem ter diame- tro maior do que 3 mm. 15. LIGAGAO TERRA A ligagéo do chassi a terra deve ser sufi cientemente perfeita para assegurar um desa- coplamento eficaz dos sinais indesejaveis. O ideal seria a ligago da blindagem a um cano enterrado a um ou dois metros de profundi- dade num terreno devidamente preparado com sal, etc., mantido timido para bom contato elétrico;’a ligacéo a um cano d’égua, entre- tanto, j& apresentaria dtimos resultados. Nao se deve usar 0 polo terra da réde para essa fmalidade. O condutor utilizado para a cone- xo deve ter diametro superior a 3 mm; uma conexao através de um condutor tubular de 6 mm proporcionaria o acoplamento ideal. CONCLUSOES No projeto de um névo transmissor todas essas indicagdes deverdo ser observadas, mas na eliminacdo de TVI em transmissores j4 em funcionamento, as diversas alteragdes serio efetuadas uma a uma, até a eliminagfio da interferéncia. O ajuste da excitagao, a blindagem do chas- sie a instalag&o de filtro passa-baixo (itens 1, 14 e 8) s&io requisitos indispensdveis na eli- minacao de TVI. Se, com ésses melhoramen- tos ainda persistir a interferéncia, os passos seguintes seriam a instalacao de’ filtros em caqgdutores que saem do chassi, a utilizacao de acoplador de antena e o aumento do va- lor de C nos circuitos sintonizados (itens 9, 6 e 4). Nos casos mais rebeldes de TVI pode mesmo ser necesséria uma nova montagem, e se essa for a solucio apontada, deve ser le. vada a efeito 20 ANOS SERVINDO A ELETRONICA O Instituto Edison de Ciéncia Eletrénica comemora o seu 20.° aniversario, sendo considerado uma das instituigdes de ensino técnico profissional, que tem prestado relevantes servicos a ELETRONICA, através da formacio de técnicos de radio e televisdo. Ao Instituto Edison de Ciéncia Eletrénica, nossos cumprimentos pelo seu 20.° aniversdrio. 324 REVISTA ELETRONICA Células de Combustivel CELULAS DE COMBUSTIVEL CARBOX Consideravel empenho tem sido dispendido no desenvolvimento de células que operem com combustivel mais barato. Em outubro de 1959 foi demonstrado nos E.U.A., um trator acio- nado por células de combustivel que consu- miam uma mistura de propano e outros gases. Foi a primeira vez que um veiculo se locomo. veu, alimentado por células de combustivel montadas néle mesmo, o que representou um passo importante no desenvolvimento da célu- la, embora seus construtores fossem claros a0 acrescentar que. 0 veiculo demonstrado acha- vase ainda num estagio de pesquisa. A bat ria consistia de 1008 células ligadas em série, desenvolvendo 15 KW. Os detalhes da célula no foram divulgados na época, mas como es- ta operava a uma temperatura relativamente baixa, a elevada taxa de reacdo necesséria, devia’ ser obtida por outro meio, provavel mente pela ativacao dos eletrodos com algum catalizador. © térmo “Carbox” foi criado para referéncia a células que utilizam combustivel de compos- tos do carbono. As células que alimentavam o trator na demonstracao eram uma variedade carbox visto que consumiam propano, um gés hidrocarboneto. Entretanto. com a célula hidrox de Bacon, a célula Carbox exigia um gés, 0 oxigénio, com alto grau de pureza, pa- ra operacio adequada. Para se evitar os gastos dispendiosos com a purificacéo do oxigénio, seria interessante mum, 0 oxigénio esta misturado com cérca de quatro vézes 0 seu volume de outros gases principalmente nitrogénio. © nitrogénio, embora nao tomando parte di retamente nas reagées da célula, dilui efetiva. mente o oxigénio, diminuindo assim o rend: mento da reacéo. Esse efeito pode ser com: pensado, em alguns casos, elevandose a tem peratura de operacao da célula Uma célula carbox para alta temperatura usando ar como oxidante e combustiveis ga. sosos de baixo custo (por exemplo, gas na tural) parece se 0 tipo mais promissor pa- ra producao de energia eletrica em larga es cala. O eletrdlito seria um sal fundido ade quade. Tal célula, operando em uma_ tem. peratura de 500.900°C e a pressio atmosférica, forneceu corrente elétrica continuamente, du rante seis meses. A vida titil da célula foi lmitada, principalmente, pela corrosao dos ele. trodos; havia também alguma perda por eva. poragéo do eletrdlito, mas éste poderia ser reposto durante o funcionamento, sem muita dificuldade. Uma vida util de seis meses é um indicio animador, mas nfo significa ainda, possibilidade comercial: nao seria econémica a substituicdéo de uma central elétrica duas vézes por ano, vor mais barato que fésse 9 combustivel usado CELULAS REGENERATIVAS Uma forma diferente e habilidosa de au mento do rendimento da reacio é¢ empregado guir para os eletrodos. tentar o uso de ar como oxidante. No ar co- na célula de combustivel “redox” Aqui, » ‘SAIDA PARA O cheno hc ——— i — rete creates Sheetal comnts oe Ze cactus aoa te . meras de regeneragao, onde Se eee nacae ' REGENERACAQ ce reagents originals ato | *dOCA \ caréoca ents ADMiss40 NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1966 DE CoMBUSTIVEL \ \ omwFRacma 3 ‘aNODO —-cATODO combustivel (hidrogénio, gases de compostos do carbono) e o oxidante (ar, oxigenio, etc) nfo entram diretamente na célula, mas sao alimentados através de cimaras de regenera- co externas (fig. 4). Outras substancias mais ativas so substituidas nos eletrodos, onde so- frem reag6es que mantém a operagéo da célu- Ja; os produtos dessas reacées retornam as camaras de regeneragdo, onde os reagentes originais séo regenerados através da intera. cao quimica com o combustivel ou oxidante, conforme 0 caso. Os detalhes das reagdes quimicas que ocor- rem em uma célula redox tipica sio um tanto complicados, e nao foram ainda totalmente compreendidos. Entretanto, um quadro sim- Plificado do ciclo de reac&o no anodo da 0cé. lula, pode ser estabelecido. O reagente rapi- do, digamos X, oxida-se pela reacgéo no anodo e sua forma oxidada (XO) é enviada @ cma ta de regeneracio anddica, onde se mistura com o combustivel af acumulado. Se ésse com: bustivel fOr hidrogénio, a reacdo na camara sera: H,+ KO—>X + #20 Portanto o reagente original X é regenerado, com, a formacao de agua como produto de exausto. Por outro lado, o combust{vel pode- ria ser aleum gas de composto de carbono; X seria ainda regenerado, mas o produto’ da exaustéo seria didxido de carbono (CO:), sendo 8 Teaco nesse caso: C + 2X0 —>2X + CO, No catodo, o reagente, digamos Y, é regene- rado pela interagéo com o oxidante. O produ to de exaustao seria provavelmente Agua, did. xido de carbono ou ainda uma mistura dos dois. dependendo dos detalhes da reacao No é necessério, portanto, acompanhar to do 0 processo do complicado ciclo de mudan- gas que ocorre numa célula redox para se compreender que o resultado final é 0 mesmo que se verifica nas outras células de combus- tivel descritas acima, i. e., 0 combustivel é oxidado e a energia quimica libertada apare ce como energia elétrica. A funcdo dos reagen- tes Xe Y é, na realidade, a de um cataliza- dor: aceleram o processo, sem serem consu- midos. Pela utilizagéo de reagentes rapidos espe- ciais, que aceleram a reacéo, a célula redox nao ‘necessita de temperaturas elevadissimas para seu funcionamento. Versées experimen tais da célula, operando a temperaturas abai- xo do ponto de ebulicéo da Agua, foram de- senvolvidas na Inglaterra, por pesquisadores no King’s College de Londres e nos E.U.A., pela General Electric Company Outros tipos de células regenerativas pode: riam ser discutidos. Na célula redox, a ener. gia exigida para a regeneracdo continua dos reagentes (X e Y) é fornecida pela oxidacao 326 do combustivel, mas poderia provir de outra fonte. Foi sugerido, por exemplo, que a rege neragio fésse obtida pela dissociagio térmi- ca dos produtos da reaco, em um reator nu- clear. Assim no exemplo acima, o produto KO no anodo, circularia por um reator, onde o ca- lor gerado dissociaria as moléculas KO em seus Atomos constituintes X e O, que retorna- riam entdo, ao anodo e catodo respectivamen- te. Tal sistema entretanto, apresenta eficién cia limitada, j4 que a fonte primaria de ener- gia néo é mais quimica, mas térmica (calor do reator) e sujeita A segunda lei da termo- dinamica. * % também possivel, pélo menos em princt- pio, utilizarse reator nuclear para regenerar os Teagentes ativos, por dissociacéo radioliti ca ao invés de térmica. Na dissociaco radi Iitica, a energia dos fragmentos da fissio é usada diretamente, sem antes ser convertida em calor. Outra variante da célula regenerativa utiliza energia solar para regeneracdo dos reagentes, por decomposi¢ao fotoquimica. Essa idéia foi Utilizada numa célula desenvolvida nos E.U.A por pesouisadores na Sundstrand Corporation. Nessa célula, cloro ¢ éxido nitrico combinam-se produzindo eletricidade. O cloreto de nitrosi- la formado nesse processo é a seguir foto-dis- sociado em cloro e 6xido nitrico que, ou re tornam a célula ou séo armazenados para uso posterior. SITUAGAO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS A maior parte das células descritas até aqui foram razoavelmente bem sucedidas em expe- riéncias de laboratério, onde funcionaram em periodos de uma semana a mais de seis me- ses. Novas idéias e variantes de velhas idéias esto sendo constantemente propostas: éste é um campo bastante fértil para invencées. ** Entretanto, uma coisa é produzir um disposi- tivo que opere por periodo limitado sob con- digdes de laboratério e outra é produzir um gerador que seia comercial, econémica e in- dustrialmente vidvel Para aplicag6es especiais, onde o custo nio é realmente importante — aplicagoes militares e/ou espaciais — a célula hidrox jé é utilizdvel, apesar do alto custo do combustivel. Supo- nhase por exemplo, que um gerador de 1 KW deve funcionar cérca de 100 horas — nfo ne- cessariamente de modo continuo — sem supe visio. com péso minimo e onde o custo néo constitui fator determinante. Uma bateria de pilhas sécas que preencha essas condicdes pe- Essa lel estabelece que o calor néo pode por si, passar de um corpo mais frio a um corpo mais quente. ‘s+ Recentemente fol proposta ‘uma célula de combus- tivel bioquimico, onde bactéria e nutritivo sio supridos a0 anodo ¢ oxigénio ao catodo. A bactéria decompoe (oxida) 0 nutritive ¢ a energia libertada 6 tomada dire. mente chmo életricidade ao invés de calor. REVISTA ELETRONICA saria cérca de 700 Kg; uma célula hidrox com os suprimentos de combustivel, pesa apenas 120 Kg. Para maiores periodos de funcionamento, a disparidade em favor da célula hidrox é ain- da maior Para producao de energia em larga escala néo se fala em kilowatts, mas em centenas ou milhares de megawatts (uma cidade industrial tipica de um milhdo de habitantes, consome cérca de 1.000 MW ou seja, um mithao de kilo- watts). Aqui todo desenvolvimento de células de combustivel vése face a um problema ba- sico: 0 aumento da reagao quimica a um ponto onde se possa manter uma poténcia especifi- ca de saida suficientemente elevada. Uma exi- géncia essencial, como jé vimos, consiste em aumentar a drea de contato entre combustfvel. eletrdlito e eletrodo. Se o combustivel ¢ ga- S080, e884 condicéo pode ser satisfeita utili- zando-se eletrodos com poros para a difuséo do gas, mas para combustiveis sdlidos ou liquidos, nao foi encontrada ainda uma so- lugdo satisfatdria; 0 consumo direto de car- vao, por exemplo, nao € praticdvel no pre- sente. Podera eventualmente, usarse carvao pulverizado, mas até 0 momento no se pode ter uma idéia de como isso poderia ser feito. ‘Muitos pesquisadores percebem melhores van- tagens comerciais em métodos econdmicos de caseificacio, usando-se os gases resultantes, co- mo combustivel Diversos métodos para aumento do rendi- m nto da reacao, vém sendo empregados, com NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1965 diferentes resultados. Os principais métodos, j& mencionados aqui, assim se resumem: (i) Aumento da temperatura e ou pres- so a que se verifica a reago; Ativagdo da superficie dos eletrodos; Substituigéo de reagentes intermedié- rios mais répidos nos eletrodos e re- generacao désses rea entes fora da cé- jula. As exigéncias de alta temperatura, presséo, ete., necessdrias para o aumento do rendimen. to da teacdo, tornam a corrosao dos eletrodos e recipientes, um sério problema, no uso em larga escala de células de combustivel de po- téncia. & bem provavel que sejam desenvolvi- dos materiais especiais, inclusive condutores elétricos de ceramica, para fazer face a ésse problema. Uma célula de combustivel gera corrente continua de baixa tensiéo (geralmente um ou dois volts). Pela ligacéo em série dessas célu- las, pode-se obter centenas de volts; além dis- so, a corrente continua de saida pode ser con vertida em corrente alternada por dispositi- vos eletrénicos adequados. A corrente alterna da é mais conveniente e mais versatil que a corrente continua, mas para certas aplica- des é necessdrio corrente continua e em ou- tras ainda podese usar tanto corrente alter- nada como continua. A industria eletroquimi- ca 6 um exemplo de grande consumidor de corrente continua de baixa tensao. Gi) (ii) Ferramentas JOGO DE MACHOS PARA ROSQUEAR (Fig. 31) Os machos vendem-se geralmente em jogos de trés em caixas de madeira. Se nfo vém acondicionados em caixas de madeira, podem ser conservados em cepos de madeira seme thantes aos usados para as brocas. Um jégo de machos compée-se de trés unidades que, em regra, sio marcadas num dos extremos com um ou mais sulcos. O primeiro macho tem um sulco, o segundo dois, e assim sucessivamente Depois de se ter feito o furo a rosquear apli- cam-se sucessivamente ao furo os machos 1, 2 e 3 do jégo correspondente FIG. 31 Simultaneamente deve lubrificar-se 0 macho com leo fino e de quando em quando desen- Toscé-lo um pouco para que a rosca nao fique esmagada. Os machos finos devem ser trata dos com cuidado por serem frageis DESANDADOR (Fig. 32) Os desandadores ajustaveis so ideais para oficinas de reparagées. Existem no mercado conjuntos completos formados por suportes, tarrachas, machos, desandadores, com os quais se podem rosquear barras metdlicas REBOLO (RODA DE ABRASIVO) £ uma das ferramentas mais importantes para a conservagao de brocas, chaves de fen. da e outras ferramentas. Como geralmente é necessério segurar a ferramenta a afiar com ambas as méos, a solugdo mais pratica é em- pregar um rebélo elétrico O rebélo deve ter 4” a 5” de diametro e cer- ca de 5/8” de espessura. Em pequenas oficinas poderé possivelmente usarse uma furadora elétrica com suporte. A furadora elétrica é adaptada ao suvorte e o rebdlo é colocado na bucha da furadora. OcULOS Ao afiar ferramentas devem proteger-se os olhos contra as particulas de metal e de abra- sivo que se desprendem do rebélo. Para éste fim existem dculos de protecio (se necessé rio & prova de p6) CORTA-ARAMES Em virtude da sua construcio especial con- seguese um grande brago de alavanca (por exemplo, é possivel cortar eixos de potencié metros com esta ferramenta) FORMAO PARA TRABALHOS DE MADEIRA (Fig. 35) ste formao deve sdmente ser utilizado em trabalhos de madeira. Por vézes torna-se ne- cessrio bater 0 forméo com um martelo de madeira. Ao comprar um déstes formées ¢ in- dispensavel ver se éle resiste a éste tratamen- to. Alguns déstes formées tém aros metdlicos que evitam que o cabo se fenda REVISTA ELETRONICA TORNO DE BANCADA, COM MAXILAS DE 4” APROXIMADAMENTE, Este t6rno deveré ser montado na bancada destinada a trabalhos em metais, de preferén- cia sdbre ou na proximidade de uma das per- nas da baneada. Isto garante que ao martelar a peca a trabalhar, présa no térno, o conjunto resista melhor a tal tratamento e esteja me- nos sujeito a vibragées. Para proteger as maxilas do torno (ti- gura 34), ao limar ou serrar, aplicam se duas maxilas suplementares (fig. 34b), feitas de cha- pa de aco ou latéo com cérca de Imm de es pessura. Estas colocam-se sdbre as maxilas do préprio torno (ver fig. 34c). Assim, nao 86 0 torno fica protegido como também a pe- ca a trabalhar nao é danificada pelas maxilas do torno. As superficies de agarramento das maxilas do torno séo muitas vézes estriadas ou provi- das de dentes finos para que a peca fique firme- mente présa. Contudo, se no se utilizarem ma xilas suplementares, 0 denteado penetraré na yeca, deixando marcas. MARTELO DE MADEIRA OU DE BORRACHA (Fig. 25) ‘Usa-se para endireitar chapas finas, para ba- ter em formes, etc. Também existem no m cado martelos com cabeca de resina sintéti- ca em vez de madeira. FIG. 35 PAQUIMETRO (Fig. 36a) Usase para tirar medidas tanto interiores como exteriores em téda a espécie de objetos. Para medir diémetros exteriores, espessuras, comprimentos, etc., coloca-se 0 objeto entre as pontas maiores do paquimetro. Aproximam- se as pontas uma da outra sem contudo morder © objeto (figura 36b). A espessura pode entéo ser lida diretamente sObre a escala. Para me- dir diametros interiores aproximam-se primei- ramente as pontas maiores; em seguida intro- duzem-se as pontas menores no orificio a me- dir e afastam-se o mais possivel. O diametro interior pode agora ser diretamente lido sobre a escala (fig. 36c). A profundidade do orifi. cio é medida com a parte corredica. © método da leitura de escala depreendese dos exemplos dados nas figuras 37 a-d. FIG. 26 NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1965 329 FIG. 3B eC ESQUADRO £& grande a variedade de esquadros — com ou sem cabeca e fixos ou ajustaveis. O tipo fixo com cabega (fig. 38a) é o mais vulgarmen te usado. Algumas vézes a régua é graduada de maneira que o esquadro pode servir como régua. Para se ter a certeza, ao comprar-se um esquadro, de que o seu Angulo é de 90’ exatos procede-se como a seguir se indica: Do- bra-se um pedago de papel em dois, depois vol- ta-se a dobra-lo em dois tendo o cuidado de ve- rificar que os lados a e b coincidam (fig. 39) Ent&o em c tem-se um Angulo reto exato (90°) com o qual se pode comparar o do esquadro. Hé ainda outro método simples (ver figura 40): Colocase primeiramente o esquadro na posicéo b contra um bordo retilineo a de uma mesa e tracase a linha xy. Em seguida inver- tese a posig&o do esquadro (c) e a nova linha x’ y’ deve coincidir com a linha xy. 330 o i RISCADOR (Fig. 41) © riscador é utilizado para riscar linhas sé- bre materiais isolantes como pertinax, trolitul, polistireno, etc. Nunca se deve usar um lapis para tal fim porque os tragos de lapis sfo condutores ( FIG. 41 REVISTA ELETRONICA COMPASSOS DE PONTAS (Fig. 42) Bstes compassos diferem dos compassos vul gares exclusivamente por ambas as pernas possuirem pontas FIG. 42 TESOURA PARA CORTE DE CHAPA (Fig. 43) FIG. 43 SERROTE (Fig. 44) © serrote mais vulgarmente usado nas ofi- cinas é 0 serrote de tamanho médio com den tes grandes nfo alinhados. Este trabalho de desalinhamento dos dentes deve ser muito pre- ciso e feito por um bom profissional. Os den- tes sio dobrados alternadamente a esquerda ¢ para a direita (ver fig. 45). Dizse que o den- teado do serrote est4 correto quando se puder Passar uma agulha de coser vulgar a todo o comprimento pelo meio dos dentes. A folha NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1966 de serrote passara entao livremente através do corte feito na peca a serrar sem ficar presa nem entortar SERRA PARA METAL A custa da porca de orelhas pode darse a folha da serra mais ou menos tensfio. Esta tensao nem deve ser muito grande nem tam- pouco demasiadamente pequena a ponto da folha da serra saltar. A figura 46 mostra em ampliagao o sentido da inclinacéo dos dentes 331 TST ANTR /DUGAO Nos tltimos anos, a técnica da geracio de pulsos sofreu uma evolugdo continua, possibi litando novas conquistas da tecnologia eletré nica nos mais diversos campos de aplicacéo Com 0 projeto de novos circuitos, mais sim- ples e eficientes, as ondas quadradas foram colocadas em um plano superior, pois gerado res compactos puderam ser desenvolvidos pa ra testes em amplificadores de audio e video, transformadores, etc., e para outras aplica. 6es onde seriam mais uteis formas de onda de cardter nfo-senoidal. Igualmente, em cam OTe ae aed FIG. 1 pos de aplicagéo mais complexos, como em computagao eletrénica, onde a onda quadra- da é forma de onda elementar, um gerador de ondas quadradas seria de grande utilidade pa. ta testes em geral, como em circuitos contado- res, circuitos porta, etc. O gerador descrito neste artigo é capaz de fornecer uma ampla taixa de freqiiéncias e amplitude continuamen- te varidveis, com forma de onda de razodvel qualidade. O CIRCUITO — TEORIA DE OPERACAO Os geradores de onda quadrada sao consti tufdos de um certo ntimero de unidades fun- damentais. As caracteristicas globais que se exige do aparelho poderao fazer variar consi- deravelmente estas referidas unidades funda mentais. O gerador descrito pode ser repre- sentado simplificadamente pelo diagrama em blocos apresentado na figura 1, 0 esquema elé. trico completo do mesmo é o que se vé na fi gura 2. O funcionamento de cada etapa é des- crito a seguir. A — UNIDADE DE BASE DE TEMPO A freqtiéncia de repeticéio da onda quadrada € estabelecida pelo circuito de base de tempo. ste circuite é constituido por um multivi- 332 Ta Ce ELT Fernando Villamarim de Sousa brador astavel, acoplado por placa, o qual ¢ formado pelo primeiro duplo triodo da figura 2. © multivibrador astavel, ou de funciona mento livre, no possui condicao de estabili dade, mas sim oscila entre duas condigées se- mi-staveis, cuja duracdo € determinada pe- los elementos RC dos circuitos de acoplamen: to. Considerese 0 circuito convencional de um multivibrador acoplado por placa (V, e V2 na figura 2), no qual ambas as valvulas con- duzem por igual: 0 conjunto esté em equili. brio, porém, trata-se de um equilibrio instavel. Com efeito, suponha-se que um rufdo interno da valvula ocasione um aumento da corrente ae Piet anddica de V,, causando um ligeiro abaixa- mento na tenséo de placa Eb,. O capacitor C; procuraré seguir esta reducio de potencial, fazendo com que a tenséo de grade V: caia li- geiramente. Com isto, a corrente anédica de Vz diminui, aumentando assim a tensao de placa Ebz. Ento, o capacitor Cz: comecaré a carregar através de Re e Re de modo a acompanhar éste aumento de potencial, tornando a grade de V, mais positiva. Isto provoca aumento da corrente de placa de V:, maior negativacio da grade de Vz, menor corrente anddica em Vz, maior positivagao para a grade de Vi, maior corrente anddica em V,; sendo que esta reagio se processa em alta velocidade e s6 vai terminar quando V; estiver saturada e Vs cortada. C: atinge répidamente a tens&o de + B devido ao efeito de diodo do conjunto ca- todo-grade da vélvula Vi. A tensfo de placa em V, é baixa, C; procura atingir éste potencial descarregando através de Ri e Re, estando fa tensfio de grade de V2 bem abaixo do corte. Como R, é elevada, a descarga de C; leva bas- tante tempo. © circuito atingiu uma condi- go de semiestabilidade, durante a qual Vi conduz ao maximo, V: esté em corte e C1, des- carregase através de R: e Re segundo uma curva exponencial cuja constante de tempo ¢ REVISTA ELETRONICA C, UR: + Re). Quando a tensdo negativa di minui-na grade de V: de modo a permitir a circulagaéo de uma pequena correnie por ela, ocorre outra reacdo: V2 conduzindo cai o po- tencial de placa Ebz, queda esta transmitida por ©; & grade de Vi. Reduzse entéo a cor- Tente de placa de V, fazendo com que haja maior positivagao da’ grade de V2, reforgando © aumento da corrente anddica nesta valvula. A realimentag&o terd continuidade e assim V, Passaré para o corte e Vz para a saturacdo Isto representa uma segunda condicao de es- tabilidade incompleta. Assim que a tensio na grade de V; atinge a tensio de corte, ocorre uma nova e rapida transic&o, na qual V, con: duz e V: tora a ficar em corte. Evidentémen- te, 0 funcionamento do circuito consiste em periodos mais ou menos longos durante os quais uma das vlvulas conduz ao maximo e a outra esté em corte, seguidos por transi¢des quase instantdneas apés as quais a valvula originalmente em corte passa a conduzir, e vi ce versa As tensdes de placa em ambas-as val- vulas resultam em ondas quadradas Dentre as caracteristicas relativas aos circui- tos destinados & geraco de ondas quadradas, as mais importantes sio: 1 — freatiéncia de repeticao 2 — estabilidade de freqiéncia 3 — valores m4ximos e minimos do ciclo de funcionamento. A.1 — FREQUENCIA DE REPETICAO Para que o gerador possa atender as mais diversas aplicagdes, deve o multivibrador as- tavel disp6r de meios para trabalhar em uma 2mpla gama de freqiiéncias. O periodo de ca da ciclo da onda quadrada gerada é determi- nado por um valor de capacitancia, o qual selecionado por meio de uma chave seletora S; no circuito da figura 2, segundo a progres- NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1966 so 1, 3, 10 ou outras. Por exemplo, com a chave Si na primeira posicao, conectase Ci C a0 circuito, o que permite a escolha da mais baixa faixa de operacaéo. Esta capacida- de, em conjunto com um contrdéle de ajuste fino realizado pelo potenciémetro Ri, que possi- bilita a variagdo continua em uma gama de freqiiéncias em térno daquela selecionada pe- la chave, proporcionara a constante de tempo necessaria para as oscilagdes do multivibra- dor nas freqiiéncias mais baixas do gerador. O calculo da faixa de freqiiéncia pode ser fei- to de modo simples com alguma aproximacao. Exemplificagio para a 1* faixa: 1 Aplicase a formula F= , onde Ré 2RC dado em Ohms e C em Farads. Temos R mi- nime = 100 KO @ méxima = 600 KO —> Ri + Para um valor de C igual a .033 uP 1 = F min = ————— = ——_——___ » 25 Hz 2x33x6xl0—4 396 x 10-4 1 1 Pmax = ———___ = —_____ 2 x33x10—4 66x10—4 a. = — x 1H = 151 Hz 66 Notese que se deve usar um capacitor que Possa proporcionar certa coeréncia com o va lor de R para a faixa de freqtiéncias desejada e que ainda possa ser encontrado com facili- Gade. Com isto, conseguimos limites definidos 333 para as faixas de operagao do gerador. Para as demais faixas, a determinacao das freqiién- cias limites e dos valores de C corresponden- tes foi realizada de modo idéntico ao da pri- meira faixa, de maneira que: 22 faixa: © = .01 uF; Fmaéx = 500 Hz e Fmin = 83 Hz 34 faixa: C= .003 pF; Fmax = 1600 Hz e Fmin 280 Hz 48 faixa: C = 500 pF; Fmax = 10 KHz e Fmin 54 faixa: C = 100 pF; Fmax = 50 KHz e Fmin 8300 Hz 1650 Hz Deve se aqui fazer uma ressalva: estas fre- qgiiéncias nfo correspondem exatamente as en- contradas na pratica, como sera posteriormen- te analisado A.2 — ESTABILIDADE DE FREQUENCIA Uma das mais importantes consideragées de projeto ¢ aquela que se refere & estabilidade, a fim de possibilitar a geraco de freqiéncias bastante elevadas. O multivibrador do gerador apresentado nfo tem tendéncias & instabili. dade, pois esta trabalhando folgadamente ¢ com ‘resistores de grade relativamente eleva- dos. No entanto, flutuagées da tens&o de ali- mentagéo poderdo provocar variagées de fre- qiéncia, j4 que esta depende, de certo mo- do, desta tenso. A instabilidade que ocorre em geradores de ondas quadradas é, na maio- tia dos casos, devida & modulacao pela fre qiiéncia da réde. No circuito apresentado, ela é praticamente inexistente. A.3— VALORES MAXIMOS E MINIMOS DO CICLO DE FUNCIONAMENTO Os valores méximos e minimos do ciclo de funcionamento irdo depender de varios faté- res, como instabilidade de freatiéncia, o pro- prio projeto dos circuitos, das valvulas em. pregadas, etc. Déstes trés fatores mais impor- tantes, 0 projeto dos circuitos é 0 mais in- fluente, pois faré com que nfo haja distor¢éo em baixa ou em alta freqiéncia, e mais ainda determinaré o grau de estabilidade do sistema. B — A UNIDADE CONFORMADORA A onda quadrada produzida por um multivi brador astavel nao pede ser usada diretamen- te para testes, pois apresenta distorcées con- sideraveis. Podese entretanto, elaborar um circuito mais completo, dotado de alguns re- cursos n4o-comuns, na tentativa de obter me thor qualidade da onda quadrada erada_ Ts- to, no entanto, imnlica na utilizacio de con tréles adicionais desnecessérios. Quando se tem que variar a freaiiéncia do multivibrador de modo continuo e em uma ampla faixa, 0 ajuste dinamico do circuito é quase impossi- vel. A solugao encontrada é a de utilizar 334 uma unidade conformadora de pulsos como estégio seguinte ao multivibrador. Isto apre- senta a vantagem de nao se ter que preocupar demasiado com a forma de onda na saida do multivibrador, que passa a ser usado mera mente como gatilho. A unidade conformado- ra utiliza 0 conhecido circuito denominado “Disparador Schmitt” (Schmitt Trigger). £ um circuito capaz de transformar em pulsos quadrados qualquer sinal de entrada cuja am. plitude seja suficiente para dispardlo. Fun- ciona na base do “tudo ou nada”, disparando a partir de certo nivel de sinal de entrada ou no disparando, e é por isto que independe da forma de onda do sinal de gatilho. O “dis. parador Schmitt” é, basicamente uma modi- Hicagéo do multivibrador moncestavel acopla. do pelo catodo, e no circuito apresentado a largura do pulso de saida é regulada por meio do potenciémetro Rs na figura 2. A duragao cu largura do pulso de saida dependera da amplitude do pulso de entrada. A acio do circuito é um resultado de mudancas de niveis de C.C. e 0 circuito nao tem condicées para ser auto-oscilante, pois nao tem constantes de tempo préprias. Supondo que nao haja exci- tag&o, 0 triodo de entrada Vs, estaré normal. mente conduzindo e o triodo de saida V; es- taré normalmente em corte. Quando um sinal de entrada negativo é aplicado a grade de Vs, a corrente de placa comeca a diminuir, au- mentando portanto, a tensao de vlaca_ Devi do ao divisor de ‘tensio proporcionado por Ru e Ris, éste aumento na tensao de placa tam: bém provoca o aumento da tenséo de grade de V; e comeca a levar esta valvula para fo- ra de sua condic&o de corte. To logo Vi pas se a conduzir, sua corrente de placa aumenta a tenso através do resistor de catodo comum Riz. O aumento da tensao de catodo decresce a corrente de placa de V3 ainda mais, até que Vs atinja 0 corte e Vs a saturacéo O circuito nermanece nesta condicfo até que a tenséo de entrada na grade de Vs retorne novamen- te a um valor positivo de modo a vermitir que Vs comece a conduzir e V, entre em corte. Pelo descrito nota-se que um disparo com onda senoidal produziré ondas quadradas na placa de Vs. A poredo negativa da onda qua. drada se refere a quando V; esté conduzindo e a porcdo positiva a quando Vi esta cortada Caracteristicas principais que deve possuir a unidade conformadora: a — tempo de subida e descida minimos b — distorgaio da onda quadrada reduzida c — razodvel campo de regulacdo da largu- ra da onda quadrada B.1— TEMPO DE SUBIDA E DESCIDA Para que a onda quadrada seja de boa qua- lidade, 0 “Schmitt Trigger” deve possuir tem. pos de subida e descida bem pequenos. Isto pode ser conseguido com relativa facilidade, usando-se por exemplo choques de R.F., inse- ridos em série com os resistores de carga de REVISTA ELETRONICA ‘Vs e Vs os quais diminuem o tempo de subida e descida da onda quadrada, principalmente nas freqiiéncias mais elevadas B.2 — DISTORCAO DA ONDA QUADRADA ® a consideragéo mais importante no que se refere & unidade conformadora. O circui to conformador do projeto deve ser de faixa larga, cobrindo uma faixa de freaiéncias que vai até 1 MHz. Mas a tendéncia do dispara- dor é ser nao linear nas freaiiéncias mais bai- xas, introduzindo assim distorcio no tépo da onda quadrada nas freqliéncias mais baixas das duas primeiras faixas. Nas freqtiéncias al tas, a resposta pode ser considerada como sendo muito boa B.3 — CAMPO DE REGULACAO DA LAR GURA DA ONDA QUADRADA A largura pode normalmente ser variada dentro de uma ampla faixa de valores; inte- ressanos obter um ponto intermediario para tOdas as faixas de cperagéo. No disparador Schmitt utilizado, a largura maxima ¢ limita- da pela amplitude da saida do multivibrador astavel, como jé foi mencionado, e pode ser ajustada por Re. Uma importante consideracao relativa ao projeto é a que diz respeito aos diversos con- troles, os quais deverdo ter a menor interacéo possivel. Por exemplo, a variacao da largura do pulso, conseguida pelo ajuste do respectivo contréle, ndo deve influenciar na amplitude, na freqiiéncia de repeticao. na forma de on. da, ou qualquer outra caracteristica da onda quadrada. No aparelho construfdo isso nao foi notado em nenhuma das faixas C — A UNIDADE DE SAfDA estagio de saida do gerador de ondas qua- dradas é dimensionado de modo a apresentat uma determinada impedancia de saida, du- rante o funcionamento. Esta impedancia de ve ter um valor independente de variagées da freqiiéncia e, se possivel, da amplitude da on- da quadrada. Ao mesmo tempo, o estégio nao deve introduzir distorodes na onda aplicada em sua entrada. Como no gerador apresen- tado o contréle da amplitude da onda qua drada se encontra na unidade de saida cons- tituida por um seguidor de catodo cuja impe- aancia 6 da ordem de 250 Q, aproximadamen- te, quando fér variada a amplitude da onda seré também alterada a impedancia caracte- ristica do gerador. Mas isto nfo chega a se constituir em um problema sério. A safda do seguidor de catodo é acoplada diretamente & carga. AJUSTES A — A UNIDADE DE BASE DE TEMPO © ajuste desta unidade é realizado no senti do de proporcionar um ponto de operagao NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1965 adequado para as duas vélvulas Vie V2. Nao se constitui em uma preocupacao o ajuste di namico do circuito, pois a forma de onda de- ve ter apenas a amplitude adequada para disparar a unidade conformadora. As condi- ges de operacdo desta unidade sao as seguin tes: Consumo total para a condicéo estética: lama Consumo total para a condigio de oscilacéo 12 mA ‘Tensdes anotadas em oscilacéo: placa de Vi = 88 Ve placa de V: = 90 V Foi verificado no entanto que a amplitude do pulso de saida do multivibrador era muito elevada para disparar a unidade conformado- ta. Isto foi comprovado quando da aplicacao dos pulsos ao “disparador Schmitt”: éste apre- sentava uma falha na simetria da onda con: formada. Para limitar a amplitude de saida da onda quadrada formada pelo multivibrador, usou-se um resistor de 15 kQ, 2 W em série com a tenséo de alimentacio e os resistores de carga de Vi e V2. Observouse uma melhor linearidade da onda de saida do disparador ¢ © controle de simetria do mesmo passou a ter _atuacdo normal Tentou se adotar um tinico potenciémetro, simples, para 0 contréle fixo da freaiiéncia do muitivibrador. No entanto os resultados observados foram negativos devido a uma rea- limentac&o pelo circuito de grade que ocorria tornando a saida do multivibrador instavel Para se conhecer a freqiiéncia real de osci- jag&o do multivibrador, adotou-se o arranjo da figura 3. Com auxilio de um osciloscépio e de um gerador de Audio pode ser feita uma comparacao visual entre a senoide fornecida pelo gerador de audio e a onda quadrada for- necida pelo nosso gerador, o que permitiu de- terminar exatamente a freqiiéncia de repeti- co da mesma. Notou-se uma discrepancia razoavel entre o valor encontrado e a freqiién- cia calculada anteriorment . Quando a fre- aiiéncia do gerador de audio era idéntica 4 do aparelho descrito, na tela do osciloscénio ana- recia a forma de onda que se vé na figura 5. Exemplo do érro encontrado: na primeira fi xa, a freqiiéncia de repeticao mais elevada calculada era de 151 Hz; a freatiéncia real medida foi de 80 Hz. A frequéncia mais baixa da primeira faixa foi de, aproximadamente, 10 Hz. Para as demais faixas, obteve se: 35, 40 Hz 135 Hz 800 Hz descrito é a que se vé na figura 4 FIG. 4 B — A _UNIDADE CONFORMADORA E O SEGUIDOR DE CATODO Tédas as formas de onda da safda do dis- Parador apresentavam boa simetria e lineari. dade, com excecéo das freqiiéncias mais bai xas das duas primeiras faixas pard as quais se obteve 0 que nos mostra a figura 11 ‘A amplitude do sinal de saida do dispara. dor foi variada alterandose o valor da resis- téncia de catodo do mesmo. Escolheuse um valor de modo a fazer com que a corrente enddica de cada vélvula tivesse um valor tal que nao as obrigasse a trabalhar em um regi- me muito forcado. O ajuste da forma de on- da pode ser obtido pela variagao do trimmer C; na figura 2. Por exemplo, para um trim. mer com capacidade insuficiente, a saida se apresentava como se vé na figura’6 e com ca- pacidade adequada, como na figura 7. Pro- curouse melhorar ‘a resposta do disparador em baixas freqiiéncias pela colocagao de cho- ques em série com os resistores de carga de ‘Vs e Vs. Isto resultou em melhoria para todas as faixas quanto a simetria e para as faixas mais baixas em maior linearidade As condicdes de operagao do disparador sao as seguintes: FIGS Corrente total consumida em estado estati- co: 144 mA Corrente total consumida com excitagao: 15 mA Tensdes anotadas sem excitagao: tenso de catodo: 100 V tensao de placa de Vs: 275 V tensfio de placa de Vi: 293 V B.1 — O SEGUIDOR DE CATODO Esta unidade de saida esta operando nas seguintes condicées : ‘Tens&o de placa: 300 V, para tensdo de ca- todo igual a 4 V. Tensao de catodo: varia entre 0 e 4 V, de- pendendo da posic&éo do contréle de amplitu- de_da onda de saida. Corrente total consumida: 5 mA, com ten- so de catodo igual a 0 V Cou auxilio de um osciloscépio, mediu se como sendo 12 Vep a amplitude maxima da onda quadrada de saida do gerador Os capacitores de acoplamento entre os va- rios estagios sao de valéres elevados, para im- pedir que a onda auadrada seja transmitida do disparador Schmitt para o seguidor de ca todo, por exemplo, com distorcdes. Obteve-se assim uma pequena margem de seguranca MCNTAGEM © aparelho em questio, néo oferece dificul- dades quanto sua montagem, pois é relati vamente simples. Devese dispensar maior atencéo na montagem da chave de onda, que deve ser feita com ligncdes curtas. nara evi- tar possiveis causas de instabilidade. Esta chave deve ser Iocalizada bem préximo do mul tivibrador astavel O contrle de larzura do disparador Schmitt néo necessita se locali- zar na parte frontal do aparelho, j4 que o LE OL 6 FIG. 7 Pr 336 FIG.9 FIG.IC REVISTA ELETRONIGA FIG. ajuste € apenas um para tOdas as faixas. O mesmo ocorre com o controle da forma de onda. Os demais contréles poderao ser loca- lizados na parte frontal. Para facilitar o ajus. te do aparelho, devese adotar pontos fixos em cada unidade, para leituras de corrente. Os choques utilizados no disparador sao fei- tos de fio 30 enrolado em um resistor de 1 W comum APLICACGOES Um gerador de ondas quadradas encontra imtimeras aplicagdes em laboratérios. Como exemplo, vamos considerar um teste de um amplificador de audio. Se a saida do gerador for injetada em um amplificador, a forma de cnda de saida, observada em um osciloscépio, nos daré uma apreciacio do estado geral do amplificador. Assim sendo, se se injetar uma onda quadrada como a representada na figu ra 8, de 100 Hze na saida do amplificador apa recer a mesma forma de onda, o aparelho sob teste tem boa resposta de freqiiéncias baixas Mas se a onda quadrada for a que se vé na figura 9. o amplificador teré resposta pobre para as freqiiéncias baixas. Se em um amplifi- cador é injetada uma onda igual & da figura 8, de 20 KHz, e na saida do mesmo a onda cor responder & da figura 10, a resposta de alta freqiiéncia do aparetho sera pobre. Existem ainda outras aplicagdes, como, por exemplo. 0 teste do amplificador vertical d2 uum osciloscépio. Também podemos utilizé-lo em circuitos de computacéo, para formacéo de pulsos curtos e definidos, ands a diferen- ciagéo da onda quadrada. Tgualmente pode. riam ser realizados varios testes com circui- tos porta “NOVEMBRO/DEZEMBRO — 1965 LISTA DE MATERIAL Resisténcias em Q, de carvo, 10% de tole: rancia. Ri, Re =500 K—pot linear du. plo Ra 100 K Ry 20K Rs 100 K Re 15K Rr 20K Re = 100 K pot linear Ro 41K Rw 100 K Ru 4170 K Ru 10 K Ru 220K Ru 33 K Ris = 100K Rw = 47K Ru 8M Rw 500 Q pot linear G, 033 uF Poliester C3, G 01 uF 2 Cs, Co 003 yF 2 Gr, Ge 500 pF ceramico CG, Co = 100 pF 7 Cu = 16 yF—300 V eletrolitico Ca =.1 uF poliester Ca 10 pF ceramico Cu = 3—30 pF trimmer Cs =.1 uF L,, le = choques de radio fre- qiiéncia fio de cobre esmaltado 030 mm, enrolado em um resistor de 1 W Vi, Ve ECC 82 — 12AU7 Vs 6AU6 — EF 94 Vs EZ 90 — 6X4 T = transformador WK — 7037 Willison Th hoque 80 mA Si chave liga-desliga S: = chave 5 posi¢des — 4 polos. 337 ESTEREOFONIA @ AMPLIFICADORES ESTEREOFONICOS CApsulas reprodutoras para discos estereo- tOnicos, assim como cabecas reprodutoras de gravadores de fita estereofénicos fornecem uma saida com dois sinais, os quais devem ser amplificados e elaborados de maneira idén- tica, embora de forma completamente inde pendente A igualdade dos dois canais de amplifica- go exige evidentemente curvas de resposta idénticas e contrdles que nao difiram muito entre si. Esses amplificadores geralmente sao construidos sébre um mesmo chassi (embo- ra haja quem os prefira construir em chassis separados) usando uma s6 fonte de alimen- tag&o e contréles acoplados mecanicamente. A diferenca de preco que se obtém, em com- paragao & construgéo de dois amplificadores completamente independentes é de cérca de 30%, no entanto seria bastante conveniente se se pudesse reduzir 0 preco de um amplifica dor estereofonico a aproximadamente 1,2 a 1,5 vézes 0 prego de um amplificador simples. Eis algumas consideracdes que nos permitem aproximarmos désse objetivo: a. Reduzir a poténcia de saida de cada ca- nal na relacdo de 0,6 para 1. A poténcia total do equipamento estereofonico comparada com a de um equipamento monofénico sera entéo 1,2. vézes maior. Esta economia de poténcia, justificada pela pratica e que nao é prejudicial & qualidade da reproducdo, permitiré baixar 0s custos dos estdgios finais e da fonte de ali- mentacéo b. A partir de uma certa poténcia impoe se Praticamente a utilizagdo de duas valvulas no estagio de saida. Recomendase ento, desde que observadas as especificacées de distorcio minima, a utilizagdo de estagios econdmicos eo ponto de vista de consumo, como por exem- plo, classe B. Existindo uma menor dissipa- 338 go podemos inclusive conseguir uma monta- gem bem compacta c. Se se dispde de alto-falantes de alta im- pedancia, pode-se projetar estégios de saida sem transformador, o que permite uma econo- mia razoavel sem prejufzo da qualidade de reproducao. d. A utilizaciio de diodos semicondutores simplifica 0 projeto da fonte de alimentacao CONTROLES Os contrdles usados em estereofonia sio aqueles ja conhecidos de instalacées de alta fidelidade. files sio acoplados mecanicamen- te, 0 que nao apresenta muitos problemas, ou entio s&o usados potenciémetros duplos. A tinica exigéncia neste ultimo caso é a de que a curva de variacio dos dois elementos que compéem o potenciémetro seja sensivelmente igual a fim de garantir em cada posicio do cursor curvas de resposta em freqiiéncia e am plificagdes idénticas A. CONTROLE DE INTENSIDADE SONORA, Ble serve para controlar o eanho, de acér- do com a curva fisiolégica de Fletcher e Mun: son gue representa a sensacdo em intensidade (sensibilidade do ouvido) aue se tem quando se ouve um som de um certo nivel de inten sidade a uma freqiéncia determinada B. CONTROLE DE VOLUME Por meio désse contréle, independentemen- te da freqiiéncia, determina-se o nivel de au digo em fungio do sinal de entrada C. CONTROLE DE AGUDOS Permite controlar as freqiiéncias altas, por exemplo, acima de 1000 Hz REVISTA ELETRONICA D. CONTROLE DE BAIXOS Controla as freqiiéncias abaixo de 1.000 Hz. (Bsses dois controles permitem geralmente uma variacao da ordem de + 15 dB respectiva mente em 10.000 Hz e em 50 Hz) E. SELETOR DE ENTRADA Permite a seleco entre varias entradas: to- ca-discos, gravador, microfone, etc. Freqtiente- mente o seletor nos permite também escolher entre circuitos que possibilitam a equalizacéo da curva de resposta em funcéo do sinal de entrada (curva de gravacio do disco) F. FILTRO DE RUMBLE £ um pequeno interruptor que possibilita a introducao no circuito de um filtro especial que corta uma parte das freqiiéncias baixas impe- dindo a influéncia do rufdo mecdnico do to- ca-discos sobre a reproducio. Podemos ainda ter em equipamentos de luxo, alguns outros contréles como por exemplo: filtro de rufdo de agulha ou um contréle de “ambiente” que introduz um circuito que acentua a parte alta das freqiiéncias médias. Além désses contréles, 0 equipamento de ver& conter outros suplementares, indispensé- veis & estereofonia. G. CONTROLE DE EQUILIBRIO Permite retocar o equilfbrio entre os canais de amplificagéo, desde que porventura haja uma certa diferenca entre éles H. SELETOR DE SISTEMA Como geralmente deveremos utilizar 0 equi. pamento estereof6nico também para reprodu- fio de gravagSes monofOnicas é necessario pro- vero mesmo de um controle que possibilite isso. Vamos citar aqui uma das combinagées possi- veis désse contréle: 1. mono: As duas safdas do elemento de leitura sfo colocadas em paralelo, o que permite uma

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