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VOLUME VII NUMERO 37 JANEIRO ‘Tn FEVEREIRO 1970 oo A. Miche , A. Fant SUMARIO Cray F. Chermant setiem wh ors CIRCUITO DE TEMPO PARA RELE 37 CIRCUITOS DE DEFLEXAO VERTICAL 15 ee a Engs Nes M. Covet ACABE COM A MICROFONIA 20 T. Hajnat © OSCILOSCOPIO 23 Pate DEMODULADORES DE FM 29 comm Sr PORTEIRO ELETRONICO COM CI 35 At) De Comas A VALVULA DE REATANCIA 42 eat cs © DIODO, O TIRISTOR E OS SINAIS DE Fotolabor TRANSITO 44 Escolas Profissionais OFICINA 49 Salesianas CONSELHEIRO TECNICO 52 R. da Modca, 766 LIVROS 54 Sio Paulo ran NOTICIAS DO MUNDO 58 rer Femando Chinagla TESTE 60 Distribuidora S.A R, Teodoro da Silva, 907 CAPA — Nos instolocées industricis de grande responsobi Rio de Janeito lidade & imprescindivel o concursa dos raios-X indusiviais co Ie mo pademos ver no caso da usina ilustrada em nosso capa @ editéres ETEGIL Foto cortesia Inbelio Editira Téenieo-Gritioa Industrial Lida Pro) EIS R. Sta, Hfigénia, 180 (+ artigos assinados 50. de exchaiva responsabilidade de seus autores Tel. 34-3101 vecada a reprodugio dos textos @ dos ilustragées publicados nesta revista, telvo mediante autorizaeSo. por eserto da. redordo. C. P, 30.869 oo red ‘Sao Paulo - Brasil 8 Frees also « mimeo asad; NCIS 2.20: ASSINATURA 1 ANO: rel ra CxS 1100, aera registra, NCtS 14.50, ASSINATURA 2 ANOS: rgitata tog soc acrea rogiatrada NCr$ 27.00; ASSINATURA 3 ANOS: registrada, $28.00; aurea rgittad, NorS. 36.00. a ‘ cinauras ‘Voverso ser enviadas para ETEGIL - C. P, 90.869 - SP. titzendo'©cupom do asintua pubiado va ima pagina. a putadores analogicos B digitais com computa analogicos .e digitais _STesiw (meron reenco-cntnca mousrmas1a4, Uma obra essencialmente didética, ptincipalmente para proporcionar ao leitor médio as boses que necessita para poder penetrar mais a fundo no estudo da ope- ragéo e da dindmica dos computadores. © texto se acha dividido em trés par- tes: delineam-se na primeira, as nocées preliminares sébre a mecanizagéo do cél- culo e as generalidades acérca do cémputo onalégico e digital A segunda e a terceira partes so con- sagradas respectivamente, ao estudo dos computadores analégicos e digitais. Pro- cura-se em cada capitulo, partir dos con ceitos mais simples e chegar aos mais complexos, conduzindo-se 0 leitor por um ccminho que the seja sempre acessivel Capitulos: 1.° — Generalidades sébre cémputo analégico e digital; 2.° — Elementos ope- racionais passives e ativos; 3.° — Servo-operadores; 4.° — Geradores de funcdo; 5.° — Dinémica do computador andlégico; 6° — Organizacéo geral dos computadores onolé- sgicos; 7.° — Reviséo e sumério da 2.° parte (Computadores Anolégicos); 8.° — Introducéo 00 cémputo digital; 9.° — Dinémica do cémputo digital; 10° — Cédigos binérios; 11.2 — Nogdes de digebra légica 12.° — Circuitos bésicos para o cémputo digital; 13. — Contadores e registros; 14.° — A unidode aritmético; 15.° — A unidode de memério; 16° — As unidedes de contréle, entrada e solide; 17.° — Organizacéo geral dos computadores; 18.° — Técnicas especiais e correlates: Apéndices: 1 — A transformogéo de Loplace; 2 — Bose ideal dos sistemas de numeragao dos computadores digitais; 3° — Repertério de instrugdo do computador experimental "Lisa"; 4 — Relagdo dos micro-operagées do mesmo computador; 5 — Vocabulério In- glés-Portugués da tecnologia dos comoutadores Celso M. P. Serra — Computadores onalégicos e digitais — 412 + XVI pagi- nas — 225 ilustracdes — 16 x 23 cm — brochura — capa plastificada — 1.° edi — 1970 NCrS 32,00 A VENDA EM TODAS AS BOAS LIVRARIAS DO BRASIL Coso néo encontre 0 livro em sua li- vraria, pega @ ETEGIL. Sem qualquer des- pesa adicional, atendemos 0 pedido que vier acompanhado de cheque pagdvel em Séo Paulo, ou Vale Postal. Também atendemos pelo Reembolso Postal, com despesas por conta de com- prador. ETEGIL EDITORA TECNICO-GRAFICA INDUSTRIAL LTDA. nia, 180 — Cx. Postol 30.869 |. Tel. “GRAFTRON” dores 90) 10.9) ney 129) 139) 149) 139) OFONOGR J PO fant se clmentaraer 6, pitas, de lanterns 5 Volt ou 110-220 Volts da. re0e Stetrco, Huronde cutemitica de pina para tur (ou ge" luz para. pilha) Soman vor anal | ESmrime “Potencle Se sda maximo: 200 ma. 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PAULO 3 coma ovem ECAR’ USANDO EM 1001 ATIVIDADES MEGAFONE portatil -uma sé peca transistorizado FALE MAIS ALTO f can oxcursseusiatiamo e-em férias e exposicdes | enas torcidas esportivas } | © nos estacionamentos e / estagdes rodoviarias “e nos comicios e concentracées © em grandes obras e construcées ENFIM... em topo Lucar ONDE SUA VOZ DEVA SER OUVIDA E ENTENDIDA POR MUITOS Este produto foi aprovado @ usado pela MARINHA DE GUERRA BRASILEIRA sendo desenhado pelo maior fabricante de equipamentos sonoros do Pais. Fabricado e garantido por DELTA S.A. wwo.com ve apartitos ELETRONICOS (CAIXA POSTAL 2520 SP) Ha 25 anos fabricando o melhor em eletronical 37 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 FACA VOCE MESMO o Aeuw IMPRESSO £m JSminutos © Laboratério para Circuitos Impres- sos produzido pela PROCIEL contém: DAQUI PR‘A FRENTE, NINGUEM PROGREDIRA EM ELETRONICA Cie E SEM OS MODERNOS CIRCUITOS IMPRESSOS é revista. ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 ! 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P. 2 — SAO PAULO 12 37 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 CIRCUITO DE TEMPO Vocé que € amador em foto- grafiae possui talvez um mo- desto laboratério para suas reve- lagdes, sem divida jé encontrou problemas quanto & contagem de tempo de exposicéo. De pos: se déste artigo vocé poder construir © seu circuito de tem- po sem complicagdes e obterd fotos de categoria. profissional. sce instrumento aqui _apre- sentado tem um vasto niimero de aplicagdes. Em tédas as si- tuagdes onde’ se exija contrile de ‘tempo éle € indispensivel Por exemplo, nas mAquinas. qu executam a '“soldagem” de f6- Ihas de plistico € basico o ins- tante em que elas devem ser des- HO revista. ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 ligadas. Em laborat6rio de teste de sobretenso em capacitores de capital importancia. Etc. Neste circuito os transistores substitufram as valvulas; a pre- cisio € igual ou melhor que 5% desde que se usem os resistores (de Ry a Rw de + 5% de tole- fincia. O controle de tempo é continuo e permite a escolha desde 1 até 111 segundos. FUNCIONAMENTO Na fig 1 esta esquematizada a unidade de comutagio. No co- letor de T; temos o relé R, que, centre outros, comanda quatro para veld contatos Ry (da fig. 2) Ray Re © Ry Na pos relé esté. abert apesar do seu estar aberto (pois Ru ¢ a chave de partida esto abertos), tem sua base em conducio devido a Ry estar conectada a0 —12V. Quando o botio de partida é premido imediatamente T; entra em condugdo, energizando o relé R, que assim comuta todos os seus contatos. Désse mado po- de-se deixar livre 0 botlio de Partida pois Rw jé est fechado. Ry uma vez” fechado permite que a limpada L, (fig. 2) se acenda, indicando que o sistema esté todo ligado. Ainda, quando © relé cola R,; se fecha'e Ry se 12 +208 +005 3 55 - rs oe & Fy of ~ : Le FIG. 2 abre; devido a isso C; comeca se carregar via resistores em série pré-ajustados, Quando a tensdo através de C, atinge apro- ximadamente 80, a lampada neon V; entra em’ disparo e 0 capacitor C; se desearrega até & tensio de extingio do neon (eérea_ de 60). Esta brusca queda de tensio di origem a tum pulso negativo que € acopla- do & base de T, (até entio cor- tado), através de Ci. Ts, que funciona como amplificador do pulso, passa a conduzir, levando a base T; a praticamente 0V, 0 que o corta, Désse modo a cor- remte através de T; diminui ra damente € 0 relé descola. Para proteger 0 transistor T; contra 0 pico de tensiio desen- volvido pelo relé (devido a indu- tincia de dispersio da sua bol na) € usado o diodo D; em paralelo com R, para amortecer © pico. Rx, limita 0 pico de cor- rele que atravessa 0 diodo nesse instante. Devido a liberagio do relé, Ry € aberto pondo o relé fora de atuagio até que 0 botio de partida seja novamente aciona. do. A abertura de Ry apaga a limpada Ls Cs passa’a se des- carregar por Ry, ja que Ry voltou & po: ‘ou seja, fecha- do. Por sua vez Ry ao se abrir corta a tensio para unidade de comutacio. Pela chave $; podemos esco- Iher 0 tempo que queremos con- trolar, dando 0 ajuste fino no potenciémetro Ry que preenche © intervalo entre uma posi¢io e outra da chave S,. 14 FONTE A tensio regulada é de 150V e € obtida por meio de um esta- bilizador com a vilvula 150 B2 (figura. 1). © secundirio do transformador deve ter, além do enrolamento para 250V (CA), também um outro. para 12V (CA) ou dois enrolamentos de 6,3 Vex conectados em série. Esta tensio se faz necessiria para prover alimentago dos. transi ores. Poderia ser usado um pe- queno transformador para. fila- mento sdmente; neste caso, entdo, a alta tensio seria tomada diretamente da réde adotando-se relificagdo de meia onda se a réde fOr de 220V ou dobrador de meia onda para réde 110V. Contudo em ambas_ as situagées 0 chassis perderia i ago com a réde, 0 que nao traria_maiores implicagdes. Po- deria ser aproveitado um désses transformadores de rédio Av: vula ja fora de uso: éles geral- mente tem secundrio para 2x 250 V ¢ 2x63 V. Se a preciso for um fator de pouca importincia, a valvula estabilizadora V, pode ser subs- titufda por um resistor de valor tal que a tensio através déle seja 150 V. Para_evitar a sobrecarga do diodo D:, quando o instrumento estabelece a comutagio, & usa do o resistor Ry em série. ‘A chave S, apenas liga o si tema todo réde, mantendo-o em “stand-by”, isto é, pronto para a partida. ‘A chave S, liga a Timpada & rede, independente- mente do funcionamento do cuito C; e R; amortecem os tran- sistérios provenientes das comu- tagdes (ver Rev. Eletronica n° 33, pag. 183). O restante da fon- te '€ convencional. CONSTRUCAO ‘A disposigéo dos componentes nio é critica de modo que cada um pode adotar a solucdo que melhor the aprouver. E reco. mendével, contudo, montar a Limpada neon préxima a vélvula estabilizadora, pois a tensio de disparo de V; depende ligeira- mente do nivel de luz em que a Vs se encontra. A_luminosidade introduzida pela 150 B2 diminui as diferengas de iluminagio am- biemte sobre a V; ¢ désse_mo- do teremos um disparo. garan- tido e tensio de descarga bem ‘mais constantes, 0 que melhora bastante a precisio. OBSERVACOES sa0 de C, e de C, so de primei fincia. Estes devem ser lade, porque es capacitores alteram em muito as constantes de tem- po, resultando em érros aprecié- eis principalmente para os tem- pos maiores. Os de poliester ¢ polistireno recentemente adquiri- dos sio convenientes para éste instrument. Os problemas de fuga so de tal ordem que a chave S, deve ser cerimica. — A tolerincia_ na tensio de descarga das limpadas neon Produto déles, isto é, Cr Re dé 1 segundo. Além disso 0 va- or de C, deve ser determinado experimentalmente, uma vez que éle depende do ganho de Ti 0 valor aproximado de C, é0,1 uF. 3. — Caso se use um relé com corrente de excitagio maior que 70mA € necessirio usar 0 AC 128 com aleta para que a dissipagio no seja ultrapassada (Goat, na pas. 68) 37 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 | I hl | Nos antigos receptores de televisio eram usadas geralmente 3 vilvulas no circuito de deflexdo vertical, entre as 30 a 32 vélvulas totais do receptor. Gragas & evolucéo das valvulas modernas, os receptores atuais usam uma s6 vélvula no circuito d= deflexdo ver- tical; mesmo em receptores de alta qualidade raramente acharemos duas vilvulas neste © cireuito de deflexio vertical constituide por um triodo, atuando como oscilador de bloqueio, e um pentodo como valvula de safda ja € pouco usado hoje em dia. Atual- ‘mente € muito empregado o sistema com um triodo"e um pentodo de safda, a(uando como multivibrador através de um elo de realimentagio, Usando uma vilvuia -triodo- -Pentodo projetada especialmente para éste fim, consegue-se um funcionamento perfeito com uma nica vilvula, resultando ainda maior economia de material e espago. Para exemplificar as possibilidades que apresentam as vilvulas modernas nos sistemas de deflexio vertical, daremos a seguir cinco circuitos de aplicagdo, todos éles baseados no uso da vilvula ECL 85. © primeiro circuito apresentado, Fig. 1, € 0 de estigio de deflexio vertical, do tipo convencional, usando uma s6 véivula funcionando como multivibrador acoplado pela placa. © segundo circuito emprega sdmente uma ECL8S utilizando 0 triedo como oscilador de bloqueio, obtendo-se, assim, grande estabilidade de funcionamento, além de facilidade de execugio (fig. 2). 0 terceiro é um circuito muito comum na Inglaterra ¢ se encontra na Fig. 3. Consta de um multivibrador acoplado pelo catodo, tendo 0 pentodo da ECL8S como valvula de saida, Além déstes circuitos, apresentamos mais dois outros com caracterfs 6 especiais: © circuito da Fig. 4 € um circuito de deflexiio vertical para aparelhos de alta qualidade, que permite obter Gtimos resultados mesmo em mas condicdes de recepcao, ‘mantendo constante altura e linearidade da imagem, apesar das variagdes da tensio de réde. Apesar de éste circuito nao ser convencional, éle deve ser considerado, levando-se fem conta as vantagens que pode proporcionar. revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO Vere 3D 15 A) B) © Gltimo, Fig. 5, também é um circuito com altura de imagem estabilizada, mas difere do apresentado ‘na fig. 4, pois a estabilizacio € obtida pelo contréle do ponto de trabalho (CC) do pentodo de saida. CIRCUITO DE DEFLEXAO COM A ECL85 COMO MULTIVIBRADOR © circuito apresentado na fig. 1 € 0 de um estigio de deflexio vertical, do tipo con- vencional, usando uma s6 vilvula funcionando como multivibrador acoplado pela placa. Nos ci grade do triodo. no catodo do grade permanece constante para qualquer posigio do potenciémetro de contréle. € a realimentagio na foi colocado. Hw Fig. 1 Circuito simples de defiexto. vertial. A ssincronizagio € feita, aplicando-se & grade do triodo os pulsos de sincronizagio, tegrados por um circuito RC, constituido pelos resistores Ri, Rs, R e pelos capacitores G, Cre C. A frequéncia de oscilagdo pode ser alterada por intermédio do potencidmetro R,, ligado em série com o resistor limitador Ry, na ligagio do catodo. Entre a placa do Pentodo © a grade do triodo esta ligado um circuito diferenciador de realimentacio R. e Cs Devido as caracteristicas do triodo ¢ & amplificagio do pentodo, foi possivel obter uma onda em dente de serra de amplitude suficiente, alimentando 0 triodo da_tensio de+ B normal. A tensio dente de serra é gerada pela carga e descarga do cepacitor C. e levada & grade do pentodo por intermédio de C Os potencidmetros Ry e Rn so respectivamente, os ajustes de altura ¢ linearidade. primeiro, ligado em série com a placa, faz variar a ¢arga do triodo e 0 segundo, colocado no circuito de catodo do pentodo, faz a corresio da linearidade usando a curva de trans- feréncia da valvula. A placa e grade de blindagem do pentodo sio alimentados através de um circuit de ltragem adicional, formado por Rue Cy. © acoplamento & bobina defletora (NT 5102) € feito através de’ um transformador; em paralelo com o primério déste esté ligado um resistor dependente de tensio (VDR) que protege o enrolamento contra os efeitos das cristas de tensio. CIRCUITO DE DEFLEXAO VERTICAL COM OSCILADOR DE BLOQUEIO Usando 0 triodo da ECL85 como oscilador de bloqueio 0 pentodo como saida vertical, teremos um circuito de deflexio vertical, usando uma s6 vilvula, circuito encontra-se na fig. 2 e 0 funcionamento é convencional. A maior vantagem da ligagio usada no transformador de bloqucio é nao haver grandes diferencas de potencial entre 0s pontos do enrolamento, evitando assim a “oxidagio” do fio que cons inconveniente déste tipo de circuito, Os pulsos negativos de sincronismo apés integracio (R,, C,), so diferenciados por R; e © transformador de bloqueio sincronizado no “tempo de descida”. 37 evista. ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 rH apaanor Fig. 2 Um clroulto de deflesio vertical ‘usado ‘uma’ nies. valva Eas. ©) CIRCUITO DE DEFLEXAO VERTICAL COM MULTIVIBRADOR SEPARADO. No circuito da fig. 3 apresentamos um circuito usando multivibrador separado. © oscilador vertical ¢ um multivibrador acoplado pelo catodo, constituido pelo triodo da ECL85 © por um triodo de uma ECC82. A freqiiéncia do oscilador pode ser ajustado por meio de um potenciémetro colocade no circuito da grade do triodo da ECL8S. Fig. 3 Gireuito de detiexio vertical ‘com mullivibrader ‘separado Este tipo de multivibrador usado é convencional, dispensando maiores comentirios. sinal € retirado da placa do triodo da ECL85 e aplicado a grade do pentodo. O con- tole da linearidade da forma de onda na bobina defletora é obtido por um circuito de realimentacao negativa. D) CIRCUITO DE DEFLEXAO VERTICAL ESTABILIZADO. Deserigao: Na fig. 4 encontra-se o diagrama de um cireuito de deflexio, no qual como multivi brador foi usada a valvula ECC82, 0 triodo da ECL85 como amplificador de realimentacao © 0 pentodo na fungio de saida vertical. Os pulsos em dente de serra, gerados pelo multivibrador, so levados & grade do triodo amplificador de realimentagio através de um conformador de pulso (“pulsesha- ping”). ‘A tensiio de realimentagio é retirada por um resistor de baixo valor (101) colocado em série com a bobina de deflexdo vertical (Ru). A forma de onda de tensio através revista ELETRONICA 37 11 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 +g00 a cere se $ off Grete de deiesio vera eins. Ry: 20/179 0. (aepenen meee Cransformador de salda ar wade.” “r™eaenae fe 6 identica & forma de onda de corrente através da bobina defletora, Desta . 0 citcuito de realimentago-mantém constante a corrente. de. deflexd0,_ ‘nfo luenciado pelas alteragdes das caracteristicas ou da impedincia da bobina defle- tora, devido s variages de temperatura, permanecendo, assim, constante a altura da imagem. A safda do amplificador de realimentacio esti funciona como safda do modo convencional. ida ao pentodo da ECLRS, que Multivibrador: Devido 20 uso de um aplificador de realimentacdo, 0 sinal fornecido pelo multivi- brador aparece invertido na grade do pentodo. Por esta razio, os pulsos em dente de serra, fornecidos pelo gerador, deverio ser invertidos. Por isso foi escolhido um multi- vibrador, embora outros circuitos também possam fornecer um sinal déste tipo (por exemplo: Transitron, Integrador Miller, etc.) © primeiro triodo permanece sem conduzir durante a varredura vertical. © segundo amplifica e portanto também inverte © dente de serra que aparece sdbre C,. Como na grade desta vélvula a tensfio necesséria para deflexio total 6 pequena, da ordem de 15V pico a pico, o valor de C, pode ser escolhido de modo a obter pulsos em dente de serra com variacio bastante linear. © catodo do segundo triodo esta ligado a um ponto da carga do primeiro, obtendo-se, assim, uma tensio entre grade e catodo do segundo, igual A diferenca dos dois sinais, fornecendo um dente de serra de lados mais lineares ‘no triodo da ECL8S. Durante 0 ‘retdrno, 0 segundo triodo é levado préximo a0 corte pelo pulso negativo da descarga de C; através de Re © elo de realimentacéo entre os dois triodos da ECC82 é feito por um circuito diferenciador a fim de transformar o sinal dente de serra em um impulso. A corrente de grade carrega C; ficando a frequéncia dos pulsos dependendo dos valdres de C; Rs, Ri e Ry e pode ser variada entre 35 Hz e 70Hz por meio de Ry. A ssincronizagio do 0: na grade do primeiro triodo mul \dor 6 feita por meio de pulsos de sineronismo positivos licador. Estes pulsos positives so retificados pelo diodo e carregam o capacitor C.. A tensio em C; serve como ponto de condugao do diodo para novos pulsos de sincronismo, fazendo uma nova separacio, Os pulsos assim obtidos e limitados aparecem através do resistor Re ¢ so diferenciados por C,, Ry ¢ Rs, indo atuar sobre a grade do primeiro triodo. Uma das vantagens déste circuito de limitagdo é que a tensio de Cs varia com a amplitude dos pulsos ¢, consequéntemente, a amplitude dos sinais de sincronismo que che- gam A grade do primeiro triodo permancce constante para qualquer sinal na entrada do Circuito limitador. 37 revista. ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 ‘Amplificador de Realimentacéo A spco triodo da ECL85 é usada como amplificadora de realimentagio negativa de corrente. © sinal de realimentago € obtido ligando-se um resistor de baixo valor (Ru) em série com a bobina de deflexdo. A tensdo do resistor seré proporcional & corrente de deflexio. Como éle faz parte do circuito de catodo do triodo, modificaré a ampliticagi do estdgio, compensando as variagées da corrente de deflexio. Devido ao resistor de realimentagio, existe uma pequena diferenga na amplitude da tenso em dente de serra aplicada entre’ grade e terra, ¢ a amplitude do sinal de reali mentago. Esta diferenca € de 0,4V pico a pico e € aplicada ao triodo. O fator de realimentagio déste circuito ¢ da ordem de 15, dependendo, além dos valéres do circuito, da relacdo de espiras do transformador de saida empregado. FE) CIRCUITO DE DEFLEXAO VERTICAL COM ESTABILIZACAO SIMPLIFICADA. 3387 Um modo simples de obter a estabilizacdo da altura da imagem é pela variagio do ponto de trabalho da vilvula de saida vertical. Esta variagio, no caso do circuito da fig. 5, € feita por uma tensio negativa obtida do impulso de ret6rno vertical. O circuito € do ‘tipo multivibrador por realimentagio ¢ emprega uma Gnica vilvula ECL8S. A sin- cronizacio é feita através de um circuito limilador auxiliar (semelhante a0 usado no circuito descrito em D). O sinal é injetado na grade do pentodo da ECL85. gee evrrcuss or Aasre OE PoLARDAE © contréle de frequéncia ¢ feito por R ¢ o de altura por Ri. O potenciémetro Rwy serve como contréle de linearidade da parte superior da imagem © Ry como controle da linearidade total. A tensio negativa de controle & obtida pelo resistor VDR E2982Z/06. A tensio de retérno 6 aplicada através de Cy a0 VDR. Como éste tipo de resistor tem’ caracteristicas no lineares com a tensfo, e como o pulso nao é simétrico, 0 capacitor Cy ficaré car- regado por uma tensio negativa proporcional 4 amplitude do impulso de retérno e & posicio do cursor de Ru. Esta tensio iré controlar 0 ponto de func corrente de deflexio, namento do pentodo, ¢ déste modo a Para 0 ajuste do circuito, antes de serem feitas as corregdes de linearidade, a tensio no ponto (a) deverd ser ajustada para — 1V, tendo as demais tensdes valores’ nominais. ‘A estabilizagio de altura déste circuito € excelente, pois com a alteragio de + 10% da tensio de réde, a altura da imagem sé muda de + 1,2%. revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO we ST 19 Nao raro o técnico encontra problemas de microfonia apés ins- talar um amplificador para uso com microfones, prejudicando 0 de- sempenho do equipamento. Microfonia & resultado de uma realimentagao positiva, que desen- cadcia uma oscilagio no circuito. O caminho para esta realimentagio € que vai determinar o tipo de microfonia. Se porventura 0 caminho for pelo circuito elétrico, teremos mi crofonia elétrica. Por exemplo, € 0 que ocorre quando o transformador de salda fica muito préximo do estégio pré-amplificagdo. —Desta forma, uma pequena parcela do sinal de safda ser injetado na entrada do pré-amplificador, amplificada ¢ reinjetada da safda para a entrada, reamplificada e assim por diante, provocando um forte apito no alto- falante. Assim no caso de microfonia elétrica devemos methorar a disposiglio dos componentes, e blindar os circuitos de alta sensibili- dade, para evitar realimentacao. Algumas vézes 0 caminho para realimentaco é aciistico, e tere mos a microfonia actistica, No caso mais geral o sinal proveniente do altofalante, faz vibrar o chassis, © qual faz vibrar os componentes, por exemplo, as grades de contréle das vilvulas pré-amplificadora Estas vibracdes se transformam em perturbagées elétricas que so ampl ficadas, causando mais vibragdes © novamente teremos oscilagio. Para evitar ste problema, o chassis deve ser montado sGbre amortecedores de borracha, os componentes do circuito firmemente montados e as vilvulas amplificadoras com seus soquetes montados também sobre amortecedores de borracha. Em amplificadores transistorizados, dificil mente ocorre éste defeito, pela prOpria constitui¢io fisica désse semi- condutor. Os dois tipos de microfonia citados, sio defeitos do aparélho amplificador, normalmente de facil solucio. Poder acontecer, que 0 caminho para realimentagio seja o ar ou seja, a vibragdo ‘mecinica (criada pelo altofalante) é propagada no pelo chassis (meio sdlido), todavia pelo ar (meio gasos0). Ainda aqui a microfonia € acstica. Mais explicitamente ela se da da segui te forma: o sinal emitido pelo altofalante atinge o microfone via ar. Este capta o sinal, ¢ o amplifica; 0 altofalante, novamente o emite, € captado, ¢ assim’ por diante dando um apito quase sempre ensurde- cedor. Uma maneira de contornar é evitar que 0 som proveniente do alt falante atinja 0 microfone. Entio, colocam-se as caixas acisticas nfo irigidas para 0 microfone, e suficientemente longe déste. Podemos me- Ihorar utilizando microfones direcionais. Assim mesmo a reflexdo do som pode provocar a oscilagio. Visando éstes casos & que apresentamos na figura 1, um circuito ‘simples, mas de boa eficiencia, 20 por SERGIO AMERICO BOGGIO LISTA DE ‘MATERIAIS 1, 1M, potenctOmetro tinear LDR. BB. 731.0302 100, potenciémetro fio 0.002 uF x 125 V 2 M5 x 0.1 uk x 125. 0.902 uF x 125 V 37 0.05 Px 125.V smpada pilbto = 150 ma have selelora 1 polo x 5 jos para montagem © gages revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 ATENUADOR FIG. 1 Na entrada do amplificador temos um circuito RC composto por Ry que € um LDR*'e C, (Ci, Cy Cy, Cy C3). Se R: fOr iluminado 0 te, sua resisténcia cai muito de valor, colocando simplesmente CC, em paralelo com a entrada do amplificador limitando a entrada de agudos, Podemos selecionar os valores de C; para maior ou menor limi taco de agudos. © potenciémetro R, em combinagio com C. forma um filtro de entrada com atenuagdo ajustivel. Assim quando R: esté iluminado sua resisténcia baisa e em consequéncia cresce a queda de tensio de agudos sobre Ri. A limpada L, esté ligada, através de R,, 2 safda do amplificador. O potenciémetro R, permite ajustar a luminosidade de L, a um valor Awpsoa oro oe SS Pana’ Cronean ‘oo tee erernanert soouere FIG. 2 SUPORTE OF OHAPR FENOLICR conveniente de conformidade com a tensio de saida do amplificador. E dbvio que L; é montada junto a R, e ambos envolvidos por uma caixa opaca a luz, Com todo o sistema funcionando ¢ ajustado como detalharemos mais adiante, temos que, a0 excitarmos 0 microfone, a lampada Ly acende, diminuindo a resisténcia de Rs porém pouco afetando no global jé que a vor possui poucos agudos. Todavia se houver inicio de microfonia actstica, a limpada L, acenderé fortemente, diminuira a resisténcia de R; e colocaré um capacitor C, em paralzlo com a entrada LDR, ¢ um resistor cuja resisténcia depende da luz incidente. Aconselhamos f leitura do “Servigos do ‘um EDR” do mesmo aulor na Revista BleirOnica n° , Be a. revista ELETRONICA ioumestvaane 1470 3D 1 do amplificador. Por se tratar de um sinal agudo (a oscilagio é de frequéncia retativamente alta) teremos uma forte atenuagio dada por R, e C, reduzindo o nivel do sinal e evitando a oscilacdo. Assim observamos que 0 nosso circuito introduz uma realimentagio negativa, tentando anular a realimentagdo positiva devida a aciistica Vejamos agora detalhes construtivos do circuito: L, € uma limpada piloto comum para 6,3 V que deve ser montada junto com o LDR, como mostra a figura 2 ‘Sobre uma chapa fenélica montamos o LDR ¢ 0 soquete da lim- pada, de mancira que apés atarrachada a limpada, esta fique quase em contato com o LDR. Para maior aproveitamento da luz, coloca-se sObre a limpada um pequeno refletor de aluminio no qual é aberto lum pequeno orificio. Apds tudo montado ¢ soldados os rabichos para a ligacdo externa, encapsula-se 0 conjunto com fita isolante, dando liversas camadas para evitar-se a penetracag de luz externa no sistema. Deve-se ter 0 cuidado de deixar 0 orificio do refletor aberto através da camada envolvente. © potenciémetro Ri é do tipo comum utilizado para contréle de tonalidade. Os capacitores podem ser de baixa isolacio, tendo assim pequenas dimensoes. O potencidmetro Rs deve ser de fio, para suportar a poién © 0 MIN, O max, Luz CS r 8 min-~7* dx, Min AA MICRO ATENUADOR —_DESVIO NiveL DE AGUDOS Oe Luz FIG. 3 Na figura 3 damos uma sugestio do painel. O leitor poderé efetué- lo no préprio painel do seu amplificador. © orificio “Luz” devera coincidir com 0 orificio do refletor de luminio, de mancira que ao acender L; mesmo que fracamente, pos- samos ver sua luminosidade, a qual serviré outrossim de luz piléto para © amplificador. Feita a montagem, resta apenas saber como se ajusta 0 aparélho. Colocam-se os contrélés na posigfo de minima resistencia; liga-se 0 amplificador para a poténcia desejada ¢ colocamsse as caixas acisticas de luz girando no sentido horério 0 contréle “ observa io “Luz” a limpada acender até uma intensidade razoé- vel. B evidente que para ésse ajuste, alguém devers estar falando a0 microfone. Apés isto atua-se nos contréles “Atenuador” © “Desvio de Agudos” até que a microfonia desapareca. Neste instante temos todo 0 equipamento pronto para uso. Um fato importante é que o amplificador tenha um baixo ruido de fundo, isto é, sem excitagio no microfone. Isto porque um grande nivel de ‘rufdo, mantém a lampada sempre acesa, anulando completa- ‘mente o funcionamento do sistema, 37 revista. ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 Oo MEDICAO DE TENSOES CONTINUAS Quando tratémos antetiormen- te da medida de tensio nos refe- rimos apenas a_tensdes C. A. ois © nosso osciloscépio possui um amplificador vertical que ndio. responde a tenses conti- nnuas, Existem aparelhos mais sofisticados, 0s quais possuem amplificador vertical com aco- plamento direto entre estagios, conseguindo-se desta forma am. plificar tensio continua. A. se- guir veremos como se procede Para medir tenses continuas. Primeiramente necessitamos de uma fonte CC variavel e de vol- timetro de boa preciso, ¢ os li- amos ao osciloscépio conforme ‘mostra a figura 26. Apés isto va- ‘mos variando a tensio aplicada, acompanhando a leitura no vol- timetro © lendo a deflexio em niimero de tragos ou centimetros na tela do osciloscépio. Estes pares de valores serio locados num sistema de eixos ortogonais, obtendo-se 0 grifico da figura 27; da uma reta se no houver distorgdes no osciloscépio. _Con- vém lembrar que éste grafico foi evantado para uma dada posi cio dos atenuadores do amplifi cador vertical, E evidente que se mudarmos tais contréles esta curva mudaré. também, FIG. 26 revista ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 PARTE Ill De posse desta curva, e sem modificar os contréles de ganho vertical, desligamos 0 circuito de calibracdo e injetamos na entra- da vertical a tensio continua a ser medida, Verificamos na tela qual foi o valor da deflexio; en- tramos com éste valor no grifi- co da figura 27 € determinamos © valor da tensfio. Caso a defle- xio. seja_ muito pequena ou muito grande a ponto de cair fora da tela, deveremos atuar sObre o atenuador vertical, veri- ficando qual 0 fator de divisio ou multiplicagio (1, 10, 100, etc). Na leitura obtida a’ partir do grafico deve ser levado em conta o fator mencionado. A cada posigéo dos atenuado- res corresponde uma curva and- Joga A da figura 27. Para evitar © uso de gréficos pode-se anotar no painel para 2, 3 ou 4 posi- Bes a calibragio, nio com gri- ficos, mas em volts/centimetro ou volts/trago na tela. Assim s6 se usa uma vez a fonte CC. ‘vel para determinar alguns pontos de calibragio. Entio, wamos que para uma certa 'me- dida 0 atenuador (calibrado) foi ajustado na posicio 3 volts/tra- 0. obtivemos a deflexio de 4,2 tracos (0 atenuador deve ser ado para uma posigio tal que na tela a figura nfo. apare- TENSAO (V) OSCILOSCOPIO SERGIO AMERICO BOGGIO tamos a preciso da leitura). Ieitura x calibragdo € o resultado da medida: 3 volts/trago x 4,2 tragos = 12,6 volts, A. preciso. da medida depen- de da precisio do voltimetro e da precisio da calibragio ¢ da observaco na tela. A calibra lo deve ser verificada de tem- os em tempos, Para_medir-se corrente cont ‘nua_utiliza-se 0 mesmo artificio explicado anteriormente e apre- sentado na figura 17. Langa-se mio de um resistor em série com o circuito e lé-se a tensfio CC. desenvolvida entre seus ter- minais. Sabendo-se o valor de Re de V a corrente & achada pela Lei de Ohm: PONTAS DE PROVA Em muitas situagdes a ponta de prova & i causa da capacit to que esta sofrendo a medida ou por causa do seu nivel de sinal ou do seu nivel de impe- dancia, € necessério isolar ade- quadamente a entrada do osci- DEFLEXAO, (N® DE TRAGOS OU em) FIG. 27 B oscépio para nfo ocorrer inter- feréncia déste no funcionamento do circuito em teste e assim nao alterando a medida, As vézes 2 finalidade € proteger 0 oscilos- c6pio. Por isso ha pontas espe- ciais para cada situagio. Ponta com cabo blindado Téda a medida com osciloscs. pio tera de ser feita com ponta blindada para evitar-se que ten- ses indesejiveis sejam induzidas na ponta de prova. Assim a ponta de prova mais comum é apenas uma terminagSo singela de um cabo blindado 0 qual le- va o sinal recolhido ao oscilos- cSpio. A malha (blindagem) vai A massa e 0 polo central ao polo “vivo” do osciloscépio. Dependendo da forma de on- da analisada 0 cabo pode trazer problemas, Por exemplo, com onda quadrada poderemos ter deformagdes como a da figura 28. Em 28a temos a forma de [LS] PLP ku ea onda realmente aplicada. Em 28b vemos a atenuago nas al- tas freqiiéncias produzida pela capacidade parasitica do cabo mais a capacidade interna do instrumento. Caso haja _ate- nuagio em baixa freqiigncia te- remos 0 caso da figura 28c. Em um caso como 0 citado no poderemos utilizar um simples cabo biindado; te- remos de recorrer & ponta ‘com atenuador compensado (ponta de baixa capacidade). Ponta de Baixa Capacidade — Na figura 29 encontramos um circuito tipico da ponta de baixa capacidade, onde R, resistor série C. capacitor série R, resistor paralelo CC) capacitor paralelo 24 FIG. 29 EXTRA R, resisténcia de entrada do osciloscépio C. capacidade parasitica do ca- bo blindado mais capacida- de de entrada do oscilos- cpio, Na realidade tratase de um divisor de tensio formado por (a) (b) FIG, 28 (c) R, € Rp. Os capacitores Cy € C, irgo formar um divisor de ten? Gio nas altas freqiiéncias. Assim, nas baixas freqiiéncias a reatan- cia dos capacitores diminui e passa a influir. Para evitar 0 efeito de C., deve-se fazer com que R, seja bem menor que R., ara que se consiga uma imy dancia tio baixa, que a reatan- cia de C, em paralelo nao influa. Por exemplo: se a reatancia de Ce em certa freqiiéncia for TMM e 0 valor de R, for 10 M2 teremos que a impedancia de entrada cairé para 910k, 0 que & uma grande alteragio. Se fizermos com que a associagio R,//R. tenha um valor de 500K a sua associagio com C, daré 333k. Assim notamos que se R, abaixa a impedancia de entrada da ponta deve ser mantida alta; para tal R, deve~ 4 possuir. um valor alto © C, um baixo valor, para que sua capacidade no interfira no cir- cuito, diminuindo assim grande- mente a capacidade da ponta de prova, jd que C, esté em série com a ponta, Fete tipo de ponta de prova torna-seindependente da fre- qiléncia quando os valores dos componentes seguem a relagio abaixo: R-G G+ RoR R, + Re Os valores R. € C, sio dados pelo manual do osciloscépio. Os outros valores. serfio. escolhidos convenientemente. Resta-nos i zer que normalmente C, é um “trimmer” de capacidade’ menor que 10pF facilmente ajustavel, ‘Além de tudo a ponta de prova ir imtroduzir uma _atenuagao que deve ser conhecida, © nor- malmente € um fator de 10 para facilidade de leitura das tensdes, Para_ajustarmos a ponta de pprova injetamos com um gera- dor de ‘onda quadrada sinais desde 10 kHz até 200 kKHz e ve- rificamos a forma de onda no osciloscdpio. Se ocorrer 0 caso a figura 28a a ponta esté dtima. Se ocorrer 28b ‘deveremos _au- mentar 0 valor de C,. Caso ocorra 28¢ deveremos diminuir C3 Este tipo de ponta de prova & ideal para uso'em medidas de forma’ de onda complexas, pul- sos, ondas quadradras, etc. € com valores altos de tensio, de- vido a atenuagio que elas pro duzem no sinal. Caso desejamos edit sinais mais baixos no poderemos utilizar esta simples Ponta, mas sim uma que possua tum estigio amplificador. Algu- mas vézes.intercala-se junto & 37 revista. ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 ponta de prova um estigio a friodo ou a transistor, que d8 uma amplificago conveniente. Porém esta solugio nio € muito utiizada, pois existe uma ou- tra mais’ simples que consiste uum seguidor cat6dico (ou segui dor de emissor). Ponta com seguidor catédico — reune as seguintes caracteris- is: alta impedancia de entrada, baixa capacidade de entrada, bai xa impedancia de safda ¢"shun- tando” a capacidade do oscilos- cépio C.), néo introduz_atenua- gio (que é 0 inconveniente da ponta de baixa capacidade estu- dada anteriormente). mente satisfeitas por uma valvu- Ia ligada como seguidor cat no. No que diz respzito a ate- nuago, 9 seguidor catodino en- trega uma tensio de saida que 6 cérca de 0,9 vézes a de entra- da, sendo desta forma muito pe- quena a atenuagio. Devido & presenca de valvula € necessério evar alimentagio aos seus eletrodos. F por isso que tals pontas de prova pos- sem dois cabos, um blindado que leva 0 sinal ‘20 osciloscépio € outro que leva alimentagio a ponta de prova. Ponta de Alta Tensio — Mui- tas vézes necessitamos medir ten- ses elevadas. Essas pontas ate- nuam cérea de 100 vézes € sio construidas de tal forma_a_pro- ver, eolacio eléticasufieente. Pode-se “normalmente _ uti pontas. de alta tensio idénticas as utilizadas para voltimetros, com 0 cuidado de intercalar em paralelo com 0 osciloscépio um resistor conveniente como mos- FIG. 30 tra_a figura 30. Supondo que R,, resistor da ponta tenha um va lor de 500 MQ 0 valor de Ry de- ve ser tal que em paralelo com fa resisténcia de entrada do o: loseépio dé uma resisténcia de revista ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 5.MQ atingindo-se_uma atenua- Gio de 100 vézes. Logo se a re- Sisténcia de entrada do oscilos- cépio for de 10MOR; deve va- Jer também 10 MO. para que em paralelo obtenhamos 5 MQ. Muitas vézes necessitamos de ter uma dessas_pontas, porém com’ compensagdo em ‘freqién- cia. Devemos entio construir uma ponta de baixa capacidade. Um problema surge no que diz respeito a isolagdo dos capac res que deve ser elevada;_princi- palmente no C;, capacitor série. Muitas vézes uliliza-se para C, fem vez de um capacitor de alta isolagdo, uma valvula diodo tificadora de alta, tensio desti- nada a MAT de TY. Porém, tal vélvula vai ser_utilizada como capacitor, colocando-se em cur- to-6s terminais de filamento. C, sera a capacidade placa filamen- to. As vantagens slo virias: pre- 0 reduzido em relagdo 0 capa- itor, auséneia de fuga, auséncia de efeito corona devido traba- Thar em’ vicuo, estabilidade 20 longo da vida, etc. Ponta demoduladora — Usa- da quando queremos observar um sinal que esté modulando uma portadora qualquer. Essa ponta inclui simplesmente um Circuito detetor (figura 31). Ela também é usada para detetar sinais provenientes de uma var- redura em freqiiéncia, 1009F Ponta retificadora — Muitas vézes desejamos fazer medidas de tenses em freqliéncias mi to altas. Para fugir do problema das perdas nos cabos, solucio é relificar esta tensio e media com 0 osciloscépio de corrente continua ou voltimetro eletréni- co CC. Temos dois circuitos poss apresentados nas figuras 32 ¢ 33. © circuito da 32 transforma a tensio de pico em valor conti nuo eo da 33 transforma a ten- so pico a pico eni tensio conti- nua. Os valores dos componentes FIG, 33 dependem muito da faixa de fre- qiiéncia e da resisténcia de en- trada do osciloscépio, sendo ne- cessirio pontas apropriadas para cada caso. Com 0 conhecimento do valor da tensio continua e sabendo-se sua relagio com o valor de pico ‘ou pico a pico, pode-se calcular éstes valores. "Normalmente 0 valor da tensio continua tem 0 mesmo valor da tensio de pico (figura 32) ou de pico a pico (igura_ 33). Todavia, a relagio entre tensio de pico e tensio eficaz (RMS) depende da forma de onda. Descrevemos aqui as principais pontas de prova, que co- brem a maioria das necessida- des no campo de teste em ridio, TV, transmissio, etc. Se dese- jarmos, porém,’ medir outras grandezas como luz, calor, for- Gas atuantes, etc., serd0 necess4- Tias pontas “de provas especiais dotadas de transdutores. ‘TRANSDUTORES — Transdutor 6 um dispositi- vo capaz de transformar um cer- to tipo de energia em outro tipo. Por exemplo, um transdutor fo- to-létrico €'capaz de transfor- mar energia Iuminosa em ener- gia elétrica. Um microfone 6 lum transdutor, que transforma © som (energia’ sonora) em ener- gia elétrica. O altofalante € um transdutor inverso do microfone, transformando um sinal elétrico em sinal sonoro, portanto ch: mado transdutor eletro-actistico, 25 ne) FIG. 34 ‘Transdutores eletro-mecinicos Veremos a seguir alguns tipos ‘especificos de transdutores ele- tro-mecinicos: Indutivos — Podemos bisica- mente classificar os transdutores indutivos em dinimicos e est 0s. © tipo dinimico acha-se re- presentado na figura 34 ¢ con- siste de um imi e uma bobina. Quando houver movimento rela entre éles haveré uma ten- slo induzida na bobina, funcao do movimento aplicado. Exem- plo, cfpsulas magnéticas de to- ca-discos; outro exemplo, micro- fones magnéticos. © transdutor estético se cons- titui em duas bobinas, sendo uma delas ligada a um gerador de tensio alternada (figura 35). ‘A cada distincia relativa entre as bobinas, corresponde uma ten- so induzida, Assim esta tensdo Po FIG. 35 6 fungo da distincia entre as bobinas. Tal sistema serve para medir deslocamento, como, por exemplo, distensdes em molas. Capacitives — duas liminas de material condutor paralelas € separadas por um isolante for- ‘mam um capacitor, cuja capaci tincia entre outras coisas depen- de da distancia entre as laminas. ‘Se tomarmos éste capacitor e 0 ligarmos conforme mostra a fi gura 36 teremos entre os termi nais do resistor uma tensio que sera fungio da variagho de ca- pacidade, Um arranjo.déste tipo € ideal para medida de pressdes ou para pesagem, j4 que tais fércas modificam a distancia 26 FIG. 36 entre as Iiminas © que em mudanga de capaciti em _conseqiiéneia variagiq de tensio em R. Resistivos — nesta classe de transdutores temos ponentes como veremos a segui apenas que 0 LDR e 0 NTC nfo sio eletromeciinicos. © LDR € um resistor cuja re- sisténcia varia com a luz. Quan- to maior iluminagio menor a sisténcia, Tal elemento & usado em diversos tipos de comando pela luz, além de servir para medigdes do nivel de luminosi- dade como nos fotémetros. © NTC é um resistor cuja resisténcia varia com a tempera- tura, Quanto maior a tempera- tural mais baixa & a resisténcia. E muito usado para contréles termo-automiticos e serve como medidor de temperatura. © microfone de carvio usado fem telefones tem sua resisténcia varifvel de acérdo com 0 som a éle aplicado. © medidor de contragdes cons- ta de uma limina maledvel em cujo interior esta um elemento resistivo. Conforme estica-se ou contrai-se esta Mimina consegue- se uma variagio de resisténcia proprocional 4 deformagio. Tal transdutor € muito utilizado para medir-se deformagdes em chas- sis de veiculos automotores. No transdutor resistivo conse- guimos transformar a grandeza saioa 2 FIG. 37 considerada em uma variagio de resisténcia elétrica, Para cons guirmos uma variacio em ten- si elétrica basta aplicarmos artificio da figura 37 onde R, é @ resisténcia do: transdutor. As- sim quando R, varia, a corrente no circuito varia e a tensio de saida varia entdo de acérdo com a grandeza que esti sendo me: dida. Utilizaremos a saida que ‘melhor convier. Piezoelétricos — nestes trans- dutores ocorre a_transformacio de energia mecinica em elétrica vice-versa. So. muito conheci- das as capsulas de cristal ou ce- Fimicas onde cada pres: mecanica sObre duas faces opos- tas déste material provoca uma diferenga de potencial entre as faces opostas déste mesmo cris- tal. Essa tensio 6 funcio da Pressio mecinica aplicada, Na gravacio de discos a trans- dugdo € inversa. Os denomin: dos “transdutores de ultrasom” io piezoelétricos. Sio muito uti- lizados na indistria em conjunto rador de_ultrasom ¢ osciloscépio, para a detecio de defeitos em pecas metilicas de responsabilidade, tais como eixos para veiculos automotores; para limpeza ultrasénica, ete. ‘Transdutores Termoclét Ocorre com os pares termo- elétricos, normalmente constitu! dos por bi-metais e que forne- cem uma tensio que & funciio da diferenga de temperatura en- tre os extremos déste par. Sua utilidade € na medigio de tem- peraturas elevadas. ‘Transdutores Fotovoltéicos ‘So aquéles que fornecem uma tensio em fungio da intensidade e freqiiéncia da luz_incidente. Utilizagdes semelhantes a0 LDR. 37 revista. ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 USO DO OSCILOSCOPIO COM SEUS AGREGADOS Medigdes em Fontes de ‘Alimentagio Para a determinagio de_nivel de zumbido liga-se a saida d: fonte a entrada vertical do o: oscépio. Ajustado_previamente para a medida de tensio, lé-se a amplitude dessa tensio de zumbido ou te em volts mente quanto menor for esta tensio melhor seré a condigao da fonte, Caso esta tensio seja muito grande 0 defeito prova- velmente estard nos capacitores ou no choque de filtro. Para comprovarmos 0 funcio- namento da vélvula retificadora, retiramos os capacitores de_fil- tro e medimos a tensio de pico nna placa © no catodo da refer da vélvula, Caso a tensio de ca- todo seja muito menor que a da placa a vilvula esté esgotada. Se o retificador for de meia onda teremos no seu catodo, em auséncia dos capacitores de’ fil- tro, a forma de onda mostrada na figura 38a, Caso seja de on- da completa a forma de onda é a da figura 38b. Se porventura obtivermos a figura 38c isto € Ecor (c) indicio de que um dos diodos re- lificadores esti defeituoso. Este defeito deve ser sanado, pois uma fonte em tais condigées es- tari funcionando como uma de meia onda, que possui caracte- ticas inferiores & de onda com- pleta. ‘Muitas vézes ocorre em au- dioamplificadores um defeito de- nominado “motor de lancha” ou “motor boat” que produz um revista. ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 safoa (VoLTs) “pop, pop, pop..." no alto fa- ante, Tal defeito normalmente 6 devido & falta de desacopla- mento de +B entre estigios de amplificagao. Para identificar 0 estigio basta irmos acompanhan- do a linha de +B com 0 osci- loscépio e encontrar 0 ponto onde aperece na tela tal oscila- co e desta forma encontrando © estigio defeituoso. MEDICOES EM AMPLIFICADORES DE AUDIO Determinagio da curva de resposta’ em freqiiéncia Poe-se na entrada do ampl cador em teste um gerador de fudio, cuja tensio deverd ser mantida constante durante t6da Ecar (b) FIG. 38 experiéncia, Na saida do am- plificador liga-se um osciloscé- pio ajustado para medir tensdes alternadas. Entrando-se _entio, com freqiiéncias desde 1 Hz até normalmente 30 kHz, para cada valor de freqiiéncia Ié-se no os- iloscépio 0 valor de tensio de safda, Colocam-se os pares de valores em um sistema de eixos € obtém-se um grafico seme- Thante ao da figura 39. Quanto mais larga for a curva melhor fidelidade tera _o amplificador. Pode-se levantar diversas curvas de resposta de acérdo com a po- sigo dos contréles de tonalida- de, Porém, normalmente 0 con- tréle de volume é posto no mé- ximo e 05 de grave ¢ agudo em uma posicéo média. Esta curva j& foi explicada anteriormente com 0 gerador de audio € vol- timetro. © osciloscépio tem uma vantagem sdbre 0 voltimetro de- vido a0 fato de que podemos observar a forma de onda na safda. Assim, pelo fato de estar ‘mos injetando um sinal senoidal na entrada, deveremos ter duran- te téda a experiéncia um sinal senoidal na saida, Caso isto no ocorra deveremos diminuir um pouco a amplitude de sinal do gerador de dudio e repetir toda a experigncia com esta nova amplitude. Muitas vézes no ex- tremo da faixa o amplificador tende a oscilar, devido & rotagio de fase; 0 osciloscépio mostra claramente essa situagao, Verificagio de distorsio harménica Fregiiéncias _harménicas so freqléncias méltiplas de uma que & tomada como fundamen- tal. Por exemplo: se_tivermos como freqliéncia fundamental 200 Hz a segunda harménica va- le 400 Hz, a terceira harménica 600 Hz ¢ ‘assim por diante. Nao tem sentido falar-se em 1a. ha ménica, esta seria a propria fun- damental. Vejamos agora o que facontece quando somamos uma 21 (b) (c) FIG. 40 fundamental com uma harméni- ca. Na figura 40 temos uma se- néide em pontilhado que é a fundamental ¢ uma 4a. harmé- nica de menor amplitude. Quan- do as duas estio em fase 0 re- sultado € a figura 40a; em 406 elas estio defasadas de 90° ¢ fem 40c defasadas de 180°. ‘Se por exemplo injetamos em um amplificador uma senoide e ela sai deformada, isto é uma indicagao de que estamos tendo aparecimento de harménicas no amplificador. Quanto maior a porcentagem dessas harmGnicas 28 ‘mais deformada ser a onda re- sultante © consequentemente pior a qualidade do amplificador. E necessirio muito cuidado na observagio, para nio confundir a distorgio harménica com de- formacdes por corte ou satura- ‘go do sinal. Normalmente estas iltimas provocam linhas quase retas nos topos da sendide, co- mo se a tivéssemos cortado, enquanto que a distorgio harmé- nica provoca saliéncias ou de- presses na forma de onda fun- damental, ou mesmo arredonda- ‘mento nos picos. Verificagio dé corte ou saturagao © uso da onda quadrada para diversas _verificagdes torna-se muitas vézes mais interessante do que a sendide. Fourier de- ‘monstrou matemiticamente que uma onda quadrada € composta por uma sendide fundamental ‘mais infinitas harmOnicas, Ora, se a onda quadrada encerra tantas _frealéncias, a simples- aplicago dela a um a dor de fudio nos dari da sua resposta em freqiéncia. Para fazermos tal teste, injeta- ‘mos uma onda quadreda’na en- trada de um amplificador. Mui: tos geradores de Sudio dispoem de onda quadrada. Com 0 osci- loseépio medimos a forma de ‘onda na saida. Convém lembrar que por se tratar de onda qua- drada, € necessirio usarse a ponta’ de prova apropriada co- mo vimos anteriormente. Na figura 28a vemos a forma de onda ideal. Em 28b temos indicagdo de baixa resposta nas altas e€ em 28 pouca resposta nas baixas. Para melhor verifi- (Cont. na pig. 60) FIG. 41 (a) (b) FIG. 42 3 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 Demoduladores de IF MI. ‘A modulagio em freqliéncia € dor, ou seja, da informacio a ser _—profundidade com que a porta um sistema de transmissio de in- _transmitida, é dada pelo niimero dora pode ser modulada formagio, no qual a amplitude de vézes por segundo que a fre- 4 da portadora € mantida constan- _quéncia da portadora varia aci- Um método simples para re te enquanto sua freqiiéncia é va- ma e abaixo do valor nominal. emer Ca. a ge riada acima e abaixo do valor Ela pode ser, digamos, de até pol anima ein EMA slnstrado uma ‘curva de resposta de um As variagées de freqiléncia b) — Amplitude de ‘udio — —cireuito. LC dessintonizado_ em tém que transportar duas infor- a amplitude da informago de _relago A freqlléncia da portado- magoes: a) a freqléncia de du- audio esta diretamente relacio- _—ra_(f.). Como a freqiléncia de dio (sinal_modulador) no esti nada com o tamanho da vati FM varia continuamente em t6r- dio; b) as amplitudes ‘relativas 40 da freqiiéncia da onda por- no do valor f. desde um valor (energia) dos sons originals, Essa _‘tadora, isto é, com 0 desvio da ——_-mfnimo f, ~ f, até um valor mé- Gistinggo € extremamente impor. portadora, O desvio maximo _—ximo f + fy ¢ volta novamen- ante; a informagio, € asim ——-permitido’é de = 75kHz (© si- te, a resposta muda a partir do eaneportada nal + significa desvio no senti- pont X, continuamente, até o do de aumento da freqiléncia onto Yvollando para X. Isto a) — Freqiigncia de audio — nominal ¢ 0 sinal — no sentido completa um ciclo de freaiiéncia a freqiiéncia do sinal_modul do decréscimo). Isso mostra a de audio. w AMPLITUDE tee guencia 7 a EMPO 3 3 ETC, Ere FIG. 1 revista. ELETRONICA inunestanie tee OP 29 ‘A amplitude da componente de udio na saida depende da magnitude de {4 da inclinagéo da curva d2 resposta (A). O pe- iodo de repetigio da forma de fonda & 0 tempo que leva para a freqiéncia da portadora variar desde 0 valor f, ~ fy até fy ++ fo e voltar novamente a0 valor ini- cial f, ~ fu. Na escala de tempo © periodo vai de I até 3, ou de 2.a 4, etc. Hlustramos essa situa- 0 com um exemplo real. Su- Ponhamos que a freqigncia da portadora valha 90 MHz ¢ estc- ja modulada por uma freqiiéncia de Sudio de 1.000Hz e que a energia do som soja tal que o desvio de freqiéncia central che- gue a 50 kHz. Entilo, a freqlién- cia do sinal variard para a fren- te e para tris & razdo de 1.000 vézes" por segundo. Ela desvia- Ti entre 0 méximo de 90,05 MHz ¢ um minimo de 89,95 MHz e ela alcangara seus val6res maximos ¢ minimos 1.000 vé- zes/segundo. © circuito detetor de inclina- cia, como € chamado apresenta {rés. desvantagens Gbvias: a) as “saias" da curva de resposta nfo sio particularmente retilineas, ocasionando distorcio durante a det b) a introdugio de amorteci- mento no circuilo reduz a distor- glo; todavia, por outro lado, também reduz a inclinagio ¢ consequentemente diminui a am- plitude da componente de éudio; ©) © circuito opera fora da intonia € por isso mesmo se consegue pequena amplificagio. Mais adiante veremos dois tipos muito eficientes e popula- res de detetor de FM. FAIXA UTILIZADA A. transmissio em FM exige argura de faixa sempre muito maior que aquela necesséria pa- ra a transmissio em AM (modu- lagio em amplitude). Chamando uma freqléncia moduladora por fx sio formadas bandas laterais em t6rno de f, nas fregiiéncias f+ fa, & + 2h f, + 3m © assim por diante. "A ‘energia di- vidida entre esas frequiéncias pode ser encontrada por meio de tabelas ¢ depende do indice de modulagio fy fn mantido em qualquer instante. 30 Tedricamente, hé um nimero infinito de bandas laterais, mas nna pritica a amplitude das ban- das laterais muito distantes def. pode ser desprezada em se ope- rando com desvios de freqiiéncia suficientemente pequenos. Mes- mo se 0 desvio maximo de fre- aiiéncia (f.) pudesse ser feito ex tremamente pequeno, a largura de faixa ocupada por um trans- missor FM seria sempre maior que 2f. desvio de freqiténcia, de far to, pode ser grande: em radio- difusio 0 seu valor geralmente 6 varias vézes maior que a mais alta freqiiéncia de audio trans- mitida. Isso 6 expresso por ou- tra caracteristica do transmissor, chamada a “telagio de desvi por exemplo, a relagio de de vio vale 5 se o desvio de fre- qiigncia € igual a 75kHz © 0 transmissor transmite até 15 kHz como a mais alta freqis ja de modulagio. Uma relagao de desvio de aproximadamente 5 & preferivel, mesmo a custa da largura de faixa, a fim de aumen- tar a magnitude ‘do sinal no aparé- Iho relativamente a0 ruido de fundo gerado por suas vilvulas (ou transistores) e resistores. Dés se modo, a amplitude da compo- nnente de dudio na saida do de- (elor € aumentada, melhorando ‘© desempenho global. FM £ EM VHF ‘As transmissées em FM sio feitas na faixa de VHF por vi rias razdes. O “fading” ¢ inter- feréncia entre estagdes so con- sideravelmente diminufdos em relagio as transmissSes em fre- aliéncias mais baixas (por exem- plo: ondas médias). As_ondas que vio para © espaco nio sio refletidas pela camada de Hea- viside na atmosfera superior, s6 alcangado 0 receptor as ondas de terra, A radiodifusio em FM seria. altamente inconveniente em ondas médias, a saida seria completamente deteriorada pelo “fading” seletive a0 qual esta particularmente sujsita a trans. missio em FM por causa do grande niimero de bandas late- ais distantes determinado pelas baixas freqiiéncias de modula- ‘A largura de faixa para trans- missio FM no € pequena, en- Wo, contornase essa restrigio utilizando-se portadoras em mui: to alta freqiiéncias (VHF). A relagio sinal rufdo inerente ao sistema FM € maior que em AM. Com relacio a sinais interferen- tes © programa € recebido livre de interferéncias e “cross-talk” quando © sinal desejado é duas ou trés vézes mais forte que a interferéncia. Varias_estagdes transmissoras podem usar a mes- ma freqléncia desde que distan- tes uma da outra algumas cente- nas de quilémetros, O resultado final € que a um transmissor na banda 88-108 MHz pode ser concedida muito maior largura de faixa do que seria possivel na banda de ondas médias, De fato ha suficiente largura de fai- xa_disponivel para transmissi0 de informagdes que ocupam fre- qiiéncias de 20 a 15.000 Hz. DEMODULADORES DE FM Um demodulador (ou detetor de AM) é capaz de demodular uma onda de FM, fazendo-se com que o circuito tanque do detetor sta sintonizado de tal modo que a freqiiéncia (f,) da portadora coincida com um dos lados (inclinados) da curva de Fesposta, ¢ mio no centro. O processo pelo qual a demodu- laggo se efetua é ilustrado na fig. 2 e pode ser melhor com- preendide no dominio dos tem- os (ver fig. 3 — a, b, c, di; as variagées de freqiigncia do sinal FM. sio convertidas em varia- des de amplitude pelo circuito dessintonizado. A envoltéria da nova forma de onda tem a mes- ma forma da tensio modulado- fa original. O detetor de AM recupera_a prdpria _informagio transmitida, desde que 0 sistema nao introduza distoredo. Toda- via, haveré alguma _distorcao esse demodulador porque a “saia” da curva de resposta do suito sintonizado ndo é reti- linea. A distoreao seré tanto me- or quanto menores forem os des- vios de fregligncia, assim sera usado pequeno trecho da curva. Este sistema algumas vézes & uusado para receber FM de ban- da estreita com um receptor de AM. detetor © as etapas am- plificadoras de RF do receptor So sensiveis as variagdes de am- plitude, de modo que absoluta- mente mio so obedecidas as condigdes de boa rejeicao de interferéncia. 37 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 LaMPuiTuDe AMPLITUDE. FREQUENGA -yaRiagGes oA FREQUENCIA 00 SINAL FM relagio & tensio V, (referéncia), YARIAQGES DE AMPLITUDE conforme a freqiiéncia diminui een aA OUR CIsCaTo) ou aumenta. O secundério Ls aan ana capta o fluxo gerado pela cor- rente no primério e desenvolve tensdes nas metades, cuja fase © varia com a fase da corrente no primério, isto é com a mesma freqtiéncia do sinal de éudio ori ginal. O enrolamento tercidtio nao é sintonizado; éle serve para TEMPO injetar no secundério a tensio de Fl de referéncia, proveniente do primério. Essa tensio (V;) é somada vetorialmente com as tensdes de Fl, cujas fases va- riam, através de cada metade do (a) (b) secundario e faz variar em au- FIG. 2 No cincuro iWeseintontzao) SINAL FM (a) (b) FIG. 3 AL oa * = + APGS DETEGAO AM APOS FILTRADO (INFORMACAO DE AUDIO) (c) (d) © demodulador analisado cha- jiganon ma-se detetor por inclinagio ou v2 SINTONIA de Travis. Em seguida veremos . AG ic dois outros tipos muito mais efi- vate c cientes e largamente utiizados nos receptores. Sio éles 0 dete- tor de reiagio ¢ © Foster-Seely ¢ | |R3 DETETOR DE RELACAO A fig. 4 ilustra o detetor de relagio. LC, ¢ LsC.y_ respes L vamente primétio e secundatio aca pal Sho sintonizados na FI (freqiién- TRLVOLR tou cia. intermedidria) de 10,7 MHz CoveroR bo ri RANSISTOR) fe (ridio-receptor) ou de 4,5 MHz i He saipa (elevisor). A corrente ea’ tensio Pina be Pr peta em ambos 08 circuitos $6 esto em fase na freqiiéncia central, E = ou seja, na FI, A corrente em in oh L se adianta ou se atrasa, em IG. 4 revista ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 31 (a) FIG. 5 322 diofreqliéncia a relagio das ten- ses sObre os diodos. . S temos o diagrama I. Para interpreti-lo € su- ficiente saber que as amplitudes dos vetores (lamanhos das fle- chas) nio esto em escala (como normalmente € feito para repre- sentar voltagens, ctc.); por outro ado os Angulos entre os vetores podem ser lidos como diferen- gas de fase em graus. O vetor V, € tomado como referéncia. No secundirio a corrente indu: zida I, se atrasa (ou se adianta) em relagio a V, quando a fre- iiéncia “fica maior ou menor que a freqiiéncia intermediét As tenses Vy e Vu no secundé- Tio esto defasadas de 90° em relagio_a I, qualquer que seja a posicio assumida por I,. Por- que 0° secundério tem tomada central, Vu e Va sio. sempre iguais ¢ defasados de 180° entre As fig. 5 a, b, ¢ mostram as trés situagdes possiveis em que a freqiigncia instantinea € mai menor ¢ igual freqléncia in- iério L; consiste de pou- cas espiras enroladas sébre 0 primério L, (acoplamento cerra- do). Assim’ V, ndo oscila, fican- do fixo e a 180° com V,. A tensio Vir aplicada a0 ca- todo do diodo D; é resultante da soma de Vy e V,. Anilogamen- te Vu aplicada a0 anodo de Ds € resultante de Vo + V.. Por exemplo, quando I, se_adianta em relagio a V,,Vis é maior que V.: (fig. Sa) e pelo diodo Ds ppassa maior corrente que por Ds. Com um circuito projetado con- venientemente a relagio Vu/Va segue fielmente a modulacdo de assim como I, € para a es querda de V,. ‘A corrente através de cada diodo tem dois caminhos no la- do do secundirio; os caminhos para D; sio: (a) BCDEFA e (b) BCDEGHA enquanto para _D, sio (a) FABCDE ¢ (b) FHGE. Os caminhos indicados por (b) tem um trecho comum L:R\C, € devido a0 modo como os dio- dos sfo conectados suas correntes através de L; RC; sio opostas Na freqiiéncia intermediéria, quando Vis = Vz, no ha saida de audio em G. Acima da Fl, a corrente segue a direcio HGE (quando Va > Ver, ou na dire- do EGH para f'< f, (quando Vis < Vu) onde f, € a FI. As va- 3 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 +8 PLACA OU GOLETOR. 00, ESTAGIO FINAL be Fr riagdes em Via € Va so retifica- das pelos dois diodos © os vesti gios de FI sto aterrados por Cy, Apés a filtragem da FI, 0 sinal de dudio passa por GR: que € 0 circuito de de-énfass, normalmente colocado esse ponto. A fungdo de GR: € com- pensar 0 reférgo de agudos (pré- énfase) aplicada no transmissor. © ssinal de audio original mes- mo é aquéle que passa pelo ca- pacitor de bloqueio C,. Dai se- gue para um potenciémetro de volume e a seguir para o pré- amplificador da etapa de dudio. A principal vantagem que o detetor de relacio oferece sébre (0 outros demoduladores € a re- jicdo de AM. O detetor visto no limita a amplitude, mas. su- prime modulagées em’ amplitu- de indesejiveis pelo “aplaina- mento” dos picos. dos sinais de FI. Suponhamos dois capaci res iguais Cx e Cy, que no co- nectados através da carga do diodo (fig. 6) de as a kz ento desde que ha trés pontos equiva- lentes aterrados (pontos E), 0 Circuito pode ser redesenhado’ tal que Cy no circufto real -corres- onde a Cy no circuito hipotético Além disso, 0 ponto G correspon: deri A conexio comum G" de Cxa Cy. A relagio Vx/Vy das tenses Cx ¢ Cy seria a mesma da relagio Vio/Vu. Assim, a ten- siio de Saida tomada em G" varia- ria como a freqiiéacia (modula- dora) de éudio; 0 problema é ev que qualquer AM afete a rela- clio Vx/Vy. A solugio € manter a'soma Vx + Vy constante; entio revista. ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 Iupicaor DE SINTONIA eae Vx/Vy ainda varia na frequén- cia moduladora, mas a tensio de saida de éudio & por assim dizer “amarrada” na tensio estabiliza- da Vx + Vy e niio pode ser af tada por AM. A tensio sobre R, & mantida constante por Ci, que tem um valor suficiente (5 a SOW); € 40 Cs af] aE WF rl] 02 Se, entretanto, a alteragio de intensidade do sinal é larga — como quando o aparelho esti sendo sintonizado — a corrente introduzida ou retirada de C. nao € compensada pelo segundo meio ciclo de modulacao de am- plitude. Assim a tenso sobre C: cai ¢ sobe de acérdo com a in: tensidade média do sinal e pod ser usada para contréle automi tico de ganho (CAG) ou para excitar um indicador de sintonia. Quando 0 circuito real tem capacitores correspondentes a Cx e Cy a corrente de a; passa por RIL, através de “Cx” ea corren- te de a) passa por RiLy através “Cy”. Mas apesar de C, corres ponder a Cy, Cx nfo é impres- cindivel na pratica; ¢ assim a corrente de a; circula por BCDEGH em vez de Cx GH. Os caminhos da corrente a, e a, entio, no so mais equivalentes: © circuito € dito “desbalanceado” porque sua simetria foi destruida, fe a supressfio se torna algo me- nos efetiva, ‘A supressio pode ser metho- rada aumentando o valor de Ri, e inserindo resistors. (desiguais} para balancear a © ks (lineari- zando as caracteristicas dos dio- ssaioa De Auo10 FIG. 7 impedida de acompanhar a aw: liofrequéncia pela escolha ade- quada da constante de tempo RC. Quando a modulagio em amplitude sObre FM entra no detetor faz 0 sinal subir momen. tineamente, ambos 0s diodos passam a conduzir mais (portanto Vio e Vx) aumentam) e uma cor- ente extra atravessa Cy; a cor- rente € “puxada” de C; quando © sinal cai no meio ciclo descen- dente da modulago em ampli- tude. Meios-ciclos sucessivos de AM cancelam um ao outro gragas i agio de volante (inércia) de Cy. dos), € deixando a queda de ten- slo através déles cestabili- zada. DETETOR FOSTER — SEELY No detetor Foster-Scely (fig. 7) a tensio do circuito primario V, € aplicada, por meio do capa- citor C, & tomada central do secundério (que esti acoplado ao primirio indutivamente). A fase relativa da corrente do secund: rio, e entio da tensio do secun- dario, muda ripidamente com a fregiiéncia instantinea porque 0 secundario € sintonizado na por- 33 tadora ou frequéncia central do sinal (FI). O. diagrama_fasorial da tensio. priméria V,, corrente priméria I, e tensio V; induzida no secundario & dado pela fig. 8, A corrente no secundario I, esté ‘em fase com a tensio V; quando © circuito esté em ressonancia, Ns % FIG 8 Como no detetor de relacio, com 0 desvios da frequéncia (acima ¢ abaixo da ressonincia) a cortente no secundério I, se atrasa ou se adianta tensio in- duzida V;. As tensOes através do secundério Vu e Va sempre fi- cam defasadas de “aproximada- mente 90° em relagio A corrente secundiria. Quando a frequéncia € igual a FI (ressonincia do cir- cuito) Va ¢ Va ficam defasados de 90° aproximadamente com re- lagdo & tensio priméria Vy (fig. 9a). A soma do vetor V, com Vu dé Va. que € a tensio aplica- da ao diodo D, ¢ seu resistor de carga. Analogamente Va (prove- niente da soma vetorial V,-+ FIG. 9 (a) 34 FIG. 10 + Va) 6 aplicada a0 diodo D, ¢ seu resistor de carga. A tensio de saida € a soma algébrica das tens6es na carga dos diodos V; e Vs, porém como as correntes cit- culam em diregdes opostas atra- vés dessas cargas, a tensio de saida realmente & a diferenca entre essas duas tensGes de car- ga. Assim, se as resisténcias de carga sio iguais, a tensio de sal- da € zero quando a frequéncia € a propria FI, jé que o secun- rétio esté sintonizado na FI (0. ‘Quando a freqiiéncia sobe, isto & fica maior que f, (frequéncia central = FI) temos 0 grifico de vetores da fig. %b. Entio. Vo fica maior que a tensio Vo sdbre 0 diodo D; e sua carga, A Giferenca entre essas duas. ten- ses produz uma tensio de sa ‘sy tfc ree da de polaridade positiva, pois Y, fica maior que V: (na fig. 7). Se, por outro lado, a frequéncia iui abaixo da ressonancia (f), a corrente secundiria defa- sa, como ja visto, de modo que a tensio de saida se torna nega- tiva. Se 0 desvio de frequéncia fica dentro do trecho plano da curva de resposta do circuito de acoplamento, a tensio de safda € essencialmente proporcional a0 desvio de frequéncia (trecho reto da curva “S” do. discriminador (@emodulador) — fig. 10. Esta fi tetor Foster-Seely. O circuito & sintonizado em f,; fy € f, sio os chamados “picos ds curva S”. Essa linearidade entre tensio de safda e desvio de frequéncia & bastante boa se o desvio nao ex- cede a 70% da faina de resposta. © Circuito de acoplamento, en- to, € duplamente sintonizado ¢ © acoplamento (entre primério Ly e secundirio L.) é ajustado de tal modo que a resposta seja a ‘mais plana possivel. ‘As resisténcias de carga dos diodos so escolhidas de modo que se consiga 0 Q desejado no circuito secundério, Os capaci- tores C, e C; em paralelo com as cargas R, ¢ Rs, dio passagem & RF e permitem que as tensGes da carga sigam os picos das tenses de RF aplicadas a0 dio- do (como nos detetores de AM). Apesar de o detetor Foster Seely ser provido de boa lineari- dade, a sua sensibilidade a vari desde amplitude (do sinal de entrada) obriga ao uso de bons mitadores na etapa de amplifi cagdo de FI, do contrério a re- jeico a interferéncias sera baixa. Por isso a rejeigio de AM do Foster-Seely nio é melhor que aquela obtida com o detetor de relagio. 37 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 Ll} am UL mmo “PorRTeiRO ELeTRONICO” Alfredo Fiedler Lap. Aplic. IBRAPE APRESENTACAO, Nio ha aquéle que nio se aborreca por ter que interrom- per sua tirefa ou seu lazer em casa para ir até 0 porto aten- der alguém que esté chamando. E muitas vézes 0 chamado pode ser satisfeito apenas com uma ples resposta do tipo ““fulano no esta’ “hoje nao Nessas horas viri bem a “calhar” um _porteiro. Bem, mas, a existéncia de um porteiro implica numa série 6b- via de desvantagens: salétio, faltas, reclamagées, férias, ete. is aqui também para vocé a oportunidade de “substituir 0 ho: mem pela méquina”, melhor di- endo, substituir porteiro pelo teiro eletrénico”. Este apa- rélho no passa de ‘um interco- municador que, como tal, com: preende uma etapa amplificadora de baixa frequéncia. F nessa eta- pa que esti a surpresa que éste artigo Ihe traz: o conjunto de componentes (“Kit”) M101 com cireuito integrado. A etapa de 4udio assim constituida € enor- mente simplificada e facilima de ser montada. O MIO1 contém todo o material necessério para a montagem de um amplificador de audiofrequéncia, capaz de proporcitinar uma poténcia de safda de 1 watt sobre uma carga de 8. A compacidade de leve- za sfo elevadas a0 maximo por- quanto 0 M101 inclui um CIR- CUITO INTEGRADO — o TAA300. Certamente, ja nfio é de hoje que vocé “estava louco” para por as mdos num circuito in- revista. ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 tegrado. Agora é © momento cer. to para vocé conhecer 0 “super componente” da atualidade. Se J 0 conhece, entdo, esta é mais uma razo pora vocé acumular novas experiéncias. © MI01 exige 9 volts de ali- mentagio e nés adotamos uma fonte regulada. Optamos pela fonte regulada por razdes que adiante se esclarecerio. Todavia, se vocé quizer, pode utilizar 6 as uma vez que o consumo & baino. Os altofalantes sio de alta impedancia (150 ohms), por isso mesmo nio muito usuais, Con- tudo, éles sio facilmente encon- trados no comércio. Sio_ usados altofalantes, um no portio e outro dentro da residéncia (por exemplo na copa), sendo que éste fica encerrado'na caixa do intercomunicador que também contém a chave inversora que se- leciona as funcGes “falar-ouvir”. porteiro eletrinico ora apre- sentado foi projetado de tal modo que o altofalante externo dista uns 100 metros do aparé- Iho. Veremos adiante com mais detalhes que essa distincia pode ser aumentada ou bastante dimi- nnufda sem maiores implicacdes. FUNCIONAMENTO Antes de apresentarmos 0 circuito completo vejamos o fun- cionamento do porteiro cletré- nico de forma simplificada, isto 6 em blocos. Na figura 1 (omi- tida a alimentago) se ilustra 0 quanto & simples 0 nosso aparé- tho: F; (altofolante interno) 6 0 que fica na copa (dentro da re- sidéncia): Fr (0 externo) é 0 ins- talado no portio; 0 amplificador € 0 quadripolo que possui_ uma entrada de sinal e uma saida, € 0 outro quadripolo é a chave inversora $2 que apenas inverte as funcOes dos altofalantes. Bstes tém duas fungdes, dbviamente nao simultineas, uma como mi- crofone € outra’ como altofolan- te mesmo, A chave $2 é de alavanca com mola de tal modo que esté, nor- CHAVE Ny, 52 "AMPLIFICADOR 38 23 Beveercon Fe 50m) 400 METROS ‘malmente na posigio “ouvir” (po- _tenciémetro P1_¢ o transforma- _do falante Fs externo (quando S2 sigGo de descanso), qual seja, F, dor Tri de saida (ver figura 3). esta a posigio de descanso, ou funcionando como microfone ¢ Sobre éstes dois componentes _—_seja, posigo. “ouvir” ou o inal F, como reprodutor da informa. _explanaremos a seguir. vindo do falante | F, interno glo amplificada pelo M101. En- PI é 0 potenciémetro de volu- (quando S2 esté em “falar”); por tio, se alguém chega a0 portio «me e, como tal, permite 0 ajus- _isso PI controla o volume tanto ce chama, por exemplo apertando te do nfvel de ‘dudio mais ade- num altofalante como no outro. ‘a campainha, ése alguém € pos- quad & intercomunicagdo entre © cursor de PI vai conectado to em comunicacio com 0 inte interior da casa e portdo, pois a entrada do MIOI (ponio B). O rior da casa (onde é feito o cha- _intensidade da voz varia ‘de pes: extremo “frio” de PI vai ligado veamento. das fungées “falar e soa para pessoa, alm do que a ao ponto A (masse) do MIOI. ouvir” pelo acionamento da ala- distancia entre "0 altofalante e © capacitor C em paralelo com vanca da chave $2). a pessoa depende da posicio des. PI seré visto adiante com deta- ta. Pl permite ajustar tanto o thes. Na figura 2 temos o circuito volume em Fr (quando a infor- Trl € 0 transformador de sai- completo que melhor esclarece 0 _-magiio vai da casa para 0 portio, da. Vejamos porque se torna funcionamento. O M101 propria- isto’ é, S2_na posigGo “falar”) _necessirio © seu uso nesta apli- mente dito dentro do retingulo quanto o volume em F, (quando cago do M101. Quando _S2 sombreado é, por assim dizer, 0 a informogo vai_no sentido in- est na posicio “falar”, F, fun- coragio do porteiroeletronico, isto € $2 na posigio — ciona como _microfone, 0 sinal Mais adiantz detalharemos 0 elétrico por éle produzido vai ao M101; Tembrar que P1 —potenciémetro. PI e depois € Jo apenas um quadripolo, cuja € um potencidmetro com chave _amplificado pelo M101. Analise- entrada se situa entre os pontos que liga ¢ desliga a ali mos 0 que, acontece se 0 altofa Ae Bea saida entre os pontos da réde (€ a chave SI lante Fe for de 89 ( que & a De E (ou F). EB claro que 0 no circuito da fonte da figura 2). impedincia de carga exigida pelo bloco amplificador indicado na Um dos extremos de Pl vai & © MIOI): Fr é ligado a saida D e figura 1, em relagdo a0 terra ¢ 0 extremo “vivo” ligado aE do M101 por meio de um fio completo da figura 2, inclui um polo da chave $2: éste polo duplo de 100 metros de compri- 60 MIO1 como também o po- pode receber o sinal proveniente mento (pois Fe fica no porto 36 3 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 ENTRADA Peat hates ¢ 0 amplificador dentro de casa). Ora, para impedir atenuagdes aprecidveis no fio duplo a resis (éncia Chmica que éle deve ofe- recer tem que ser pelo menos dez vézes menor que impedincia da carga, qual seja, Rie tem que ser por volta de 0,8 ohms. Como © fio é duplo, entdo temos duas vézes 100 metros, isto & compri- mento total de 200 metros. Veja- mos qual é a bitola do fio que satisfaz essa condicio (200m 0,8 ohm): entrando numa_tabela de fios na coluna que di ohms por km encontramos 0 fio n° 10 que é 0 fio imediatamente abaixo daquele por nés exigido, ou seja, 1000 m — 4 ohms (que é a mesma coisa que 200m — 0,8 ohms). © problema é que 100 metros de fio duplo n.? 10 custam muito caro. Se partirmos para uma so- lugdo intermedisria, isto 6, ado- tar fio mais fino ¢ portanto mais econdmico, perdetemos sensibili- dade e poténcia de saida. Pelas razdes acima expostas adota-se a seguinte solugio: alto- falante de alta impedincia. Opta- ‘mos pelo falante de 150 ohms que existe no comércio. Como 0 MIOI exige que a carga tenha impedincia de 8 ohms, torna-se necessirio casar a carga de 150 ‘ohms & safda do MIOI (8 ohms). Para tanto recorremos a um transformador que também exis- te na praga; éle no casa ex: tamente 8 com 150 ¢ sim 8 com 125 ohms, porém ésse_ descasa- mento (pelo fato de a carga ser 150 ohms e no 125 ohms) é perfeitamente desprezivel. Vejamos agora qual pode ser © fio duplo que liga Fr a0 inter- comunicador, e quais as vanta- gens da nova bitola usada. Sendo agora altofalante de 150 ohms a resisténcia dos 200 metros de fio (Rue) pode ser da ordem de revista ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 Mi01 15 ohms. Escolhamos 0 fio n° 24 que possui 84,4 ohms, por km, ou seja 17 ohms por 200 metros. Para que o leitor tenha uma idéia da diferenca entre 0 fio 10 (visto anteriormente) e 0 fio 24 realmente adotado, vamos cnuin- ciar um dado que a tabela de fios exprime, péso por 1000 me- tros de fio: © 0.9 10 (ni) possui 46,7 kg por km enquanto que 0 nS 24 (ni) tem 1,82 kg por km. Quando a chave S2 passa para a posicio “ouvir” Fy deixa de funcionar como altofalante pas- sando a microfone. Nessa fun- Go 6, igualmente importante que sua impedincia seja muito maior que a resisténcia Ghmica do fio ue 0 liga ao aparéiho, pois, do contririo, © sinal produzido’ por Fe chegaria muito atenuado a entrada do M101. Quanto a F, poderia ser de 8 ohms pois éle fica jumto do M101, nao haven- do problemas de atenuacio na fiagao; assim, para essa impe- dancia de Fi, niio se poderia fazer uso do’ transformador de saida; tampouco haveria proble- mas quando F, funcionasse como microfone, pois 0 M101 funcio- nna igualmente bem, mesmo com baixa impedincia’ na entrada. Mas, para atender a uniformiza- Go| (quer dizer _altofalantes iguais) © para isolar a saida do MIO1 da carga (principalmente FIG. 3 © falante externo), entio, esco- Inemos F, € Fr ambos de 150 ohms. 0 “KIT” M101 © conjunto de _componentes MIOI 6 extremamente compacto, simples € robusto gracas ao cir euito integrado TAA300. Esic interessante Cl integra nada me- Ros que onze transistores, cinco diodos e quatorze resistores (vide RE n® 28, pag. 236, *Circui- tos integrados lineares"). Tal concentragio de _componentes cexige cuidados e atencdes redo- brados em relacdo aos compo- nentes convencionais, ¢ isso vere- mos logo. mais. © MIOI foi recentemente lan- ado no mercado pela IBRAPE. Inclui todo 0 material necessirio ‘montagem de um audio- ador de 1 watt de saida sObre uma carga de 8 ohms. ‘Além do TAA300, dos resistores e dos capacitores 0 “kit” traz uma plaqueta fenélica com fiagi0 impressa, um radiador térmico de aluminio unodizado, seis ter- minais para conexdes externas, um metro de solda especial e de- talhadas instrugdes de monta- icages dio uma idgia clara da categoria désse névo “Kit”: Tensio de alimentagio Pot. mix. sbre 8 ohms Distoredo & pot, max. Distorgio inicio do corte Pot. no inicio do corte Sensibilidade Impedincia de entrada Rel. sinal/rufdo minimo Consumo sem sinal (9 V) Consumo & pot. méxima Faixa de resposta ov Iw 9, 2% 13% O77 10’ mv 12 kQ. 60 dB 7.5mA 150 mA 100 Hz -20 kHz CUIDADOS: Em se tratando de um amplificador com circuito integrado a aplicagio de tens6es indevidas @ qualquer ponto do eircuito pode provocar destrui- 0 de tédas as jungSes internas. ‘A ocorréncia de ligagdes erradas ou abertas, bem como de “eur- tos", entre os terminais de qual- quer componente ou entre partes da. fiagio pode acarretar_apare- cimento de tenses capazes de danificar parcial ou totalmente © aparélho. Diante dessas cunstincias vamos lembrar_al- guns pontos de atengdo quanto as soldagens no s6 importantes para o MIOL, mas também para qualquer chrcuito integrado: a) a presenga de tensio_ na ponta do soldador provocaré a Gestruicdo do CI TAA30O. Veri- fique se 2 ponta do ferro de sol- dar std. completamente isolada da réde elétrica (utilize um pe- queno provador neon em série com a ponta do soldadon. Em caso de diivida, desligue 0 solda- dor (retirando 0 “plug” da toma- 4a}. no momento de efetuar qual- quer soldagem aos terminais do Circuito integrado; ) utilize sdmente a solda for- necida com o MIOI; ¢) mantenha perfeitamente lim- pas as partes a serem soldadas € a ponta do soldador, @) execute as soldagens com izando a quantidade estritamente necessiria A dissipagio do ferro de soldar na deve. ultrapassar 50 watts; ©) a ponta do soldador deve ser aplicada & jungio do termi- ral do componente com a fiagio impressa. Mantenha a ponta nessa posicio até que a solda aplicada & junta (e nfo 3 ponta do soldador) derreta € envolva 2 conexio; ) utilize pouca solda (apenas © necessirio); £) nfo abale a conexio antes que a solda esfrie. ‘As operagdes de montagem ¢ © ajuste da polarizagio esto também clara e precisamente ex- plicados no folheto do instrucdes do MIO1. A FONTE Consta das instrugdes que acompanham o MOI que “a tensio de alimentagao (9 V) pode ser fornecida por um conjunto de seis pilhas comuns de lanter- na, ligadas em série, ou por um eliminador de pilhas (9 V, 150 38 mA). © valor da tensio de ali- mentagdo mio pode ultrapassar 10 Volts, em nenbuma_circuns- tancia, sob pena de imediata des- ‘truigéo do aparélho”, Assim sendo, optamos por uma fonte regulada, eliminando- se 0 problema da sobretensio da réde elétrica e gara i desempenho na condi tensio. A figura 4 ilustra 0 circuito utilizado na fonte de alimenta- so. O transformador de forca Tr2 pode ser facilmente encon- Tp wovicay tindo retificagio de onda com- pleta com dois diodos DI e D2. CI faz a primeira filtragem © em seguida vem a unidade regu- ladora_composta do_ transistor série TI pnp, de D3 (diodo Zener) como referencia, de RI que auxilia na polarizacio de D3, © de C2 que estabelece a fil- tragem a saida fonte. Como se pode observar a fon- te & extremamente simples dada a baixa poténcia em jogo. Os componentes de retificacio, fil- tragem e regulacdo sio__monta- dos numa nica placa fendlica FIG. 4 trado no comércio; tem dois en- rolamentos no primério podendo assim ser ligado a 110 V (enro- lamentos em paralelo — ver fig. 2) ow a 220 V de réde (enrola- ‘mentos em série). Tr2 tem toma- da central (T.C.) no_secundirio © V (CA) + 9 V (CA), permi- 9vical re ovicn) Tez] co S 6a0q, ‘ev ey ce Bzyae/| 64on COVE 1 \ TW ew 1 sevice) m FIG. 5 com ilhoses (pode também ser em circuito impresso) — ver fi- pura 5. CONSTRUCAO © aparétho foi montado numa caixa metilica de 165 x 225 x 40mm. Os diversos subconjuntos do porteiro eletrénico foram todos montados (com excecio do falante externo F;) na face inte- rior do painel frontal. Nela, en- Go, foram atarrachados (ver fig. 6) © altofalante F,, o transforma- dor de saida Trl’ e 0 de forca Tr2, as unidades pré-montadas MIOI e retificadora — regulado- ra da fonte de alimentacio, o potenciémetro Pl com chave ‘SI, a chave S2 ¢ as barras conecto- ras. Todos ésses componentes ilustrados na figura 7, estio ‘apresentados sem as. respectivas interligagées (fiago); apenas mostramos a posi¢ao déles. s6- bre a chapa (que é a face inte- rior do painel da caixa) para que (© desenho nio ficass:_confuso. Por essa razio o chapeado da fiagio é apresentado na figura 6, onde aquelas diversas partes sto corretamente interligadas. A figura 8 mostra a face inte na do painel frontal do aparélho indicando 0 furo do altofalante 3 revista. ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 ke || | (°) re st [ea ee Ls # z 2 FIG. 6 ALTOFALANTE EXTERNO F,, 0 rasgo para a alavanca da chave $2, 0 suporte 0 potencié- metro PI, os 4 furos de fixagio do painel, os calgos de ferro de 3 mm soldados a ponto (podem igualmente ser presos com para- fusos e porcas) no lado interno do painel frontal. Todos os cal- gos tém furo com rosca para pa- rafusos de 3 mm os quais servem para fixar as partes indicadas na fig. 7. © painel pode ser fixado a revista ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 quatro_cantoneiras que por sua vez estio solidérias com as ares- tas formadas pelas faces laterais superiores da caixa. A figura 9 apresenta 0 paine! traseiro com 4 furos para a pa sagem dos parafusos responsdve pela fixacdo da caixa (aparélho completo) & parede, de modo que fa caixa permanece fixada na po- ich I. OBSERVACOES #) Todos os cilculos ¢ ex- periéncias foram efetuados con- tando com 100 metros de distin- cia entre o falamte externo e 0 aparélho em si. Todavia, pode- mos adiantar que até uns 300 usando mesmo fio duplo n.° 24, nao ha- veria grandes problemas. Apenas a queda de poténcia devido a 39 UNIO. RETIF_€ REGULADORA ° ° ° ALTOFALANTE Fr Tre FIG. 7 La MIOt Pt 2 CHAVE S2 ° ° duas razdes: a) perda no fio ja 7 I aprecidvel, devida & sua resistén- 6 1}. Ga Ohmica, que é entdo triples. 2 da; ¢ b) descasamento saida do MIO1, pois a nova carga seria maior’ que 8 ohms, (impedncis refletida no primério de Tr!). ‘A perda devida ao item b) s6 corre quando F, funciona coma microfone. Mesmo a_perda nio Seria maor-que 3 dBr ou sia de IW. de" poténein’ maxima, passarfamos ter" 0,5 watt de stida em F;. Lembramos que 0 ouvido ftumano comega a. perceber au mentos (ou decréscimo) de potén Gin s6 a apartir de3 dB de vari oo Gutro problema possivel_pro- veniente também do aumento. de comprimento do fio € a maior caplagdo de sinals. indesejévels (ar 3 obs). 28) O capacitor C (indieado na figura 2 ¢ figura 6) om pars. Telo com Pl 6 deverd ser wsado se realmente ocorrer 0” seguinte problema: devido a extensio do Fio que vai do intercomunicador 20 allofalante externo Fe, ste flo foneiona como. antena’'e capia Sinaisirradiados. "Entfo, pode acontecer que sdbre a informa- FURO PARA (0 ALTOFALANTE 225 46! FIG. 8 DIMENSGES EM mm 40 37 revista. ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 JANEIRO-FEVEREIRO FIG. 9 Go proveniente de Fe interfiram sinais de radiodifusio em maior ‘ou menor intensidade dependen- do da poténcia do sinal_irrac do ¢ da melhor ou pior captagio do fio (antena), apesar de éste ser instalado subterrineamente. © capacitor C deve ser de cerimica de talvez 47 nF (ex- perimentar varios valores. dife- Tentes), Se_nfio se resolver $6 com C, entdo, sera necessario um filtro LC passa-baixas junto ao potencidmetro de volume. 3.9) Este porteiro eletrOnico pode ser usado como intercomu- nicador simplesmente, por exem- plo, em casa comunicando a co- pa com o quarto das criancas. Em qualquer caso em que 0 fio duplo tenha que ser bem menor que 100 metros, nfo haverd pro- blema algum: tudo aqui descrito LISTA DE MATERIAL RI — Resistor de carbono, 1200, 1/2 W, = 10% PI — Potenciémetro de carbo- no, Wks (wu 20 KAN), log. © —Cap. cerimico, 47nF (ver texto) — Cap, eletrolitico, 640 uF, 16 C2 — Cap. eletrolitico, 640 uF, 16V — Diodo de silicio, BY126 D2 — Diodo de silicio, BY126 D3 — Diodo Zener de 9,1V, BZY88/C9V1. TI — Transistor de germinio PNP, ACI88 82. — Chave de alavanca com mola, 2 polos 2 posigdes ELETRONICA Weve 3D ‘Trl — Transformador de saida, Willkason cédigo 6.524 Tr2 — Transformador de forga, Willkason cédigo 1.059, Watson cédigo 11.059, ou equivalente Fe — Altofalante, 4” x 4", 150.0, Telart c6digo, 300-F/150. F, — Altofalante, 4" x 4”, 1500, _Telart cédigo 300-F/150. Fio duplo, AWG # 24, primento conforme a necessidade (ver texto); Cordio de fora para 110V (CA); Barras conectoras (ver fig 6). Ml AVALYOLA DE REATANIGL © processo de modulagio em frequéncia envol- ve variagio da frequéncia da onda portadora. Essa frequéncia pode ser alterada variando-se uma ca- pacitfincia ou uma indutancia, ou seja, qualquer rea- tincia no circuit oscilador” que gera a portadora Virios componentes eletrnicos podem para impor variagdes de reatincia. Neste artigo abordaremos apenas a vilvula de reatfnci que tem a capacidade de variar indutiva ou capa tivamente. FIG. 1 A figura 1 € um simples diagrama do oscilador da portadora com seu circuito sintonizado. Através ‘désse circuito, mostrado em linhas tracejadas, esta colocado um’ microfone capacitive, o qual poderia impor a modulacio em frequéncia que se deseja. ‘A capacitincia désse microfone poderia ser empre- gada para variar de ac6rdo com a pressio sonora resultante do sinal de audiofrequéncia. Podemos di zer que a capacitincia do microfone varia de + AC. A capacitincia total entio seria C, + AC. ‘Sem sinal de dudio a frequéncia de oscilagao sera: 1 f 2" VLC Quando o sinal de éudio € aplicado, a frequén- cia modulada val 1 —————— 2m VE (C+ ac) a Ao invés de microfone capacitive poderiamos colocar uma indutfincia variével através do circuit intonizado LC... Entio a frequéncia modulada seria Tepresentada por: 1 2n Vil = abe Na pritica recorre-se usualmente ao uso da val- viével. Esta é uma vélvula que se comporta como capacitincia variével ou indutincia _varidvel dependendo do circuito no qual ela é usada. A mudanga em indutncia ou capacitincia é governada Pela prépria valvula, ou, mais precisamente, pelas variagdes na transconduténcia da valvula. A’ figura 2 nos mostra um circuito ressonante do oscilador de R. F. ¢ direita a vilvula de reatincia que de- sempenha 0 mesmo papel do microfone capacitive na figura 1 ou como indutincia varidivel. FIG. 2 Nos circuitos praticos as impedincias Z, e Zs so um resistor, um capacitor ou uma bobina, Dependendo do componente realmente usado no lugar de Z, € Z;, as impedincias mais a valvula passam a se comportar como bobina ou capacitor variavel. Suponhamos que Z; seja um resistor Re Zs um capacitor C (ver figura 3). Nés podemos agora escrever a equacio do triodo: 7 revista ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 E S.E, — — R, Supondo que a resisténcia interna do triodo nita” (Ry = co) nds sabemos que E./ Ry FIG. 3 A notacio usada até aqui é a seguinte: corrente de anodo transcondutancia da_valvula tensio de grade tensio de anodo resisténcia interna da valvula Em seguida E, pode ser calculado de: E, 1 E, = ——_ . — 1 joc R+—— ou, ins " E, 2 2 1+ ORE Substituindo a equagio 2 na equagio 1 obtemos: SE. ae @) 1 + jwRC Para a relagio i s sys Ez. 1+ jwRC nds ensontramos depois de efetuado: s ~jwrc 1+joRC 1—juRC S—i8 wRC Y = ————_ 1+ (@ ROP s S wRC y=——__;_°* 1 + (wRC)? 1 + (wRC)* Quando nés poms Y=yY, +¥: nés obtemos s 1 + (wRC)* revista ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO. 1970 SwRC Y= ——____ if + @ RO)y Isso implica que Y, é a admiténcia de uma resistén- cia pura, 1+ (w RCY s Y; a admitincia de uma bobina, 1+ (@ RC ——_ Oo) Sw RC Isso prova que, pelo uso de circuito, nés obtive- mos um induténcia varidvel e que as variagées si0 uma fungio da transcodutincia S da valvula Consideremos um outro exemplo € 0 resolve- mos com 0. auxilio do diagrama vetorial, consultan- na figura 4. FIG. 4 Comecemos supondo que wl é muito maior que R. Em seguida, localizamos a corrente I, que atravessa Le R, a0 longo do eixo horizontal do diagrama vetorial (figura 5). Esta corrente da ori- gem a uma queda de tensio através de Le R, que é também localizada no diagrama: Ex em fase com I, e FE, em quadratura com ela (a corrente através de uma bobina se atrasa de 90° em relacio tensfo), A resultante de E, com Ey é E,. Entio segue i, = S-E,, isto é em fase com E,, assim i, pode ser posta na mesma ditesio de Ex, i tr e t FIG. 5 Da figura S vemos que E: sendo muito maior que Ex, a diferenca de fase entre i, e E, pode ser tomada’ igual a 90°, com E, adiantado (convencio- nase que 0 sentido ‘positive € 0 anti-hordrio). Esta uma prova de que a valvula se comporta como uma bobina, Usando as mesmas férmulas, também podemos provar que a indutincia dessa’ “bobina” varia como uma fungao da transcodutincia da vAl- vula, (Cont. na pig. 61) B 0 DIODO,0 TIRISTOR E OS SINAIS DE TRANSITO Néste artigo ¢ aborda porando- com os efeitos dos sinoi ‘na anclogia que existe entre os uuso dessos analogias damos alguma 0 DIoDo De um modo geral quase todos os aparéthos cletrénicos possuem um dos componentes mais im- portantes, que é 0 diodo. © diodo € um componente no qual a corrente elétrica pode passar numa direcio mas nao na dire- ‘go oposta. Em térmos téenicos dizemos: 0 diodo € capaz de retificar corrente alternada (corrente que flui para a frente e para tris num condutor, 0 qual pode ser um cabo, lamina metilica, etc). SIMBOLO DO DIODO Nos diagramas de um circuito eletronico que ‘mostram as interconexdes dos componentes 0 diodo 6 indicado pelo simbolo da figura 1. A corrente x FIG. 1 Ny pode sdmente caminhar de y para x, em outras pa- lavras na diregio da seta; ela nao pode fluir na di- regio oposta (de x para y). ‘Se a0 terminal x (0 eatodo) do diodo 6 dada a cor vermelha ¢ a0 terminal y (0 anodo) ¢ dada a cdr azul, o simbolo do diodo pode ser representado como ma figura 4 (vale aqui sempre a legenda de bres da fig. 2). ‘A primeira bateria foi feita hi muito tempo atris, e foi estandardizada a do polo po- sitive por vermelho e do negativo por azul Essas céres foram usadas desde quando os polos da bateria foram identificadas pela colocacio de uma tira de papel litmus umedecido, “papel para teste de polaridade” como foi chamado, nos termi- nais da bateria, No polo mais 0 papel litmus vira vermelho e no polo menos vira azul. Como os dio- dos sio muito frequentemente usado em fontes de poténcias para alimentar circuitos os terminais sio consequentemente marcados para indicar a polarida- de, Assim o terminal do diodo do qual a corrente parte para circular no circuito tem que ser mareado em azul. rT ‘A comps é boseade: ra representar éstet dois componentes © do diode ¢ do tiristor ¢ efeitos dos sinais de tréfego no corrente de veiculos que passam pelos estradas. Faxendo de como além de ser um modo muito facilmente memor jes Componentes cletrénicos of SINAIS DE TRASITO A atengio dos motoristas € voltada para as regras de transito por meio dos sinais de tréfego. Esses sinais influem na corrente de veiculos que passam através das ruas ou numa ou em ambos as, diregdes. Nas ruas de mio Gnica o tréfego 4 permi: tido numa Gnica direcio somente. SINAIS PARA RUA DE MAO UNICA Um sinal de “transito permitido” com uma seta branca num retingulo azul é colocado a entrada de uma via de mio Unica, No outro extremo dessa via existe. um sinal de “contramao”, 0 qual consiste ‘numa barra branca horizontal dentro de um disco vermelho, LEGENDA Maw VERMELHO FIG. 2 Desde quando os primeiros sinais de trafego foram introduzidos ha muitos anos atras ficou esta- belecido que se faria uso do valor psicolégico das Nos sinais de trafego a cor vermelha, por cau- sa do seu poder de chamar atencio, é usada em combinagio com sinais redondos para indicar ordem e a cOr azul em combinago com sinais de infor- ‘macio retangulares Contudo, € por puro acidente, nem previsto pelas autoridades em sinais de trafego nem por nnossos avés amantes do papel litmus, que a analogia entre sinais de mao Gnica ¢ 0 diode nio somente mantém sua influéncia na corrente elétrica e 0 tréfego respectivamente, mas também para as cores usadas para sinais ¢ terminais 37 revista. ELETRONICA JANEIRO-FEVEREIRO 1970 FIG. 5 TERMINAL, DE COBRE COM’ CAPA VERMELHA p= ‘AN000) ccaTooo 0 TIRISTOR © tiristor € um elemento semicondutor 0 qual — como o diodo — permite corrente elétrica do seu anodo para o seu catodo, mas nio antes que um pulso de corrente suficientemente largo seja aplicado ‘no seu eletrodo de contréle: a porta Ble assim faz a funco de um retificador con- trolado, dai o nome “silicon controlled rectifier” ou SCR. Silicio (“silicon”) € usado porque 0 “coragio” do tiristor consiste résse material. Seu segundo no- ‘me e mais comumente usado hoje em dia ¢ tiristor (ste nome & emprestado do nome de dois outros componentes: o TIRatron, uma vilvula eletrénica, eo transISTOR, um elemento semicondutor; ambos tém_caracteristicas similares s do tiristor). Como © diodo, o tiristor impede corrente elétrica todo para o anodo. O tiristor somente permite a passagem de corrente sob certas condigées as quals podem ser determinadas pelo usudrio. Assim, a ago de retificagéo do tiristor permanece sob cont le externo. Este contrile é levado a cabo no ter- ‘minal porta. Se 0 polo positivo de uma fonte de poténcia ¢ conectado a0 anodo do tiristor ¢ 0 polo negative 20 catodo nao passari corrente clétrica através do tiris- tor a menos que um sinal correto seja aplicado no terminal porta. Imediatamente apés a corrente atra- vés do tiristor ser reduzida por alguma razio até abaixo de um certo valor critico (conhecida como corrente de manufencao), a corrente cessa, ou stja, ‘a condugio cessa, A condugio nio pode ser interrompida pel redugio ou aumento do sinal de contréle na porta. © ssinal de contréle de porta é gerado no circuito chamado usualmente de circuito de disparo. Se uma tensio correta é aplicada a0 anodo e catodo do ti- ristor, o instante no qual a conducio comeca pode ser determinado pelo disparo do eletrodo porta. Imediatamente apés 0 disparo a corrente atraves- sa 0 tiristor de anodo para catodo, revista ELETRONICA 37 JANEIRO-FEVEREIRO 1970 aTOOO TERMINAL DE CoBRE ric Go cara au Ke ol tO He | mmm TO) FIG. 3 A CANCELA NA VIA DE MAO UNICA. ‘Se nés providenciarmos uma cancela ¢ um ope- rador para ela numa rua de mio nica, vejamos que trara essa situacio. O trifego "por essa via sempre unidirecional gracas & seta e & barra contida nos sinais que estio nos extremos da via Entretanto, 0s veiculos s6 podem passar se a cancela esté aberta e pararéo se a cancela for fechada, Neste caso nenhum veiculo pode passar (figura 6). O tréfego € entdo completamente interrompido. Uma vez que o operador puxa o disparo a cancela abre e os veiculos podem passar. Todavia, a densidade de tréfego torna impossivel para o operador atra- vessar a estrada (figura 7). Consequentemente éle nfo pode fechar a cancela © 0 trifego continua @ fui cisparo cron TRANSITO FIG. 7 45

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