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Conceitos basicos de Luminotécnica Fatores de Desempenho Como geralmente a lampada é instalada dentro de lumindrias, o Fluxo Luminoso final que se apresenta 4 menor do que 9 irradiado pela lampada, devido a absorgao, reflexdo ¢ transmissio da luz pelos ‘materiais com que so construidas. (© Fluxo Luminoso emitido pela luminaria & avaliado através da Eficiéncia da Luminaria. Isto é, 0 Fluxo Luminoso da luminaria em servigo dividido pelo Fluxo Luminoso da lampada, Eficiéncia de luminaria (rendimento da luminéria) ‘Simbolo: 1, Unidads Razao do Fluxo Luminoso emitido por uma luminaria, ‘medido sob condigées praticas especificadas, para a ‘soma dos Fluxos individuais das lampadas funcionando fora da lumindria em condigses especificas” Esse valor é normalmente, indicado pelos fabricantes de lumindrias. Dependendo das qualidades fisicas do recinto em que a lumindria serd instalada, 0 Fluxo Luminoso que dela ‘emana podera se propagar mais faciimente, dependendo da absoreao e reflexdo dos materiais e da trajetéria que percorrerd até alcancar o plano de trabalho. Essa condigao de mais ou menos favorabllidade avaliada pela Eficiéncia do Recinto. Eficiéncia do Recinto ‘Simbolo: Ny Unidads (valor da Eficiéncia do Recinto é dado por tabelas, ccontidas no catélogo do fabricante onde relacionam-se 1s valores de Cooficonte de Rattaxao do ‘ato, paredos © piso, com a Curva de Distriouigao Luminosa da lumindria tlizada e o Indice do Recinto. indice do Recinto ‘Simbolo: K Unidade: 0 Indice do Recinto & a relagdo entre as dimensoes do local, dada por: a Were) para iluminagao direta para iluminagao indireta sendo a = comprimento do recinto b = largura do recinto pé-direto iti = distancia do teto ao plano de trabalho Pé-direito il & o valor do pé-diteto total do recinto (H), menos a altura do plano de trabalho (hy), menos. a altura do pendente da luminaria (hye). Isto 6, a distancia real entre a lumindria e o plano de trabalho (Figura 15). Fig, 15: Representa do Pé-Disio Ui Como jd visto, 0 Fluxo Luminoso emitido por uma lampada sofre influéncia do tipo de luminéria e a conformagao fisica do recinto onde ele se propagaré Fator de Utilizagao ‘Simbolo: Fu Unidade: - © Fluxo Luminoso final (itil) que incidira sobre 0 plano de trabalho,é avaliado pelo Fator de Utlizagao. Ele indica, portanto, a eficiéncia luminosa do conjunto lampada, luminaria e recinto, O produto da Efciéncia do Recinto("s) pola Efciéncia dda Lumina (7) nos da o Fator de Ullizagao (Fu). Fusn-t Determinados catalogos indicam tabelas de Fator de Uslizagao para suas lumindrias. Apesar de estas serem semelhantes as tabelas de Eficiéncia do Recinto, os, valores nelas encontrados néo precisam ser ‘multiplicados pela Eficiéncia da Lumindria, uma vez que cada tabela 6 espectica para uma lumindria e ja considera a sua perda na emissao do Fluxo Luminoso, Localizago de Dados em Tabelas Fig. 16c: Exemplo de tabela de Fator de Utlizago de luminaria Fig. 182: Exemplo de COL de luminaria Teto/Parede/Piso 751731711 551 531511331311, 0,32 0,28 0,26 0,31 0,28 0,26 0,28 0,25 re 0,39 0,36 0,33, 0,35 0,33 0,35 0,35 044 0,41 0,39 0.40 0,38 0,40 0,38 [ 048 045 043 045 042 044 042 0.51 048 0.45 049 047 045 046 0,45 E 0.54 0,52 0,50 0.53 0,51 049 0,50 0,49 0.55 054 062 0,55 0,53 052 0,52 0,51 0.57 0,55 0,54 0,56 0,54 053 0,54 0,52 0.58 057 0,56 057 0,56 055 053 0,54 0,60 058 0,57 0,58 0,57 0,56 056 0,55 | Fator de Ubizagaio Eficiéncia do Recinto Fig. 180: Exomplo do espcicagao do hmndria Uma vez que se calculou o indice do Recinto (K), procura-se identificar os valores da Refletancia do toto, paredes e piso. Escolho-se a indicagao de Curva de Distribuigao Luminosa que mais se assemelha a da lumindria a ser utlizada no projet. Na intersego da coluna de Refletancias e linha de Indice do Recinto, encontra-se o valor da Eficiéncia do Tae Recinto (Ma) unin [APB TC Eficiéncia da Luminaria Certos catélogos fornecem a Curva de Distribuigéo Luminosa junto & Curva Zonal de uma lumindria A Curva Zonal nos indica o valor da Eficiéncia da Luminaria em porcentagem. Fator de Utilizagéo Para se determinar o Fator de Utiizagao (Fu), deve-se multiplicar o valor da Eficiéncia do Recinto pelo valor da Eficiéncia da Luminaria. Muitas vezes, ‘esse processo é evitado, se a tabela de Fator de utilizagao for também fornecida pelo catélogo. Esta tabela nada mais 6 que o valor da Eficiéncia do Recinto j4 multiplicado pela Eficiéncia da Luminaria, encontrado pela intersegao do indice do Recinto (Kk) e das Refletancias do teto, paredes @ piso (nesta order). (Figura 16c) Fundamentos do Projeto de lluminacao Uma vez definidas as grandezas utlizadas nos projetos, pode-se partir para o planejamento de um sistema de lluminagao. Um projeto luminotécnico pode ser resumido em: + Escolha da lémpada e da luminéria mais adequada, + Calculo da quantidade de luminarias. + Disposigao das luminatias no recinto, + Célculo de viabiidade econémica, desenvolvimento de um projeto exige uma ‘metodologia para se estabelecer uma sequéncia lagica de calculos. ‘A metodologia recomendada propi as seguintes etapas 1) Determinagao dos objetivos da luminagao e dos efeitos que se pretende alcangar. 2) Levantamento das dimens6es fisicas do local, lay- ut, materiais utlizados e caracteristicas da rede elétrica no local 3) Analise dos Fatores de Infuéncia na Qualidade da uminagao. 4) Calculo da luminago geral (Método das Enciéncias) 5) Adequagao dos resultados ao projeto, 8) Caleulo de controle. 7) Definigao dos pontos de iuminagao, 8) Céleulo de luminagao dirigida, 8) Avaliagao do consumo energético, 10) Avaliagao de custos. 11) Célculo de rentabilidade, ‘Supondo que os itens 1 © 2 sejam de dominio do lito, analisaremos neste capitulo as etapas subsequentes. Fatores de Influéncia na Qualidade da lluminagao Nivel de lluminancia Adequada ‘Quanto mais elevada a exigéncia visual da atividade, ‘maior deverd ser o valor da lluminancia Méaia (Em) ‘sobre 0 plano de trabalho. Deve-se consultar a norma NBR-5413 para definir 0 valor de Em pretendido. Deve-se ‘considerar também que, com o tempo de uso, se reduz © Fluxo Luminoso da lémpada devido tanto ao desgaste, ‘quanto a0 actimulo de poeira na luminaria, resultando ‘em uma diminuigao da luminancia, (Figura 17) Por isso, quando do calculo do ntimero de luminarias, estabelece-se um Fator de Depreciagao (Fid),o qual, elevando 0 numero previsto de luminérias, evita que, com o desgaste,o nivel de llumindncia atinja valores. abaixo do minimo recomendado. Nesse Manual consideraremos uma depraciagéo de 20% para ambientes com boa manutangéo (escritérios @ afins),e de 40% para ambientes com manutengao 10 critica (galp6es industrials, garagens, ete.), dando origem a Fatores de Depreciacao, respectivamento, de Fd=1,25 e Fd= 1,67. Fg. 17: Compansaeao da depreciagto no caleula da ampanes Métia (tarde Deprecegto), para ‘go sbientos com bow mater Tonge Limitagao de Ofuscamonto Duas formas de afuscamento podem gerar incémados: + Ofuscamento direto, através de luz direcionada diretamente ao campo visual. + Ofuscamento reflexivo, através da reflexto da luz no plano de trabalho, direcionando-a para 0 campo visual. Considerando que a Luminancia da prépria lumindrria ¢ incomoda a partir de 200 cdi, valores acima deste no devem ultrapassar 0 angulo indicado na figura 18. © posicionamento ¢ a Curva de Distribuigao Luminosa devem ser tais que evitem prejudicar as atividades do usuario da lluminagao, Proporgdo Harmoniosa entre Luminancias Acentuadas diferencas entre as Luminancias de diferentes planos causam fadiga visual, devido ao lexcessivo trabalho de acomodago da vista, a0 passar or variagbes bruscas de sensacao de claridade, Para evitar esse desconforto, recomenda-se que as Lumingncias de piso, parede e teto se harmonizem numa proporeo de 1:2:3,¢ que, no caso de uma mesa de trabalho,a Luminancia desta ndo seja inferior a 1/3 da do objeto observado, tals como livros, ete. (Figura 19) Efeitos Luz e Sombra Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminaria, para se evitar que essa crie sombras perturbadoras, lembrando, porém, que a total auséncia de sombras leva a perda da identificagao da textura e do formato dos objetos. Uma boa iuminagao nao significa luz aistribuida por igual Reprodugao de Cores A cor de um objeto é determinada pela reflexdo de parte do espectro de luz que incide sobre ele. sso significa que uma boa Reprodugao de Cores est diretamente ligada & qualidade da luz incidente, ou seja, a equilbrada distribuigao das ondas consttuintes ‘Ar-Condicionado e Aciistica calor gerado pela iluminagao nao deve sobrecarregar a reltigeracao articial do ambiente. HA um consenso que estabelece que um adult radia o calor equivalente a uma lampada incandescente de 100W. Portanto, fontes de luz mais eficientes colaboram para bem-estar, além de se constituir numa menor carga térmica ao sistema de condicionamento de ar. O sistema de iluminago pode comprometer a acistica de um ambiente através da utlizagaio de equipamentos auxliares (reatores e transformadores eletromagnéticos). Uma solugao bastante eficiente, com auséncia total de ruidos é o emprego de sistemas eletrénicos nas instalagées. SS amos oe a, 20: Insea do Reprod sa Cores stomps desl, do seu especto. po E importante notar que, easim | mason vats eee como para luminéncia médla, fe —— fexistem normas que regulamentam =| * vote ems grueecseats | uso de fontes de lz com ° determinados indices, dependendo oo new [patentee da atividade a ser dosempennada * no local. (Figura 20) [me << c Tonalidade de Cor da Luz ‘ou Temperatura de Cor Um dos requisitos para 0 conforto visual ¢ a utiizagao da iluminagao para dar ao ambiente 0 aspecto desejado, Sensagdes de aconchego ou estimulo podem ser provocadas ‘quando se combinam a correta Tonalidade de Cor da fonte de luz a0 nivel de luminancia pretendido. (Figura 21) Estudos subjetivos afirmam que para lluminancias mais elevadas sao requeridas lampadas de Temperatura de Cor mais elevada também. Chegou-se a esta conclusao baseando-se na propria natureza, que ao reduzir a luminosidade (crepusculo), reduz também sua ‘Temperatura de Cor. A iusto de que a Tonalidade de or mais clara ilumina mais, leva ao equivoco de que ‘com as “lampadas frias" precisa-se de menos luz. 2 Reago de cts ari ee ie de see Conforto " Fundamentos do Projeto de lluminacao CAlculo de lluminag3e Geral (Método das Eficiéncias) ‘Sequéncia de calculo: 1- Escolha da lémpada adequada 2- Escolha da luminaria adequada 3 Célculo da quantidade de luminarias: Para o célculo da quantidade de luminérias, usa-se 0 seguinte método, necessério para se chegar a lluminancia Média (En) exigida por norma, Sendo: n uantidade de lampadas % —=fuxo luminoso de uma lampada im =fuxo luminoso da lumindria em funcionamento Be _=somatéria dos valores de fluxo luminoso de todas as lampadas =fuxo luminoso incidente sobre a area A (m’) no plano de trabalho considerado Fd =fator de depreciagao (Fd = 1,25 para boa manutenga0; Fd = 1,67 para manutengao critica) BF =fator de fluxo luminoso do reator (considerar apenas quando utilizado com lampadas de descarga) A llumindncia média E. @ dada por: Poe E ® A eficiéncia do recinto correspande a: aie Bim M, Resultando pune = Mh B%an E a eficiéncia da lumindria & m= My: & BE (0 fluxo luminoso emitido no recinto € dado por Be =M EP Mutiplicando-se ambos os lados por Ns, vem Tg BPs = MeL BP 12 Logo, Pnme =a 2° @ ‘Substituindo-se (a) em (b) Meth +20 Ee a Como Z°= n- ®- BF , vom: Ee ASM MO n BE De onde resulta: = EA Ta OF (© numero “n” de lampadas precisa ainda levar em Consideragao o fator de depreciagao Fa, para compensar o desgaste © o tipo de manutengéo das equipamentos ao longo do tempo, No caso da utlizagao de mpadas de descarga, deve-se levar em conta ainda o fator de xo luminoso do reator (BF). En:A ‘Fd wa BF En A Fa ere Fp. 22\Coqura de representa a Flute Luminaae Adequagao dos Resultados ao Projeto ‘Se a quantidade de luminarias resultantes do calculo no for compativel com sua distribuigso desejada, recomenda-se sempre o acréscimo de luminarias & nao a eliminagao, para que nao haja prejuizo do nivel de lluminancia desejado, Célculo de Controle Definida a quantidade de luminarias desejada, pode-se calcular exatamente a lluminancia Média alcangada, Definigao dos Pontos de lluminacao (Os pontos de iluminagao deve preferencialmente ser istriouidos unformemente no recinto,levando-se em conta o layout do mobilario, o drecionamento da luz para ‘a mesa de trabalho e o proprio tamanho da luminaria, Recomenda-se que a distancia ‘a" ou "b" entre as lumindrias seja 0 dobro da distancia entre estas @ as paredes laterais (vide Figura 23), Fig. 28: Recomendarso quant 8s dstncias en umindrias © Calculo de lluminagao Dirigida Se a distancia “6” entre a fonte de luz @ 0 objeto a ser iluminado for no minimo vezes maior do que as dimens6es fisicas da fonte de luz, pode-se calcular a lluminancia pelo Método de lluminancia Pontual, aplicando-se a formula Fig 24 T Boe onde: = Intensidade Luminosa langada vertcalmente sobre o panto cconsiderado. ad ] dl Esse método demonstra que a lluminancia (E) 6 inversamente proporcional ao quadrado da distancia. Por exemplo, dobrando-se a distancia entre a fonte de luz @ 0 objeto, reduz-se a distancia entre a fonte de luz © 0 objeto, reduz-se a lumindncia sobre o objeto a um quarto de seu valor anterior, Se a incidéncia da luz néo for perpendicular ao plano do objeto, a formula passa a ser: la cos a e= ose ‘Assim a llumindincia (E) em um ponto 6 0 somatério do todas as lluminancias incidentes sobre esse ponto oriundas de diferentes pontos de luz, ou seja: i, g/l. co =( = 13 Fundamentos do Projeto de lluminacao Dimensionamento do Grau de Abertura do Facho Luminoso (© grau de abertura do facho luminoso 6 fungao do Angulo B dado por: r=d-tgB D=2.4.0 2 retg 2p =2-areig B=2-arctg ‘As grandezas so representadas na figura 27, © &ngulo de radiagao fornecido nos catalogos OSRAM 6 0 Angulo definido pelo limite de 50% da Intensidade Luminosa maxima. (Figura 28) Fig 27 Fa.2 Convento da A iiminose de r W procutos OSRAM | AR A ‘KH 14 Avallagdo do Consumo Energético Além da quantidade de lampadas e lumindrias, bem come do nivel de lluminancia, é imprescindivel a determinagao da poténcia da instalagao, para se avaliar os custos com energia ¢ assim desenvolver-se Um esludo de rentabilidade entre diversos projetos apresentados, O valor da “Poténcia por m®" é urn indice amplamente divulgado e, quando corretamente calculado, pode ser 0 indicador de projetos luminotécnicos mais econémicos. Para tanto, calcula-se inicialmente a poténcia total instalada, Poténcia Total instalada ‘Simbolo: Pt Unidade: KW Ea somatéria da poténcia de todos os aparelhos instalados na iluminagao. Trata-se aqui da poténcia a lémpada, mutiplicada pela quantidade de unidades utiizadas (n), somado & poténcia consumida de todos 0s reatores, transformadores e/ou ignitores. Os catélogos OSRAM contém dados orientativos referentes as perdas dos equipamentos auxiiares (em watts) para as respectivas lampadas. Uma vez que os valores resultantes sao elevados, a Poténcia Total Instalada & expressa em quilowatt, aplicando-se portanto o quociente 1000 na equagao. nw PS F000. “W = poténcia consumida pelo conjunto lampada + Densidade de Poténcia ‘Simbolo: D Unidade: wim? E a Poténcia Total Instalada em watt para cada metro quadrado de area, Pt-1000 p= Pen Essa grandeza & muito it para os futuros calculos de dimensionamento de sistemas de ar-condicionado ou mesmo dos projetos elétricos de uma instalagao. ‘A comparagao entre projetos luminotécnicos somente se torna efetiva quando se leva om conta nivais de llumindncia iguais para diferentes sistemas. Em outras palavras, um sistema luminatécnico 86 é mais fficiente do que outro, se, a0 apresentar o mesmo nivel de lluminaneia do outro, consumir menos watts, por metro quadrado. Densidade de Potancia Relativa ‘Simbolo: Dr Unidade: Wim? p/ 100 Ix € a Densidade de Poténcia Total Instalada para cada 100 Ix de lluminancia, Loge: p= Pe ‘Tomando-se como exemplo duas instalagées comerciais, (Figura 29) tem-se a primeira impressao de que a instalagao 2 & mais eficiente do que a 1, j& ‘que a Densidade de Poténcia 6: 1500 Dy = 18 1400 py = 4 Porém, a0 avaliar-se a eficiéncia,é preciso verificar a llumindincia em ambos os casos. ‘Supondo-se E,= 750 ix E,= 400 x Com esses dados, a Densidade de Poténcia Relatva (D) &: 30Wim = 4 wine por 100 ik Dy = SEMI = 4 Wim por 100 100K 20wim? : SMI = 5 Wim* por 100 1001x Logo,a instalagao 2 consame menos energia por metro quadrado, mas também fornece menos luz. Na realidade, a instalagao 1 € mais efciente. Fig. 29: Exemplos de 1 de consumo enero De Sin por 00 15 Fundamentos do Projeto de lluminacao Avaliag3o de Custos Um projeto luminotécnico somente 6 considerado completo quando se atentar para 0 calculo de ‘custos, quais sejam: Custos de Investimento E a somatéria dos custos de aquisigso de todos (0 equipamentos que compdem o sistema de iluminagao, tais como lampadas, luminarias, reatores, transformadores, ignitores e a fiagao, acrescidos dos custos de mao de obra dos profissionais envalvides, desde a elaboragéio do projeto @ instalagao final. (Figura 30) Custos Operacionais E a somatéria de todos os custos apresentados apés ‘a completa instalagao do sistema de iluminagao, ‘concentrados nos Custos de manutencao das. Ccondigées luminotécnicas do projeto e 0s custos de ‘energia consumida. (Figura 31) © custo mensal de manutengao das lampadas engloba o custo de aquisi¢ao de novas unidades 0 custo da mao de obra necesséria a executar ‘a manutengao. Esse custo resulta da soma das horas mensais de utiizagao das lampadas dividida pela sua vida ati © quociente que assim se obtém, informa o intimero de lampadas que serdo repostas, e seu valor deve ser multiplicado pelo prego da lampada nova.Jé o custo da mao de obra para realizar ‘essa reposicao 6 dado em fungao da remuneragao por hora de trabalho do respective profissional (© tempo de reposigao por lampada deve ser multiplicado pelo nmero de lampadas repostas por més. Esse custo é bastante significative nas instalagbes de dificil acesso, como iluminagao piiblica, quadras de esporte, etc. © fator decisivo no custo operacional é o custo de energia elétrica, que corresponde a Poténcia Total Instalada (P; ), multiplicada pelas horas de uso ‘mensal e pelo prego do kWh. Ao se optar por um sistema mais eficiente, este custo sofre substancial redugao. 16 Fig, 30: Comparagao one custos de investinento. Seandaecante BLUR cx Econowy Fig. 91; Comparagio enirecustos operaconals. = 14 eos deaperss marae Calcul de Rentabilidade ‘A analise comparativa de do's sistemas de iluminagao, para se estabelecer qual deles & 0 mais rentavel, leva em consideragao tanto os ‘custos de investimento quanto operacionais. Geralmente 0 uso de lampadas de melhor Eficiéncia Energética leva a um investimento maior, mas proporciona economia nos custos ‘operacionais. Decorre dai a amortizagao dos custos, ou seja, hd o retorno do investimento dentro de um dado periodo.0 tempo de retorno é calculado pelo quociente da aiferenga no investimento pela diferenga na manutengao, Feltos os calculos, os valores podem ser alocados em (Econamia ina) 7 Exemplos de Aplicagao Exemplo 1 Calculo de lluminagao Geral (Método das Eficiéncias): Huminagao da sala de um escritério: Empregando-se o Método das Eficéncias para quantficar- ‘se oniimero de luminérias ou caleularse a lumindincia para um recinto qualquer, pode-se fazer uso da sequéncia de caloulo a seguir, apresentada em forma de plana, Foi elaborado um calculo, como exemplificagao, que desenvolve passo a passo 0 processo,e deve ser consultado como guia, sempre que necessario. A planitha completa se encontra anexa.e servird de formulario de resolugdo da maioria dos casos de iiuminagaa interna que Se apresentarom. Para tanto, recomenda-se que suas colunas sejam mantidas em branco e que ela sirva de modelo para cépias. Vamos seguir 0 processo descrito no capitulo anteriormente. Dados Basicos Pré-Calculo: Local + Escritério de contabilidade (Figura 33) Atividades + Administrativas (letura, datilogratia, etc.) + Operagao de microcomputadores, Objetivos da iluminagéo + Proporcionar boas condigdes de trabalho. + Evitarreflexas no video do terminaliconforto visual. + Evitar alto consumo de energia. Dimensées fisicas do recinto + Comprimento: 10,00 m + Largura: 7,50 m +Pé-direito: 3,50 m ‘Altura do plano de trabalho: 0,80 m Materiais de construcdo/equipamentos. Toto: Forro de gesso pintadolcor branco, «Paredes: pintadas/cor verde claro; duas paredes com persianalcor verde claro +Piso: carpete/cor verde escuro. + Mobiliaro: mesas e armarios de férmica/cor bege palha; cadeiras forradasicar caramelo, + Ar-condicionado central ‘com acionamento individualizado. 18 Caracteristicas do fornecimento de energia elétrica + Tensdo estavel na rede (220V) + Custo de kWh: USS 0,15 + Acendimento individualizado (interruptor na entrada da sala) + Pontos de energia préximo as mesas. Fig. 29 Andlise dos Fatores de Influéncia na ‘Qualidade da lluminagao : Nivel de lluminancia Adequado Consultando-se a norma NBR-5413 ou resumo fornecido no anexo 1 deste Manual, estipula-se a lluminancia Média de escrtérios em Em = 500 Ix. Fator de Depreciagao (Fd): ambiente salubre, com boa manutengao (em caso de queima, troca imediata; limpeza das lumindrias a cada 6 meses). Fd = 1,25 (corresponde a uma margem de depreciagao de 20% da lluminancia Média necesséria), Limitagao de Ofuscamento COfuscamento nao dever ocorrer, uma vez que superficles dos méveis objetos nao sao lisas ou ‘espelhadas. O Ofuscamento Direto sera evitado se forem empregadas luminarias, cujo angulo de abertura de facho acima de 45° nao apresentar Luminancia acima de 200 cam Obs.: algumas luminarias para lampadas fluorescentes sao jd indicadas pelos seus fabricantes para sua utlizagdo em areas de terminais de video ‘ou microcomputadores. Partindo-se do principio de que a iluminagao se distribuiré de uma forma hamogénea ao longo da sala, ‘@ que as janelas estarao recobertas por persianas, conclui-se que nao havera diferengas muito grandes centre as Luminancias, j que os Coeficientes de Retlexao dos componentes da sala (Refletancias) também nao se diferenciam acentuadamente. ‘A proporgao entre as Luminancias recomendada sserd provavelmente alcangada através da natural variagao de lluminancias incidentes sobre as diferentes superficies. Efeitos Luz e Sombra ‘As lumindrias deverdo ser colocadas lateralmente {as mesas de trabalho, para se evitar que haja reflex ‘ou sombra que prejudique as atividades. Recomenda-se que as janelas localizadas diante dos terminais de video sejam protegidas por persianas ou cortinas, para se evitar que a alta Luminancia seja reflatida e que 0 operador fag sombra sobre a tela. Tonalidade de Cor da Luz Para o ambiente de um escritério lluminancia de 500 Ix, recomenda-se que a Tonalidade de Cor da luz seja Branca Neutra (aproximadamente 400K). Reprodugéo de Cores ‘Aconselha-se que 0 Indice de Reprodugao de Cores para este tipo de trabalho seja acima de 80. ‘As lampadas fluorescentes de pé tnifésforo preenchem este requisito. Ar-condicionado e Aciistica © ruldo que fosse originado pelo funcionamento das lumindrias, caso sejam elas equipadas com lampadas uorescentes e seus respectivas reatores, seria facilmente absorvido pelo forro de gesso onde elas estariam embutidas, nao prejudicando o trabalho no local. O ar-condicionado sera cerca de 25% menos carregado se a instalacao for feita com lampadas uorescentes.e nao incandescentes, j4 que as primeiras itradiam muito menos calor. Escolha das Lampadas 0s dados anteriores nos levam a concluir que 0 tipo de lampadas indicado para este projeto é a fluorescente LUMILUX®, Ela existe nas vers6es de 18, 36 © 58W. COptaremos pela verso LUMILUX® 36W/21-840, porque 0 salao ¢ amplo, nao ha limitagao fisica de comprimento da lampada, © sua aquisi¢ao & mais. compensadora (Os dados da kimpada sao obtidos nos catélogos OSRAM. A saber: + LUMILUX® 36W cor 21-840 + Fluxo luminoso: 3360 im + Temperatura de cor: 4000K Branca Neutra + Indice de reprodugao de cor: 85 Escolha da Luminaria ‘Allumindria poderd ser de embutir, de alta eficiéncia & aletas metélicas que impegam o ofuscamento. Os. modelos mais madernos possuem refletores parabdlicos que limitam a angulagéo do facho luminoso, tornando-se adequados para o seu emprego em salas de computadores. 19 Exemplos de Aplicagao CAlculo da Quantidade de Lumindrias Uma vez jé definidas todas as bases conceltuais para © calculo, seguiremos a sequéncia da planilha. Cabegalho ‘Seu preenchimento é recomendado, para uma futura identificagao do projeto, ou mesmo para uma simples apresentagao ao cliente Estes dados ja foram anteriormente levantados, quando da dofinicao das dimensdes fisicas do recint, dos materiais que o compéem e do Fator de Dopreciagao. E necessério, no entanto, definir-se 0 Grau de Reflexdo do toto, paredes o piso, que servirao de parametro na tabela de Eficiéncia do Recinto. Para tal, deve-se consultar os dados do anexo 2 Esses dads vem especiticar 0 que se pretende como iluminagao (lluminancia, Tonalidade de Cor © Reproducao de Cor). Ja foram anteriormente defines. Obs.: a planitha agora se subdivide em duas colunas de preenchimento dos dados, para que possam ser {eitas duas opges de iluminagdo e que se comparem uma com a outra.A Tonalidade de Cor @ o Nivel de Reprodugao de Cores servem como referéncias para a especificagao da lampada, Empresa: Exomiplo Construtora Uda ‘Obra: Sede geval Recinto Sala Projaista Lotion [ot] Comprimento Largura Area Pé-Direlo Pé-Direto Oil Tice do Recinto Te Fator de Depreciagio Fa Coeficiente de Reflex Tato pi Coeficiente de Reflexao Paredes p2 fo] Coeficiente de Retiexdo Piso p3 20 Lampadas e Lumindrias ‘Aqui sto discriminados os dados das lampadas ¢ a Eficidncia do Recinto e da Luminaria (ou diretamente (0 Fator de Utlizagao da luminéria). Temos no final todos os componentes da formula para célculo do numero de limpadayluminarias. Obs.: O Grupo da Luminéria & determinado Consultando-se a tabela de Eficiéncia do Recinto do fabricante da luminéria, localizando uma Curva de Distribuigdo Luminosa entre seus itens que seja semelhante da luminaria do projeto. Apés a escolha do Grupo da Luminaria, faz-se a consulta da sua tabela correspondente para a determinagso da Eficiancia do Racinto. Quando a luminaria escolhida ja fornece os dados de sou Fator de Ultiizagao, os itens 18, 19 © 20 poderao ser poupados de preenchimento e pode-se seguir diretamente ao item 21, Fator de ullizagao (Fu). De posse de todos os dados necessérios, pode-se calcular a quantidade de lampadas. Adequagao dos Resultados ao Projeto ‘A.quantidade de lampadas deve ser arredondada para o valor miltiplo mais préximo da quantidade de lampadas por luminaria (neste caso, nao haveria necessidade), de tal forma que a quantidade de luminarias (N) sempre seja um numero inteiro | [Cronica Temperate or rc HE [isl rico oo Reproaupao de Cows ees 3] Fc Curinoso de Cada impede 9 [im [tampa por Lunia 2 hana | oda Lumina = [18| Fator de Fluxo Luminoso: | [fel erupe de Luin tat Efe Res) 2 = [20| Eficiéncia da Luminaria 7 = 3 [21 Ehiciencia do Recinto = § [eo] Fatorde Uiizacio oma Tabelade Fator de Utiizagdo de uminaria TeloParedelPiso [st 7a 711851 S13 HT 0,6 | 0,32 0,28 0,26 0,31 0,28 0,26 0,28 0,25 08 [038 036 033 039 035 093 0.35 035 40 [044 041 0.39 043 040 038 040 0.38 125 048 045 043 047 045 042 044 0.42 15 [ost 048 045 049 047 045 046 045 2,0 | 0,54 0,52 0,50 0,53 0,51 0,49 0,50 0,49 25 |055 054 052 055 059 0.52 O52 0.51 3,0 | 0,57 0,55 0,54 0,56 0,54 053 0,54 0,52 40 Jose 057 056 087 06 O55 053 054 5,0 | 0,60 0,58 0,57 058 0,57 0,56 0,56 0,55 21 Exemplos de Aplicagao Definigae dos Pontos de luminagao Escolhe-se a disposigao das luminarias levando-se ‘em conta 6 layout do mobildrio, o direcionamento ‘correto da luz para a mesa de trabalho e o proprio. tamanho das luminarias. Neste exemplo, sugere-se a d'sposicao destas em tr€s linhas continuas lateralmente as mesas de trabalho, evitando 0 ofuscamento sobre a tela de ‘computador. Para tanto, a quantidade de lumindrias (N= 13) deverd ser elevada para N = 15, para que ppossa ser subdividida por trés.A dimensao de 10,00m comporta a linha continua formada por 5 lumindrias, cada uma de aproximadamente 1,20m, 'ndo havendo perigo de nao adapiagao ao projeto. (Figura 34) Céleulo de Controle Uma vez de acordo com o resultado fornecido podemos nos certficar do valor exato da lluminancia Média obtida, através dos itens 25 © 26, ‘Avaliagao do Consumo Energético 5 itens 27, 28 © 29 da planitha podem ser calculados da seguinte maneira: Fig 38 (Obs.: 70 W = Considerando a utlizagao do reator QTISB 2x36W, que devido a operacao em alta frequéncia, a poténcia entregue a lampada 6 menor. t= 22,38 —15kW Calcul de Custos o Rentabdade Naan de ceo, ster Cel de Custos ° wi Calcul te Renta so completamente a0 cal hnmettries até ag ened poder ser deverel vileadose o gua oenitne “Gatulo de Romolo” qv sous aro 14-100

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