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PEQUENA BIBLIOTECA DIFEL Textos grecolatinos Iv Seb 2 diresio do Prof. J. Cavancanre be Souza PLATAO Gérgias ou A Oratéria DIFUSAO EUROPEIA DO LIVRO GORGIAS ‘Naseldo na itha de Egira por volta de 421 ay Plato 6 um dos pllares culturals {e chillzago ocidental, “a font insgota: el onde vio desembocar todos aqutles (tm que brilbou a ested de uma vida mals ‘Mla no cer de Georges Maus, Para multes, o fascinio exereido, pelos ‘esertes de Plaido consiste na combiaasto ‘da su flosofia com a finura lteraria ‘com que a conseque expor, de forma a fmprestarthe o bom gosto estilistice que fe exige numa obra de arte” Suas Ideas Jnuenclarara Aristoteles, os estleos, Ck ero, Plutareo ¢ os primelcos_escoldst ‘con 56 depois dester € que foram st plagtadas pelas ‘do. primelro, parade ‘ovo se afmarem na Fiosolia ena Poe: ‘ado Renascimento, na Itdia ena Ine later. Elas ainda’ se fazem prerentes ‘as indagagdes culturals do nosto tempo. Em Gorgias, como o faria mais tarde em O Banquet, Platdo figura uma reir fois ate Girenane eee Aebate sobre determinado tema, no caso 4 Oratéra, to do agrado, dos gregos de Sua época e que, por aquela altra, dege nerava em eloglncia fut, com prejuizo para a moral ea educagio da jurentude Sécrates, presente & reunido, ouve sere ‘amente as vias opiidese, de posse da palavea, desl conceltos srgummenton, © Festabelece de forma isrespondivel, ‘mado da Florala Ponasy © PPE Como as demais obras que compéem 1 pequena Biblioteca Difel esta merece dor editGres a melhor das'atengtes, pols Sua tradugio, diretamente do grego, fl fntregue a competente especilista, 0 Prof Jaime Brana, que & enriquecea com jiuiciosa"apresentagso © grande mimero de notas que faclitam 4 compreens3o do texto. Tradugio, apresentagio © notas do Prof, Janae BRUNA capa go “sacques Douce Diretor exclusives da Dijuato Buroptia do Livro Rus Bento Frotas, 82, 6° — Rus Marqués de Tu, 10 ‘Sto Paulo APRESENTAGAO Aebeo.profeto, quantumcumaue” pos ‘ihn it'eo laborer a int opera, Sie ‘i iabore mao doottres cuee a eer, De Pinus, 1, 10, teadusio 4 mocidade, por véla agitada « sem norte; porque renegou 0 pastao, ea desa © pretente ¢ desuré do. fauro, "Em conseqhénda, fer See, rebelad 'A ebuligdo juvenl no & fendmeno de hoje, Borba Joa assim no meu tempo, Mina geragio.clamou #08 seein anu cop pve, cue, a, oe Eo uma oligauiafirmada em elles feandulents; a de 1992, pura dtrobar a trania entonada pela prime sempre amargo o despertar de sonhos dooes. As evolagies mis belasterminam como acabou « mais fla ai Historia, a de Danton e Robesplewe; no enrucro de Stas, 2 pd gut, ihn lino, deperebie« ‘coroa dos Bonapates. "A rebelfo paulsta foi sufocada. Ande bem 280 ficamos com a calpa do que veio depois, na esteita da verdad eleitorsl—a mentta dos,paridas'¢o fel rium Fo da demagoga Os mogos de agora o que esperam da agitagio? dos voi TEAS Seat atte mae Gor sg ea eg soc aces Dar ye Seer, Se eae Eas pa Pe a Mera eh a ea a SES hie et on er ome sls Mado soi a's open Sec SMS Test Gor cee Su oL gris, in Pas Salts ane {ites som sone np, ttre Sepia Pel Saale St Se eee ante oc, Sr ES Se Neo ee hry sina de soon Te ast i ie gene Te ee Sper ete Mit Et Saas eels ta ue fra Sieh te ns rae ie Saco SS as ne Holl lads te pt te means Seth cae ere nee Figo oe Oa cee a tis rab isi te, de quando troam canhées na Terra. A°cangio das uto- ag act enle O anae soe os ar a a a 8 do Odisseu, cujos ossos,gragas a essa prudéncia, no apo- Greceram 2 sol e a chuva, no monte de carcassas que Dranguejava no ihe, 2. Platt, seu tempo ¢ sur obra Nimba ¢ doira éste livro um attativo especial; fot seu Autor um migo de génio. Contava, quando o escre ve, vinte «dois anot de idade, segundo uns; trinta € dois, segundo outros. De qualquer modo, era um jo- vem, que, para pensar, 230 pedia emprestados os miolos do vizinho; save of seus ¢ isso Ihe tem granjeado o amor fc amiragio de vin e cinco séculos. Em suas vias ciculava a sciva de doas ofpas ius: tres, Pel lado putin, descend de Cod, rt de Ate zis, que uma morte hein celebivou,Batase a Aven la iberdade; um orfelo prometia «vita aos détios Evasores, se poupasiem a vida 40 monaea, Codro me- tense, difarstdo no cimpo inimig, prevorou una Cock perecee, "Em consegitnci, or dros cedraram, dsesperanados. Em Atenas, singuém fi julgado digno de meer no tono 0 Te mane Tsturoase, por iso, f republics. Solugio acertada; na repablica, 0'povo, €@ teona, €0 rely na pétca, um mari Fel nl pate, Pla nce de Sn sofo, owt, pollo, comercante, cre anepisido eta Sen gg do sel WEG Recaro fm db consiugtoatenense, gue pari ente 2 opt" {Enh e penta, favorecn 6 cetimento de sb ‘endo ee em no nen pobre, apenas temedado, 0 €=- fatgo velo parar cin suat tudos, "De seus decet, sem fmbargo de sdbion, nfo se agradatam os rios, destonos de ver perpetonda & mite, nem os pobrs, anions, 00 Srvc, por ver exeneada sigan. “A cegaia das 7 |. gsférico, no estranha oop abe de ay Mm oo Sot Coes dena as tps oy dep ono jvem naseu por vols de 427 «.C. Sev n0- ime Atta, destiny se 3 sbi obs far fs, poten, voleramle 2 scwha de Pay dp cle Eade vs Tagore fermpo dainara a vein Ita entre Atess Expat els bepenorn na Gries” Une pent, an ‘moo cparoy, erty Pate, @ Geode esa fe. °C inparo stems deren ‘Nao desabava 36; téda uma estava ruindo, Des: de o sso ation via ov fseon arses do, welts cena pln veer Tes, o rst antigo, foo primero a empunkar « saspadera” "Nem ‘uma Take. de Sua obra se presrvou; conte, Simpl (yaa, 2, 21) popeta mea ¢, segundo se depreende de Aristételes (Metaphysica Sex) ft ee Mome do Marra, pos ¢ mses dos sfondi ecole pot fh etre een thoy pa el can ord ten ae alan dt (De nina, 10a), "cine ‘sti mlstuada ng ane, or so, thns se Sdn ches de ews Xenstacr de Colao nfo admin « multi. de dye ec i. neil ost ssropomorisin, porque, s at, caves © lees tvesem mos apias 20 mateo do pins pinay dens‘ ayes vam, cat & icoaio; puts,» ana eum Spo Tele a Heo de lo das of hari up, que alo eia"Zes, hem posers cise none hese da de. Xenloes iano le) 180 em un 0) 10 Tnforma-nos Platéo (Apologia, 26d) que Anaxigors de Claximenas desendeusava Apolo ¢ Artemis, 00 e Selene, afirmando sr Sel de peda e a Lis, de tra Os atenienes, a prncpio, horroszados com semelbante {lisiénia, quite o sentenceram a morte salvovo Péri fle, com seu presi, obtendo que ve lnitasem 4 mul tél mando pata for. Isso foi em 430 aC. Mas quem pode ilar idéis? —Algumas act poo Sno stable, iene oman eis fem a queinade, Tinta anos depos, Sofodes (Ondé us tyranas, 910) deplorava a decadéncia da eligi: igger BX fein, Ele prptio, 0 entanto, ¢ 0s outros pot gos novwanene, urges, cont, fra desmoralizagio seeds, gu m ta deals oo si abu aw dlr ovo encarpitado nos anfiteaues, os absurdos da mitol- Ha de Heslodo e Homero. Da mitolgia eda mond ‘As idéas motoras da Hissin parecer imitar 0 lep- de. proesiog reticor Em son formation Agucla nogio do justo « do fnjuto, do bem'e do ma que 0 mestre nao tinha plena certeza de incutir no a m4 eco hs, itn en an senso "de belo ¢ por ali o fisgou © gancho da dialética rab ose ae aie oc < oo an Be tn sre, ey Sete a wn oe eae ne ene ee es 2 ee eee Site 2 ass eee Soe ce aa eee ae od ata eases Be eatito, ieee tt maior televo e vem desea Pees Ci nt a i «wld pe iitcos que éle poderia cir. De fara abastada © ats ieee irae co De nla oe ee ee eee ees te Pee Bobs gine = obese ao au Be race ay eS Bours fee viel oe 25 contudo, eonvgges €, por iio, coertsa; vit, come ‘imp, 3\mered das toe populass, Prenungoos der Deca tos fotos uma edueapio inferior aun fl fof, 4 seu ver, € possempo evcolar de adlecentes ¢ simplévos; deve ser stabs, gue nfo aruoe a pee Sonaldade; petaane, nfo wept co adncestr pet inst « Sc tatoo cn Iter mah elo, citar a fraguezas de ser bspedes Hsttes; mae. Felita, tom du Teleidade umn coneepyo. fede te Feta coscetemente'« moral segundo a ll eos cote Ie, epndoth o dio invite dic, ncn 4 consegiacias tis repognantes desta poiso, amb ios, ain, como Polo, venedores, ainda quando 4 ittiateaha marnhado pela exapa do etme, = com tidera ibe quantos repre at panda; esier, pata negara devote, moda sicsiamente a iatice ‘io de sas plavas'c, devoneto, acne 0 adverica de Erpicea as seeps, impudente,« adoiat a verdade-€ csit em cntzacico, prefere desardamenteperibar & fe 6 gare, Sint puede, eta wo ba. tcp instado 4 pemanece gy fore, selec, por spare dabei, iment; nin, montese spe Horas resultados da dispots, ojo momento, reconbe- ido de iki, ents pena’ so tab, man, enue, nia, att,” posses falas pra testa, igor Hace a ditusto, embeticar © adversitig. Quind, afnal, tem de conesar « devota sinda mo se-dd pot Conveiido, mao sre cy tal por dans, he or ‘ange palivas denoacia bem’ o-dSencano de quem viv despetalarse, morcha'e demon, «tat dams fe ‘io desbrochada com as espera Com os wks contests a figura do yrdaeio sh bio, gue SGcrtes encumn. Todos, nau compu, scnirim Géxgia; af0 asim 0 fdsoloy ies sie mow tearse reels, porgue méios reas, apeut de eon 26 + defetor, engdcem 0 fano%0 soit trate cy cn, ae oe enc ee ee seen em favor da bay come Sig, dedi, ec, pu et sor iar ses ogo capense prey iu statin (ie te recede Polo © € dete cue tants ites pide Sando am explade a com ete es pesee seni for sto, fee melhor indir © isc on pie, SRE ERY sam quando desrrora a" pales se ia Tecan, orem, a. funio Beate do dopo oleic, 08 tes, sabveiro (Goaspertnts) come o ali 0» mancis, 0 me (eacRiando mito da extn ve, qu que io ne waren premioe 2 ye © cxtigos 0 VE Sin cogil pent devs comnente © panados 5. Plano € sumério Oe sues Phi form composes, 4 mann dos deamts, Conhecidas as personagens e entrevisto, © ‘bro, constituldo de sdmindores de Gérgias reunidos fm casa de Célicles, tendo Querefonte como corfeu, rs verlicar as pevipéias, distibuidas em um prélogo, trés episédios © 0 éxodo. AL Prélogo (até 449-6) casa de Cililes, cujo héspede, Gérgias, 0 mestre de ot, ea dar unex cba Se tes e Querefonte, desejam ser informados sdbee os dons Ge relerida arte. Tntrodusidos, Querefonte formula @ pergunta, Alegindo cansago do’ mestee, Polo se oferece 7 para responder em seu lugar ¢ enssia ume conferéncia sobre a beleza da oratévia, sem precisat em que consis. te, Sécrates aponta 0 &t20 interroga.divetamente Gérgias; éste declarase profciente na oratia, que prat B. Primeiro Epishdio: Socrates versus Gérgias (436 0 4615) 1. Séeates prope um didlogo em, téxmos concsos; dee sber qual objeto da orstnt, Vem a primeta ‘dil demasiado. genésee:'»oratria te Ge pal s (449). Asim tanbén 1 medina, © gina © Sem aco ea ‘xt aot Senay ‘pleas sem abalbo ‘manual ov equ 300) Siesta. que cave conunds ae tom + atime, 0 cllelos 4 gsometiny mest, de Sate, que € deren espace, obiém une def Aigo mais pecs aorta se apca aos nuns bu Imanos mais importance © nobis (431). 2, ise um eit. de vale, controvervel, api vel, ainds, & medicina, 4 ginastica, as finanga ‘chy jas Tenia ‘pares ortia 0 pole de aseqe eel 0 govttno dn condi pl lo dos tnbunae'e senbidae (32d), Skates dele cotim, une defi, gue GSigae actus sorta € tna predators de ptuato (438 3, A iimélica, come todo ensino, também radar persue, € pret Uning ah tone ae dee ‘at, por exemple, ot peniog de pistrt” Garg Ita ¢cunpo: a cata prodor peruse sobre qu € justo ¢ 0 que € injusto (454-b). = 4. Hi, todevia, dns sores de peruasio: a crnga o saber. “Bate af0 pode er {aso aquls pode Gd 8 jas teconhece que a ortiin prods persasio de cen- ENGR Pe ments eatin, Sbstindo. a cacoia de medics, consrtores, gene se ee daminios em que impende ouvir specialists Girgis) com exemplos istics, most treo ia oatona ex goaiguer ecb {Big ocrador sel sempre mss covincente (4564); se Se utler do condio de arte peta indir em Eo, recaia E clpu abe sun peson e Slo sObre oreériay muito Inenorsébre quem ensina (457) Zeer, de, noes sree Sa i ee seed eee a a 6, cme, Son sl i assunto, o que Gorgias a ae ee ie saa al ome cee we aot oes He Fee ee ne ee alle ee eee Selena ee ee oe 7, Bai at orbits ig a er Co er Ee ee fam pete oe ee ee Se St ee semen Or) ee C. Segundo Episédio: Séerates versus Polo (6b « 4812) 1, Vendo ematanhado o mestte, acodeo Polo; Gér fias se contradise apenst pelo scanhamento de negar 2 uma concesio ¢ dl, maticto ¢ dexorts Sécres se ree ii)” Bae pone +i age Conceio de Gogas unt debate cow Pela, de Sh trmos de costo dens 2. Imeroged, Senter define ori como mee btn Ge prose dette (4620) Nie Even, un lini cosa? Ae sani, cmpariam, ‘ela ¢ « culinta como varedaes do meee oft, ied ang ace dann wt Fedaes fo ae oupahes ct lic ditingems joi tony Se se execem” ort € a i fer de police (4634), 3. Poo nfo compreende o stro; tampouco seu es se, ier a0 dee ne ese tanto 9 corpo como alma podem = Cy rue 0 Tadd ide eas yn de Spas Sparente, que a6 m0 ide 4 um mca ome de iba, “Boise mech © gis clam da side do ono; das trata de lis, berea‘em dois ramos: a leierte,comesponden- cot gales fade, coment tek 7 st atvincs ‘lo cones plo aus to ramos de Ionut: s medina, pls cla s'¢ icy plas lois, «epee, pea lic Fadestich, pela orte (46303, 4. Poo penuat se ot orndotes sf tos em peguna So «een rp cnn Se ines, Enchde Senter qu ao, vt Como Ine no "zero gue se deja © sin 6 que puree melhor (4678).° Compre dningur apo €'o feu pono ingeris' thane ¢ spf, Sanat a sale, betes on mereadoes visa (gio fim de eniguec (pe lito). Ao rao se agra comvesiente pelos de 30 violéncias, mas nem sempre & assim e Ge pode eng hnarse; nse iso, embora fazendo o que lhe parece me- Thor, io realiza 0 que de fato desea. Logo, ou nio dis. pée'de wm poder imenso, ou éste nfo é um bem, como upunha Polo (468-4) 3 pai, ten Stes ako ge de pte alt “ao: Ee. setae Rela 2g Sal ate en pent pas serie iQustar "Pars tid de Polo, Slee SORT RS alpaiare Shae’ met SEE Sh Tene adhoc ern (0. Be Scar, ae de ali, nto Cu Olle fee make te be reel ace un, angen To, png tia Bio pale Eline tonne lao € Be aetna Sr prc ot dno, ae Saget aaa ee Cb a, ls aia eM pow dean ea Ree sea ee ee dls detent dor cei © Peo SEAS aces mie (os) 6. Tl am a cy pa tine Se BU St Ce ca, Pe a we cee! Seas ire enema ae eae Bee, osm a aed og de, Cons» cme ee Secs I nt Sunde ne do So ee in dee a POR'Rip ltd pa devine (Beh en as Ri conser supra unio ‘em ase Pessoa e nas da familia; sea cele Dome que & Pr idl fa sat, dec fie Tamir age dee at dais € 0 que aio expat seus ctines. Polo deste fhelapure’gtcstemunho dos crcnstanter (473). 7. Seis stn pos de cme gel «dei ‘a cafrentar a prova diltie, Nio Ie parece mais. fp sero nur dainjusiga do que # viima? Sim, ds Polo, mas nfo se deniieam 0 belo c 0 bom, @ fei’ ¢ 0 tnau,"Serses morta que se cha belo tudo. qanto roporconaigum pater on prveltor objets, cre, fo fia, sont, comtumes, eleasio (475) € Polo sets ‘m'suapela ov coclon Portant, # dor eo mal st vem de fei fio, De dies ern, sobreeva em be its a que sobreexceder em preter ou viidade em fara, {ina dorda ou sania, Ge piste injarge nfo a3 Tous do que sftela mas € mat fl, asim € por ser ais Ghninho; logo, pata er covrete, Polo deve preterit condgso devine (475) 8. Outrotsin, & tanto mais belo um sto quanto mai jesto, ‘0 pacente duma ago slrea tl qual 0 agente Drodur (4néd). Se hi Jonige © Belem em punt ua Tita, hd junige, eles © proveito em ser puido e, = fim, lbertarse Jo al da sia (477-2). E avo sed 26 maior dos male? Vejamos, Em cconomis,o mal € obra; oa complegf, a fragorss, + does, « def Iuiade; mala, x ijt, agnor «coat. En- tte pobrens, doen eins, qual tals fea? A ine js, sundae ta alma; semis fei, camber a plot (rte). Quanto mais flo o fet, mas fea a casas A Injury, intemperangs,« covari,lgnornca doram Its que a doena?. Neo, Logo, € po sobrlevr em dano Gea ainda da alma ¢o chlo da fesdad, 0 mbxino dos males (477) 9. Os doentes vio 20 médica; injustos © estdinas, nbs of levamor a0 js, gue lies adminita 0 remédio fs Se, mais bela gue a ate dis finangs, gue sana « pobse 32 2, © do que a medicina, que cura a doenga, A medica ‘io nio di prazer, mar proveito (478c).. vantajoso Suportar 2 dor e sera a flicidade, contudo, nio coasis- te em curarse, sim em nio adoecer jamais; contraida, po- rém, a moléti, mais feliz € quem se trata e cura.” Ax fim, o mais feliz € quem nfo tem ruindade na alma; de- pois, quem do mal adquisido se libertou (478). fzuém, portante, mals infeliz do que Arquelau ¢ em geral fs autores de crimes horrendos nio expiades (479) 10. Ora, te o condo da oratéria & impedir a expiasio dos crimes, qual 0 seu grande préstimo? Nao devetis, 40 fnverso, segvir de abter'a punigo de faltes nossas ou dos slres quetider, bem como a impunidade dos que exe- ramos? (481-3). D. Terceiro Episédio: Sécrates versus Calices (481-8 a 522-2) 1. A Cllices custava aceditar em seus préprios ouvi- dos; sentinse, de ceto modo, arasado; todo ancho, até tly de hospedar duas sumidades, seus mestes admirados, do havia Ge asst impasivel, 4 desmorazagio. da or tbe, ‘Ou estaria Sécate apenas gracejando? Afi, © debate desaguara aum paradono intel. Querefonte Seguradhe que o mest flava so © sugere que se cert: figue interpelando 0 prdpro filaofo (481-5). Ble 0 fa, ponderando uc, a prevlecerem, tis ei implcsiam tima completa subverso dor costumes (4814) 2. Respondendo, Séctates, de inleo, opfe a sox cone ‘inci, frmada na inaersbiidade da losofi, 3 incons ose de Clic, pelco « borteter scoparia 0 instabiidade das prefeténcas populares, destino, depts, 2 provar que 0 detradeito dor males nfo € dear de ex iar a injusigh (482b).- lies ainda nfo compreendeu 2 stuaglo; vé ei Séetates tum sofia como tanto, 4 em 2 33 pregar mesmos méiados de Géeplase Polo, nam de bate 36 objetivando embatcar o- alveiante,” de. ces Jnadverténcas ra partido para tiunfaz. Um concesso ditads pelo senbamento evar Gorgas 4 una conte tiglo; Bolo emaranburaseigualmente numa conces in- ‘devi, admiindo ser mas feo priate injstiga do (ge. soles; amecearase’ do eicindalo,porquante $6 tates tina de seu lado # Ls, posta, 0 to, A Natures’ (4834). 3. Griada em defes prépia pela maior, constiulda de homens faco, a let delrslnjutgn da are do me Ihor 0 tentame de prevaleer, como auvocsa 0 dito ox tural, ao pior (483-0). Reboram esa afitmatve oe co metinentis de Keres e Dario na Histra recente, 0s Densumentos de Pindsroe, na mitlogia, as fagahas de lect valde eshte cose por rates apenas porque te, na matardad, ponte « fl tof, 5 ase ba adokstnce (84). 4. Quando os filésofosintervém nos negécios do mn- da, a ignotinca« a Inexprénia or prespta deo (ek). Or prtants de flowin na Made aula me ‘cer apanbar, porque se desvilizam, em jamalsproert tina pala lize, de pio (485-4), inapazes — que ver onhtl — de var mesmos ou catem, quando Vile Ins de acusepioinjst, Doguabertos, sem saber o que dizer (4866), Pesous asim a gente pode ebotetat Imrenene. Como amie, sou «abandon ios (486-4), = ie 3, Séerates flctase por conta com amizade de Ch lice; nfle encont faber, a etia e a franquet ne- cesta para sma pesso Ie corcborsr 2 opines nett ds edevalar as erénas, O saber &atstado pela aio- 4 dos atenenes: a estime, plo comselno que ihe di, desi ao. que Ie ouvite petuade a ties otros ami ey ‘0%, 0 de no praticarem 4 filosfia, a fim de se forraem fos dane do excesso de sabedoria (487-4). Da franqueca, ‘acaba de dar uma demonstragio. A coincidéncia de opi- hides, dessacte, dari a Socrates a certeza da. vei (487-e).Espera que Cilides consinta em otienttlo comigilo (488). 6. Assim, pois, no entender de Cilices, segundo a na tureea, 0 melhor tem 0 diteito de mandar n0s pores; 0 mais forte, de esbulhar dos bens os mais fracos; 0 su petior, o de prevalecer sObre os inferires. Melhor seria (© mesino que mais forte? mais forte, o mesmo que mais bruto? Ou 0 mais fraco pode ser melhor e o mals forte, plot? (488<)..Cilicles asevera que mais forte, melhor male broto € tudo um. Segundo a natureza, volve Sé- crates, ¢ maioria é mais forte que o individuo, portanto, melhor; seus precetos s¥0, por consequinte, belos segun do a natureza, Se, na opinizo da maiocia, » justiga con- Site na igualdade © € mais dessiroso set autor do que vitima duma injustiga, a lei e a natuteza estio de acbrdo fe falecem ra2Ses a Calicles para denuncar fraudes nos ar spumentos de Sécrates (489). 7. Mas ni se tata de fSrga fica, ¢ sim de superiosi dade, alega Céicles, SGcrate reclama clatem maior: no ‘este uma troce de sindnimos, Cflicles concorda em que (© diteito natural asegure a0 individuo de melhor entend! mento a prevaléncia sBbre = multidio insensata (4905). léncia em qué? em alimentos? roupas? ealgados? sementes para o plantio? -Céces irrtese com tas su sigbes; convidado a ser mais explicit define como melho- 5 05 mais entendidos em negécios piblicos e mais bra- vos (491-b); compete a éstes governar ¢ prevalecer aos semals 8. Mas devetio governat a si mesmos? ser temperan- tes, superiores A sedugfo dos prazeres ea violéncia das paikées? (491d). Isso, para Calicles, & imbecilidade © 35 thio tbodoria; belo justo a lus du nature € da lige Garo is pies, nada nepando aos apetts, Incapaz de fanblo, aimsioria prosreve a itemperange (492-0); nada, porém, mas indeoroso que temperang nas pestors que, Elin dotadas pela natereza ou pela sore) podem viver 4 Itega e.proporcionar iguais oportnigades a seus ami gor (4920). 9. Convidendo a perceverr nessa fenquera rude, sem recuar dis Uhkimas consequéncias, Sécrats infere gue 4 Wrtide consitré na satsfagio. das paixies por fas ov por nefas; feliz no seri, portanto, quem de nada pe isa (4922). A alma dos parvos, que nada pode rier or falta de f€ e meméria, fol uma vez compttada ¢ um Bit furedo, para onde carrenvarn dgua em penta. Por sua vee, SSrates compatn sobtiedade a um bar chek ‘em bom estado, e a intemperanga a umn que vas, satifel i angi ed apne rere 9 spud, Saiseta e sempre caecida? (434). 10. Na opinido de Calcles, © preer consist em trae vasaro mas posivel para o bari, a (lida, em sen tir todos os deseose poder satsint los (494). — Mes to ter coudras ¢ cjarse? mesmo eaefsner outror dere jor menor dignos? — Sim dle nio vé ference entre Pree Eagar (19) lcm pr lo ct fimindas, 11. Se identifica 0 praser_e 0 bem, distingue dite © enlie sia coragem © # cncia (495d). Sécrates mostra uc a ventura 4 derventsra se opsem como a sa6do.¢ 4 cence, a fOrga ¢ a feaguees, a celerdade 4 letidio; perder vin désees contniios € adit 0 opera; coisas {ue se adguirem juntas ou junts se perdem nfo 0 con. ttirias, como slo 0 bem e-0 mal (496c). Ter fone € penoto; comer, com fome, agsadive, assim, beber om de, mas a séde, em si, € solimento, Se hi prazer em 36 becber quando se softe se, como Cilicles admite, € pos sivel sofer ¢ gozar a0 mesmo tempo; identificando a ven- tura com o prazer e a desventura com a dor, tem que 2d- nits que € posivel ser feliz e infeliz a0’ mesmo-tem- po (4968), 12. Accado, Ciicles quer abandonar a disputa; consen- te em continvar, em atengio a Gérgias, mas acha que tu do slo Ierias (497-b).. Recapitulando, Séerates.salienta que a séde, a fome e outros desejos penosos cessam 20 mesmo tempo que 0 prazer de satsfazélos; mas iso nfo fe di com o bem e o mal; éses, portanto, nfo se confun- dem com 0 prazer e a dot (497-4) 13, Passa, def, « outra demonstragio: ger bom ov belo ddevese 4 presenca da bondade ou’ da Beleza. Cililes~ chama bons os bravos e intligentes, mas os licidos e 0s ‘mentecaptos tém alegrias e aligdes igualmente intensas fou quase (498); bem assim of valentes © os covardes. Mas os Iicidos © 05 valetes sfo bons; os covardes © 0s rmentecaptos, ruins. Seo bem eo praxet se confor. dem, nfo hi, entéo, dferenga entre bons e maus, ou bi poucs. Cilicles chegou a névo impasse (499-5). 14. Para escapar, declara ter feito a concessio por tra; sna verdude, bi prazeres melhores e plore, Sécater zepre- fendehe a leviandade ¢ examina a nova premissa, Praze- res bons seriam os vites, © maus os daninhos; ites, os que produzem algum bem; daninhos, os que causam al- sum mal (499.4), Quanto a0 corpo, bons so os que fa. vorecem a suide. O mesmo citério distingue os soft ‘mentor bons dos maue, Em tOdas as agees, compre tet fem vista o bem; devemes fazer o que € agradével com Vistas a0 que & bom e nfo © conteitio (500-2). 15. Requerse, porém, um entendido para distinguir entre bons e maus prazeres. Recapitulando os debates pre- cedentes, Sécrates adverte que umas atividades, como 37 calindsa, vsam ao pra simplesmente, bom oa mas; futrs, como a medina, fasem distingéo, Questo. de ‘monte, pois nada importa mals do que taber como vive. Que € methor? staat, como oradar na polis, ou pra cata flosfia? ‘Em gue sobrelevs esta hqula> (500), icles mite sgra qe mio se confundem 0 prazet © ovbem, ebidos por pres diferentes (500) 16. Séertes confronts a pritica da calinira, que pro- ceo ed poy sm lc do ge fa nm rese pela sae, © «media, que stbe'0 que faz © oo cura 2 sade, sem copter de dar ou do peter (0/4). Aniloamente, alguns avdades procuram co pazet da alia, descuidosas do bem e do may a0 a lisonatas, C& licks concorda, pate dar gSsto Gigts,possibltands o prossegulnenta (501). 17. A lisojatia pode visar santo umm individeo como uma mld; por esemplo, a excugio em flute ou ch tata, 2 poesia ds cttedos, dos diiremboe, dat tragéias A hima, despojids de’ seat tavios, equiparase a fama renga, classlficivel entre as. lisnjtin.Clices concord (502-4). 18. B as outtasalocugies 40 povo? 4 orstétia dos pol son Ving aetna do dion, pene se grado? | Célces ditingue: alguns querem 0. interése dos cidadios, Nao pode indigitur neahum excmplo ene © coevos, mas sponta, no passido, Temisocles, Cimio, Miades,’ Péiles (503+). Pata ‘Sécrates, tis vader agadaram, saisfezendo as pandes, mas aio taham « ver dein prestncia; est cobsste em contentar apenas 08 desjos que melhoram as pessoas (503). 19. Em todos os misteres — arqitetra, crpintaia na val, ginética, medina — procurese compor a obra com ‘order ¢-beleza. Cast, navio, corp, mada € bom se fa 38 tar ondam e propongfo. Es alma? Também, diz Cili- les (504b)." © que no corpo € aide e robust, ne al to € mone ica, ne uta de rn Bom polio &, poi, qutm vie, em todo procedimento, Vinplantsio de virde © climnasio do visa. (50¢e). ‘Alum coo doonte se presve det ¢ 29 sao secon. ede maior bern soon almas rons se poem Privagies, mente pemitindo © que redonde em melho- Fa. Logo, € melhor pata aiza a reptesfo e pior © de Scatlo preonizado por Giles (305%). 20. Bre de ndvo tote fopir so debate: que Séerates Incearoguouto; ve io, qoe fale sbxinho, “Dix flsofo a fel, mas pede que, enguanto corre inver. tigndo a verdad, lhe aponam or crcnstntes os ero, taro contig, melhor © no. possepsi. GSrie, Do. tm, destin coohecer 0 sen pensamento’ © de proof Geae & bngt um debe cont um inteloctor maging flo\(s06e} Comese reepialands. 21. Nio se identicam 0 prazer ¢ 0 bem pimeio Ave depertrse com vst 90 segundo; tte theme vit tole; €0 que for tna bons, consstingo em ordem propor; «bon ordem deans € saber; logo, allna Ge Si; vcore teem" bom comportamento pis com ov devcr + pledade; para com os homens, a justiga (507-b). Justiga e piedade su- poem breve, ‘pre haves consinca nat provagies, O flvo a que se deve visur na vida €«juniga sabedoria, pata haver fleidade; os faltosos press ser panids, ta serem flzes (507), Quem proce apends 0 pe Zer vive como im quads, 4 margem de soiedsde, Sem amigos (507) 22. Unio, no céa na Ter, devese& ordem,cordora «janis; tentame de prevalecer€ causa da infliidade, porque feliidade resulta da justine temperanga (508), 2 estos, portnto, esavam Polo © Gérgie, 10 cone: Geren, primero, que ser autor dua’ injstipe tanto plo quanto tals vergonhovo do queer via, € © sepundo, que press ser usto¢ ter a cdma da jue fhe quem’ prtende ser uin orador is deta (508+) Sic nga air ny fin wo de tio expidds, den males € que not devemor protget teins de tudo e bum stim’ noses anigot © fan lings (5095). 23. Onde buscar a protesfo? Basta a yontade, ou se requer Brg, para no solver Injstins? Reverse. 1 ‘a, evidentemente, opine Cicles, E para nfo 48 come. {ero ae requ fogs ecéncia? Sim, adele (510). ‘io bi, portm, cltoda de nfo as ster, para tno, fambe ter o poder nas mos, ou estar aliado a le.” Ck Tikes concords plenamente (510-4). 24, Um tino rude © inulto, prostegue Steats, no polesd enimar pesos melhor que Be, por teméla, nem Dior, por despintlay teed poder imeito quem ver ce Hier igual 40 do tano e le fe intelranente submis Modelsodose um Jovem pelo paradigms de seu amo ¢ seahor, evied ser vitima de ijustgas; devers, pore, Glsporse a paticé lt sem expat a fala (5102) 25. Cllicles objet: 0 imitador do tcano tert o poder & ware 0 de confess Sa homens fea fondo. € assim, revltante, Sécrates retruca hilo. € dever do homem ‘alvar a vida 4 qualquer pro, pa 9 que servisia ¢ oattia, segundo Cilices (Sil). Este ‘lo considera notivel conbecimento. 9 taber hadar, nem {Dare da prone, modesto, © pid, enbore sve ot pasageros e a earge de pereer no mat, nap lardela me Fos, nem poe pros exorbitanes seus servgos (31 Le); Habe que alo" ee desembtra melhores “do. goe bream e, pane tum doente do corpo ou da dma, me. thor fra terse afogado, pois if softer a vide, (512) até no mesmo caso quem consréi maguinas de guen Salva, por vey clades Snel 26. Cllees, porém, contradtviamente, despreza_pl: fotos, medicos, consigtores de miguins, todos os mes: ts ge vm (SRG). “Remente, ¢oabee © © tem nal exo em salvar do petigo pessoas © haveres. Preocpasgo de prlonget a vida hide se posta de lado, Tirade "Y” edkio. dos dowes; o importante € se fergual a mancia mais digna de empregat ot dias dh vide (5120). 27. Ambcionando 0 poder, Cilicles deveré fazerse Eas goo, non i sind com oe {iho que posal de mais preciso; © povo quer ouvir Sos cradotes polavas em barmnia com sta Indole e abor feie'an dacordanes. A eves argumentos, Clin 10 "Mbe o ge epor ins ado etd eonvencdo de todo (5134). 28. Asim € por causa das ambigies polities. Se dle Goce sev 2 clade, deve empeaharse em tomar 0s Eidos to bons quanto postvl (315-c), mas pars. sso ‘Seve prepares, como se apazelam.a0"sevigopblico Grarguiion (Site), os medicor (Sit), exereando- ‘re pviaments no dominio pivado. ‘Tem Ciies ex: cilnia? Je tornoa melhor algom pardcule? (515). ‘Bee 0 dever do bom polltc; noo cumprirm os vases apontalor no pasado; nenkum dle etd de Melorat © ciddiog, snao de serlhes agradfve (5154). 29. Pésicles corrompes os stenienses; tomowos indo- fenies, poltbes, aaron, Deinnros piores do que os re txbers€ teabou promuncado por ter como lado. Foi, fortune, muy estadista (316d), Destino somelante, © Ee Cin, Teristoles © Miliaes. Fram mais servigis (517) do que cs contemporinees de Ciides, mas 10 Seubert educar 0 povo; pra obterem a bots graas a tse, procederam como coxiheios, tees, sepa ‘io Come medics ¢ mente de ging (S17). Punt dos, fina, considers wiimat de lnjstig, mas sem tasio (515-). 30, 8 o cao de alguns sofstan, que se quetan, ab surdanente; se melhorattm os dsfpuloe, como podetn #80 Whimas de tun inigGidade? (5194). Cie, porém, nfo tem auto Ge mencdorar os sllsr; lo densa a cea. fia, qu él exalts, ea ofitcs, que Ale despeza (3204), Quando um politico © um sofsta x queizam de ing dio do povo’ ou dos disdpuls, estio inplkitamente te conhecendo nio teem feito nenhum beni 20 ing tos (320), 51, Cfliles convdara Scrates 2 tocar a filosfia pela poles. Que geneto de politica The aconslba? 0 de ede G&t 0 pov, cu o de sabujtlo? see medic, cu servi? Clicker dnicamense oconvida 2 proceder como um fh tou, para nfo softer injustigs (521-5), Sécrates se de Glara‘alven odoin stenteee ¢ coltivar'a verdadein ate police; jamais fla para apradar, sempre pats cong, po, srosado, io. que alee no tibunl, Fenursela como ‘um médlo actsido por um cotisheito Game. de clanges; ests famate scram gue. dety fe than visasem ¢ 500" bem; nfo vera Tomo de fenderse (5220) 32. vergonhora, ss olhor de Cilces, stvasdo de pen eases gael Stes, prem, Oe Tie" que vergonha ¢ nto saber protgerse apenas de prltcn da injutign; de petite tem mda 0 flésolo, Bio de sofrer at€ morte injust, porque 0 extemo dos mules chepar ao Hades com ‘alma Catregace de Inj ties (5220), 2 E, Brodo (5232 até o fim) ncena Seats 0 dsbite com © mito dor novi ‘mos do homem. Prinitvamente eum a ee Alorana dhe 9 destino das lina jar; 0 des injustey 0 Tarte fp Gaba) Ae pet ca fuged ni) nove eat, por juss iv; ees eogunavamse ab sate 2 upetonad pel formonin, linkage, veined: So emunbes (Gada), Depua, Cono'e dvido Tense yee Za Poi « it, toe 8 primero de stair pars depoi de morte 9 julge mento ds alias, que devia apeventarae as oles dos fuses Esco, Rada Mino, desplas ¢ 16, exo Abs mosis dar iigldaes (3244); an als. pee has iactiveispusarsa cai segls para 0 Téraro ‘itmo, oae seve de scrneato Me reaped, ue, xpnds a falta, vlla a ensrnr (3254) Incrivels 125, guise fodor” os podross; exetoamse homens o> io Ais 9 Joo (268) Ruane a ep ot es elm sguéan~ geralmente um fsofo— que ‘Tes taka cll de iver santamente e denco da erdade ca € expe pat at Mas Afortnadas, code Jou eiesmmente "A eve premio agpita Soctes © on. ‘ids Cider a inicio no gine de vida part nfo © Yer som defen naguele tnbuna (527). Clie aver Bio cca sete mit, mas nem dle nem seus meses foun {fpeacs de aponar vila melior de vivr do gue #ensinada pepe G29) tn ft « us Zn vida e na morte,” Qualqver outro ensinmest, Prometa oo bene desta ‘vay aio ale seaimente, Sm Sc 6. Atualidede de Gérgias ra as horas de leer? Hoje ningoém sustens« pretensio Aevtde dome eiscagin mertmente rerca E dato. Descobriu-se outro feitigo, a tecnologia, ¢ 4 mocidadeestuda como fio de aparciarse para ve 4. "Fer mult bem. E incompartvelmente mals agra Ave ‘vver num mundo reformado pla técnica do que sofre 0 desconforto. da vida das cavernas,Contudoy & Ccdcapfo fo objetiva formar exeravos de Tuxo, sim bo: mene les; fo apenas na esolha do peero’ de srv- ‘Gp, livre principalmene em sos alma, enous inte slaca e compo, cut facildades © aneios nfo podem Ser pean po declines © deem, 0 con, ser favoresidos, pare que # va se via agradivelente em sua plenitude. . A moc ¢nauamene gents: sobs 2% ie so, com's grander. "Na cic ‘as tes, nos caportes, parame cases de ver grande. A Tisha € fe a frandes nomes. Hos gue 4. gente celeb: Peis, Alexandre, César, Napoli, lbares dele, hi os gue gente admica: Fin, Miguel Angelo, Shakespete, Ca. Miley, Colombo, Einstein, cemenat dele; hé os sue agente ame: Platio, Francisco de Asis, Beethoven, Cho- i, Bile, dezenas dle; hd os que «gente bends: Louis Prsieur, Florence Nightingnle, um punkado dels; ons povcos a gente celers, adr, ama bend: © de Cre 1,0 de Mai, Ef escola pare tudo: para querreios,pintores, ee culors, sruiteton, misicon, médica, bilo, fics, cic eg Ua nin, a i cde, {das ab vorages, pata guaniosainejam um, nome cel trado ou admiador Nip bé nenhuma, posén, pars 05 oe enclam um ome anado e bende A tecnologia pode propoconar diaheito, fama ¢ tl vex até poder; dar sem dvds, emogdes © meno mul “ tas alga, Néo db, poréa, flidade, que pode et EAA a contin plnamente, poe om bom SHH igoornce, gue contempla ao Ags do. Arig, 0 ‘ato ede et sedor eo cea aul or cima, sem tee ‘sao da isi, da obscura, do ostacsmo ‘Adquirase a técnica, adquira-se a ciéncia, naturale mnie, yoruc & bela ands von mas de tal sorte Ge no ava 0 sons belts, no ns © 3 eis Quem, pote, ns enna x mehor mania Seva nio @x atau i soe SEaundante ‘os diaper de Patio; basta Teles com See ate oo tne Iter pu'a vil. Els dal HERE? feligas faa pen moor © pare velo, Be rhe pta coy pa fortes © para ftaco, Path treo ep aroty uae 6 ie co de mls ¢ part os de poucts leat. $6.890 [Brey par os Cie, que prelim matasmar numa Bar ie roads de via. 4“ BIBLIOGRAFIA x tradugto, servimosnos dos textor das aeguntes aug 'ALERED CROISET, Soclté @'Btlon "Les Balle Lat Paris 18655 ‘GONZALEZ LODGE, Ginn & Company, Boston, 1600. (rientaram-ne, para a aprorentagte © tay ale dos cteadon citron, JAEGER, Werner, Paleia, Fondo de Cultura Roono- sca, Meno: 300 TEIELD, G.€, The Phlsophy of Plato, Oxford Univer sity Pros, 900 wed ARMSTRONG, A. H, An Introduction fo Ancient Phe sophy, Boson ress, Bast 8 SINCLAIR, T. Ay A History of Grek Potts! Thought, Routledge & Kegan Path Ltd, Laon S86, TROSTAGNE Augusto, Soria dalla Lettratara Grecs, aalont Seoustiche Mondader, SVE Bion; SMITH'S, Sailer Clasla! Dictionary, Bveryes't nery, Landon Sb = MONDOLG, Rodsfo, 0 Peuamento Antigo, Eatora Mexia Jon, 5. Pasa, 386% MeIEON, Richard, Inrodutin t Anette The Moder inetry, New Sony oe (03. FILOSOFOS PRE SOCRATICOS, Introfuslo, tre auto's olan de GERD A WOME ‘aloe Cute GORGIAS CALICLES. De pease hn, Somes ane 447 Sgn deny se deve area mim. SOCRATES. "Examen deve stands? Cheat Se resi eet, dpe da fe? Chi dama fs equiita lrg sab de ios yum unde de bea Seer Bao culpa, Cle; € Queefonte, 8 soars mee ce, CEFONTE, © al io € grave, Senter, ox Seereaale, Gigs és Anigy nos dak Tea oe ite apn 0 mote cr ise pees CAL. Que estés dizendo, Querefonte? Sécrates Gpevenda coir « Gaga {a Pistertres, pracpaimente de netérea mas cto ww gs Fae ature, ai cana "eittromeviam uma feviso dos velhos conelion Tligiosas, horas plticos © ettcos 3 ‘ra a praca pitlea uma eopéclo de ole, ou mer~ cde onde ex outa. os mereares para guns (eanat~ Gkes) Bete” oon wnmnge o signendo ainda conserva $25 cero page peru dengnar's esevidade dos comer. a QUE. Sim; paraiso mesmo estamos aqui CAL. Se assim é chegai a minha essa (2) quai do quiserdes; Gérgias € meu hispede e vos dard exibigges, SOC. Obrigado, Cilces. Estria, porém, Gér. fas disposi a dialogat (*) conosco?” Eu pretends hier de informases ste op dos de Su ate, 1 que éle professa © ensina; quanto 20 mais, © que deixe « exbigio pata outta vez, como suger. CAL, Nada como perguntar a dle préprio(*), S& cates; era esse realmente, um dos. pontos de sua exits sada pues, or ial, cova pessoas presentes af dentro perguntar © que desi sem ¢ prometia responder a tudo (*). SOC. Oh!’ Espléndido! Quereonte, perguntahe. QUE. Perguntar © qué? : SOC. O que dle & (4 QUE, Nio entendo. 3. Segundo Lotge, dagulinterem Schisirmacher, Wel: en Kea ta gun cone do doe um idle gu gunn outro Igoadoure pi Sn & fRoreda de Clits: Nanos potece tnvaldar ‘interpre: {elo tradicional; no ddlogoProtagores, Patda' metro ‘lista, Rogpedado em cast’ de Calas dando a esino © ‘bled. Alia, o conte de Chlles son como um fare mala veo” gonndo. cere ‘4s conferenias concorrdan, tho aptas & ater io, preferta"Btorates o"ilogo terra torre, Go" meta: ovate, mala edequado'& pesquisa da verde, 5. paralelo do assertos « de sltuactes, como neste onto em aBi-b, & um pormenor notre du ante iterasia op ae 8. Contrasteze a modéata de Séerates, que sempre so confessavaignorante, com pretestons onanénta doe 308° fg com respostes pare tOdee an perguntas 48 SOC. Se te, por exemplo, Lise fabricnte de al ‘ads, hava, natoralmente, de responder que era sa facto, Compreendes 0 gue queto dizer? QUE. Comoreendo e vu pespuntar. Dizeme, Gér fins; € verdade que, squndo me conta af Cilcles, Frofessas responder a toda e quer pergunta? GORGIAS. "1 vedas Quecfone.” Por sna, 448 Sind bi pouco, ava prometcndo iso mesmo Seguro te em muitos anos, ninguém ainda me apa thou despeevenido com ma. pegunca QUE. Se asim & Gérgias, facil te sexf te ponderme, GOR. Podes experimentar Querefonte. POLO. Sim, por Zeus! mas, se so apraz, Quere fonte, cxperimenta conigo. Gérgias deve estar at- sedoy dle acaba de dscorerlongamente QUE, Como assim, Polo? Acreditar responder relhor que G6tyias? POL. Que impor, se o fixe cabalmente pa mit b QUE. Nada. Pois bem, se € de tua vontade, respondeme tu POL, Pergunta QUE, Pergunto, pois nfo, Se, por venture, Gee ies ie oft mesma ane gue He co(*), sed iemio, qual o spelaivo corteo pare 9 T_Woteve o cinkimo © a descortela desta firma so. Stun Importsve enoontrar & verdad? tim, ealar'© opo- ‘Rtg, valendowe doo securece snnisrados feos retort, ‘a derem oe soft acuradoe dp fazer prevalecer a Taslo "8, Nio ae trate de Herscleo de Selimtria,jgualmet desigarmos? Nao seria 0 mesmo daqucle? POL. Perfeiamente QUE. Chamandotke, pos, médico,estafanos em bregundo 0 teeno certor POL. Sin QUE. Se, poem, ee exercise « mean atte ‘Arisofont, tho’ de Aglsolonte, eu do inmdo @), Galo tino certo part designs lo? POL. O ce pinto, € claro, ¢ QUE. Pois bem; em que atte te & protien te e, por conepuite, que nome ibe daviaoy, para setts coretoa? POL: Malas ats, Quen, een no mn lo, cxpeventes criapSes da exptnca; 06 pasos ke nosts vida, experitacia os condar fom ates @ Inexperdai, 0 acto, Pesous diversas dedcan se cicero hres win tex; noo Gira se conta hp nimero desas © fest e als bee da ates). SOC, "Polo parece, Gérgss,expléndidamente pre- pido para fazer dsctssy tes © promtigo a Gue- Fefone de ndo est cumptins, GOR Por gt pcs Seats? . A meu ver, te de modo alg est res endo 4 pergoata : = 30, Pasticho dos processos rtérios, que, sob arti: ton plrotéeneos,dlsfargam & eusbacla de cara, reflex sncerdade, 30 GOR. Pos, ento, se quisess, interrogro t. SOC. Nio.' Se tu préprio me quieres reipon- A, tere muito mais gto em interogat a Poo, tomo me dixaram claro soa plavan mess, etd foals exerciado na chanada oratGia que 20 die dogo POL. Como assim, Scrat? coun * SOC._ Queefonteperguntou em que arte Géxgits E profidente; ty, Polo, em vez de responderes qual dl, fares 0 elogio de sua atc, como se alguém & tstivese despabando. POL. Entio nfo respondi que € a mas bela? SOC. Por certo, mas nioguém perguntou que gue Tidades tem ¢ sta em que consist « arte de GSe- i aie demi abe de ee” Quin fbteromente, Querefone te propés um exenplo, ta rexpoa fal muito boa e cone; die agore de 499 Imancire igual em que const a atte de. Gorgas como 0 devemos signa, Ou melbor, dzenos fw mesmo, Gorgias, que designasio se te deve pela proficénlaem tus ete © em que conse cl. GOR. Tratase da oratria, Sécrates, SOC. Devemos, pois, chamare um orador (8)? GOR, Um bom orader, Sdcrates, se desejaschamar- Gave! eportam, a anne c-means © ‘mor que ae Pode faner com dies € unitar © Soerates, que ‘fasta Bolo do debate sem mals aquela. 32, 0 térmo grego signiica, a um tempo, mestre 42 ‘oratdria « ofador; amo era por melo de dscursos nas ae ‘embldins que se infuie na policy o temo design, POF serene ‘apecaimante older. 3 sme aguilo que, pate usar tétmos de Homero, ime prevo de ser. SOC.” Nio descjo outta cose GOR, Chamene, poi, ain ‘devemos dizer igualmente que & a de formar outros oradores? . GOR. “Efetivamente, tenho anunciado isso nio 56 em Atenas, como em toda parte SOC. Entio, Gérgis,estaias pronto a levaradian 0, jt perguntando, jf respondendo, © ‘leizarpare tia oewiso longos discurss, quas fensuioy Polo? Nio fltes, porém, 20 prometido «, sim, dspée-te a responder is perguntas de fo sma breve, GOR. Algumas reposts, Sérats, demandam ne cessriamente explanagies extensis fare, contado, por ser tio concio quanto puder. Esta, als, €uma ds mnhas ase: o que dig, ninguém 0 da SOC. Eo de que preciso, Gérgias; dime, por favor, tuma exbigio dessa tua conisio ¢ deixa pare outro dia a da prolixider, GOR. Pois bem, floei e dités que nunca ov viste‘ninguém mais cons, : SOC Tem a bondade. Visto como tu te declaas profciente na arte orattiae capaz de format orador futta pessoa, qual vem a ser 0 objeto du orattia? Da teegem, por exemple, &« fbricagio de per SOC.” Por Hera (#), Gérgias! estou maravilha- 438, Trt ¢ eaptea de Zeus, 0 malor doa deus. 2 do com as tuat respostas, concisas a mais no poder! GOR, Acredito deverss, Sécrates, que me estou sindo razoivelmente bem. SOC. E tens raxfo, Portanto, prossigamos; res pondeme de mancita igual stbre a oratria. Afi fil de conta, do que tata essa proficiéncia? GOR. De palavess SOC. Que palavrss, Gorge (8)? Por ventura © das que easinam aos doentes com que dieta rec0- brat a sade? GOR, Nic. q SOC, Portanto, nem des6da palavra trata a oratéia, GOR. Nio, por certo. SOC. Nio obstant, cla capacita pessoas a falar GOR. Sim. SOC, tunbim «rel stbre 0 au dem, nfo € assim (8) GOR. Como nie? SOC. A medicin, a que aludimos hé pouco, tam- 450 bbém ensina a refleti sObre 25 doengas; no € certo? GOR. Forgosamente SOC. Também a medica, como se vé, trata de palaveas? GOR. Sim. TA, Siluada oratria no género das alvidades exer sides por melo 8 palavra, elarse agora dem Gstingulr ‘da cangeneres. 25. De Feflaxdo no deu mostras Polo hi. pouco, nem ‘us dard Gorgias adlane, quando incapaz de definit © Obet0 40 que tratam as palavras na oretéra 3 $2G,, Tso & de pales concemenes 1s mo GOR. Perfeitamente SOC. Tambémn a ginistica trata de palavras con ‘cermentes a0 bom ou mau estado do corpo, nfo & verdade? GOR. Mas que divide? SOC. Ora, Gérgias, di'se 9 mesmo com as de- ‘mais artes; cada uma trata das palavras concernen- b tes A matéria de que ela € arte. GOR. Assim parece, SOC. Por qué, pois, nfo dés o nome de oratéria As dems artes? “Elas trate de palaveas © tu cha sas oratéria 2 arte que trate de palaras. GOR. A tunio, Sécrates, € que, nas demais artes, thy prolate por asim diz, no te las mos © em operagdes congéneies, mas Debus manu dena cetures pre or ‘ia; sua atvidade e operacao se realzatdda por meio de palavtas, Por ico considero a orstéria a arte da ¢ palavea — ume definigio coreta, asseguroo (#9), SOC. Estarei compreendendo a natureza pela qual 4 quetes denominar? Sabéloei melhor Togo mas ‘Bem, respondeme: existem artes, ou nao (") GOR. Sim, SOC. Delas, suponho, umas consistem de manci 1a precipua ‘em agio ‘© poucas palavras utilizam; ‘outzas nio utlizam nenhuma e sua obra se poderia acabar até em siléncio, como a pintura, a escul- 78. Senor apenas de proceasoe retércos, Gérpian ve ve aburbado para Gefnir 6 otto mesmo de tu enaino XT, A pergunta, sparontemente oclosa tla, 6 ape ‘nveatigncho aiticn tem Go part att tura e muitas outtas. A essas parece aludites quand do dizes que delas nio tata 2 orastia. Ou nfo? GOR. Tua conjetura estd absolutamente cea, S6- SOC. Outs, porém, tudo efetuam por meio da pelavea e, por assim dizer, nfo requerem apfo.ne- ‘hums, ou muito povea, tz como a aritmética, 0 cileulo(#), a geometiia, inclusive 0 jOgo do fami (°") e muitas outras artes; algumas empregim Se oes pals unin at mi im, emprega aquelas em maior proporsdo © sua a> ade ¢ operacio se efetua totalmente’ por meio de ‘Segundo me pateces dizer, a oratria fi- © ‘ua entre ess. GOR, Estée certo, SOC. Nio creio, contudo, que a qualquer delas queiras det 0 nome de oretéria, embora, nos ts tos por ti empregedos, eatéra seja aquela que ope- fa pela palavta e, por isso, alguém, com 0 pro- péslto de chicaneat com a tetminologia, possa avex- fturar: “Como, Géryias? Tu dés a aritmética 0 nome de oratéria?” "Ev, porém, oo acredito que chames orattis 2 aitmétics, nem & geometria. GOR, Tu estis certo, Sécrates; a conjetura & juste 41 SOC. Adiante, pos, ¢ leva a cabo agora a respos- tw a minha pergunta, Como a oratéria vem a set vuma arte que utilize muito a palavra e existe ou- tras com igual catacteritcs, procura.expliear do (que trata a oratGria entre ax que operam pela pa- 18, Aritméticn 6 0 teria; cleuo, aplcasto prétien 19. ate Jogo envolvia cteulo ¢ azar; num tabulelro ae 38 casas movientavam'se Ubu conforme a aorto dos 3 Javea, ‘Tomemos por exemplo qualquer daquclas ‘hd pouco enumeradas por mim. Se al a pergunase:“Sécrates, que € artnéica? ea feeb Ponders, como tu bé poco, set uma das ates gue {peram por meio de palave; seme votaee a pe Bunter: "A ‘respeto do que?” cu dia oe fer Feito do par edo impar, qual fr 0 sea valor, Se ainda petumtases “E's que arte dis 9 nome de célealo?” eu dria ser esu também vine das que tudo opeam por meio de falava, te pepuntse Imis: "A reapelto do gut?” eu tmprars fot mula da redalo de emendss a decries, deed da € timéica edo cleo "a0 mms, come stds por aque tstam da mesma cos, isto & do pare doim- Dat; a diferenga esti em que 0 cileuo examina os Yalore absolutos e relatives do par e do inper Sapoahainos ime pergontae slgutin sdb aa tronomia eeu rspondese que tbl cla tcl tudo por meio da pave se dle dieses “De ue teatam as pelavrat da atconomla, Sdcrate?" ea ‘Sonica Fb moyoento de cutis do So ca Telagio mGtue desis ve- GOR" Seria uma sespostascrtada, Sorat. SOC Pois bem Geigy € tun ten, A oan vem a ser una das ater gue todo feta € ope, fam por meio da paler, "Nao 6? GOR Asim € SOC: Did ge tam, nts? De gull do one ‘as palavras empregadas pela IR. Dos assuntos humanos mals importantes ¢ nobres, Sécrates (3°), en 20, _Obearvese 0 vag deta repo, tho exlarento 1 quite ade Polo em Lites = notte “Ho ealareced 36 SOC. Mas, 6 Gots, 0 que esis diendo € pat Shel de croton sinea molto impeded. Jd © ovine, pur, pestonscaando non bebercice fra cana () em que os cantotes ener set sedis wahor do nando sade, em segundo Iupar belea’e cm terete", segundo o autor de io entigutimento one.” GOR Sams 4 gue vem so? SOC. £ gu logo ee experi contrat agus a produ‘ bens lowadon peo autor cant S medic, neste de gindnen © 0 financstaD fis em Princo lar © médica: "Strate, GS fiaspreende eoganttey are que tata d0 aot Ken cn a ii” Ey Ie perguntcse: "Quem ta pa flares asin revendeia, supanko: "Um. médica” — "0 Sor me dis? Eno, o produto de ta arte 60 - {Bor ev bom" ~~ "Como no, Sets” respon etn, ter "€« wide, Qoe.outo bem existe 20 ‘mundo, mic qe a snide?” Soponhamos que, deb fois dle dasese por soa ver 0-meste de gids fen "Ey também, Sorat, me admiruta 5, ‘montuado eum bem de minha ate, Gorgias pe dae mortarse wm mor dx on" Ibe ana, de Sinha pare. “Ete quem &, home, © © die produsc?” — “Um mente de init, responde- Eno me tabalio ¢ proporconks 3s pesos be- fesse robuxer fica” "Apos o mete de gnés- Go Spunde eco, flaa © nani, com abselie to despre de dons" Sécates, examin 56 fe ds 492 21, 0 nome de scoion designava cantigas entodss ale ternadimente pelos conivas & mest. © texto ale a ume Sribuide por una. a Siménicen por utros a Bplcarmo: Platdo s cha amide, CE Monon, BT-e; Butidemo, 278 Tate, @3i-0 0 668. 7 cobres quer com Gira, gst com, quluer oy tpt be mae span Se ace acuo ta poduas?™ fl da que om, ge ne SEP AA i dep” ditamo’—* “Eomo iat” repondeig "Maso nemo, Goris contest que bn ate ro persona umn ban ior que «fu dans Depo tio, € cla, te pein! gue ben € bse? Qu ‘esp Cagis” Vans pos, d ergs, imagine nteopaa por Ele pot ers am ge Sn» der spas co @ tes sce prodarns ™nme Paw te Bode GOR Ale ge & dees, Seat, oma do se cas ule hed Edu. govtino soe s dems oe popes oo ee SC," a fil let de, pels pale, convener o¢ Iles nein, laren Gna et Savas (2) antl ccm todo ato aman 22. Esbognse aqui enbertiva,Juctaet de 4 G. pertenciam ton eed ilo da oratéra em géneroy: arate, Ne Atenas do Secu V {tite "“eominadoe pritences eon pritanes Ge cade trie, fy turnos de 36 dias a tia a ienla do bug « 68 codes” Zens eae ee, ‘importantes, cable bbule ficaisar a adtilatraho doe ma ‘irados, reonber un prestagdo de contas, ‘verifcar igtblldede dos arcontes e conasinlrs, convecar x eccesa © sstabelecer a pauta daa deiberagSen” ‘kt seeds regula: 3B Condi, escravo feu sed 0 macs esz¥0 tet, © sa(®), SO, fem i, eee ni ts eee eames ein con Spee As ex ocorriam quatro vézes por pritania, ‘dad inka aicito oe acute Flormente ae vertcasse contrarin As es gost para Fopublce, “A oclste ecerla prtieamente Codes os poat- om, compreandido. 9 de aupreia corte de jutica, Pnco. ‘neva, contudo, tbunala ordndos » expecaleados, entre ‘2 qusia o famaso dveopago, que Julgavs casas de homie fo! tentative de mores, envcbonamenta, neendlo: 0. rals fo re © dos heliatas, once se deedhim iigios pablloos ‘rivedow, podlam candidstarse 4 juleas desc corte ot ‘ah geo pieno do tevr crdtoe evs; sorteavasn= ‘Se amunimenta,donfre oe candidatoe 600 de eadh uma dis “Ez eben, exefoando iss eJudieatura uma epee outa, 23, Com que énfaze exalta Gérglas a sua arte! Na Apologia, Sterskes conte como saira 4 interroper ob homens ‘ave pansavam por sible polos, poetas, aries, cada Fer ctcnder br des rps faire ok lita ino nos demais dominion, Vers agut igual pretensto fm oradorea A exconva especaliaagio téenlea, tho decane {ada por inigos ase swclamam a feforma do eno © 0 aba ‘dono "duma,cOucasko qualfiouda ome arealce ~~ come foro tom ftsse apenas 0 que € ndvo— vitte transformar Shgeuheltoy, medion farnaceuticon, denistas, advoqscas ‘ulmeoa, aces, mlliares,sucerdotes, todoe oe especiaistar, mm sums em eros Inatrumenten tanelados por aqulles ‘Que sabem Gonvencer, of enpecalotas da prvucsdo. 9 stacla. Ou podes, 20 condo de cat « conisio 0 eipio ‘dos ouvines,acrescentar als fim dome GOR Absolutaments of, Stentes; 4 mew yer, deste uma definigto cabal a sua esta € ea). SOC. Esuta um poueo, Ggiat; dun coisa es tou convencido, pose eaar eet; 0 BA pessas ie espn en er ‘om al gue fl oo de 0 a, GORE dat, Sorts? SOC. Ji 0 digo. Esse peruaio de que fas, prods pla craic eo, pode ce, 280 sl ext famente em que conse, "nem 4 ut ata eo tole; bicoeme, por, ue eto atinando Com fn eater capliasio. ‘Nem por ino. daw Fe de pergunarte gue persusio, teu entender, Fete tate © soe gue vei as, sea fim me bacorj, por que, en ver de iterogante, © Blo o igo eu mesmo? -E por var, a h tua per fn ig be; aero elias tno Su nos exlareyao mas poste! questo em pa 1h Ore, examin ste ves, ta proba a thas perguntis.—Sopenhames, "por exenpo, que, Perguttand ex que soe de pttor € Zeal (*), 24 Chapouae a ume detnita, embora ndo cabal co ‘mo penn Gorgias; requerse'o objeto de peraissig «| Si ‘rata passa a investiga, a 25. Natural de Herscléin, na. Magna Grécia, 2s prendeu com “Apotedoro os pinaiplae ao clarosecuro; cf isbres quadros seus forem os de Ponilope, 0 dos Centeuros, te Heracles erento a Serene cence tac {eral ‘ie pntira de haturenas 60 sme respondesses: “Pintor de stres vivos.” Eu sia help de perguntar: "Que espésie de ses vos? Ou nao tera? GOR. Peefitamente SOC. A razio — nio achas? — é existirem outros pitores que pinta mor outros vivenes, GOR. Sim worém, ninguém mais, além de, Zéuxis, SO Pe peti scoea? GOR. Como nio? | is bem, dizeme, bre a oratéria: SOC, Po ela‘ peut, ov também out anes? Minha ida € mais ou menos esta: quem Griina qualquer cols, persuade agulo que ensin, ou aio? GOR. Por sem divide, Sécrates; persade com toda cere : coe SOC. Volemos iquelas artes de_que estivamcs © tratndo, A altelea © bem assim oaritméico no fos ensinam as propricdades do nimro? GOR. Perfstemente SOC. Portant, persuade 205? GOR. Sim SOC. Lope, também a azitmétice € produtora de persunsio? GOR. Paece - SOC. Por consegunt, s algun nos peruntar Ge pessuasfo ea respeito do gue, responders, Siponhor "Ds persuasdo diddtica (*) a respeito. 454 BEA perounsto aicsticn va iret ao intelecto; a rsinito yaa for eg sotsan a emogie, Pouce alan {atge vd como una prods o saber, © 0 Or, 0 Orr. 61 do valor do pa ¢ do fmpar:” Teas ax demas artes ‘at poco menciontdsspoderemos.demonstate- Tent produtors de pers, bem asim de Que per fondo ca rerpelto do que. Ou no? GOR. Poderes SOC. Logo, «ortéra nfo € a Gnica produto de perso, GOR Dizes « verdad. SOG. Ors, visto como outras exes, lim del, ope- fam tse produto, eu teva taro de, como no tae po do pinto, pergntar a interlocutor, em segue a, "A ontiia €'4 arte de que especie de per ssio? Tal peroato ers sobre 0 qué?” Os aches desabida a nova pergusta? > GOR. Nio acho, SOC. Se peneas asi, Gorgias, responde «ela GOR. Eu me refit, Sécrates, 4 persuisio exer ida nos tibunis «demas agrupamentos,sepun- oa pon ave jt 8 jaw SOC. Sabes, Gérgas? Eu imapnava que ‘te ref las exsa petuaaio ¢ a tis ssunton, mis, qual ‘35, -Neose pono progredimes muito. Tavoco 0 tee emunto de-quertassato a mesasredondac da teevito, oa eee _mentando em ser confutados mais desprazer do que fem confta_ Consdero iso vantgern ait, tar te quanto nair vatagen tenho at set 60 prop Iiberado” do maior dov mules do. que em liber ‘otra pesto, A meu ver ao homes nose depan_b mal to grande como sia opinion ertneesbse 6 a. unto gue no momento estamos verando, Se, po, oa eo. to, comers {em ron opin, devemor ptt, pareaos e eh cerremos 0 debate (2), 2 GOR. Mas, Sécates, ex me delto. do. mesmo tipo que sponta! Quis, contado, deranes peastr ras pessoas presentes. "HE que, hi muito, antes de Yorsr chegrds, del aster senbores una longa ex Isto; se proseglnmos, talves nor esenamen, Ito, Por ino, convém vercar o teu internet] fim de nfo elrmos quem dese ccuparse ‘de QUE. Véspsdpio, Geis « Sérntes, ests ov Vind 9 mrmstio desta gene, anion por stn som debate ente ves, Quanto ami, tomate nfo te ocortam negcion fo importantes que me faamn ‘Dandonar ‘uma contovésa do. inrestate em téemos tio belo, por tra ocvpasio mais hav, CAL. Pelos deuses, Querefonte! Eu também jd d_ Ashton hs ro tse mn me lee tanto como gore. Se quieres prolonges ©. debate pelo dia todo, nds ert un preset pct nim SOC. Pois hem, Cilies; se Géryias concorde, dk inka pute no hve objet. 35, Pedemse ¢ aceltam-se diogos para esclarecimen- to mtu, no pare impasgto de artigos'Ge fe. 3 | | GOR. Jé agore, Séerates, seria um dessire (7) aru iin ord, quando cu meso popus ave Ime interrogasse quem 0 quisesse do agrado déstes senhores, fala pergunta 0 que bem entenderes. SOC. Pois entio, Gérgias, ouve © que estranhei fm fuss pelaveas; finaly tives a 13250 esteja con tigo ecu nio teaha compreendido ber (3). Asse- vyeras seres capiz de formar orador quem quiser aprender contigo? GOR. Sim. SOC. De sorte que, discorrendo em qualquer ter reno diante da multidio, seja convincente, dando. the, nfo. ensinamentos, mas persuasio; nfo € asin (*)? GOR. Perfeitamente. 459 SOC. Segundo dizias hd pouco, até 2 respeito da ‘wide o orador serd. mais convincente do que © ‘médica? GOR. Sim; isto é, diante da multidio SOC. Diante dt multidio significa — no ? — iante dos no sabedores. Entre os sabedores, & claro, nfo teré rma convincente que 0 médico. GOR. Tens rari, SOC. Ors, se é mais convincente do que © médi- >, tomnase mais convincente que 0 sabedor? ST, Quanto importava a um cofsta a sulveguarda do prestige! 38. No passe deqpercetida 9 detertncia de Séerates ‘pera com Gorgias, qu, sncero, apesar ob tudo, ale tho Ie"ponetrara a periculoaidade dumm oratGra. sem moral. ‘39, Insste Platfo em sallntar a natureza do pers silo produaida pela oratéra, 70 a GOR. Perfeitament. SOC. Mesmo tem ser médico, aio €? GOR, Mesmo SOC. Enbora quem nio £ médico ignore, natural mente, 0 qoe 0 medio tbe. GOR” # caro SOC. Logo, 0 nfo sabedo, entre nlo sabedores, etd mais Convincente que o stbeder, no cao. de © cxador ses mais convinente que 0 méica. "O que Se passa & is, on colsa. divers? Gor. isso, pelo menos nese cto SOG. Nio se di com o orador ¢ oratéra 0 mer ro que com relgfo a tOdss as demas arte? El Zo tem precisig nenhuna de saber as, matas toesmas na Tealidade; barethe ter destoberto um tmilico de pertasio, pre, cate nfo sabedare, pasar por saber mais'do que os que sibem GOR. 'Nio € um alto negscio, Socrates, a gente ‘ho posit as outas atts, seo af aqutl, © lo Fcar'nadaabaixo dos profsionats ("9 SOG. Se oes fo 96 fin ax dv os tro grat a Eisedote-cxaminaremos logo tls 62 convier to cuso do debate, Dor ot, examines primeramente a seguinte questfo: pot venir, 0 fue lange ao justo ¢ 0 Inksto, 40 fio c 20 Keo, to bom e #0 Inau,o orador esd has nesmas con” Gigter que no toeanwe 2 sadde c aos Objtos das demas te? isto € som conhoet ema mee Bit ove ceweay 9 Nm Coa, belt > do, o unto c0 injso,loga cits pevsusao sobre clas $0. ponto” dey sein sabéles, pares, ene 40. 0 imesme pensamento de Polo, Cf, note 7. n os niosabedores, ber mis do gue o sabedor? Ou sm pretend aprender 4 out prea <0 pect e deve apeendel antes dese digit « Se lu, 0 mse doa, se eae nda tse genta to ten disdpulo ~~ pois nao argo teu fare que, aot clos da mul, dle ends coy tals mais, embors Mo as Cony, © area bom sem gue'© 2)? ou iG de modo slgum capa de be easier Téa sem gue conhyu de tntemdo verdad Ess, respon? "Que hi de vereide em todo 0, Goer i? E, por Zevs, como prometeste hé momen fon rca o ved doriéia © ize gual © sex condi GOR. Bem, Sécates; ex penso que dle aprende- de mim ese noes também, se por acto nfo 2 pow (4). SOC. Basta; € imo 0 gue disse. Se formas im rd, ep ig 9 de er © fo 0 juno, pong, se nlo © aptendea ants, aprenden de pois dew GOR. Pesfetanene. SOC. Mas, ize. Arsuiteto & quem aprenden a auiters, ou nic? GOR. Sin, SOC. Igusimente, misico quem sprendeami- se GOR. sim. SOC, E mético quem aprendes mina ¢ asim or dane conforanen mata que ca um epee XE al qulficagao Ie confere #08 oc GOR. Pertiamenc TET Wetemos 44 que nto & verdade n SOC. Segundo essa razlo, justo € quem aprendeu 4 justia, nfo € assim? GOR. Sem divida algums SOC. E 0 justo pratica a justiga (#)? GOR. Sim SOC. Neccisiriamente, portanto, 0 justo querer ¢ raticar a justiga? GOR. & evidente SOC. 0 justo, enti, jamais quereré dlingtir? GOR, Necessisiamence SOC. Por féxgadésseargumento,o orador no pode senifo ser just. GOR. Sin, SOC. 0 orador, entio, jamais quered delingir? GOR, Bo que parece SOC. Lembraste de ter dito hé alguns momentos d due no devemos censurar nem expulsar da cidade Ors de gi, pula sale dy ae Pugilistica pata delingtir? Que, de igual modo, 5 ‘ erador tian ceria pr fin nigos, no € ‘0 cato de censurar, nem de enxotar da cidade 0 seu este, mas sim 0 faltoso, que uiizou 4 oratria de maneira indevide? Foi o que se disse, ou nio? GOR. Foi SOC. Mas, segundo se descobre agora, ésse mer © ‘mo homem, 0 crado, jamais delingisia: Ou nao? GOR. Sim, descobrese 2.0 conhecimento da justice, som a prética, nto fas just, Socrates, pordm, para quem as agbes erridas ger Sinavein de nogbed falas) credtave sueente conc ‘mento para asseyurar w vontade Ge ben. B SOC. No infco desta convers, Giri, dase ue a orstriatratava de palavets, paves cla Yas, nfo a0 per ao inpaf, mas ao justo © 20 In justo. Nie fa? GOR. Fai SOC. Ors, eu, quando dss iss, puna que « cri lt ea ne tava inviiavemente fst; como pore, pos > depois doias que’ oridor podia servirse da orate tembén para fins njson,assombrel me, or térmor me pereciam diacordar etre sy por 10 tne manfestel daquela forma se achvas, como et, Tantajoro ser conlvtado, vala a pena'o. debate cao contério, ue o sbandondssembs, Mais ada clutmos, 20 invés, que um orador ¢ incapar de user ‘le oratéris pare fine injuste © de querer dein Stir Pelo Clo, Gérgian (*)! odo. €' num breve & debe sue podiemon apt ctbinente cme & POLO. Como stim, Sécrstes? Tu penas rs) smente da otra como acibst de diet?" Cuidas soe, porque Gorgas te sea de alo te conedet hoe 9 radon conhece perstamente fst, 0 belo bom e, se 0 procrs sem tal conhecimento, fle Prosi tho minista e,lgo ils, tater en cease fits des concen, ccoreu uma como’ conte. ‘Tego nos racocinion = cose que adoms, pol 6 levaste 1 mesmo 4 enredar em semelhuntes pergun. © tas dlétas — afin quem, supoes tu, negard do, mestre, que evltavajurar pelos eues’nacionnis, 0 cto ¢ Andble, deus epipetarepreetn- {ado "pey em cotpo humavo enced por une cabo eat "4 aque, s8breconhecer Ee propio @ que & justo, tam Baa ovenina aoe outros Ora, € preciso scrubs tal. ebvado para condusie os debates a semehan. te stuasao (51 SOC. © guepisdine Polo, se ne aranjenos em fot ¢ flo, alo € ten; todo, emcthcdoy, cam: Erlctemos, vis, of moses, estels 40, pe de és ara aprutarnos ess no que fzertoosetmo no que tissennos, Agore, por exemple, se eu e Gor Gis cambuleanee nu pelsrae ty, 50 pé de te, Sprumainos; € um diteto gue te ssste (8), Se tchasindevida alguna das conceses, estou mesmo pronto a retirar o qe qusere, cootanio que mun fenhas um compromiso” : POL. Que compromisso? SOC._O de comcats, Polo, a prolixides que, da primcea ver, procure caprege POL. qué? Nio me seré lito falar quanto uci) SOC. Seria uma grande desvent fe, se, vindo a Atenas (4), lager da Gr © He Thllamada, a eloghéncia toma o trio nos dentes 6.4 som 0 tocar to tatranca dou ansclitoyArgit'¢ Snail ae ma oavongho € arc pera e deeencoSas ‘htialiar porate ot cuviis, = 48, (A ‘gnidade impedin érgien,spannado em con- tease grate de selrr'y ue diets Asote omnes 1 se desfruta 2 maior liberdade de palavea,s6 a ti ela vieste a falar. Mas pete no meu lugar; aso tu fales longamente fo te disponhas 2 respon- der a perguntas, nfo seria grande desventura mi- nh, #¢ nao me {ese Hicito Tetirar-me para nio te ‘ouvir? Ni; se dés real importincia a0 debate ha- 462 ido ¢ quetes corigile, restzurao jOgo, tomo a di- 26lo, no lance que bem entenderes, perguntando Fespondendo slteradamente, como’ eu e G6rgias; refuta e deixate refuta- Tu gazantes, por certo, se beres'o mesmo que Gérgias; Ov nao? POL. Garanto SOC. Entio, tu igualmente convidas cade um Derguntarte o que quiser, com a certeza de saberes 8 resposta? POL. Perfitamente SOC. Pols entio, fare agora como preferes; per b junta, ou responde. POL. Eo que vou fazer. Respondeme, Sécrar tes; visto como Gérglas te parece embarasado quan- to 2 oratéria, qual dzes tw que ela €? SOC. Perguntas qual arte ela €? POL. Sim, SOC. Nenhuma, a meu ver, Polo, para te dizer f verdade, POL. Entio, 0 que achas que & a oratSria? SOC. Algo que, no tratedo que ex Ii recentemen- te, declaras teres’ mudado em arte (*) « POL, Que queres dizer? SOC. Uma pritica adquiride Gs, Nese tratedo, que oe perdeu, Polo dlscorta, p rece, sre ge melon de’ embelesamento de ingwngem, quale fmpregou na reposta a Querefonte, em 448 % POL. Achts,entio, que a oratitia & uma price? SOC. Sim, salvo se penates eer ela outta colt POL. Pritca do que? SOC. De prodinir determinado agiado pent, POL, Entlo nfo te parece uma bela cose ort. ta, se &capue de agindar aoe homens? Mas como, Plo? Jess enfroahado do que cu ened gue ela 6 para me pergunares © pono Sequim, se ‘nfo me pares bona POL. Pois nfo sei que # quiliiess como uma cert pris? SOC. "Jk que tanto ests agra, queres fazer ‘me un favoriaho? POL. "Pos rio, SOC. Pepin ars que epic de ae me parce a cliniia POL. Pergunt, pois nlp, 4 cain 50C. ‘Nenbum, Poo, POL. Eno, o/que € Diz. SOC) Pois io: oma POL. Prien do qué? Dae SOC! Pois tio; de produsr prado e pre, Poo, POL, Entio, arte culiia e oraéia vem a dar to mete? S0C""De mv algun FOL A ft ese je no eja grosetia maior dizer ver dade (“91 Hesito en datlo om atengo, «Gor is, nfo vi le supetarme de estar achincalan- Que espécie de arte € spenas sfo variedades do 4 torn tachado de impose, n do a soa profi; se assim & orairia pratiada 463 [ex Ge ey ofp, oo tet de Oy te det bent exherecile © pensmeans ie, "Mas o que cv chmo omtdria € pare de fp.que nfo se conta sbaitamente care a si Eat aches GOR. ‘Do gut, Sécrtes? Fla lo te aces por sinha cus SOC. Be, igi: parse x ni dame pr Faso nfo atin, mat propia de xpi cere, arrojad e por ntiresa halo entetnimento «om as pessoas; seu género dou o nome de lisoajatia, no meu entender, em ver de are, habiidade © tes,” Qualfico timbém a oratia como veiedade dels, © mais arrebiques e «softies; af0 quatro wariedades, distnguicas por quatto dominion. Se, , Polo desea interop, interrogue; pois dle ‘io sabe que vaiedade de lisonjatia entendo Sera ortéia; le nio percebe que ainda aio lhe respondi a isso e passa s petgunirme se me De rect bonita, Mas eu nfo the tespondeci se cons ‘ero a orttrin bela ou fein antes de lhe responder 1 que cla & tio € razofvel, Polo. Se queres, ‘em, sabélo, pergunteme que vsiedade de. ison. fara eu delao ser a orati POL. Pois bem; eu pergunto; respondeme; que vaiedade €? SOC. Compreendesis + minha sesposa? No meu entender, « oratéra € 0 simulacto dum timo. d politica 0. A poten como a coneebe Séerates nada tem a ver com partidos « conehavon, 78 Der profie, pareeme, fi mutes varedades,b tims én culiniay aparenemente, ua st, mas, | POL, Come? Entendes que cla € bela, ou feia? SOC. Feis. Bu chamo felas as coisas ruins, vis to como tenho de fesponderte como se jé soubes ses do que estou falando, GOR. Por Zeus, Sécrates! Eu préprio tampouco fertou entendendo © que dies SOC. # natural, Gorgias; eu nada eslareci ainda, ‘mas Polo af é jover e drdego (*). GOR. Bem, deixa-o e expla « mim a ruio de ‘qualificares a orate como simulacro dum ramo da politics SOC. Bem, tentarei export o que me parece a 0 {Gris; se, por ventura, nfo for iss, Polo ai me con- futerd, Chamas a uma coisa cozpo ¢ a outza, alma? GOR. Como no? SOC. Crés — ni ¢ assim? — que cada um dos dois tem a sua sade? GOR. Sim, creio, SOC. Que mais? Que existe saide aparente, mas rio real? Quero dizer, por exemplo: muitos apa rentam de sos de corpo; ninguém percebe facil ‘mente que vio mal, salvo um médico ou um mestre de gindstic GOR. Falas verdade SOC. Entendo haver, tanto no corpo como. na lms, algo assim, que lhes dé aparéncia de saéde, fembora nem por isso a tenham. GOR. & fato SOC. Muito bem; vow, se puder, esclarecer me- Thor meu pensamento, Como os dominios sio dois, 464 BI, Ardogo diz-se de cavalos; Polo signifcara pote. ~ otendo have dass ates; 4 un, ria 2 ala, Charo pla; 2 ous, tfrente so coo, 80 me Eredar thn nen te “aultve do. cope, conquanto une, itngs Si mo, eda tn nica © gts tedicing tine pte da poles coeponde 1 gh Disa; € 0 leglrer, outta corresponds 3 medi ti € 6 hukiat (9). "Oe mos dena outa ar © {eS dade ape thn on emg, deneon, ten a ecto comin: entre ts medion com & gine © jit com o leper existe, contdo gua ferng, Sendo es quate etstundo, sempre com 0 fit perfeo,uae do corpo eo outon tu, litnatia dindose cons ds, alo digo que Dor um conbeineato, mas por ina cosjtin, ilsge em quate, ietendove nos tj de cada Sm dos tune, mca ter agllo de que te yest, cop se yds Pre so pits, anna igor 4 patois, idee © {ise mado, se agua ater valisn Ass, ‘Cellini caracetada de mediing, linge cone fer of melores alent pata enip, de moto Ste ett eng, ou ett alin ‘parvor co io ctanas, um coher e uy médico resem A dspuar’ qual dos dois entndeia de alinentoe aus se © mélic, te 0 cousheio, © me dicoscaatis socendo de fone. ‘A iso amo nj angie be cu at © fl Bo © whois € 4 1 gue dino — porque vist a9 man dgiadivd ‘e\nio. so mehor; ao dgo no st ‘ft, mas apes una pri, porque, nfo oni: 465 2. Assim, pola, police entende com a anide das ‘mes, em cj ‘benetilo se cram e apicam ay Ils. Para Piatlo,"a fonglo. do Estado 4 eminenterente ‘educative Quer noe dora um Piatdo averbando’ ox ergament! 0 seme ae 9 a ie ee ce igs oe SCLOaS Pama shes ath compu lees Sada ete oleae tas ¢ retores (°) se confundem num dominio tnico SS fe ie soem noe gone, ln phen eee nat e dis ting a cull pee medicina, 0 préprio ‘corpo as julgasse estimar a3 pelos prazeres Ihe deparam, meu caro Polo, acontecera bem a Com {._ Vere sore est per eausas acre, {i Socrates, felote, nada fazia para dlstargar ox ato- ‘muar felira; caminhavn decal, envoltg nut Tanto surredo, “Alem aieso, nao tomava tanko amigde, Cf. Bon- ‘quote, Ika e 210-8, ‘5, Os sotlstas eram, em gore, mestrea de orséri a cepgfo de Anuxégoras — pois essas idias io tena estaba — tOde as Cota estaiam confun didas numa 16 massa (*), mesclados os elemen- tor ds medicina ¢ da sade com o® da clini ‘Gtviste pois como et defino #oratéria cla & para a alma’ tqulio que 1 calinia € pata 0) compo Tact, ies, na incoetncn Alo comer. € {Tlongasexposiies, mas eu mesmo me prolong Ho extewamente Mercy, prem, despa quan de far Sens nme een dias que es expicase. "Poranto to ca igmente 466 ‘lo. ovber utlear as tust resposas, prolongs também tu as exposiies, mas se ca 0 Soubet, m0 Iipegas que a8 tine, como € justo. Agora, se poder tear provelto desta reports, tea POL. Com que, eno, ortéia teusolhor € isonjaria (*")? ‘SOC. Ea nd a pce je 9 eaquecens, Plo, apesar de tio mg0?” Que nfo Sacks mae trea POL, Acas, acto, que os bons oradores so tidos em fequena conta nas cidade, como lisonendares? 18. Naseido om CinzSmenas, om 500 a, C. Anaxtgo- ag midoivae para Atenas sow 20 anor do Wdade. “Prices Buripden Totem discipuios seus "2 cones a su feo fia; on alamo, elementor' da meitra, em nomero ininto, Is de. quudades ‘defines, sheoniravanee otginira: Tente Midturadoe exo eonfusio; ous, quer dizer, uma Pe feligénla, estabetesoa ‘x ordem no universe, Acuiado de Impede, em 0, fl salvo pela loghtncle Prices as teve Ge pagar multe delxte Feu om Lampesco, com 72 shos. 8T, Por sfelto da formagto meramente oratéria, Polo stémso a crltetios de avalagho eterores, sem. penetrar ‘ind no" exame das queries. 2 4 SOC, Estés formulando ume pergunta dialésica, fu 0 exérdio dum discurso? POL. Uma pergunts, ora! SOC. Pareceme que éles nem sio tdos em conta POL. Como nem tidos em conta? Ni desir tam um poder imenso nas cidades? SOC. Nio, se, por poder, entendes alguma coisa boa para quem pode POL. Mas é isso que eu entendo, SOC. Entio, pareceme que os oradores sé0 rmenos pode fat cidade, = POL. Como? Nio podem, como of tisnos, ex cutar quem quiserem, confiserihe os beas € de redler SOC. Pelo Cio, Polo!, A cada palavra que dizes, Tico em divide se esti falando por t mesmo, ex ppondo teu pe6prio pensamento, ou se me ert in- terrogando POL. Eu? Estoute interrogand. SOC. Vi ls, meu caro; mas entio me perguntas dluas coisas a0 mesmo tempo? POL. Duss? Como? SOC. Nio acibas de dizer que os oridores fazem cxecitar a quem quiserem, como os titans, € con fiscam os bens de quem bem Ihes parece ©. de. gredam? POL. Sim. SOC. Pois ev te digo que estio af duss perguntas € vou sespenderte 1 ua e oul Astra, Plo, ue rade ¢ os tranos dean des ‘um poder insignifcante, como dia hd pouco; afo fazem nada, por assim’ dies, do. que desejam; f em, sim, 0 que Thes parece melhor POL. E isso nio & poder imenso? B SOC. Nfo; pelo menos, como die Poo POL, Eu digo que nfo? Ors, eu dgo que simt SOC. Palo C...! tu € qu nio, visto come dizas ‘gue poder imcaao é tm Bem pata quem pode! POL, igo itt, com efeito. SOC. Ent, consderes um bem poder uma pes sos o que Ihe parece 0 melhor, embore nao teiha jut, e'chamas 4 iso. desiutat de imeaso poder? POL. Bem, nfo. SOC) Por ‘consepuine, vais demonstrat que os oradores te jus e, refotndome, que a cogil. 467 iC una w @ no una aia Se me de wares tem fefutagio, nenhum bem representa para oly pf im @ ne nt ie i be, ras to propio adits que € om mal fart tlguém fem juao 0 qve Ihe parece. Ou no? POL.” Si SOC. Eo, cone de set meso, mus inde Convener Sécrater de que les fasem 0 que de sejam? POL, Mas se homem (#)... b SOC. Eu afizmo que éles afo fusem © que de- Sejam; pois bem, rte POL. Nio sabus de admit que fazem o que thes parece melhor? SOC. E sinda 0 adnito, POL. E entéo nfo fazm o que deseam? OC. Digo que nio POL, Meso fazendo o que thes parece? 8. Mais do que um protesto, esbose-se aqul um apte to a teotomunhas, ‘V- nota' 16 oa 4 $0C. Mes, POL. Tudo quanto dizes, Séerte, € lastimével sombre SOC. Para usar o teu estilo 40 falar contigo, mex ‘ao amigo, io censutes 0 que digo). Se €s capaz de interrogarme, demonstra 0 meu €0; s mio, pasa tua fesponiks, POL. Bem, estou pronto a respondet, pl shectr o teu pensriento, a SOC. As pesos, a teu ver, desjam sempre aqu- Be fa saa je vim em sas sqoex? Por cxemplo, quem bebe’ as poyses dos Idle, a teu vet, quer o que esd facade, isto 6 ingest a tisana‘e softer, ou aqullo'« que vise cguando «tome, ito é a snc? . POL, Evidentemente, a side. SOC. Estio no mesmo cto of mareantes c, em d geval, os mercadores, nfo é verdade? Nio vivem flzendo’o que desejam. Quem quer navept, cor rer petlce, passa apuros? © ue des quctem, ee eal surnam und van oe tnrighecery € pels niguess, com efeto, que se sem 20 mar(4), POL. Pefeitsmente, SOC. Nfo & assim em tudo 0 mais? Quando se fax una coisa em visa de ota, 0 que se quer Bio we A paronomdsia seria dos milan de aformesete rmento ‘otal recmendadee pel tata ty Polo “Pobre de terran cutvdvel, a Grea peinnlar ip ipenara 0‘ camaro martina’ “Assen et Po: ‘Hy an lade etna vn ee rio Pato, no Oris, loon iguaiete blero ‘© capital de Atlantida, = as | | 4, gu ve fx, mas age em vine de ual ee POL. Sim. SOC. Hé neste mundo alguma coisa que nfo seja ou ‘bos, ow ruim, ou indiferente isto & nem boa nem rum? 5, Sberates, necessiriamente. 1 — nig 6 — serem bons o saber, = 5 € Fuins a opostas? SOC. E por nem bout nem mis entendes coisas tain gue ora fam pate do bem, ofa do mal, om ‘ere um nem do pultoy por exemplo, esa Se tado, caminhar, come, navegr, 0, ainda, pes, past ¢ qucandos? Nic entendss asim?” Ou 0 Ents as cout que qualiar como nem boas em mis? POL. Ni; ers mesma, SOC. Quando faemos coisas indiferentes,fazemo- em vita dst bow, 00 fzemor about em a das indent? POL, Fazemor as indferentes em vita das boas, sem vide, SOC. Quando, pois, andamos, fazemo-lo pro Sedo's bet, Eechnode get atin ¢ neber, 20 contitio, quando. pitsmos, paramos com © fiesme fit, 0 bem. Ox nfo? POL. Sim SOC. Logo, qusndo condenamos, mandamos, exe Ga, degrelaon an conic ge be por julgarmos melhor pats’ née tab do que dtr deo fer? POL. Perfeitamente, 36 468 SOC. Quem, pois, pratiea tudo iso, praticno com vistas 20 bem? : POL. Admitoo, SOC. Mas, segundo concordamos, 0 que desci- soso aes gue fren indo «st tas aguilo a que vismos 10 faxéla, nfo é ver. aes POL. Certamente SOC. Nosso desejo, portato, no & simplesmen- te degolar, depredar, Ou confisar bens, mas. que remot aplca tis uigoes quando sfo tel se no- ‘divas, nfo 0 queremos, Camo bem dizias, deste mos as coisas boas; as nem boas nem mis, no ss dqueremes; tampouco as ruins, Nao €? Aches que digo a verdade, Polo, ou nic? Por que ndo rex pondes? POL. ‘Diaes a verdade: SOC. Portanto, admitido iso, se uma pessoa — ‘um tirapo, ou um oradot — manda matar outta, fu degredila, ou contisaribe os beos, por, cons erar isso melhor para si, quando na verdade € pior, ése, sem divide, faz 0 que bem entende Ou aio? POL. Far SOC. Acaso esté fazendo 0 que desis, se cx Tha de ser coisa ruim? Por que. nfo. rex pondes ()? POL. Bem; penso que nto fax 0 que desis SOC. # possvel, pois, que semelhante individvo dlesirate um imenso poder nessa cidade, s¢ 0 poder imenso é um bem, segundo admitise? . 1, Polo pressente a derrota ¢ reluta em asoentir no sumo dos ra 7 POL. Nio é SOC. Eu falava, pos, verdade, quando decane 1 pomivel o cao de um homem que far auina ce dade o que bem ihe parece tio devfutar um imen Se poder, nem fazer © que desi POL. | Pelo que vejo, Sécrates, + gozar da liber dade de frer na cidade © que bem te parece, ts re fevitis ndo\gozar, nem sentes inveja quando ves uttem mandendo’executr quem bem entende, ot Cnfiscandodbe os bens, ou enearcrande-o (#) SOC. Isso com justge, ou sem ela? POL. Fasa como fize, desta ou daquela mancir, ‘um sejlto invelivel? 469 SOC. Salvo seja, Polo! : POL. Por qué? SOC. Porgue nfo devemos ter inveja a quem nio € de inyejat, nem sos lnfelizes, e nim compadecer. ‘nos dlls * POL. Que pretendes dizer? Entendes ser tse 0 caso" das pessoas de quem falo? SOC. E por que nio? POL. Achas ines e digno de dé alguém gue man- da rewar quem bem The pate, condeandoo jusamente SOC. Nio, nfo acho; nem invejével tampoaco POL. Nio disiae, hi pouco, que eta infelia? SOC. Sim, quem mandasse mitar injustamente, b seu caro; sobre infeliz, digo de do; eno invejével quem © fieese com justia, @2. Um Irdnico argumento ad hominem, de natureza retorle, visando n perminato de crane nho de ciel, POL. Digno de 6 e infelis, por eetto, € quem mort iojastamente!, SOC. Nio tanto como quem o mata, Polo, ¢ aio fanto como quem morre por mercer POL. Como assim, Socrates? SOC. Como? porque o,maior dos males vem a ser praticar una inj POL. Exe € 0 maior?! Nio € maior o softer 4 injsiga? SOC. Absoltamente aio. POL. Astin, pis, preferes sofrer uma ijt ‘ea pratctla ()? SOC. Eu pio gue em une nem oun ck © masse fesse mperiwo ou prticat ou softer ma jstiga, eu prleiiasoltla a praticdla(*) POL. Portato, ni aceitriae « posiio de trano? SOC. Nio, se. por tirana entendes 0 mesmo ue cu. FOL (Bem ads o ges 6 de gem fc fat, na cidade, o que bem parce, mandan- 4 exccuta, degrdando c apinda em tudo segundo ‘oping. pss SOC. Mea cato amigo, enquanto vou disorren: d de on anes Supphapos ge, ma replets, ey, levando sob a aa (®) uma x eee ince ele abe de dau um polet 3. Novo argumento ad hominem, G4. Na Apologia, 2c ¢ -, conta Sécrates como ato tou ‘sco de morte Tectmanda’sbedienla ao govt ‘Trina, que‘o mandava, com outtos quatro, busca? Leto de ‘Salaming, rondenado thjutamsente @ mots @5._ Lugar preferdo para ocltar armas peguenas, Cf, enoténte, Helétons, 1 8 28. ” tittnico maravilhoso; se, no meu entender, um dé ses homens que ves tem de morte imediatamente, rmorto estard aguéle que eu achar; se, no meu ex. tender, se deve tachar a eabega a um dls, rachada staré ‘oum instante; se, no meu entender, the deve Sexmpnde + rosp, rspada cata, tsmanbo €0 mes poder neta cidade” 'Se_duvidares eeu te eat ira arma, ts, vendoa, aver digast “6 Séerates, im quiljuer pete ia tum lneaso poder, alley ise modo, podetia até sr incendiada a cata que tem eatendéstc,c ais os arsenide Atos, oh vir de ody on upc do Ena como parilares”” Mas ent, | poder imenso So aiaie im,em fees ope AE at Ou echas que sim? POL. Nip dessa mancia, por crt SOC. Poder derme o que desprovas num po- der como te? POL. Poso SOC. © qué? Diz POL. Quem aisim procede & punido necessie OC. Es punigfo nfo ¢ um mal (*)? POL. Perfeitament SOC. Desta feta, portnto, meu extsordiniio amigo, pentts gue o mento poder ¢ um bem quar do aproveta« quem faz 0. que bem entene, © nie {0, parece, conse o pot iment; caso cote Fie sdbe ser'um mal, €'um poder mingundo, Ex Ilnemos eta outta questio, -Admitames nao. € verdade? — que proeder como dilamos hi pouco, (68. Na opinito de Polo, & clara, 30 70 POL. Ai, como € dificil refutarte, into 6, mandando executar © degredar pstoas€ on ie ie et eke sts a POL. Perfeitamente SOC. Isso, pateceme, adnitimos tanto eu como tv. POL. Sim $C. Quindo, no teu entender, € melhor proce: der asin? Diserne quis os limies ue tomas POL. A essa pergunta, Sécrte, responde tu SOC. Pois bem, Polo, se te ap: mais ouvilo de mim, eneado act meltor quando se procede atin com justiga; por, quando ‘niquamente es! Con tudo, nfo poderia mesmo uma crianga provar o érro do que dizes? SOC. Eu ficaria imensamente agradecido & crian (8 fo menos a ti, se me confutares e livrares da Parvolee, Por favor, nao te enfades de bem-fazer 1 um amigo; refuteme. POL. Pois bem, Séerates, escusa invocar exemplos do pasado para te rebater; bastam fatos de ontem d fe de hoje pare te confundir, demonstrando como ‘muitos homens iniquos sio flies. SOC. Quals fatos? POL. Nio vés, por certo, no trono da Macedd- nia, Arguelay, filho de, Perdicas (°)? SOC. Se no vejo, pelo menos ougo dizer. G7. Gomo ver narrado aclante, apossou-se legalmen- ig goer in 1k aC Rae, conto no de nee. ‘duty be pats 4 cultura gregm,langando com lao, a8 buses fo futuro império Relenstico” Turipdee © Agatio, postas tragicon, fram héspedes avis; quadrog de Zeina adore: ‘Yam se aldo 31 POL. Consderalo felix ou infli?’ SOC. Nio sei, Polo; ainda nio tive uma conver 8 com dle POL. Que dizes? $6 0 saberias pela conversa? © Sem sates daqui, nfo sabes se éle € felix? SOG. De fato, nfo sei, por Zeus! POL. Nao hi divide, Sécrates; tu me vais dizer ‘que fio sabes tampouco te é feliz o tei da Paria (*)! SOC. E stare falando verdade, pois desconhego- cThe a formagio e 9 grau de justia (*). POL. O qué? A felicdade consiste tda nisso? SOC. Pelo menos, na minha concep¢io, Polo, En- tendo ser feliz © homem, ou mulher, de boa forma: ‘io moral; 0 mau, 0 iniquo, ése € infelz, POL. Portunto, na tua concepeio, 0 referide At 471 quelau € um coitdo? SOC. Sim, meu amigo, e fr injusto. POL. Ora, como nib hevia de see injusto? Nao ‘he eabia nenhuma parcela de seu poder atual, filo que ert duma’ simples. escrava de Aletes, ir ‘Plo de Perdcas, por deta, de ere ecavo de letes , se quisesse cumprit seu justo dever, es: taria servindo a Aleetes, © seria feliz, de acdrdo com 03 teus principio (*); 20 invés, tomouse as Seed n eee aie haere Satie Bales Sak = SrA rp ssn ats pn ‘erates, uma qualidade, ee Se to erg tee a 3 see to 2 Sombrosamente infeliz, perpetrando 0s crimes mais hrediondos: primeizo, mandou chamar &sse mesmo b seu. amo e fo, como se tencionase resituirlhe © er gue Perdicss womans; hospedowe; embris Bs, fntaente cow Alcan, ohio, pmo fu, male ou menos da mesma” idad; ‘meteor Duta catuager, vows & noite pata fora da ch dade, degolowor e sumiu ot doi.” Comeidos & ‘ines we econ de gi nels fara nid te avependeu, ao conti, pouco ten Do depois, em ves de educa, como ert de jst, {seu emo, tho legsimo de Perdca, menino de ca de sete ans de idae, a quem por dito cx fio tone, e resitulrlhe 0 poder, pare sr fel, sou Thin pos, tfogando-, e dive A mie dele, Gin, ge sino mrt dma shed rsegela um, paso. Como vs, por ter prt thealo mh Maceddaa og tnt howtos cies, €o mals. desynturado dos macedéloy, 20 inves deo mas feliz, e talver nfo haa em’ Atenas, 2 omecar por ty quam ‘ore set tm me ‘oie qullquer a Ser Argelsy. SOC, No coméso déste debate, Plo, eu te gabel por me purser fetes apendide bem « orstéia ne Slgenciando, conto, a déta; c ager, & deve far est a atgomentagio com que mesmo wma cian ‘te confnciiay Ex realmente refuada por tse facocnio, como imaginas, minha airmasfo Ge que tio pode'ser fells quem praticainjsugns? Como tern, meu ca, oe ao adrito una pelos de tudo chante ests dendor POL. Nio antes, poraue nfo quetes; aa reali dade, penas como eu digo"). TH GE 405-b ¢ nota 128 = 3 SOC. Abengowdo amigo, com eft refutar a0 jeito dos oradores, como cuidam que se tefutafor que oram nos tibunas (8). Porquanto Ales ali supiem que se confundem uns aos outros, quan- do, de suas alegasées, aduzem testemunhas” nume- roias e scatadas, a0 passo que 0 adversério apre- senta uma minguada, ou nenhuma. Semelhante re- futagfo, porém, fo’ tem valor neshum na indaga- lo da ‘verdade; vez por outra, alguém & vitima de 472 {alsos testemunhos prestados ‘por grande niémero de pessoas tidas por honest, Agora, por exemplo, fem favor de tuas alegagbes, deporto quase todos os atenienses ¢ forasteitos, se quiseres citar contra rim testemunhas de que nio digo a verdade; de- porfo a teu favor, se quizeres, Nias (*), fllho de Nicérato, e com éle seus irmios, cjas tipodes (**) se alinham de pé no santudtio de Dioniso (™); se ‘quseres, Aristécrates("), filho de Calin, de quem 72, 9 Acimulo de apartncias o tostemunhos, « fronia dog aiectas paradexals da ieee epost chp recursos buble false eflcazes ta oratsrinforenee, mar Jonge eatio. de onsite argumentos apodiieos; crim a Persuaeko da erent ‘ht do suber TB. “Chafe do. partido aratocrtica, Niclas aconseihow « reultou a pas com sparta em 421° e C.” Incumbldo, ‘nay grade seu, de comandar, com Lamsco_¢ Aleiblacee, sou adversarto polls, a desustrom ivaato de’ Sil ca Dilslonere dos sracuntnos © fo executada re honrado:Po- Fem Umido e resolute. Th Vason de tres pea, 15, Dionise, um dos somes de Baco, deus do, vinhs. (0 stntutrio agi referda tora mandado construe Pld Bro Delo Nita 46. _Atltdcrates, oligarea, fol um dos generals vine adores da bataiha naval Se Arginusa, gah adbre ol er pertanoe tn 408 a. Cy condenason pelog stelennes por 580 ferem recohido ce mertea. Cl Apulogta, 3+ 4 oe ie come core oe fects eee ee She eae se ce ee i es es eer ROE re ne eee Bee ei ae See es Sane a me oe ee ey et ee soc poms Pe Fo See eee Ss we diferem ("). fon aed ° eee were be ae en oe ee ‘mento, o que hi de mais feio; trate-se, em sintese, eg Em rane Ea tien at peree a tence espe sc ie raat gee te ini mae pee ai ey ee feliz 0 criminoso deparando a justa punigao? TT. Distingto entre m angumentagto retérice e a lan rete 3 POL, De mance nenhuma: seria o cimulo da Inflcdade SOC. Ent, segundo tes racacni, 0 criminoso © seri eli se no. depaar a justia (4)? POL. # 0 que digo. SOC._No meu entender, Polo, o ciminaso € @ iat ‘quo sio de todo em todo infelises; mas intl, Boren ctiminog ave mo ea # fa io € nid; menos intel, se expla a falta e fr pu ido pelos deusese pelos homens. (*) POL On, Stes, € abide 0 que nds tem 473 SOC. “Tovdavia, procure faze que mi ps6 digas o mesmo que es, Mev amigo — porguanto fomiderote me amigo, Preseatemente, com ef to, & essa a nos divergincay cxaminso tu, eo dliz, a certs altara (que € pior cometer ‘uma Injustiga do que str POL. "Pefetamente SOC. E-tu, que o pior ee soft. POL. Sim. SOC; Es decree inflnes & ctinnarn © ta POL. Sim, por Zeus! SOC. *..'s0 que pent, Polo b "WB, A ida 6 de Antifonte, sotista, orador e mestre 4 retinca, neido em 490 4G) em Atanas © condenado Sumorte th in, quando east 9 govdenn Sor Guairocents, fe"gue fasia parte’ Segundo tie somente convinhe ser Jom: fe quando houvesse teotemuntos: TB. Atsim retribul Sécrates oa paradocs irnlcos de Polo. Ness retribulgea rence tm Gos mal finon ence fon da arte iterdria do drys 90." Em 469-2, 36 POL. E penso certo SOC. Quigé, Tu, de rua parte, delaras felizes os criminosos, desde que no scjam’punidor. POL. Sim, perfeitamente. SOC. Fu, porém, declaro mais inflizes dees e me- fos os. gue So panies (8). Queres efter tm POL. Essa, Ssrates, é ainda mais difell de refutar do que a outral impossivel, Jamals se POL, O que diss? Um homem é surpreendido cm flagrant delito de consprsqdo conta 0 8800; prendemno, torirano, muitamso, queimamihe © 8 olhor e, além de softer pessoalmente indime: os outros maus tatos atzozes e de todo ipo, v6 Sole los também os flhos e a mulher, por ultimo, € crucfido, embreado © queimado; ext assim tals els do’ que se, esapando, ascender tania ¢ pissar a vida no govésno do’ Estado, fazendo. 0 aque The der venets invejado ¢ considerado feliz Delos ciddioe e pelos estrangeioe? Consderas ime Posivel rfuter esa propoigio(*)? ‘ SOC. Polo, meu nobre amigo, desta fit, em vex de me reftar, quetes asurtarme com espantalhos, ba aco ia com temas Sj ao ft, recordasme vm pormenor: ta diceste "em flagrante Gelto de conepiagio contta o tian”? POL. Foto que eu dae ‘i, Imports, no debate, a definiclo precisa daa posi ‘800 dos contenderes, 12.” Novo aurto de argumentagho retérica, Documene ese a conmanela do cartier des Deteanagens, ‘ 7 $96 Nese x, enum dv dt si 0 ml ie, nem o qe empolgou a tania por meios it cues, nemo estignde; de dois desgarados nfo ove Kaveri mais feliy todavia, 0 mals infel € Eo que cxapou e asczndew 2 traia. Que € 90, Polo? “Eres tindo? essa una nova espécie de refutago, wi, quando a gente dz alguma coisa, em wer de atgumentar (©)? FOL Nin te cnt sland, Sn, nes coisas tis que ninguém no mundo dia Se afo, pergunta a qualquer dos pesenes. '$0C._ Polo, eu nto sou um politico; no ano passa, teado paca conselho, quando a pritania (4) 474 cout igh to, « mi pei ro Provogue tsadas pot ndo saber faxelo, ‘Por iso, por favor, nfo me andes agora clhér 0s votes Gos presetes; ve nfo tens wma argomentagio me li die me argamentar em ts ae, come of sb momentos, experiments a algumentyso foro erga oe fis Com ft, da sar gue azo, eu #6 ua tesemunha sel apresen- tar eu contador em pesos, + muliso, ev ie pease; nap sel colbér 0 voto seao de um 66); os demas nem mesmo dinjo 4 palavea, Ve, pols fe stds dspesto 4 cederme o turzo da ergumen. tisfo,respondendo is pegunts. Eu ereio eevens que nds eb te tbda gente — julgamospior eo SO rio, a vala, a astuada, ols of argumentos de petulattes que te presen auperseeente dotdos e nfor Hives, Na “Apologia, 20-4, pergunta. Socrates se he Ipno- ‘ondentvel que & de supor alguem saber o-gue St." Cf, mote 22, atbre a pritan 55. Tal & m perruaid didtice, neceashrements in vid, { eter a injstiga do que solr, © pior do que ‘xpitla,ndo a expan. POL, ‘Mas, a meu ver, nem eu, nem ninguém mais, © adnitimos.- Se aio, tu? « cometer una injutiga prsletinas solila? SOC. Eu?’ Sim, como tu ¢ téda gente POL. Ora, ora! Nem ev, nem tu, nem ninguém SOC. Entio, nlo vais responder? © POL, Mas como nao?! Estou af ansiso por stber © i, afnal, vais dizer! SOC.” Entio, para o saberes, fixe. de conta que estou principiand a interogattee dae:me, Polo 0 que achas pion pratioa uma injstiga, ou sofréla? POL. Softéls, or! SOC. Eo que € mais fei? Ser autor ou set vite ima dum injustga? "Respond, POL. Ser autor, SOC. Sendo mais feo, nio &, entio, piot? POL, Absolutamente no. SOC. Compreendo. Nio consideras « mesma co: $2, parece, 0 belo e'0 bom, o mateo fio") POL. Nio, realmente. SOC! Que’ dies a isto? Tédas as coisas bela, came obits cr, omy, edi, pe, sempre sem relagio algama que Ines atribuis a belem? Por exemph, comecenoe pelos objetce belo; nio os, chamas ‘belos tendo em vist, em cada ato, of fins a que ssrvem, ow algum prsze, Cato re delisie quem oF contempla? Fora dsses pon. 85. A identidade do belo ¢ do bom era ldtia arraigada ro petaamento grego: 0 djetivo Koln agit aa dua8 ols. Ct, loge adiante, The oy tos de vist, podes mencionar algume outa sus da bee dos Bete? POL. Nio peso SOC. Nio se di o mesmo com tudo mais? for ties cOres, ado as delaras elas em reso de certo Der ou ceria utlidade, ou por ambos o» moos? POL. ‘Sin $0C) Nie’ € assim também quanto as resonts- Gite tado que conceme A mutica? POL. ‘Sin SOC. Outtosim, no tocante as leis e costumes, gem divide, of ue. o belos nlo fogem seta Gualiicagier de ‘es, agradivels, ot ambas as POL. Adio que nk SOC. 2 beter de tio suede o mesmo, nfo &? POL. Por sem dvds! Agora, crates, ets stage wine ets ob lo pn «pee Fortato, fel ser aftido pelos opostos, pela dor peo ral FOL. Fost Quand, portato, de dass ois bels, tums sce mas bes, aicin € por wobrelerar num dow doe predieor refedos, ot ean ambos, ist &, fon po peter, ou ta ulidade, ov nesta © naquce POL. Petfetamente SOC. E quando de duss cols els uma & mais fei, asim & por sobrelevar ou na dot, ou n0 dana. Ou no € forgosamente asin? POL. sim T. Polo aqui so contradiz. of, 474d, 100 a5 > SOC. Adiante,. Que disames hf pouco sre pre fier ¢ soirer injutiga? No ditas que sofla Epos, mas praticdla mas fio? POL,” Dini SOC. Entio, se pratctla ¢ mas eio do que soft Ta, assim € por set malt delooro e sobeelevar em oi, ou dan, ow ambas a8 coiss. Nao € isso tam ‘stn foxgoso? POL, Como nfo? : SOC. Ore, examinemos em primeizo lugsr se 0 prmdcar una injustia eobreleva em dor a0 soi Ine se padecem mais or asores do qu ss viinas POL. "liv, Sécatcs,sbsoltamente nio. SOC. Entio, nfo é em dor que sobreleva? POL. Nao, por cero SOC. Se na dor no, nfo sobrclevaria portanto em smbos os motive. POL.” Nio, é caro, SOC. Rest, pois, outra slo? POL. Sim, SOC. 0 dino? POL, Naturalmente SOC. Ors, se praticar uma injurtis cobreleva em dino, seed pior do que sola POL. Claro que sim. SOC! oo iy gu antecament mii, as pessoas eta tambem concordivels em que tna fig ser o autor do. que # vitima? POL. Sim. SOC. revelouse agora plor POL. Aparentemene SOC. Acazo, entre 0 mais « 0 menos danoso feo, prefcrinias 0 primeiro? Nao hesites em responder, Polo; nao te fant dano algum. Ao contriio, con. 101 fiate bravamente & ratio como a um mélico ¢ sesponde tim ov rio 2 minha pergunta POL. Bem, Sécrates; cu nio preferiia SOC. Alguém no mundo o faria? POL. Nio rio, « penser asim SOC. Portanto, cu dain a verdade: nem eu, nem tu, nem qualquer outza peso prefersfamos co- meter injstiga a soféla, por der mals danoso POL. Assim parece. SOC. Ora, estis vendo, Polo, que, posts lado = lado, as duas espécies de argumentagfo em nada se parce conigy contd ho; ex colbo ents o tex voto e dispentoo& de ais, Quanto a &sse ponto, fiquemos pot ai. Pa Seon ae ao seine da eget ‘oss, ito & se pagat 0 culpado 400 pene € 0 maior dos males, segundo peasaas, ou maior € 0 Paptls, como penta cv, Examinemolo desta f ig; explar + culpa e softer castigo justo achas que 24 mesma coist? POL. Sim. SOC. Podes negar gue tudo quanto ¢ justo é belo ‘na medida em que € justo? Pensa bem antes de responder? POL. Bem, Sécrates; penso que é SOC. Refiete também sBbre isto. Quando alguém tua, bé de, por fra, haver algo que softa a sua ‘0? POL. Penso que sim. SOC: Sofie — alo € — 0 ase o gente fs, gual éle o faz. Quero dizer 0 regunte: se alguém ite, necestiamente alguma cosa € batida, POL. Necessitiamente, 102 416 SOC. Se ele bate com ga ou com rapide, € com férga ou rapider que a coise batida recebe'# pan- cada? e POL. Sim. SOC, Logo, o que a coisa batida sore € tal qual © gelpe vibrado? POL. Perfeitamente. SOC. Se alguém queima — nio €? — por fea slgume coisa é quetmada, POL. Como nio? SOC. Ese qucima forte e doloridamente, por fOr fg 2 coisa queimada se queima tal como queima © {nstrumento. queimante? POL. Perfeitamente SOC. Se alguém corts, © raciocinio € 0 mesmo; tio & verdad? Alguma coisa € cortada, POL. Sim. SOC. E, seo corte é grande, profundo ou dolotido, } objeto cortado recebe um corte tel qual 0 insre ‘mento cortante produz? 4 POL, Evidentemente SOC. Em sintese, vé te admites, como eu dine hi ppouco, num sentido geral, que 0 bjeto de uma fsio a sofre tal qual o agente a produ POL.” ‘Admnito, pois nio. SOC. Admitido ésse ponte, ser punido € softer tuma asio, ou € pritictla? POL, Evidentemente, Sécrates, € sofcéla, SOC. Da parte de alguém, nfo € assim? POL. Como nio? Da parte de quem pune. SOC. E quem pune com actrto tem o direito de pont? e POL. Sim, SOC) Procede com justia, ou nio? 103 POL. Com justps, SOC. Logo, 0 punido, recebendo 0 castigo, sofre coisa juste, POL. Parece que ss, SOC. E ponto pacifico, sem divida, ser belo o ‘gue & justo? POL. Perfeitamente SOC. belo, pos, o que um déles faz € © outro, ‘que estésende punido, soft, FOL. Sim. SOC. Se € belo, ¢ igualmente bom, nfo €? Ou por ser agradivel, ou por ser proveitoso. POL, Necessitiamente. SOC. Por conseguinte, quem expia a culpa sofre FEL Sanne, SOC. Cathe proveito, nfo 6 FOL Si = ‘Actto 0 proveito que ex imagino? A alma taelbor, e panda justamente? POL. # provive SOC. Quem exp 4 culpa livrase do mal de sua dla, nfo € mesino? POL. "Sim, SOC Livrase, portato, do maior dos males? Refice assim: tstandose de economia, eax ‘outro mal ue fo a pobress? POL, “Nio, apenas a pobreza. SOC. E na constiuigio do corpo? Dias serem sales a fagsens, a docng a fiir © congénces? POL. Dis SOC. Eviste, teu vet, também alguna ruindade POL. Como nio? 104 an SOC. Disa casa ot nomes de injusisa,ignorincia, _covaida e congéneres? POL. Perleitamente SOC. Na economia, no corpo e ns slma — és cosas distin distinguiste tés sores de dade: a pobresa, a doenga e a injustig; no @ POL. “sim, SOC. Dessasruindades, qui a msi fia? Ni € a injusga de modo ger, « suindade’ da sina? POL, Sin, mu SOC. Se é a male fci, & tambéan « pior? POL, Que queres der, Séraes? SOC. Isto: sempre a cause do efeito mie grande dor, um dino, ov ambas as coisas — Et mis fia, de acSrdo comm as admissbes pasado. POL, Exatamente SOC. Admitimes hé pouco que 4 feldade extre sma & injstiga et6da ruinade da alina em get? POL. Sim, sdmities, SOC. Ela € 0 mais penoso ¢ 0 mie fio dos me les, por sobrelevar em sfrimento, em dano, ou nas dons cits. Nio € vesdade? POL. Neccisiviamente SOC. Ser injusto, intemperate, covarde € igno: pms endo, main dla do que ser pote © POL, Nig me parece, Sécrates; pelo menos, no fe infere da = SOC. Ent, & por superar tudo mais alguna Proptedade foodies, eas inden etme Gu im mal puto gee 4 inde dana € 0 cial edad i goat segundo ened, POL, Assim parece. 4 105 SOC, On, certameate, © que 1 sbreleva em f- io do dano enorme tem i ser 0 méximo dos males POL. Sim SOC. Portano, a ijstiga, « itemperanga ¢ as fas ruinddes da alma conattem 0 mdcino os mab POL. Pace SOC. Que arte nos forma & pobren? Nio a fi banctna? POL. Sim. SOC) EA doenga? Nio € a medina? POL. Forgosmente. SOC. EA ruindade e injostin? Se essa formu: 478 lagio te enbaraga, examina esta out: aoade © estou docntes do corpo? —..ri<“—~OCO—CSS Be, PO Mie ee jose ott POL. Assim parece SOC. E qual delas € a mais bela? POL. A que te referes? SOC: As finangas, A medicina, 2 justica. POL. A justica, Serats, sobrepuja muito. SOC. Sendo 2 mais bela, ela prodar mais prazes, ‘0a mais provelto, ou ambas as coisas, nfo € ver dade? 106 POL. Sim, SOC. Eno, ser medindo ¢ um prace © delete “se quem estd em tatamento? POL. Pareceme gus i SOC. Mas é proveitoso. "Nao & POL. Sim, SOC. Porque a gente se lia de um grande sal &, por itso, hd vantage em suportat dor ¢ Ste POL. Como mio? SOG. No tocante ao corpo, © mais feliz € quem reatbe uatamento, ou quem jamais sequer adocra? POL, Quem jamais sequer adocceu, & claro. SOC. Porque a felicidad, parece, no consiste em livarse doa, © sim em jamais o ter sequet dquo. POL. Aisin & SOC. Que mais? De dois doentes, seja do corp, ‘ja de sma, qual o mas infeliz? quem se tata © ora do may ou quem nfo sc ata ¢ 0 conterva? POL, Evidentemente, quem aio se tata. SOC, Nio € verdade que a expagio da fala seria 8 liberagio do maior al, « tindade? POL. Seria, poi ato, SOC. Porgie, devo, « punisi, que nos di plin etorna tas jusos,€# medina a rundade? POL. Sim SOC, Mas o mais fli € quem nfo tem ruindule 1 ina, pt Ee, Hite poate, € 9 aor doe POL. ¥ cho, SOG, Em sepundo lugar vem, decrto, quem dela {ei litewdo = POL. Neturslnente 107 quem, advertido, repreendido, ex POL, ‘Sim. SOC) Ea pior vida, ¢ «de quem conserva a injuiga, em ver de libertarse? POL. Evidentemente SOC. Ort, tal nfo € precsamente o caso de quem, tutor dos mais hortendos crimes, levando a. vida tas crminoss, vir, mexe.e escape as adretén. Gis, castigo exlagde, como ts aGzmas terem 479 foneguida. Argue , mga, ob Uanos, or doves e potntados? $00. fae, cs dis excelente amigo, por asim dizer, Sangicam o inno resultado de cm, minado das lengae tnt daninas, se fortasse« pagat 208 mi Alor s pena de sus falas quanto 20 corpo © ni0 fe teataue, com miedo. puenl dos cautéios lane b tix, porgue doem. Od nfo te parece assim? POL. Paece, SOG Por igor, sem vit, como ¢ boi te sade una bos complegfo. Segundo os pontos ing pds, ol, ss tu proce Inento de quem se enguva 4 expinao, isto &, vem Trae duc hd de dloton, mas fecha os alton 20 ‘gue hide Gl, ignoram quio malor do. que « dex ‘entra de cotviver com um corpo malo € a de jer com um sling dora, corupta, inusta pura,” Por isso, tudo fazem para nfo selva © ‘bo maior dos males pela expiaco da culpa; provéem- ‘te de riquens, rousamse de amigos sdgurem, fo maior graupossvel,o dom de persuadin pela po leva Se eso cetos og prncpios que admtimos, alo pects ob. deers?» Ou sues qu a amos juntos 108 POL. Como quiseres SOC. Seguese, 58 € sua rita? POL. Sim, aparentemente, SOC. Doutro lado, ficou claro que na expiasio onsite a libertagio désse mal? 4 POL. -F possivel SOC! E nfo expitlo € permanecer nile? POL. Sim, SOC, Em vulto, portanto, cometer injustica ¢ 0 ‘eputdo dos males; 0 maiot e o primeira de todos E hio expiat o culpado sua culpa, POL. Assim parece SOC. Mas, meu amigo, nio era nisso, que discor vamos? Tu consideravas feliz Arquelau por pra ticar of malores crimes sem sofrer nenbuma 20, yet a conto, hi de nfl ain de todos ct demais homens Arquelau, oa qualquer futea pessoa que nio expie os crimes. cometides, sendo sempre mais infeli 0 autor da injustigy do (que a vitima, mais quem pexmancce impune € me- hos quem expia. Nio era isso 0 que dizia eu? POL. Ex SOC! E nio ficou provide que disia a verdade? POL. Parece SOC, Ora, bem; se essa é 0 verdade, Polo, qual o 480 frande préstimo da oratéria? Com ‘feito. segune do temos reconhecido, uma pessoa deve guardat-se fo mais possvel de cometer Uma injustisa, certa de ‘que Sein jé um grande mal. Nio € POL. Perfeitamente SOC. Caso, poréin, venha a delingtir ela propria, (u sigumn dos entes queries, deve ir de moto pro ptio aonde expie a falta quanto antes, saindo em ‘gue 0 malor mal € 8 injust- 109 botca de um jute como de um médic, pres: b Smet, pas evita que, invstrandose «doen de Injst fe reo, deizando aime fcurdvel A ‘ip abundonsrms 9 pinpios adios, qe cutee Colsa vemos de det? Nio € newsiramente ce apenas cata, a conclsio concorante com ees? FOL" Deft, Scie, o gue dar Pornto, pars advopar + causa dum in iumiga now, dox'pas, dos sng, dos flo, 08 As pus, cto paige algoma, de nas noe serve S orate, Poo; servis, se, 2 conto, apie. © femos precio acinar, ates de tido, 468 es os, dpi gum, dene oft a fon, coetese gum din uma injstis em gat Ae cull, vi a pic confess a fat, «fim de cxpitla e torar, cbrigat «60 mesmoe’e oF 03. tos, em vex de oe acovardatmon como gee te Itegarnos, de olhor fechador evslment, um telco que lancetasse e eavteramic, buscar © Bom oe fect de dr fla ox retin te cominase. castigo corpora, efereer nos 4 rethélo; se cael, t ser pesos, se muta, @ feel lon py a omer at ct, recorendo 1 ofatta spent pra 0 fin cevidenadas at falas, Hbertaros do maior dot me {esa ist Ditemos lo, Polo, ou nfo demon POL Pareceme, absurd,” SGerites, mas. talvez tenhas de admitilo em vista dos prinlpios assen- tados (), . SOC. Portanto, ou ‘os anulamos, ou conclusio ecesséria send sa? POL. Realmente assim é 18, Cleese lembraré detan palavras em 813-0. 0 SOC., Adotr, porém, 9 procedimento opost, Guo Boweimor de fat sl gn,» om nk Shen ou a guom quer gue sp desde que nfo se. Fens estoy vies ini oi dino inpre os acautelamos; re, porém, @Inimigoagr Sara um tereeo, impende Tomer vdss #2 po. iden, apindo € fiando, para que fle nio'ex Bi fli Spare tri ea om dat wn to de fnimigo air impure © blo espa fats; se de ver toubado grande Ghantdade de outo, de no 2 restulr, mas com SErvila e gastlla conigo com sua lami, de meni niga e inpiy #falt fe ponivel ela Ino, dele nip. mores, pefervelmente none, pemanccendo imortal em sua maldade, ou, ent0, devi tal gal én ngs pont Pare exes fing, Polo, se me afigur ail «om ‘Sia, fos pe ie nao Kc comer nae Pei pant pou Se Eoce weber we vee, nos debates, gue # tvese CALICLES. Dize-me uma coisa, Querefonte; S6- crates etd falando stio od racelando? QUE, Pareceme, Cilides, gue, dle esi flan do sésio. a mas no poder; todavia, nade como pesguntar a le proprio (). CAL. Pelos deues, estou ardendo por fal Série, deme: denot spor eet gm [alindo so, ou graccando(#)? "Se esis alan ddvseo e vem 4 ser verdade 0 que diet, 4 sta vil, 2 vida da Homanidade, 18 pode estar pelo Wo. Ch note 5. 90, Velie a retribuoko deste pergunta em 495-< 481 am avésso ¢ apcentemente fazemos tudo ao contesio do que devenost SOC. © Clicks, se nlp expeinenisiemos sen tients idéniorspesr da dversade cada goal tiveste estadoe de ta paticlares, que nfo os de toda gente, mio seria fécl um feet outro com d Pender a sus emogies, Levame a dae 0 a Fellado de que pesos anbor pelo mesmo ce {ilo de alin patonado cada ‘om des pot dis ‘tres eu por Alcbades, lho de Clini, e pela F ievofias tu, por demo (), 0 povo ateniese, © por Demo, o filo de Pitmpes. Seg ote, van: do teis enter smador diem 0 que vima cosa € © mS 6, cpors el, nou de conta nln wo dow don wales eaender ue © ‘lo € como ta dace em teu disuro, modes de Pat feats ¢ dacs 0. que fle quer); dnte daquele belo rap, 0 filho de Pilampes, dése contigo ‘etm cols, A® pelavas vont doe entes 21, A Aiterena dos entes amades ¢ que determina aiterentes‘aitudes os amsantes, u'despeeo te experimen: farem o mesmo tentimenta. Demo & como e als em graze over dal derivados demoeractay demagogie,opidema ee ‘2,__Neahum mallgre expla 9 fall triunfo dow dema- ‘gogcnt nem € secrta a muy feces, Cada um seta propen- {ova crer om quem Iho aftge co sono; busta por fst dizer ao ovo o due ee quer euvir, correaponda ou no cor” feaponda'A verdade. rm ansim go tempo de Caices; Ma Gaiferente agora. Por isco Ignorante € quem scusa os Cl lices de hoje de nig" cumprlr as promesses mirabolantes (apenas a moeda faian com gus des compram 0 eulragio Tevltno'de'malria Ignorente; em pot outra Taxko propuge ‘Sam tanton delea'0 Voto dow anaifabeion, Pena. que nfo Telamog. com mals alengto assiduidade’o legedo Hterdsto fn, Grécin ede Roma’ quantor mais paasodterlamos. ele got nes na € tempo do evil outtos, Ou gostamos de viver tropegando nas metas pedras? 42 amados, aio & caper de contrariélas! assim, se algudm’estranhasse, cada vez, as. incoeréncias em ‘que incides por amor déles quando discuss, talvez The respondesses, querendo falar verdade, que, ‘a menos que alguém cofba os teus ambres de ex: Pres as nea cet ty tampon de express. Compreende, pois, que terés de ouvir Ge mim a. cena confio c, em lugar de ee Uwanbares,minbas palavras, impede a Filsotia, mi aha amada, de expressilas. Porque cla, meu’ caro ‘amigo, repete, constante, 0 que ouves agora de ‘mim ¢ é muito menos Teviana do que minha outra paixio; o filho de Clinias (#), com efeito, ora diz ‘uma colss, ors outza, mas a Filosofia repete sem: pre o mesino; ela diz © que ests estrinhando agora, mrp de eres estado. presente | quando ‘A ela, pois, como scabo de-dizer, b eves refutas, provande gle praticr uma _injuse tiga e, tendo-a praticado, nfo expiar a fata no é 0 erradeiro dos males (§); se deixares, porém, essa afirmario de pé — pelo Cio, divindade egipciat =" Cllicles' aio “concordard contigo, 6 Calis, 5S, Sobrinho ¢ puplo de Pétiles, Alcblades tinha em ‘sumo grau, segundo Cornelio Nopos, tOdas) as vrtudes © todos os cis, ‘Cneflande o partido’ da guerra, contra Ni las, gue dirgia o da paz, atonseinou os atenlenser a ine (ie 'a"Biciiay aseegurePhutarco ‘tenhava om onus ulterior do. Carago” sa Lidia. Ga eala's do Pot Foponeso, ambigso compart pela juventude de Atenas, Bhearregado, com Wieas lmaco, do comando de invar Ho, meas, porém, de process Por bnplogade, deseriou 6 posto e fl plrwse 4 deposi de Rsparta, ‘Tralusuces- Svamente os atenienses aoe eopartana « fetes tqueles. Por ‘tim, Fefogiado na Asin Menor, fo! a essuasinado. 94, As nogbes platdnicas do injuticn « ‘mo to pode ver, salto bem préximaa on concise critca de peeado e penltncla. 1B may dscordard a vida insta. Por mim, meu cao, pode-se desafinar ¢ destoar a minha lira, ou um {oro que et digs; pode dscordar de mim ¢ contain «alo dat peut anes 0 20 jr ev, que su tm a6, nf me air comigo mes tho © contradacrme. . CAL. Socrates, tu me pateces,travestar com as Pelavas, como ‘un avténtico tebuno popular; © = fsxim aengar agora € pot ter Poo ealdo no mesmo ibgro em que acu Gérgias de ter ealdo dante do's, Bic parceme ter dio gue, quando pergun- taste Gorgias te procurado pot una pesion de- jou de apendet a orat6ea, que no. tives prendido a justia antes, Ale the ensinaia esta, Gorgas tespondea que sim por acanhanento, tperee do senfiento habitual “das pessoas, que fe revltariam uvindo uma negative, por fra ese concesioy fora obrigado a contradierse, foisa gue te deca, Polo sse de fi, a meu ver, fom bons motivor, gor, porém, le cau por sua ‘rer a0 mesmo igre, e.0 que predsamente The re Droche € terte eoncadide ser" mals flo. pracar ima iajusge do que softs; peado port em Sofie dona eg, om elo Ge & «se bridar nos argumentos ("). comp verg ie se ale ions RAE Bec, 4 pretexto de procurar a vetdade, levas 4 diseussi0 4 propgbescapeionas de tibund popula, das que Sao" boar fogqraga 2 sun marca, e's por Seto da le, Este — a nator ¢ a 1 — frais das vties se optem mbtuamente ("); quam 5. GE nota 51 98, A clatingdo que opde a tele a natures € argu mento corente enre ou coflstae, desde Tips de Bs.” (V. ‘nofonte, Memérias, TV, 4 5 ¢ segues) rey do, pois, alguém, por acanhamento, nfo ousa dizer © Seu pensamento, tem dey férgagdizer 0 contré- tio, Ta saprendeste Ese ad trapiceis 0 debate 433 reperguntando em térmos de natureza quando se responde em térmos de lei, e em térmos de lei quan- do se responde em térmos de naturezs. Assim foi hi pouco, ne questio de praticar ou softer injustiga; quando Polo se teferia ac mais _vergo: rnhoso no sentido legal, tu acossavas a Jet com sentido da natureza. De fato, perante a natureca, € sempre mais vergonhoss a alternativa pior, isto 6 solter a injustiga; perante a lei, € cometé- b JRC), Com elite, ito de sferinjunign nem € préptio de homem, senio de algum escravo, para quem melhor € motrer do que viver, incapaz de valer 4 si mesmo ou a outrem de sua estima, quan- do injusticado e ultrajado. A lei, a meu ver, quem 4, ia,s0 os omens frac, « malo Eo vista de si mesmos e de suas préprias convent cias que les criam as leis, formulam os louvores € ‘95 vitupérios; como temem aos homens mais ro- € bustos capazes de pravelecer sobre éles, para nio serem sobrepujados, declaram vergoahoso © iniquo prevalecer ¢ que injustiga consiste nisso, em procurar avantajar-se aos outros; € uma satistacio para éles, creio ey, inferiores que sio, acharem-se ‘no mesino nivel (*). Por isso a lei declara iniquo «¢ vergonhoso o tentame de pravelecer & maioria © cchamam a isso praticar injustiga; mas a prépria na. d BT. Velie om 480-0 a conclusto oposta eg soflsma com que espere Calcles coonéstar seu cinema. decarado. sho Beg gurtomer no fauna recent, Go acl 70. .o tempo dor trogiodita quando impunha oe, mando na ‘verna'o braze que melhor braniase a toca, Ee je bata ‘a arrogeate, mesmo bem © apaio de ilosoies bursts. us naa meu ver, demons, de outro | Ejusts peevaljs-omelhor BB plot, quem-pade Tal indiiduo — descalpame 4 ie ‘dea da expresiio — + gente pode esboftear im. pponemente. Portanto,cato amigo, désme ouvids, "plta de argcia, devotate s uma caltora de sen ido prdtico", aparelhate a parecer sisudo, “deixa ‘ outtos essa aguderas” — eta, frileres ov que nome tenham — “que te sedusifo a morar numa ‘asa vara"; no imites quem disete esnas mini fincas, ma quem granjoou meios de vid, pestigio E outros incontavels provetos 304. A atimla, perdn parcial ou otal dos cititos de dade, pinia os cFimes Contra. 9 tad. 0 SOC. Se, por ventura, cu, tivesse uma alma, de fours, Cililes, folgaria de achar uma das tals pedras de toque, a melhor delay eu chegaria a ela a minha falma e, se ela concordaise que esta fra bem cui- ‘dads, teria certeza de que € bom 0 meu estado, sem precisar de outta afergio, Nao achas? CAL. A que vem essa pergunts, Sécrates? SOC. Eu me explico. Agora que me encontrei contigo, peaso tet deparado uma pechincha como aguels, CAL. Sim? Por qué? SOC. Duma coisa estou certo; opinies de_mi- tha alma, com que tu concordarss, dal serdo a pra verdade (#*),. Segundo penso, pata comprovat Cabalmente, como pedea de togue, se uma alma vi- ve ou nio’como deve, requerense tsés predicados © ty of possus todos: o saber, a estima e a fran jqueza. Ors, eu tenho encontrado inimeras pessoas Incapazes de’ me pt a prOva, por nio serem sdbias como és; outras, embora sibias, nfo se dispdem a dzerme a verdade, por no me estimarem como ty; jf dses dois estrangeiros, Géryias e Polo, sfo sibios e amigos meus, porém carecidos de franqueca ¢ acanhados além da conta (*), Como nfo? Seu scanbamento é tamanho que, por sua causa, cada tum déles se resigna a cair em contradi¢io diante de tanta gente, isso em matéria da mézima relevin- al. Ty, porém, possuis todos os atributos que em sera falecem recebeste instrugio primorosa, como Stesuria «maior parte dos atenienses, © queres “me bem, O que me di s certeza? Vou diablo, Eu 106, Tonia, 106, Opinido expresse por Cilices, “87 at ‘sei, Célicles, que éreis quatro associados na Soe eae aE E de Androciio, e Nausicides de Colargos (7); Se an ty, Goal 22 Trt Saat Se os ist Ot wo al tart che tier meine imine vl ell cal, ees ies poles Se Sire Bn aa Ee Tas Oe SSS Reade era es Le as See ee So eS cals gsalt e He da Et sot, ct mas Sat Seas ie ie Es SE te Se a lt Soh cr a Sep Seema on oe ame moieties acid staee pee « rete het ania eis Bt sede Miia Ptr at Rites cease eee ee eae Sl Rees chine Eero Se dade (™), A mais bela das pesquisas, Cilicles, FE aphasia BOT, De Tieandro 6 cata 2 Gnica referéncla, Nau cides Tatrieava Toriaha, pessule.escraven e considera (Hagko de gato suing’ vacum (Xenofonte,“Memérag, Tk Gia), Anatbo ¢ mencionado tambem em Protagaras, S15-6 snéstenes, no. lgcurto Contre Avdrocid, ecusa-o ae ter= ste evadide, quando préso por divida para com 0 € 308. Tronin evidente, que fere a permunido,reérica: 9 actrdo de dole caputantes nto @ prove sufletente de Vet Sade neni ry dades deve ter um homem? a que ocupasies.m teeyarae ¢ até que pont, na idade maduta e na 80 Giedide? " Bu, se estou adotands em minha vide Sia ica nat pes tare, a fro. por queter, mas pot ignoinia tu, pos, alo Gsstas de comgirme, como comepaste; mostrame de modo cabo lv «que cevo. wplnt © ov modo de stingilo; se, logtado agora o meu assene fimento, me surpreenderes, depis, agndo em de Satmonia com essa concordincia, consdere‘me_ um tonsumado patie ¢ no mais me cots, como un indigno eilhorda, Recapitulame, por favor, em aque consite 0 direito segundo a’ natures, qual entendes tu com Pindato. Que o mais forte tre bute & fegu os bens dos mais fracos? que o melbor tundeh pire ¢ 0 spe: pera te tou bem kendo) : CA, "Sims ea ino © gue cu da & agora 0 SOC. Acaso, pata 8, melbor «© mis forte signi ficam » mesma colts?" Teso também no pade com preender quando 0 dias, Aciso chainas mais fortes ox mais bros ¢ devem of mals frandnos Sempre obedecer aos mais brutes? Pareceme set © gue eatfo estavas exlicando, as cdades grandes tinkim, segundo a naturena, 0 dito oe staan 33 ppequens, por serem mais fortes « brates, dada a quivaénca. demas forte, mais brato e melbor. (Gu & possivel ser melor, porém mals frac’ fran zino, sr mst forte, porém, mais maldoso? Ou os Sentidos de melor © mais forte xe confundem? Defineme com claresa o valor dees t2rmos: 0 mesmo ou € diverso 0 sentido de mais forte, mo Thor © mais brato? 488 we CAL. Bem, eu te digo lramente que 0 sentido SOC. Segundo 4 auuress — nfo € verde? — 2 tao € mats forte que solo, El, deft, limp lel wo olad, como ta pp. das hi ows. AIC” Como nla? $0C. Portnto, 0+ precios di maiovin slo os dos mais fortes. CAL Pefetamente SOC. Logo, dos melhores, nio €? Visto os mais fortes serem os melhores, como lé entendes. © CAL. ‘Sim SOC. Dal, sendo tes ot mais forts, of seus pe tos ao bon segundo atte? CAL. “Adnio SOC. Mas nio € verdade que, como dizias tu hé posco, opinto da malo, «juga. conte 2a igadade © € mals deuose st ator do gue vF fina de, insta? asim nio €? Cuidado, nio 489 te vis dear também prender 4 exe slap a. fim acaanento. Amara pens, oo, ge 2 ja comite na iguldae 030 na pret Gia ef aig detstoao ser stor do gor vin de Insta? Nig te nequs a responderme iss, Ch lcs, fim de co concordates como, ed me sent foteida cn mines cones, cone dis por una pesou gue sabe dcr. CAL. Bem, asim pest 4 msoia SOG. Loge, nfo € 36 segundo 1 lel que & mas desi Ht tute do aie wing de ji ¢ sue fst conte na gualdad, ma a ‘segundo a natureza; daf talvez tenhas cometido um b ‘opin ous respons anteriores © cnsedo 4 ln 14 sem rato, ao alegaes que se contadzem a lei ¢ a ature ¢ Gu, Sdbendo Give, tapeceio om os fumentes, reporandome 2 let quando alguem fila em ton de natures, © 8 natures, quando felon em termoe dee CAL. se bomen fo quer paer de diner fio least Dioae, Sct, nites vesgonha de, se ee ag pla ue ‘eps ‘ua se equioes sma expresio? Pe Sas que fago dilerenga etre mat fortes © melbores? io te venho dizendo bf multe que enendo setem mesma eote melhor © mais fore? Ou supees que, no meu entendet, quando se pinta una cho feo esto lin des cn tum valor, exceto, tyes, 0 da fora isi, 0 que les disserem, isso faz lei (3)? . SOG. Pois bem, sapleino Cle, cu pensas CAL. Mas & claro! a SOC. Pois ev, 6 afortunado amigo, de minha part, 3 to meine un em 0 Gu tendes poe mas forte; se nsito na pergunta pelo vivo descjo de saber com preciso'o que pense. 309. "Para, mio admit © devo, tho rapidamente de- monsrado, ‘Chicleg Sutliza: “idem ge” matt fortes om os melRores, ne erin 9 mesmo que identifica’ ch me: hors’ corm au at foren, ‘Por outran,o mats forts tal Feuitteast nora eandonadn, pati the 'measo'¢ fact Import, Rotary al subjacente, 6” sontimento. arsocrésen de due. 0 poder eabe hs melhores temas’ (drutor sgh: ‘methor, de toshagem Fdsiga), contraramente. 20, fox irene ein, de tee ‘pvence mas ce Motiloblas Contd, bb) wn Permaie 15 Tu, € natural, nfo havias de pensar que dois sto melhores do que sm, nem gue teat ecravonSf0 Me. ove tel fo deste mato busts, “Mas reaptulame o que entendes por me: Ibores, visto one io se trata dos mais robustos. Ey onbro de bomen, eosassme com ‘ais ran- dlr, par eu no eabule fos ges. CAL. "Tu me esis chasqueando, Sécrates . SOC. Bur Nl, Cis: uo rt Zao au oe caves hi pouco para chanquar de mi mas tmos, deme: o que emendes por melhores? CAL. Ors, 08 superiors $0C. Eis vendo como tu também paleiasape- bay, sem nada exlarecer? ize de uma ver se Pot imelbores © mals fortes eatenies os de melbor ere {endimento, 08 oatas pessoas. CAL.” Mes, gor Zeus! €4 eas que me refit, sem ‘iar ‘nem pot SOC. "Mutas vézes, enti, segundo dies, um de 490 ‘bom entendimento € mais forte do que mires © tlhares de insensatoe, 4 Ee, pot ie, compete go- Yemilos ¢ dls obedecetie, e quem, goven re grade os gorerad; am ger a As'pulovas, penso ser so. que entendes, Sem sco € mat forte que mba. CAL. Bem, € iso o que entendo, A meu ver, 0 ddieio segundo a naturers € pravelacer abbre ot Infenorer© melbor © de melbor enerdimento ). 10, uma époon em, que 0 pensamento dee massas tilamente atgigo ‘pels publtdade sion, Safe‘ pons cue © ghodo Seerate, te ran seata set testi coneio Bp catfvante oto. de Seales {ie logo concieoen prticax"Atna wrest fot ada 20 _ Homans jotamente para iso; sau uso 0 '€ pila Bet 126 $OC._ Nio vis po dante, Que diets agora a isto? b Suponhumeos que nos encostsissemes multos homens reunidos num lugar, como. agora, posuindo em omum grande, quanidade de comidss © bebidas, ‘ge fdsemeos detbda sorte, uns fortes, outs fia os, mas um de ns, por st médo, fess 0 de me. lor ‘entendiment,”porém, como é satura, sms rat aig ¢ i fo gue owen it 0 ‘fo seta le, nesse caso, por set o de mais enter dimen, melbor © mais forte? GAL. Perleitamente ¢ SOC. Assim, cabiathe maior quantidade de ali rmenio do que a nis, por set melbor? ty pelo {ato Gee 0 mundo, canpithe deuiut i, mar ‘Bo gastoe consimo dele com sua pesos, nfo devia Previleerse, sob pena de” soleer as consegén- fins, ¢ sim ter mal do que ns ¢ menos do que fouttos; caso fost 0 mals fratzno de todos, 6 Cie Tiles, 0: menor dos quinhées ira a eaber 3 melbor das pessoas?» No € asim, mca caro? CAL, Tu falas em comids, bolides, médioos © d friokeias. Nio a isto que me ref, SOC. Mis € a0 de melbor enendimento que cha mas 0 melbor?” Sim 00 80? CAL. Sim, SOC: E nio dizes que o melbor deve prevalces? CAL. Sim, ma nfo em mavéia de comida ebebida, 4 jntivides, nem de classes, nom de indumentésias, 0 hie suanro Ge tml spt, peste eile toa para ingeeto de caltura sem entire, gum Sslea‘de Ssvombtonn. Aum eatedaste Ge eras cunl re mntemenie gue eatidar” Portugues era Sobagen, porque Eevee Tose tiny posta, slecto & dor yr SOC. Compreendo, Taver, em matéia de rou Pca bl slg pono mio mas le ait por af envolto mas foupagens wont ¢ Sate? CAL. Que mantos? i A SOC. Mas em calgdos, & clo, deve prevaeter Ode mas enendimento © 0 elon nese tno. AO Sapa, ales, cabo pawsenr por af com cal dos maioes e mas abundantes, CAL. Que calgon? Nio pares de chats! SOC Be te fot fs os des, ver a desta cutee: por exemplo, a um agicul 5S mann de dag te fovkese prevaleer em mtért de sementes © cir ear en sot proptiedade maior quantdade i CAL, Como sees empte ¥ mena cit, Sb SOC. io oat mesmas cas, mat sempre em CAL. Pelos deuses! ru falas continuamente apenas de sapateitos, de cardadores, de cozinheirs, de mé- dices, como se estivéssemos tratando dessa gente! SOC. Por que nio dizes o em qué o mais forte ce de melbor entendimento tem 0 diteto de preva: Iecer?” Ou ado vais nem suportar minhas suposi- ses, nem dizélo tu mesmo? CAL. Ora, bi muito eu o estou dizendo. Para ‘omepar, of mais fortes a que me refiro nio slo 0s apatites, nem coziheltos, mas sim os mais en lendidos nos negécios pablics, em como faxé-los prosperar, e fo. s6 entendidos, mas também mais braves, capezes de levar 2 t8:mo 0 que, concebe rim, sem re detalentatem por pusilanimidade 18 41 SOC. Eats vendo, excelente Cilices, de_quio diferentes efeitos noe scsizos um 20 outro? Ta das de ou seme rept fv eva Ae jamais. diperes mesma colse 2 eet. dos Imesmes assunos; primero, ot melhores © mais for tes cram oe. malt Bruen; depois, os deme: bor enendimento; agora, surges com nova. exp cagio: "so une tas mat Bravos, que eatendes or ma forte mele Ot ae extent fe, desempachate ¢ dizeafinal o que entendes por tlbores e mais ores © 4 ve Fegan CAL. Mas eu jd disse que so os mais entendidos nos egécios pblces mat Bravos, A ees cabe' dirjgi 0s Exados; 0 dite € que éses, on gover Insts, previesam sor dema's, 0s goveinades ‘SOC. Mas a si mesmos, 6 meu amigo? Eles se’ go- verim og 0: govermados? CAL. Nio peeebo, SOC. Refisome a govemat cada um déles a si mesmo; ow alo MM neshum mister de que goveinem a mas sim aos outros (4)? Que entendes por governar a si mesmo? ‘SOC. Uma coisa simples, como tdda gente; & ser temperate, er dominio de sy sehoreando sobre oy Pats panini fo pp aio CAL, Ty és um excnt!Confunessabedaine ¢ SOC. Como asin? Qualquer um vera que alo HL Gompettncia © tomas ato conde neces ‘as, mas lo suficientes, pata um governor a falta me al redundario em tranie. Paci dencohmns Aver. ' 19 ee CAL. Or, se nfo é!_Se no, que flcidade pode ter um homem ercravindo, sea a quem [6r? iho contriti, belo e justo segundo a naturees € 0 {he vero dzendo em palavens fracas; a mancica sta de vver€ delsarcrescer a plsbes 0 mais pos Steel em ver de as. teptimit, set caper de fervies, por ms desmedidas que sam, com bravata'e Hntligncia,satistazendo. quantos descjos abrolhem, "Ory iso, peno, € inposivel ao gram 492 de nimero; dai condenarem tis pessoas, para fncobrir-a_vergoaba da_prépra impoténcs, ©. de dlatatem indecorosa a inemperanga, fim d, como a dia atds, esraviza os. homens, mais bem oud pla sararera; nfo. podendo dles prépriog, deparar Saif = se apts, Iouvam tem ea just, or seem pessalmente co Natdes, Ors, para aquéle que devem 20 bergo ab toe de sett ios desc. 3 auc «deo Tem capares de conqsistar um. govern, uma tls bis ou bm poder absolto,o que pode hnver de mais verponhowo e ruim do’ gue a temperana? Quando Ties € dado gost dos bens, sem que nin: futm lho impegs, haviam dles de ir buscar para si Prdpror um senhor — lei de maloca, 0 que cla Enea, o gue malsina? Como negat que se teriam © Gerventado mereé dessa elesa de justga e tem peragy, nfo dando aot amiges quai maior que oy inns, joamente and tan mos ler em seu propo st , que to ES recurs Sete € ea: ive 9 lea sem reprints, 2 sl, quando sc Yém melon, is a wittode felicidad tado 0 rai nao passa ‘de line Gas fancasis, convengoes dos omens, contetias A fate, las, que mio valem um eaacl (). THR, V, a réplien nas Gltimas pelavras dite losiam aqui a mengto dos demos; aeje como for, acarna se Shamava ut pole, e lops, 8 repo tambem out pee. yr SOC, Mss, svponho, de sdguite © perde cade ae eee eee cee CAL. De acid. SOC. Bem atm «fda © a aquest; nfo & CAL. Si SOC) Ea elevidade © letdio? CAL. Por certo, SOC. E quanto to bem ¢ a eld, de um lado, seus apoio, mal eo devventurs, de outro, Ae x adgue perde sucsivamente? Ai" Sen nin i = Caso, pos; se nos deparem cosas que a fete perde hots os juntas Coser, alo St EL, € claro, do bem e do\mal. Admitios Iso? Keflete bem antes de sespontes CAL." Ors, estou mais do gue de actdo SOC. Valtemos, pois, ay pontos admitido, Se funta din ete Capon pen Re GA" eto, ma comer com fone € are SOC, Comprecndo. Em todo caso, a fome mes tu é penn No? CAL. Concordo, SOC. A ste igualmente? a E muito, Devo coninar perguntando, ov admites se rem penowoe t6da alia '¢fodo desio> CAL. Admito; esos perguntares mas SOC. Matto bem Bber com sde dics ser agit dvi, ou nso? CAL. Sim, SOC. No caso figurado, com séde quer dizer, sem divida, sofrendo? : Be CAL. Sim, e SOC. E 9 beber € a satistagio duma necesidade € um prazer? CAL. Sin, SOC: Portanto; etendes que hé prazer em beber? CAL. Por certo, SOC. Isto 6, quando se tem séde.. CAL. Sim, SOC. .-e se softe? CAL. Sim, SOC, Pebes, pois o que se pss? Quando di Bs itber com doe! cide dazato ofr © fou et tego Stes so met ovat maa pus Ar chat oo cog, ce ‘ice, pol pundo peso, éinlerene CH). Sn wet car’ SOC) Nio obstine, dates imponivel et um faopo fae ntl GRE? Det, pois no, SOC. Admit prem, ser poate! expesimenir ener sttinci no mee tempo a ChE ‘oe SOC. Logo, apue mio € sr felis, nem soe € fr alee pots, cite 9 peo © outa ht." No estou perebendo a5 tuts apices SC. Thus peeben Clies aso gts dar o brio soc Mas ues ada, GAL Par gue pn com ese is (2 SH, Para a conelusto do argumento, bem entendido 185. Deprecier um angumento. que no te pode rebe- tor dsrecurso oratrio gue tmpreasons puvintes Basbagves, Incapazes de "pereeber argicies Be SOC. Hi para veres quio sibio é tu, que me desta, Nao € verdade que, quando se aciba a Séde, 20 miesno tempo se acaba nosso prazer de bebe? b CAL. Nao sei o que quetes dizer GORGIAS. Ohi “nfo, Célicles!” Responde; em stenglo também ns outros, para a dca gar a scu temo. CAL. "Mas, Gégis, Sécrates € sempre asim; pBe- “ie perguntar e-a demonstar bagatelas sem 4m ig sevice MR. Tso que te importa?_O responsive nfo tu, Clicks; deine que Sécats te inguira como the spi CAL. Bem; vai adiante com suas mofines per € guntias, jd que Gorgias scht melhor ass SOC." Diteso € ts, Calis, por te haveres ini ciado nos grandes mistrion antes de 0. setet 0s payuenos(); eu cuidevs que aio era Icito, Re fomeya onde paras de responder edge se cada tom de ns nap casa 40 mesmo tempo de seni'o pier eva side. CAL. Digo que sim SOG Quando cesim fome «os decns em fer, cosa ao ‘mesmo tempo 9 prazey, nfo. € verdad? i 386, Op mistvioa de Elduee exiebravar-ee em dine easy a Se anteteiae (evra), rena 9 ee FHménia dos pegueos mistrio, espécie de cansagrasto Pre Ti Gi abhaas ou prada) sme ae Reese ‘ie pasindo por easa puritieagdo podta tomar parte na pro- ‘Ganto que, ho rhls de boedromldo”(actombro, levarn taco f Demetra, tua mts, cm igus, ‘Assim had rece: bh a'inilagdo os ‘Grandes. Misitrce, que 0 autonaavam 4 partcipar doa stone ver 0¢ objets de cult. daguela 140 CAL. Sim, 6, SOC. Potato, cessam 20 mesmo tempo os softi- rents ¢ or prieres? CAL. Sin SOC. Nip assim o bem © 0 mal, segundo adni- the contnuas admin? CAL. Conti, Que mals? SOG._Da meu fot enfin be © pret, nemo ial © dt, pos um par cess aun tempo, 0 outo nf, vst seem diferenss, Com (que eo, pols, ientifiar © praet com o bem, @ Ee com o'ma? Se quiere, examina também o facocoo sepuinte —# Meu ver, empouco assim fe conflrmart teu pemsamento; em todo cs, ve Tiere. Nio € pela preenea da bondade que’ che Inas bons a bons, como chums bels agueles fm quem se enconta preente Belen? Chu. Sim. SOC) E dal? Chamas bons os homens parvos ovatdes? Pelo menos, i pouco 10 0 fans; Ghulnvas asim or bravor ¢incigentes, 08 0 asses que chamas bons? CAL, Mas por cero! SOC! E dal? Ja vist comtente ume ctianga mes- vec? CAL. JE SOC. Mas ands no vit contente um adulto men- recipe? CAL. Creo que smn, Mas 4 que vem is? SOC. A. ads, ma seaponde Cat. Vi SOC. E dat? Viste aflta ov contente uma pes soa lid? CAL. Sim 498 ca SOC, Quais dis tm a slegian © as a Its ie? Or Hs, os e& mencapan? CAL."Quetme pater Gue nio € grande 4 fee SECT" Bem, cy sot me content, Ik vine, Chl Cone nfo? SOC. Sim?” Quand 0 inimig se stray, quem te parca mais comtete® ox covards ou os bros? i Pacem anes, que 0. can alent; se nfo era assim, andava’ bem perto disso, b SOC. Nao faz diferenga, Os covardes, pois, tam- ‘bém se alegravam? * Jee a ise SF ass SOC. Quando dle atscava, aligiamse 26 05 pol. bes, on também on ants? CAL: “Une e uti. SOC. Taoto uns. quano ot outox? CAL. Tales ‘aioe poles SOC, Quandle se Fete, alo se leva tates Por consepunte, afigemse © rejubilamse Bio a6 05 menteapoy, at também ot liidon, io 6 contd, mat anbé 0 valent com oust deren, como ta dies ptéay tut 08 c- Yardes do gut or vlenes? EL" Contes Porén, of licdos e os valentes sio bors 08 covardes ¢ 0s mentecaptos, ruins? : SoS Enid, bons «aus experiment slgrias 6 trite com intenidade gate igual? a Chie Digo gue is SOC. Por conseguins, o bons ¢ 0s maus sio use iquancnce bons e mas? Ou os boas $0 ‘Eta melhores eos maus ainda pores? CAL, "Por Zeus, que nf pereebo 0 que dies SOC Ni eb, ue amas fm, bas 5 bons pela presen do bem e maus os maus pela sea Bone © bem nos prszres © mal 20s CAL. Sin, SOC._O bem, isto é, 0 raze, est com ot conten tes, visto como ae rejubilam slo €? CAL. Como ao? SOC. Com a presenga do bem, sio bons os com tentes; no € verdade? CAL. Sim, SOC. E dat? Com os altos nio estd © mal, ito 0 soltimento? CAL Ex, SOC. Os maus sio maus pela presenga do mal; se. ¢ tundo dize; ow j6 no 0 dies? CAL. Digo. SOC. Pottant, bone slo oF contentes, maus os afbion? CAL. Perteitamente SOC. Os que mais, mis; os que menos, menos; os Ge igualmente, igalmente? CAL. Sim, SOC. Dizts — nio & verdads? — gue se alegram ‘afligem de mancir igual os hicdos ¢ os mentecap THT, Nova confisto de Callies, que nfo, consegue scompannar ce racocnios Galétices, A. faisencia de Pits {io meas tesla vient mostrar a eficincia da formagho fnielstuakPuramante reterica, m3 tos, os poles e os bravos, ou os polttdes, mais ainda, : CAL. 0 mesmo. SOC: Recaptula junto comigo as decorréncias dos 499 fatos admitidos; como costumam dizer, € belo re petire examina duns ¢ até trés vézes as coisas bolas Dinos qe Hf bono lcd eo valent. Nib? SOC! E'maus, o mentecapto © 0 covarde? CAL. Perfeitamente. SOC: Bom, 0 contente? CAL. Sim, SOC. Mau, 0 aflto? CAL. Forgosamente. SOC. Que 9 bom ¢ o may se alien ¢ algtim fem grnu igual; tlvez, porém, mals © mau? CAL. Sim. SOC) Por conseguinte, o mau vem a ser tio mau to bom como o bom, ou ainda melhor? Nao chegs- b ‘mos ao mesmo malégro de antes, quando identficsvs- soso prazer com o bem? Nio é uma inferéncia neces sia, Clicles? CAL. “Ha muito, Séerates, te venho ex sentindg 20 que dies, © noto que basta tropa (™), fazerte a menor concessio, i tars a mo com a alegtia dum repezols. Tu im gins, por exemplo, que eu, ou quem quer que tela este’ mundo, no acreditamos na existeacia de pet- eres melhores © piores? Oral ora, Célides! Do que slo é capsa! © Teaesme como una citys, dst que a) eee fps clas orm so uim, sano, empulhn doin E ex qu, de inl, io linagiava que me 138, Ct, 405 4 oars de empleo to, por a amigo! Vejo agora como. me engancl, Nara tment, como. a0 valho brocend, tenbo de. danar conforms a misice e aprovelir 6 que me d&. Die Ses agor, parece, que eerice prares si0 bons © fettoe outro, main” Ni € asim? CAL. ‘Sim. SOC. Bons sexiam os dels, mus, ot daninhos? CAL. Perfeitamente SOC. Deis, os que produzem algum bem dainbos, oe gue eausay algun tal? CAL. De acdrdo SOC. Tu fe tele pr grea, cop, relao fo corpo, tor prazees gue lembrivamos bf pou, dp comet ep bebe? esses, of que poduztm no forpo a sade, ou a robuste, ou alguma outta Dretieia sics, sto 0s bons? os de’ efeitos op tos a ees sfo on meus? CAL, Perfetamente, SOC. De igual modo, dente os solimentot, uns Sao dics, outros rain; nao verdade? e CAL. Coma nfo? SOC, Nio é verdade que os przeres ¢ softimen tom tls dover ser prolerdes © proveeados? CAL, Perfetamente SOC) Nio, porém, oc maus? CAL. # cao, SOC. Com efsito, ge etfs Iembrado, ex e Polo ramos de parecer () que tudo devemos fet em ta do bem. Es tu da mesa opine, que o bem HO, GE 468-0, Contd al Sain ora de que sss ‘ae Jaz; ho ao que assim so deve Jose. 5 € 0 fim de sida as agSes ¢ tudo mais deve ser feito fem vista dile © aio dle em vista do reso? Tu ot apis com teu voto teceiro? CAL. Apéio. SOC. Por conseguinte, tudo mis, inclusive agradive, se deve farer'com vistas 20 bem ¢ no rem com vistas 20 agradével. CAL. Pesteitamente. SOG: Quaguer pesca set caer de ditinst herse umm entender © CAL. Requerse um entendido, SOC. Recordemos, pois, outra vex, 0 que eu dis. se 4 Polo e Gérgias. Eu dia, e esis Iembrado, que umes atividades fin por Fito 0 prazet © 0 pro- Potcionam a excusio de tudo 0. mais, sem. cop far do que seja melhor ou picr; outras conbecem © que é bom e-0 que € mau; ent as do prazer eu locluta a clini, como uma pris, nfo una cia, e, entte as do bem, « cigncia médica. E, por ‘es amine, lids imagines ae te (que ext descdrdo com 0" eu" penance tomes as minhas perguatas como pilhéras de mine parte; "como, vés, a uma pessoa, por menos sjuizada que fase, que matéziaineresaria mais #2 Flameate do que a d= nosso debate, isto & como dlevemos viver? Da taneira que propées, quando sme induzes a. pfoceder como homem, falando na assemble, exerctandome na ortéra e atutndo nna poltica na forma que vés outros agis tual: reste? Ou passindo a vida na Filosofia? Bem qué sobreleva esta mancita aque? Portanto, tl vez o melhor seja distngutles, como hi pouco et fentava fazer; uma vez concordes sObre a disingo 6 500 fc, se tts de din tore det der os, so que dvergem qual les deve- ‘mos adotar, Mas talver ainda nao tenhas compre- fndido o mew pensmeno. CAL. De fio, af SOC. Ni far aly ex to dirt com mais caress Vino como estas concorde eu tem ave ex tegen 0 rey at ie mot cop todo pure bier cadr um dor das, uma busca do mee una dopamine do Oa, Fe © fonkece, por favor, que atsim é, 00 nega. Re- conheces? * CAL. Concorde, SOC, Vamos, eato, confimame também 9 que tu dna «Ester venbores, see te pureca eno az « Sredade, Er, mus ou menos, que eu M0 const {sta a cilia uma ate, mas sme pita; sim, ‘tmedicns; eu expliceva que ma, # medina, ax 30% ter de eatar dum pacente examina a soa natures © rao do quanto ela mes fez, podendo mo Svar cada um de sees ston, engoant # out, «do Doe, no al concentra ton om ses cuidaos, va Spots dele sem clénca igus, sem nenkum texte da soa atures e son cass; ada, por asim lsc, rllete, nada cela; conserva. apenas, pela roti © pela expetitca, lembrangs das prfteas > Conti por co dels pron o pac Ve, eis, em Pie luge, ne achas constants IO. Doser se. existem, em tno da alma, a Wilades.parecidas exes, umes enti, upaas com o meior bem’ da alma, outras dele de Simeressdss, que, como no cso do corpo, cldum exclusivamente do prazer da alma e da mancita de joy nio extminam qual preset é mcbor © ur | val pior, nada Thes import, sno curse praze, so ¢ meio aga 0 pir Fo am elo, Cl chp isonjia, vic 20 "erm oe en ial fro tera Gus se depare 0 przer sem cons Etaio do melhor ou por; ¢ tu adous& minha op do a dase respeito, ou 4 contredzes? CAL,” Eup “Nio! "Eu dowte 0 meu apoio; asin, © debate proscgue e fago 0 gisto 4 Gergis SOC." Base procdiment € posivel par com uma 8 sma e itposivel para fom duas ov muitas? GALL Ni in; € ponte também prs com d SOC. ‘Portinto, padese fiero gésto 4 multdtes, sem_preacopasio do. melhor? CAL.” Penso que sim. SOC. Saberas enumerar as atividades que visam 2 @e fim? Ou, anes, se prefores, cu ir pergu fando e'tu responders sim, ou nao, conforme achares que € 00 nfo uma delas a mencionada. Examinemos, em primeito liga, a uletica (™); la, lcs, nfo te parece uma daquels ‘atam spends o prsee, sem pensar em CAL. Parece. SOC. Assim t6das as de igual esBfo, no & mes- 0? camo, por exemple de tar carats THO, Arte de tocar laute, Now tanguetes, tocavan, cas ties ren vide falas noe at onsiderava a cllara; opronder dedlhtla fasia parts de ‘Sucnglo dos jovens alanlenscs. Ange assim Piatto opbe ‘otsgee A eecugto non concireoe ola de ruses, te oxo a que Avstéeies faa sco ba Poin, vro VIEL” Plas {ho reterese os cores eleloe em louver de Dionlso, noe Feferidon concurson 48 CAL. Sim SOC, Que mais? A regénca dos cores e a poesia divrimbica nio se te alguram do mesipo cutter? ‘Avtou yer, que ineressa a Ciséies (1), flo de Meles>"declmar uma pessagem tal que tome me Tore: of ouvines, ot mu gue agade A massa da 502 assist? CAL, A segunda hipstee,¢ lato, Soe 2 Ciné SOC. Sim? E Mele (2), seu psi, quando cantava dedibando a car, esta, a te vex, pesando 10 ‘maior bem?” Ou nem mesmo no maior razr, visto como entedava a asstncia com a cantria? "Bem, txaming, nfo achas invenada com vistas 40 past Ubi a poesia dos etaredon © a dos dirambes? CAL. Ach. SOC. E gue tal souelapossia grave marwvilhosa,b 4 das ergs (39)? Seu esopo e ane seri, como ine parece, 2penas 0 prazer do expectadores? ou, en Go, se empeaha. em azo” dedamar um texto, quando, emborn delctso e ageadvel, € nodvo,e, 4D conti, em o declanar e canta, quer gostem, ‘her no, quando, por acts embora desaprave, rates, quanto TA. Posty etimblca, desmereoes a poesia armando tg efeito com ecsuttor fanidsticos, obscures e, por Ve Sbesence, com a deciamacto barren em linguagem i inowe, de que tombe Avsttanea em Nwvene, 356, © Pas oron,18T1;1om ay, 1158, tarp como Professor de pla, ‘omadange gucrrelre. mimi, Mz. Nada mais se sabe a seu respeto 348. Na Repiblicn, 86d, preva-se a possibildads de censira’imponen no teatro ema 568%, Socrates, contande ‘Some sabedoria “doe” postas triples peselne: descuipa Dor no ov admirer fun endo, como Favorkvels que 480 Pivanla 49

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