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N 6 Sarrativa fra uma vez um tempo em que Dtroture sigificava sobreto poe sia, O romance ea um recém-chegado, prisimo demas de biogrfia ou a crbnice para ser genuinamente Iter, uma form popuar que n> teria asprar as altasvocages da poesia lca ica Mas no século Wo romance elipsou a poesia tanta cama o gue os eseritoresexcrever |qvanto como o que os leitores leem e desde 05270560, a rata pas Sou a doninar também a educa ited. As pesoae ainda extudom poesia ~ multasvezes iso € exgio ~ mas os romances © 08 contos tornaram-se @ nico do cutie, 'ss0 no € apenas ur resultado das preferénias de um pico Ietor se massa, que alegrementeescolhe istias mas raamente le poemas. As teoria terrae cultural tm afrmado cada vez mas a cetaldade ca ‘ural da naratva. As hist, diz oargumento, si a principal mancira pela qual entendemos a5 coisas, quer 30 pensar em nosas was come ume progressio que condu a algu lugar, quer a0 dizer ands meses @ que std acontecendo no munda. Aexicacie Genta busca o enti as cosas colocanto-as sb eis sempre que ae 6 prevalecere,ceat- ‘erd.c~ masa vida gevaimente no & asim Es segue no uma légica entice de eausae efit masa gica da Nstériaem que enter sig- nea coneber eam uma coisa eva a our, com algo poder er ace Aid: como Mage aeatou vendendo software em Cingapura, como 0 pat de Jorge vio ate dar um cata, Entendemos os acontecimentosatraws de hist possveis: 0 fd Sofosdahistra, mencionel ro Capit 2, até mesmo argumentaram que 1 explcagio histica segue no a liga da causaidade cientiics mas 2 Togica do historia: entender lgiea da Revlugio Francesa & compreen= er ua nareatiea que mostra cor um acontecimentolvou 2 0ut0,AS festtures narratives esto em tod parte: Frank Kermode observe que, {wanda aizemos que um religo faz “ique-aque’, amos 20 rudo uma cetruturafecloral,difetencando enve dos sors fsicamenteidérticos, para fazer de que um comego ¢ de tague um fra. Consider o tique= toque do rligio como um modelo da que chamamos de enredo, uma lorgaizagfe que humsania o tempo dando-the forma” ‘teria da narrtiva('narratologia"} € um ramo stivo da teoria litera eo stud itera se apsiaem teovas da estate arate rnogdes de ened, de eferents pos de naradores, de tericas nara ‘as Apottica da nara, como podelamos chard, tanto teta com preender 0s companentes da narativa quanto aralis como narratives ‘espeifasobtém seus felts ‘Mas a natratva no € apenas uma matéria académica.Mé um impul- ‘so humano basico de ouvir © narar hits. Muto cedo, 9 clancas Ceservolvem 0 que st padera chamar de uma competencia narrativa Disc: exgindo hist, @a5sabem quando voct est tentando engar rat, parando antes de enegar ao final. Dessa mane, 2 pila questo pata tori da raratva podria ser: o que sabemes implictarente fobre cnfigurag basca das hitéias que nos permite distngui ene lima hstra que acaba “adequadamente evra que no 0 fa2, em que as ecza so denadas penduradas? A tora da narativa para enti, Serconceida como ama tentative de expcardealnadamente, tomar plicit, 358 campetencia narrativa, asim coma a insta ¢ uma temtativa de tomar expla a competénealingstica: 0 que os flares de uma lingua sabem inconsieatemente a0 saber uma Iingua. A tea ‘anu pode Se eonebida come uma expesico de uma compreensio ou conheeiento cultural intuit. ‘uais so os requisitos de uma histria do ponte de vista ds ele- mentor? Aistteles di que a enedo € 0 trago mais tsica da narrative, ‘ue 25 boas histvias devem ter um comego, meio e fim que els 40 prazer por causa do ritmo de sua odenapio. Maso que cra imressio fe que uma série especica de acontesientas tem 55 configura? Os tesrcospropuseram dvesas exheagdes Ssecilmente entetato, um | | ‘ened exige uma transormagéo. Deve Raver uma situag iil, uma rmudanga envelvenda algun tipo de vrata e uma reslugao que marque a mudange como seno signictva.Algunas tara enaizam ips de paallsna que produzem enredes satstdrio, a's como a mance de ums relago entre persoragens para Se aposto, ou de um medo ou pre= visto para sua ealzagéo ou sua inversdo; de um problema pare sua Soluce ou de ua faa acusagie ou deturpagie pare sua retfiagbo. Em «ads um dos cases, ercontramosaassciagio de um deservohimento no rive dos aonteciments cam uma transformacao ro nivel do tema. Uma mera seqéncia de aconteciments no faz uma hata, Oevehaver um fal que se eacone com 9 comego ~ deseo com alguns tedrcas, um Fina que india o que aconteceu com 9 deseo que levou 90s aontec- mentos que a hstéra nara. Sea teotia narativa € uma explicagz sobre @competénisranati= vasa deve enfocar também a capacide ds leitores deena enve= os. 0s letores conseguem distnguir que duas obs sio versbes da ‘mesma histva conseguem tesumirenredosedscutiraadequagzo de um resumo do enred Nio€ que cles sempre ito concord, mas € provivel aque a5 eiscordncis revclem una considerdvel compreensfo compart- Inada. tori da narrative postulaaenstris de um nivel de estutura = 4 que geramente chamamos de “enedo" ~ indeperdentemente de {qualquer lnguaper especies ou meo repesentacinal,Ofeentemente poesia, que se pede na radu, o ened pode ser preserado na tr updo de ums linguagem ou deur meio para outro: um fime muda ou uma histvia em quadrnhos pode ter 9 mesmo envedo que um conto, Descobrimos,envetanta, que hi duas maneiras de pensar 0 ened De um dngul, o erredo & um modo de dar frma as sconteimentos fara transforma numa histria genuina: 0s esertores eres con Figuram os acontecimentas um enredo, em shastentatvas de buscar 0 serio ds coisas. De um outro ngulo,oenredo€ 0 que ¢ cenfigurada pelos mattis, i que apresentam a mesma historia’ de maneias dif rents. Assim, uma Seqéncia de ates por pare de rs persnagens pode Ser configura (por ecrtareselitares) rum envedo element de amor heteroseaual, em que um Jovem procura cesar com na Jovem, sev deseo encontra resistencia na opesicé paterra, mas alguna reviralta nos acontecimentos permite aos jovens amantes fierem juntos. Ese ‘erred com tres pesonagens pode ser apeesentado na arrativa do ponto evista da heraina sofredar, ou dopa iedo, ou dove, ou de um ob Servador externa intriado com os acontecments, oy de um satador coniscerte que consegue desreee 95 senimentos mais atimes de cada persoragem ou que adota uma dstneaintenciona esses acontecimen- ‘os, DesteSngul,o ented ou histra€ a dd eo scuso 9038 spre sentagbesvariadas del sts nlveis que estou dscutindo ~ acontcimentas,enredo (ou histra e slscurso~ fneionam come dua oposgSe: entre acontes= rmentos © enredo eente historia esseus9. ocontecimentosfemede histriaaseuso (Oerredo ov histvia €. material que €apresentado, orden a par tirdeum certo panto de vista pla discus diferentes verses da “mesa hist). Maso proprio enreo 8 & uma configuraco de acontesimen- 10s, Um enedo pode tomar um easement ofta feliz da mista ou 0 comeca de uma hstra ou pode fazer dele uma revreolta ro melo. 0 ‘que 05 liars realmente enconvam, entetanto,€ 9 discurse de um tertoro ened € alga que af leitaresinferem a pate do texto 8 ea tos aontecimentos elementares a partir das quas esse ened fi for Imada ¢ também uma iferéncia ou construgie do lett Se flames de acontecimentos que fram configura num ened para elgarosg- ica es arganzacao do ened ‘ dstngio bsica ds teria da naraiva, portato, € entre enedo spresentado, stra eascursa. [A terminologa vr de um tei para foutra) Confcntade com um texto (um teem que inci flmes © eutas representages,oleitor © compreende identificando a hstvia depos vendo texto como una apresentagdo especica daguel hist; ide ‘eando "aque aontece’, somos eapazes de pensar ro resto de rater ‘vera eomo send # mane de vetratar © que aca. Da, podem pr- guntar que tipo de apresetag fol escahida equ difecenga isa faz. Ha muta Varves elas so euis para os efites das marratias. Grande parte da tora naratva explora diferentes maneiras de conceber esis ‘aries qa est algumas questes-chave que identifica uma vate se signifeatva (Quem fla? Por convencio,sz-se que toda rarativa tem um nat ‘adr, que pode se colacar fra da histéria ou serum personagem dentro ela. 5 tedricos istnguem 2 “narraio em pimeita pessoa", em que um ardor dia "eu", dail que de med algo confuse & chamad de “nar- raglo em tere pessoa’, em que ndo hilum “eu" ~ 0 narador néo & identifica como ur persoragem na hist todos os personagens $0 refrdosnatecera pessoa, peo nome ou por “le ova Os naradores tem primeira pessoa podem ser os prnipasprotogonisas da stra que ontam; podem ser gorticjpantes,pesonagens secundros na hstrias ou podem ser abseradres da isa, cuja fang na € agi mas deserever ‘cosas para nds Os observadores em primeira pessoa poder se ler mente desevelvidas come individu cam um name, nistriaepesonali- dade, ou podem rao ser nada deserves erapidamente desaparecee 3 ‘mesida que @ naragio caminha se oeulando seppis de intogurie 3 iste ‘Quem fala por quemn?0 autor era um texto que io pels kitores. (sleitores infer a partido texto wn nara, une v0 que fal, nat= rador serge 2 ointes gue fs veze so subentendids ou constrldos, {5 vere exictamente identfieaos(partclarmente nas hits den- two de historias, onde um petsonagem se toma a ratador e conta a historia eneaixado para outros personagen) 0 pillice de narador & mutas vezes ehamade de norrotdrio. er os narattos seam ou ro cuslictamente iteniicds, narrative impicitamente consti urn pablo através daquilo que sua nario ais sem sscusdoe através aqulla que expica. Uma obra de um outo tempo € lugar geralmente sulentende um pie que reconhece certs referencae pata certs pressuposos que ui lear moderna pace no partir A erie femi= nists esta especialmente interessado na manera como a5 narratives uroplas e norte-americanas frequentemente postulam wm Ieitor mas ulin: es se Sige impletamente ao lear como alguém que pat Tha uma visio maseutina, ‘Quem fata quando? A narasie pode estar situa na época em aue cos events ocorrem come em Jealousy de Alain Robbe-Gillet,em que 3 arava adota a forma “agora xestdacantecendo, agra y est acante- cendo, agora 7 est acontecendo". A narragio pode se seguir imediata- mente a acontecimentos especies, emo nas romances epstlare (iomances sob 2 forma de cartas), tal como Pamela, de Samuel Richardson" em que cada carta trata do que acrrera a auele marten= te. Oy, como ¢ mals comum, anarrag peseoeorret depos dos aconteci- ‘mento finais da narativ, 3 mesiéa que omaredor ona em retospecto ara a seqénca iter ‘Quem fla que linquogem? As vozes rates podem ter sua prépria linguagem dstinva, na qual nzram tudo masta, ou podem adotar € relatar a nguagem de oures. Uma narativa qu vé as cass aravts da ‘onsciéncia de uma criana pode ou usar a linguagem ada para relator 25 perespges da erlang ou esvalr para a inguagem de wma cian. 0 tedrica so Midhal Bastin desereve rarance como furdamental~ ‘mente polrico (miliplas vores) ou dasico 20 inves de moncligico (Gries wool: a essnela do romance é sua encenago de diferentes voxes (00 ScuS05& portanto, do embate de perspectivas sci €pontos de ‘Quem ola com que ovtridode? Narar uma hstra€revinicar ume certasutoridade, que os ouvintes concedem. Quando o narrador de nme, de lane Austen, comesa, “Emma Wlodhouse, handsome, lever, and rch, with a comfortable home and hapay disposition." no fieamos ns perguntando ceticamente se ela era realmente bonita € inteigente. Acitamos ess afrmagBo a que ns déem tivo ara pen- sar de outra forma. Os naradores sos vezes chamaos de ndo con ‘ovis quand fornecem infrmagosufiiente sobre siuagoes pists 3 respite de suas predisposigdes para nos fazer auwidar de suas interpre tagées dos aconteimentos, au quando encontramos motives para du tar que o natrader pars os mesos valores que 0 autor. Os teios falam de narogto outo-efledva quanda os raradoresdiscutem o fto de qe etionarrando uma hist, hesitam sobre comp conta ov ate ‘mesmo osentam o fato de que podem determina como a istéria vai acabar A marapioauto-reflerva raga o probe ‘Quem vé? As eiscussbes sobre a naratva fegdentementefalam do “pont de vista apart do qual uma stra & conta", mas ese uso de pontode vista confunde duas uestesestintas: quem fla? ede quem € 8 vio apresentade? romance de Henry James, What Mase Knew", temprega um navador que ndo & ua efanga mas apresenta 2 histria atravs da consiecia da cranga Maisie. Maisie nie & onanadr; ela & eset ra teveia pessoa, come "el, mas 0 romance presents mutt ‘oa a partir de sv persectva. Mase, por exempla, no compreende totalmente adimensio sexual ds elages ere os altos em va de [hist para usar um termo desenvoido pels teios da narrative Mike Bale Gard Genete, foeozado atravts dea dela» conciénia (4 psig através ds qual os acontecimenta so enfcados. questo "quem fala”, portant, € distinta da questo de “quer vi?” & partir 3 pespectiva de quem os acontecimento so enfocados eapresetador? focaiadar pode au ndo sero mesmo que a nt HA ini veis aq 1. Temporal. & navacio pode focalzar os acontecnents 2 partir da fpoca em que oeareram, a parte lego depos, ou 3 partir de muito tempo depots. Pde enforar o que 0 fotalizador sabia ou pensava na pecs do acontecmenta ou coma vu as coisas depois gras sao re- tospectva. Ao relat algo que conteceu com ele quando elanga, um rarrader pode focalzar o evento ataués da conscnca ds eianga que lef, estingndoo rato ao que pensou ou sen na 90%, ou pode focaizar as eventes através de seu connecimerto ¢ campreensso na paca da narag, Qu, naturaimente, poe embinarexas perspectives fazendo um movimento entre © que sia au senta entiae 0 Que reco- nhece agora, Quando a naragio em teeta pessoa foalizaacontecl- ments través de um pereanagem espesfce, ela pode empregarvari- (es semehantes, elatando come 35 css paeceram a0 peeanagen na 50c3 ou come sia pecetias mas tarde. A escoha da focalieag tem porelf2 uma ference enorme nos feits de ma martin, Ashvstnias te detetive, por exemple, relatam apenas 0 que 0 focalzador sabia em fa autoridade nara cada momento investigago, uardando o conhecimento do restate ao linge 2. Distncia€ velocidad, A hstna pode se focalizada através de um imicrosdpio, por assim sae, ou através de um telesclo, avangando Fentamete com grandes detalhes ov rapicamente nos contande © que sconces 0 Monaco agradecdo dew 2 Frineie a mao desta fha em ‘asumento quand o Re more, o Principe osuedeu no tron enous fi or muta anos: Relacanodas coma veloiade, has variages em ‘eequtncas elas podem nos contro gue aontecey sums oastoespei- fica ou que aonteceu todas ax Quinta-feias, Mas dstinvo €0 que Gerard Genette chama de“peudo-teraio", no qual sigo t0 espectico ‘qe no poderia acontecerrepetidas vezes€ apresentado como 0 que ‘eontecey reguarmente 3, Lmitagdes de conhesimento, Num extrema, uma navatve pode fcalzr a hstria atraves de uma perspectva muito limita ~ a pers- pectiva de um “lho de camer” ou ee uma “masca m8 parede™~ re do 25 ages scm nos dar aceS50 205 pensamentos do personage. Meso aq, grandes varagSes podem ecererdependerdo do grau de ‘compreenso que as desrgbes “bjetivas" ou “externas” subentere. Desse mado, “0 velhoacendeu um cigara” parece focalizado através de tum abseradorfamiaizado com a8 athvdades humanas,enquanto “0 humane com cael braneas no alto da eabegaseguray um bast em haras prima as e comeqou a subir fumaga de un tubo rake ia fo 2 seu corpo" parece focalizao atavés de um alenigena ou pessra ‘ue esta muito “preds" No outro extreme, est o que se chama de “nar Facieforiscente, em que o natador€ ura figura demirgiea que tem ‘sceso ane pensamentos mais intimas es motvagdesocutas dos per- Soragens “0 ri estava desmesuradamente alegre com 0 que vi, a5 Sus cobs pela our ands na estavasatiselta® A narra oniscente, fem que parece no aver em princi limitages 20 que pode se co needa conta, ¢comum no apenas nos cates teadconais mas nos romances modermos, em que aescolna do que sera realmente contd crus As hstias focaliea6aspeinpalmente através da conscincia de un nico personager ocorem tanto ne narragio em primeira pss, fue © narrator conta © que ele ou ea pensou ou observeu, quant Mt raagdo em trea pesto, onde €feqdentemete cham le "pn evista limitado de tereeira pessoa", comaem What Mose Knew A rar= rogdo ndo conf pode resulta imitaées do pont de vista quan~ to pereberos que 2 conseienia através da qual acre a focalzago & incapar de ou ne esta sisposta a compreender os acontecimentas come fariam os eitores eompetentes de histris. fssase outros variagdes na nara e focliagao so responsive por determina a efeito global dos romances. ma histo com naragio onisciente, detathando os sentimentose as mtivagaes ocltas dos pro= ‘agonists e exbindo canhecimerto arespita do desfecha dos acted mentos, pode dara impressio de que & mundo € compresnsivel. Pode realgar, por exempl, 0 contrast entre o que 2 pesioas pretedem e @ ‘we inevitavelmenteocore ("Mal sabia ele qu, duas hers depos, seta stropelado por um coche «tos 0 eu anos iam dar em nods). Uma histria contada do ponte de vista Jimitodo de um nico protagonists pode relgar a completa imprevisibilidade do que acontece: como ro Sabemos 0 que os outos personagers este gensanda ou o que mas est acontecendo tuto 0 que ecorre cam esse personage pode ser uma Sur- press. As complicagées da arrativa so ainda mais inersficadas pelo eneane de histdris dentro de otras hist, de mada que o ato de con ‘ar uma histria se tora um acontecimento a histéria ur aconteci Iento cujas conseqincias « importancia se toenar ua preoeupagso Principal. Hstrias dent de hist deta de Fistris, (0s tedrcos também dscutem 2 fungia ds hates. Mencione no Capitulo 2 que 05 "textos de demeostragaoraratia" uma categoria gue Inti tanto as naratvas itervas quanto as hsttas que a pessoas contam umes as utr, creulam porque suas histiias 80 natrveis, "valem a pena’ Os contadores de histila estio sempre evitando 3 ‘quest poten "Eda" Mas © que Fax com que uma Mista “ala 8 pena"? 0 que faze os historias? Primeio, elas dc prazer~ prazer, nos dz Aristotle, atravs da sua intagdo 6a vida de seu ritmo, 0 desenho nartivo que produz uma revravolta, como quando quer morde é morida ou via-re a mesa, da prazer em si mesmo e muitas narratives tem esendialmente es fungi divert os ouvntes dando uma vrada em situagdes fmiaes, ( prazer ds narativa se vnela a0 deseo. Os enredos fla do dese Joe 60 que acontece com ee, mas ¢ movimento ds prdprianarativa & impolsionado plo desejo soba forma de “pistemofla um deseo de ” -siber queremos descobrir segteds, sabe oil encontrar verdad. Se © que impulsiona a narativa ¢ = asia "masculina™ de domino, a deseo ée desilar a verdade (2 vetdade nut enti que tal o conkecimeato ‘Que a narrative nos oferece pra satisfazer esse deseo? Este conheci- mento & ee proprio um feito do deseo? Os tebics Fazer ess per suntas sobre os vinculasentee des, hstrase conhecimento, Pois as hstrias também tm a fungi, como enftizar os tdrcos 4 10s ensinar sobre 0 mundo, nos mostande coma ele funciona, nos possiblitando ~ através dos estratagemas a foalzapo ~ ver as coisas fe cutrospontos de vitae entender as matvagbes dos outros que, em sea, so opacas gaa nés 0 romancista EM Frster® serv que, 20 fetecer 9 possilidade de corhecimento perteito a respeito dos outa, fos romances compensem nossa falta de lez sobre os ovtos na vids “reals prsonagens dos romances 0 psoas cas vides secrets so vies ov goderom ser vise amos pestoa cujas vides Seretas sd ime & gor so que os omances, ‘mesmo quondo so sobre pessoas més, podem nos eonsoar eles sgerem ling age Rumana mais compreensivele portanto mois adminstOv dem nos dora uso de prsieia ede poder ‘través da conhecimento que apresentam, 2 raratvaspoliiam, Os ‘amancesnatadigao acgental mosram como as apiraghes Sto domes tieadas eo: dees, usados &realdade social Mutos romances sia 2 historia de ilusbesjuvens esmagadas. Falam-nos de deseo, provecam esto, tram para nds os ecnaios do deseo heterosexual c, desde © clo UI trabalham cadaver mals para suger que cbtenhamas ssa ‘verdaeia identoade, se € que vamos ob, no sma, ns lage ps sls em ver dena ao publics. Mas, enquante ros instrem a aceite, {que ha algo como “estar spaixonado", também sujeitam essa idea 2 desmisticago. "ie metide em que nos tomamos quem Somos através de ume série de identiticegdes (ver Capitulo 8], os romances sia um mecanismo poderoso de internalizacso das narmas saci Mas as narativas também fornecem uma madalidade de crtica social. Expdem 2 vaculdade do sucesso mundaro, 2 comupeio do mundo, seu aciss em stisaze os 535 mals robresaspiractes. Expem adel stuscdo dos opimids, em historias que conidam os etre, através da identiicagé, a ver certas situaies coma intoerave's Finalmente, 3 questo bisies para a tera no dominio ds narrative € «ssa: navativa€ uma frm fundamental de canhetimento (dando co rnhecimenta do mundo através de sa busca de sentido) ou €uma est {ura reirca que estore tanto quanto revela? A partativa € uma Fonte Ge conhecimento au de sie? O conhesimento que ea parece apresen tar €um connecimento que €0efito do dese? O teria Paul de Man ‘serra que, enquarto anguem de posse de sua faculades ments er ria plantar uvasaproveitando a uz dapalara da, achamos mult dii- cl realmente evitar eoncebernossis was pels padres das narativas Acionais. so implica que as efeitos eslarecedres e cosolaores ds narrativas Sto uso? Fara responder a e535 perguntaspreisarames tanto de conheci- rento do mundo que sei idependente das ratativas quanto de alga base para considera esse conhecmento mals auteitade da que aque 25 narativasproporeionam. Masse exit ou nao esse conheciment auto do separado da natatva ¢precsamente o que eth em questo nap. gunta a respeito dese a nartativa € ou lo una fonte de cankecmenta ou de lus, Portanto, parece provivel que no possamos responder & a pergun, se & gue, de fate, ela tem una respasta Ao invs dio, everos fear nos mavendo para ae para cd enve a conse da mar rativa coma uma strata retrica ie produ a iusto de perspidcia € tum estudo da narratia coro prea ipo de busca de sntigo & nosa Fsposigdo, Anal decontas, mesma exposcaa da naraiva como retar= ca tem a estrutura de ura narratva € uma stra em que nossa sto Iniil cede & cua lz da verdade e emergimos mas tristes mas mais sibios,desivdes mas depurados. Feamos de dangar em icles © con- templams 0 segred, Assim sia hist, formativa inguagem Pe Neste capitulo, vou a0 enalgo de um exemplo de “tora” segundo tum cancsito que loresceu ra tela teria e cata eexjos destnas ‘stam = manera como as iis mudam & medida que so at aids pare fo reine da "teat O problema ta linguagem "performatia" enfoca {quests importantes que dem respeta 20 sentido e 0s efeitos alte {Juagem e os leva a questes sobre identdadee 9 natureza do suet. ‘O concito de locugao prformatva fi desemalvido no decénio de 1950 pele Filsofobeitnico LL Austin Ele propés uma distin entre fas espécies de elocupdes as elacugdesconsttios, ais come “Jorge pyometeu vir, fazem uma aiemagao,descrever um estate de coisas So vedadeiras ou fleas. A laces perfomatives rn sto verdadeiras tu fas realmente reaiza a agio aque se refeem. ize "Prometo Prgarlne” no € deserever um estado de cosas mas realizar 0 ato de pometer: 9 elocugdo € ela prépia o at, Rustin estreve que quando hua ceriménia de casamento, © padre ou jue pegunta: "Voc aceta ss mulher como sua egtima esosa” ¢ ev responda “Simro dese: ‘aia alguma, es fa59 algo. “Nao estou fazendo umn reato sobre um asamerto: estou me entregando 2 ele” Quando dgo “Sin, 558 elocu Gio performatva no € nem vertaira rem fal. Poe ser adequada ou Tradequada, depengendo dis ccunstanias; pode se “ela* ov il",

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