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“Smyn2a Cm saaterstpar SUMARIO, ir Mat ‘nan ig see — PrGlogo cose eeeene silassee ees nga cn Pare Sone. AS 1DeIAS ESTETICAS De MARX 1 0S PROBLENAS DE UMA ESTETICA MARISTA ae Vices das eis nics de MAPK csscceeeseeessee ars htc: CO mars comemportacoe aan... B —_ A dens de Marx sobre a fonte ea narureza do estéico 45 a Enea emarcamo ....-.- avn. 3E termina Sele arte esiedade, 7 v7 eel ‘concep do tig em Marae Engia ooo. so vesscceeeee MS ee ‘Un hes afin Jeph K. nr) Ce Paste expan © pestino DA ARTE S08 O CAPTALINO an ah ea ea BD osiidade da podug capita Bart... -eeseeeoe eo c7 Orista en socdade burguess 183 Crier istics das relagdex ene oats eo pico 157 Prodocio materiale aria... 169 ‘arte como trabalho conreto Valor etic valor de trca 177 Produtvidade eimprodutvidae do trabalho artsico....... 185 ‘Otrsbao asslariado ea atvidade artic 189 Aliberdade de erigio e prodasioeapitalisea <=... .21 1 198 (0 devenvolvimiente da ate nas condiges hosts do eapitalim0203 10 Prog e consumo (criag80©g000)......sc0sseevenseee 208 1. Acta pao ets can formas de Humana se cvse esses aseptov2ns ero ot a Peer) 14, 0 dilema “arte de minorias ov arte de massas™ 1S, Aare veradeizamente popular 249 6, Artcuta, individual epeotissionale ate coletva popular. 257 TP, Adivisio do trabalho arisico eo desenvavimento dda personalidade «ees e-veecseeves ag 18, Palavrs fina. Analisis, no present i, a eas estticas fundamentas de onc conbeckas « edad em nosso mao, a par dela, sae algunas ques ettcas vias para uma estca mars, ‘Os problemas eticos susctam cada ver maior interes etre 05 ones marxistas so deriva de diversos motvos. Urs dles 63 ae gerald superar, neste como em Outos campos, a concep- base sectrias que dominaram durante os anos de dfor- stalinistas ~ tebicase piticas ~ do marxismo. Nio ve deve er eno terreno da teria eda pratica artis esas deforma fulgtream uma particular grvidade. Outro motivo é a elevagio cia dos problemas estéxicos, 4 medida que s enriquece 0 ‘do marxismo e em gue se aceatus cals ver mas seu card acista real, dentro do qual elagdoestica com a realidade € slag essencal para 0 homem, As exigncias anteriores, devese ‘necesidade de superar vlhasvsdesurlatersis ds fend rtisticos de noso tempo. Independentemente do lugar que Ihe lamos a partir de um ponto de vss histricnsocal como parte uperestataraieol6gcs, «do valor que The stibusmos nam stica, arte moderna € um ato rio, complexo econeaitio, {ual mio podemos 20s aproximar com os eitériosesquemticos € sabe doninaram a erica marxists at alone anos aes. “ud isto abi scolocarem primeeo plano aherdadiraaaure- das iin estos de Mar no para nos imitsemos 4 um rabalho se ou reteragio das mesmas, mas para desenvolvélascriadora- eye vio econseange confront com pps wid, om a expe loci sents, © assim poder extabelecer a bases de wma verdadlea ca maexista. Ean Ma Se enconram as ralzs de uma conceps30 “Aloesttico em geal e do artistio em particular concepsio que permite, “Ene ver, uma abordagem satsfatria dos problemas artsizos mais ompleron. A escoberta¢ exame des ais, por um lado, e 40 se Iosekament, por auto, tendo-se como fundo a experiencia atti “nn su conjunto,eparticlarmente a contempornes, so consagrados tn ensios que formam presente volume ‘Obedcem, portant, uma preocupaedo comum, sem constitu rem wina oben de carder sstematic. Sto aproximagdes, por caminkos bibliogrifias.. ass + 269 i. i. ee tratacse de invetgar: a naurera da relagao estética do {com 4 raldade, e particularmene comm a da ate, No foi pos Fela esa questo central, ‘Ao longo de nossa ob, tivemos presemes outres interpreta Imarsiseas qe gozaam ou gonam hoje de crea autora, poiso debate ‘st aberto em toda sta amplitude eo velho dogmatimo ino poder Jechi-lo.O importante €confrontarcricamsente a diferentes posgben, sudocando, por seu turno, uma aude cca cradora, Ao grande deb, fe que hoe, em diferentes paises, mantém os estetas marisas conte alias ou opostas 20 marxismo e, 30 mesma tempo, ences este debate o nosso lio traz uma Yor ~ ainda que modes teredtamos se justo aninalar que 0 auto eve a pos- txpor econfonaralgumas das tse fundamentals da cfr cm suas aular de Een ¢ au Seminario de Ete a Universidade Nacional Astinoma do Msc bom com em Sursoseconfereminsminsradn nat Uversigde de Guadaars¢ Michoscin Tabi fram expoxan le de trem id dais por mbt gropo de professors ede pesuisidoeswniverstios Cio de Duco entice Po akimo, fom expomas na nove Gaba soca, ecu cain da tora eda prtca do mariana, ond os problemas execs depertam un vvrino interes “Today esas exposes ecnfonton represen um vgoos0 sil i ran pea ua arn samen pili Antes de nar oven traalos, next toren, arose faradanocaminho,afimdeexperar~cono una ada plaves do Heitor e da critica, ro cal E México, DF, fevertico de 1965 PARTE SOBRE AS IDEIAS ESTETICAS DE MARX E OS PROBLEMAS DE UMA ESTETICA MARXISTA. 0 bomem cra bela também de acordo com as eis da bee.” (Marx, Manuscritos conémico filosfics de 1844) 0 objeto artsico ~ como qualquer outro produto ~ “tir de Marx comdfilosofia da pedxis, mas de uma”préxis tendeite a tessformar radcalete = reaidade hunts como aparece num tel iris eoncreto:a sedade capt, deat ma Sociedade na qual ohare poss expla cradorsnent suas forges ssn, frasteads,negdas, prea on desporenclzads- Ese Iain ae etic om eras mac as foracio radial do home em sods os panos, cumpre ssspiayso de My aaj un tala ive de ure oo Supe para o hone" O exten aio pode er ale ese mara Ino humans que coasts como veem so longo dese vo, uma imensoesecal da exstaciahumana forks, Mats devia ees Faament fle nos problemas excos ain forma certamente conc Aesariclada, mas com profundidade gus ei oa inser eal tm sua concep do homer em son dora sd afore eo Tucontia da ocedae, © problema de extairo rico conteido de suas densase cone ero terreno esttico, portant, x6 paia see aordado de sua concepeio Floste do mundo ea parte de uma ompreensio do maexismo como o verdadero humanism de Fajweat Por certo, ao era possvel spreciarem todo sew valor 38 fends ce Mars ewslumbrar a ponsbilidades de uma esttica quando toda wun doutrina era redurida a uma mera teria ca © politica, iaterpetada aderals num sentido reformista, filosiice. Esta eta 2 posgio dos weiricos icifdemocraci alems de fins do siculo XIX e comegos do fausky, por exemplo, via no marxnmo apenas uma concepsio Side soiedae, nto uma flsofia, Consequentemente 3p6s io depurado até converrer-se numa simples doutrina condmi- lies, © marxismo tinha de ser competado com uma filosoia fala, convocada para fornecer 230 a0 reino dos valores, 20 ertncia 2 arte. Dese modo, os problemas estéicos eram aba bs a lento, colocados fora do marismo propriamente dito, © lisasio era srbuida a uns filonoia eats ~geralmente de jo kantiana ~, com o que se busca completa 0 vazio que, is questies,aparentement,o mateialismo histrico dexava, Na io esses tricos ofan da social democracia ~ entee os quai i, alem de Kavtsky, Bernstein ete, a nica coisa que 0 mae 0 pois ofrecer er uma explieao do condiionament da arte fresecondmicos, mas com a particulardade de que tes capi lo matrialismo histrice sobre'o papel determinant, em ulima fica, das relagdes econdmicas era interpetada por exis tericos jademocratas de uma forma to esquemtica unilateral que se ators inteiramente seu verdadeir semi. [As ideia estéicas de Marx, © consequentemente uma extétice parssia, naa de inspredoe podian espera de semelhancetendéncia Heist o vive contenido humanstaerevlucionério do marsismo ea Wilarirar as ese fundamental do materaliamo hiseérico + respeito ths selages entre base e saperestrotra, inclaindo a arte. Poe iso, tral que os eis enteias de Mars ossem ignocadas e qu sus ju fo itearos passassem por expresso de gosto pesvoaiscarentes de figieagd de um ponto de vista tedrieo eral { \ ~-Mfttrros ® Limrtago#s DOs muunios "THORICOS MARXISTAS DA ARTE gosto atisios, mas no comsegue resolver wa atonomia eelaiva da obea de arte, Ainda gue econbega ade de levae «cabo uma anslse dos méiosartisisos da oa Asicuagdo mada um pouco nas sikimas décadas do século XIX e mente com urna analisesociolGgica ao consegue vncalac uma ‘somegos do XX, quando alguns tericon marxtas da arte pretender, {em this istnia seus estos conduzem & busea do que ela primeira ver, resgataro veo contedde do marsismey ands que sug io chama de “equivalent sociligico de tm fendmeno soca Tentativa no est livre de eros de apreciagiesunilaertis, Nomarco ENHo & casual, por eso, que parta de Plekhanor a tendéncia no deste regate do lgado de Marx, comega a vslumbrar-e a importance, dderedazr a stéica marxista a uma socologi da are, tendencia ‘fecundade de suas ideas estas. Etre os que mai brane cone iasgo da astonomiaslaiva que Engel hava siMinhado, Sequentemeste abordam os problemas estéicos a partir de tas sean, eartas da lina decada do cao XIX, que anes dele figusam Raul Lafarge, na Franga; Franz Mehrings na Alemanhas © G ip Mars havia afirmado, 20 estabelcer lei do desenvolvimento Plsihanow,na Rosi il da evolu arta e do desenvolvimento econdmic-scial¢ oe Bata iteressa destcar a vncalagdo entre a arte eon inte ar 4 steno pews erdrabnhdade do ae regs, apenas Ue = Sas assis, ns a0 sublinha o crater ieslgico da ota seu condicionamento sociale engin. evista eu modo espectco de cfletiraeadad, Ape is snd que esa ei cero subjtivsmo de class, Lafargue = Ae Seguindo Marx caracteriza a arte como um feudmene svi sag MEhing subi galas o carter de ce do fendmeno arto eondena as pretenses dena arte "pura" margem don insresses Soins apesar disso, manifexa Sev apes a erases Lane fans qu ele olga indspensives para completar Mass, Port ede, No esgate¢ eniqucimento da heranga filséfica de Maree de ero msrioommea pes fads “situs num novo plano a relagio entre a necessidade e 9 eos ccm pamnem poe ual ha, em cnn vendo wb 0 ens Foe nicest Gio, Pier ban ef pops mem cu Fis stat cs coe sg rods ns mare tn dae "Mas sua atviade no & a de um se dhretamente natural atualhumano, no se v impli, empurrado para o oct lnsere-se no objeto exteriog, nsere este em seu mundo, tet de sea plano natural paca fazer dele objeto de sua nena a. No se limita a giear em volta do objeto, mas subtest rrancao de seu estado naturale imediato para coloctlo emt «do hunsno, S6 asim pode ser ober de uma necesidade 1 ‘Deve, portanio,adorar uma forma humana e, dese nds ei ovo objet, produzido ou criado mediante a imtegragt do dad imadiatamente no mundo do home. A necesidade hutoana ‘ato, necesidade de um objeto que nfo existe fea do home todavia, como diria Marx, "@indispensivel paca sua iteeaga a manifesto de seu see” A neces humana faz do Serato, e sua atvidae é anes de mats nada, evga de Thymano que no existe por si mesmo, fra do hemem (© rTmamaino FSU LIGACAO COM A ESSENCIA HUMANA Aatividade especifica do homem é, portato, cisco ou ‘ode objets homanos, nos quas se plasmam c exterior ‘Ssencias humanas, Asim, portano, 0 objeto que para 0 ha ‘quanto ser-natural,€ uma eealidade que se afr dante dle subiugs € para le, enquanto ser aatoal husnano, una realidad ria, afirmagio de stas forges ersenciai, jf que 36 exe soa dependncia pars som ee Named em gu, por do pr. mem en oda, acl objec se covers tn eliade dogs cas humana oy Ida hman oat, em ead os ropa fa ‘eda on objeton psn ar ara cet desl msc shits gue conten cei sida, sea oh is le coma oa span © home como ser de necesidades 0 homem conn st odio, acham-se em indisslivelrelagioAatvulade qu ovra ‘wiesarelasio € uma atividade materia, pric’ o trabstho homage expresso conti ogni de ma ere bata teva lids cosas ere Bebrscastc ral ees a citings Bde noc a podigo socl ere ancetade 0 ie ancenidde wo ojo Se sata, No anal, ssh srs de Mar gi, 138 1% 9% i Homem, to evden no qc ovale dew de uma mera epi ce, una cabs vk gunado pose! deessnade prices eines cone propiciais nanrtnovcneie eee au sfc stn mca: Ne ef oat is popicdae azn exie arse hen a Binds ena satsiam neue neces mney Beale ce ws exe ts mene guano oe See as pnts opines sivas gods strane a i Himan: porann, alm scan pra oho face luna A hdc ai ees enang io se confunde com suas propriedades naturais ou fisicas. O valor de accra lo “nn acon ir Mar as wee ms Mo de mercado’ ae, oar, apenas pan oon ce 86 existe num mando humano. eee ‘ {cater vocal do lor arses, com ours carci Bede woes: Enso o var den rede Seeaceee a = is con una inetd suc eagepoe ac ome pec coi ohm or de cs ei et td nme sham ers elbesd la Baar de wo daca nt se wanteren ox ls ne Bigs alr detrcas expresso ali asa f smercadoria} geasas a0 qual determinadas mercadorias pode ses eo cone m men Oa ioe uto nono dover de wo odes sion eS cos a thm neu ct, ato no valor de uso como nade en xine indpcndoument das oan nes manage Bcc cohen, boncono saree prestaeae is bjiae om independence em horde toh npn eer de le 0 coniiaalo se pode is genta onions p do homem social, y - : as alg No podemos eas ng som pmo cee toc sins ques soo ek mah one con nite Bune osc slic us co fabs una serladehomans de oestora erceats [Nee senido, como js asnalaman, 0 cyte faces tala hues ‘A onjerivinae Do esrénico ‘A eamparagSo do valor estico com os valores econémics (de to € rca) permite os estabelcer ipo de objetviade humana (octal que ao se Wentifea com a meramente fica ou natural, ainda [ue pressuponba eta como condi neces. Tal objeividade socal Of due Marx sblinha quando analis, 0 capita, o valor da meres ‘Gor Volando agora ao vale extico, 3 guisa de conclsio desta parte final de noso esto, podemos dizer qu também se pode falar de uma bjetvidade do etc, conesbida mio como una objetividade ea 00 Sado platnico} nem material (no medo materialist metaisio), mas ‘imo tobjeividade dena reldade poculiar—humana ov omanizada spe no €redutvel pur esmplesmnente ao exprtual, 4 que o comet “dothumano plasmado no objeto somente possi valor extétio quando {tanupont mum forma, quando se explcka num objeto materi con “Seovsensel, nom tmpoucoé redutel 3 exstncia material do objeto tin, que 0 fsca,o material em si mesmo, fo expresso homers {fees caece dum conti humano que pode receher to somente dee ‘Teatase, pois, de uma objtvidade com relaio a indivkluos, grupos oo Comunidades humans mis ndo com lagi sociedade, a humandades ‘Sar abjetividade com relagio ao inivdo que percebe, jul on valora objet extico nao cxly antes pressupce, a dependncia com elagS0 Slohomem enquanto ser social, © estic 6 surge na relao socal entre ‘Rieto e objeto, e exit unicamente, em consequénca, pelo homer part ohomem. Na media em que € um modo de expresso eafrmaga0 ‘Bo humano, 36 tom sentido para ele. Sua objetvidade € social humanay ‘fenton fimite do homem somo “ser natural humano"y «surgi sobre ‘hse da stiviade pritca, material do homer soil. O valor eto ‘uo ,portamo, uma propriedade ou qualidade que os objets possuam por mesmos, ns algo que adguie na sociedade humana earasas xitncia social do homem como ser crix. (O pares Dh PRATICA NA ESTETICA MARISTA Avotro sanenny vazoure Icoda com aliencio — ropa cna haan fee woah i dere at» cep cece we Seren nila da ad caro Iomen A i mh men: oe in ee ea Sennen ds oman fe seats Nocona Person crea ers pase nna: a a Peps beta case gre ace ea Phere da cope ou os mire one Bp deters > oe diners mdse ss eal a eeerpere See gral, da criagdo artistica, em particular. Segundo esta concepgly, ee iene Ga lea ee jhomem, raga qual ese se express ee afi no mundo objet Ser socal, vee e ceiador ESTETICA E MARXISMO- [ESTETICA MARXISTA E SOCIOLOGIA DA ARTE Quando se fala em esttca € marxismo, colocando em slg Js dois terms, nio se trata para simplesmente de apiar au indo dominio os peincpios que vale para todas as eseras ca cia e da exiténca social; O que o marvista tem a dizer em nar o camino para extairaidologia subjacent a uma obeaarcisica is ainda, aestabelcer um sinal de fgualdade entre se valor est ecu conte weolgic. Tampouco se ata de redsir etea se ‘ondicionamento qu, indubiavelmente, abe hs um hoizonte de possibildades 3 criagio, Se assim fons te ia clativamente cit 2 entéica morse se rds aus ras qu, 2 me ve, contin igs clocaa eto segue 0 problema = ‘um eanto ou quanto absoluizado os seus valores. Mas. 0 perecber ta problemdtca que envolve a sobevivénc sua capacidade ~entenda-s, da auténica ob de arte logiso etc, isto & comers a tntatva de valorae a arte em fungdo da ieologia ue nel pasta ede expla por meio de uma mera redu- ‘lo Bs condigbessciis que a engendraram. E no podia ter ago de ‘tro modo. Nio existe, com ele, uma equvalnci plena entre una ‘covtrs ener. A arte € uma eseraautnoma [claro que, como vemos ‘dante, elaivamnnteautnom) etodas a entatvas qe se f53m para redula a outa ~ sea esta a reigi, a economia ow a politica ~ no terio por eet sndo o ancelamento do que existe na are de qualca- toramente distin, precsamente ito que Marx va, na arte grea, Foi so seu condicionamento social E esa superao que, por essa rei= denas prpeiascotanhas da arte 0 antipoda de toda redo socio fen, Consequentemente, sea estica matxista mio tivesse por objetivo ‘mais do que explicara arte por seu condicionameato social ~ express, a idologi ese enearna ela nS seria mais Jo gue ‘Cetamente, com ist, no estamos negando de modo algum am io maraista fundamental, a saber, 2 determinagio da cons ‘a pela exstncia social Newe aspect,» arte no ocupa uma poigao Drvleginds com eaga0 a outas atvidades espiiuais do homem. A fre renanceatita, por exemplo, inscreve-se nim determinado contexto hietrico-social, que opera seravés de cera concepeso do homem, de ‘eta visio das coisas, da reafiade. Into quer dizer que, no Renascimen- Tos ndo se pode faner arte de um modo vital, vedadeiramentecriaden, prolongando a formas medievis, no momento em que uma nova com ‘epsio do homem, seu humanism burguds, jf rechagou a coaceps20 teovinriea, edlesidsticofeudal, da Kade Média. A arte renascensta nl €o empenho de infundr contedo deolgica e emocional, coer pondentea esa concepcio do homem, nas velhas formas medias, mas "tetativa = bem eaizada, claro ~de fazer uma arte contemporines, fama ate desu époc, ou sea, uma arte que busca os novos meis de "exjesio para een nova concepeao humanist, Por consepuinte, se a sre um novo modo de er oespaco, ese inven perspetia ‘nitria =o €o espago organizado em torno de wn ento unit, fu ponto de vst Unico, ém contaste com o espgo ptr medieval ‘oma soma de espagordesconexor nose tata de uma mera nov formal. © mundo ji ni € visto por um olho divin, mas, in, por um colho himano qu organiza as figuras eo fundo a fim de dae ao espago {canter unio e coming, Faro qu, em ambos ox csos, duet pina 0 homers may, aun, faz como servo de Deus, 20 pas es 00 ‘ute, como centro exo do univeso, A petspectvauniia permite a0 tista, a0 homem do Renascimento, representa a sarureza sua mele {1,4 medids do oto humane eenascemss; pores, pins um expage real, nataral-humano oa humanizado. Da mesma manera, acca 8 ‘aloe do homem como ser esiriual, mas afrmando, 20 mes fi, fu natuteza como se corporeoe sensivel. Ao ascetismo medivly ee tapi a algria do viverterenl. Pos bem: como poderiaexpeessat fetta renascentves est reabilitagio da natura Sensivel do howe sili 0 convencionalimo, hieatisno ou 0 geometrismo medie= als, que surgiram precisamente para expressar a primazia do sobre ‘ural sobre o real, do espiritual sobre ocorpéreo? ‘ConDiciONAMENTO SOCIAL E AUTONOMIA ARTISTIC ‘eros, pis ates do expo da ae renascentits, quand Gee ocondonarcta socal do epee os dari, are te pote ie torna posed aio uma cago ats em su singular atte eteoca que 3 preside Porano| ainda que 0 cond toda nfo egteo modo de ser dao de ate, no dir del com gue, 20 meso tsp en qu sc exc Maree €uma esfraautOnoma, massa featranés de seu condicionamento socal presente o momento do condicionameato social, mas enguantO ia socioléwica reduzo ser da obra atstica ao seu condionamen ster metafncamente parade 3 suomi € condiionanent J ete ltimo, nos preeendnos mance os dois temos em Sh lade diltica, ino para empobrecer nossa visio da art, mas pre "para enrique Ia partir de seu caster condiconado. Em 1 que para or socilogos da arte € 0 ponto de chewada, para m6 fais do que o ponto departs. ‘autonomia da ate com relagio a sev condicionament socal por conseguint, uma mutuaexchsio de ambos os termos, da dieeng portsno; 3 autooomia ds at fl ublinada or Engels nas ars vis obrgado a escrever nor skimos anor de a vida, iene ma or ese derma ‘cigs ere] condcthamnd sae a superstar. De ic Ascot, posemos cnc que sho don res cre soci condsonanres no se execedgetaments, mas staves de oma Complicda trams deco intermedi A complexsade des rama € portamo, gra de dependéncia como conapartd, Jeauonoma do prot epirus, vari segundo «natreea dst; por exemploy a cepenncia de wn tora poltca cm lag + determinado irs Sete cee € cas scenes que + des Hla emo emi Gio gue «de uma obra deateJNo qe toa ina rain arta, 3 wloomin mir sno de la arpa ms Se ths needs tem de patna ves, fla expel sla, overt, vita, do atta comoindividalade criadrayainds qu xt Cera er conta no sbrataene, ar como pedo indo ann ser socal! A DUPLA LOcICA bo DESENVOLVIMENTO ARTISTICO A crag asin espode, portato, trans dea complexa rama de alte, de cess do bons a socldad determinad. Ps em precisamete por staat do home el situa tle namcontexcodteminado, itor, partic, ome de expres ‘Sch gaa vals ties deve er neopets Contacte se at, naruralmene, de faner da crag de formas ua fialdade msi mma, pois no existe expresso prs; mas a expresso de om leerminedo todo hee. "Abunca dens sows expres, enriqucimeot de wm io de expresso joi, converte mma nse impo tes tempo, pla neces de exper algo ge 930 pode 10 cm om ‘ne dt expat eno conetado] Di: gue at fda at te cnatenet vs me aes nia eo ae ssc nvaso, eae oa rane arte se mede plo se fo ‘upirscom una eign Orn, weal portato o eal ‘mens revoiconii so rupt mgagdy may como outa eer ‘6 se aa ag de uma nasil ada, Tosa rey Seotido dialetico,reassume, asia absorve o que hi de valoao Dassado Is significa, iguaimente, queda ate faz apart de dele, “nado nivel alcangado historcamont pels eriasao arisen, 'Na arte, no se pode falar de progteso no mest sentklo que tmpsegamos o termo ern outraseferss, particularmente mucho a Hecnics; todavia ¢ evidence que toda grande arte enrique noah nd, Tnumano, nossa capacidade de percebere de express 2 realdaler et tempo, eriguscox mon de xprestoc comune Re oy oa ates nee mun bins era pops a ke ol Ignoraa, send is casts de eu propo enprecment Pea eo faze poesia sre, as nes pode xr pe O scl no ise ex; pode fe hoje pt asramente east = eves sulk “veratrateae™ pag Ba dferenga exit com alo gue cm nome els jo dese «da poprin arte mn, passe we eats om a oy dense ssi a contibuio das mai diversas tenn Bass, dead oinpresonismo ea ate bata iso core asim prgie, com dv Engel nas car na fie coincide ae trams modelo atria elogeec cpa oe far de ue Nstra da ate comeida com ia ile fsdecouon entree vinta ao omen Do mesmo moda, ao exit ura hss da ate gu ccc ao unas das odicaes hati vc A puma armen ema forna aoc deri ser exp como una pusgan meron J prolongameno de cadens lattes desde Bosch abil 2B so emt man. Quem pode enrar que» ronan expresto compl do prota coer io fee edad urges conta prota desu exits? Nao ecse pre ominico ¢ Rouneah, uma esa de tn 0 nda por me date? O ti om ear po cet, novos mos de xpress sin de pasa re do men, mass rig spate do nada bee tno peso de wm pst asin, os inten cona vermox gu owner tents hia da are tatoo destvolvimeno di my Como peste fer em el dun pot de Vt ‘Wlitin)~ quot de er hi xl amen tar de uma Kis exter Se tm sent es disingo un {in sere re una ua, ders de ue a pe era {Broprs pr men da inera, ue ea, or sua ey se manifests Stars dag, No ett, ogame do desea ‘oui pr far auton vada gto ‘Spi por su rsa de uence orespoeca cab Smee ror to exert ene 0 dsenvaimen iste soaal¢acvoluio asic, ato oo que Marx prevndea express nas Simas pins de sua Indo 3 crfica da economia pois Scate termes an ep ds ee Go desenolimeno eg tarda ars da sociedad, atu dare noma socedade dad jamais (Su toad de aco. certo que uma formagio soil soperi Sho souls she mens possess erao aii a0 ‘teat de podem afrmar= pr aalgia com ow ese de Marx: a “iho do capialismo 3 are = qo social gem princi, favre ari, May asim como o captain, sendo host 8 a, (eee acer eeonbecen eramente grande cig artistas, {Spoucosoilsmo gree prs oma arte superior 3 iad ob ‘capital E lao que paras podem conte fos diveros “ijelon cero asym in nstni, a do desenolimen ‘Disiguat de scedade ¢ da eologio asic ~suberendese ave, Skim pmo via unt» loa ene tad rie i exienciaconstnte de nperagao, que impede gue o artista poss Utnaarse wangulamente em so abe, sombra do jéconquitado portoda a ocedade A ARTE COMO TRABALHO CRIADOR ‘Quando Mavs ala da hostile do captalismo a arte, on quan dons afirmaros~ apoiados ness nus tee ~ que na socedade soci lise a honda cede har ao sew posto, nos rata, na realidad, de um fato determinado por Fores subjeivos, como o repeesentado pela politica aplicada pelo Estado, tum 98 nouteo caso, no tereen0 Tae; mattemos presente o estat real, objetivo, que a obra de arte po hima ou noutasocedade, Marx ao abordaeses problemas evado por uma mera preneupasio etic, mas sim para resale a coteh- Tigi radical entre o capitalism e'o homem como ser criador. Mas, com iso, restlkou a pecliaidade do erabalo artistic como domi ta qualidade, do oxiginri, ito 6 da crigio humans. Estas to vitis para estes, so examinadas por Marx moma abet dee romia, © que explca que alguns se tenham perdido 20 bosacem fstéica mares, pois a coneebem como uma esti sistema Aacahada, que Maex jamais chegoa a escrver A esttica maxis Inehor, as ideias de Mars que podem servis de Fonte on fundamen ima esttca marxista) deve ser buscada em obras coma os Mate econémico-filosificn de 1844, on Contibuigao a erica da Econo Politica, ds anos 1857-1858 ‘Quando Mars firma que “a produglo capitalise host a ett ‘amos da prodosio,particularmente i arte 3 poesia", vo apts Jem contradigio com arte ndo enquanto esta express un Meo Igoe o negve, mas no que ela tem de expeifico, de eferapetpae TSabemos, pele Mannscrta de 1844, ques ase no para Mal atividade humana aidental, mas um trakalbo superior o qual explicta suas forgas etencias como ser humana as Oi fu materialize num objeto conreto-sensive. © homem € home aids em que ria um mundo humane, e arte aparece Cho ais elevadas expresses deste process de humaniza, Sa imbém que arte, como trabalho superior elevs 2 um gai a capacidade de expresso, de objetivagso, que core 9 "A contradigio entre arte capitalism leva at sa ts ia oposisioente economia bona, pies da {producto pela produ, nfo produ pars ho ia bueguesa ~e3cinciaecondimics que asin =a essa como coisa, assim como seus prodatos,enguato pelo que possuem de objcvagio do ser humo, ‘A contradigo entre arte ecapitlimo nose cola com rela a are que coneadia deoigicamente a deoogia dominant arte enquanto ta. Essa contadico nose revela ainda quanda ia em sus fas ascendente,& ums for hietrco-scial revo “Aparcce com o impéio da prodagio capitalist, quand Vis ersonaiza ese coisa 0 artista, entSo, anda ser er onc Werdadeiro carter das relies captalisas dina de solaraae melas. Tala eebelio da arte, a qual, com divereos mates come ‘0 romantsmo echega, em muitos caso, com a arte dias. O artista tem de ava una pla bata: po i it exaltar da realidad inumana ey para as, bus tistics dversox por outro, resist a qu su obra deine de correspon ‘era uma necesidade interior de eviagto para satisfaver, primariamen wey ddccsidade exterior mposta pela Fei que domina mercado ati ‘Slo. Sem descobeir ou comprecnder 0 mecarismo da contradigio etre ‘ag e capitalismo, evelado por Marx, o arts travou os tempos fnodeenoe uma dora baalha, que conta também com seus hers: Van ogh, Modigian outros. E foram bees precisament por alo abs donacem um af insubornivel de stisazer sus ncessidades interiores ‘Seariagdo, nom mundo regido pel ida produ captain. Nate sarinalo, nos Manusritos de 1844 que ofundamento do trabalho se enconra na ntatezacriadora do homem, em sua neces ‘Seecapacidade de eaplictar sua estaca om objeto concreto-sensivel ‘sialon sus mente eo trabalb se assemelha 8 arte anto mai qua (onus live for or, na sociedade capitalist, ao contri, ua-¢ or “Soomethar a arte ao trabalho, mas entendido este no como trabalho cade “\analogia entre arte € trabalho no pode lear, todavia # sua mits densified. Ainda sendo live, o trabalho saisoe uma nec ‘dade humana material, determinada, que se expressa no valor de ws qo'prodato, Aart, por outro lado, sts sobretado uma necessidade feral humana de expresso eairmagio. "O cantata empenharse por taar a arte como tabalho s8t- lavado,ignorando-o gue cla post de expresso de obeivaio day focgat caencais do homer. No proto do trabalho human, este Inaveritiza enquanto objeto que satan deverminada necesidade do fomem ¢ tem, portato, signficagao humana. Esse erabalbo, no qual pe Seabelece ama relagao ene 0 homem concreto ¢ uma necesiade Sonera, ene» indvaualidad do predator ea signifieao human ‘Globjer, um abalho conceto, vivo, qualtaivo. Mas oprprio pr ‘dos cono meradoria, rem de etrar em aso com outros produto he posuem diferentes valores de wo. Para que esses valores dé uS0 pow ‘Mijue equiparados, deve-efaerabstrao das ncesidades humand ‘aD detonsinam ens valores eetabelecer wa rlagio quantitaiay a Mor de trca, entre as mereadorias, Mas 6 se consegue so fazendo Ubstagio do trabalho coneret, vivo, para wer ese trabalho const Shona come parte de um raat igual ndiferenciad ou asta 'D etabalho artstico & um trabalho cere econo ay PrO- ‘dor wn valor de uso: satisfa uma necessidade humana (de exDre ‘Wrnagioccomunicagi aeavés da forma dad a um conte a ‘mavcria nun cet concretosensive {Gomorato concen, osu ‘ , ose um cake expeceo, eel lcs 3s peculirades da neces human, do cont 1. O resultado — a obea de arte ~ se caracteriza tambée : m8 oat id br deat ia cipal tio arty com no abo cnc np Kade. A valorasio de seus produtos no pode fazer abstragliy ual de san peculiar singles: Por lady eompar doy mas taalos ates ‘quanttativamente artes de um srabatho universal, inifernciado e abstrato, pois aera do sina repel ite rade dese pro, or ato lado no se pode ted geal 2 abel aera, como oem dee te neces pars. a prod do oben, pas 96 Pk pode cir una nova mercado gu stag 4 me lens condi gas da rst. ec pode co me itso uaioa eu pro, o taba aie nlp pode ser rus cao: Por sua cna, por eu cater dil lee sedi tere eto. Cada br de ate vl pal is demic sais porta a faxndo ae asain de suas qualidades el nso do abla em alo salad jm cota com sta decile alata, singular, otbalho ast ta parte dem abot gral ast, No ihe ion asa a dy art ¢afctadanegativamente es enc, Be em a, quando o artista freia ou limita sua necessidade yem favor de uma exigéncia externa, ka A.A, ESmRA ESSENCIAL DO HoMEN tbe nosso ext, foram-se revelando alguns principion ‘mais ou menos explickamente, encontramos eth tei debs pa ma camara esfera essencial do homem,. nai Se ofomem homem ma maida en gu & cpa declare sobre ‘quem den natures prase arom dit Mars nos Marr {esd 1844) umsernatval humano, ae pecans aia na ‘halo bomem cera sum nv spe ea capac ec de ‘Rimanzar woe que Oxrem outermost verdes han sober om rerio ate ua srt le en poi dec se npc esa ita Po Stray ors ns sone single reptile o er a ‘ko easenesg de ser Era, ov ej ns omen ramus nario de uma nova rabid, Cra ate, es dae radars do bao, un mn egos manos ‘imnidon ssp euc ence som coma pore, a5 tresewiqucese eapounieac nose age coma aad Toro, nao exten pode exe are imi, se por is eto 2 eco pao repro do real Aer {idea ar do fol nunca mero elo ou sombre de ws veaiade a ‘Quando o artista entra em contato com a realidade, nao a toma para opin ps agp dl, conver em por teu sglicto humana, Apperson a esiade Eimeria mn tnd heme se om ue prs sie reaidade mas ranma fe dawn ela mania O go, tm gorse do aloo, mia a copia ova miter oe a € seh fella nem arte. © verdadero rans sempre snformacao Jo Tal etian denn nova seaidade Fy dado gu le da ior art trumpets rari ao realjuna Sn tn bl ae ek ‘trdnuo cade alsa, Un rele steep, mt Inne de haveregoredo, em nso ong, sas capac de xe ‘Sor Quer iver com tu gue poms arte abate et ‘Sloat em bse ase enguants oe io frente nese Sido criador, orion Secidrs em fvor do en {hon ser eres pasar pret May, toi ea ah belo mat Conor nto pode tra exerci ae Sur dnticadavermiaaeeteyo spore da gus feria Sb ea tan are lng ser gordon rept m loo, em nome do marino, xe ena mere evalarizao mail ‘mo recente cada por ere Clade seta “A sells pitrou ono © principio da estncia criadoa da arte nfo opera de wn made absolut. Conjga'se, como vimos, com 0 conicionamentohistico> Social da evagio aristia, num jogo dalticoeuja usta compreensio. permite nos elude dois extemos peenicioos 0 seciolous, por uh Fado, queignora 0 cariterespctioe ratvamenteautdnom0 da aes por outro, oesteticismo, que far dela uma ativdade absoltamente fcondicionada e ano. A ISTETICA MARXISTA COMO CIENCIA | Partindo do exame do local ccupado pela relagio eética do Fhomen com a relidade na exstncia human, bem como do loca “arte como parte da superesrurua idcolgiea numa soviedade divin m clases socais antaponicas, exiea mares deve sbordse, psi ez outros problemas inxistenes para uma estéticasocioliie, ta mo-o da esturura da obva de arte dalxica de sua universaldade ticulaidade, sua perdurabiliade, peulardades da objetiagh ve comenicago artis elagbet da arte cota eel do de se eal da propia arte ec Eses problemas dever ser 4 partir do reconhecimento do condicionamento social da ts, has tendo-se como fio condor a tee de gi 0 "Amine da xece nto pode se ener com a da rea de O eric valora uma obra determinada ¢ tts de fudamentat ‘valoracso aplicando, ainds que nem sempre esteja conscient dso, principios estos " Aiferenga da critica de artes estén no tata de conceit obra artistica nia eirvepedel, mas, si, fendmeno humana qe chamaos dare, fendimeno dado historicameme, que se resem rondo am acer de erases particulars. fs rata de capa eoceituslmene 0 ser da ate ese

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