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caaiaieiimenienian He rE CaeCey psicni0clh | 7 GREANIZACIONAL POO TRABALNG = ae Sua evoluigae, p ~ , 08! . ae gos eves Mr Eipedionte ni Dialogos EDITORES RESPONSAVEIS Monalsa Nascimonto dos Saris Baros corr) ares Vnius do Ova Siva twarcos Hor vera ‘eonmzado) (CONSELHO EDITORIAL, Carmen Maria Mota Cardoso (egiio Nordeste) leonora Arraud Pereira Ferreira (Regio Norte) Daniela Sacramento Zanini (Regito Certro-Oeste) ‘Tonio Dorrenbac Luna (ago Su) Esta revista 6 produzida palo Sisioma Consotnas do Psicologia, (ver capa) @ palo Conseihe Fedral de Psicologia (CFP) SATVN, ‘Quadra 702, Edtici Brasilia Rado Centr, 4" andar, Conjunto 4024-8 (CEP 70719-900 ‘Tot 61 21090100 Fax: 61 21090150 malt: revistadalogos@pol.org.br Distibuiggo gratuita aos psicélogos insoites nos CAPS ‘Versio online no ste www.po.org br JORNALISTA RESPONSAVEL Ménica Lima MTB 47025 Lump Design wor Jumpedesign.com.br IMPRESSAO Barbara Bela Ediora Grafica TIRAGEM 180 mil exermplares www.pol.org.br ‘ANO 4 — N° 5 ~ DEZEMBRO/2007 Mag indice ACARTAS E REPERCUSSAO_ 6 EDITORIAL 1 2 . ENTREVISTA _ a ASSEDIO MORAL ANTONIO VIRGILIO Pc eemeeoael 11 RESENHA s@ pode fazer contra iso ToYorisMO NO BRASIL, DE EURENICE DE OLIVEIRA 45 ARTIGO OS PROGRAMAS * DE QUALIDADE 24 UMA HISTORIA DE VIDA, POR DE DESAFIOS ‘ANA MARIA ROSSI Como suiglu « Psicologia Organizacional e do 56 CRITICA Trabalho e quais seus rumos OCORTE, DE COSTA GAVRAS 58 RESENHA AFUNCAO PSICOLOGICA DO TRABALHO. 2 8 CARA A CARA eT ‘SIGMAR MALVEZZI E - WANDERLEY CODO REPORTAGENS Flee sic rfertincios = apontam como 16 PESQUISA: sida POT no Brasil POR DENTRO DA METALORGICA 19 MISSAO: INCLUSAO SEM PRECONCEITO 38 PARA SUPERAR 22 QUANDO O TRABALHO ADOECE O DESEMPREGO: E preciso mostrar as 32 PROBLEMAS DE pessoas que a cuba nao CASA X DIA A DIA las @ que hé melos NO EMPREGO do dar a volla por elma 34.DO RH AS CONSULTORIAS 42 COOPERATIVISMO EPSICOLOGIA 52 cemee 46 ENFOQUE: O CASO TRABALHO DOS CONTROLADORES Orisco dos marginalizados DE VOO encontrar no mundo. do crime o significado que fe frabaiho treria 48 O PREPARO PARA © FIM DA CARREIRA ES Corts Mi Parabéns pela excelente apresen- lagio diditica e rigueza de conte dos da Revista DL 8, n° 04, DIALOGOS 6 uma fonte diversfi- cada e atualizada que alimenta a vida profissional do psicdlogo. Pedro Canisto Spies Pinhalsinko - SC 1 Parabenizo pela revista Dislogos ‘n°, que contextualiza a pritica do Psicdlogo nas diferentes’ vertentes ‘de atuagdo. As entrevistas sobre as intervengSes do psicdlogo nos di versos campos de atuagdo sdo rele vantes pois nos levam a refletir so- bre a necessidade de especializa Bes coma suporte teérico para em- basar a pritica. Gostaria de reeeber ‘0s mimeros anteriores nfo enviados (o°1,2 €3)e, se possivel, exempla- res avulsos para consulla nos lo- «ais de trabalho. ‘Sseima Saraimna Nowa Iguagu - RI MW Gostara de parabenizé-los pela Re~ vista Didlogos devido a0 seu material Pertnente © essencial para a reflexto € priticaprofissional. Ao ler © exem- plar 1° 4, fiquef onguhosa mais uma ‘vez porter pestoas tio competentes, uma equipe que se preocupa com a imagem do psicélogo, seu verdadeiro Papel na sociedade, difundindo assim. Com muita alegria recebi a Re- vista Didlogos n°4/De206 eujo tema € Sade © Psicologia. O tema é de meu interesse por atuar na rea & ‘estar diretamente envolvido no pro- ceesso de construgio de uma forma ‘lo de psicélogos para atuarem no SUS - Sistema Unico de Saide, Es- tive A frente do SUS em municipios mineiros, fiz 0 curso de Especi zagio em Ativagio de Processos de Mudangas nos cursos superiores da ‘rea da saide ministrado pela ENSP Sérgio Arouca, no Rio de Janeiro, € estou a frente da coordenagao do ‘euso de Psicologia da FAMINAS ~ ‘campus Muriaé -MG. Prof. Lutz Claudio F, Alves pore-mail 1 Overo curmprimenti-los pela ex- celente qualidade grifica ¢ editorial da Revista Dislogos. Isto demonstra que 0s psicdlogos prestam servigas de alta qualidade. Nés lutames hit mais de 30 anos pela inseroio dos Psicdlogos no sistema de sade, mostrando que somos profissionais da saide e temos o papel significa tivo na promogio da saide no Bra- sil. Além do mais, nossa batalha tem sido junto ao Sistema de Saiide Su- plementar para que contemple os as- sociados com 0 beneficio do atendi- ‘mento psicolégico competente e efi- ccaz (com remuneragio digna, com- pativel e no aviltante), como pre- vvengio de saide fisica, psico-emo- ional e social. Coloco-me & dispo- sigdo do Conseiho Federal e dos Re- ions, Saudagdes Salomo Rabinovich Presidente da AVITRAN (ONG) - Associagdo das Vitimas de Trinsito Presidente da Comissto de Erica, Cidadania e Direitos Humanos da ‘Academia Paulista de Psicologia © CEP, através da recente edicéo desta revista pela atualidade com que explorou © tema Psicologia e satide. E fato que aqueles que ‘trabatham ha pelo menos duas décadas com sade mental e SUS (como 60 nosso caso}, sentem na pel ‘as dificuldades uma formagao ‘que nao corresponde mais. ios desafios aa restiance que ‘cada vez mais Insere 0 principalmente na area Diblica, onde as condigdes ds trabalho tora precérlo por vores 0 exercicio do conhecimonto e fazem com ‘que este profissional se lance ‘novos desafios come forma de driblar a falta de entendimente sobre o fazer MELi 0 lima revista que voo's me enviaram ¢ ache importante enviar este ccomentiri. Acredito ser de suma im portincia © processo da reforma psi- Quivica e todas os benefcio que tou Xe a esta populagio, Sou militate da reforms, tabalho ene formagio eata- acto profissional hi 10 anos, com es- pecializacio em saiide mental pela ENSPATOCRUZ, tendo assim 8 oper- ‘unidade de conhecer uma boa parcels do circuito psiquidtrico no Rio de Ja- cir. Ponim deve-se comegar a desta- ‘ar também as precrias condigdes de trabalho dos profssionas da reforma siquitric: falta deinfiaestratura, sa- porte, sobrecarga de trabalho, rede as- sistencalinsuicient,fulta de qualii- ect monsio pio 8mm RepercussGo cacao profssional , baixos salirios & falta de plano de cargo e saliios para ‘a categoria. Vale a pena comecar tam bém a discutir estes importantes aspec- tot do tmbalho na refoma. Sem os quais a mesma nio anda, sequerexis- ¢e, anda precariamente ou com um alto custo fisieo e emacional para aqueles (proissionais), que “fazer” areforma, tocam a reforma psiquidtvica no seu dlia--dia.Sugiro que se abra um deba- te/férum para se diseutiro tema de for- ‘ma ampla e com a participacio de to- dos os interessados pois muito se tem adizere fazer a este respito. Gloria Brandio Rio de Janciro -RJ psicolégico, abrindo ao mesmo tempo novas portas de atuacao. Bastante esclarecedora, entre 08 vérios artigos, a entrevista {e Eliane Seidl. Que bom que ‘lguém teve a coragem de dizer ‘em um informative oficial des cconselhos aquilo que jé W Primeiramente gostaria de benizar a revista Psicologia cia e Profissio Diélogos pelos ex- celentes e atuais temas abordados ina edigio de dezembro de 2006 em especial ao que trata da humaniza- fo na UTI. Sou psicdloga hospita Tar, atuando em dois hospitais pi blicos. ¢ sinto a necessidade de tor aacesso literatura atualizada sobre 1 pritica do psicélogo no campo da saide e esta revista tem me fornc= ido excelente material teérico, Francineti Carvalho por e-mail Meu nome é Severino Mendes, ‘ou psic6logo com registro no CRP. de So Paulo. A minha formato | dispensada ¢ estarei aguardando | ml Muito obrigada por responder mi foi direcionada para o atendimen- | ansioso os consideragées.da Dra. | nha soicitagao. E uma penaa revista to.em clinica ¢ comunidade, A Dra. | Sénia. no ser dstnibuida atodos. Ainda nao SOnia fala de uma psicologia pou- Serevino Mendes | sou psiedlogn mas jé tenho interesse co difundida no sentido prético da ‘So Paulo - SP | de adquit-le, pois tenho diftculda- formagao e atuagao do psicdlogo. des de utilizar o dnico exemplar dis- Concorde com suas afirmagOes, en- | i Em primeiro lugar, gostaria de | ponivel na fuculdade. Como dica, trotanto existe um ponto de discor- | ressaltar os excelentes artigos que | acho que a distibuiga0 dessa revista, dincia te6rica do ponto de vista | a revista publica. E solicitar que | deveria ser ampliads a estudaates de Cientifico e hist6rico na psicolo- | se possivel os editores responsé- | psicologia, que pagariam o devido 18, A Dra, Sonia logo no inicio | veis publiquem artigos direciona- | valor de um exemplar, pois & uma dda reportagem afirma que quando | dos a psicologia ¢ as organizagdcs. | revista com textos muito interessan~ © profissional recém saido da uni- | Pois hoje existem muitos profissi- | tes para psicdlogos em formacio. versidade procura em primeira lu- | onais que atuam nesta rea e sen- | Além disso acho que a versio im- gar abrir um consult6rio e tratar | tem falta de reportagens e artigos | pressa é de mais fil uilizagdo do luma parte da populaco em geral. | 180 construtivos como os dirigidos | que a on line. Mais uma vez agrade- Seja sua formagdo imposta pelo | as areas clinicas e hospitalares. | go a atensio dispensada e parabeni- ‘0 todos pelo trabalho realizado. “Aline Terra de Barros Viana BS ‘m Recebemos a publicagio Didlogos, ‘did pole Sistema Coneothoo do Pat ‘cologia, que € de grande vala para os usuitios da Biblioteca do Unicen? pela qualidade das matéias publica- das, Tomo a lberdade de fazer um comentirio sobre o tamanko da publi- cagio, sem desconsiderar a importin- cia dos profissionas responsive pela sua diagramagio. A altura de 34em trazalguns inconvenientas na hora do armazenamento. Como € muito alt, rT ise nal Imolocrdndsdnqule ee Que bom que | «é enxergam o fazer Psicologia entre quatro alguém teve a _ Paredes do consuitério. A psicologia como area de coragem de Surin, dizer em um jd existe, fazer articulagées com outros saberos, informativo fora do padrio, no eabe na posiglo cm pé, tend ave car na posiedo del Oficial dos tada, A Biblioteca nao pode alterar a distineia entre as prateleiras pois pre- Judica © aproveitamento do espaco. A revista na posigdo deitada dificulta 0 ascess0 nas estates, uma vez que @& Conselhos aquilo | conteado da revista desperte : fa categoria o impoto de se que ja langar a novos devatlos, © ada dia fazer uma paicologia | | lomibaa no ia visi é pulante o torent. Cla Maria Lacerda observavamos Tcura Part Diora de Bice ha muito tempo Pree ead 24 an Ces ‘da Universidade | | W Sou psicSloga e recebi a revista 9 Federal de Alagoas | | DIALOGOS no 4 em casa. Gostaria tabeniziios pela qualidade da revis- ta. Os temas slo bastante interes- santes, assim como a forma como curroulo do cuso e/ ou uma idia | Caso no seja essa a diregBo da | 08 mesmos so sbordades,trzendo estereotipada absolvida pelo pré- | revista, gostaria que indicassem al- | novas informagfes e contribuigdes prio profisional, tudo invita “nas | guma revista produzida junto aos | Pa! n6s itor. Possibilidades de sua atuagio “. | Consethos regionsis de Psicologia Camila de Otivehra Quanto a isso, néo tenho 0 que | que drecione um poveo para esa poremail contestar, A questi da controvér- | area, A Psicologia atua em diver- | sia € quando a Dra. Sénia cita “é | sas éreas, como: Escolar, Juridica, | GARTAS PARA 0, CONSELNO FEDE: luna visio estereotipada e eltista. | Esporte na propria intituigdo (Se- | GayPoa/ mea one Geenaoas ecto emast | enone oeure re | Sete neee eeeeertee mente, mas a determinagdo do so- | soas), mas o foco dos artigos sio | 70719-300. sts serio reser so frimento & coletiva". Desconhego | 90% direcionados para clinica e | Atta. resume, texis canst ‘qualquer confirmacio da CIENCIA | hospitalar. Eu, como profissional | fasaemensageus que estverem accor. ‘sobre “uta determiaagao do so- | da ‘rea de empresas, agradeceria | Putindee do nome e enderpe comple: ‘A ‘iniea determinagdo | se houvesse malores artigos c re- | Sez etote 06 otal care cintle que eu contesa éa morte. O sofr- | portagens nesta drea, Obrigads pela | snl mnvades tes do onto dor mento € uma condigdo humana, | oportunidade de expressio. Sema were a que necessita de condigdes para Nadir Figueiredo == eae ae que ela exista. Agradego a atengio ‘Sio Paulo | tes do GFP. lm Editorial Por dentro da POT exes de Digs stordano um ma tn O penn Watcher Gfnton Sb taiaiedr mesylate gs tern saris orenes pack tata eM ed sco: woo

bbém 6eximia cozinheira. As aptiddes para certas coisas nfo im nadaa ver com a deficiéncia, coments Roger, cconfessando que & “quatro ze- ros fi esquerda” quando 0 as- sunto & amumasao da casa, Mas para esportes radicais sobra dis- pposigdo. Ele Jucilene ja pra- ticaram rafting, rapel ¢ salt ram de pira-quedas. A histéria ddocasal éum exemplo de como f posse tratar com fgualade todos os cidadios, Para que isso sea estendido a outros porta dores de deficiéncias, &essen- cial que empresérios, governos sociedade civil aperfeigoem © modelo de inclusio que deu ‘seu primeiro passo criando a lei de cotas. . Roger: ideal é desconstrui © conceito de eon Eero aceerd ‘Estimaiva, No primeira timacire de 2007 © momero de contatagbes fo de 4.151 Fens: Serstata de Fecataogo do Tabaho ‘de Mineo co rabaho co smereno de 201 2 500 “501 21.000 A partir de 1001 ME Scide QUANDO O\ TRABALHO Falta de autonomia, cobranca de resultados e extremo desgaste fisico e mental. Com um mundo tGo competitivo, é necessGrio haver maior intervengdo dos psicélogos Saude do tabainaaor vat mal, | como guerra, sobrevi- 4 E 9 ambiente profisional é | véncia lua ¢ combate « principal detonador das en- | sejam freqienes nos lo- fermidades, Um estudo da | cais de trabalho”, afitma Organizacio Intemacional do | a especalist. E acrescen- Trabalho (OTT) revels que em todo 0 | ta. “PsieSlogos que atu ‘mundo 160 milhies de pessoas s0- | am junto & drea de gestia fiem de males associades 20 traba- | de pessoal e esto envol- Tho. Polo menos 2,2 mithdes de indi- | vidos na implementagio ‘viduos mortem por ano em decor- | de programas de reestu. réncia de doengas laboraise aciden- | turagio’ produtiva prec tes provocados pelas més condigdes | sam estar atentos as impli ‘Ae trabalho. Pater ae onformiares | ong privoldigiens derive festio transtomos menias (como de- | das dos chamados modos presslo, ansiedadee sindrome do pa- | de gestho de exceléncia.” nico), distirbios osteomusculares | De acordo com a psicdlo- (caso da Lesto por Esforgo Repetiti- | ga Ana Cristina Limongi Fran- vv, a LER), cardiopatas, dores er6- | a, da Universidade de So Pau- nicas e problemas cieulatéios. As | lo, estudos sobre a relagdo entre 0 cateyorias mais afetadas sao as dos | ambiente eas tarefas organizacionais Dancirios, professores, profissionais | © os casos de adoccimento e de per- | presas conhecedoras dessas “fraque- 4e telemarketing edo comércio, mo- | da de sanidade mental ~ que por ve- | zas" optam pelo trabalho por prod- toristas de Gnibus, controladores de | zes até levam & morte possiblitam | 86, por metas, bancos de horas & ‘bos etrabalhadores da said. ‘um novo olhar sobre as questbes da | altemativas pouco saudiveis",expli- ‘Na opiniio dos especalistas, vi- | saide e doenga no trabalho. A partir | ca. Anadergh é autora de um estudo ‘os ators contribuem para esse ao- | dos anos Yu, com as ascussoes s0~ | que revelou que a depressao ea do- cecimento coletvo, tas como péssi- | bre qualidade e competitividade, foi | enga que mais afeta os trabathado- mas condigdes de trabalho, falta de | dado um passo importante nessa com- | res. A pesquisa foi feita com base seguranca © autonomia © exposigdo | preensio. “Ficou evidente que nfo se | nos beneficios concedidos pelo INSS ‘reqlente a siuagies de extremo des- | podia falar de qualidade e produtivi- | entre 2000 e 2004. O resultado mos- sgaste fisico e mental, provocados pela | dade de produtos e servigos sem re- | trou que 48,8% dos que se afastaram rnecessidads de cumprir metas. Esse | conhecer a necessidade de forecer | por mais de 15 dias apresentaram dis: cznario tem levado 0 individuo a vi- | qualidade de vida no trabalho. Hoje, | tebios meat ‘er uma luta fenétia edesigual Para | além dos esforgos para combater a | © problema, claro, afeta 0 mundo a psicélogs Maria da Graga Coréa | violencia e a depressdo, ho desafio | inteiro. Um recente estudo inglés Jacques, professora da Universidade | de buscar condigies efetivas do tr- | apontou que & eada vez maior o ni Federal do Rio Grande do Sul (UFR- | batho devents™, dz sero de trbalhadoresjovens que so- GS), ne tnnetiernagtoe intrudes | Segunda a médica do trabalho | fiem de depreetio © susiedade cn nos tltimos anos nos processos de | Anadergh Barbosa Branco, pesquisa- | sados pela alta pressfo no trabalho, trabalno, que geram maior competi | dora da Universidade de Brasilia, | Foram avaliados mil profissionais tividade’e ansiedade, contribuiram | com a evolugo tecnolégica e a de- | como policais,pilotos, professores © para osofrimento psiquico de homens | gradacio das condigdes de trabalho | médicos — todos com até 32 anos. ‘emulheces. Além disso, apresso por | nas dltimas décadas, 0 homem pas- humans, Mas & possvel uma Peep | vir que o proba foto cté m0 Joga do Tab que aja ela mes | mero de letras que tem o se pom, sma nas digs, por ise promotor | shizanl © problema ext eoWide de dignidae, © gue Pislota do | qualquer ce guc Ihe dgam resol “Teaalho precise fareré nao mei, | ve Ox pio aidan mas mir Revear om angus etranspren Bates melhor, Porque alm de ciao que shee cofesenr com hv | solver 0 proba da fghorici, ai mildade 0 que ignora, Saber mais e dao faz de maneira a isentar de cul- | melhor sobre o ser humano e dividir | pa o ignorante. O que quero dizer & ‘oquesabe com os seres humans. | que em Psicologia o charltanismo & > aiiaite jens eater. Ma ‘ns vezes ainda comparece com mais ccompoténcia do que a doida e reli: tante confrontaeio com a incdmoda verdade. Atender o cliente rimando ‘oliges ou fazé-o se conffontar com ‘dura realidade eis nosso principal dlilema etic, DIALOGOS —Quais os dilemas éti- cos da POT? Malvezzi — A sociodade do séeulo XX1€ muito complexa e caminba ra- pidamente cumo 2 wm pragmatismo Derigoso, Esse fem sido um eontexto dlfcl para todas as ciéncias, porque ogo pragmatismo gera individuals | ‘mo (¢, conseqientemente,narisismo) DIALOGOS —Em relagdo & POT, 0 cologia Organizacional e do Traba- | que procuram as empresas inst- twigses? “Malvezal— Desde o seu “bergo” em 1889, a POT tem sido um instramen- to crescentemente valioso para a soc- edade. Se 08 conhecimentos prod | dos pela POT fossee proibidos a r= frei etfine min primi de produgio ¢ de emareipagao ds suc tos seria visvel © compulsra. Por iss, a5 institutes e empresa equa- ionam e aprseutam os problemas ¢ necessidas, de acordo com seus in- terosses ¢objtivos. A POT tem sido aera a todas essas domandas ¢ para bem cumprirua missdonio pode des- prezat essa dversidade de ineresses 0 seu redor nem deixar de ser uma font de esperanca para todos ‘Coda Si ts grandes grapes de x ‘press €mstmgtes quanto ao seu post= ionameato com relacio & Psicologia db Trabalho. Um primeiro grande go- po fo quer eno procura naa de ns ‘io saber que existimos e quando s- bam alguma coisa & mentra ou distor io, Ales & eis informar quem Somos, 0 que fazemos &-0 que pode- sos. Seria simples se eles estvessom interessados em nos oui. Mas ces no ‘comparecem a nossas conferéncias ‘quando sio convidados, Quand v0, ‘emo aa paren Ui cmpedo sande gro quer de ns o qe se quer de bruxos © duendes. Fomilas mags fe, pou elixirs cpazes dorsal ‘er tedos os problemas come quem vo cm cima de uma vassoura. les ado & preciso dizer nada, Aos nosso colegas que vende o sxgrdo da prog f= Tiz com qualquer egtie sim, eos muito que fazer. E preciso encontrar rmanciesefcazes de combate o char- Inanismo, que nunca fi to largo nem to lurativo come em nossa ra. Um fercero grupo, que vem crescendo cada ‘ez mas, eizmente, 60 de empresas © Ingigdes que em algum momento € Dr alguna zi acordaam essa: "Faaemos iso hi anes © agora pode ros pereeber que no sabemos 0 que ‘etamas fiend". Ou “a solder ¢ 0 sveese do que tanto nos orguthanos tos proce agora a cas de pa do fimo dos 6s pornos, Nao re ‘Sis a0 pimeir sopro da lobo, Prei- samos consti algo mais sold”. Ou ‘ela "goctety era ia vee deni ahem eaten o que nem para que”. Enfim, gente que pecebea «que acomplexidaemarvihoss do = dio do trabalho no se compreade com xpeifcia apenas tempera com a0- inci, gente que sabe que nao sabe & os cha para aprender junto com cles ‘Acles deveros emprestar 0 melhor de oss curosidad . ethno helen dois fol (ole] rt Orientar as pessoas a encontrar equilibrio entre as horas dedicadas 4 vida pessoal, ao lazer e ao trabalho deve ser uma das tarefas do especialista nas corporacdes ferret} empregados rere eae nao adianta fingir que Peace pessoals ficam Clee Mite) sell) eee sofrimento dese pes ee legas com eee) Soren rns ees See a SSC eae Reenter a Ce ARES P Set: carne i ee! Pres ee Cee? Seater tt eer Se cee ees ao afirmam de tes ce Desaconselha-se Nola Colfer) para casa. Quem se dedica lc Lolo) [rll ence) ete! ee aA - MB Rercursos Humanos - As transformagées nos departamentos de Recursos Humanos das companhias exigem um novo perfil de profissional. Mas, mesmo com as mudangas, os consultores de hoje ainda sofrem preconceitos departamento de recursos humanos ~ em alguns lugares chamado hoje de gestdo de gente ~ é uma Guimaries, consultor de transigio de careiras da Right ‘Management Ouiplacement, uma das maiores consultorias rea onde acontecem diversas operagaes essenci- ais parao fancionamento de uma empresa e para © proprio empregado, & vambem 0 eana-pao de murtos psicélogos, que atuam principalmente na seleso, onde em geral participam do processo e aplicam testes, ¢ nos treinamento e desenvolvimento, E um trabalho que exi- 2 muito estado, preparagio e atengo para um bom de- sempenho, Apesar disso, hi queixas de preconceito por parte dos especalstas clinicos. O motive? “Nas décadas de 70 e 80, 08 recursos humanos foram abrigo seguro para“ ‘quem precisava de di nheiro”, explica Dario ‘mundiais de transgo de carera. Mas ainda hoje, segun- do Guimaries, os profissionas dedicado 2 ese ramo de ‘tuagag S40 visto com maus ols. "Para os colega, © Psiedlogo do RH € 0 pelego. E quem defende o patrao, aqucle que ‘passa mel” quando hi insstisfar 0", conta | Muthres constitu @ grande maioria dos psicdlogos que | ata ness campo, Fim ger, eles fxm sponses por testes, condgio de dinmicas de grupo eelaboragso de ro- ‘as stuacionais. Nos demais segmentos dentro ~~ do RH, divider as oportunidades com ad ~~ ministadores de empresas, economists, advogados. Também por esses pro- \ fission 0s psicblogos io discri- ‘minados.“Levamos a pecha de nfo ser- ‘mos abjetivos nas questées. Além dis- 0, sempre alegam que no temos visio cestatégica, operacional e que somos (0 “seguro” universo de trabalho dos ‘aos 70 80 ficou par tris ¢ os depar- tamentos de RH viveram profundas ‘ransformages durante os anos 90. Em Tuan de tla fete erence edn cote de estos ¢ otimizagdo, as areas {que tinham entre 30 e 40 profissionais Pssaram afer um geretee alguns ana- listas ~responsiveis por eonratar em- press, mutas vezes de ex-funcionéi- ‘0s. Formava-se um novo padro de ta- blo, com servigos tereeitizados. Além de redvgdo de custos, houve aumento de competitivdade © a criaglo de uma escala: grandes, médias e pequenas con- sultorias com relagGes inerdependentes, com subcontratages entre si Hoje, de acordo com Dario Guima- Hes, dentro das empresas o profisional tem uma visio genérica do processo, com a possibildade de migrar entre 0s subsistemas que absorver of psicSlo- 06 (rcrutamento e selego, dosenvol- iment, teinamente) Jécomo freelan- cer, os consults tibalham em vir- 0s projetos ao mesmo tempo, com me- os possibildade de interferSacia no es- copo e produc: sua fanglo ¢ entregar (0s servigos contratados. Consultores com dedicat exclusiva ten sain pare Uicipacio © desenvolver projetos. En- tuetnio, nos dois casos ~ os frelancers © 0s consultores dedicados ~ a migra- #0 para outros setores no RH € muito rma dif. Normalmente, nos dias atu- ais, os consultores Fcam mais pesos a seus sistemas de atuago. Se por um lado 0 psiclogo contratado para atwar ‘na empresa tem uma visto mais geal do proceso, vale ressatar que nem sem- pre ele consegue se aprofundar em Os psicdlogos so discriminados. “Dizem que nao somos objetivos. Ealegam que ndo temos visGo estratégica e que somos reativos’ afirma Guimaraes seu campo. S30 muitas as dreas em «que precisa agire ele tem de coorde- nar @ enrega de suas encomendas is consullorias Em rlasdo 0 mercado etrabalho, no rao o consultor pres tar servgo & empresa terminar con ttatado. Pra os consultre hi, basica= mente, ts fabas de ganho por hora: consultorjnior, pleno esénior, De todo modo ~ seja contratado come profisional da casa ou como ‘eonsultor -, 08 psicdlogos or- gmizacionais so figuras oni-/ presentes ma hors de / splicar testes, eonduzir dindmicas de ‘grupos ¢ elaborarprovas stuaionais. tes contam com o auxlio de espeia- lista de outs eas, caso de adminis ‘tadores de empresas eadvogados, para formar um conjunto de saberes que se emrelagam a scrvigo da organizagdo © fancionamento empresarial. ‘A psicologia entrou nest equado Jogo depois da Segunda Guerra Mun- dink Naqunte temp, pings em ‘cave para otimizar a producio, alo- ‘and ofimcionrio para um posto mais indiado segundo seu peefil. Foi assim ‘que a psicologia organizacional ficou ‘com 0 trabalho de “castifcar pesso- as". Este papel eriou uma imagem de ‘recrutador no inconsciente coletivo, mas ‘a forma de alguim que nega a promo- cio ou a vaga de emprego. Resultado: toa parte dos tabalhadores ten precon- crits também em relaglo 20 processo de avalagio. Afinal, como rerutader, © psiedlogo do pode reveiar quis $80 0s ctitios de avaliag, De fio, fie- ‘qientement les no ficam claros para 0s individuos que sto avaliados. Para essas pessoas, ndo existe a figura do _profissional que usa prneipis bastan- ‘eobjetivos para realizar a selec. O eritirio & a capacidade de perfor- mance ~ quanto ele vai produzit no ambiente de trabalho, As abordagens lo diversas, Prova situcional e dint ‘mica de grupo, entre elas. Hoje 0 que Tia oo woe 6 w aadegeu compote: ‘mental. Pedimos para 0 canidto eon- tar 0 que ja viveu, o que fez partido da premissa que 0 passido prediz 0 futuro. Os artigos ¢escitos do francés Christophe Dejours, funded dine MB Rercursos Humanos « psicoaiamica do trabalho, que es tuda 0 conto ene sofrimento e sa- tisfagl0 no trabalho, servem de refe- "Mas bi outras quests neste estu- do. Em Sade Mental e Psicologia do ‘Trabalho, os professores José Claudio Heloani © Claaio Garcia Capito ex- plicam claramente como 0 pés-fordis- ‘mo lida com 0 controle da forga de trabalho —e da subjetivagéo dos raba- Thadores.“Houve wna maguiagem no ‘que concerne ao controte. Agora 0 logo nao regula 0 process, 0 con ‘role é por resultados, 0 compromisso com a qualidade e esse proisional deve volar sua atengio para a auto regulagto do rabathador. Essa sim & sua fargo! Nao hi nada de mais de ‘mocrtico ou parteipaivo msso em re- lagi & concept taylaritaffrdisa. que existe & a substisuigo do con- trol externo do desempenho pelo con- tole ine dos préprios inion municagio no qual 0 psicélogo, sem sdivida, poder vir a ser protagonisa, pois compete a ele, agora, instruir as ‘equipes nesse send.” Para 0 consul ‘or Dario Guimaries, «empresa quer 0 trabalhador 100%. Do ponto de vita financero, da side, dos relacionamen- is afetvos. A razio? “Elas exigem produtividade o tempo tod, ‘Como se v6, essa manipulagéo da subjeividads, quo acontee integral- psiélogos organizaconais. Se eles en- tram no mérito da questo, entram di reto em uma relaglo de poder muito clara: © RH nio é estatégico na pol tice de administragdo de pessoas. “Fora do Brasil e da América Latina, temos exemplos de flexibilizagio das rotinase exigéncias de trabalho, Mas nenhuma empresa fez isso porque é boazinha, Na verdade o profissionais curopaus cramer mis qu fuga do trabalho" porque se recs sama se sujeitar a determinadas con- digBes das eompanhiss expica Gui aries, Naqueles contextos, a flexi- bilidade das relagdes promove liber- ade, vinculagio ¢ produtividade 'No entano, nas empresas bra compressio” (locis fits para relaxar, com sfis, jogos, TV, misica) os fin- condos a subutlzam. A ra i esti fugindo do trabalho, falgando" — e os usirios soft cobrang de seus po res, Ese é 0 tamanho do controle que fi interaliza- do peo trabalhadr. [esse ambiente, e psi logo no tiver fortes refe- . a Clinica ¢ consultoria em uma sé pratission ‘onmada pola PUC-SP om 1981, psicbloga Sandra Tair taba tha nos dois pos; tem sua cniea .etambérm di consultora em. om- presas. Em sua trajeta, incorpo: ‘ou diversas tinhas de tabsiho e hoje pratiea a clinica formativa. Ha, ‘daz anos, por meio de um client, ‘ultra. Sua aventura fol exatanen- ‘tem uma empresa de recrutamon- to que estava dando seus prime {os passos.A.companhia queria ‘ratamento cferenciado para sua ‘imeira equipe de consutores. A Ldomanda era 0 foralecimonto das pessoas e do grupo ¢ 6 desonvol- ‘mente das potsneias. © conceito era simples: uma ‘equipo estrturada procutva vi Cularmente produz seus suetos, bana pends 9a rapes agin Sor estruturado produtvamente significa compreender cada etapa, 4o trabalho © colaborar com 08 ‘colegas ~ © que exigo sor capaz {e vineular-se (relacionar-se) com ‘fcéncia ¢ o minimo de confto. Conterplar estas tes direcdos ora ‘Yo de Staney Kelean ¢ 0s prn- ‘pis da inteigéneta coletva, Fax ‘Tr com que a realidade aduita de cada um tomasse corpo, por exemple, o cartogrter tomar pro- cessos, relagées © papéis mais Claros Para quem esfanhou 0 ver- bo, em linguagem Kelomaniana, ‘hipar guer css fazer corpo, Por melo de indices como a roda ‘de talents, em quo eada suisito ‘do grupo recebeu um brasso ~ foi ‘elando as pertinéncias do cada ‘poroso, passamos pelo enrjecimen- 4o.e quando chegou ao adensamen- 10, 0 trabalho acabou", lembra. “A profunciade continuidads do tra bbalho depend do quanto 6 possivel ‘compor com a estruture do poder ‘constituide”, completa. ‘A experiincia da cfriea ndo. pa bho ~ também corporal ~ em um servigo de atendimento a mulheres ‘vimas de violencia criade pola Pre ‘eitura do Santo Andro. 0 objetivo ea suporvisionar 0 culdar da equipe que “alondia as mulheres, acolher 02 pro- {lesional do sade e ainda trabathar © ofelto da vieléncia nesta equips, “Era um grupo feminino, que feava ‘am uma e353, absolutamente sem s0- ‘guranca. Resultado: todas estavam -aglutinadas para se proteger contra bre les", explica Sandra. Durante um ano e melo, usando 0 ‘proceso formativo, Sandra 6 uma’ ‘equpe de profissionais (com super- visio de Rogina Favre, ferapeuta, ta ‘duloraetranemissora do penaamen- todo Stanly Keleman) preduzram a sfferenciagao das pessoas e das fun ‘Que. voc® esta tazendo? 2, Como ooe faz o que esta fazendo?},o sur Jsito pode ampliar suas conextes ‘ural, sair do reflexo do susto (que impede respostas mais adequads @ ‘0 aprofuncamente do corpo Sool) @ ‘complexticar as hablidades quo so aprende (sentir, agir © pensar, tudo ‘20 mesmo tempo agora). Comploxi- ficar, para quem estranhou, & criar ‘mals complexidade, Sobre estas bases, foi possivel rminagdo. Eh rites atmente pre Durante um -coneeituosos: idade, sexo, estado civil. ‘As reras vm das empresas ~e quem Gnoe melo, | feo i so os plop Que = Sandra Taiar ‘bem — mas nfo podem transmitir ~ as ‘adotou o «quests desimanas que esto presen- eae tes nos processs seletvos. “E uma pr ‘saia-justa. E preciso tato com os candi~ formative de | daios e hia étca com a empresa, que Keleman para | slo podemos abr As vezs, hi aber : tora para dscutieos junto ao solii- produzir a {ante conta Dano. una questo de Glferenciagao | »Xrevivina« cm zeal» sloin € cata 0 que cliente sai, das pessoas ‘A frea de recursos humanos esta edasfungdes | aquecida eo mercado deve aumentr. No entanto, 0 que ainda se vé é a lamourizago da clinica (que leva um tempo maio? para dar retomo finn= réncis tericas, uma visio social pro | io) ¢ uma esi depsivdlogos que finda e bem esinurada eum conn | sua no RH susprando por taba- to de valores bem claos, ele tende a se | Ha em outos campos. porter. Quando isso acanece,o pro- | Um otra face da questi € a fr~ Fssional se tansforma no exteodipo | save 16 oneaefauldades cnn be «que lhe & aubuido:vira aero, fea | formagio em psicologia organizacio- ‘espera das demandas. Para evi 0 | nal — 0 que permite 20 prfisional 100, a solugio &focar na forma, | lidar melhor com as idiossincrasias © ‘om outros cursos e especaizagies. | conentos empresas. Eos pofiss- ‘onais que esolhem ese caminbo aca- ‘bam constuindo seu conhecimento eniro das proprias empresas con- ca no mercado. Agora se comega 2 | Suto. pensar em pasos e atvos intangi-| Para completar hi mudancas visi ‘eis (mo 6 conhecimento dos funci- | Yeis e profindas no modelo organiza- ‘nico, responsabilidad social, eco | clonal e de taalho. Os novos can- topin tdoe Tudo ia €ineorpomd | Pitas etloriondne eine enw ‘0 marketing, lidando como imagins. | Meno, 0 pasivo intangvel, o conhe- ro para conquistr consumnidores. “Os | cimenfo como patrimdnio, False em paicGlogos nem sempre tim condigGes | capital social, rede de relacionamen- Ge lidar com esta realidad, porque so | 18. networking, micropottics. O ta- poucas as facldades com focoem gee | balho hoje & o lugar da captura de ‘ho organizacional”, diz Guimardes. | Subjtividade, “Antes aegra era mais ‘Um exemplo pratico. Em uma se- clara. Havia horas, saléro, competén lego para vendedares de loa em sho- | cis ehierarquas bem dfinidas. Hoje poing center, a recutadora recebeu | © paps no so tio close a qual- tus curiculs de és amigos, que ven | quer momento ofunciontio operaci- diam consério. Dois foram aprova- | onal precisa assumir papdis gerenci- dos co terceir recusado, com a res-| as”, explica Gaimaries. Este proces- posta “nfo tem o perf", Porconrato | 80 sm rogras evidentes cia ambigi- ‘om a empresa, ela no podiarevelar | dade e termina em sofkimento para 0 ‘© motivo verdadero: uma. cre em | suit que produz. Neste coment, 0 um dente da frente papel da Psicologia Orgaizacional Essa cena € recorente no proceso | Pass! a dar sentido para o trabalho, de slog: “no tem o perfil” &ades- | Para o momento. Isso exige autoco- ‘culpa para evitar processos por disci | nhesimento — e o§ funcionirios no tm ida do que sea isso. ‘Num seminério, onde uma fea- hunter conversava com profssonas, Dario tesemanhou uma cena que diz tudo. Ela dizia que hoje o profissional term de ser pa, ei mao, tualizado, pis 0 conhe- ‘imento tz mais dinboiro © Jssorequer modange © autaco- ‘hecimenta, Um engenheiro aque esta na pata respon- du “Convivo comign desde aque nasei. Vooe quer dizer {que nio me cones?" at Desemprego O caminho é mostrar a quem perdeu o emprego que o sentimento de culpa pode minar o recome¢o. E que combaté-lo permiteéncontrar novas oportunidades . Ve CRISE EM VIRADA PARA CRESCIMENTO trabalho dé significado 4 vida. assim que mui- ta gente sente. O desemprego, por sua vez, en- volve diversas nuances, Pode ser encarado como levar alguém ao suicidio. A falta de trabalho pode x tomar uma questio bastante delicada para o desempre- ‘gado, mas, quando The falta dinheiro para garantir © supermercado, normalmente ele passa para segundo, | tervero, quarto plano, a terapia com o psicélogo ou Psicanaista, Muitas vezes o quadro se agrava ao ser scompanibado pelo desleixo de empresas que milo hon- ram @ legislagio trabalhista e fazem a demissio sem lhe dara gaantiaplena de seus direitos. Nesse contex- ‘ta, qual © papel do profisional de satide mental e como ajudar essas pessoas a retomarem a um sau ‘mercado de tabaho nfo dh conta da demande, B cote um dilema que tings desde wm rotn farmed ‘ovum prefisioa expercnte pein f mcleidade ¢ 4 aposentadoria. A conseglncia€ dvi: © mundo obalizado 6 cada ver mms competiv © memo t mis sofiaticadaexpeilizagdo ras vez ao gx ante o emprego, © reslado dio € um temor eal | A fica sem aba ou 0 recelo de 1ndo consepue Sti dessa stung, caso ji exo na ru, como diz a lngumgem popula, ender odesempregado sem co- | 7 hati lo vl rnrer An deo prota: | nal ter sums covtas oan, ease oo de asdade”. | {fando pston tals precin regi, pce sare tho enor pcs A vie ema ds tambo srk contrproducente © pode sumentar blnda masa sensagdo de angi 1 stung limit, por, ost estar a anoetuz 44 A incerteza gera um estresse que dificulta as pessoas a criarem condigées de sobrevivéncia. Elas acabam perdendo 0 senso critica 79 Heloise Ayres, da Ver] eben nee -thneo-- emo? 4a atuayo da matoria dos profisionais da drea de saide ‘mental. Em sous 33 anos de clinica, por exemplo, a mé- dica psiquatra ¢ psicanalista Agelice Frant, com pés- {raga © quadro que predomina entre os desempregados. ( chefe de familia, para quem o trabalho costuma repre~ sentar a sintese da vida, fica em casa ¢eai em depress. “E.um luto, Ele no vislumbra uma mudanga de horizon= te desereve. De uma manera geral, as mulheres costu- ‘mam reagit com mais coragem, Aceitam qualquer traba- Tho e sho capazes até de ir para a rua vender produtos ‘Avon. “Os homens, nd, Eles no costumam pensar em descer do pedestal", compara ‘A dimensio que o desemprego teri vai depender da personalidade de cada um. “Hii quem fique mais seguro, onfiante de que vai arranjar alguma forma de wor rem” perado, seja cla qual for, observa. Segundo a médica, bai casos de pessoas que correm para comprar um celular fou um bip, aparelhos que permitem a ripida localizago da pessoa. Se a pessoa nko costumava ligar seus apare- Thos, passa a usi-los obsessivamente. Os casais costu- ‘mam acitrar suas brigas e a relaglo vem A tona, com todas as suas imperfeiges. “A. vida, na realidade, & uma sucesso de crises. Quem se trata ou & mais estuturado ‘ord mais chances para sair da erise, Tudo vai depender da bagagem pessoal de cada um", analisa Agelice Fran A fala de alterativa, de acordo com ea, costuma ser _maior entre operitios novo canacitados. que sé saber fa- 25 uma mesma ire "Esse S40 o5 casos qu teminam ‘em alcoolismo. Quando tabalhei com um grupo no Tnsttu- to de Assstincia Médica dos Sorvidores do Estado do Rio EEE Desemprego de Jano Lae), era os alosla- | Apes dos resultados postvas, was record pricSloga destaa que 66% dos par- Masnem sempre € asim. Asexce- | fcipanes considertram a experien- es exist, felzment. A psicbloga | cia traumética, “Hoje no entant, Laciene da Silva Gomes aprsenton, | 87% possuem uma visio posiiva do em 2006, em Brasilia, os resultados | projeto. Vinte por conto dsceram tet desea taba realizado com fan- | aprendido a lidar com mudangas, cionrios da Volkswagen Brasil no | 28% adguiriam autoconhecimento © ABC Paulista, durante ol Congreso | 21%, informagdes téenicas”, come- Brasileiro de Psicologia Organizacio- | mort Laciene da Silva Gomes. Ente nal do Trabalho. Financiado pela | $7% houve wma mudanea na forma Empresa, oabjetivo do projets era e- | de encarta vida, para 20%, a quae strut 0 quar fncional com um | liade de vida mudou para mor programa de requalifcago profisio- | No item “o que esto fazendo por | nal Fizeram parted experiéncia 300 | si”, 80% disseram estar em busca de fincionérios, na faixa entre 20 e 50 | inovagdo e novos caminhos. Apés anos, 9% do sexo masculino. uma analise dos dados, a especialista ram pessoas que viviam o seguin- | observou que as atvidades permiti- te paradaxo: perderam o trabalho, | ram aos participants a compreensio ‘mas no o emprego, Ou seja: conti- | do mundo real. O que era visto como ‘uaram empregados efetivos com as | experiéncia negativa passou a seren- | duzir entre os jovens participantes @ condigdes trabalistas esalirios inal- | carado como oportunidade de cresci- | vivéncia do esplrito empreendedor, terados, mas foram afastados de sua | mento pessoal e profissional. “Du- | além de aproximé-los do mercado de atividade. Trina sete por ceato de- | ranto te anos, 0 projeto inveatu no | trabalho, Jes tinham nivel superior, sendo 9% | desenvolvimento profissonal e com- | Mas como ajudar? A resposta de com pés-graduagdo, mestrado ou | portamental, para ajudar essas pes- | Heloisa é simples: “O estudo acadé- \dutorado; 29% eram de nivel médio | soas a enxerparem novas aportuni- pode apontar novas formas de’ © 21%, de nivel fundamental ddades de carreirae de vida", conclui | trabalho.” E dbvio, para a espocilis- projeto foi estruturado de for- | a psicéloga fa, que os jovens também acabam ma que 0s parteipantes realizassem |” auxilio dos profissionais de sai- | protagonizando a era do descartvel, tum balango de carreira, através de | de mental aos desompregados tam- | em que as pessoas trocam de carro ferramentas que avaliaram suas com- | bém pode ser efetivo na rea acadé- | como se trocassem de sapato. “Vive- Deténcias. Nesse momento, foi pos- | mica. A psicéloga carioca Heloisa | mos um mercado de trabalho exire- sivel diagnosticar que habilidades | Ferraz Ayres, mestre em Psicologia | mamente competitivo, 0 que gera precisavam ser aprimoradas entre 9s | Social pela Universidade Estadual do | uma permanente sensacio de insegu- Partcipantes. “Com essa base, 101 | Estado do lo de Janeiro (Ler), onde | ranga. Nossa fungao 6 contebule para desenvolvido um Plano de Vida Pro- | ensina, éresponsivel pelo estagio de | a reflexdo sobre a saciedade globali- fissional, além de iniciados cursos | Psicologia Organizacional e de Tra- | zada", acredia profissionalizantes ¢ de aperfei- | balho. Ela di suporte a Empresa Ji- | O que a especialista constata so- ‘soamento”, explica a especialista.A | nior de Psicologia, uma iniiativa sem | bre o drama do desemprego io esté ‘mudanca, mais profunda, porém, | fins Inrativos sediada na Uer. A ex- | longe do que pensam seus colegas ‘ocorreu durante as atividades que | peritncia comegou na Franga, duran- | “A incerteza gera um estrsse que resgataram as experigncias vividas | te os anos 60, e se espalhou pelo | dificult as pessoas a eriarem con- durante 0 projet. mundo. A base do trabalho € intro- | digdes de sobrevivéncia & situaglo OS AGENTES DA LIBERDADE ‘Muitos profisionais consequem dar 0 melhor de si © contribuir de maneira riativa, mesmo quando o re sullado no atende as expectaivas, como fol 0 e380 da pricsloga carioca Flvla Svauch, eapeciaista em ual Flvia tabalhou, © Gon- hiSeexistissem «sire res Len irapimen: | orereenans: culturaise © .ceresrn.co20070 oportunidades, coseactencn MUILOS EX-PFESOS — sia ere aconeenatos a vol. tara estuser e arafazer a do- aproveitariam ‘cumentagao, para que pudes- sain tere & eset Oe chan Cisadios "Ge oresos tam @ssas chances yy conte, cuwndaso oro. Fa Stouch a URI” ispar de paar sutures Terapia da Fama e de Casal do Instituto de Psiquatia da Universidade Fecioral do Rio de Janeiro (UFFA). Ela paril- Pou do projeto Agentes da lberdade para egressos do ‘Sistema pentencirio do Alo de Janeiro, inilade ha quatro ‘anos, quando duss ONG — Central de Oportunidades, no o ‘hve nono -piloger-¢ bei 87 Cito 0 exemplo dos 15 alunos que tenho por semestre. Eles simples- mente ao conseguem estigio ¢nin- sguém fica indignado com isso. Os Lee iin -nipichary trae bey adaptar as situagies © scabam per- ddendo o senso eritco. Nossa funga0 € provocar a indignasio", sublinha Hiloisa Ayres. Para cla, a socieda~ de ca midia langam a responsabili- {dade do desemprego sobre o priprio individuo. “Mas 0 que ocorre, na re- alidade, € que vivemos uma grande exclusio social”, define Para o médica psicanalista Alexan- dre Kaltalian, presidente da Socie- co desemprego & ainda mais grave en tre os profssionais que se aproximam dda meta-idade eda aposentadoria, uma faixa em que" pessoa jé teve fihos © adquiriu uma série de depen- <éncias econémicas”, contabiliza. O especialista lemibra que a partir da teats @ cinemas, uma mandir Kida de rinoressarem a0 conivo social. Eaten agentes rb. [SmAé S00 monsals, contratados pelo municipio com um scr racebiam FS 100, para que pudessem pagar o Wansportee prt paras atvidadee 0 pert dos patcipantes 6 um rato de corp itso a pereraa consi de vida enentad por ee, todos ‘mocadores de comunidades caren ca cidade. Amaia fentou Jovem para o rime, ro tam o segundo rau com= leto ou sequer conciuis primar grau. Novena © oo por conto no tveram a figura macula dot do casa @ foram pais precoces. Séo quate todos lgadoe 20 ‘rico, ‘onde se gana dino mas rapido © cj inico atbute ‘xigido da coragem. “Vi muito de pro esa stuneao, Mas, ‘Sole que Ses anun do prenioy come sonsogu empre: ‘907, quosiona Fava Strauch justamete af que comaga o desespero @ fo ese © macor desafio da psicsiogs, que acompanhou os spentes ‘2 lberdede com palesas 6 palvan incenve, Ente 5 mais de mil cro, 19% vollaram a0 cme. “Outs no renca, mas quando o Wrabao de um ano ia che- ganco pert determina eles eniougueciam.Comegavam a brigar mito, a falar palawoos ea malo estava enchidada ‘ANCA OF edict 18-7 ‘metade dos anos 70 e durante 0s 80, Ihouve uma forte migrasio dos pro- fissionais de sade mental da Argen- tina para o Brasil, impulsionada pela arave crise econdmica enfrentada pelo pals vizinho, “O que ocore hoje & que nfo hi mercado de trabalho para absorver essa massa de desem- pregados, A solugio é mudar de drea profissional e buscar atividades que ‘oferogam altemnativas mais erativas ‘epessoais", suger. "le tom ODSENVAdO JO\S pos ae ‘itagdo: pacientes que reagem e con seguem encontrar alternativas ov aqueles que caem em depressfo. “Nas dduas situagbes, € importante que a pessoa busque auxilio. O desempre- 20 & um gatiho, uma reagio do su- Jeito que no vé como enfrentar uma determinada situagio", acredita ele. Em relagdo ao deprimido, Kebtalian lembra que 0 caminho é ajudé-io a sir da fantasia de que a culpa pela siusao € exclusiva prio, A pessoa acredita que 0 ocorti= do foi uma espécie de “castigo” por ter sido um mau colegs, por ter se comportado de maneira agressiva ou Por mio ter sido bom o suficiente “Em geral nlo ¢ isso que aconte- c=", fisa 0 médico. Ele se lembra de tum paciente extremamente efciente, capaz de recuperar uma empresa de marketing em Curitiba ¢, mesmo as- sim, acabou demitide. “Pude ajudé- ty eompresnder que x denissa0 fo eausada por sua prépria competén- cia, que expunha 8 incompeténcia de uum grupo de colegas. Foram esses colegas que articuaram sua demis- io. Depois ele conseguiu entender que seu problema nao era pessoa”, revela 0 especalista, ‘Uma coisa 6 clara para Kahtali- juem luta mais ou se comporia de uma forma mais postiva diate da vida tem mais chances de atea- vessar a crise. Assim como Ageli- ‘ce Fran, elo tem encontrado desem- pregados que se aprssam em ad- ‘ui celulares ou outas formas de serem rapidament localizados. Mas fencara o gesto de uma forma dife- reate da psicanalista: “E uma re ‘io maniacs, porque o ato de com rar da soguranga: A pessoa se = {gana para se sentir mais potents, ‘quando. na realidade nao pode se endividar.” 'A Sociedade Psicanalitica do Rio de Janeiro dspde de um servigo so- cial de atenimento a pessoas sem disponitilidadefinanceira pare arear com a tratament. “um servigo eo- ‘munitrio que tom sido muito sali tado, Nio é de graga, cada um page ‘que pode e€atendido como os de- nals patemes, expow v medley Segundo a responsivel pelo stor, a paicdlogae psicanalisa Rejane Ar ‘mony, a cada us meses si atendi- das cerca de 100 pessoas. Ao inte- ressado, basta telefonar para a secre- tsa e maar a primera enrevista “Sio pessoas comuns, de classe mé- dia, que ests muito’ empobrecida, Como no temo estates, 0 por. $2 diac ue oF desempregnos so "De qualguce Tn wpocalpies visio de fim do mundo que pode ser proporcionada pelo desemprego sé acontce para quem se entega a ela Cabo 0s rofissionas de side men. tal apontar os caminhos que lever 0 paciente a encarr a rise como ma me ete pro tum degrau para. erescimento, Ml com prestagdes que ro tha como pagar, lembra a fsnecalsta. A midia chagou! a nro mportagans so bre oe resutados positives ne period de outubro de 2005 a maio de 2008, quando a prefetura cortou os recursos do programa. ‘Mas Fléva nfo desanimou. “Level os 11 agrassos que sobraram & Federeqo das Indistrias do Estado do Rio de Janeiro Fijan, onde earsaquimes um aspaco flsico para continuar@ stend-os, bora no pude- somos contar com nenhum respaldo”, diz ela. O que tina tudo para ser uma inciava digna de Primeio ‘Mundo, acabou de vez quando a expocialsta procisou 50 ausentar do projte."Depois disso soube quo 0 ra- paz mais antigo no projeto fora assassinado. Nao con ‘gui dar continuidade porque me seni muito insegu- ra ment, Nese caso, 0 saldo positive fol a conctusio de {que existom ferramentas para se encarar essa situa- ‘0 limite, sobretudo quando houver apoio publico © u da Iniciativa privada. “Se houvesse mals oppdes de programas culturais nessas comunidades © se f0s- sem oferecidas oportunidades, muita gente aprovel- taria @ 0 quacto de violincia na cidade seria outro", constata a psicsioga. AHORA ‘uem perguntar por Maria das (Gragas Margal em um dos amplos galpdes da Asmare, a Associagio dos Catadores de Papel, Papelio « Material Re | em Belo Horizon provavelmente no encontrar’ i ‘guém. Se perguntar, porém, por ‘dona Geralda nio faltaré quem alo calize prontamente. Aas 57 anos, necida como Geralda desde bebe, por causa de uma promessa fita por EAVEL seu pai a Sao Geraldo, ela ajudou a modificar a vida de milhares de pessoas. Catadora de pape! dosde os ito anos, dona Geralda vivia nas ruas da capital mineira em 1990, ‘quando ela e outros sem-teto que de> pendiam da coleta de material reci- clivel comegaram a softer uma s6- fede amas po parte inset sui reunir seus colegas de labuta © fundou 2 insitugdo que hoje reine 263 associados, beneficiando indi- ‘etamente 1,500 pessoas. Todo més, les processam pelo menos 450 to- neladas de material recothido das ruas. Seu modelo de astociagio jé oi implantado em mais de 30 cida- des. “Quem me descobriu © come- .gou tudo foi a pastoral”, diz. “An- tes, eu era tratada como lixo.” ‘Dona Geralda, na verdade, est ‘com tudo, embora ndo esteja pros. _Novas formas de produ¢ado e relag¢do s em todo o Brasil e representam ‘ete Enon -Boso-4- Dumbo DMIA SOLIDARIA Enire os muitos prémios que reee- bbeu estfo 0 da Fundagio“Ford ¢ 0 ‘da Fundagio Getilio Vargas, mas ela no reconhece as homnenagens como ‘uma vitéra pessoal. Da mesma for- ‘ma, credita sua partcipago em uma cconferéncia internacional sobre de- senvolvimento sustentivel, em Nova ‘York, como o resultado de um te balla coletvo. A bos noticia é que cexperiéncias parecidas com a dela ‘¥ém se multiplicando pelo Brasil. De acordo com levantamento da Secre~ | ra de Chapeed, © psicdtogo destaca tara Nacional de Economia Solidé- | que entender a subjtividade ¢ 0 pri- ria, existem no Pafs cerca de 19 mil iro passo para evitar a reprodu- ‘empreendimentos similares i Asma- | do de padrdes indesejados deniro 1, que movimentam por ano mais | da. prprin copertiva, Po princi de USS 6 bilhes. Sio associagées, | pio, uma cooperativa é uma emipre- cooperativas empresas de autoges- | sa de prestago de servigos que tem tio que surgem como modo alterna- | como meta atender as necessidades tivo de produgto e distrbuigio dos | econdmicas de seus associados, Ao Irs, Por ese motel de geste, | contro dt empest capi tr ue prioriza 0 homem, despesas © tote todos os doacs do ncgécio. “Com- COOperativas partite os el movimentam mente faz parte da eto od” _ ostumarepetir Paul miaselaia bilhoes © psicélogo Mir MOF aN. Por cio Fermacell, pro- Keorihuména- @35e Modelo Sims glue: de gestéo, a bora o cooperativs- ay Prioridade trajetéria no Pais, 0 |= @ O HOMEM. ‘movimento em trn0 4 economia solide fo devorrer de sua mais ferent ro: €ias dos censores dos treero ¢ quar (O Machado). ecto, o rotagonisa em nenhum mo- to mundos. Foi colega e contempo- Nele, o mento & spresentado como ura vii rinco dos colegas stalianos Lina ‘ma inocente, Nos momentos de an- Wertmiiller e Elio Petri que eleva- protagonista sista, entre um assassinato € outro, ram atores como Gian Maria Volon- no 6 avert reeome # memira do pa, que fra um bom homem, mas precisou ‘matar quando lutava na Segunda Grande Guerra, Ea vida € assim, con- cli. Para conseguir 0 quer, “sua vida 1 Giancarlo Giannini categoria 4s lideres supremos das massa gue freqientavam cinemas de arte Cost-Gravas concou sua ateacio | vitima inocente de volts", 0 exocutivo desempregado publica um anincio de oferta de em prego ¢ fica esperando os curriculos dos quais, ap6s uma andlise eitista, sarcisticae #0 indiferente quanto a | aque ele préprio foi submetido, scle- ciona cinco, Cinco alvos. Nesses ri mes, Costa Gravas, co-autor do ro- teiro inspirado no livro The Ax (O rmachado) de Donald E, Westlake, fez um filme extremamente minuc. oso. Para ter uma idela do requ, tod 2 publics iompe em | sors despersonalizados ~ sem marca ‘mostrando mulheres, carros © ou- | tros objetos de desejo, em fotos de | Oliviero Toscani, 0 mago da Benet- ton, amigo pessoal do diretr. Vale tudo, Se alguém interfere, & ‘orto junto, Pode se aropelado, su focude por ws, a tios, tanto faz. Em um dos casos, Davert $6 nfo ¢ iden tifiado porque a filha da vitima ti ‘elho que, preso por engano pela po- lica, se suicida levando a culpa de tudo. Por sinal Bety, a filha de Da. ver, também gosta de se exibir para cstranhos grisalhos enquanto Maxi me, 0 inmio que vive irado porque a TTV a cabo a internet foram desi gados para enxugar © orgamento, & Opersonagem | Bruno Davert perde o emprego, vive em atritos com a familia e age de modo extremo. Ele elimina seus Concorrentes ‘reso por roubo e comercializagdo de | softwares, Dindmico e capaz, 0 em- | presirio desempregado apressa-se para encobrir da polcia as provas de ‘outros roubos ~ inimeros ~ “como lum bom chefe de familia”. E nessa Tinha de desconstrugo familiar Mar- lene, a mulher de Davert, aruma dois ‘empregos, como enfermeira parte do tempo e bilheteira de cinema em ou- ua, © acaba por conressar ter reat. ‘buido o carinho demonstrado por um cestranho". Mas em sua eruzada letal ‘0 desempregado segue impsvido. 0 lelimoniv € “me traram a vidal ramos uma tribo e hoje somos con- | corsentes!” Berra a plenos pulmdes para um terapeuta de cassis, negro ‘Que despreza tanto quanto uma en- trevittadora para uma vaga, mulher. ‘Tanto quanto a peruca de um outro

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